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1 Jaraguá do Sul 2017 ROBSON NERI PADILHA – RA: 7260607051 SISTEMA DE CONTROLE DE NÍVEL DE RESERVATÓRIOS DE FLUÍDOS DAS MÁQUINAS-FERRAMENTA EM UMA ÁREA METALÚRGICA DA INDÚSTRIA Jaraguá do Sul 2017 SISTEMA DE CONTROLE DE NÍVEL DE RESERVATÓRIOS DE FLUÍDOS DAS MÁQUINAS-FERRAMENTA EM UMA ÁREA METALÚRGICA DA INDÚSTRIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Jaraguá do Sul, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Controle e Automação. Orientador: Professor Marcelo Pereira ROBSON NERI PADILHA – RA: 7260607051 ROBSON NERI PADILHA – RA: 7260607051 SISTEMA DE CONTROLE DE NÍVEL DE RESERVATÓRIOS DE FLUÍDOS DAS MÁQUINAS-FERRAMENTA EM UMA ÁREA METALÚRGICA DA INDÚSTRIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Jaraguá do Sul, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Controle e Automação. BANCA EXAMINADORA Diretora: Karin Ramos Coordenador: Mestre Marcelo José Fernandes Pereira Coordenador: Eng° Rogério Germano Daniel Jaraguá do Sul, 20 de Novembro de 2017 Dedico este trabalho à minha esposa, filhos e meus pais, por toda motivação que geraram em mim para realizá-lo. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pela vida e pelas oportunidades recebidas que me possibilitaram superar as dificuldades e chegar até aqui. Agradeço à minha família, por seu apoio, compreensão, dedicação e incentivo que tornaram propicia e mais prazerosa essa caminhada rumo à formação superior. Agradeço aos professores por todo suporte e aprendizado. Agradeço também a instituição por esta chance, pelas ferramentas que me foram proporcionadas e que me facultaram concluir satisfatoriamente essa jornada. PADILHA, Robson Neri. Sistema de Controle de Nível de Reservatórios de Fluídos das Máquinas-Ferramenta em uma Área Metalúrgica da Indústria. 2017. 35 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Controle e Automação) – Faculdade Anhanguera de Jaraguá do Sul, Jaraguá do Sul, 2017. RESUMO Este trabalho que é sobre sistema de controle de nível de reservatórios de fluídos das máquinas-ferramenta consiste numa pesquisa sobre os benefícios da automatização com CLP sobre o mesmo. A crescente demanda nos processos industriais que se utilizam dessas máquinas tem se intensificado desde a revolução industrial e enfatizado cada vez mais necessidade de se controlar todas as variáveis envolvidas. Assim, uma situação prática envolvendo automação e controle de nível, durante o estágio, despertou o interesse pelo assunto, tendo ficado evidente sua que utilidade e aplicação na indústria metalúrgica em geral. Essa pesquisa consistiu numa revisão de literatura que foi realizada em diversos livros, artigos e sites na Internet a fim de proporcionar ao leitor um conglomerado de informações pertinentes ao tema, que levam a uma compreensão de sua evolução e aplicação ao longo das décadas. Assim, o objetivo de estudar quais as principais descobertas em relação à automatização com CLP sobre o controle de nível de fluídos em máquinas operatrizes na indústria metalúrgica foi gradativamente alcançado no decorrer do trabalho, ficando evidente que é uma tendência cada vez maior o controle absoluto por meio de CLP dos processos que envolvem nível, especialmente devido à sua versatilidade e eficiência. Palavras-chave: Sistema; Controle; Nível; CLP; Máquina. PADILHA, Robson Neri. Fluid Reservoir Level Control System of the Machine Shop Tools in a Metallurgical Area of the Industry. 2017. 35 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Controle e Automação) – Faculdade Anhanguera de Jaraguá do Sul, Jaraguá do Sul, 2017. ABSTRACT This work that is about a Fluid Reservoir Level Control System of Machine Shop Tools in a Metallurgical Area of the Industry consists on a research about the benefits of PLC automation on it. The increasing demand in the industrial processes that use these machines has intensified since the industrial revolution and it has emphasized more and more the need of controlling all the variables involved. Thus, a practical situation involving automation and level control, during the stage, aroused an interest in the subject and its utility and application in the metallurgical industry in general became