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UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES PARA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE DUAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE CALÇADOS NOS ANOS 2014 A 2016.

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Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
949 
UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES PARA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE 
DUAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE CALÇADOS NOS ANOS 2014 A 2016. 
 
Fernanda Molon Andreazzaa, Juliana Ventura Lorenzetb, Itacir Alves da Silva c 
a Acadêmica no Curso de Administração do Centro Universitário da Serra Gaúcha. 
b Acadêmica no Curso de Administração do Centro Universitário da Serra Gaúcha. 
c Mestre em Administração, professor do Centro de Negócios da FSG. 
 
Resumo 
 Este artigo apresenta uma análise financeira da Arezzo e 
Alpargatas, líderes no mercado brasileiro de calçados. Como 
principal objetivo será realizado a verificação da importância 
dos indicadores financeiros para a tomada de decisões. 
Utilizou-se para esse estudo multicaso, metodologia 
qualitativa, com pesquisa documental nas demonstrações 
publicadas. São analisados os índices de Liquidez, 
Rentabilidade, Retorno do Ativo, Retorno sobre o Patrimônio 
Líquido, Giro do Ativo, Endividamento e Ebtda. Pode-se 
concluir que os indicadores financeiros são de grande valia 
para a tomada de decisão. Além disso pode-se notar que a 
Arezzo apresentou melhor desempenho nos anos analisados 
do que a Alpargatas conforme indicadores. 
Palavras-chave: 
Análise. Demonstrações contábeis. 
Arezzo. Alpargatas. 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Na hora de definir novos negócios é necessário ter muita cautela, pois são as 
tomadas de decisões que determinam o sucesso ou o fracasso de uma empresa. Para que 
essas decisões sejam tomadas da maneira mais certa, é indispensável que os gestores ou 
as pessoas tomadoras de decisões tenham em mãos as informações necessárias para dar 
andamento ao processo. 
De acordo com CHING, MARQUES, PRADO (2003, p.6): “é comum a 
contabilidade ser chamada de a linguagem dos negócios e que quanto melhor você 
entender essa linguagem melhores serão suas decisões de negócios. ” Baseado nessa 
citação, a contabilidade é de extrema importância para a tomada de decisões, pois ela 
 
