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Vitamina D na síndrome dos ovários policísticos

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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITAMINA D NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS 
POLICÍSTICOS: REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
 
LAURIANA DA SILVA SALES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2017 
2 
 
LAURIANA DA SILVA SALES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VITAMINA D NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS 
POLICÍSTICOS: REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Graduação em 
Nutrição da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte como requisito final para 
obtenção do grau de Nutricionista. 
 
 
 
Orientadora: Prof.ª Drª. Márcia Marília Gomes Dantas Lopes 
Co-orientadora: Prof.ª Drª Severina Carla Vieira Cunha Lima 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL-RN 
2017 
3 
 
LAURIANA DA SILVA SALES 
 
 
 
 
VITAMINA D NA SÍNDROME DOS OVÁRIOS 
POLICÍSTICOS: REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito final para obtenção do grau de 
Nutricionista. 
 
 
 BANCA EXAMINADORA 
 
_____________________________________________________________ 
Prof.ª Drª. Márcia Marília Gomes Dantas Lopes 
 
_____________________________________________________________ 
Prof.ª Drª. Severina Carla Vieira Cunha Lima 
 
_____________________________________________________________ 
Prof. ª Drª. Sancha Helena de Lima Vale 
 
 
 
 
 
 
Natal, 26 de janeiro de 2017 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico a minha família, amigos e 
professores os quais me apoiaram 
não somente neste trabalho, mas 
durante toda a graduação do 
curso de nutrição. 
 
 
 
5 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Dedico esta, bem como as minhas demais conquistas, a Deus, por ser essencial em minha 
vida. Aos meus amados pais, Maria Aparecida Pereira da Silva Sales e Luciano Cardoso 
Sales, a minhas irmãs Luciana da Silva Sales e Leidiane da Silva Sales e, a meu precioso 
sobrinho Lucas Gabriel Sales da Costa, por serem meu alicerce e pelo apoio e incentivo 
dedicados em todos os momentos de minha vida e em minha trajetória acadêmica. 
 
Aos professores que me acompanharam durante а graduação, em especial à minha orientadora 
Márcia Marília Gomes Dantas Lopes e minha co-orientadora Severina Carla Vieira Cunha 
Lima, por toda a dedicação, conselhos e a oportunidade de me orientar na elaboração deste 
trabalho. 
 
A todos os amigos e colegas que de alguma forma me incentivaram, me proferiram conselhos 
e que me ajudaram. 
 
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu eterno 
agradecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O futuro pertence aqueles que 
acreditam na beleza de seus 
sonhos” 
 
Eleanor Roosevelt 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
 
RESUMO ......................................................................................................................... 8 
ARTIGO DE RESUMO ............................................................................................... 12 
Introdução ..................................................................................................................... 14 
Definição e Epidemiologia ........................................................................................... 15 
Alterações metabólicas ................................................................................................. 16 
Resistência Insulínica e Hiperinsulinemia .................................................................. 16 
Esteatose hepática ....................................................................................................... 17 
Obesidade ................................................................................................................... 17 
Dislipidemia ............................................................................................................... 18 
Aspectos nutricionais: vitamina D na SOP ................................................................ 19 
Conclusão ...................................................................................................................... 26 
Referências .................................................................................................................... 26 
ANEXOS ....................................................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
SALES, Lauriana da Silva. Vitamina D na Síndrome dos Ovários Policísticos. 2017. 32 f. 
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017. 
RESUMO 
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das endocrinopatias mais comum na mulher 
em idade reprodutiva, e frequentemente está associada à resistência insulínica (RI), obesidade 
e dislipidemia. Caracteriza-se por hiperandrogenismo que pode se manifestar por hirsutismo, 
acne, seborreia, alopecia, irregularidade menstrual, obesidade e cistos ovarianos. Essa 
síndrome modula os processos metabólicos e hormonais, aumentando o risco de infertilidade 
dessas mulheres. Seu tratamento direciona-se para a regularização da menstruação e 
recuperação da fertilidade e, neste contexto, a vitamina D pode desempenhar um papel 
fundamental na adjuvância deste tratamento. O presente trabalho tem como objetivo fazer 
uma revisão da literatura para avaliar os efeitos da suplementação de vitamina D na SOP. A 
revisão foi realizada nos bancos de dados PubMed, Lilacs e Scopus, com artigos publicados 
entre 2006 e 2017. Evidências demonstram a relação entre as alterações metabólicas e a 
deficiência de vitamina D, a partir de baixas concentrações de 25-hidroxivitamina D 
(25(OH)D) associadas à resistência insulínica, irregularidades ovulatórias e menstruais, ao 
menor sucesso gestacional, hirsutismo, hiperandrogenismo e obesidade. Ademais, 67 a 85% 
de mulheres diagnosticadas com SOP apresentam concentrações séricas de 25(OH)D < 20 ng 
/ ml. Estudos demonstram efeitos benéficos da suplementação de vitamina D em pacientes 
com SOP, uma vez que de fato existe uma relação entre a vitamina D e a função reprodutiva, 
evidenciada por baixas concentrações séricas de 25(OH)D associadas a irregularidades 
ovulatórias e menstruais, porém mais estudos de intervenção são necessários para comprovar 
essa hipótese. 
 
