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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394-96

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO 
Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LLeeii ddee DDiirreettrriizzeess ee BBaasseess ddaa EEdduuccaaççããoo 
NNaacciioonnaall -- LLDDBB 
LLeeii FFeeddeerraall nnºº 99..339944//9966 
 EE LLEEGGIISSLLAAÇÇÃÃOO CCOONNGGÊÊNNEERREE 
2ª Edição 
 
VITÓRIA 
2014 
2 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO 
Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação 
 
 
 
 
Procurador-Geral de Justiça 
Eder Pontes da Silva 
 
Subprocuradora-Geral de Justiça Administrativo 
Elda Marcia Moraes Spedo 
 
Subprocurador-Geral de Justiça Judicial 
Josemar Moreira Sperandio 
 
Subprocurador-Geral de Justiça Institucional 
Fábio Vello Corrêa 
 
Corregedor-Geral do Ministério Público 
José Maria Rodrigues de Oliveira Filho 
 
Ouvidor do Ministério Público 
Sérgio Dário Machado 
 
Promotora de Justiça e Dirigente do CAPE 
Fabiula de Paula Secchin 
 
Equipe Técnica do CAPE 
Andréia Lima de Cristo – Agente Técnico – Assistente Social 
Camila Ferreira Moreira – Assessora Técnica - Pedagoga 
Fernanda Talita Ferreira da Cruz - Agente Técnico – Assistente Social 
Gleisiane Rodrigues Leão – Apoio Administrativo 
Geisa Genaro Rodrigues Fontoura – Agente de Apoio Administrativo 
Susete Ferreira Magalhães - Agente de Apoio Administrativo 
 
Coordenação e Revisão 
Fabiula de Paula Secchin 
 
Atualização e Organização do Material 
Camila Ferreira Moreira 
Fernanda Talita Ferreira da Cruz 
Geisa Genaro Rodrigues 
Gleisiane Nunes Leão 
Susete Ferreira Magalhães 
 
Criação da Capa 
Marcelo Clodoaldo Negreiros Linhares 
 
 
Impressão 
Dossi Editora Gráfica 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
AApprreesseennttaaççããoo 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, orientada pelos princípios, diretrizes 
e normas estabelecidos na Constituição de 1988, define e regula o sistema brasileiro de 
educação. 
Fundada no primado de uma educação universal, para todos, a LDB de 1996 trouxe diversas 
mudanças em relação aos regramentos anteriores, destacando-se a inclusão da educação 
infantil como a primeira etapa da educação básica, modalidade de ensino pela qual o Ministério 
Público tem buscado a garantia da atenção prioritária. 
Ademais, a LDB inova ao ampliar o conceito de educação, colocando-o para além dos limites 
da escola, abraçando os processos que se desenvolvem “na vida familiar, na convivência 
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e 
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. 
A lei ordenadora do sistema educacional objetiva a formação básica do cidadão, a fim de 
proporcionar o domínio dos conhecimentos necessários ao exercício da cidadania, pois, como 
já foi afirmado, a educação é o passaporte para a cidadania. 
O conteúdo da publicação aborda a educação dividida em modalidades de ensino, não se 
resumindo ao texto da Lei de Diretrizes e Bases, dessa forma, disponibilizaram-se ainda leis, 
decretos, resoluções e notas técnicas de âmbito federal e estadual, necessários ao 
entendimento e à aplicação do direito educacional. 
O objetivo é facilitar a atuação do Promotor de Justiça em sua Comarca, fornecendo os 
subsídios necessários ao conhecimento da legislação educacional e à atuação firme na 
garantia do direito à educação. 
 
Sendo assim, disponibilizamos a Lei de Diretrizes e Bases e Legislação Congênere, publicação 
que acompanha artigos específicos da Constituição Federal, Constituição Estadual, Estatuto da 
Criança e do Adolescente, Estatuto da Juventude, a íntegra da Resolução 1.286/2006 do 
Conselho Estadual de Educação, a Lei que regula o Fundeb, além de índice temático de atos 
normativos por modalidade, indicadores educacionais e links para acesso aos mais diversos 
sítios de interesse. 
 
Por fim, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo, por meio do Centro de Apoio 
Operacional de Implementação das Políticas de Educação, apresenta o presente trabalho 
compilatório da legislação educacional, no intuito de que o mesmo sirva como instrumento para 
auxiliar na nobre e árdua luta pela concretização do direito fundamental à educação. 
 
