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Aula FSP: Pâncreas Anatomia do pâncreas É uma glândula que esta em intimo contato com o estomago, vesícula biliar e intestino Possui ducto pancreático (finaliza no duodeno na papila de Vater) Divide o pâncreas em três áreas maiores Cabeça Corpo Cauda O tumor na cabeça do pâncreas, que esta em intimo contato com a papila de valter, ducto pancreático, intestino delgado – duodeno acontece icterícia!! CA no corpo e cauda a sintomatologia é diferente Função: Endocrina: Produz 4 hormonios: insulina, glucagon, somatostatina e polipeptio pancreático Exocrino Enzimas digestivas: amilase, protease e lipase Produzindo as enzimas, elas são revestidas para que sejam protegidas dentro do pâncreas (meio que forma inativa). Dentro dos ductos – formas inativas. Porque nos ductos, quando estão ativas/não revestidas lesiona o ducto Ativam no duodeno e são utilizadas para a digestão A bile também ajuda na digestão de lipídios emulsifica e a lipase quebra em varias partes Pancreas é muito importante para a digestão Consumo de álcool, sobrepeso, cigarro, comidas gorduras (fatores de risco para doenças) Fatores genéticos também ajudam para o mal funcionamento do pâncreas Microscopia: Região dos ductos (cels. Acinares) Ilhotas distribuídas difusamente pelo pâncreas (fazem secreção dos hormônios) – ilhotas de langerhans Celulas que forma um àcino que secretam as enzimas, que são levadas pelo ducto para o duodeno. As células que estão no pâncreas Ilhotas: cels. Alfa (responsáveis pelo glucagon – age principalmente no fígado, aumentando a liberação de glicose); beta (secreção de insulina – age nos tecidos periféricos que pega a glicose e leva para dentro das células) delta – produção da somastostatina Polipeptideo pancreático – menos quantidade (células PQ) Celulas acinares Produzem os zimogênios (lipase, amilase) Celulas centroacinares e ductais Secretam agua, bicarbonato, sódio para dentro do ducto Pancreas exócrino Quem controla? Célula pariental gástrica faz a secreção de H+ quando chegam no duodeno, estimula a liberação das células S – que vai secretar a secretina células ductais do pâncreas – liberação de bicarbonato HCO3-, agua (deixar o liquido mais fluido) Quando come muita gordura Proteina e lipídeos no estomago duodeno (células endócrinas do duodeno estimula a secreção da enzima colecistoquinina (Ação direta nas células acinares – aumenta a liberação das enzimas, ação direta no tônus vagal, liberação de acetilcolina – aumenta a estimulação dos ácinos) Pancreas endócrino Células beta – produz insulina, pega uma pré-insulina... Células alfa – produz glucagon (gliconeogenese, glicólise) Células peptídeos – produz o peptídeo pancreático Quando ele e hiperestimulado (comida gordurosa) ação no controle da saciedade, motilidade do TGI, inibe o estímulo vagal (se inibe o estimulo vagal: diminui a acetilcolina e diminuir a secreção das células acinares) Celulas delta – produz a somatostatina – diminui a secreção de insulina (no pâncreas) PRANCREATITE AGUDA Maioria das vezes é leve 275.000 admissões/ano – USA 80% doença leve/limitada – recuperação Mortalidade de 2% Classificação: Leve: ausência de falência de órgão e/ou complicação Moderada: falência de órgão reversível (24-48h para recuperação) e complicação não levando a falência orgânica sendo maior que 48h Grave: falência orgânica persistente Causas: Calculo biliar (40%)– obstrução dilatação do ducto pancreático ácino e células acinares sofrem pela dilatação e começa a ter alteração da membrana basal aumenta a liberação de enzimas digestão do pâncreas Álcool (30%) Hipertriglicerideos (2-5%) Genética Complicação de cirúrgica CPRE FISIOPATOLOGIA: Há um dano nas células acinares liberação zimógenos (grânulos) para o meio das células acinares