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Curso de Direito Civil Exponencial

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Prévia do material em texto

Aula 00 – LINDB 
Curso Direito Civil p/ Auditor Fiscal de Tributos Municipais 
– ISS CURITIBA (RESUMO + QUESTÕES) 
Professor: Wangney Ilco 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 2 de 76 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
SAIUUUUUUUUUUU EDITAL!!! 
Olá pessoal! Tudo beleza? 
Sejam bem-vindos ao Curso de Noções de Direito Civil p/ Auditor 
Fiscal de Tributos Municipais - Concurso ISS Curitiba (PR) 
 
Curso PÓS-edital 
Banca: UFPR 
Remuneração inicial: R$ 11.540,85 
Data da prova: 05/05/2019 
 
Bem, temos edital. Concurso “top de linha”. Preparação intensa. Para 
isso, estamos aqui para lhe ajudar a trilhar este percurso até a aprovação. 
Beleza? Para mais informações, confira a análise desde concurso em: RAIO-X 
do edital. 
Pois bem, o diferencial do presente curso de Direito Civil é a objetividade 
e a facilidade na assimilação da matéria, por meio de muitos esquemas 
gráficos, tabelas e etc. A linguagem do curso pretende ser a mais próxima 
possível de uma aula presencial: solta, objetiva, leve; sem expressões difíceis, 
como encontramos nos livros e, principalmente, utilizando muitos recursos 
gráficos e esquematizações para facilitar a assimilação do Direito Civil. Afinal, o 
objetivo do curso é a aprovação; é ensinar a marcar o “X” na alternativa correta 
e “partir pro abraço”. Beleza? 
Antes, porém, como dica de estudos, sugiro alguns materiais gratuitos 
e ferramentas, como os nossos SIMULADOS e o SQ-SISTEMA DE QUESTÕES. 
Ah, este curso está atualizado com a legislação e questões bem 
recentes! No entanto, a nossa banca UFPR possui histórico pequeno de 
questões, por isso utilizaremos questões de outras bancas e, ao final, 
comentaremos as questões da banca UFPR (cerca de 30 questões encontradas). 
Nesta aula, já temos uma questão da UFPR – a única encontrada. Só conferir!!! 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
“O sucesso é a soma de pequenos esforços 
repetidos dia sim, e no outro dia também.” 
(Robert Collier) 
 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 3 de 76 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
Apresentação do Professor .................................................................. 5 
Estrutura e cronograma do curso ......................................................... 5 
1- INTRODUÇÃO ................................................................................. 8 
1.1- Leis naturais x leis jurídicas ........................................................... 8 
1.2- Direito Objetivo x Direito Subjetivo ................................................ 8 
1.3- Fontes do Direito ......................................................................... 9 
1.4- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito ................ 9 
1.5- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro .......................... 10 
2- Vigência da lei no tempo .............................................................. 12 
2.1- Promulgação e publicação ........................................................... 12 
2.2- Vigência da lei ........................................................................... 12 
2.3- Vigência x Validade x Eficácia da lei ............................................. 13 
2.4- Vacatio Legis ............................................................................. 13 
2.5- Correções de lei ......................................................................... 14 
2.6- Lei permanente x lei temporária .................................................. 14 
2.7- Revogação ................................................................................ 15 
2.8- Repristinação ............................................................................ 16 
2.9- Erro de direito – princípio da obrigatoriedade ................................ 16 
2.10- Lacuna legal - Integração das normas jurídicas .............................. 16 
2.10.1 Analogia .............................................................................. 17 
2.10.2 Costume .............................................................................. 17 
2.10.3 Princípios gerais do direito ..................................................... 18 
2.10.4 Equidade ............................................................................. 18 
2.11- Interpretação da norma jurídica - hermenêutica ............................ 18 
2.12- Conflito de normas no tempo ....................................................... 19 
2.13- Antinomia jurídica ...................................................................... 19 
3- Vigência da lei no espaço ............................................................. 20 
3.1- Território .................................................................................. 20 
3.2- Territorialidade temperada .......................................................... 21 
3.3- Princípio domiciliar – lex domicilii ................................................. 21 
3.4- Casamento e regime de bens ...................................................... 22 
3.5- Os bens e suas relações .............................................................. 22 
Lei de Introdução as normas do Direito Brasileiro (LINDB). 
 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 4 de 76 
www.exponencialconcursos.com.br 
3.6- Obrigações ................................................................................ 22 
3.7- Sucessão .................................................................................. 23 
3.8- Disposições diversas – conflito da lei no espaço ............................. 24 
4- Lei nº 13.655/18: segurança jurídica e eficiência na criação e na 
aplicação do direito público ............................................................... 25 
5- Questões propostas comentadas .................................................. 28 
5.1- Questões de outras bancas ......................................................... 29 
6- Lista de exercícios propostas ....................................................... 60 
6.1- Questões de outras bancas ......................................................... 60 
7- Gabarito ....................................................................................... 76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 5 de 76 
www.exponencialconcursos.com.br 
Apresentação do Professor 
Meu nome é Wangney Ilco. Sou ex-aluno do Colégio Naval (ingresso em 
1997) e Escola Naval (ingresso em 2000). Bacharel em Ciências Navais pela 
Escola Naval com especialidade em Sistemas (2004). Após alguns anos como 
Oficial da Marinha, decidi deixar a vida militar e ingressei nesta doce vida de 
“concurseiro”. O foco era a área fiscal, mais especificamente o fisco do Estado 
do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros certames (2008) não fui feliz, por absoluta 
perda de foco e por problemas pessoais. Porém, já no ano seguinte, após alguns 
meses sem estudar, retornei com muita força já com edital na praça. Fiz alguns 
ajustes. Foram 45 dias de dedicação total e foco máximo. Resumos, gráficos, 
esquemas, mapas-mentais foram utilizados para aproveitar o tempo com a 
máxima eficiência. E deu certo! Obtive a tão sonhada aprovação: Auditor 
Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. Cargo que exerço atualmente! 
Desde então, final de 2009, me torneiProfessor de Direito Empresarial tendo 
lecionado em alguns dos principais cursos preparatórios do país, dentre eles o 
Exponencial Concursos (meus cursos de empresarial). No momento, estou 
cursando Direito na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – 
UNIRIO. Pela facilidade com o Direito, mais especificamente com o Direito 
Privado, também assumi o Direito Civil. 
 
