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PROJETO DE PESQUISA X PROJETO APLICATIVO Roteiro • Vídeos • Projeto de Pesquisa X Projeto Aplicativo • Arco de Maguerez • Itens PA • https://www.youtube.com/watch?v=7GbB9Tt zqE0 • https://www.youtube.com/watch?v=CboAC2K 0FNo Como podemos fazer uma pesquisa científica se a pergunta que nos motiva já possui resposta clara? PRODUZIR NOVOS CONHECIMENTOS CONTRIBUIR COM A CIÊNCIA, CONSTRUINDO NOVOS CONHECIMENTOS PROJETO DE PESQUISA Se o problema já é conhecido, então qual seria o próximo passo? PRODUZIR BENS OU SERVIÇOS COM O OBJETIVO DE MODIFICAR UMA SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA PRIORIZA A SISTEMATIZAÇÃO DE UMA INTERVENÇÃO EM UMA REALIDADE CONCRETA PROJETO APLICATIVO PROJETO DE PESQUISA PROJETO APLICATIVO (PA) EXEMPLO – ITENS PA Desta forma, é considerado um Projeto de Intervenção: • Quando em sua redação encontram-se claramente apresentados os seguintes aspectos: • (a) demarcação do problema ou da necessidade da intervenção; • (b) contextualização da situação que envolve o problema; • (c) objetivos, considerando as ações ou atividades-fim que serão empreendidas; • (d) fundamentação que sustentará a intervenção; • definição do campo e da população-alvo; • (e) procedimentos que serão utilizados para a realização da intervenção e • (f) definição dos resultados ou produtos que serão potencialmente obtidos O QUE É PRECISO FAZER PARA SE CONSTRUIR UM BOM PROJETO APLICATIVO? Fonte: Bordenave & Pereira, 2001, p. 10. COMO IDENTIFICAR O PROBLEMA? Arco de Charles Maguerez Arco de Charles Maguerez • Charles Maguerez: – Pedagogo Francês; – 1970 – Trabalhou na Integração entre emigrantes de países africanos que foram para França trabalhar na agricultura e indústria. – Analfabetos; – Iniciar a compreensão dos conteúdos específicos do trabalho , da língua e da cultura do novo país. – Utilizou como método de ensino a aprendizagem a partir da observação da realidade. • Aplicando esta teoria na nossa realidade.... • A metodologia da educação superior, na área da saúde, vem passando por profundas mudanças para acompanhar todas as concepções que envolvem a realidade do profissional de saúde no Sistema de Saúde. • Observou-se a necessidade de formação de um profissional crítico- reflexivo, capaz de transformar a realidade social do seu cotidiano, minimizando injustiças e desigualdades com a finalidade de melhoria de saúde da população. • Neste contexto a metodologia de ensino que vem sendo amplamente divulgada no meio acadêmico é a metodologia Ativa (com ênfase na problematização), em que o aluno é o protagonista central, ou seja, responsável pela sua trajetória educacional e o professor apresenta-se como coadjuvante, um facilitador das experiências relacionadas ao processo de aprendizagem. – O Arco de Charles Maguerez é uma ferramenta de aplicação desta metodologia. Rodrigues et al., 2007 Reibinitz., 2006 As cinco etapas do Arco • 1ª Etapa: Observação da realidade social concreta: – Percepção da realidade que está sendo vivida. Identificar as dificuldades, carências, discrepâncias de várias ordens. – Redigir o problema em forma de síntese. • 2ª Etapa: Pontos-chave: – Reflexão sobre as possíveis causa da existência do problema em estudo. Por que será que este problema existe? – Quais são as possíveis causas e fatores determinantes? – Elaboração dos pontos essenciais que deverão ser estudados para compreender o problema de forma mais profunda e encontrar formas de interferir na realidade para soluciona-lo ou desencadear passos nessa direção. • 3ª Etapa: Teorização: – Etapa de investigação; organizar para buscar informações que necessitam sobre o problema. – Livros, plataformas, leitura de artigos, consulta a especialistas. – Informações que ofereçam contribuição para resolver o problema. – O investigador/pesquisador vai observar o fenômeno acontecendo, vai aplicar questionário para obter informações de várias