 
Palavras-chave: Síndrome do Ovário Policístico, Vitamina D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. : Efeito da suplementação da vitamina D em mulheres com Síndrome dos Ovários 
Policísticos em diferentes estudos.............................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Efeitos da deficiência de vitamina D na etiopatogenia da SOP.............................2111 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
 
SOP Síndrome dos Ovários Policísticos 
RI Resistência Insulínica 
DCV Doença Cardiovascular 
SM Síndrome Metabólica 
DM Diabetes Mellitus 
DM2 Diabetes Mellitus tipo 2 
25(OH) D 25-hidroxivitamina D 
NIH National Institutes of Health 
SHBG Globulina de Ligação aos Hormônios Sexuais 
DHGNA Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica 
NASH Esteatohepatite Não Alcoólica 
IMC Índice de Massa Corporal 
LDL Lipoproteína de Baixa Densidade 
HDL Lipoproteína de Alta Densidade 
LPL Lipoproteína Lipase 
LP Lipoproteína 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
ARTIGO DE RESUMO 
O artigo apresentado abaixo foi elaborado conforme as normas da revista Metabolic 
Syndrome and Related Disorders. 
 
Vitamina D na Síndrome dos Ovários Policísticos. 
Lauriana da Silva Sales1, Sancha Helena de Lima Vale2,Severina Carla Vieira Cunha Lima2, 
Márcia Marília Gomes Dantas Lopes2 
1Graduação em Nutrição, Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte. Av. General Cordeiro de Farias, s/nº - Petrópolis, CEP: 59012-570, Natal/RN - Brasil. 
2Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Av. Sen. Salgado 
Filho 3000, Lagoa Nova, Campus Central, CEP: 59078-970, Natal/RN - Brasil. 
 
RESUMO 
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das endocrinopatias mais comum na mulher 
em idade reprodutiva, e frequentemente está associada à resistência insulínica (RI), obesidade 
e dislipidemia. Caracteriza-se por hiperandrogenismo que pode se manifestar por hirsutismo, 
acne, seborreia, alopecia, irregularidade menstrual, obesidade e cistos ovarianos. Essa 
síndrome modula os processos metabólicos e hormonais, aumentando o risco de infertilidade 
dessas mulheres. Seu tratamento direciona-se para a regularização da menstruação e 
recuperação da fertilidade e, neste contexto, a vitamina D pode desempenhar um papel 
fundamental na adjuvância deste tratamento. O presente trabalho tem como objetivo fazer 
uma revisão da literatura para avaliar os efeitos da suplementação de vitamina D na SOP. A 
revisão foi realizada nos bancos de dados PubMed, Lilacs e Scopus, com artigos publicados 
entre 2006 e 2017. Evidências demonstram a relação entre as alterações metabólicas e a 
deficiência de vitamina D, a partir de baixas concentrações de 25-hidroxivitamina D 
(25(OH)D) associadas à resistência insulínica, irregularidades ovulatórias e menstruais, ao 
menor sucesso gestacional, hirsutismo, hiperandrogenismo e obesidade. Ademais, 67 a 85% 
de mulheres diagnosticadas com SOP apresentam concentrações séricas de 25(OH)D < 20 ng 
/ ml. Estudos demonstram efeitos benéficos da suplementação de vitamina D em pacientes 
com SOP, uma vez que de fato existe uma relação entre a vitamina D e a função reprodutiva, 
evidenciada por baixas concentrações séricas de 25(OH)D associadas a irregularidades 
ovulatórias e menstruais, porém mais estudos de intervenção são necessários para comprovar 
essa hipótese. 
 
13 
 
ABSTRACT 
Polycystic ovary syndrome (PCOS) is one of the most common endocrinopathies in women 
of reproductive age, and is often associated with insulin resistance (IR), obesity, and 
dyslipidemia. It is characterized by hyperandrogenism that can be manifested by hirsutism, 
acne, seborrhea, alopecia, menstrual irregularity, obesity and ovarian cysts. This syndrome 
modulates the metabolic and hormonal processes, increases the risk of infertility, where the 
treatment of PCOS is directed to regularization of menstruation and recovery of fertility, in 
which vitamin D may play a key role in this treatment. The present review of literature aims 
to evaluate the role of vitamin D supplementation in PCOS. The review was carried out in the 
PubMed, Lilacs and Scopus databases, with papers published between 2006 and 2017. 
Selected studies evaluated the effects of vitamin D on PCOS. Evidence shows the relationship 
between metabolic changes and vitamin D deficiency, low levels of 25-hydroxyvitamin D (25 
(OH) D) associated with IR, ovulatory and menstrual irregularities, decreased gestational 
success, hyperandrogenism and obesity. In addition, 67 to 85% of women diagnosed with 
PCOS have serum concentrations of 25 (OH) D <20 ng / ml. Studies have shown beneficial 
effects of vitamin D supplementation in patients with PCOS, since there is a relationship 
between vitamin D and reproductive function. However more intervention studies are needed 
to prove this hypothesis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Introdução 
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma das endocrinopatias mais comum 
na mulher em idade reprodutiva. Caracteriza-se frequentemente por hiperandrogenismo que 
pode se manifestar por hirsutismo, acne, seborreia, alopecia, irregularidade menstrual, 
obesidade e cistos ovarianos.
1 
A SOP afeta cerca de 9 a 18 % das mulheres em sua vida reprodutiva. Nas últimas 
décadas algumas investigações revelam diferentes mecanismos subjacentes envolvidos na 
patogênese desta síndrome, mas sua definição clínica ainda é controversa.
2-4
 