Estrutura e cronograma do curso 
Pois bem, este curso é de RESUMO + QUESTÕES COMENTADAS e foi 
elaborado com base em nossa experiência no “mundo dos concursos” e estudos 
a diversos materiais (livros, apostilas, etc.). Assim, pretende-se proporcionar 
um material adequado e o melhor aprendizado para atingir o seu objetivo. É 
importante ressaltar que este curso é indicado aos alunos já com certo 
conhecimento teórico de Direito Civil e que necessitam de treinos e de 
familiaridade em relação às questões da banca. Também, aquele aluno 
que não dispõe de muito tempo livre até a prova, poderá dar aquele 
“Sprint Final” utilizando os resumos e fazendo algumas questões 
recentes para verificar a tendência atual da BANCA. Para quem ainda está 
“cru” ou iniciando os estudos, recomendamos o curso de teoria. Beleza? 
Além disso, teremos muitas esquematizações que ajudam e facilitam a 
compreensão do conteúdo. Também, teremos muitas questões, pois essa ideia 
de fazer muitos exercícios norteia nossos trabalhos aqui no Exponencial 
Concurso, tendo em vista que a experiência nos mostra que os exercícios são 
ferramentas indispensáveis à aprovação. 
• Foco das questões é a UFPR. Porém, há um histórico pequeno de 
questões de nossa disciplina. Assim, comentaremos o que for viável da 
UFPR (última aula com todas as questões possíveis) e utilizaremos 
questões de outras bancas para complementar; 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 6 de 76 
www.exponencialconcursos.com.br 
• MÍNIMO DE 50 QUESTÕES POR AULA => TOTAL: 700 QUESTÕES 
 
