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DIREITO DE FAMÍLIA Delineamentos históricos: O código de 1916 foi influenciado pelo Código Civil francês Já o de 2002, foi influenciado pelo Código Civil alemão. Estado social: tem-se um ente estatal influenciado a vida das pessoas de forma muito incisiva. Mãos de ferro. Declaração Universal dos Direitos Humanos: limitou a atuação do Estado junto à vida pessoal da sociedade. 1500 – 1889 – O direito de família era regido pelas Ordenações filipinas (Do Rei Filipe) e mais ainda pelo Código canônico 1889 – 1988 – Surge o estado laico, ou seja, o direito de família foi inteiramente regulamentado pelo Código Civil. 1988 – Constitucionalização/Humanização das famílias O direito de família não é interligado no que diz respeito a relação entre a Constituição e o CC/2002. O projeto do Código Civil de 2002 foi feito em 1973, e por isso tem muita influência militar (ideias particulares do legislador), pelo que muitos dispositivos têm sido considerados inconstitucionais no que tange ao direito de família no Código Civil. Ex: Art. 1790. Funções históricas Religiosa Procriativa Política Econômica Contemporânea: Afetividade Solidariedade OBS: São conceitos jurídicos indeterminados. Principiologia Constitucional Base teóricas Proteção do Estado a qualquer arranjo familiar. Família como sujeito de direitos e obrigações. Natureza, socioafetiva da filiação biológica e não biológica. Princípios e Regras. Princípios Fundamentais Dignidade (226, §7º, 227, 230, CF) Solidariedade (implícito). Conflitos entre princípios fundamentais e gerais – sobressai o fundamental, hierarquia. Princípios Gerais. Igualdade – entre os membros familiares e entre famílias. Art.226, §5º, 227, §6º, CF Liberdade Afetividade – não há conceito jurídico. Melhor interesse da criança – norma supraconstitucional. Conteúdo e abrangência: Direito das entidades familiares: matrimonio, união estável, relações diversas. Direito parental: paternidade, maternidade, filiação e demais relações de parentesco Direito patrimonial familiar Estatuto da pessoa com deficiência Observações gerais: Direito de família é ramo do direito privado mas com normas cogentes e de ordem pública Possui relação com todos os outros ramos do direito Direito intertemporal: texto constitucional direito adquirido Entidades familiar: Características fundamentais Afeto Estabilidade Convivência Família monoparental: um único responsável Família homoafetiva: responsáveis do mesmo sexo Família recomposta: responsáveis de 2 casamento. CASAMENTO Ato solene entre duas pessoas que assumem deveres recíprocos com base na comunhão de vidas e afeto Natureza Jurídica: Hibrida Parte Contratual: Considerado um contrato. A validade/eficácia depende exclusivamente das partes, podendo ser desfeito. Parte Instituição: Aderem as normas impostas pelo Estado, que já definem seus efeitos jurídicos, impondo deveres/direitos, não podendo ser mitigados pela livre vontade das partes. Características: Ato formal/solene. Normas de ordem Pub Igualdade absoluta de direitos e deveres União permanente: não existe prazo de validade Liberdade de escolha Ato voluntário Idade Núbil: +18 anos +16 anos (com autorização de ambos os pais) - 16 anos – judicial. Emancipação = capacidade civil. Deve ter autorização igual = CNH Fases: Habilitação - art.1525 ao 1532: verificação da identidade das partes e possíveis impedimentos. Publicidade – lavrará o casamento, mediante edital, que será fixado no cartório e divulgado pela imprensa por 15 dias. Trata-se de “convocação” para que todos que sabem de um impedimento venham opô-lo. (vedado anonimato). Não havendo oposição será emitido certificado de habilitação para fazer a celebração nos próximos 90 dias. Celebração Impedimentos para o casamento: Resultantes do parentesco: Não podem casar parentes consanguíneos ou por afinidade até o 3º grau inclusive (1º grau: pai/mãe e filho/filha, 2º grau: irmão e irmã, 3º grau: tio/tia e sobrinho/sobrinha). Resultante de casamento anterior: quem já é casado não pode se casar. Resultante de crime Exemplo da mulher que quer casar com o cara que mata o seu marido, após um planejamento. É o exemplo do “pistoleiro”. Consequência nulidade absoluta (casamento putativo): Casamento em que pelo menos uma parte está de boa-fé. É o casamento que tem um grave vício, mas passou batido no momento do casamento, que perdura até a declaração de nulidade judicial. As pessoas podem continuar a viverem juntos, mas sem vínculo de casamento ou união estável. A nulidade não alcança terceiro, no caso os filhos. A nulidade não tem prazo para ajuizamento da ação de declaração de nulidade, ou