Seminário de Iniciação Científica 
CENTRO DE NEGÓCIOS– FSG 
 
ISSN Online: 2318-8006 
V. 6, N. 1 (2017) 
http://ojs.fsg.br/index.php/globalacademica 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
950 
auxilia as pessoas a avaliar e demonstrar a estrutura e as alterações ocorridas nas 
organizações em um determinado período. 
É através das demonstrações contábeis que se pode ter informações da real 
situação econômica e financeira e com base nesses resultados também que será possível 
tomar decisões pertinentes aos investimentos, à capacidade de pagamentos, a 
rentabilidade e lucratividade da entidade. 
 Diante do exposto, este artigo visa responder o seguinte problema de pesquisa: 
Quais indicadores podem ser utilizados para analisar o desempenho econômico-
financeiro das empresas Arezzo e Alpargatas no período de 2014 a 2016? Para isso, 
tem-se como objetivos específicos: apresentar os principais conceitos dos indicadores 
financeiros e analisar o desempenho período de 2014 a 2016 de acordo com os índices. 
Na sequência aborda-se a metodologia utilizada para realizar o trabalho, bem como a 
coleta e análise dos dados, além das considerações finais. 
Independente da estrutura, a análise das demonstrações é uma das ferramentas 
mais importantes para o processo de tomada de decisão e se ela for interpretada 
corretamente, estas informações transformam-se em ótimos investimentos tanto para os 
gestores quanto para os acionistas. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Nesta parte do artigo aborda-se os principais indicadores de gestão financeira da 
contabilidade. Eles têm como principal finalidade mostrar através dos números como a 
organização vem se comportando com o passar dos anos. Serão apresentados os 
seguintes índices: Liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca, retorno do ativo, 
retorno do patrimônio líquido, giro do ativo, endividamento e ebtida. 
Faz parte do trabalho do contador o registro e interpretação dos fatos que 
ocorreram em um determinado. Logo após, o profissional consegue, através das 
demonstrações contábeis, apresentar uma posição econômica, financeira e patrimonial 
para os interessados. As demonstrações contábeis são de acordo com o CPC 26 (tópico 
9): 
“são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do 
desempenho da entidade. O objetivo da s demonstrações contábeis é o de 
proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do 
desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande 
número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As 
demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
951 
atuação da administração na gestão da entidade e sua capacitação na 
prestação de contas quando aos recursos que lhe foram confiados. Para 
satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam 
informação da entidade acerca do seguinte: Ativos, passivos, patrimônio 
líquido, receitas e despesa, incluindo ganhos e perdas; alterações no capital 
próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles e 
fluxos de caixas. “. 
Essa afirmação faz com que perceba-se que a contabilidade, com o passar dos 
anos, vem se firmado como um importante instrumento gerencial para apoio ao 
processo de tomada de decisão, como é definido por SILVA (2012, p.4). O objetivo 
principal das demonstrações contábeis é prover aos seus usuários: sócios, gestores, 
instituições financeiras, clientes e fornecedores, investidores entre outros, informações 
que poderão ser objeto de análise. Na visão de MATARAZZO (2007, p.17) as 
demonstrações contábeis “precisam ser transformadas em informações que permitam 
concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administradas, 
se tem ou não condições de pagar as suas dívidas, se é ou não lucrativa...”. 
Através das demonstrações contábeis é possível avaliar o desempenho da gestão 
no âmbito patrimonial, financeiro e econômico. Com elas, o analista pode confrontar 
com as informações de períodos passados, comparar com empresas do mesmo segmento 
e até informar as perspectivas de continuidade do negócio e assim propiciar aos gestores 
mais conhecimento para a tomada de decisão. As principais demonstrações utilizadas 
para analisar a situação econômica e financeira são o Balanço Patrimonial e a 
Demonstração de Resultado do Exercício, apresentadas a seguir. 
 
2.1 Balanço Patrimonial 
 
Nesse demonstrativo são apresentados todos os bens, direitos e obrigações da 
empresa. É no balanço patrimonial que será identificado detalhadamente a situação 
econômica e financeira. 
A análise do balanço preocupa-se com as demonstrações financeiras e a posição 
patrimonial, onde será verificado se o negócio está sendo bem administrado e se as suas 
atividades estão sendo eficiente o suficiente para ter continuidade. O balanço compõe-se 
de três partes essenciais segundo NETO (2012, p. 58) “ativo, passivo e patrimônio 
líquido. Cada uma dessas partes apresenta suas diversas contas classificadas em 
“grupos”, os quais, por sua vez, são dispostos em ordem decrescentes de grau de 
liquidez para o ativo e em ordem decrescente de exigibilidade para o passivo”. 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
952 
No ativo estão relacionados os recursos concretizados, que se espera a curto e 
longo prazo, que resultem em benefícios econômicos e financeiros. O passivo é 
representado como uma obrigação exigível da entidade, onde será identificada a origem 
dos recursos aplicados. Quanto ao patrimônio líquido, ele consiste na diferença entre o 
totaldo ativo e do passivo, identificando os valores aplicados pelos sócios, acionistas, 
em empreendimentos, prejuízos acumulados ou reservas de lucro. Além deste 
demonstrativo, temos também a demonstração de resultado do exercício que tem como 
principal função informar o lucro do período analisado. 
 
2.2 DRE – Demonstração do Resultado do Exercício 
 
A demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo fornecer da 
maneira mais explicativa, os resultados positivos ou negativos, apresentados pela 
empresa em um determinado período de operações. 
Segundo NETO (2012, p.76) para a elaboração da DRE, é necessário destacar as 
receitas e despesas do período, além do custo de produção e impostos apurando assim o 
valor do lucro do período analisado. No quadro abaixo, segue as etapas a serem 
desenvolvidas para a realização de uma demonstração do resultado do exercício. 
 