 
 
Fabiula de Paula Secchin 
Promotora de Justiça 
Dirigente do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mensagem do Procurador-Geral de Justiça 
 
A educação, reconhecida constitucionalmente como direito fundamental da pessoa humana, 
está intimamente ligada à própria democracia. 
Falo isso porque, ao propiciar educação às pessoas, especialmente às crianças e aos jovens, 
com foco na absoluta prioridade que lhes é peculiar, potencializaremos positivamente a 
transformação do nosso país. 
Portanto, por meio de ações afirmativas, cabe à sociedade e ao Estado brasileiro, nesse 
inserido o Ministério Público, possibilitar mecanismos de acesso pleno à educação de 
qualidade. 
Com intuito de fortalecer a atuação ministerial, apresenta-se, por meio de mais esse importante 
trabalho do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Educação - 
CAPE, um compêndio de normas ligadas à citada matéria. 
Na certeza de que a presente publicação é mais uma ferramenta para aumentar nossa 
resolutividade para o alcance e a consolidação da cidadania, desejo um bom proveito a todos! 
 
Vitória, 21 de março de 2013. 
 
 
Eder Pontes da Silva 
Procurador-Geral de Justiça 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
Apresentação 03 
Constituição Federal – art. 1º ao 5º 09 
Constituição Federal – art. 6º ao 11 12 
Constituição Federal – art. 34, 35, 205, 206, 207, 208, 209, 210, 211, 212, 213 
e 214 
 14 
Emenda Constitucional 14/1996 19 
Emenda Constitucional 53/2006 20 
Emenda Constitucional 59/2009 23 
Constituição Estadual – art. 30, 168 a 180 27 
Emendas Constitucionais ES – 01/1990, 06/1993 e 28/2000 33 
Emenda Constitucional ES - 32/2001 34 
Emendas Constitucionais ES – 57/2007 e 60/2009 35 
Emenda Constitucional ES – 70/2011 e 71/2011 36 
Emendas Constitucionais ES – 86/2012, 88/2012 e 93/2013 38 
Lei nº 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 43 
Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente 63 
Lei nº 12.852/2013 - Estatuto da Juventude 70 
Resolução CEE nº 1.286/2006 - Fixa Normas para a Educação no Sistema 
Estadual de Ensino do Estado do Espírito Santo 
 
 77 
Lei nº 11.494/2007 - Regulamenta o Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais 
da Educação – FUNDEB 
 
 107 
FUNDEB – Perguntas e Respostas 121 
Lei nº 9.870/1999 – Anuidades Escolares 147 
Índice Temático da Legislação Educacional 153 
Indicadores de qualidade do ensino e exames educacionais 162 
Sugestão de links para sites de educação 167 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCoonnssttiittuuiiççããoo FFeeddeerraall 
AArrttiiggooss 11ºº aa 1111,,3344,, 3355 ee 220055 aa 221144.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos 
povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à 
imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e 
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo 
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa,fixada em lei; 
10 
 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de 
censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele 
entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada 
a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão 
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de 
penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de 
financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive 
nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como 
proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 
sigilo seja imprescindível àsegurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
11 
 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da 
lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do 
valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período 
de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de 
obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-
corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
12 
 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado 
na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania. 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios 
que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. (Incluído pela EmendaConstitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste 
parágrafo) 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010) 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, 
que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e 
às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência 
social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na 
gestão da empresa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) 
13 
 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 
5.452, art. 59 § 1º) 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e 
pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para 
os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de 
deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, 
VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em 
folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou 
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta 
grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e 
sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. 
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em 
que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes 
com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 
 
14 
 
 
 
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
CAPÍTULO VI 
DA INTERVENÇÃO 
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
e) aplicação do mínimo exigido da receitaresultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº. 29, de 2000) 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, 
exceto quando: 
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e 
nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº. 29, de 2000) 
 
 
TÍTULO VIII 
Da Ordem Social 
 
CAPÍTULO III 
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO 
 
Seção I 
DA EDUCAÇÃO 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de 
ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com 
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade; 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei 
federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação 
básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e 
patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 11, de 1996) 
 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive 
sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 59, de 2009) 
15 
 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 
1996) 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de 
ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada 
um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares 
de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 59, de 2009) 
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2º - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa 
responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, 
junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica 
comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
§ 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas 
de ensino fundamental. 
§ 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas 
também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. 
 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus 
sistemas de ensino. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino 
públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir 
equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica 
e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, 
de 1996) 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão 
formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 53, de 2006) 
 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste 
artigo, receita do governo que a transferir. 
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino 
federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino 
obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano 
nacional de educação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão 
financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
(Vide Decreto nº 6.003, de 2006) 
16§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas 
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de 
ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas 
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao 
Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e 
médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e 
cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a 
investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. 
§ 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público. 
 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o 
sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de 
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e 
modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que 
conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
I - erradicação do analfabetismo; 
II - universalização do atendimento escolar; 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
IV - formação para o trabalho; 
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País; 
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno 
bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EEmmeennddaass CCoonnssttiittuucciioonnaaiiss 
1144//11999966,, 5533//22000066 ee 5599//22000099 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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19 
 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
 
Emenda Constitucional Nº 14, de 12 de Setembro de 1996 
 
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição Federal, 
promulgam a seguinte emenda ao texto constitucional: 
 
Art. 1º É acrescentada no inciso VII do art. 34, da Constituição Federal, a alínea "e": 
"e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferência, na manutenção e desenvolvimento do ensino." 
 