seja, não prescreve. Qualquer pessoa, membro do MP ou qualquer das partes podem ajuizar ação de declaração de nulidade absoluta. Casamento nulo é sinônimo de casamento putativo. IMPORTANTE: A separação de fato (casamento onde não há divórcio), autoriza a constituição de união estável, mas NÃO de casamento. IMPORTANTE: Impedimentos para casar refletem em impedimentos para união estável, exceto o caso da separação de fato. Em outras palavras, se não pode casar não pode ter união estável. Somente os impedimentos 1 e 3 acima se aplicam à união estável. Causas suspensivas (são todas de ordem patrimonial, ou seja, há impossibilidade de escolha do regime de bens): Ex: Viúva em que ainda não foi feito o inventário e partilha de bens do de cujus. Art. 1523 CC. Consequências: casamento válido, porém com regime de bens “separação obrigatória”. Se aplica à união estável. Formas especiais de casamento: Casamento por (art. 1542): casamento em que as partes não estão presentes. Deve ser uma procuração pública com reconhecimento de firma, como poderes específicos, e com disposições acerca de quem está se casando, regime de bens, etc. No caso da procuração enviada de outro lugar, e o indivíduo que quer casar muda de ideia e revoga a procuração. Assim o procurador perde os poderes. Mas se não souber da revogação a tempo, o casamento será feito com nulidade. Se o procurador age de má fé, responde por perdas e danos, se de boa-fé não responde. Casamento e iminente risco de vida (art. 1540): Numcumpativo ou in extremis: é o caso da pessoa prestes a morrer. Não precisa ter cartorário ou autoridade judicial. Precisa de 6 testemunhas que não sejam parentes dos indivíduos. Uma pessoa para fazer a celebração. E as pessoas que estão se casando. Ou seja, são necessárias ao menos 9 pessoas para realizar o casamento. Não é caso do indivíduo no hospital, é o caso em extremo, como em caso de sodado na guerra, ou naufrágio, etc. Casamento em caso de moléstia grave (art. 1539): este é o caso do indivíduo que está prestes a morrer, e o mesmo não pode se locomover por estar no hospital, na casa, etc. Nesse caso, ao invés de ser feito no local típico (cartório) será feito onde se encontra o indivíduo doente. Ou seja, o cartório deve ir até o doente. Neste caso qualquer pessoa pode ser testemunha, inclusive parentes. Nulidade X Anulação A única causa de nulidade é o casamento realizado com inobservância a um impedimento. A sentença é retroativa. (Ex tunc) Na anulabilidade a sentença é ex nunc, ou seja, não retroage. Em outras palavras a sentença que declara anulabilidade não exclui todos os efeitos produzidos no tempo de casamento. As outras possibilidades correspondem a anulabilidade, tendo em vista que só há uma causa de nulidade, conforme supramencionado. Na anulabilidade, as partes vão fazer a partilha de bens de acordo com o pacto pré-nupcial. Ou seja, seguirão o regime de separação de bens do início do vínculo de casamento. Na nulidade, o pacto pré-nupcial de regime de bens também é invalido. Nulidade X Anulação Negócios Jurídicos x Casamento Causas de nulidade de casamento: O casamento só pode ser nulo devido há inobservância de um impedimento. (ex: parentesco/casamento anterior/crime). TAXATIVO Não há prazo de prescrição! Qualquer umpode alegar. Causas de anulação – art.1550 – ROL EXEMPLIFICATIVO Quem pode pedir a anulação do casamento só os interessados. Idade núbil – ao completar 18 o problema sana. Entre 16/18 anos Erro essência e demais vícios Incapaz Mandatário destituído Incompetência do celebrante Erro – art.1557 – todas anteriores ao casamento Identidade – honra – boa forma (Ex: casei com um transexual e não sabia) Crime anterior ao casamento (ex: condenado por feminicídio) Defeito físico – doença transmissível (ex: AIDS - impotência para o ato sexual) Doença mental grave Coação – art.1558 Mero temor reverencial não configura. Ameaça grave (Ex: sogro que ameaça após gravidez) Pessoa Honra Patrimônio Casamento Putativo – art.1561 Casamento nulo ou anulável contraído de boa-fé que preserva efeitos jurídicos até a sentença. Os filhos jamais sofrem qualquer dos efeitos da putatividade Consequências: aquele que estiver de boa-fé aproveita do casamento, se ambos estiverem de má-fé só os filhos aproveitam os efeitos (receber patrimônios, herança etc). Eventual partilha de bens Alimentos Herança Uso do nome Celebração do Casamento: Art.1531 e seguintes: Data e hora Local com portas abertas Publicidade Mínimo 2 testemunhas parentes ou não. Art.1535 – frase indispensável Presença simultânea dos nubentes Pergunta: “é de livre e espontânea vontade” no momento do sim. Suspensão do Casamento: - Recusa da