Diversos estudos têm sido empreendidos para esclarecer a fisiopatologia da SOP, 
procurando estabelecer critérios para o diagnóstico, e consequente intervenção terapêutica 
adequada. Acredita-se que sua etiopatogenia seja devido a fatores de origem genética 
desencadeados por fatores ambientais, no qual o tipo de herança genética provavelmente seja 
a poligênica, em que os genes mais frequentemente associados com a SOP são os 
relacionados com a biossíntese, ação e regulação de andrógenos e os envolvidos na resistência 
insulínica (RI), no processo inflamatório crônico e na aterosclerose.
5-7 
A classificação da SOP baseia-se a partir de duas classificações mais utilizadas na 
prática clínica, de 1990 publicada pelo National Institutes of Health (NIH) e de 2003 
publicada por Rotterdam, que reviu os critérios estabelecidos pelo NIH, e preconiza o 
diagnóstico da SOP se duas das três características fundamentais são identificadas: 
oligomenorreia ou anovulação, hiperandrogenismo clínico ou bioquímico e ovários 
policísticos. Em contraste, os critérios do NIH são mais restritivos, definindo a SOP por 
anovulação crônica e hiperandrogenismo (independentemente da morfologia do ovário 
policístico), com consequente menor prevalência, mas a apresentação clínica mais grave.
2 
A SOP apresenta complicações reprodutivas, como risco de infertilidade, e 
metabólicas que incluem (RI), obesidade, dislipidemia, esteatose hepática e síndrome 
metabólica (SM).
8 
O tratamento das mulheres com SOP é direcionado para a regularização da 
menstruação e recuperação da fertilidade, onde a vitamina D pode desempenhar um papel 
fundamental nesse tratamento.
9 
A deficiência da vitamina D pode causar impactos negativos na homeostase da glicose, 
doença cardiovascular (DCV), câncer, doenças autoimunes, desordens psicológicas e 
potencializar os sintomas de doenças reprodutivas.
10
 Atualmente a deficiência de vitamina D 
tem sido considerada um problema de saúde pública mundial, em razão de suas implicações 
no desenvolvimento de diversas doenças.
11 
15 
 
Destaca-se o envolvimento da vitamina D em diversos processos celulares vitais, 
como: diferenciação e proliferação celular, secreção hormonal (por exemplo: insulina), assim 
como no sistema imune e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, como, por 
exemplo, diabetesmellitus tipo 2 (DM2), hipertensão arterial e obesidade.
12,13 
Tem sido registradas associações entre as concentrações de vitamina D e os sintomas 
da SOP, incluindo RI, infertilidade e hirsutismo. A vitamina D influencia o desenvolvimento 
da SOP por meio da transcrição de genes, e a modulação hormonal influencia o metabolismo 
da insulina e regulação da fertilidade. Ademais, as concentrações desta vitamina são 
semelhantes em mulheres com e sem essa doença, no entanto, tem havido relatos de baixas 
concentrações observados em mulheres com SOP.
14-17 
Assim, a qualidade da dieta interfere com as anormalidades endócrinas e metabólicas 
presentes em mulheres com SOP, no qual, existe, de fato, uma complexa inter-relação entre 
diferentes fatores nutricionais e condições endócrinas. Onde está claro que a dieta 
desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo dos esteroides sexuais.
18 
Considerando a importância de identificar os distúrbios nutricionais como causa ou 
consequência da SOP, este estudo de revisão da literatura tem como objetivo principal avaliar 
a vitamina D na Síndrome dos Ovários Policísticos. 
Definição e Epidemiologia 
A SOP é um conjunto heterogêneo de sinais e sintomas que formam um espectro de 
uma síndrome branda em alguns sintomas, mas com grave distúrbio dos sistemas endócrino e 
reprodutivo, e das funções metabólicas, sendo assim, é considerada uma das mais comuns 
endocrinopatias.
19
 
A prevalência da SOP aumentou significativamente passando de 6 - 8% para 12 - 
20%, como resultado da adoção dos critérios de Rotterdam para o diagnóstico, com 
prevalência mundial de 7 - 15%.
20
 
Com a alta prevalência de mulheres diagnosticadas com SOP, no Brasil são, 
aproximadamente, três milhões de mulheres portadoras dessa doença, surgindo após a 
menarca e seguindo até a menopausa.
21
 
Apesar do efeito negativo da SOP sobre a saúde das mulheres, sua etiologia não é bem 
compreendida, porém fatores genéticos e ambientais têm sido implicados no seu 
desenvolvimento, no entanto estudos que examinem o impacto da epigenética na SOP ainda 
permanecem escassos.
20
 
16 
 
Alterações metabólicas 
A SOP tem sido considerada como uma síndrome sistêmica crônica, e é 
frequentemente associada com RI, hiperandrogenemia, inflamação crônica e o estresse 
oxidativo, embora o mecanismo de patogênese dessa síndrome ainda não esteja bem 
definido.
22
 
Resistência Insulínica e Hiperinsulinemia 
Em mulheres com SOP, o fenótipo metabólico inclui a hiperinsulinemia com 
disfunção nas células beta-pancreáticas, RI e obesidade, no qual, estas anormalidades 
metabólicas frequentemente precedem o DM2. A hiperinsulinemia estimula a produção de 
andrógenos e a secreção pelas células foliculares e reduz a concentração de globulina de 
ligação aos hormônios sexuais (SHBG), o que aumenta os andrógenos livres e agrava ainda 
mais os sintomas da SOP, existindo assim uma forte associação entre a hiperinsulinemia e a 
hiperandrogenemia.
20 
A insulina é o mediador hormonal primário de armazenamento de energia, e ao mesmo 
tempo a hiperinsulinemia se torna comum na SOP. Não é claro se é devido a uma secreção 
excessiva de insulina, diminuição da depuração da insulina, ou ambos. Onde, concentrações 
persistentemente elevadas de insulina podem resultar em falta de sensibilidade das células-
alvo ao longo do tempo, o que agrava a hiperinsulinemia e aumenta o potencial para a 
disfunção das células beta-pancreáticas. Assim, uma investigação demonstrou que os métodos 
que limitem ou reduzam a hiperinsulinemia nos indivíduos resistentes à insulina têm o 
potencial para tratar ou prevenir a obesidade e doenças relacionadas à SOP.
23
 