Quadro 01 – Demonstração do Resultado do Exercício 
Receita Bruta de Vendas 
(-) Dedução de receita bruta (impostos sobre vendas, devoluções, abatimentos) 
(=) Receita líquida de venda 
(-) Custo de mercadoria vendida 
(=) Resultado/lucro bruto (lucro ou prejuízo) 
(-) Despesas operacionais 
 Despesas gerais e administrativas 
 Despesas comerciais 
 Outras receitas e despesas operacionais 
(=) Resultado operacional antes dos efeitos financeiros 
Encargos financeiros líquidos (despesas financeiras deduzidas das receitas financeiras) 
(=) Resultado Operacional 
(-) Outras receitas e despesas 
 Resultado da equivalência patrimonial 
 (+/-) Vendas/custos (vendas de itens do não circulante) resultante de operações 
descontinuadas 
(=) Resultado do exercício (lucro ou prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro 
(-) Despesas com provisão para imposto de renda e contribuição social 
Participações (debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias) 
(=) Resultado líquido do exercício 
Fonte: LUZ (2014, página 13). 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
953 
A partir da análise da Demonstração de Resultado do Exercício e do Balanço 
Patrimonial pode-se chegar a alguns indicadores que facilitam a tomada de decisão para 
os gestores. Além disso, são de extrema importância para os acionistas pois informam o 
andamento da organização. A partir dos valores apurados tanto no balanço patrimonial 
como na Demonstração de Resultado, é possível entender, através dos indicadores, qual 
a rela situação da organização. 
 
2.3 Índices 
 
Uma das mais importantes técnicas de análise financeira pode ser chamada de 
quocientes ou índices, pois é através de bases já definidas e dados já apresentados, que 
será possível comparar as informações com anos anteriores e analisar as informações 
para a tomada de decisão. IUDICIBUS (2010, p. 92) aborda que “o uso de quocientes 
tem como finalidade principal permitir ao analista extrair tendências e comparar os 
quocientes padrões preestabelecidos. A finalidade da análise é, mais do que retratar o 
que aconteceu no passado, fornece algumas bases para inferir o que poderá acontecer no 
futuro”. Neste artigo serão abordados os quocientes de liquidez, endividamento, 
rentabilidade, Valor adicionado econômico e ebtida. 
 
2.3.1 Liquidez 
 
Os índices de liquidez têm como principal função demonstrar a capacidade em 
pagar as suas obrigações. GITMAN (2012, p.51) avalia a importância da seguinte 
forma: “Como um percursor comum de dificuldades financeiras é uma liquidez baixa ou 
em declínio, esses índices podem fornecer sinais antecipados de problemas de fluxo de 
caixa e insolvência iminente do negócio.”. Para medir a curto prazo a longo prazo, o 
quociente é dividido em: Liquidez geral, liquidez corrente e liquidez seca. 
 
2.3.1.1 Liquidez Geral 
 
É através desse indicador de liquidez geral que é possível identificar a 
capacidade de pagamento a longo prazo. Além disso, pode ser utilizada como medida de 
segurança econômica e financeira da entidade a longo prazo, com a finalidade de 
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954 
cumprir com todos os seus compromissos assumidos. De acordo com SILVA (2012, 
p.140) a fórmula para o cálculo da liquidez geral é: 
 
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜
 
 
Desta forma o cálculo leva em consideração o ativo disponível mais o ativo a 
longo prazo dividido pelo passivo total. 
 