manifestação de vontade - Declaração de vontade “não livre” - Arrependimento Art. 1538Prazo mínimo de suspensão – 24h Interrupção do Casamento – em caso de revogação da autorização dos pais Assento do Casamento no Livro de Registros - Registro do ato no livro próprio emissão de certidão de casamento Provas do Casamento Certidão Casamento realizado no exterior Posse do Estado de Casado – art.1545 O casamento por procuração, a dita procuração é necessário no processo de habilitação ou pode ser levada diretamente a cerimonia? A procuração pode ser apresentada em ambos os momentos, principalmente antes para não pegar o celebrante de surpresa. Mas deve ser exclusivamente apresentada na hora da celebração. Quais são os elementos essenciais para o vínculo matrimonial? (2) Celebração (já supre pois se há celebração não há nulidade) Registro EFEITOS JURÍDICOS DO CASAMENTO Pessoais: comunhão plena de vida Alteração do estado civil – único que não acontece na união estável. Possível alteração do nome – até 84 podia retirar o nome de família. Depois só pode inserir o do marido. Emancipação Direção compartilhada da sociedade conjugal Administração dos bens (1651/1652) Parentesco Efeitos restritivos decorrentes da lei. Patrimoniais Regime de bens Direito sucessório – é herdeiro salvo em 3 hipoteses: comunhão universal – separação obrigatória ou comunhão parcial sem bens particulares – art.1029. Direito real de habitação – morar no imóvel que residiam independente de direito sucessório. Atividade empresária (977/978) – casados não poder ter sociedade (não no universal comunal de bens) Deveres do Casamento Fidelidade reciproca Vida em comum (coabitação) Mutua assistência Sustento - guarda- educação dos filhos Solidariedade familiar DIREITO PATRIMONIAL DO CASAMENTO Regime de Bens – conjunto de relações patrimoniais resultantes da lei ou da vontade das partes que regula o domínio, disposição, fricção e administração. Princípios: Liberdade relativa de escolha (na separação obrigatória) 16 ou menos – separação obrigatória 70 ou mais – separação obrigatória Variabilidade (pluralidade de regimes para escolha) Mutabilidade (em regra) Pacto Antenupcial – formalizado antes da celebração do casamento, os cônjuges podem estipular o que melhor lhes aprover. É um contrato conjugal destinado a regular as relações patrimoniais (Art.1.639 – 1.653). Se o pacto for errado haverá sua mudança, mas não a nulidade do casamento. Separação convencional, comunhão universal de bens, participação finais nos aquestos e regime livre. Limites do pacto: Lei Direitos conjugais Direitos da prole Direitos de terceiros Forma – escritura pública necessariamente. Validade – somente após a realização do casamento Mutabilidade do regime – é permitido aos cônjuges que não estejam submetidos ao regime de separação obrigatória. Produz efeitos “ex nunc” (partilha). Requisitos: Consensual Judicial Motivação lícita Ressalva de direito de terceiros Competência territorial: atual domicilio do casal. Competência material: vara de família – não há sucumbência, mas há custas. COMUNHÃO PARCIAL Regime de bens que prevalece caso os cônjuges não formalizem pacto, ou se este for nulo ou ineficaz. Bens que se comunicam (bens comuns): Adquiridos durante a união, mesmo que registrados em nome de uma das partes. Fato eventual, mesmo sem emprego de esforço. (mega sena) Doações em favor do casal. Benfeitorias em bens particulares Frutos: bens comuns/bens particulares Na partilha o que importa é: Data (casamento e aquisição) Causa Prova Bens excluídos da comunhão (bens particulares): Adquiridos por causa anterior ao casamento Bens que o cônjuge já possuía ao casar Doações, heranças e sub-rogações (na escritura de compra deve demonstrar a sub-rogação) Obrigações anteriores ao casamento Obrigações por atos ilícitos Bens de uso pessoal e profissional Salários, pensões, aposentadoria Previdência privada (Exceção pesquisar) ANTES DO CASAMENTO DEPOIS DO CASAMENTO DATA CASAMENTO - C1 + C2 1990 C1 1989 TERRENO (não compartilha anterior) 2010 CONSTRÓI CASA (benfeitoria em bem particular) C2 2012 CASA – compra e venda (partilha – esforço comum) C1 2015 HERANÇA FAZENDA (herança não partilha porém FRUTOS sim) C2 1980 $ 10.000 – PJ DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO CARACTERÍSTICAS COMUNS À SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO Natureza Personalíssima: só os cônjuges podem solicitar. Salvo os interditados e ausentes, que são representados por seus curadores. Possível partilha de bens futura - art. 1581: decretado inicialmente o divórcio para posteriormente decidir a partilha. Pode inclusive se casar novamente antes de efetivada