A sobreposição considerável entre as características reprodutivas e metabólicas da 
SOP implicam na disfunção do tecido adiposo como uma característica fundamental da 
síndrome. É importante ressaltar que ambas as mulheres, tanto as eutróficas quanto as com 
obesidade, têm a morfologia e a função do tecido adiposo anormais, como evidenciado pela 
diminuição da secreção de adiponectina, estando esses fatores fortemente associados com a 
RI.
20
 
A obesidade central, sendo uma característica principal da SM, está diretamente 
relacionada a um aumento da RI, demonstrando que a RI também é responsável pelo 
desenvolvimento dos ovários policísticos, embora a obesidade seja a causa principal. Com 
isso, os determinantes patogênicos da SOP incluem a RI e a disfunção das células beta-
pancreáticas, portanto, as mulheres com essa síndrome apresentam um risco aumentado de 
desenvolver o DM2.
9
 
17 
 
Esteatose hepática 
Na SOP, os mecanismos fisiopatológicos, além da RI, não estão completamente 
explicados, no entanto, a acumulação de triglicerídeos em tecidos (por exemplo, o músculo 
esquelético), pode desempenhar um papel central. A RI acompanhada por hiperinsulinemia 
pode promover a lipogênese hepática em pessoas jovens e saudáveis, resultando em 
dislipidemia e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), ou seja, esteatose 
hepática, que é uma condição muito frequentemente observada em mulheres com SOP.
2
 
A DHGNA representa uma condição heterogênea que engloba a esteatose e a 
esteatohepatite não alcoólica (NASH), podendo progredir para cirrose. A prevalência da 
esteatose hepática é alta, havendo relatos em aproximadamente 20 - 30% da população em 
geral.
24
 
Numerosas características individuais ou condições externas associadas à esteatose 
hepática podem desempenhar um papel fundamental na etiologia, patogênese, história natural 
e progressão desta doença, tais como: idade, sexo, etnia, diabetes mellitus, obesidade, 
predisposição familiar, SM e RI.
24
 
Ainda não há um consenso sobre o tratamento de escolha para esta doença e há vários 
estudos voltados para a utilização de drogas para a RI e antioxidantes. Neste contexto, os 
estudos sobre os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença podem adicionar informações 
importantes para a gestão do diagnóstico e da terapia dessas pacientes com SOP.
24 
Obesidade 
A obesidade é uma característica prevalente na SOP atingindo cerca de 30 – 70% 
destas mulheres.
25,26
 Existe uma variabilidade na prevalência de excesso de peso em mulheres 
com obesidade e SOP em populações de diferentes países. A maior prevalência de obesidade 
é relatada em estudos realizados nos Estados Unidos e na Austrália, com 61 - 76% das 
mulheres com SOP consideradas com obesidade. As mulheres com SOP são mais propensas a 
ter distribuição de gordura na parte superior do corpo em comparação com grupos controles 
pareados por peso. Onde a maior adiposidade abdominal ou visceral está associada com maior 
RI, o que pode exacerbar as anomalias reprodutivas e metabólicas na SOP.
27
 
Sabe-se que a obesidade é associada com a SOP, mas o seu papel causal nesta 
condição ainda precisa ser determinado. Poucos estudos relatam a associação entre o IMC e a 
irregularidade menstrual, e estudos randomizados foram realizados em intervenções de estilo 
de vida, mas estes sugerem benefícios reprodutivos e metabólicos significativos.
27
 
18 
 
Salienta-se que, a obesidade é comum em mais da metade das mulheres com SOP, em 
que a distribuição de gordura central (obesidade androide) agrava os riscos de DM2 e DCV. 
Além disso, o tecido gorduroso segrega citocinas e adipocitocinas bioativas, incluindo a 
adiponectina, leptina, e resistina, seguindo uma associação entre a expressão desregulada de 
leptina e o aparecimento de patologias relacionadas com a obesidade, incluindo a SOP.
28
 
A obesidade agrava comorbidades da SOP, como hipertensão arterial, DM2, 
hipercolesterolemia e DCV. Umaovulação na SOP leva à secreção de estrogênio, que é um 
fator de risco para a hiperplasia endometrial e carcinoma. Além disso, a SOP reduz a 
qualidade de vida, causa depressão, ansiedade, obesidade, infertilidade, e hirsutismo. Sendo a 
depressão detectada em 40% das mulheres em SOP e a incidência de suicídio é aumentada em 
até 7 vezes em mulheres com essa síndrome.
29
 
A partir disso, o controle de peso e a dieta são componentes importantes no tratamento 
da SOP. No qual, a redução do peso por dieta hipocalórica leva a melhora da composição 
corporal, reduzindo a massa adiposa, a gordura abdominal e a circunferência da cintura em 
mulheres com SOP que apresentam sobrepeso e obesidade.
18
 
A condição da dificuldade na perda de peso em mulheres com SOP se deve tanto à 
redução observada na termogênese pós-prandial, que também está correlacionada com o grau 
de redução da sensibilidade à insulina, ou a comportamentos específicos alimentares, como 
por exemplo, aos transtornos alimentares e emocionais, e padrões alimentares (desejos por 
alimentos hipercalóricos) que são observados entre as mulheres com sobrepeso/obesidade 
com SOP. Com isso, o tratamento de primeira escolha para a SOP inclui intervenções 
dietéticas e de estilo de vida para promover um peso saudável. Nesses casos, mesmo uma 
perda de peso corporal modesta de 2 a 5% pode restaurar a ovulação, melhorar o perfil de 
hormônios reprodutores e conseguir uma melhora na sensibilidade à insulina dessas 
mulheres.
30
 