2.3.1.2 Liquidez Corrente 
 
É analisando esse índice que será possível verificar a quantidade de recursos que 
se tem disponível para conhecer a liquidez no curto prazo, é o quociente mais indicado 
para se obter a situação financeira da empresa. É notável considerar alguns aspectos 
importantes em relação a liquidez corrente, Segundo MARION (2012, p. 76): 
“O primeiro é que o índice não revela a qualidade dos itens no Ativo 
Circulante. O segundo é que o índice não revela a sincronização entre 
recebimentos e pagamentos, ou seja, por meio dele não identificamos se os 
recebimentos ocorrerão em tempo para pagar as dívidas vincendas. O 
terceiro, como um aspecto que contribui para o redimensionamento da 
Liquidez Corrente, no sentido de elevá-la, é o estoque estar avaliado a custos 
históricos, sendo que seu valor de mercado está, normalmente, acima do 
evidenciado no Ativo Circulante. Portanto, a Liquidez Corrente, sob esse 
enfoque, será sempre mais pessimista do que a realidade, já que os estoques 
serão realizados a valores de mercado e não de custo”. 
 A fórmula para achar o índice de liquidez corrente, ainda segundo 
MARION (2012, p.76) é: 
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
Em virtude de este cálculo verificar as contas a curto prazo a fórmula 
corresponde a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante. Quanto maior for o 
resultado, melhor pois indica que o valor disponível é maior que o valor a ser pago no 
curto prazo para fornecedores, encargos e tributos. 
 
2.3.1.3 Liquidez Seca 
 
Esse quociente vai medir o grau da sua situação financeira, sendo muito 
importante para se obter a capacidade de pagamento sem contar com os estoques. 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
955 
Quando se tem um giro de estoque muito baixo, pode refletir de maneira negativa na 
gestão, podendo ser afetada quanto as compras de material. Para achar esse quociente, 
deve-se retirar o estoque. De acordo com IUDÍCIBUS (2010, p. 96), a fórmula para 
encontrar esse indicador é: 
 
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑆𝑒𝑐𝑎 = 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
 
 
2.3.2 Rentabilidade 
 
Os índices de rentabilidade são capazes de mostrar a capacidade de geração de 
resultado. Isto é, para os cálculos são considerados os resultados das operações da 
organização com relação ao valor que foi investido em um espaço de tempo. 
SAPORITO (2015, p.180) aborda que os índices de rentabilidade “servem para 
transformar valores absolutos resultados em relativos” e assim poder aplicar as medidas 
necessárias de acordo com os números obtidos. 
De acordo com SILVA (2012, p. 147), para a realização do cálculo da 
rentabilidade é necessário tomar alguns cuidados que poderão refletir nos resultados 
líquidos, conforme descritos abaixo: 
“Diminuir o valor das despesas de depreciação alongando a vida útil do bem, 
o que levará a uma redução da taxa anual a ser contabilizada. Este é um, 
aspecto altamente subjetivo, bem característico da essência sobre a forma, 
onde deixando de lado os critériosda legislação do imposto de renda, a 
empresa passará a contabilizar a depreciação de acordo com as taxas que 
entenda ser as corretas. Superestimando o valor dos estoques, não 
contabilizando a baixa de itens considerados, por exemplo, como obsoletos 
ou danificados, ou ainda não reconhecendo o valor de mercado, quando este 
estiver abaixo do preço de custo de aquisição ou produção. Ignorando novas 
obrigações, as quais deveriam estar contabilizadas na forma de provisões 
para cobrir demandas judiciais e passivos contingentes. Superestimando 
vendas, naqueles casos em que são realizadas de forma desmedida. ” 
Os indicadores de rentabilidade são divididos em dois grandes grupos: margens 
e retornos. Neste artigo será apresentado o retorno do ativo, giro do ativo e retorno 
sobre o capital próprio. 
 
 
 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
956 
2.3.2.1 Retorno do Ativo (ROA) 
 
Este indicador demonstra a capacidade dos ativos disponíveis em gerar 
resultados, ou seja, expressa a taxa de retorno sobre o ativo total investido no negócio. 
Desta forma a fórmula é dada pelo lucro líquido e o total deste cálculo dividido pelo 
ativo total. Segundo MARION (2012, p.61) a fórmula para encontrar o retorno do ativo 
é: 
𝑅𝑂𝐴 = 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
 
 
De acordo com SAPORITO (2015, p.188) “Quanto maior for o resultado do 
cálculo, melhor, pois este representa a remuneração dos recursos totais empregados na 
empresa independente de serem próprios ou terceiros. ” 
 