a partilha, porém está em causa suspensiva, com o regime obrigatório de separação obrigatória. Revelia: réu devidamente citado não se manifesta nos autos, acarreta concordância dos fatos (não dos pedidos). Competência: Material Só na Estadual – Varas especializadas. Territorial Anteriormente do domicilio da mulher, devido a necessidade de proteção, entretanto, após o CPC/2015 deixou de ser regra, surgindo outras opções, respectivamente: Onde estão os filhos menores; Último domicilio do casal (desde que um dos cônjuges ainda resida na comarca); Regra geral do CPC domicilio do réu. Uso do sobrenome: é possível manter o sobrenome mesmo depois do divórcio, sendo de escolha exclusiva daquele que possui o sobrenome, aquele que recebeu. Guarda/alimentos e Partilha: quando tem filhos menores, o divórcio obrigatoriamente tratará sobre, ou se discute apartado anteriormente ao divórcio, mas se o divórcio for o primeiro ato, será obrigatório, tratar tanto de guarda/alimentos bem como da partilha dos bens. SEPARAÇÃO JUDICIAL Conceito: institucionalização do “dar um tempo”. Não tem mais obrigações de coabitação, regimes de bens, sociedade conjugal, pode manter união estável, mas não termina o casamento. Suspender momentaneamente os efeitos do casamento. O casamento pode então ser restaurado. Utilidade Polêmica Emenda Const. 66: existia anteriormente que o casamento se dissolvia por 4 formas, modificadas posteriormente. Procedimento: Extrajudicial – cartório Judicial: Consensual: mais de um ano de casado. Homologação judicial, posterior averbação no registro civil do casamento. Litigioso: envolve contraditório ampla defesa e condenação de custas, honorários e sucumbências. Remédio resoluçãomomentânea do casamento quando um dos cônjuges está acomodado de doença mental grave ou doença transmissível a prole. Falência resolução do casal que não cometeu infração ao dever conjugal, mas não se toleram mais, ocorre a falência do casamento, opção das partes. Mas um deles não concorda com o rompimento, mas não há prova de ilícito. Sanção aquele que infringiu um dos deveres matrimoniais. SEPARAÇÃO DE FATO Exemplo do cara que foi comprar cigarro e nunca mais voltou. Depois de um tempo o outro cônjuge ganha na mega-sena, aí o outro volta, não tem direito a nada pois os efeitos estão suspensos. (não a prazo mínimo para produzir efeitos) Efeitos: Autoria divorcio direto Suspende o regime de bens Autoriza união estável Cessa direito sucessório entre cônjuges DIVÓRCIO – efetiva e definitiva extinção do casamento DiretoAmbos realizados no cartório Conversão Extrajudicial – sempre consensual Litigioso Consensual UNIÃO ESTÁVEL BREVE HISTÓRICO: CC/16: Não reconhecia nenhum tipo de família que não fosse o casamento Concubinato era, na época, união de um homem e uma mulher (sociedade de fato) Direito das obrigações e não direito de família Sumula 380 e 382 Indenização por serviços domésticos e sexuais Surgem as expressões concubinato puro e impuro CF/88: Nova terminologia: união estável Art.226, §3º - reconhecida união estável entre homem e mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. Lei 8.971/1994 – sucessão e alimentos, requisito temporal (5 anos de convivência) Lei 9.278/1996 – suprimiu o requisito temporal, regulou direitos deveres e questões patrimoniais (esforço conjunto passa a ser presumido) CC/02 Concubinato – união estável Concubinato é a união de duas pessoas que não podem casar, há impedimentos. Também não caracteriza união estável. Se rege pelas regras condominiais. Relação adultera. Concubinato impuro – concubinato Não há requisito temporal ADI 4277 STF reconheceu a união homoafetiva. Poliamor também é entidade familiar. Havia questionamento acerca da pole, entretanto, há a filiação por adoção – é biológica por equiparação. CONCEITO: União livre e estável de pessoas livres de impedimentos patrimoniais de sexo diferentes ou não, que não estão ligadas entre si pelo casamento civil – art.1.723 CC Convivência publica continua e duradora Casamento x União Estável – são a mesma coisa ou não? NÃO, não são sinônimos! Elementos caracterizadores: Diversidade de sexos ou não Estabilidade, publicidade, continuidade Ausência de matrimonio civil valido e de impedimento matrimonial Notoriedade de afeições reciprocas Notoriedade de afeições reciprocas Fidelidade ou lealdade Coabitação – pode ser afastada - sumula 382 Colaboração do casal Existência ou não de contrato (escritura pública) Dependência econômica Animo de constituir família (principal e subjetivo) Deveres entre companheiros – 1.724 Relações patrimoniais – art.1.725 (inexistência de contrato é parcial, havendo contrato o contratado) Conversão