Art. 2º É dada nova redação aos incisos I e II do art. 208 da Constituição Federal: 
"I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele 
não tiveram acesso na idade própria; 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
 
"Art. 3º É dada nova redação aos §§ 1º e 2º do art. 211 da Constituição Federal e nele são inseridos mais dois 
parágrafos: 
 
"Art.211. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino 
públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir 
equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica 
e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. 
§ “4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os Municípios definirão formas de colaboração, de 
modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório.” 
 
Art. 4º É dada nova redação ao § 5º do art. 212 da Constituição Federal: 
"§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário 
educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei." 
 
Art. 5º É alterado o art. 60 do ADCT e nele são inseridos novos parágrafos, passando o artigo a ter a seguinte 
redação: 
 
"Art 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta emenda, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
destinarão não menos de sessenta por cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição 
Federal, a manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental, com o objetivo de assegurar a 
universalização de seu atendimento e a remuneração condigna do magistério. 
§ 1º A distribuição de responsabilidades e recursos entre os estados e seus municípios a ser concretizada com 
parte dos recursos definidos neste artigo, na forma do disposto no art. 211 da Constituição Federal, e assegurada 
mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um fundo de manutenção e 
desenvolvimento do ensino fundamental e de valorização do magistério, de natureza contábil. 
§ 2º O Fundo referido no parágrafo anterior será constituído por, pelo menos, quinze por cento dos recursos a que 
se referem os arts. 155, inciso II; 158, inciso IV; e 159, inciso I, alíneas "a" e "b"; e inciso II, da Constituição 
Federal, e será distribuído entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos nas 
respectivas redes de ensino fundamental. 
§ 3º A União complementará os recursos dos Fundos a que se refere o § 1º, sempre que, em cada Estado e no 
Distrito Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente. 
§ 4º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ajustarão progressivamente, em um prazo de cinco 
anos, suas contribuições ao Fundo, de forma a garantir um valor por aluno correspondente a um padrão mínimo 
de qualidade de ensino, definido nacionalmente. 
§ 5º Uma proporção não inferior a sessenta por cento dos recursos de cada Fundo referido no § 1º será destinada 
ao pagamento dos professores do ensino fundamental em efetivo exercício no magistério. 
§ 6º A União aplicará na erradicação do analfabetismo e na manutenção e no desenvolvimento do ensino 
fundamental, inclusive na complementação a que se refere o § 3º, nunca menos que o equivalente a trinta por 
cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal. 
§ 7º A lei disporá sobre a organização dos Fundos, a distribuição proporcional de seus recursos, sua fiscalização e 
controle, bem como sobre a forma de cálculo do valor mínimo nacional por aluno. ' 
20 
 
 
Art. 6º Esta emenda entra em vigor a primeiro de janeiro do ano subsequente ao de sua promulgação. 
 
Brasília, 12 de setembro de 1996. 
 
 
Mesa da Câmara dos Deputados: Mesa do Senado Federal: 
Deputado LUIZ EDUARDO 
Presidente 
Senador JOSÉ SARNEY 
Presidente 
Deputado RONALDO PERIM 
1
o
 Vice-Presidente 
Senador TEOTONIO VILELA FILHO 
1
o
 Vice-Presidente 
Deputado BETO MANSUR 
2
o
 Vice-Presidente 
Senadora JÚLIO CAMPOS 
2º Vice-Presidente 
Deputado WILSON CAMPOS 
1
o
 Secretário 
Senador ODACIR SOARES 
1
o
 Secretário 
Deputado LEOPOLDO BESSONE 
2
o
 Secretário 
Senador RENAN CALHEIROS 
2
o
 Secretário 
DeputadoBENEDITO DOMINGOS 
3º Secretário 
Senador ERNANDES AMORIM 
4
o
 Secretário 
Deputado JOÃO HENRIQUE 
4
o
 Secretário 
Senador EDUARDO SUPLICY 
4° Secretário Suplente de Secretário 
 
 
 
 
 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
 
Emenda Constitucional Nº 53, de 19 de Dezembro de 2006 
 
<!I 
 
 
 
D893628-0> 
AS MESAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO SENADO FEDERAL, nos termos do § 3º do art. 60 da 
Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: 
 
Art. 1º A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações: 
 
“Art. 7º ... 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e 
pré-escolas; ...(NR) 
 
“Art. 23. ... 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (NR) 
 