evident. This research is a review of the literature that has been done in several books, articles and websites on the Internet in order to provide the reader a conglomeration of information pertinent to the subject, which leads to an understanding of its evolution and application throughout the decades. Thus, the objective of studying the main findings regarding automation with PLC on the control of fluid level in machine tools in the metallurgical industry was gradually reached in the course of the work, where the evidence that an increasing tendency to the absolute control by PLC in the processes involving level has been evident, especially because of its versatility and efficiency. Key-words: System; Control; Level; PLC; Machine. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Plaina neolítica utilizando pedra lascada como ferramenta .................... 13 Figura 2 – O torno de Joseph Witworth, que permitia a fabricação de máquinas- ferramenta com extrema precisão 14 Figura 3 – Movimentos - Plaina limadora e torno 14 Figura 4 – ENIAC - O Primeiro computador comercialmente disponível 15 Figura 5 – Primeira máquina CNC desenvolvida 15 Figura 6 – Definição geral de automação 18 Figura 7 – Diagrama de blocos de um sistema de automação 20 Figura 8 – Diagrama de blocos básicos de um CLP 21 Figura 9 – Diagrama LADDER 22 Figura 10 – Exemplo de um processo de máquina operatriz com fluido de corte 23 Figura 11 – Ciclo de tratamento de fluídos durante os processos de usinagem 24 Figura 12 - Controle manual para regular o nível de fluído – Malha Aberta 25 Figura 13 – Exemplo de Sistema de Nível Automático - Malha Fechada 26 Figura 14 – Sistema de Controle de Nível Comum 27 Figura 15 - Tipos de sensor no controle de nível de um reservatório 27 Figura 16 - Controle lógico em LADDER com simulador para nível de tanque 28 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CBECIMAT Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais CIMM Centro de Informação Metal Mecânica CLP Controlador Lógico Programável CNC Comando Numérico Controlado ENIAC Electronic Numerical Integrator And Computer ENISA European Union Agency for Network and Information Security E/SEntradas/Saídas IHM Interface Homem Máquina LD Ladder MIT Massaschussets Institut of Techonology NA Normalmente Aberto NBR Norma Brasileira NC Numericamente Controlado NEMA National Electrical Manufactures Association NF Normalmente Fechado PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica SEGET Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 111 2 INDÚSTRIA METALÚRGICA E EVOLUÇÃO DAS MÁQUINAS OPERATRIZES ..................................................................................................... 133 2.1 O RÁPIDO APRIMORAMENTO DESDE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 15 2.1.1 O Surgimento do Comando Numérico ................................................... 155 2.1.2 Máquina Ferramenta à CNC.................................................................. 166 3 MELHORIA DOS PROCESSOS E AUTOMAÇÃO ................................. 18 3.1 CONCEITUANDO SISTEMA 19 3.2 CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA AUTOMÁTICO 19 3.2.1 Elementos de um sistema de automação 21 3.3 O CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL .................................... 211 3.3.1 Programação: Linguagem LADDER 22 4 AUTOMAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE DE NÍVEL EM RESERVATÓRIOS DE FLUÍDOS DAS MÁQUINAS FERRAMENTA 23 4.1 MÉTODOS DE CONTROLE DE NÍVEL DE RESERVATÓRIOS APLICÁVEIS ÀS MÁQUINAS OPERATRIZES ....................................................... 