em casamento – art.1.726 – respectiva habilitação Sucessão – art.1.790 (declarado inconst) Não há emancipação do companheiro menor, não há presunção de paternidade, não há mudança de estado civil, não há divórcio, apenas dissolução. Efeitos jurídicos: são os mesmos do casamento Usar o nome vítima de acidente de trabalho (mesmos do direito ao casado) atribuir a companheira a renda do presidiário receber pensão civil, militar ou autárquico abater imposto de renda exercício de tutela, participação no patrimônio construído pelo esforço comum permitir adoção legitimar a companheira igualdade de direitos e deveres parentesco por afinidade bem de família conversão em casamento competência das varas de famílias etc. União estável putativa (paralela) Ex: amante de boa-fé (não sabia da outra família) para ela existia uma união estável de boa-fé. Pelo menos um dos companheiros está de boa-fé, desconhecendo impedimentos matrimoniais. Neste caso, afasta-se o concubinato e caracteriza-se a união estável paralela. Quem não pode casar não pode ter união estável, pessoas com impedimento tem concubinato e não união estável, porem existe a figura da união estável punitiva Comment by Lais Cristina: Estatuto das FamíliasProcura eliminar todas as assimetrias que o CC ostenta em relação a união estável no que concerne aos direitos e deveres dos cônjuges. Constitui estão civil de “convivente”. DOS ALIMENTOS Prestação para satisfação das necessidades vitais de quem não pode prove-la por si. Alimentação, vestuário, habitação, tratamento médico, diversão, educação. Fundamento dignidade da pessoa humana – art.1º, III, CF e solidariedade familiar – art.3º,CF Não confundir o dever de sustento decorrente do poder familiar ou casamento/união estável com obrigação falimentar (dura a vida toda). Para esclarecer a questão do dever de sustento x obrigação alimentar: Projeto Estatuto das Famílias: art.112, §ú – a maioridade civil faz cessar a presunção de necessidade alimentar, salvo se o alimentando comprovadamente se encontrar em formação educacional de nível superior e não tiver contraído matrimonio, até completar 24 anos de idade. Os alimentos são única e exclusivamente para auto sustento, assim o valor é fixado pelo polinômio, e não existe 13º. Enunciado nº 263 (CJF) art. 1707 não impede que seja reconhecida valida e eficaz a renúncia manifestada por ocasião do divórcio ou da dissolução da união estável. A irrenunciabilidade do direito a alimentos somente é admitida enquanto subsistir o vínculo de direito de família. PRESSUPOSTOS: Existência de companheirismo, casamento ou vínculo de parentesco. POLINÔMIO: art.1694 valor fixado se baseia nesses fatores: Possibilidade x necessidade x razoabilidade x proporcionalidade Possibilidade de quem paga: provada através de documentação, refere-se ao parâmetro de renda do demandado. Funcionário público? Através de holerite, portal da transparência. Mas e profissionais liberais? Ex: advogado. Na impossibilidade de prova de rendimentos, o juiz poderá a requerimento da parte, inverter o ônus da prova. E o profissional informal? Elementos de padrão de ostentação de riqueza. Necessidade de quem pede: todas as despesas relacionadas a vida do credor, lembrando que este não consegue arcar com seu próprio sustento. Desde lazer, alimentação, habitação, até formação educacional. Razoabilidade: Proporcionalidade: todos os parentes têm que proporcionalmente contribuir para os alimentos. CARACTERÍSTICAS: Personalíssimo: na morte do credor se extingue o direito na morte do devedor Incessível, irrenunciável é irrenunciável, exceto em caso de divórcio. imprescritível (o direito), impenhorável, incompensável, inalienável, atual não existe alimento pretéritos, isto é, não existe alimentos passados, pede-se só o atual. O debito nasce com o despacho no momento que é fixado, e é exigível desde a sentença, não tem prazo. Irrestituivel, variável. CARACTERES Condicional direito ao alimento desde que quem deve possa pagar, desde que precise, de forma proporcional e razoável. Mutabilidade do valor de acordo com as condições do devedor. Reciprocidade o credor de hoje é o devedor de amanhã. São devidos para quem não tem capacidade de auto sustento, logo, pode ser que o pai precise que o filho pague. Periodicidade o juiz determina, podendo ser semestral, quinzenal, mensal, vai de acordo com a conveniência. EXTENSÃO – art.1.696 Além dos cônjuges, os parentes devem alimentos entre si: ascendentes, descendentes e irmãos Na concorrência entre parentes, os mais próximos serão chamados primeiro – art.1698 Os tios e demais colaterais somente serão chamados a pagar alimentos na absoluta