“Art. 30. ... 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de 
ensino fundamental; (NR) 
 
“Art. 206. .... 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com 
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; 
Dá nova redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 
212 da Constituição Federal e ao art. 60 do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias. 
21 
 
... 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei 
federal. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação 
básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (NR) 
 
“Art. 208. .... 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (NR) 
 
“Art. 211. ... 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (NR) 
 
“Art. 212. ... 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas 
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de 
ensino. (NR) 
 
Art. 2º O art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar com a seguinte redação: 
 
“Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição 
Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remuneração condigna dos trabalhadores da 
educação, respeitadas as seguintes disposições: 
I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é 
assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de natureza 
contábil; 
II - os Fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20% (vinte por cento) dos recursos 
a que se referem os incisos I, II e III do art. 155; o inciso II do caput do art. 157; os incisos II, III e IV do caput do 
art. 158; e as alíneas a e b do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, e 
distribuídos entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e 
modalidades da educação básica presencial, matriculados nas respectivas redes, nos respectivos âmbitos de 
atuação prioritária estabelecida nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal; 
III - observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 208 da Constituição Federal e 
as metas de universalização da educação básica estabelecidas no Plano Nacional de Educação, a lei disporá 
sobre: 
a) a organização dos Fundos, a distribuição proporcional de seus recursos, as diferenças e as ponderações 
quanto ao valor anual por aluno entre etapas e modalidades da educação básica e tipos de estabelecimento de 
ensino; 
b) a forma de cálculo do valor anual mínimo por aluno; 
c) os percentuais máximos de apropriação dos recursos dos Fundos pelas diversas etapas e modalidades da 
educação básica, observados os arts. 208 e 214 da Constituição Federal, bem como as metas do Plano Nacional 
de Educação; 
d) a fiscalização e o controle dos Fundos; 
e) prazo para fixar, em lei específica, piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público 
da educação básica; 
IV - os recursos recebidos à conta dos Fundos instituídos nos termos do inciso I do caput deste artigo serão 
aplicados pelos Estados e Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme 
estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal; 
V - a União complementará os recursos dos Fundos a que se refere o inciso II do caput deste artigo sempre que, 
no Distrito Federal e em cada Estado, o valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente, fixado em 
observância ao disposto no inciso VII do caput deste artigo, vedada a utilização dos recursos a que se refere o § 
5º do art. 212 da Constituição Federal; 
VI - até 10% (dez por cento) da complementação da União prevista no inciso V do caput deste artigo poderá ser 
distribuída para os Fundos por meio de programas direcionados para a melhoria da qualidade da educação, na 
forma da lei a que se refere o inciso III do caput deste artigo; 
VII - a complementação da União de que trata o inciso V do caput deste artigo será de, no mínimo: 
a) R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais), no primeiro ano de vigência dos Fundos; 
b) R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais), no segundo ano de vigência dos Fundos; 
c) R$ 4.500.000.000,00 (quatro bilhões e quinhentos milhões de reais), no terceiro ano de vigência dos Fundos; 
22 
 
d) 10% (dez por cento) do total dos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, a partir do quarto ano 
de vigência dos Fundos; 
VIII - a vinculação de recursos à manutenção e desenvolvimento do ensino estabelecida no art. 212 da 
Constituição Federal suportará, no máximo, 30% (trinta por cento) da complementação da União, considerando-se 
para os fins deste inciso os valores previstos no inciso VII do caput deste artigo; 
IX - os valores a que se referem as alíneas a, b, e c do inciso VII do caput deste artigo serão atualizados, 
anualmente, a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, de forma a preservar, em caráter permanente, 
o valor real da complementação da União; 
X - aplica-se à complementação da União o disposto no art. 160 da Constituição Federal; 
XI - o não cumprimento do disposto nos incisos V e VII do caput deste artigo importará crime de responsabilidade 
da autoridade competente; 
XII - proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo referido no inciso I do caput deste artigo 
será destinada ao pagamento dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício. 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão assegurar, no financiamento da educação 
básica, a melhoria da qualidade de ensino, de forma a garantir padrão mínimo definido nacionalmente. 
§ 2º O valor por aluno do ensino fundamental, no Fundo de cada Estado e do Distrito Federal, não poderá ser 
inferior ao praticado no âmbitodo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de 
Valorização do Magistério - FUNDEF, no ano anterior à vigência desta Emenda Constitucional. 
§ 3º O valor anual mínimo por aluno do ensino fundamental, no âmbito do Fundo de Manutenção e 
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, não poderá 
ser inferior ao valor mínimo fixado nacionalmente no ano anterior ao da vigência desta Emenda Constitucional. 
§ 4º Para efeito de distribuição de recursos dos Fundos a que se refere o inciso I do caput deste artigo, levar-se-á 
em conta a totalidade das matrículas no ensino fundamental e considerar-se-á para a educação infantil, para o 
ensino médio e para a educação de jovens e adultos 1/3 (um terço) das matrículas no primeiro ano, 2/3 (dois 
terços) no segundo ano e sua totalidade a partir do terceiro ano. 
§ 5º A porcentagem dos recursos de constituição dos Fundos, conforme o inciso II do caput deste artigo, será 
alcançada gradativamente nos primeiros 3 (três) anos de vigência dos Fundos, da seguinte forma: 
I - no caso dos impostos e transferências constantes do inciso II do caput do art. 155; do inciso IV do caput do art. 
158; e das alíneas a e b do inciso I e do inciso II do caput do art. 159 da Constituição Federal: 
a) 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento), no primeiro ano; 
b) 18,33% (dezoito inteiros e trinta e três centésimos por cento), no segundo ano; 
c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro ano; 
II - no caso dos impostos e transferências constantes dos incisos I e III do caput do art. 155; do inciso II do caput 
do art. 157; e dos incisos II e III do caput do art. 158 da Constituição Federal: 
a) 6,66% (seis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento), no primeiro ano; 
b) 13,33% (treze inteiros e trinta e três centésimos por cento), no segundo ano; 
c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro ano. (NR) 
§ 6º (Revogado). 
§ 7º (Revogado).”(NR) 
 
Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, mantidos os efeitos do art. 60 do 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, conforme estabelecido pela Emenda Constitucional nº 14, de 12 
de setembro de 1996, até o início da vigência dos Fundos, nos termos desta Emenda Constitucional. 
 
Brasília, em 19 de dezembro de 2006. 
 
Mesa da Câmara dos Deputados Mesa do Senado Federal 
Deputado ALDO REBELO 
Presidente 
Senador RENAN CALHEIROS 
Presidente 
Deputado JOSÉ THOMAZ NONÔ 
1º Vice-Presidente 
Senador TIÃO VIANA 
1º Vice-Presidente 
Deputado CIRO NOGUEIRA 
2º Vice-Presidente 
Senador ANTERO PAES DE BARROS 
2º Vice-Presidente 
Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA 
1º Secretário 
Senador EFRAIM MORAIS 
1º Secretário 
Deputado NILTON CAPIXABA 
2º Secretário 
Senador JOÃO ALBERTO SOUZA 
2º Secretário 
Deputado EDUARDO GOMES 
3º Secretário 
 
Senador PAULO OCTÁVIO 
3º Secretário 
Senador EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS 
4º Secretário 
 
 
 
23 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
Emenda Constitucional Nº 59, de 11 de Novembro de 2009 
 
Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a 
partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação das Receitas da União incidente sobre os 
recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição 
Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de 
quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas suplementares para todas as etapas da 
educação básica, e dá nova redação ao § 4º do art. 211 e ao § 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com a 
inserção neste dispositivo de inciso VI. 
 
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição 
Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: 
 
Art. 1º Os incisos I e VII do art. 208 da Constituição Federal, passam a vigorar com as seguintes alterações: 
"Art. 208. ... 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (NR) 
 
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas 
suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde." (NR) 
 
Art. 2º O § 4º do art. 211 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: 
"Art. 211. ... 
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório." (NR) 
 
Art. 3º O § 3º do art. 212 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: 
"Art. 212. ... 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino 
obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do 
plano nacional de educação."(NR) 
 
Art. 4º O caput do art. 214 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação, acrescido do 
inciso VI: 
"Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o 
sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias 
de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, 
etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas 
que conduzam a: 
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto 
interno bruto."(NR) 
 
Art. 5º O art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte § 
3º: 
"Art. 76. ... 
§ 3º Para efeito do cálculo dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 
212 da Constituição, o percentual referido no caput deste artigo será de 12,5 % (doze inteiros e cinco 
décimos por cento) no exercício de 2009, 5% (cinco por cento) no exercício de 2010, e nulo no exercício de 
2011."(NR) 
 
Art. 6º O disposto no inciso I do art. 208 da Constituição Federal deverá ser implementado 
progressivamente, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da 
União. 
 
Art. 7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação. 
 