255 4.1.1 Controle de Nível Comum 27 4.1.2 Controle de Nível com CLP 28 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 30 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 311 11 1 INTRODUÇÃO Este trabalho foi realizado sobre sistema de controle de nível de reservatórios de fluídos nos tanques das máquinas-ferramenta em uma área da indústria metalúrgica. Nesse âmbito, essas máquinas tiveram seus controles manuais cada vez mais substituídos pelos sistemas automatizados, tendo seu destaque na Revolução Industrial. Desde então, devido à exigência do mercado, têm sido aprimorados. Uma das áreas tecnológicas que tem possibilitado esse contexto é a de automação, controle para otimização visando eficiência ao eliminar perda de recursos e gastos. Para as soluções adequadas, inicialmente, foi buscado familiarizar-se com as demais pessoas envolvidas no assunto, tendo como inspiração uma situação ocorrida no estágio para desenvolver pesquisas. Demonstrou-se relevância da proposta do trabalho contribuindo para a comunidade científica e para a sociedade. Perante esta situação verificou-se que em um sistema comum dos controles de níveis, os detritos, gerados no processo de usinagem, vão sendo depositados no tanque sobre as boias, e ao longo do tempo, podem torná-las inúteis, causando o alagamento do maquinário. Esta condição, por sua vez, leva ao problema investigado neste trabalho: Quais os benefícios da automatização com CLP sobre o controle de nível de fluídos em máquinas operatrizes na indústria metalúrgica? Para dar prosseguimento em busca dessa resposta, a pesquisa teve como base, o que outros autores abordaram e seus esclarecimentos sobre os elementos e variáveis envolvidas no assunto, comparando às situações comuns de aplicação. Mediante essa colocação o objetivo geral foi estudar quais as principais descobertas em relação à automatização com CLP sobre o controle de nível de fluídos em máquinas operatrizes na indústria metalúrgica. Teve-se, dessa forma, como objetivos específicos apresentar o histórico do surgimento, meios comuns de funcionamento e evolução das máquinas operatrizes implantadas na indústria metalúrgica, bem como conceituar automação e sistema caracterizado o CLP especificamente em linguagem LADDER e, então, apresentar os sistemas de nível com CLP mediante reservatórios de máquinas-ferramenta com reaproveitamento de fluídos. 12 Para este fim, o tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, no qual foi realizada uma consulta a livros, dissertações e por artigos científicos selecionados através de busca nas seguintes bases de dados: livros, artigos e sites da internet. O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos 50 anos. As palavras-chave utilizadas na busca foram: “Sistema”, “Controle”, “Nível”, “CLP”, “Máquina Ferramenta” e “Indústria”. 13 2 INDUSTRIA METALURGICA E EVOLUÇÃO DAS MÁQUINAS OPERATRIZES A humanidade foi aprimorando com o passar dos anos, formas de construir objetos para auxiliar nos trabalhos diários, desde a pré-história até a atualidade. No começo trabalhavam pedras, em seguida os metais, posteriormente objetos sempre mais aperfeiçoados, até a elaboração das máquinas simplórias, de manufatura, habilitadas a manter, sem energia própria, a intervenção de pessoas no processo. Por utilizarem-se de ação manual, ainda não eram consideradas como máquinas operatrizes. (CORREA, 2013). Figura 1 – Plaina neolítica utilizando pedra lascada como ferramenta Fonte: Spur (1979) Elaboradas para utilização pessoal ou para utilização exclusiva, as máquinas ferramenta foram, parcialmente, influência ao surgimento de uma transformação mais acentuada da engenharia de produção. Debilmente se acha algum artefato que não possua em sua elaboração determinada ligação a esses dispositivos. Tais colaborações podem ser explícitas ou implícitas, porém a mudança atribuída aos métodos de fabricação e moldagem foi profunda. A máquina ferramenta primariamente elaborada foi o torno mecânico ou máquina de brocar e desde então foi disparada a evolução das tecnologias. (TOP, 2012). A figura 2 demonstra o primeiro torno inventado. 14 Figura 2 – O torno de Joseph Witworth, que permitia a fabricação de máquinas- ferramenta com extrema precisão Fonte: Abimaq (2006) Outrossim, segundo Moore (1975) uma das primeiras obras de que se tem conhecimento a respeito de torneamento foi exposta por Charles Plumier, na França, no século XVIII, sendo que neste período se originaram as primeiras máquinas elaboradas de acordo com as concepções modernas. A figura 3 contempla a concepção de máquina operatriz, com seus respectivos movimentos integrados, numa alusão mais aproximada da realidade industrial a partir de então. Figura 3 – Movimentos - Plaina limadora e torno Fonte: SENAI (1998) Assim, de acordo com o SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – (1998), máquina ferramenta, em definição, é um conjunto mecânico que 15 realiza deslocamentos para remover sobremetal e há na indústria vários tiposdessas máquinas, sendo que dentre elas estão os tornos, fresadoras, mandriladoras, furadeiras, entre outras. 