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MONITORAMENTO AMBIENTAL E BIOLÓGICO Disciplina: Toxicologia Professor: Enéias M. Rocha Acadêmicos: Edilaine Alves, Gediane Machado, Jaqueline Rodrigues, Josiele Rodrigues, Rafael Luiz Ariquemes / 2019 Introdução A exposição ás substâncias químicas no ambiente profissional ou de vida pode causar efeitos tóxicos e alterações no estado de saúde das pessoas que estão nesses ambientes. Os efeitos podem ser classificados em 3 categorias: Efeitos determinísticos: Relação dose/efeito Efeitos probabilísticos: aleatórios Efeitos imunoalérgicos: ou imunopatogênicos A toxicologia ocupacional que trata dos agentes tóxicos presentes no ambiente de trabalho e os riscos que eles oferecem tem tido um crescente interesse pelos efeitos imunoalérgicos Sensibilização Efeitos clínicos A distinção dos efeitos tóxicos nas três categorias não pode ser vista de modo rígido, pois provocam efeitos diferentes. Ex: irritação da pele e da mucosa respiratória, neoplasia bronquial e dos seios paranasais, e eczema alérgico As alterações do estado de saúde podem originar diversas formas clínicas importantíssimas das doenças relacionadas com o trabalho e com o ambiente. Essas alterações podem ser prevenidas por medidas que incluem a substituição da substância nociva que é responsável pelo efeito tóxico. MONITORAMENTO Atividade que envolve o estado de saúde sistemático, contínuo ou repetitivo, adotando medidas corretivas caso seja necessário. O monitoramento é recomendado para o controle de fatores de risco quando há conhecimentos fundamentados sobre os valores limites e níveis de ação. MONITORAMENTO AMBIENTAL (MA) Consiste na determinação, normalmente na atmosfera do ambiente de trabalho, dos agentes presentes neste ambiente, avaliando os riscos à saúde e comparando aos resultados obtidos com referências apropriadas Higiene Ocupacional é a ciência que estuda, avalia e controla os riscos ocupacionais, originados no local de trabalho que podem comprometer a saúde e o bem-estar de trabalhadores ou membros de uma comunidade. Agentes químicos Agentes físicos Agentes mecânicos Agentes biológicos O monitoramento da exposição ocupacional é fundamental para os programas destinados à prevenção de riscos à saúde do trabalhador. NR-9, Ministério do Trabalho Origem da doença provocada por um agente químico Fatores avaliados na monitorização ambiental Atividades exercidas pelos trabalhadores; Área ou local de trabalho; Número de trabalhadores presentes e possivelmente expostos; Movimentação dos trabalhadores; Movimentação dos materiais (fontes de gases, vapores, poeiras etc.); Condições de ventilação ou movimentação de ar, temperatura; Ritmo de produção Outros agentes químicos ou físicos que possam interferir na exposição Estratégia de amostragem Equipamentos a serem utilizados na coleta e análise de substâncias; Pessoal para coleta e acompanhamento; Critérios estatísticos para dividir em grupos homogêneos em relação ao risco; Nº de amostras a serem coletadas em cada trabalhador ou ponto fixo e tempo de coleta de cada uma. Uma vez coletadas e analisadas as amostras devem ser comparadas com o limite de exposição ocupacional. Limites de exposição ocupacional (LEO) O Brasil adota os limites dos EUA com as adaptações necessárias as condições de trabalho brasileiras. Estas adaptações são feitas de acordo com a área, podendo ser do Ministério do Trabalho, da Saúde, etc. O Brasil adota os limites dos EUA com as adaptações necessárias as condições de trabalho brasileiras. Estas adaptações são feitas de acordo com a área, podendo ser do Ministério do Trabalho, da Saúde, etc. Os Limites de Exposição Ocupacional – LEO, propostos pela ACGIH – USA (American Conference of Governamental Industrial Hygienist), são os chamados TLV’s que referem-se às concentrações das substâncias dispersas na atmosfera que representam as condições sob as quais se acredita, que quase todos os trabalhadores possam estar expostos