2.3.2.2 Retorno do Patrimônio Líquido (ROE) 
 
Um dos principais indicadores analisados pelos investidores é a taxa de retorno 
do Patrimônio líquido, pois é possível acompanhar o desenvolvimento da empresa. 
Assim, o retorno dos acionistas é o resultado da divisão do lucro líquido pelo 
patrimônio líquido, conforme MARION (2012, p.61) apresentou a fórmula a seguir: 
 
𝑅𝑂𝐸 = 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑥𝑒𝑟𝑐í𝑐𝑖𝑜
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
 
 
Esta taxa permite ser comparada entre diversas outras organizações, desde que 
atuem no mesmo setor e ter condições semelhantes, podendo servir como um dos 
diferenciais para o acionista investir ou não na organização em questão. Para isso é 
necessário ter conhecimento de que, assim como Antônio Saporito ano abordou em seu 
livro que quanto maior o resultado do cálculo do retorno do patrimônio líquido melhor, 
pois representa o valor ou a taxa de remuneração dos acionistas. 
 
 
 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
957 
2.3.2.3 Giro do Ativo 
 
 Este índice relaciona as vendas do período dividido pelo ativo. Ele é 
responsável por indicar o quão eficiente à empresa foi em utilizar os seus ativos. 
Conforme MARION (2012, p. 60), a fórmula é: 
 
𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = 
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
 
 
O resultado do cálculo pode variar desde zero até o infinito. Ou seja, se a 
capacidade for perto do zero, quer dizer que não esta sendo utilizando adequadamente o 
seu ativo (maquinas e equipamentos) ou que a precificação não esta correta. 
 
2.3.3 Endividamento 
 
O índice de endividamento vai mostrar o quanto foi solicitado em empréstimos a 
curto e longo prazo sobre o patrimônio. Quando uma entidade chega ao ponto de 
estagnar, em função das suas grandes dívidas, é necessário fazer uma análise detalhada 
de cada valor devido para fazer uma renegociação de acordo com a necessidade do 
negócio. 
Para que o grau de endividamento chegue a um nível muito alto, como no caso 
de falência, alguns fatores que contribuem com essa situação é a falta de organização 
junto da gestão, aplicação indevida dos recursos disponíveis ou de terceiros, não 
administrar o fluxo de caixa e até a falta de um plano de negócios objetivo. De acordo 
com GITIMAN (2012, p. 58) a fórmula para encontrar o índice de endividamento é: 
 
𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
 
 
Para SILVA (2012, p. 142), existem algumas variáveis que devem ser 
ponderadas quando é feita uma análise da capacidade de endividamento, como: 
“Geração de recursos: capacidade de gerar recursos para amortizar as dívidas; Liquidez: 
permite analisar o perfil da dívida (objetivos, volume, prazos); Renovação: a capacidade 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
958 
de renovação dos empréstimos está associada à capacidade da empresa em gerar 
recursos e do seu grau de liquidez”. 
 
2.3.4 Ebtida 
 
Na tradução literal do inglês, Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e 
amortização. Segundo IUDICIBUS (2010, p.248) o ebtida “é uma medida 
essencialmente operacional, desconsidera os efeitos dos resultados financeiros, assim 
revelando o potencial da empresa para a geração do caixa operacional”. Desta forma, o 
este indicador tem como função principal analisar o desempenho efetivo das suas 
atividades operacionais sem considerar outras influências como efeitos financeiros e 
pagamento e tributos. De acordo com IUDICIBUS (2010, p.248) o cálculo deve ser 
feito da seguinte forma: 
 
Ebitda = Lucro Operacional + Depreciação + Amortização 
 
O valor encontrado é de extrema importância para os acionistas e 
administradores pois possibilita analisar a produtividade dos processos operacionais e 
não só o resultado final. No entanto, deve-se levar em conta que empréstimos, 
financiamentos e pagamento de tributos não estão incluídos no cálculo, e assim não é 
possível avaliar se o resultado vai ser lucro ou prejuízo. 
 