2.1 O RÁPIDO APRIMORAMENTO DESDE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL A revolução industrial teve um desenvolvimento não só nos setores de produção como em assuntos sociais e de tecnologia, mas faz-se necessário compreender que se vive em melhora contínua e isso quer dizer estar em procura de aperfeiçoamentos que sejam sempre de acordo conjunto aos objetivos seja dos donos de empresas ou dos trabalhadores. (BALLESTEROS, 2016). No entanto: “O progresso técnico na indústria de máquinas inicialmente foi implementado por artesãos criativos, que modificaram instrumentos antigos e projetaram novos, ou seja, a mudança foi gradual e cumulativa”. (LANDES, 2005, p. 100). 2.1.1 O Surgimento do Comando Numérico Ao longo do século XX, viriam ainda importantes descobertas: A evolução da eletrônica na primeira metade do século XX, aliada ao desenvolvimento dos computadores, levou a criação da primeira máquina- ferramenta numericamente controlada. Em 1946 é desenvolvido o primeiro computador eletrônico digital, o ENIAC, em 1947 é inventado o primeiro transistor nos laboratórios da Bell, e em 1950 utilizando-se um computador eletrônico EDSAC, é desenvolvida a primeira máquina-ferramenta numericamente controlada (NC), nos laboratórios do Massaschussets Institut of Techonology – MIT. (STOETERAU, 2004, p. 10) Assim, na figura 4 está representado o primeiro computador. Figura 4 – ENIAC - O Primeiro computador comercialmente disponível Fonte: Fillho (2007) 16 Segundo Filho (2007) o primeiro computador ficou conhecido como ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Computer), ou seja, em português Computador e Integrador Numérico Eletrônico. 2.1.2 Máquina Ferramenta à CNC Neves (2005) comenta que o Controle Numérico foi sendo aperfeiçoado conforme os microprocessadores passaram a compor os computadores. De fato, as primeiras máquinas à CN eram chamadas de “máquinas controladas por fitas”. Estas eram capazes de realizar somente comandos simples inseridos na máquina por fitas ou cartões, sendo impossível alterar. No caso de se desejar ajustar, fazia-se novo cartão ou fita. A figura 5 contempla uma foto da máquina que remonta os primórdios do Comando Numérico Computadorizado. Figura 5 – Primeira máquina CNC desenvolvida Fonte: Cassaniga (2005) Gonçalves (2006), por sua vez, destaca que as máquinas operatrizes à CNC são integradas, essencialmente, do elemento de comando (local que comporta o software completo utilizado em que são executadas as operações numéricas 17 sistemáticas), aparato em si (armação e cadeia de movimentos dos corpos), bem como os acionamentos que habilitam, então, a locomoção dos eixos. Assim, ademais, segundo a Abimaq (2006) o conhecimento da história das máquinas é conhecimento da própria vida de grandes gênios, personagens históricos que revolucionaram e com suas invenções isoladas moveram o mundo. Suas pequenas geringonças levaram a grandes soluções táticas para os modelos de economia. 18 3 MELHORIA DOS PROCESSOS E AUTOMAÇÃO Ao mesmo tempo em que foram criadas as máquinas à CNC, vieram os robôs que, ao oposto do que se pensava, não eram somente máquinas com características humanas, mas por definição do órgão internacional Robotic Industries Association: “um manipulador reprogramável, multifuncional, projetado para mover materiais, peças, ferramentas ou dispositivos especiais em movimentos variáveis programados para realização de uma variedade de tarefas”. Dessa forma, a automação dos robôs é passível de programação, por serem eles habilitados a se adequar ao produto, entre outras palavras, no processo de fabricação existe a possibilidade de modificações no que se refere à reprogramação do robô se houver alterações nas pormenorizações dos procedimentos de produção. (SILVEIRA, 2002). De acordo com Rosário (2009), existe diferença entre a definição de automação e automatização, sendo que, esta última está interligada à execução de deslocamentos automáticos e recorrentes, sendo passível