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A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos

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A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. A inclusão destas crianças na escola é um princípio de valorização do ser humano sem nenhum tipo de preconceito, para que elas possam exercer sua cidadania e se sentir integradas na sociedade, participando ativamente do processo de aprendizagem e das atividades educacionais propostas, contando com o apoio da escola, da equipe multidisciplinar, professores, família e comunidade. Para garantir o direito de todos os alunos, independente da sua condição, de estarem juntos participando e aprendendo, sem ser discriminado, o Ministério da Educação apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que visa constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos.
A Constituição Federal de 1988 tem como objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art. 3° Inciso IV). Define no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No seu artigo 206, Inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”, como um dos princípios para o ensino e, garante como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) tornou-se um importante marco na luta em defesa da escola inclusiva e tem como ideia norteadora o direito à educação, considerando as características dos alunos, com uma proposta de pedagogia centrada na criança e que respeite suas limitações e potencialidades. Esse documento destaca ainda as necessidades de as escolas serem projetadas com adaptações na edificação, afirmando que as políticas públicas devem prover a formação de professores voltada para a inclusão.
A Lei garante educação para todos, mas será que isso acontece na pratica? A inclusão é um assunto que gera muitas dúvidas e discussões, principalmente entre pais e professores. Muitos acreditam que crianças especiais devam frequentar escolas especiais. Mas e a inclusão, como fica? É dever do Estado oferecer ensino em escolas regulares para essas crianças. Atualmente muitas escolas já adotam a inclusão, mas infelizmente existem professores sem qualificação para trabalhar com criança especial. Algumas escolas oferecem o Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contra turno, com professores capacitados para ensinar as crianças com necessidades educacionais especiais (NEE).
O termo “necessidades especiais” não deve ser tido como sinônimo de deficiências, uma vez que as necessidades educacionais podem ser identificadas em várias situações representativas de dificuldades de aprendizagem como decorrência de condições individuais, econômicas ou socioculturais dos alunos (Brasil 1999). Sendo assim, ao tratar da questão da educação dos deficientes dentro do âmbito da educação para os alunos com NEE, e esta dentro do princípio de educação para todos, a proposta da inclusão abre espaço para que se rompa com o dualismo existente entre educação regular e especial. Entretanto, não se pode discursar que as crianças com deficiência possuem características diferentes das demais que compõem o universo dos alunos com necessidades educativas especiais (Bueno, 2001).
A falta de conhecimento e a superproteção dos pais, leva-os a tomar decisões nem sempre condizentes com a real necessidade da criança. Muitos tem certo receio, e preferem acreditar que só a inclusão é necessária, que o AEE não tem importância, e se esquecem que nem sempre o professor do ensino regular é especializado e o processo de ensino e aprendizagem deste aluno fica prejudicado. O ideal para as crianças com necessidades especiais é que a inclusão seja feita no ensino regular e no contra turno ela receba um atendimento especializado.

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