Aula Conteúdo 
00 A Lei: vigência no tempo e no espaço. 
01 
Sujeitos do Direito: pessoas naturais; personalidade; capacidade das 
pessoas naturais. 
02 Sujeitos do Direito: pessoas jurídicas, domicílio. 
03 Objeto do Direito: bens; divisão e espécie de bens. 
04 
Fatos jurídicos. Negócios jurídicos. Validade e defeitos. Nulidade. Atos 
jurídicos. Prescrição e decadência a: conceitos. 
05 
Obrigações: direitos reais, direitos pessoais; obrigações de dar, de fazer, 
de não fazer; obrigações decorrentes de atos ilícitos; solidariedade, 
indivisibilidade, inexecução; transmissão das obrigações; adimplemento e 
extinção. 
06 
Contratos: conceito, classificação; formação; efeitos; revisão; extinção; 
contrato, pré-contrato e negociações preliminares; 
07 
compra e venda; troca ou permuta; doação; empréstimo; prestação de 
serviço; empreitada; depósito; mandato, fiança e aval; sociedade; parceria 
rural; transporte. Alienação fiduciária em garantia. Cooperativas: conceito; 
natureza; regime jurídico; atos cooperativos, operações de mercado. 
08 Atos ilícitos, exclusão da ilicitude, abuso do direito. 
09 
Direitos reais e obrigacionais: conceito; natureza; distinção. Propriedade: 
conceito; noções gerais; aquisição, perda; restrições ao direito de 
propriedade; condomínio. Posse: conceito; classificação; aquisição; perda; 
efeitos da posse; posse e detenção. 
10 
Direitos reais sobre a coisa alheia: conceito, superfície, servidões, usufruto, 
uso, habitação, penhor, hipoteca e propriedade fiduciária. 
11 Casamento: regime de bens; dissolução da sociedade conjugal. 
12 
Sucessão legítima: ordem de vocação hereditária; herdeiros legítimos, 
necessários; direito de representação. Sucessão testamentária: noções; 
testamento público; particular; capacidade para testar; usufruto; 
revogação dos testamentos. Herança: noções; aceitação; desistência; 
exclusão. Inventário e partilha. 
13 Questões UFPR 
*Confira o cronograma com as datas de disponibilização das aulas no 
site do Exponencial. 
 
 
 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 7 de 76 
www.exponencialconcursos.com.br 
No mais, esperamos contar com a presença de vocês neste curso de 
maneira otimista e compromissada, para que possamos caminhar juntos, de 
mãos dadas, rumo à aprovação. Tenho certeza que com ESFORÇO, 
DISCIPLINA e ORGANIZAÇÃO chegaremos lá. Força na remada! Em caso de 
dúvidas sobre nossas aulas, basta usar e abusar de nosso fórum. 
Pois bem, vamos ao que interessa! 
Carpe Diem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 8 de 76 
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1- INTRODUÇÃO 
1.1- Leis naturais x leis jurídicas 
 
 
As leis naturais são decorrentes da própria ação da natureza, na qual 
reina o chamado princípio da causalidade. 
As leis jurídicas, por sua vez, são convenções que disciplinam regras de 
conduta, que funcionam como diretivas para ação. 
 
1.2- Direito Objetivo x Direito Subjetivo 
 
 
 
 
Leis naturais
Princípio da causalidade
Leis jurídicas
Princípio da imputabilidade
Direito Objetivo
• É o conjunto de normas 
jurídicas de caráter geral e de 
observância obrigatória pelos 
indivíduos;
•É imposto pelo Estado;
•Refere-se ao conceito de Norma 
Agendi - são normas jurídicas 
comportamentais;
•Estabele limites à conduta 
humana em sociedade;
•Expressa a vontade geral;
•Organiza a sociedade conforme 
o conjunto de regras jurídicas;
•Ex.: O respeito à propriedade é 
uma imposição do Direito;
Direito Subjetivo
• É o poder atribuído ao indivíduo 
para agir conforme a sua 
faculdade para a satisfação dos 
seus interesses tutelados pela 
lei (Direito objetivo);
•Refere-se à Facultas Agendis -
faculdade individual de agir 
conforme o direito objetivo;
•Expressa a vontade individual
•É posterior à norma jurídica;
•Deriva e nasce do Direito 
objetivo;
•Ex.: O indivíduo poderá usar o 
seu direito à propriedade para 
protegê-la. Poder de coerção.
≠ 
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RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 9 de 76 
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1.3- Fontes do Direito 
 