ordens (quantitativas ou qualitativas); assistem palestras e aulas... – As informações são tratadas, analisadas e avaliadas quanto as suas contribuições para resolver o problema. • 4ª Etapa: Hipóteses da solução: – Toda a leitura e estudo realizado até aqui deverá fornecer elementos para possíveis soluções do problema. – O que precisa acontecer para que o problema seja solucionado? – O que precisa ser providenciado? – O que pode realmente ser feito? • As hipóteses são construídas após o estudo, como fruto da compreensão profunda que se obteve sobre o problema, investigando-o de todos os ângulos possíveis. • 5ª Etapa: Aplicação à realidade: – Esta etapa ultrapassa o exercício intelectual. – As decisões tomadas deverão ser executadas ou encaminhadas. – Neste momento o componente social e político está mais presente. – A prática que corresponde a esta etapa implica num compromisso do pesquisador com o seu meio. “Do meio observaram os problemas e para o meio levarão as respostas de seus estudos, visando transforma-lo em algum grau”. Berbel, 1996 p.8,9) Elementos estruturantes do Projeto Aplicativo PROBLEMA • Segundo Matus (1993), “um problema é um obstáculo que, numa situação concreta, situa-se entre a realidade atual e aspirações de um ator que participa de um jogo social, com carga particular de ideologias, valores e conhecimento”. • Desse ponto de vista, problema é uma situação negativa ou inadequada que se quer resolver. Esse autor entende que “macroproblemas sintetizam todos os problemas relevantes para um ator em uma situação concreta”. • Problema, então, pode ser considerado um obstáculo que dificulta a mudança da situação existente para a situação desejada. Ou seja, problema é o que impede o ator de atingir seus objetivos, que dizem respeito a mudar a realidade. • ** Vale ressaltar que a realidade não é percebida igualmente por todos e, portanto, os problemas variam na perspectiva de quem os identifica*** • Teixeira (2001) contribui ao conceituar problema como uma discrepância entre a realidade constatada ou simulada e uma norma aceita ou criada como referência para determinado ator, o que significa dizer que um problema para um ator social pode não ser ou até ser solução para outro. Os problemas podem ser classificados em relação: • (i) à natureza dos fenômenos envolvidos: • Problemas estruturados: são bem definidos em virtude de terem todas as causas conhecidas e soluções geralmente consensuais; • Problemas quase estruturados: são complexos, geralmente têm muitas causas (multicausais), nem sempre fáceis de serem identificadas, e nem sempre há propostas consensuais para sua solução. • (ii) à posição na organização: • Problemas intermediários: são os vividos no cotidiano da organização e que causam interferência na qualidade final dos produtos ou dos serviços prestados; • Problemas finais: são os vividos diretamente pelos usuários da organização. • (iii) ao tipo, como: • Problemas de saúde, que se relacionam com doenças, acidentes, carências, agravos, vulnerabilidade e riscos e são considerados problemas terminais; e Problemas de serviços de saúde, relacionados com infraestrutura, organização, gestão, financiamento, considerados problemas intermediários. • Cabe destacar que quando solucionamos um problema, invariavelmente, outros aparecem. Assim, no máximo, conseguimos fazer uma troca de problemas, que pode ser bastante benéfica, uma vez que nessa trajetória podemos alcançar conquistas que nos aproximam da situação desejada. O desenvolvimento do pensamento estratégico na análise situacional focaliza, predominantemente, os momentos explicativo e normativo do planejamento estratégico. Contexto • “O município de Araguaripossui cerca de 116.871 habitantes, com cobertura de Atenção Primária de 57,5% e cobertura de Estratégia Saúde da Família de 56%, considerando-se 20 equipes de saúde da família implantadas e 4 Unidades Básicas de Saúde