de troca de trabalho manual pelas máquinas. Porém, o conceito de automação está conectado á utilização de estratagemas de estruturação de sistemas habilitados a agir sobre os procedimentos com uma capacidade elaborada pela utilização de dados obtidos do meio. O sistema realiza operações de correção através dos dados obtidos através de sensores adaptados aos procedimentos, comportando-se como ação humana. Figura 6 – Definição geral de automação Fonte: Ribeiro (2014) Portanto, o significado de automação pode ser compreendido como uma conformação de estratégias que contrapõem o parecer, empenho e deliberação humana através de equipamentos e softwares, como indica a figura 6 acima. 19 3.1 CONCEITUANDO SISTEMA Conforme a definição de Hubka e Eder, sistema é uma série limitada de componentes conjuntos para compreender um total acerca de determinadas normas bem específicas, através das quais há certas associações exclusivas delimitadas entre os componentes e para com sua esfera de atuação. Existe a possibilidade de um sistema compreender partes separadas (i. e. componentes sem conexão entre si), ou conjuntos apartados de componentes (i. e. o conjunto não está relacionado aos demais componentes ou agrupamentos num todo). A definição de componente ou elemento e sistema dependem ao que se referem. Um elemento ser definido como um sistema, e um sistema pode ser definido como um elemento, quando integrado a um sistema maior. Portanto, há uma hierarquia. Para Mattioli e Moulinos (2015), participantes da European Union Agency for Network and Information Security (ENISA), sistemas de controle industrial são usados para supervisionar os procedimentos de fabricação e tem uma atuação fundamental tanto no mantenimento da ininterrupção, bem como dos quesitos de proteção para se evitar maiores incidentes e fatalidades causadas pela natureza. 3.2 CARACTERÍSTICAS DE UM SISTEMA AUTOMÁTICO Após compreender os conceitos de automação e sistema pode-se dizer que estes possuem algumas regras, sendo que, segundo Jovic (1986), uma das condições básicas de um sistema automático é que todo sistema que envolve a realimentação de dados, ou seja, feed back e comando, contém como elementos básicos o controlador, atuador e o sensor, cuja função é realimentar os dados necessários para seu comando, conforme ilustra em forma de diagrama a figura 7. Figura 7 – Diagrama de blocos de um sistema de automação Fonte: Jovic (1986) 20 Assim: “A regulação e o controle automático de sistemas industriais desempenham um papel de vital importância no desenvolvimento da ciência e da engenharia.” (SENAI – ES, 2005, p. 2). 3.2.1 Elementos de um sistema de automação Os sensores, conforme esclarece Fialho (2006), são artefatos habilitados a localizar sinais externos e devolver uma resposta. Tais aparatos transformam proporções físicas de tipos variados, tal qual quantidade de calor, pressão e campo magnético em outra indicação que seja capaz de ser difundido a um componente revelador, este demonstra a medida do valor em medição ou que seja passível de ser verificado pelo controlador. Sobre os atuadores Brugnari e Maestrelli (2010) dizem que são aparatos que respondem a controles tanto manuais como automáticos, sendo, portanto, quaisquer dispositivos que obedeçam a um controle de outrocomponente, com relação a uma entrada ou regra definida. Outrossim, segundo Parede e Gomes (2011) um atuador, da mesma forma que um sensor, é um transdutor que modifica uma energia em outra, porém inversamente, ou seja, converte um sinal elétrico em grandeza física. Possui, dessa forma, como característica a capacidade de agir no sistema de que é parte, respondendo a um controle manual ou automático, desde que este venha por meio do controlador. Ogata (1997) explica que o controlador, por sua vez, se trata de um sistema de comando formado por uma hierarquia de sistemas e procedimentos aglomerados com o objetivo de comandar as saídas dos procedimentos, em que um sinal referencial é equiparado à saída do sistema, causando uma indicação de falha. O componente controlador trabalha estas indicações que em seguida são elevadas e emitidas para os atuadores do sistema. 