Buscar

Nódulos Tireoidianos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 www.medresumos.com.br ✓ Eduardo Toaza ✓ Endocrinologia 
 
NÓDULOS TIREOIDIANOS 
INTRODUÇÃO: 
 Os nódulos tireoidianos são um achado clínico comum, podendo ser 
encontrados em até 5% das mulheres e 1% dos homens em áreas 
suficientes em Iodo. 
 A ultrassonografia (US) pode detectar nódulos 
tireoidianos em 19-68% dos indivíduos 
selecionados aleatoriamente, com maiores 
frequências em mulheres e idosos. Também são 
comuns em indivíduos com deficiência de Iodo e 
naqueles com história de exposição à radiação. 
 Aproximadamente 80% dos casos 
representam lesões benignas (adenoma 
folicular, nódulo coloide ou cisto). O restante 
pode englobar neoplasias malignas ou até 
mesmo metástases. 
 A grande importância do manejo dos nódulos é 
descartar a possibilidade de câncer. 
 Geralmente, apenas nódulos >1 cm devem ser avaliados, pois têm um maior 
potencial para serem cancros clinicamente significativos. Entretanto, pode 
haver nódulos <1 cm que requerem maior avaliação devido a sintomas clínicos, 
linfadenopatia associada e sinais de alto risco (ex: hipervascularização na US 
com Doppler). 
 
DIAGNÓSTICO: 
HISTÓRIA CLÍNICA 
 Existem alguns fatores que interferem no risco para malignidade, destacando-
se: 
SEXO  embora os nódulos sejam mais comuns em mulheres, a presença de 
malignidade é cerca de duas a três vezes mais comum em homens!! 
IDADE  nódulos em crianças e idosos possuem maior chance de serem 
malignos. 
SINTOMAS LOCAIS  rápido crescimento do nódulo e rouquidão podem 
indicar invasão local por um tumor maligno. 
EXAME FÍSICO 
Nódulo solitário, de consistência endurecida, pouco móvel à deglutição e 
associado à linfadenomegalia regional representa um achado bastante 
sugestivo de câncer, embora essas características sejam pouco específicas. 
EXAMES LABORATORIAIS 
 A dosagem de TSH e T4 livre deve fazer parte da avaliação inicial! 
 A maioria dos pacientes com câncer de tireoide é eutireoidea, mas a dosagem 
hormonal se mostra importante para fazer diagnóstico diferencial com 
hipertireoidismo por bócio nodular e tireoidite de Hashimoto. 
 Também pode ser solicitado o anti-TPO. 
ULTRASSONOGRAFIA 
 É o melhor exame de imagem para a detecção de nódulos, tendo 
sensibilidade de aproximadamente 95%. 
 
2 www.medresumos.com.br ✓ Eduardo Toaza ✓ Endocrinologia 
 Ela permite classificar os nódulos em císticos, sólidos e mistos (císticos + 
sólidos). 
 Os cânceres de tireoide geralmente são sólidos ou com pouco 
conteúdo cístico. 
 Características ultrassonográficas associadas a maior risco de 
malignidade: 
- Hipoecogenicidade; 
- Fluxo sanguíneo aumentado ao Doppler colorido; 
- Aumento do diâmetro antero-posterior; 
- Presença de adenomegalia regional. 
 A classificação proposta por Chammas separa os nódulos em alguns 
padrões, de acordo com os achados do Doppler colorido: 
Chammas I Ausência de vascularização 
Chammas II Apenas vascularização periférica 
Chammas III Vascularização periférica maior ou igual à 
central 
Chammas IV Vascularização central maior do que a 
periférica 
Chammas V Apenas vascularização central 
 Uma outra classificação ultrassonográfica que vem sendo bastante utilizada é o 
TI-RADS (Thyroid Imaging, Reporting and Data System): 
TI-RADS 1 Negativo, tireoide normal 
TI-RADS 2 Benigno, características benignas 
TI-RADS 3 Provavelmente benigno, sem 
características suspeitas 
TI-RADS 4A Pouca suspeita, uma característica 
suspeita 
TI-RADS 4B Suspeita intermediária, duas 
características suspeitas 
TI-RADS 4C Suspeita moderada, três ou quatro 
características suspeitas 
TI-RADS 5 Alta suspeita, cinco características 
suspeitas 
TI-RADS 6 Malignidade comprovada e conhecida 
CINTILOGRAFIA 
 Uma lesão hipercaptante (nódulo “quente”) fala a favor de benignidade (em 
99% dos casos). Por outro lado, os nódulos “frios” (hipocaptantes) são 
malignos em 10% dos casos. 
 Como tem baixa especificidade, ela é reservada apenas para algumas 
situações (ex: verificar autonomia do nódulo no caso de TSH suprimido). 
PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) 
 É o melhor método para diferenciar nódulos benignos e malignos!!! 
 Tem sensibilidade e especificidade > 90%. 
 Deve ser sempre guiada por US. 
 A análise é CITOLÓGICA. 
 Classificação Bethesda para laudos citopatológicos de 
tireoide: 
CLASSIFICAÇÃO BETHESDA 
Categoria Risco de 
malignidade (%) 
Conduta 
I- Amostra não 
diagnóstica 
1 a 4 Repetir PAAF 
II- Benigno 0 a 3 Seguimento clínico 
 
3 www.medresumos.com.br ✓ Eduardo Toaza ✓ Endocrinologia 
III- Atipia de 
significado 
indeterminado 
5 a 15 Repetir PAAF 
IV- Tumor folicular 15 a 30 Análise genética ou 
cirurgia 
V- Suspeito para 
malignidade 
60 a 75 Análise genética ou 
cirurgia 
VI- Maligno 97 a 99 Cirurgia 
INDICAÇÕES DE PAAF: 
- Nódulo < 1 cm em paciente com alto risco de malignidade ou adenomegalia 
cervical; 
- Nódulo sólido hipoecoico ≥ 1 cm ou iso/hiperecoico ≥ 1,5 cm; 
- Nódulo sólido-cístico ≥ 1 cm com componente sólido hipoecoico e 
microcalcificações ou ≥ 1,5 independente das suas características. 
- Nódulo espongiforme ≥ 2 cm. 
 
REFERÊNCIAS: 
1. Endocrinologia Clínica 6ª edição, 2016 Vilar, Lúcio. 
2. MEDCURSO 2018. 
3. Haugen BR, Alexander EK, Bible KC, et al. 2015 American Thyroid Association 
Management Guidelines for Adult Patients with Thyroid Nodules and 
Differentiated Thyroid Cancer: The American Thyroid Association Guidelines 
Task Force on Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer. Thyroid. 
2016;26(1):1–133. doi:10.1089/thy.2015.0020

Continue navegando