3 METODOLOGIA 
 
Este artigo é um estudo multicaso com metodologia de pesquisa qualitativa, 
baseado nas empresas do segmento de calçados Arezzo e Alpargatas, onde busca-se 
apresentar de maneira mais objetiva os índices para a análise de ambas nos anos de 
2014, 2015 e 2016. Na metodologia utilizada apresentou-se a pesquisa documental que 
de acordo com Gil (2008) vale-se de materiais que não recebem tratamento analítico. 
São considerados como documentos, os documentos de arquivos não processados, como 
também aqueles que já foram processados, mas podem receber outras interpretações, 
como relatórios empresariais, tabelas etc. 
A abordagem qualitativa apresentada neste artigo não se preocupa com a 
representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento e compreensão do assunto 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
959 
abordado. De acordo com Deslauries (1991, p. 58) “o desenvolvimento da pesquisa é 
imprevisível. O conhecimento do pesquisador é parcial e limitado. O objetivo da 
amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela pequena e 
grande. O que importa é que ela seja capaz de produzir novas informações.”. 
A estratégia de pesquisa utilizada neste artigo é o método de estudo de 
mutlicasos, pois este tipo de estudo trata de fatores comuns a todos os casos, e ao 
mesmo tempo trata de fatores únicos nos casos estudados. Yin (2005) explica que a 
lógica deste estudo não permite a generalização dos resultados apurados para toda a 
população, mas a possibilidade de previsão de resultados semelhantes no segmento ou 
nos anos subsequentes. Além disse, aborda que o estudo responde aos questionamentos 
primários de: “Como” serão analisados os parâmetros, e “porque” compreendendo a 
discussão dos resultados. 
 
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
A análise realizada é baseada em indicadores financeiros verificados a partir dos 
dados coletados das demonstrações publicadas pelas empresas Arezzo e Alpargatas 
referentes aos anos de 2014, 2015 e 2016. 
A Arezzo foi fundada em 1972 por dois irmãos empreendedores, hoje ela é a 
maiormarca de varejo dos calçados femininos da América Latina, junto de seu design 
contemporâneo, conceito e alta qualidade. A Alpargatas foi fundada em 1907 por um 
escocês chamado Robert Fraser, e hoje é considerada também uma das marcas mais 
importantes com seus calçados confortáveis e diferenciados. As duas organizações 
abordadas, são entidades de capital aberto, isto é, depende da compra e venda de ações 
dos seus investidores. Abaixo estão apresentados os resultados avaliados de forma 
criteriosa para extrair informações úteis, visando à situação financeira das organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
960 
Gráfico 1 – Liquidez Geral 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
 Com o objetivo de calcular o total de contas a pagar tendo em vista o total dos 
recebimentos, o indicador de liquidez geral demonstra no gráfico acima que a 
Alpargatas apresentou uma queda na capacidade de sanar todas as suas dívidas com o 
passar dos anos analisados. A redução tem como motivo principal a contratação de 
empréstimos e financiamentos de curto prazo no ano de 2015, além do aumento dos 
gastos com fornecedores. Já a Arezzo se sobressaiu obtendo um crescimento constante 
no indicador, que tem como motivo o aumento gradativo dos bens e direitos e 
diminuindo as obrigações. 
 
Gráfico 2 – Liquidez Corrente 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
 No gráfico 2 pode-se analisar que a Arezzo se manteve estável nos anos de 2014 
a 2016. Isso significa que a empresa se encontra em uma situação financeira 
confortável, pois para cada unidade monetária que a organização deve no curto prazo 
ela tem 3,46 em 2014, 3,45 em 2015 e 3,50 em 2016 para saldar as obrigações. Já a 
Alpargatas teve um decrescimento no ano de 2015 em virtude da compra de estoques 
com pagamentos através de empréstimos e financiamentos a curto prazo. No ano de 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
961 
2016 as obrigações foram sanadas, e do mesmo modo o caixa aumentou pelo 
pagamento das vendas realizadas no ano de 2015. 
 