Brasília, em 11 de novembro de 2009. 
24 
 
 
 
 
 
Mesa da Câmara dos Deputados 
 
Mesa do Senado Federal 
Deputado MICHEL TEMER 
Presidente 
Senador JOSÉ SARNEY 
Presidente 
Deputado MARCO MAIA 
1º Vice-Presidente 
Senador MARCONI PERILLO 
1º Vice-Presidente 
Deputado ANTÔNIO CARLOS 
MAGALHÃES NETO 
2º Vice-Presidente 
Senadora SERYS SLHESSARENKO 
2º Vice-Presidente 
Deputado RAFAEL GUERRA 
1º Secretário 
Senador HERÁCLITO FORTES 
1º Secretário 
Deputado INOCÊNCIO OLIVEIRA 
2º Secretário 
Senador JOÃO VICENTE CLAUDINO 
2º Secretário 
Deputado Odair Cunha 
3º Secretário 
Senador MÃO SANTA 
3º Secretário 
 
Deputado NELSON MARQUEZELLI 
4º Secretário 
 
Senador CÉSAR BORGES 
no exercício da 4ª Secretaria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCoonnssttiittuuiiççããoo ddoo EEssttaaddoo ddoo EEssppíírriittoo SSaannttoo 
AArrttiiggooss 3300 ee 116688 aa 118800 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2627 
 
 
TÍTULO II 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
 
CAPÍTULO ÚNICO 
DOS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
 
Seção II 
Dos Direitos Sociais 
 
 
Art. 12. Art. O Estado e os Municípios assegurarão, em seu território e nos limites de sua competência, a plenitude 
e a inviolabilidade do s direitos e garantias sociais e princípios previstos na Constituição Federal e nos tratados 
internacionais vigentes em nossa Pátria, inclusive as concernentes aos trabalhadores urbanos, rurais e servidores 
públicos, bem como os da vedação de discriminação por motivo de crença religiosa ou orientação sexual. 
Artigo com nova redação dada pela E.C 84/2012. 
 
§ 1º No âmbito estadual, além das vedações previstas na Constituição Federal e no s tratados internacionais 
vigentes em nossa Pátria, não será admitida a discriminação do s trabalhadores urbano s, rurais e dos servidores 
público s, o u de seus dependentes, por motivo de crença religiosa, orientação sexual, sexo, cor, estado civil o u 
idade, ressalvado, no último caso, os limites fixado s por esta Constituição e pela Constituição Federal. 
Parágrafo com nova redação dada pela E.C 84/2012. 
 
§ 2º A proibição de discriminação dos trabalhadores urbanos, rurais e dos servidores públicos e seus dependentes 
engloba vedação à diferenciação dos proventos percebidos em virtude do trabalho ou de aposentadoria e 
pensões, critérios para exercício de funções, admissão no serviço público e reconhecimento de dependentes, 
identificados nos termos da Constituição Federal, para efeitos previdenciários. Parágrafo com nova redação dada 
pela E.C 84/2012. 
 
 
 
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
 
Capítulo IV 
Da Intervenção 
 
Art. 30 O Estado não intervirá no Município, salvo quando: 
 
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino. 
 
Título VII 
DA ORDEM SOCIAL 
 
Capítulo III 
Da Educação; da Cultura; do Desporto e do Lazer; do Meio Ambiente; e da Ciência e 
Tecnologia. 
 
Seção I 
Da Educação 
 
Art. 168 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, sua capacidade de elaboração e 
reflexão crítica da realidade, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, 
respeitadas as diferenças culturais da sociedade. 
 
Art. 169 A educação básica é obrigatória e gratuita dos 04 (quatro) ao s 17 (dezessete) anos de idade, 
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria. (Redação 
dada pela EC nº 88, de 01.10.2012, DOE 02.10.2012). 
28 
 
Art. 170 O ensino será ministrado com obediência aos princípios estabelecidos no Art. 206 da Constituição 
Federal e aos seguintes: 
I - flexibilidade da organização e do funcionamento do ensino para atendimento às peculiaridades locais; 
II - valorização dos profissionais do magistério, garantindo o aperfeiçoamento periódico e sistemático; 
III - respeito às condições peculiares e inerentes ao educando trabalhador com oferta de ensino regular noturno à 
pessoa com deficiência e ao superdotado; (Redação dada pela EC nº 60, de 11.2.2009, DOE 12.2.2009). 
IV - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério 
público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; 
(Redação dada pela EC nº 23, de 29.6.1999 – DOE 2.7.1999). 
V - remuneração dos profissionais do magistério publico, fixada de acordo com a maior habilitação adquirida, 
independentemente do grau de ensino em que atue; 
VI - efetiva participação, em todos os níveis, dos profissionais de magistério, dos alunos, dos pais ou 
responsáveis, na gestão administrativo-pedagógica da escola; 
VII - liberdade e autonomia para organização estudantil; 
VIII - instituição de órgão colegiado nas unidades de ensino em todos os níveis, como instância máxima das suas 
decisões e com o objetivo de fiscalizar e avaliar o planejamento e a execução da ação educacional nos 
estabelecimentos de ensino. 
 