continua e diariamente, sem apresentar efeitos adversos à saúde. TLV–C: É a concentração máxima permitida que não pode ser ultrapassada em momento algum durante a jornada de trabalho. TLV–STEL: É a concentração na qual os trabalhadores podem se expor, por um curto período, sem apresentar efeitos adversos. O tempo máximo de exposição aos valores do TLV- STEL é de 15 minutos, podendo ocorrer, no máximo, 4 vezes durante a jornada, sendo o intervalo de tempo entre cada ocorrência de pelo menos 60 minutos. TLV-TWA: É a concentração média ponderada pelo tempo de exposição para a jornada de 8h/dia, 40h/semana, à qual praticamente todos os trabalhadores podem se expor, repetidamente, sem apresentar efeitos nocivos. O TLV – TWA não pode ser ultrapassado ao fim da jornada. Substâncias com efeitos aditivos Irritantes – ácidos e aldeídos, dióxido de enxofre e cloro; Ação sobre os pulmões – fumos metálicos de ferro, manganês e cobre originados em operações de solda; Febre dos fumos – óxido de diversos metais e de plásticos; Depressores do SNC – hidrocarbonetos aromáticos, alcoóis, éteres e outros solventes orgânicos. IE = C1 / L1 + C2 / L2 ... + Cn / Ln IE: Índice de exposição C: Concentração medida do componente L: Limite de exposição do componente > 0,5: exposição acima do nível de ação, ou seja, está sendo exposto. > 1: exposição excessiva. Frequência de monitorização De acordo com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), são recomendadas novas avaliações com periodicidade bienal. Concluída a monitorização ambiental, os resultados devem ser discutidos e comparados e depois divulgados. MONITORAMENTO BIOLÓGICO (MB) Consiste na determinação dos agentes presentes no ambiente de trabalho ou de seus metabólitos nos tecidos, secreções, ar expirados dos indivíduos expostos para avaliar a exposição e risco de saúde. Os parâmetros utilizados são definidos como “indicadores biológicos, bioindicadores ou biomarcadores” VANTAGEM A principal vantagem dos indicadores biológicos é que estão diretamente associados com os efeitos nocivos à saúde e, em consequência, oferecem melhor estimativa do risco para a saúde em relação ao monitoramento ambiental. DESVANTAGEM Diversos fatores limitam a prática do MB, como a existência de um número limitado de indicadores disponíveis frente ao número crescente do processo produtivo Indicadores biológicos Indicadores de dose interna Indicador de dose usual Indicador de exposição acumulativa Indicadores de dose interna “real” Indicadores de efeito Indicadores de efeito crítico Indicadores de efeito pré-clínico Indicadores de suscetibilidade Vigilância da saúde Descrever as condições de saúde da população de trabalhadores por meio da estimativa de ocorrência de doenças e infortúnios; Estimular estudos epidemiológicos ocupacionais com o objetivo de identificar os fatores de risco; Prever a ocorrência de infortúnios e doenças focalizando em intervenções preventivas; Predispor pesquisas que permitem eliminar as causas de infortúnio e doenças, e melhorar o prognóstico através da cura e reabilitação; Avaliar a eficiência das medidas preventivas Métodos de monitoramento biológico Determinação de substâncias químicas ou de seus metabólitos nos fluídos biológicos Exames seletivos Exames não seletivos Determinação de efeito associado com a dose Determinação direta de substância no sítio onde ocorre a ação Interpretação dos resultados de monitoramento biológico Limites biológicos de exposição Valores de referência Conhecimentos necessários à interpretação de resultados Interpretação com base individual ou de grupo Uso prático de indicadores biológicos Um indicador deve depender da velocidade de absorção, metabolização e excreção. O tempo de amostragem é uma das variáveis mais críticas a se considerar. Referências bibliográficas OGA, Seizi CAMARGO, Márcia Maria de Almeida BATISTUZZO, José Antonio de Oliveira. Fundamentos de toxicologia.
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