Gráfico 3 – Liquidez Seca 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
 Na análise do gráfico 3 tendo como indicador analisado a liquidez seca, pode-se 
notar que ambas, mesmo sem contar o estoque como parte da conta de ativos, tem 
capacidade de saldar as suas obrigações. No entanto, observa-se que a Arezzo obtém 
em torno de duas vezes mais direitos do que pagamentos quando comparada com a 
Alpargatas. Ou seja, para pagamentos de imediato, a Arezzo apresenta melhor índice. 
 
Gráfico 4 – Retorno do Ativo 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
Como já explicado anteriormente, o retorno do ativo demonstra o rendimento 
sobre o total dos ativos. Pode-se destacar, com base no gráfico acima que a Arezzo 
obteve um melhor resultado do que a Alpargatas, no entanto, a última cresceu 
significativamente dos anos de 2015 a 2016. O aumento no retorno do ativo tem como 
motivo a contratação de empréstimo, será possível verificar essa situação no gráfico de 
endividamento, resultando na compra de material de estoque, valorizando o ativo. 
 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
962 
Gráfico 5 – Retorno do Patrimônio Líquido 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
No gráfico acima, pode-se observar que a Arezzo obteve um melhor resultado no 
retorno do patrimônio líquido nos dois primeiros anos analisados do que a empresa 
comparada. No entanto, a Alpargatas, dos anos de 2015 a 2016 cresceu tendo em vista 
os empréstimos contratados. Por isso, no último ano analisado as duas obterão a mesma 
taxa de retorno, mostrando ao acionista um bom retorno de dividendos nas ações de 
ambas. 
 
Gráfico 6 – Giro do Ativo 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
 Este indicador revela o total de vendas líquidas com os valores investidos nas 
empresas analisadas. Pode-se observar que a Alpargatas obteve um aumento contínuo 
durante os anos em virtude do crescimento da receita de vendas e, portanto, utilizando 
melhor as suas máquinas e equipamentos. Percebe-se que a Arezzo apresentou uma 
discreta oscilação em função de o ativo e as vendas não terem crescido 
proporcionalmente, conforme demonstrações publicadas. 
 
 
 
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963 
Gráfico 7 – Endividamento 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
 A composição do endividamento conforme apresentado no gráfico acima, 
demonstra que a Arezzo se manteve estável, ou seja, o passivo e o ativo cresceram de 
maneira uniforme. Por sua vez a Alpargatas obteve empréstimo em 2015 para captação 
de estoque, explicando a diminuição do índice de endividamento neste ano. Em 2016 
como parte do empréstimo foi pago, pode-se observar que o indicador mostra uma 
discreta redução, mas ainda se encontra elevado para o padrão da empresa. 
 