Há evidência de que a redução da massa corporal em mulheres com SOP é efetiva para 
melhora da sensibilidade à insulina. Sabendo que a RI parece exercer um papel chave na 
fisiopatologia da SOP.
31
 
Dislipidemia 
O distúrbio metabólico na SOP é reconhecido pela RI e hiperinsulinemia, intolerância 
à glicose e dislipidemia, esta última é marcada pelo aumento de lipoproteínas de baixa 
densidade (LDL-colesterol) e triglicerídeos e diminuição de lipoproteínas de alta densidade 
(HDL-colesterol).
32
 
19 
 
A hiperinsulinemia diminui a expressão da lipoproteína lipase (LPL), enzima 
responsável pela lipólise no músculo esquelético, mas aumenta a expressão da LPL no tecido 
adiposo, no qual, a alta atividade da LPL no tecido adiposo acoplado com baixa atividade da 
LPL no músculo e a lipólise em adipócitos, resulta em elevadas concentrações circulantes de 
ácidos graxos que comprometem a sinalização da insulina e a oxidação de lipídios no músculo 
esquelético. Esta atividade reduzida de LPL e a oxidação de lipídios subsequentemente 
reduzida têm sido associadas com o ganho de peso em estudos prospectivos. Portanto, a 
redução da utilização de lipídios como um substrato energético tem o potencial para aumentar 
ainda mais a disfunção metabólica na SOP.
33
 
As dislipidemias são alterações do metabolismo das lipoproteínas (LP) também 
frequentemente associadas à SOP. Estudos epidemiológicos relatam que altas concentrações 
de colesterol sérico estão positivamente relacionadas à doença coronariana, ao passo que 
concentrações elevadas de HDL possuem uma ação protetora para a DCV. De forma 
semelhante ao que ocorrem com a hiperinsulinemia, esses distúrbios do metabolismo das 
lipoproteínas revelam uma relação isolada com a síndrome, sendo esta relação mais 
pronunciada quando em presença concomitante de obesidade.
34 
Deste modo, a SOP torna-se 
um dos mais consistentes fatores preditivos de depleção de HDL.
35 
Aspectos nutricionais: vitamina D na SOP 
Na SOP, a orientação terapêutica baseia-se em medidas relacionadas às mudanças do 
estilo de vida (como a orientação dietética e exercícios físicos, que irão resultar em perda de 
peso). A perda de peso auxilia na melhora da sintomatologia e restauração da função ovariana 
e metabólica de mulheres portadoras de SOP com sobrepeso ou obesidade. Uma pequena 
redução do peso (5%) é capaz de melhorar o hiperandrogenismo e o padrão de anovulação 
presentes nas portadoras dessa síndrome. Dessa forma, a avaliação do estado nutricional e do 
consumo alimentar e dietético de portadoras de SOP torna-se uma ferramenta importante para 
nortear estratégias de intervenção nutricional.
36
 
Recentemente tem havido um foco sobre um tratamento adjuvante na SOP. De fato, 
foi verificado que as mulheres com SOP têm uma elevada prevalência de deficiência de 
vitamina D, e as correlações da concentração sérica de 25(OH)D com vários sintomas 
metabólicos também foram demonstradas nesta síndrome. Sugerindo que a vitamina D pode 
desempenhar um papel na patogênese da SOP.
37
 
A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel e também considerada um importante 
hormônio para a homeostase do cálcio e o metabolismo ósseo, possuindo duas formas 
20 
 
principais: vitamina D2 (calciferol) e vitamina D3 (colecalciferol). A principal fonte de 
vitamina D é a exposição à radiação ultravioleta B (95%), e as principais fontes alimentares 
são carnes e vísceras, peixes, ovos e verduras de folhas verde-escuras.
38
 
A principal função fisiológica da vitamina D é regular a homeostase do cálcio e 
fósforo, e para promover a saúde óssea. No entanto, a vitamina D pode, também, ser 
fundamental para uma variedade de ações importantes na patogênese de doenças do sistema 
endócrino.
39
 
A deficiência da vitamina D, em adição ao seu papel na homeostase do cálcio e no 
metabolismo ósseo, pode causar ampla gama de efeitos com impactos negativos na 
homeostase da glicose, DCV e potencializar os sintomas de doenças reprodutivas, além disso, 
está relacionada ao câncer, doenças autoimunes e desordens psicológicas.
10
 
Estudos têm demonstrado associações entre as concentrações de 25(OH)D e vários 
sintomas da SOP, incluindo RI, infertilidade e hirsutismo. A vitamina D influencia o 
desenvolvimento da SOP por meio da transcrição dos genes relacionado à SOP, e a 
modulação hormonal influencia o metabolismo da insulina e regulação da fertilidade. 
Evidências sugerem que as concentrações séricas de vitamina D são semelhantes em mulheres 
com e sem essa doença, no entanto, houve relatos de concentrações mais baixas observadas 
em mulheres com SOP.
14,40
 
A prevalência da deficiência de vitamina D em mulheres com SOP é, 
aproximadamente, 67 - 85%, com concentrações séricas de 25(OH)D < 20 ng / mL
3
. Embora 
não haja nenhuma diferença significativa nas concentrações de 25(OH)D entre a SOP e 
mulheres controle (sem SOP), a alta prevalência de deficiência de vitamina D foi associada 
com a SM que pode ter grande impacto na saúde pública. No entanto, as baixas concentrações 
de 25(OH)D podem exacerbar os sintomas da SOP, como observado na figura 1.
40
 