 
 
 
 
1.4- Norma jurídica: Lei em sentido amplo x Lei sentido estrito 
 
 
 
 
 
 
FONTES do Direito
FORMAIS
Lei
Analogia
Costume
Princípios Gerais de 
Direito
NÃO FORMAIS
Doutrina
Jurisprudência
Fontes do 
Direito
Diretas ou 
Imediatas
Lei + Costumes: criam a regra 
jurídica.
Indiretas ou 
Mediatas
Doutrina + Jurisprudência: não 
criam, mas contribuem para a 
criação da regra jurídica. 
Lei
Sentido amplo
(lato sensu)
Não precisa ser proveniente do 
Poder Legislativo
Sentido estrito
(stricto sensu)
Necessariamente proveniente do 
Poder Legislativo
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 10 de 76 
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1.5- Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
....lex legum – sobredireito, superdireito, lei das leis, norma sobre as 
normas. Logo, a LINDB possui de início duas características principais: 
CONJUNTO DE NORMAS SOBRE NORMAS e APLICABILIDADE A TODOS 
OS RAMOS DO DIREITO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito
Público
D. 
Constitucional
D. 
Administrativo
D. 
Tributário,etc.
Privado
Direito 
Comercial
Direito 
Civil
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
LINDB
Vigência e 
Eficácia das 
normas 
jurídicas
Conflito das 
LEIS no 
Tempo e no 
Espaço
Critérios de 
Hermenêutica 
Jurídica 
(interpretação)
Formas de 
Integração
da norma 
jurídica
Normas de 
Direito 
Internacional 
público e 
privado
Lex Legum
Interesses 
do Estado 
 
Relações entre 
particulares 
 
As principais características da LINDB são: 
- Ser um conjunto de normas sobre normas, pois é uma 
lei que disciplina outras normas jurídicas, assinalando-
lhes a maneira de aplicação e entendimento, sendo 
chamada de lei das leis (lex legum); 
- Ser aplicável a todos os ramos do direito, não apenas 
ao Direito Civil; e por ultrapassar em muito o âmbito do 
Direito Civil, podemos afirmar que os dispositivos deste 
diploma legal contém normas de sobredireito. 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 11 de 76 
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Características das LEIS 
Generalidade ou 
Impessoalidade 
A LEI objetiva atingir todas as pessoas que se encontrem na 
mesma situação jurídica. Ela não é personalíssima. Não é 
dirigida especificamente a um indivíduo; mas, à 
coletividade. A exceção é a lei formal ou singular, que se 
aplica apenas a uma pessoa. Exemplo: uma lei criada para 
dar pensão a uma pessoa pública que esteja passando 
dificuldades. A doutrina afirma que é um ato administrativo 
com forma de lei. 
Obrigatoriedade e 
imperatividade 
O descumprimento da lei autoriza a aplicação de uma 
sanção 
Permanência ou 
persistência 
A lei não se esgota em uma única aplicação. 
Autorizante 
Se a lei for violada, o ofendido pode pleitear uma indenização 
por perdas e danos caso tenha sofrido um prejuízo em 
virtude da lei. É aqui que a lei se distingue das normas 
sociais, que, se violadas, não ensejam perdas e danos. 
 
Pois bem, segundo sua força obrigatória, as leis podem ser: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto à Imperatividade ou Obrigatoriedade:
COGENTES
-É absoluta, lei de ordem pública;
-Representa uma ação ou abstenção;
-Mandamentais ou Proibitivas;
-Proibida a direção alcoolizada;
-Usar o cinto de segurança.
Não COGENTES
-É relativa;
-Representa faculdade de agir ou de 
se abster - vontade das partes;
-Permissivas ou Supletivas;
-Casamento (escolha do regime de 
bens).
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 12 de 76 
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2- Vigência da lei no tempo 
 
 
2.1- Promulgação e publicação 
 
 
 
 
2.2- Vigência da lei 
A vigência da lei deve ser contada a partir de sua publicação. Mas, o 
que é vigência? É o período no qual a lei possui obrigatoriedade de 
cumprimento. A partir de sua vigência, a lei produz efeitos para situações 
concretas. Pode ser analisada sob os seguintes aspectos: 
 
artigo 1º da LINDB: 
 