21 3.3 O CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL Existem algumas normas que definem CLP (Controlador Lógico Programável), a saber-se que: “É um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais”. (ABNT, 2003, on-line). É um aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos. (NEMA, 1978, on-line). Sendo assim, na figura 8 há uma representação do CLP com seus três módulos básicos. Figura 8 – Diagrama de blocos básicos de um CLP Fonte: Parede e Gomes (2011) O CLP se pode utilizar de três linguagens de programação, que são: LADDER, Blocos Lógicos e Lista de instruções, sendo que, segundo Silva (2007) o LADDER, também conhecido como diagrama de contatos, se parecia em grande parte com os esquemas de eletricidade, sendo o primeiro a ser originado, viabilizando dessa forma a compreensão da engenharia. Os diagramas se referem a uma correspondência de nível médio e muito maleável por envolver inúmeras incumbências de temporização determinadas antecipadamente, favorecendo dessa forma a elaboração de programas. 22 3.3.1 Programação: Linguagem LADDER Conforme Georgini (2007) a linguagem LADDER (LD) se caracteriza pela forma de degraus, como de uma escada, dando origem à sua nomenclatura. Estes esquemas se parecem com os esquemas elétricos com relés, de forma que existem contatos NA (Normalmente Abertos), contatos NF (Normalmente Fechados) e bobinas. Para que um dispositivo de saída (bobina, contador, temporizador, etc.) seja ativado é necessário “energizá-lo logicamente”. Para isso considera-se que entre as barras verticais exista uma diferença de potencial (a barra da esquerda positiva e a da direita negativa) e que entre elas existam contatos que formam a Lógica de Controle. (SCHMIDT, 2008, p. 18). Para exemplificar essas afirmações, a figura 9 representa um diagrama LADDER contendo a lógica equiparada à sua função prática. Figura 9 – Diagrama LADDER Fonte: Souza (2010) Assim, como afirma Cutrim (2017), independentemente do quanto é acessível a um profissional que trabalhe com o CLP, seja este o responsável pela programação ou pela manutenção elétrica, instrumentação ou automação, todos são habilitados a compreender um esquema em linguagem LADDER, em outras palavras, independentemente do grau de dificuldade do esquema, a linguagem LADDER, diferentemente de outras, permite a conversação entre aqueles que estiveram na planta e aqueles que fizeram a programação. Assim, o CLP se torna indispensável no âmbito industrial. 23 4 AUTOMAÇÃO DE SISTEMA DE CONTROLE DE NÍVEL EM RESERVATÓRIOS DE FLUÍDOS DAS MÁQUINAS FERRAMENTA De acordo com Bega (2006) os processos fabris são inúmeros, incluem uma variedade de produtos e reivindicam comando específico dos artefatos elaborados. Dentre os procedimentos é vital se monitorar e conservar estáveis as variáveis centrais como pressão, nível, vazão, temperatura, pH, condutividade e outras. Os aparelhos de monitoração e comando possibilitam conservar e comandar tais variáveis de formas mais apropriadas/exatas do que em caso de operação manual. Franchi (2011) explica que o controle de nível de líquidos, sólidos e outros itens é uma questão constantemente solicitada nas fábricas em seus procedimentos. O instrumento controlador recepciona as informações de um aparelho de monitoração, equiparando-os a certa grandeza e, se preciso, emite sinais a um aparelho de comando habilitado a realizar operações de reparo. Segundo expõe Avallone (1978) apud CIMM, a enorme proporção de calor obtido nos procedimentos de usinagem, em virtude da força imposta para a remoção do cavaco e força proveniente da fricção entre o cavaco-ferramenta e entre a ferramenta-peça, causa efeitos não requeridos na face da peça, na ferramenta, alterando suas características e valores em consequência. Dessa forma, originam-se os fluidos de corte, sejam estes líquidos ou gasosos utilizados sobre a ferramenta e peça, a fim de viabilizar a procedimento de usinagem, conforme mostra a figura 10. Figura 10 – Exemplo de um processo de uma máquina operatriz com fluido de corte Fonte: CBECiMat (2016) 24 No que se refere a procedimentos de corte, Simon (1999) menciona, de antemão, que grande destaque vem sendo aplicado aos que não agridem a natureza, onde se dá primazia a inovações ligadas a procedimentos de corte a seco, com mínima quantidade