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TRABALHO CIVIL IV P2

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Universidade Cândido Mendes - JPA
Disciplina: Direito Civil IV
Professora: Simone Flores
Aluna: Ludmila de Souza
TRABALHO SOBRE QUESTÕES DE ALGUNS CONTRATOS
1ª) Qual a diferença entre contrato de comissão e contrato de mandato? No contrato de comissão, o que significa a cláusula del credere?
O contrato de comissão é o instrumento jurídico pelo qual o comitente contrata, através de remuneração correspondente, alguém que recebe o nome de comissário para que este último realize a compra ou a venda de bens no próprio nome, mas, contudo, a expensas e proveito do comitente. O instituto prevê que o comissário responde por conta própria perante as pessoas com quem vir a negociar, isto é, o comissário atua em seu próprio nome. Trata-se de um contrato bilateral, consensual, oneroso, comutativo, informal e não solene.  Podemos dizer que o contrato de comissão se delineia como um instrumento negocial personalíssimo visto que o comitente realiza o negócio com o comissário em razão de suas características profissionais e pessoais, bem como, honestidade e competência.
A cláusula del credere significa confiança, onde a obrigação do comissário de responder solidariamente com o terceiro comprador perante o comitente (ex: o comissário vende café do comitente e dá prazo ao terceiro para pagar, porém o terceiro não paga, devendo então o comissário pagar ao comitente e ir executar o terceiro). Inserindo-se esta cláusula del credere, fará o comissário jus a uma remuneração maior face o risco assumido (698; a regra geral é o comissário contratar em seu nome por conta e risco do comitente; 697, 693). Se o terceiro paga à vista e é o comitente que não entrega o bem, o terceiro só poderá processar o comissário (694).
Já o contrato de mandato é a relação contratual pela qual uma das partes se obriga a praticar, por conta de outra, um ou mais atos jurídicos. As partes são denominados mandatário e mandante. O mandatário é aquele a quem hajam sido conferidos poderes de representação e que tem o dever de agir não só por conta, mas em nome do mandante, é o que tem legitimidade para contratar em nome do interessado e é a pessoa que contrai obrigações. Já o mandante é aquele que outorga poderes e confere mandato a alguém para agir como seu representante, é a pessoa que incita ou contrata outra a praticar certos atos, é aquele que induz a certas atitudes ou ações. Gera obrigações apenas para o mandatário, sendo um contrato fiduciário, ou seja, baseia-se na relação de confiança entre ambas as partes. Tudo o que não for proibido, pode ser feito por mandato, um exemplo, é que a lei proíbe o testemunho em juízo, que não pode ser feito por mandato, ou o voto na eleição, mas o que não estiver taxativamente em lei, pode ser objeto desse tipo de contrato. Ele apresenta-se na maioria das vezes como unilateral, gratuito, simplesmente contratual e intuito personae. Entretanto, possui exceções, podendo ser bilateral, conversando-se gratuito, se no curso de sua execução nascer, para o mandatário, um direito de crédito contra o mandante, sendo então, um contrato bilateral imperfeito, e se não for gratuito, do lado do mandante haverá uma obrigação, sendo caracterizado como contrato bilateral perfeito.
2ª) Em relação ao contrato de corretagem, como fica estabelecida a remuneração do corretor? Analise o art. 725 Código Civil. A corretagem é uma obrigação de meio ou resultado?
A corretagem é o contrato aleatório tipificado no artigo 722 do Código Civil, pois a comissão que remunera os serviços prestados pelo corretor somente é devida se alcançado o resultado previsto, ou seja, se angariado pelo corretor o negócio almejado pelo cliente. Considera-se concluído o serviço tanto que terceiro aceite a proposta do cliente. Se, após aceita a proposta pelo terceiro este ou o cliente desistir do negócio, ainda assim a comissão será devida.
Vale lembrar que a proposta aceita vincula as partes, no caso o cliente do corretor e o terceiro, desde o momento da expedição da aceitação.
Trata-se de um contrato bilateral, consensual, acessória, oneroso e não solene (pois a lei não exige forma especial).
Marco Aurélio Viana diz que “contrato de corretagem é aquele pelo qual uma parte obriga-se para com outra a aproximar interessados e obter a conclusão de negócios, sem subordinação e mediante uma remuneração”. Fica aqui evidentemente caracterizada a atividade de resultado da corretagem.