Iniciativa
Discussão e 
aprovação
Sanção ou Veto
PromulgaçãoPublicação
Promulgação
declara a existência da lei
"nascimento" da lei
Publicação
divulga a existência da lei
exigência para entrada em 
vigor
Vigência
no tempo Início e término dos efeitos
no espaço Território no qual produz efeitos
Salvo
disposição 
contrária
a lei começa 
a vigorar
em todo o 
país
45 dias
depois de 
oficialmente 
publicada
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RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 13 de 76 
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2.3- Vigência x Validade x Eficácia da lei 
 
• Validade: os aspectos formais (ou condicional) e materiais (ou finalísticas) 
exigidos pelo ordenamento jurídico foram observados. 
• Vigência: relaciona-se à publicidade da lei, pela qual a lei é válida e pública 
perante à sociedade. Assim, a vigência da lei representa a possibilidade, 
em tese, de produção de seus efeitos. 
• Eficácia: quando a lei está apta a produzir os seus efeitos de forma concreta. 
Podemos conceber a eficácia da norma sob 3 (três) aspectos: técnico, fático 
e social. 
o Eficácia técnica: quando todos os requisitos estatais para sua produção 
concreta de efeitos forem preenchidos. 
o Eficácia fática: relaciona-se a requisitos sociais para produzir efeitos da 
norma. 
o Eficácia social: possui eficácia social quando as pessoas a respeitam e 
a cumprem. 
 
2.4- Vacatio Legis 
Esse período de tempo entre a publicação e o início da vigência é 
chamado de “vacatio legis”. 
 
No entanto, a própria lei pode determinar outro prazo para sua entrada 
em vigor. O prazo de 45 dias para vacatio legis é apenas para os casos em que 
não houver disposição expressa em lei. 
 
Curso de Direito Civil 
RESUMO e Questões comentadas 
Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 14 de 76 
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O dia da publicação de uma lei está inserido na contagem do prazo de vacatio legis. 
 
2.5- Correções de lei 
 
 
 
2.6- Lei permanente x lei temporária 
Em regra geral, as leis são permanentes (princípio da continuidade), 
mas podem ser temporárias, 
 
 
 
 
Vacatio legis
expressa prazo disposto em lei
tácita
45 dias, no país
3 meses, no estrangeiro
Lei Temporária
• prazo determinado
Lei Permanente
•prazo INdeterminado
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artigo 2º da LINDB: 
 
Obs.: Esta regra representa o chamado Princípio da Continuidade ou 
Permanência. 
 
2.7- Revogação 
 
 
§ 1° do artigo 2º da LINDB: 
 
 
§ 2° do artigo 2º da LINDB: 
 
 
 
Não se 
destinando à 
vigência 
temporária
a lei terá vigor
até que outra a 
modifique ou 
revogue
Revogação total
(ab-rogação)
toda a lei é tornada sem 
efeito
Revogação parcial
(derrogação)
parte da lei é tornada sem 
efeito
A lei posterior 
revoga a 
anterior quando
expressamente o 
declare
Revogação 
expressa
seja com ela 
incompatível
Revogação 
tácita
regule inteiramente a 
matéria de que tratava a 
lei anterior
A lei nova
que estabeleça 
disposições 
gerais ou 
especiais a par 
das já existentes
não revoga nem
modifica a lei 
anterior
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RESUMO e Questões comentadas 
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Prof. Wangney Ilco 16 de 76 
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Obs.: ULTRATIVIDADE da lei: ocorre quando a lei revogada continua a 
produzir efeitos jurídicos em relação a determinados fatos ocorridos durante a 
sua vigência. Exemplo: Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos 
celebrados na vigência do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro 
de 1916, é o por ele estabelecido. Portanto, a lei continua a regular fatos 
ocorridos antes de sua revogação. 
 