incapacidade de parentes mais próximos e comprovado vinculo de sócio afetividade. Enunciado nº 342 – art.1695 – os avos somente serão obrigados a prestar alimentos aos netos em caráter exclusivo, sucessivo complementar e não solidário quando os paisdestes estiverem impossibilitados de fazê-lo, caso em que as necessidades básicas dos alimentandos serão aferidas, prioritariamente, segundo o nível econômico financeiro de seus genitores. A responsabilidade avorenga dos alimentos é subsidiaria e complementar. EXONERAÇÃO, REVISÃO OU EXTINÇÃO – art.1.699 Extinção automática dos alimentos: excepcionalmente quando a sentença fixar prazo e com a morte do credor - a extinção é extrajudicial – acaba o debito. A morte do credor extingue o debito e não se transmite aos seus dependentes. Exoneração – judicial – quando um dos fatores está extinto, isto é, não há necessidade, não existe mais proporcionalidade de pedir, etc. Para a exoneração é necessária uma ação autônoma que correrá independente da ação que fixou os alimentos, está sujeita ao contraditório, ampla defesa etc. Ocorre no domicilio do credor. Revisão – alterar o valor de acordo com sua atualidade e vinculado as necessidades momentâneas da parte. Não faz coisa julgada material, porém, para modificação necessita fatos novos posteriores a sentença. TRANSMISSÃO AOS HERDEIROS A morte do devedor, excepcionalmente, pode fazer transferir Somente até as forças da herança – enunciado 343, CJF Além disso, o credor de alimentos, não pode ser beneficiado pelo espólio. Classificação: Quanto à finalidade provisionais (cautelares – CPC art. 852), provisórios (liminar – Lei 5478/66) e regulares ou definitivos. Liminar se refere à antecipação de efeitos da tutela. No provisório há provas (certidão de nascimento), no provisional não há provas (ações de reconhecimento de paternidade). Ambos são de caráter precário, pois haverá confirmação ou não. Quanto à natureza: Naturais: exclusivos para a subsistência, alimentos moradia e vestuário. Civis: Educação transporte, lazer, saúde privada, manutenção do estado social. Quanto à causa jurídica (fonte): Voluntaria ou convencionais (vontade); ressarcitórios ou indenizatórios (ato ilícito) e legítimos e legais (parentesco) – só os alimentos decorrentes do parentesco podem resultar em prisão civil. Quanto ao momento: Atual ou futuro. * Modos de satisfação: pensão ou hospedagem e sustento (in natura). Art. 1701. CC. O juiz decide, é preciso requerer. 31/10/2018 Cônjuge inocente na separação judicial: art. 1.702, CC * Discussão superada – não se discute de quem é a culpa do divórcio, tendo em vista que se trata de cunho totalmente pessoal, portanto irrelevante para o divórcio. O cônjuge culpado do divórcio tem direitos a alimentos da mesma forma.7 Divisão dos gastos com os filhos: art. 1.703, CC. Princípio da igualdade: Sempre será proporcional. Alimentos e separação judicial: Art. 1.704, CC. Filho fora do casamento: art. 1.705, CC. O termo “fora do casamento” é inconstitucional, tendo em vista que a CF garante direitos iguais a todos os filhos, independente da origem. Portanto, não importa se o filho não é do casamento. Proibida a renúncia ao direito: art. 1.707, CC. Parentes não podem renunciar alimentos entre si, mas ex-cônjuges podem. Cessa o dever por parte do devedor: art. 1.708 e § único, CC. Exoneração: necessita de provimento judicial (ex: casamento do credor) Extinção: automática (ex: morte do credor) Novo casamento do devedor: art. 1.709, CC. Não extingue o débito, porém pode ser que dependendo da situação financeira das pessoas envolvidas novo casamento e o nascimento de novo filho serão considerados novos fatos podendo resultar em revisão de alimentos, reduzindo os mesmos, mas não exonerar o devedor da obrigação. Atualização da prestação: art. 1.710, CC. Índice é o do salário mínimo nacional. PEF – Art. 113, § ú. A inérc PRESCRIÇÃO X DECADÊNCIA: Exemplo do sujeito que tem um rio entre ele e o seu direito. A ponte é um meio para alcançar, o barco seria outro. Prescrição atinge estes meios. A decadência é um “vírus” que atinge o próprio direito. O direito de Alimentos não prescreve e não decai. Prescrição: art. 206, § 2º, CC c/c art. 197, II e 198, I, CC. O que prescreve são as parcelas. A prescrição é das parcelas vencidas e não cobradas e não do direito à pensão alimentícia. As parcelas vencem uma por vez, a cada mês. (Incluir foto) Extinção do dever de prestar alimentos: pela morte do alimentando, desaparecimento de um dos pressupostos, pelo casamento, união estável ou concubinato do credor de alimentos, pela indignidade .... foto Enunciado nº 264 foto Enunciado nº 345 foto Lei nº 11.804/2008 – Alimentos Gravídicos são prosivionais, passando a ser provisório com o teste de DNA e depois definitivo. Enunciado nº 522 (CJF) foto FILIAÇÃO É o vínculo que liga pais e filhos É relação de parentesco entre parentes consanguíneos ou civis – adoção ou socioafetividade – em linha reta de primeiro grau Pode ser classificada didaticamente em Matrimonial – decorrente de casamento Extramatrimonial – pessoas que não querem se casar ou impedidas de casar Naturais – ausência de impedimento Espúrios – presença de impedimento Direitos iguais, proibição de discriminação – art.1596 e art 227, §6º CF. Filiação matrimonial Presunção de filiação no casamento – art.1.597 Presunção juris tantum relativa Não se aplicam a união estável Incisos I e II tem como base prazos pré-fixados conflitos resolvem-se com o 1.598 Incisos III, IV e V tem como pressuposto técnicas de reprodução medicamente assistida Enunciado 104 - No âmbito das técnicas de reprodução assistida envolvendo o emprego de material fecundante de terceiros, o pressuposto fático da relação sexual é substituído pela vontade (ou eventualmente pelo risco da situação jurídica matrimonial) juridicamente qualificada, gerando presunção absoluta ou relativa de paternidade no que tange ao marido da mãe da criança concebida, dependendo da manifestação expressa (ou implícita) da vontade no curso do casamento. (concepção heterológica) Enunciado 105 (CJF) – art.1597: as expressões fecundação artificial e inseminação artificial constantes nos incisos deverão ser interpretadas como técnica de reprodução Enunciado 106 – para que seja presumida a paternidade do marido falecido, será obrigatório que a mulher ao se submeter a uma das técnicas de reprodução assistida com o material genético do falecido, esteja na condição de viúva, sendo obrigatória ainda, autorização escrita do marido para que se utilize seu material genético após a morte. Enunciado 107 – finda a sociedade conjugal, somente poderá ser aplicada se houver previa autorização, por escrito das ex cônjuges para a utilização dos embriões excedentários, só podendo ser revogada até o início do procedimento de implantação desses embriões. Nas presunções dos incisos IV e V surgem diversas questões ligadas a bioética, tais como: barriga de aluguel, direito a origem genética, paternidade socioafetiva, a possibilidade do doador de sêmen requerer o reconhecimento da paternidade: Enunciado 257 – as expressões "fecundação artificial", "concepção artificial" e "inseminação artificial", constantes, respectivamente, dos incs. III, IV e V do art. 1.597 do Código Civil, devem ser interpretadas restritivamente, não abrangendo a utilização de óvulos doados e a gestação de substituição. A barriga de aluguel só é permitida em um caso no BR – barriga da avó. Afastamento da presunção – art.1599 – impotência Adultério confesso da mulher não ilide a presunção Confissão materna não exclui paternidade Ação negatória de paternidade no casamento – art.1601 Legitimidade – exclusiva do marido Referida ação é imprescritível Motivos: adultério, impossibilidade de inseminação ou impotência Enunciado 258 - Não cabe a ação prevista no art. 1.601 do Código Civil se a filiação tiver origem em procriação assistida heteróloga, autorizada pelo marido nos termos do inc. V do art. 1.597, cuja paternidade configura presunção absoluta. Enunciado 520 - O conhecimento da ausência de vínculo biológico e a posse de estado de filho obstam a contestação da paternidade presumida. Prova de filiação: certidão de nascimento – art.1.603 A mãeao registrar a criança não pode colocar o nome do pai sem sua devida autorização. Enunciado 108 - No fato jurídico do nascimento, mencionado no art. 1.603, compreende-se, à luz do disposto no art. 1.593, a filiação consanguínea e também a socioafetiva. Erro ou falsidade do registro: contestação da paternidade ou maternidade – art.1604 Prova da filiação na falta ou defeito do registro – art.1605 Enunciado 109 - A restrição da coisa julgada oriunda de demandas reputadas improcedentes por insuficiência de prova não deve prevalecer para inibir a busca da identidade genética pelo investigando. Ação negatória de maternidade – art.1608 Ação de investigação de filiação (paternidade ou maternidade) – art.1609 Reconhecer a paternidade voluntariamente – ir ao cartório extrajudicialmente e solicitar que conste seu nome assumindo a paternidade. Ação investigatória - Legitimidade do filho. Enunciado 521 - Qualquer descendente possui legitimidade, por direito próprio, para propor o reconhecimento do vínculo de parentesco em face dos avós ou de qualquer ascendente de grau superior, ainda que o pai não tenha iniciado a ação