Art. 171 Constitui obrigação dos Poderes Públicos: 
I - a garantia de educação especial, até a idade de dezoito anos em classes especiais, para a pessoa com 
deficiência que efetivamente não possa acompanhar as classes regulares; (Redação dada pela EC nº 60, de 
11.2.2009, DOE 12.2.2009). 
II - a garantia de unidades escolares equipadas e aparelhadas para a integração do aluno portador de deficiência, 
na rede regular de ensino; 
III - a criação de programas de educação especial, em unidades hospitalares congêneres de internação, de 
educando doente ou de pessoa com deficiência, por prazo igual ou superior a um ano; (Redação dada pela EC nº 
60, de 11.2.2009, DOE 12.2.2009). 
IV - a manutenção e conservação dos estabelecimentos públicos de ensino. 
Parágrafo único – O Estado aplicará na educação especial destinada à pessoa com deficiência percentual dos 
recursos disponíveis para a educação. (Redação dada pela EC nº 60, de 11.2.2009, DOE 12.2.2009). 
 
Art. 172 O ensino fundamental, público e gratuito, é obrigação do Estado e direito de toda criança prioritariamente, 
a partir de sete anos de idade. 
§ 1º - Compete ao Estado e aos Municípios promover o recenseamento escolar e desenvolver, no âmbito da 
escola, da família e da comunidade, instrumentos para garantir a frequência, a efetiva permanência do educando 
na escola e o acompanhamento do seu aprendizado. 
§ 2º - O ensino fundamental será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas, 
também, a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. 
§ 3º - Além dos conteúdos mínimos fixados a nível nacional para o ensino obrigatório, os sistemas de educação 
estadual e municipal poderão acrescentar outros compatíveis com suas peculiaridades. 
 
Art. 173 Os Municípios atuarão, prioritariamente, no ensino fundamental e pré-escolar. 
 
Art. 174 O Estado e os Municípios garantirão atendimento ao educando no ensino fundamental, inclusive nas 
creches e pré-escolas, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação 
e assistência à saúde. 
§ 1º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde serão financiados com recursos 
provenientes de contribuições sociais e outros recursos financeiros. (Redação dada pela EC nº 01, de 21.5.1990 – 
22.5.1990 e 24.5.1990). 
§ 2º - O programa suplementar de transporte será estendido aos profissionais do magistério da rede pública de 
ensino, na forma da lei. 
§ 3º - O programa suplementar de transporte do Município atenderá exclusivamente aos educandos no ensino 
fundamental, nas creches e nas pré-escolas, e, na forma excepcional, no ensino médio e superior. (Incluído pela 
EC nº 01, de 21.5.1990 – 22.5.1990 e 24.5.1990). 
§ 4º O Estado incumbir-se-á de assumir o transporte escolar integral dos estudantes matriculados no ensino 
médio, no ensino técnico e no ensino superior, matriculados nas redes públicas estadual e federal e para 
os estudantes que sejam contratados com o Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, bem como os bolsistas 
beneficiados por programas estaduais e federais, na forma da lei de iniciativa do Poder Executivo Estadual, 
exclusivamente para os deslocamentos residência/faculdade/residência nos horários e linhas específicas para 
esses deslocamentos. 
§ 5º Os beneficiados pela gratuidade estabelecida no § 4º deverão comprovar insuficiência de renda familiar, na 
forma da lei de iniciativa do Poder Executivo Estadual.” (NR) 
 
29 
 
 
Art. 175 O ensino religioso interconfessional,de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais 
das escolas públicas de ensino fundamental e médio e será ministrado por professor qualificado em formação 
religiosa, na forma da lei. 
 
Art. 176 O ensino médio é obrigação do Estado e visa assegurar formação humanística, científica e tecnológica 
voltada para o desenvolvimento de uma consciência crítica, sendo obrigatório, público e gratuito. (Redação dada 
pela EC nº 88, de 01.10.2012, DOE 02.10.2012). 
Parágrafo único – O Poder Público oferecerá ensino médio profissionalizante e, facultativamente, ensino superior, 
respeitadas as necessidades e peculiaridades locais e regionais. (Redação dada pela EC nº 71, de 23.11.2011, 
DOE 24.11.2011). 
 
Art. 177 Revogado (pela EC nº 19, de 29.6.1999 – 6.7.1999). 
 
Redação Anterior: 
Art. 177 Fica garantida eleição direta para as funções de direção nas instituições públicas estaduais de ensino 
fundamental, médio e superior, com a participação de todos os segmentos de sua comunidade escolar, 
esgotando-se o processo de escolha no âmbito da instituição. 
 