2.8- Repristinação 
Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei 
revogadora perdido sua vigência. Vamos associar a um exemplo para facilitar o 
entendimento. 
§ 3° do artigo 2º da LINDB: 
 
 
 
 
2.9- Erro de direito – princípio da obrigatoriedade 
O artigo 3º da LINDB dispõe que: 
 
 
Eis o princípio da obrigatoriedade da lei. 
Porém, não podemos deixar de considerar o teor do art. 8º da Lei de 
Contravenções Penais, que pode relativizar o princípio acima: 
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada compreensãoda lei, quando 
escusáveis, a pena pode deixar de ser aplicada. 
 
 
2.10- Lacuna legal - Integração das normas jurídicas 
artigo 4º da LINDB dispõe que: 
Salvo
disposição 
contrária
a lei 
revogada
não se 
restaura
por ter a lei 
revogadora
perdido a 
vigência
Ninguém se escusa de 
cumprir a lei
alegando que não a conhece
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Prof. Wangney Ilco 
 
 
 
Prof. Wangney Ilco 17 de 76 
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2.10.1 Analogia 
 
 
 
2.10.2 Costume 
Esgotada as possibilidades de ser empregada a analogia ao caso concreto, 
deve-se utilizar o costume, que é o segundo método de integração da lei. O 
costume nada mais é que a prática reiterada de certo comportamento aliada à 
convicção de sua obrigatoriedade. 
1) Secundum Legem: a aplicação do costume está expressamente previsto 
na lei. 
Quando a lei
for omissa
o juiz decidirá o 
caso de acordo com
analogia
costumes
principios gerais de 
direito
analogia
costumes
princípios 
gerais de 
direito
ANALOGIA 
Requisitos
Não existe de 
dispositivo legal para o 
caso concreto.p
Há semelhança entre o 
caso concreto e a 
hipotese prevista na lei
Os fundamentos lógicos 
e jurídicos são comuns 
aos dois casos
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D
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M
 
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2) Praeter Legem: aplica-se para sanar a omissão da Lei. Ou seja, o 
costume é aplicado como forma de suprir ou complementar a lei. 
3) Contra Legem: seria o costume aplicado contra a lei. 
 
2.10.3 Princípios gerais do direito 
Após a analogia e os costumes, caso ainda persista a lacuna na lei, os 
princípios gerais do direito poderão ser aplicados ao caso concreto. 
Segundo Carlos Roberto Gonçalves, os princípios gerais do direito são 
“regras que se encontram na consciência dos povos e são 
universalmente aceitas, mesmo não escritas. Tais regras, de caráter 
genérico, orientam a compreensão do sistema jurídico, em sua 
aplicação e integração, estejam ou não incluídas no direito positivo.”. 
2.10.4 Equidade 
De acordo com Paulo Nader, a equidade “é recurso técnico de 
aplicação do Direito, destinado a situar a decisão judicial no prumo da 
justiça. É tarefa que exige sensibilidade e experiência do aplicador, 
pois, ao decidir por equidade, de certa forma desenvolve tarefa análoga 
à do legislador”. 
 
2.11- Interpretação da norma jurídica - hermenêutica 
Interpretar uma lei, uma norma jurídica, significa determinar a sua 
essência, bem como o seu alcance. 
 
Métodos
de
Interpretação
Gramatical ou filológico: é a interpretação literal da 
norma, conforme cada termo gramatical do texto. 
Lógico: é a interpretação racional conforme o espírito da 
lei pretendido pelo legislador. Prioriza a intenção do 
legislador, em termos lógicos e coerentes com a realidade.
Sistemático: é a interpretação de acordo com o conjunto 
do ordenamento jurídico e os princípios pertinentes. 
Assemelha-se o método lógico, sendo também chamado de 
lógico-sistemático.
Histórico: refere-se a uma análise dos pressupostos da 
norma, verificando a vontade e o objetivo do legislador. 
Verifica-se as circunstâncias da elaboração da norma sob o 
aspecto político, social e econômico. 
Teleológico ou sociológica: é a interpretação que 
pretende adequar o objetivo da norma ao anseio social 
(exigências do bem comum), de acordo com o art. 5º 
da LINDB.
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2.12- Conflito de normas no tempo 
 Quando uma nova lei revoga uma lei anterior, o que acontece com as 
relações jurídicas que foram constituídas sob a vigência da lei revogada? 
 