de prova da filiação em vida. DA PROTEÇÃO A PESSOA DOS FILHOS Art.227 – guarda: assistência material, moral e educacional ao menor Regularizar posse de fato ver art.33, §1º ECA Guarda Compartilhada X Guarda Unilateral – conceitos no art.1583 e 1584 Regulamentação das visitas, logicamente, pois só um tem a guarda física, o outro tem direito as visitas. A guarda serve para compartilhar as decisões acerca da vida da criança. Ideia de consenso entre ambos. Alimentos X Guarda? NADA VER Outras modalidades de guarda? Enunciado 518 – guarda mais adequada a situação do filho, aplicando-se a qualquer modelo de família. Art.1584 – torna a guarda compartilhada obrigatória Art.1583, §2º - tempo de convívio dividido de forma equilibrada. Cidade base de moradia do menor. Prestação de contas. Dever de informação Penalidades – redução de horas de convivência. Não há como proibir visitas. Guarda no casamento declarado nulo ou anulado Novo casamento de qualquer dos pais não altera a reação entre pai e filho, nem o divórcio. Direito de visitas a avos e demais parentes. Enunciado 333 DA ADOÇÃO Histórico: Concepção passada Caráter potestativo da adoção: dar filhos a quem não podia tê-los. Adoção simples - Legitimação adotiva: mais integração com a família, menores de 7 anos, irrevogável, judicial. Adoção plena – menores de 7 anos - Passamos ao caráter assistencialista: dar uma família a quem não pode tê-la CF/88 direitos iguais. Existiam duas legislações (CC/1916 + ECA depois CC/02 + ECA) Em 2009 a adoção ficou exclusivamente no ECA Adoção de maiores de idade - Art. 1.618 e 1619, CC/02 remete ao ECA Conceitos atuais: Previsão art.39 a 52 do ECA A adoção é uma forma de colocação da criança/adolescente em família substituta – art.28 ECA Criação de um novo núcleo familiar Observância do mandamento constitucional do direito fundamental a convivência familiar Igualdade, dignidade e afeto Irrevogabilidade da adoção – art.39, §1º ECA Proibição da adoção por procuração – art.39, §2º, ECA Conceito: “ato judicial complexo (...) que transforma, por ficção jurídica, sob total discrição, um estranho em filho do adotante, para todos os fins de direito e para sempre” CONSAGUINEO Natureza Jurídica – instituição – ato jurídico – natureza hibrida – contrato – ato complexo Legitimidade: Impedimentos para adoção: Impedimento parcial do adotante – art.44 ECA – tutor e curador enquanto não saldadas as contas Impedimento total do adotante – art.42 ECA – ascendentes e irmãos do adotando. Impedimento do adotando – art.19 ECA – sem possibilidade de reintegração na família natural, Adoção como penalidade é a ultima saída contra os pais Prazo superior a 6 meses de acolhimento – art. 19 Situações pontuais: Adoção por divorciados ou ex companheiros Adoção por casais homoafetivos Cadastro e Habilitação: Ordem de cadastro – Cadastro Nacional da Adoção Art.50 ECA Autoridade Central Estadual e Federal (manutenção do cadastro) Fiscalização pelo MP – art.50, §12 ECA Adoções fora do cadastro: hipóteses – art.50, §13º - quando o adotante for parente do adotado (família estendida) REQUISITOS PARA ADOÇÃO Idade máxima para ser adotado: pelo ECA 18 anos, pelo CC não há limite Idade mínima para adotar: 18 anos Estabilidade da família que irá adotar. Diferença de 16 anos entre adotantes e adotado – art.42 Consentimento da família biológica: art45 (a entrega para a adoção, concordância para a adoção) Dispensa do consentimento: quando há ameaça, violência contra a criança, isto é, perda do poder familiar. Revogabilidade do consentimento (antes do termino do processo) Concordância do adotando – voz ativa a partir dos 14 anos Reais benefícios para o adotando Sempre por meio de decisão judicial. Estágio de convivência: Guarda provisória Período de avaliação Acompanhamento por equipe interprofissional Prazo: fixado com a conveniência do caso a caso, inclusive podendo ser dispensada. Exceto nas adoções internacionais. Efeitos: Pessoais: Relação de parentesco Condição de filho: poder familiar Impedimentos matrimoniais: família biológica e adotiva Adoção dos patronímicos Patrimoniais: alimentos e sucessão Modalidades: Adoção nacional (bilateral, unilateral e póstuma) Adoção internacional: bilateral e unilateral. Cadastro, possível, estagio de convivência no BR por no mínimo 30 dias. Adoção “à brasileira”: art. 242 CP – socioafetividade – principio superior ao interesse da criança Informações sobre a adoção: Ao próprio adotado – art.48 ECA Não há referência sobre a adoção na certidão de nascimento do adotado – art.47 O cartório recebe oficio acerca da certidão de nascimento para arquivamento
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