Gráfico 8 – EBITDA 
 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 
Como já explicado anteriormente, o ebtida representa o quanto a organização 
gera de recursos somente referente às suas atividades operacionais. Como pode-se 
observar no gráfico acima, a Alpargatas obtém uma maior geração operacional de caixa 
do que a empresa comparada, e tem como principal motivo a quantidade de produtos 
vendidos por ela. Portanto, pode-se analisar nas demonstrações publicadas de cada 
companhia que a Alpargatas, pelo mesmo fator indicado acima, apresenta maior lucro 
líquido do que a Arezzo. 
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964 
Após a análise de todos os gráficos e informações apresentadas pode-se notar 
que a Alpargatas, apesar de ter melhor resultado na geração de caixa das atividades 
operacionais e no lucro líquido, apresenta os demais indicadores com deficiência. Ela 
permaneceu com uma certa dificuldade em saldar as suas dívidas por um certo período, 
isso devido a alguns empréstimos e financiamentos solicitados para dar andamento as 
suas atividades. 
Ainda, os índices de liquidez da Alpargatas mostraram-se baixos em relação à 
Arezzo, ou seja, a baixa capacidade de pagamento de suas dívidas é considerada um 
ponto negativo. No entanto, as receitas e os direitos de ambas empresas cresceram 
durante os anos analisados passando uma boa impressão para o mercado acionista. 
Apesar de o ebtida da Alpargatas ter se mostrado muito superior do que o 
resultado da Arezzo, deve se ressaltar que o lucro por ação desta, obteve destaque por 
valer em torno de duas vezes mais do que as ações da Alpargatas, de acordo com 
informações publicadas. Ou seja, para o acionista ou um futuro investidor seria mais 
vantajoso investir na Arezzo, mesmo apresentando menor receita operacional. Em 
suma através dos indicadores econômico-financeiros analisados, pode-se afirmar que a 
Arezzo, em todos os anos destacados obteve um melhor resultado para os acionistas e 
para a organização. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A análise das demonstrações contábeis constitui de um importante instrumento 
para a tomada de decisão para investidores, diretores e contadores. O presente estudo 
teve como objetivo geral identificar os principais indicadores econômico-financeiros 
com o intuito de analisar o desempenho das empresas Arezzo e Alpargatas dos anos de 
2014 a 2016. Para atingir os objetivos apresentados, a pesquisa se caracterizou como 
qualitativa, quanto aos procedimentos de pesquisa documental e um estudo multicaso. 
 Com o intuito de alcançar o primeiro objetivo especifico, foram abordados os 
principais indicadores financeiros: liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca, 
retorno do ativo, giro do ativo, retorno do patrimônio líquido, endividamento e ebtida. 
Com a análise destes índices, pode-se evidenciaro desempenho de cada uma das 
empresas, atingindo o segundo objetivo do trabalho. Ambas as empresas apresentaram 
ótimos resultados, mas a Arezzo mostrou-se mais segura, pois ela consegue se manter 
estável no mercado independentemente de crise e sem muitos recursos de terceiros. 
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965 
 Sabe-se que a utilização de indicadores é a ferramenta mais utilizada e mais 
tradicional para se obter uma análise mais detalhadas das demonstrações contábeis. 
Todas as informações necessárias para a confecção deste trabalho foram encontradas 
com facilidade tanto em livros, como em documentos disponíveis nos sites das 
empresas comparadas. 
 Portanto, conclui-se que os indicadores considerados são de extrema importância 
para uma completa análise econômico-financeira e que é de extrema valia para os 
avaliadores. No entanto, para os acionistas, estes quocientes não são suficientes para a 
tomada de decisão de investir ou não na empresa. Ademais, este artigo contribuiu muito 
para o aprendizado de seus integrantes. 
 
6 REFERÊNCIAS 
 
DE IUDICIBUS, Sergio. Análise de balanços. São Paulo: Editora Atlas, 2010. 251 p. 
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finanças para não especialistas. São Paulo: Pearson, 2003. 283 p. 
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GITMAN, Lawrence. Princípio de administração financeira. São Paulo: Pearson 
Education do Brasil, 2009. 754 p. 
HORNGREN, Charles; SUNDEM, Gary; STRATTON, William. Contabilidade 
Gerencial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004. 560 p. 
LUZ, Érico Eleutério. Análise e demonstração financeira. São Paulo: Pearson, 2014. 
115p. 
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Editora 
Atlas, 2012. 291 p. 
MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanço. 6º ed. São Paulo: Atlas, 
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NETO, Alexandre Assaf. Estrutura e Análise de Balanços. 8º ed. São Paulo: Atlas, 
2007. 371 p. 
NETO, Alexandre Assaf. Estrutura e Análise de Balanços. 10º ed. São Paulo: Atlas, 
2012. 336 p. 
SAPORITO, Antônio. Análise e Estrutura das Demonstrações Contábeis. Curitiba: 
Editora Intersaberes, 2015. 304 p. 
Caxias do Sul – RS, 20 e 21 de maio de 2017 
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SILVA, Alexandre Alcântara da. Estrutura, Análise e Interpretação das 
Demonstrações Contábeis. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. 250 p. 
WINKLER SILVA, Bráulio. Índices de Rentabilidade. Disponível em: 
<http://www.bwsconsultoria.com/2010/01/indices-de-rentabilidade.html>. Acesso em: 
23 abr. 2017.

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