de fluido de corte e com ar resfriado. Agregam-se também os procedimentos inovadores para manipulação e trato de cavacos viabilizando sua eliminação, restabelendo o fluido de corte e diminuindo espaço e a atuação do calor no maquinário e no objeto. Conforme destacam Dick e Foltz (1997), existem meios tecnológicos para tratar esses fluídos por diversas etapas e equipamentos para adequar a água ao reaproveitamento. Nesse caso, para resfriar ou lavar peças ou ainda compor fluídos. Dessa forma evitam-se perdas desnecessárias, apesar de que mesmo com excelentes aparelhos isso não é de todo inevitável. Na figura 11 se tem a representação de um ciclo de tratamento de fluídos em um processo de usinagem. Figura 11 – Ciclo de tratamento de fluídos durante os processos de usinagem Fonte: Dick e Foltz (1997) 25 Portanto, a reutilização do óleo de corte em centros de usinagem propõe evolução nos procedimentos, bem como elevação da qualidade de vida dos habitantes, visto que o que seria descartado na natureza tem um fim mais adequado, tendo em conta que volta a fazer parte do processo. (SEGET, 2012). 4.1 MÉTODOS DE CONTROLE DE NÍVEL DE RESERVATÓRIOS APLICÁVEIS ÀS MÁQUINAS OPERATRIZES Conforme os processos seguem, surge, por sua vez, a necessidade de controle de nível dos fluídos nos reservatórios das máquinas. Assim de início, para tornar mais simples o entendimento, nível seria a altura do conteúdo de um tanque contendo um líquido ou um sólido. Há dois meios para supervisionar sendo um direto e outro indireto, um tem baseia na face do objeto como sua referência, tipo uma bóia, um cabo com uma régua, ou uma trena milimetrada. A supervisão indireta usa de outros meios para obter nível. (PROCEL, 2008). Cassiolato (2010) afirma que nível é a altura da substância de um reservatório ou tanque para armazenagem, por meio do qual se pode simplesmente verificar o volume acumuladode material, discriminando e mantendo sob controle sua quantia física ou química, considerando, além disso, questões de segurança, sendo que há uma medida que não se deve transpor. Por outro lado, há ainda a possibilidade de supervisionar e controlar os procedimentos bem como promover preservação do meio ambiente. A figura 12 com base em controle manual de nível de fluído demonstra um exemplo dos sistemas, no caso em malha aberta. Figura 12 - Controle manual para regular o nível de fluído – Malha Aberta Fonte: Vargas (2017) 26 Portanto, a respeito dos sistemas de malha aberta, pode-se dizer que: “São aqueles em que o sinal de saída não exerce nenhuma ação de controle do sistema, não sendo este medido nem realimentado para comparação com a entrada. A cada entrada de referência corresponde a uma condição fixa de operação”. (OGATA, 2003, p. 5). Segundo Âstrom e Wittenmark (1989) os sistemas de controle de nível, no entanto, têm atributos não lineares o que pode levar a consequências negativas. Com base neste conhecimento, são elaborados artifícios de comando discriminados na obtenção de resultados mais satisfatórios. É comum o uso de sinais das grandezas principais ou auxiliares dos procedimentos, tais como, sinal da saída do sistema, tendo como meta a correção dos valores de controladores usados. A figura 13 representa, dessa forma, um sistema de malha fechada. Figura 13 – Exemplo de Sistema de Nível Automático - Malha Fechada Fonte: Silva (2012) A característica exposta faz com que seja mais comum que a indústria utilize- se, em sua maioria, dos sistemas de malha fechada, visto que: “Num sistema em malha fechada o sinal de saída é realimentado, fazendo-se uma comparação com o sinal de entrada, o que gera um sinal corrigido que entra novamente no sistema de forma a alcançar o sinal de saída desejado.“ (ARAÙJO; BAYER, 2011, p. 21). 27 4.1.1 Controle de Nível Comum Segundo Mattede (2015) há inúmeras formas de se elaborar sistemas de controle de nível. O que mais se encontra, no entanto, é a utilização de dois sensores de nível para acionar uma bomba d’água, por exemplo, como representado na figura 14. Figura 14 – Sistema de Controle de Nível Comum Fonte: Mattede (2015) Conforme destaca a Antech (2017), na indústria, a medição de nível é imprescindível, tanto para o andamento do processo, como para o fator de balanço correto de matérias primas ou de produtos finais. Para tanto, há ainda diversos outros tipos de medidores que podem ser utilizados de acordo com a viabilidade na indústria. Figura 15 - Tipos de sensor no controle de nível de um reservatório Fonte: SENAI (2012) Conforme demonstra a figura 15, os medidores são imprescindíveis nesta tarefa. 