Evidências demonstram o papel benéfico da vitamina D em um espectro de processo 
patológico incluindo DM2, DCV, câncer e doenças imunológicas. Há relatos de associação 
entre vitamina D com hiperandrogenismo, que predomina na SOP, associação que à parte, 
recentes estudos clínicos têm estabelecido de baixa prevalência de vitamina D com distúrbios 
metabólicos na SOP.
41-45 
 
 
 
21 
 
 
Figura 1: Efeitos da deficiência de vitamina D na etiopatogenia da SOP.
14
 
 
Em um estudo, mulheres com ovulação normal tinham concentrações mais elevadas de 
vitamina D do que as mulheres com SOP. Onde, a deficiência de 25(OH)D foi associada com 
taxas mais baixas do desenvolvimento folicular na gravidez em mulheres com SOP. Com isso, 
foi verificado que as mulheres com SOP e hirsutismo têm concentrações mais baixas de 
25(OH)D do que mulheres sem essa condição, que pode ser explicado por uma associação da 
vitamina D e andrógenos.
45 
 
Há evidências de que a vitamina D desempenha um papel importante na funçãoreprodutiva, em que a deficiência desta vitamina está associada à desregulação do cálcio, que 
contribui para o desenvolvimento da diminuição folicular em mulheres com SOP e resulta em 
disfunção menstrual e infertilidade.
13,46
 
Dois estudos observacionais investigaram concentrações de vitamina D em mulheres 
inférteis, algumas das quais tinham SOP. Em um estudo (n = 67), as 13 mulheres com SOP 
tiveram concentrações muito mais baixas de 25(OH)D do que as mulheres inférteis com 
ovulação normal.
13,14
 
Considerando as alterações metabólicas, em um estudo transversal (2016), as mulheres 
com SOP e níveis baixos de 25(OH)D haviam aumentado significativamente a RI, aumento 
do tecido adiposo intra e intermuscular e de triglicerídeos, assim com a suplementação de 
vitamina D houve diminuições significativas na massa de gordura e melhorias na 
sensibilidade à insulina ao longo de 12 semanas de intervenção.
47
 
22 
 
Em outra intervenção realizada em 2016 avaliando 44 mulheres com SOP observou que 
através da suplementação de vitamina D houve melhora na RI, além do aumento do HDL 
nessas mulheres. Assim, considera-se que um estado de 25(OH)D baixo é um fator de risco 
para tolerância à glicose, RI e DM2, com isso, dados recentes sugerem o papel benéfico da 
vitamina D na melhora do metabolismo da glicose e da frequência menstrual, observada após 
a suplementação.
41
 
Alguns estudos também avaliaram os efeitos da suplementação de vitamina D na 
função reprodutiva das mulheres com SOP (Tabela 1).
37,48-55
 Em um estudo que investigou os 
efeitos do cálcio-vitamina D e metformina na regulação do ciclo menstrual, 60 mulheres 
inférteis com SOP foram randomizados para um dos três tratamentos. Essas mulheres foram 
tratadas durante 3 meses e acompanhadas mais 3 meses após a intervenção. Como resultados, 
o número de folículos dominantes durante 2-3 meses de acompanhamento foi maior no grupo 
de cálcio-vitamina D-metformina do que nos outros dois grupos. Porém, não foram 
observadas diferenças significativas nas taxas de gravidez e regularidade menstrual, embora 
melhorias nas irregularidades menstruais fossem mais notáveis nesse grupo. Concluindo que 
vitamina D, cálcio e metformina poderiam ser eficazes no tratamento da anovulação e 
oligomenorreia em mulheres com SOP.
48 
Em outro estudo de intervenção avaliando a suplementação de 1mg de 1-α-
hidroxivitamina D3 / dia em 15 mulheres diagnosticadas com SOP durante 3 meses, foi 
observado que, houve aumento significativo das concentrações séricas de vitamina D nessas 
mulheres (15.15 – 28.62 μg / ml ), aumento da secreção de insulina (melhora na RI), aumento 
do HDL, e diminuição dos triglicerídeos.
49
 
Em uma intervenção realizada em 2010 (n= 11), utilizando dose única de vitamina D3 
(300.000 UI), observou o efeito desta suplementação durante 3 semanas, em que como 
resultados foi observado que 6 mulheres (46%) conseguiram engravidar, bem como houve 
diminuição da testosterona livre e androstenediona (melhora do hiperandrogenismo), e 
diminuição dos níveis de insulina nessas mulheres.
50 
Um estudo piloto com 46 mulheres com SOP também registrou melhorias na função 
reprodutiva, com 50% (23/46) das mulheres oligo ou amenorreicas no início do estudo 
relatando melhorias na frequência menstrual após 24 semanas de colecalciferol semanal 
(20.000 UI). Além de observada diminuição da testosterona livre e o aumento da SHBG, 
diminuição da glicose em jejum e dos triglicerídeos, porém foi observado o aumento do 
colesterol total e do LDL.
51 
23 
 