tradicionais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Porém a rede de atenção básica ampliou-se, utilizando-se de recursos próprios do município e ...... A rede de serviços de saúde municipal conta, na Atenção Secundária ambulatorial, com uma (1) Policlínica, um (1) Centro de Especialidade de Apoio e Atenção Materno Infantil (CEAAMI) e 1 Ambulatório de especialidades vinculado ao curso de Medicina do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos (IMEPAC); na Rede de Urgência/Emergência com uma (1) Unidade de Pronto Atendimento tipo II (UPA) e na Atenção hospitalar de média complexidade com um (1) Hospital/Maternidade de referência, a Santa Casa de Misericórdia. .... • A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no País e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores ....” Objeto/ Relevância • “Este projeto é relevante por possibilitar mudanças nos indicadores de saúde como taxa de mortalidade infantil, relacionadas a assistência pré natal nas unidades básicas de saúde e unidades de ensino, buscando a integração ensino-serviço no município de Araguari. A taxa de mortalidade infantil é um dos principais indicadores de saúde de qualquer município, e em 2016, Araguari contabilizou ......” Objetivo • Os objetivos definem o que se quer alcançar com o desenvolvimento da pesquisa e quais são os resultados esperados. Dessa forma, os objetivos dividem-se em: Objetivo Geral: apresenta o contexto mais amplo e abrangente da investigação. • Normalmente, ele sintetiza o problema da pesquisa, por exemplo: • - Problema Por que os índices de obesidade infantil crescem a cada ano? • - Objetivo geral Conhecer os fatores mais importantes que têm contribuído para o aumento das taxas de obesidade infantil. Objetivos Específicos: apresentam o detalhamento do problema a ser estudado. • Eles devem indicar claramente os limites procedimentais da pesquisa e, por isso, podem ser convertidos, posteriormente, em passos metodológicos; Exemplo Objetivos: Fundamentação • “O Sistema Único de Saúde (SUS) representa a materialização de uma nova concepção sobre saúde, sendo constituído por princípios que apontam para a democratização nas ações e nos serviços, os quais deixaram de ser restritos e centralizados e passaram a ser universalizados e norteados pela descentralização (BRASIL, 2000). Para avançar em sua consolidação, as mudanças na formação em saúde têm estado na agenda da política do Estado, no campo metodológico e pedagógico, com propostas de reestruturação....” Percurso Metodológico • Explicação de todo o processo de construção do Projeto Aplicativo; – Desde a discussão para identificação dos problemas; visitas a secretaria de saúde e oficinas de trabalhos em aulas práticas ( utilizadas para construção do PA); – Ex: “O início do processo de construção do Projeto Aplicativo (PA) foi marcado pela discussão entre os integrantes do grupo com o levantamento de problemas. Várias questões angustiavam os integrantes... O percurso do grupo se deu por meio de Oficinas de Trabalho do Projeto Aplicativo (OTPA), que seguem: OTPA 1 “Ativando o pensamento estratégico”: Atividade desenvolvida pelo grupo afinidade, um momento de interação com...” Plano de Intervenção Ex: “Entende-se por intervenção o conjunto de meios (físicos, humanos, financeiros, simbólicos) organizados num contexto especifico, em dado momento, para produzir bens ou serviços com o objetivo de modificar uma situação problemática (CALEMAN et al, 2016) A partir dos nós críticos definidos em nosso projeto, entendemos que se fazia necessário modificar a nossa realidade da assistência ao pré- natal, dentro de nosso espaço de governabilidade. Para tal, serão desenvolvidas as seguintes ações: • Qualificação dos profissionais envolvidos na assistência ao pré- natal utilizando metodologias ativas, em parceria com a IES, promovendo uma reflexão crítica da realidade do processo de trabalho em saúde: -abordagem de casos clínicos...”