28 4.1.2 Controle de Nível com CLP Guerra (2009) explica que o CLP além de ser maleável e rápido na alteração e ajuste de malhas de controle, possui processamento bastante versátil. Dessa maneira, os benefícios variam desde aprimorar a operacionalidade por meio de IHM (Interface Homem Máquina) ou terminais com Supervisório1 a habilitar comando à distância, bem como armazenar informações dos procedimentos de produção para futuras inspeções. Zancan (2011) afirma que a despeito das variáveis físicas, sejam elas a temperatura, pressão, força, massa, etc, terem características analógicas, a maior parte dos procedimentos é comandada via sinais digitais, proveniente de sensores, botoeiras, chaves fim de curso, termostatos, pressostatos, etc, tornando as entradas digitais as mais presentes e as mais utilizadas em CLPs. De acordo com Eng. André Oliveira, Msc (National Instruments), · 77% dos CLPs são utilizados em pequenas aplicações, cerca de 72% das E/S dos CLPs são digitais e 80% dos desafios em aplicações com CLPs são solucionados com um conjunto de 20 instruções ladder. (BRAGA; ELEUTÉRIO; HOVADISH, 2011, p. 160). Para exemplificar a figura 16 demonstra um modelo de programação de CLP, com menos de 20 instruções em linguagem LADDER aplicado aos níveis de reservatórios. Figura 16 - Controle lógico em LADDER com simulador para nível de tanque Fonte: Fanta (2012) 29 Conforme Souza (2012) comenta, a propensão do mercado é que seja dada cada vez mais ênfase à utilização do CLP para tarefas simples, ou seja, àquelas operações em que se faça essencial automatizar os procedimentos com pouca programação, poucas entradas e saídas. A maior evidência disso é que, por assim dizer, que cada vez mais os fabricantes têm lançado CLPs de pequenas dimensões, de programação fácil e custo reduzido. 30 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A evolução das máquinas ferramenta, que teve seu ápice durante a revolução industrial, modificou os procedimentos fabris e sua respectiva velocidade. Especialmente a partir da segunda metade do século XX o surgimento dos computadores e do comando numérico fez com que a capacidade de produção aumentasse significativamente em vários ramos, inclusive o metalúrgico. No entanto, os computadores e os robôs foram realidades que surgiram paralelamente e viabilizaram as automatizações realizadas nas plantas industriais por meio de adaptações aos maquinários. O conceito de automação, por sua vez, foi tomando uma conotação mais ampla, de forma que, na substituição das funções braçais dos trabalhadores nas operações de usinagem, foram os controladores lógicos programáveis (CLP’s) que ganharam espaço ao longo das décadas. Assim, dentre os processos que estão em crescente necessidade de controle absoluto, está o controle de nível de reservatórios de fluídos das próprias máquinas operatrizes. Conclui-se que seja por questão de versatilidade de programação, segurança, ou mesmo eficiência, é uma tendência das empresas aplicarem cada vez mais o CLP nesta área, sendo que, inclusive ao perceber estes benefícios característicos, vários fornecedores têm criado modelos sempre mais acessíveis. 31 REFERÊNCIAS ABIMAQ. A História das Máquinas Abimaq 70 anos. São Paulo: Magma Cultural e Editora, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Controladores Lógicos Programáveis. Disponível em:< http://www.abntdigital.com.br/ > Acesso em: 16 nov. 2017. ANTECH. Medicion de Niveles Antech. Instrumentos para Medición Y Control de Nível. Disponível em:< http://mediciondenivelesantech.blogspot.com.br/ > Acesso em: 18 out. 2017. ARAÚJO, Olinto C. B.; BAYER, Fernando M. Controle Automático de Processos. Rio Grande do Sul, 2011. ASTRÖM, Karl Johan; WITTENMARK, Björn. Adaptive Control. In: Design of Gain Scheduling Regulators. Nova Iorque: Addison-Wesley, 1989. BALLESTEROS, Luciana A. 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