A aclamada jurista Maria Helena Diniz escreveu em uma de suas obras: “o objeto do contrato de corretagem ou de mediação não é propriamente o serviço prestado pelo corretor, mas o resultado desse serviço. Daí ser uma obrigação de resultado e não de meio” (Tratado Teórico e Prático dos Contratos, Ed. Saraiva, vol. 3, 1993, p. 310). Assim, a situação encontrada é a de que aquele que contrata o corretor é quem deve remunerá-lo pelo serviço prestado, visto que o terceiro não estabelece nenhuma relação jurídica com este. Caso a lei ou o contrato não determinar quem deve pagar a comissão de corretagem, deve-se buscar entendimento nos usos e costumes para a sua solução.
3ª) Quanto à duração do contrato de constituição de renda, explique a natureza personalíssima desse contrato. Analisar o art.806 Código Civil.
O contrato de constituição de renda é bilateral sob a ótica de que possui obrigação sinalagmáticas. É oneroso sob a perspectiva do art. 804 mas pode ser dá de forma gratuita se levado em conta o art. 803. O contrato pode ser comutativo na medida em que o rendeiro tem ciência da quantidade de prestações que se obrigará.  No entanto, sendo o contato por tempo indeterminado, ou seja, baseado no tempo de vida do instituidor, será aleatório. Tendo-se em vista a lei exigir escritura pública para a realização do negócio, trata-se de um contrato formal e solene. Por último acrescenta-se que é um contrato real pois se aperfeiçoa com a entrega do bem móvel ou imóvel para que haja a constituição de renda.
Trata-se de um instrumento pelo qual uma pessoa intitulada de rendeiro recebe a propriedade de um capital de outra chamado de instituidor para que preste a este, durante tempo determinado ou indeterminado uma renda. O instituidor pode também indicar terceiro para ser o beneficiário da renda.
O aludido contrato pode ser da também de forma gratuita, isto é, o rendeiro se obriga perante o instituidor a presta-lhe uma renda por prazo certo ou indeterminado.
Este instrumento tem utilidade na situação hipotética em que alguém, desacreditado que terá meios para subsidiar os custos de vida futuros, transfere para o rendeiro uma propriedade imóvel ou outra forma de capital para que em contraprestação o rendeiro assume o compromisso de prestar a esse alguém uma renda vitalícia ou não.
No caso de inadimplência do rendeiro, o credor faz jus ao direito de acioná-lo para que lhe pague as prestações vencidas e lhe dê garantias futuras.
Por ser um contrato real, o pacto se aperfeiçoa no instante em que há a entrega do bem móvel ou imóvel para que em contrapartida o rendeiro se obrigue sucessivamente as prestações.
Trata-se de um contrato de execução continuada, isto é, tem o cumprimento de forma sucessiva.
 Ilustrando acerca da forma de negociação, cita-se a hipótese em que alguém, almejando ter garantia de renda vitalícia, transfere a propriedade de um imóvel comercial para outrem, afim de que este assuma a obrigação de retribuir-lhe prestações sucessivas de capital em dinheiro.
4ª) O que se entende pelo contrato de agência e distribuição?
O contrato de agência configura-se quando uma pessoa busca promover as atividades laborais de outra.
Ocorre na hipótese em que o agente fomenta o agenciado, promovendo-lhe perante empresas do ramo de trabalho deste. Cita-se como exemplo o que ocorre com os promotores comerciais, artístico e esportistas. Contudo, conforme estipulação do art. 710 do Código Civil, a relação entre o agente e o proponente deve ser habitual, vez que não caracterizará o contrato em estudo se a relação for eventual.
Apesar do contrato de agência haver notáveis similaridadescom a representação comercial, com este não se confunde, pois, a lei que disciplina os institutos é diferente além disso o agente não representa o proponente perante as empresas, o agente apenas divulga o trabalho do proponente.  Será, no entanto, caracterizado contrato de distribuição, quando as funções do agente forem ampliadas, isto é, conforme preceitua a segunda parte do art. 710, quando a coisa a ser negociada estiver em poder do agente, o contrato será de distribuição, sendo assim, nesta hipótese, o agente age como se fosse um depositário.
Fonte: Jus/Brasil.com.br

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