Art. 178 O Estado e os Municípios aplicarão, anualmente, no mínimo, vinte e cinco por cento da receita resultante 
de impostos, compreendida a proveniente de transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino, na 
forma do disposto no Art. 212 da Constituição Federal. 
§ 1º - O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-
educação, na forma do disposto no Art. 212, § 5º, da Constituição Federal. 
§ 2º - Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, 
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
I - assegurem a efetiva participação da comunidade de referência na gestão da escola; 
II - apliquem na manutenção e desenvolvimento do ensino ou em programas suplementares a ele vinculados seus 
excedentes financeiros e os recursos públicos a ela destinados, vedada a transferência dessas parcelas a 
entidades mantenedoras ou a terceiros; 
III - comprovem finalidade não lucrativa; 
IV - sejam reconhecidas de utilidade pública educacional pelo Poder Público Estadual, segundo normas por ele 
fixadas; 
V - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao 
Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. 
§ 3º - Os recursos de que trata o parágrafo anterior poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino 
fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta 
de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público 
obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. 
§ 4º - É vedada a utilização gratuita de bens públicos por entidades privadas de ensino. 
§ 5º - O ensino é livre para a iniciativa privada, atendidas, simultaneamente as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e das suplementares estaduais; 
II - autorização para funcionamento e avaliação permanente de qualidade do ensino, dos conteúdos 
programáticos, e de instalações e equipamentos adequados, pelo Poder Público competente; 
III - liberdade de organização estudantil autônoma. 
§ 6º - O Poder Público Estadual suspenderá a autorização de funcionamento das instituições que não cumprirem 
as normas e princípios de organização do ensino. 
 
Art. 179 A lei estabelecerá o plano estadual de educação, de duração plurianual, compatibilizado com os 
diagnósticos e necessidades apontadas nos planos municipais de educação, respeitadas as diretrizes e normas 
gerais estabelecidas pelo plano nacional de educação. 
Parágrafo único - Fica assegurada, na elaboração do plano estadual de educação, a participação da comunidade 
científica e docente, de estudantes, pais de alunos e servidores técnico-administrativos da rede escolar. 
 
Art. 180 Será garantido o caráter democrático na formulação da política do órgão colegiado responsável pela 
avaliação e encaminhamento de questões fundamentais da educação estadual e pela autorização e fiscalização 
do funcionamento das unidades escolares que ministram o pré-escolar e os ensinos fundamental e médio, com a 
representação paritária entre a administração pública, a comunidade científica e entidades da sociedade civil 
representativas de alunos, pais de alunos, sindicatos e associações de profissionais do ensino público e privado, 
na forma da lei. 
Parágrafo único - Os Municípios instituirão, na forma da lei, órgão colegiado para a formulação e o planejamento 
da política de educação. 
 
 
30 
 
 
TÍTULO X 
DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS 
 
Art. 281. Equiparam-se às escolas públicas as que pertencem às entidades filantrópicas do Movimento de 
Educação Promocional do Espírito Santo, as da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade e as de 
Educação Especial para portadores de deficiência, atendidas as exigências do art. 178, § 2°, I a V. (Redação dada 
pela EC n.º 06, de 13.07.1993, DOE 14.07.1996 ). 
 
Parágrafo único. A lei regulamentará a forma de assegurar às escolas referidas neste artigo os encargos 
financeiros nele estabelecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emendas Constitucionais 
01/1990, 06/1993, 28/2000, 32/2001, 37/2007, 60/2009, 
70/2011, 71/2011, 86 e 88/2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Emenda Constitucional nº 01, de 21.5.1990 - D.O.E. 22.5.1990 e 24.5.1990. 
 
Altera e acrescenta dispositivos ao artigo 174, da Constituição do Estado do Espírito 
Santo. 
 
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: faço saber que a Assembleia Legislativa 
decretou e a Mesa da Assembleia, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 56, XXVIII, da 
Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda Constitucional: 
 
Artigo único - Altera-se a redação do parágrafo 1º, do art. 174, da Constituição Estadual e acrescenta no mesmo 
artigo um parágrafo 3º. 
 
“Art. 174 - ... 
§ 1º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde serão financiados com recursos 
provenientes de contribuições sociais e outros recursos financeiros. 
§ 2º - ... 
§ “3º - O programa suplementar de transporte do Município atenderá exclusivamente aos educandos no ensino 
fundamental, nas creches e nas pré-escolas, e na forma excepcional, no ensino médio e superior.” 
 
Palácio Domingos Martins, em 21 de maio de 1990. 
 
Alcino Santos - Presidente 
Ronaldo Lopes - 1º Secretário 
Armando Viola - 2º Secretário 
 
 
 
 
 
Emenda Constitucional nº 06, de 13.7.1993 - D.P.L. 14.7.1993 
 
Dá nova redação ao caput do art. 281 da Constituição do Estado do Espírito 
Santo 
 
A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO: faço saber que a Assembleia Legislativa 
decretou e a Mesa da Assembleia, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 56, XXVIII, da 
Constituição Estadual promulga a seguinte Emenda Constitucional: 
 
Artigo único - O caput do art. 281 passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 281- Equiparam-se às escolas públicas as que pertencem as entidades filantrópicas do Movimento de 
Educação Promocional do Espírito Santo, as da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade e as de 
Educação Especial para portadores de deficiência, atendidas as exigências do art. 178, § 2º, I

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