Outra intervenção realizada em 100 mulheres com SOP, houve regularidade menstrual 
relatada 6 meses após a intervenção (1000 UI de vitamina D / mês - durante 6 meses) e a 
melhora do hiperandrogenismo.
52
 Em um estudo com 12 mulheres foi registrada melhora 
hormonal nessas mulheres após a intervenção com 3533 UI de vitamina D + 530 mg de cálcio 
/ dia, durante 3 meses.
53 
Em uma intervenção realizada em 2014 avaliando 28 mulheres diagnosticadas com 
SOP, utilizando a dose de 12000 UI de vitamina D3 / dia durante 12 semanas, foi verificado 
que houve melhora na RI nestas mulheres.
54 
Após 8 semanas de intervenção em um estudo realizado com 60 mulheres utilizando a 
dosagem de 200 UI de vitamina D / dia, a suplementação desta vitamina resultou numa 
redução significativa da testosterona livre (- 2,1 ± 1,6 vs. + 0,1 ± 1,0 pg / ml) e sulfato de 
dehidroepiandrosterona (DHEAS) (- 0,8 ± 1,0 vs. -0,1 ± 0,5 μg / ml), melhorando o 
hiperandrogenismo nas avaliadas.
55
 
Uma meta-análise avaliou a suplementação de 400 a 12000 UI de vitamina D + 1500 
mg de metformina / dia em 13 mulheres com SOP, onde a suplementação desta vitamina teve 
efeito significativo na melhora do desenvolvimento folicular com maior número de folículos 
dominantes e regulação nos ciclos menstruais (regularidade do ciclo menstrual foi de acordo 
com o intervalo de 25 e 35 dias de acompanhamento após a suplementação). Além disso, na 
literatura, as mulheres com SOP com deficiência de vitamina D respondem menos 
favoravelmente à indução da ovulação, assim, pode-se concluir que o status da vitamina D 
pode ser melhor levado em consideração ao avaliar a indução da ovulação. Neste sentido, a 
suplementação de vitamina D parece ser eficaz como um tratamento adjuvante para a 
oligoovulação ou anovulação relacionada à SOP.
37
 
Os estudos de intervenção / observação tiveram como propósito analisar o papel da 
suplementação da vitamina D em mulheres com SOP, avaliando aspectos de diferentes 
dosagens de vitamina D, como também houve estudos que avaliaram o efeito desta 
suplementação simultaneamente com o uso do cálcio e/ou metformina, analisando seus efeitos 
na função reprodutiva feminina, no hiperandrogenismo, na RI e no risco DCV, que são 
alterações frequentemente encontradas em mulheres portadoras desta síndrome. Como 
resultados foi observado que houve melhora na função reprodutiva dessas mulheres (aumento 
das taxas de gravidez, melhora da frequência menstrual, regulação dos ciclos menstruais), 
diminuição da testosterona livre, aumento da SHBG, ou seja, houve melhora do 
Hiperandrogenismo como também, foi observado que com a suplementação de 25(OH)D 
aumentou a secreção de insulina, consequentemente, melhora da RI nessas mulheres,
24 
 
Tabela 1: Efeito da suplementação da vitamina D em mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos em diferentes estudos. 
Estudo n = Intervenção 
Duração 
da 
intervençã
o/Observa
ção 
25OHD 
antes do 
tratamento 
(ng/mL) 
25OHD 
depois do 
tratamento 
(ng/mL) 
Função 
Reprodutiva 
Hiperandrogen
ismo 
Resistência 
a Insulina 
Risco para 
DCV 
Rashidi et 
al.
48
 
(2009) 
60 
 
- 1000mg cálcio 
+ 400 UI de 
vitamina D/dia; 
- 1000mg cálcio 
+ 400 UI 
vitamina D + 
1500mg 
metformina/dia; 
OU 1500mg 
metformina/dia 
 
3 meses NA NA 
Aumento do numero 
de folículos 
ovarianos; 
Aumento das taxas 
de gravidez; 
Regulação menstrual. 
NA NA NA 
Kotsa et al.
49
 
(2009) 
15 
1 mg de 1-α-
hidroxivitamina 
D3 / dia 
3 meses 15.15 ± 1.84 28.62 ± 1.65 NA NA 
Aumento 
da secreção 
de insulina 
Aumento do 
HDL; 
Diminuição 
de 
triglicerídeo 
Selimoglu et 
al.
50
 (2010) 
11 
Dose única de 
vitamina D3 
3 semanas 16.9 ± 16 37.1±14.6 6 mulheres 
engravidaram 
Diminuição da 
testosterona 
livre e 
androstenediona
. 
Diminuição 
dos níveis 
de insulina 
NA 
Wehr et al.
51
 
(2011) 
46 
20.000 UI de 
colecalciferol 
semanalmente 
24 semanas 28 ± 11 52.4 ± 21.5 23 mulherescom 
oligo ou amenorreia 
Diminuição da 
testosterona 
Diminuição 
da glicose 
Diminuição 
de 
25 
 
melhorou a 
frequência 
menstrual; 
4 mulheres tiveram 
gravidez concebida 
livre; 
Aumento SHBG 
em jejum. triglicerídeo
s 
Aumento do 
colesterol e 
LDL 
Firouzabadi 
et al.
52 
(2012) 
100 
1000 UI de 
vitamina D por 
mês 
6 meses NA NA 
Regularidade 
menstrual relatada 
seis meses após a 
intervenção 
Melhora do 
hiperandrogenis
mo 
NA NA 
Pal et al.
53
 
(2012) 
12 
 
3533 UI de 
vitamina D por 
dia + 530 mg de 
cálcio 
3 meses 26.17 ± 4.82 28.58 ± 6.30 Melhora hormonal NA NA NA 
 
Raja-Kahn et 
al.
54
 (2014) 
28 
12000 UI de 
vitamina D3 por 
dia 
12 semanas 19.95 ± 9.47 
67.36 ± 
28.62 
NA NA 
Melhora na 
RI 
NA 
Razavi et 
al.
55
 (2016) 
60 
200 UI de 
vitamina D por 
dia 
8 semanas 14.4 ± 2.9 19.7 ± 3.1 Melhora hormonal 
Redução da 
testosterona 
livre 
Diminuição 
DHEAS 
NA NA 
Fang et al.
37
 