quimiotaxicidade + autofagia atrai PMN e linfócitos liberação de citocinas (IL 1, 6) pelos PMN aumenta a permeabilidade do endotélio (corpo inteiro), o organismo inicia uma atividade anti-inflamatória SIRS (reação inflamatória sistêmica) taquicardia, febre, hipotensão disfunção orgânica infecção secundaria/ sepse O aumento da permeabilidade do endotélio Perda para o 3º espaço Edema pulmonar Diminui a quantidade para o renal: insuficiência renal Diagnostico Pelo menos 2/3: Dor abdominal consistente com a pancreatite aguda (dor abdominal em faixa, que irradia para dorso) Lipase e/ou amilase >3x limite superior Dosa-se os dois porque a amilase também tem nas glândulas salivares (se possível) Achados de pancreatite em exame de imagem TC: pâncreas edemaciado, aumentado de tamanho, presença de liquido peripancreatico (faz o edema). Em estados graves, perde-se a arquitetura, muita presença de liquido pancreatite necrohemorrágica Tratamento 80-85% pancreatite leve 15-20% pancreatite grave (evolui para pancreatite necrohemorragica) Primeiro: descanso para o pâncreas – dieta zero. SIRS: liquido no vaso diminuído hiperhidratar nas primeiras 24 horas Nutrição parenteral: não precisa entrar, se tolerar pode entrar com dieta oral depois de 48-72 horas, se não tolerar sonda Se o paciente for bem nutrido não precisa de nutrição parenteral nas primeiras 48-72 horas – aumenta a infecção. Pode deixar em jejum até 3 dias Volta com a dieta após 3-5 dias Desnutrido e etilista crônico dieta parenteral, retira após 3-5 dias 2-3 semanas: melhorou ou alteração orgânica reversível/transitória ou vai persistir com a falência orgânica se persistir: pancreatite necrohemorragica exame de imagem - TC necrose do pâncreas sem sinal infeccioso (menor mortalidade) ou necrose com infecção (maior mortalidade) entrar com ATB, alguns casos – desbridamento Pancreatite aguda de repetição pode evoluir para crônica Pancreatite crônica Alcool é a principal causa Com a maior idade – aumenta as outras causas de pancreatite Insulto álcool/cigarro pancreatite aguda regeneração do pâncreas Células inflamatórias Insultos contínuos inflamações fibroblastos fibrose Aos poucos as inflamações crônicas/ insultos repetitivos vão ativando os fibroblastos, que substitui as células acinares por fibrose da região tecido inelástico leve obstrução/estenose formação de cistos Fibrose obstrução dos ductos hipertensão do ducto pancreático Diagnostico Episódios recorrentes de dor com ou sem o aumento da amilase e/ou lipase 3x Evidencia radiológica de compressão e dilatação de ductos e/ou calcificações parenquimatosas (ducto tortuoso) Prova histológica de pancreatite crônica por biopsia Estágios iniciais – mantem arquitetura Ducto dilatado, com fibrose perilobular Estágios finais – perda da arquitetura, atrofia celular acinares, fibrose Anos com injuria do pâncreas assintomático episodio de pancreatite aguda melhora recorrência de injuria pancreatite crônica simulação imune, disfunção acinar, de ilhotas, metaplasia pode melhorar mantem injuria estagio final (total fibrose do tecido pancreático, acaba com as células exócrinas, alteração da digestão, perda das ilhotas – diminuição dos homornios – DM, pode evoluir para Carcinoma Tratamento Atentar a falência de pâncreas exócrinos (clinico) Mal-absorção, diarreia, flatulência, esteatorreia, distensão abdominal Tratamento: reposição das enzimas. Atentar a falência do pâncreas endócrino DM (tto com insulina/ metformina) Controle de dor 30-60% tratamento endoscópio/ cirúrgico Indicação: dor/episódios recorrentes EDA indicação: estreitamento do ducto pancreático, obstrução e pseudocistos Dilatação Cirugico: indicação dor Prevenção de complicações: compressão biliar/ vascular e duodenal
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