(2017) 
13 
400-12000 UI 
de vitamina D 
por dia + 1500 
mg de 
metformina 
 
NA NA NA 
Melhora do 
desenvolvimento 
folicular; Regulação 
de ciclos menstruais 
NA NA NA 
*NA (Não Avaliado).
26 
 
além de haver aumento das concentrações de HDL e diminuição dos triglicerídeos, 
diminuindo assim, os riscos destas mulheres desenvolverem DCV.
49-56
 
Isto sugere que há de fato uma relação entre a vitamina D e a função reprodutiva, 
observando que baixas concentrações séricas de 25(OH)D estão associadas a irregularidades 
ovulatórias e menstruais. E as altas concentrações de vitamina D foram associadas a uma 
maior probabilidade de gestações bem sucedidas, e um efeito benéfico da suplementação de 
vitamina D sobre a disfunção menstrual.
37
 
Conclusão 
Os resultados do presente estudo mostram que a deficiência da vitamina D pode estar 
relacionada ao DM2, à obesidade, à dislipidemia, ao menor sucesso gestacional, ao hirsutismo 
e hiperandrogenismo, havendo evidências de um efeito benéfico da suplementação de 
vitamina D na disfunção menstrual, existindo assim, relação entre a vitamina D e a melhora 
dos sintomas da SOP, uma vez que a deficiência de 25(OH)D pode desempenhar um papel na 
exacerbação desta síndrome. Porém, esta revisão da literatura destaca a necessidade de mais 
estudos prospectivos e de intervenção em humanos que comprovem a efetividade da 
adequação do status da vitamina D, tanto na prevenção como no tratamento da SOP. 
 
Declaração de divulgação do autor 
O autor declara que não há conflito de interesses. 
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controlled pilot trial. Fertil Steril 2014, 101: 1740–1746. 
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supplementation on endocrine, inflammation, and oxidative stress biomarkers in 
30 
 
vitamin D-deficient women with polycystic ovary syndrome: a randomized, double-
blind, placebo-controlled trial. Horm Metab 2016, 48:446–451. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Endereço para correspondência: 
Márcia Marília Gomes Dantas Lopes, MD, PhD 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
Av. Senador Salgado Filho 3000, Lagoa Nova. 
Código postal: 59078-970 - Natal, RN. 
Brasil. 
E-mail: mariliagdantas@hotmail.com 
 
 
31 
 
ANEXOS 
 
 
ANEXO 1. Normas do periódico Metabolic Syndrome and Related Disorders. 
 
ISSN: 1540-4196 • Online ISSN: 1557-8518 • 10 Issues Annually 
Current Volume: 14 
Latest Impact Factor* is 2.121 
 
Declaração de Propósito e Política 
As Resenhas Breves também devem ser restritas a aproximadamente 3500 palavras e 50 
referências. 
As cartas ao (s) Editor (es) são bem-vindas, mas com um limite de 500 palavras e não mais do 
que (1) tabela OU figura, e com um máximo de quatro (4) referências. Perspectivas / 
Comentários / Editoriais são contribuições convidadas sobre toipcs quentes em obesidade, 
síndrome metabólica, hiperlipidemia e diabetes. Estes não devem exceder 2.000 palavras e 
podem incluir até 30 referências. Perspectiva peças devem incluir um curto resumo de menos 
de 150 palavras. 
Preparação do Manuscrito 
A página de rosto deve incluir os nomes dos autores, graus acadêmicos e afiliações, a fonte de 
financiamento (se apropriado) e um título em execução com até 45 caracteres. Indique o 
nome, endereço postal completo, número de telefone, número de fax e endereço de e-mail do 
autor a quem a correspondência deve ser endereçada. A segunda página deve consistir em um 
resumo de não mais de 250 palavras. Os resumos de artigos originais devem conter quatro 
parágrafos rotulados como: Plano de fundo, Métodos, Resultados e Conclusões. Os resumos 
de revisões devem conter um único parágrafo não estruturado. 
Declaração de Divulgação 
Incluir uma seção intitulada "Declaração de Divulgação do Autor". Nesta parte do artigo, os 
autores devem divulgar quaisquer associações comerciais que possam criar um conflito de 
interesse em relação aos manuscritos enviados. Esta declaração deve incluir informações 
adequadas para cada autor, representando assim que os interesses financeiros concorrentes de 
todos os autores foram devidamente divulgados de acordo com a política da Revista. 
Tabelas e Ilustrações 
Cada tabela com seu título deve aparecer em uma página separada. Use algarismos arábicos 
para numerar tabelas. Cada tabela deve estar isolada, ser citado no texto, e a própria tabela 
32 
 
deve ser entendida independentemente do texto. Os detalhes das condições experimentais 
devem ser incluídos nas notas de rodapé do quadro. As informações que aparecem no texto 
não devem ser repetidas na tabela. 
Abreviaturas 
As abreviações de títulos de revistasdevem seguir o MEDLINE. 
Referências 
Liste as referências em ordem numérica consecutiva (não em ordem alfabética). Todas as 
citações de referência subseqüentes devem ser para o número original. Cite todas as 
referências no texto ou tabelas usando citações sobrescritas. Os dados não publicados e as 
comunicações pessoais não devem ser listados como referências. 
As referências a artigos de revistas devem incluir: (1) autores (lista três, depois et al.), (2) 
título, (3) nome da revista (abreviado em MEDLINE ), (4) ano, (5) (6) números de páginas 
inclusivos, nessa ordem.

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