artigo 6º da LINDB dispõe que: 
 
Os §§ 1° a 3° desse artigo esclarecem que: 
 
 
 
2.13- Antinomia jurídica 
A antinomia jurídica ocorre quando existem duas (ou mais) normas 
conflitantes, de forma que não há definição de qual deve ser aplicada em um 
caso concreto. 
A lei em vigor
terá 
efeito
imediato geral
respeitados
ato 
jurídico
perfeito
direito 
adquirido
coisa 
julgada
• o já consumado segundo a lei vigente 
ao tempo em que se efetuou
ato jurídico 
perfeito
• os direitos que o seu titular, ou alguém 
por ele, possa exercer, como aqueles 
cujo começo do exercício tenha termo 
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem
direito 
adquirido 
• a decisão judicial de que já não caiba 
recurso
coisa julgada 
ou caso julgado
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• Antinomia de primeiro grau: conflito de normas válidas que envolve 
apenas um dos critérios do quadro acima. 
• Antinomia de segundo grau: conflito de normas válidas que envolve 
dois dos critérios do quadro acima. 
 
 
3- Vigência da lei no espaço 
 
3.1- Território 
 O território pode ser considerado como o território real (extensão 
geográfica do país) somando-se ao território ficto (embora não seja 
geograficamente parte do país, é considerado como seu prolongamento). 
Antinomia
real aparente
Hierárquico
Especialidade
Cronológico
Prevalecem as leis especiais em 
relação às gerais 
Prevalecem as leis de hierarquia 
superior: Lei x regulamento 
Prevalecem as leis novas em relação às 
anteriores 
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3.2- Territorialidade temperada 
O princípio da territorialidade refere-se à obrigatoriedade da lei em todo 
o território nacional. No entanto, devido a situações que surgem com a 
globalização, temos casos em que normas estrangeiras possuem validade em 
território nacional. 
• O artigo 17 da LINDB: 
 
 
3.3- Princípio domiciliar – lex domicilii 
 O artigo 7° da LINDB 
 
 
 Assim, o art. 7º da LINDB consagra a lex domicilii (lei do domicílio) 
como critério de conexão para determinar a lei aplicável aos casos concretos no 
Brasil. 
Território
real ficto
A lei do país em que 
domiciliada a pessoa 
determina as regras sobre
o começo e o 
fim da 
personalidade
o nome a capacidade
os direitos de 
família
As leis, atos e 
sentenças de 
outro país
não terão
eficácia no 
Brasil quando 
ofenderem
soberania
nacional
ordem pública
bons costumes
bem como 
quaisquer 
declarações de 
vontade
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3.4- Casamento e regime de bens 
Os §§ 1° a 8° do art. 7º tratam do casamento, divórcio e regime de bens 
relacionados ao princípio do domicílio e à territorialidade temperada: 
 
 
 
3.5- Os bens e suas relações 
Artigo 8º da LINDB dispõe que: 
 
 
 
 
3.6- Obrigações 
 
Já com relação às obrigações, o artigo 9º da LINDB dispõe que: 
 
 
 
 
 
Casamento 
realizado no Brasil
Aplicação da lei 
brasileira
Impedimentos
dirimentes
(Ex.: art. 1.521, CC)
Formalidades da 
celebração
Aplicar-se-á a 
lei do pais
em que 
estiverem
situados
Para qualificar os 
bens
regular as 
relações a eles 
concernentes
Para qualificar e 
reger asobrigações
aplicar-se-á a lei do 
país em que se 
constituirem
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3.7- Sucessão 
O artigo 10 da LINDB estabelece que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obedece à lei do país em 
que domiciliado o 
defunto ou o 
desaparecido
a sucessão
por morte
por ausência
qualquer que seja a 
natureza e a situação 
dos bens
A sucessão de 
bens de 
estrangeiros
situados no 
País
será regulada
pela lei
brasileira em 
benefício
do cônjuge
ou dos filhos
brasileiros 
sempre que 
não lhes seja 
mais favorável 
a lei pessoal 
do de cujus
•Lei do domicílio do defunto ou deseparecido, 
independente da natureza ou situação dos 
bens.
REGRA
•Lei brasileira em benefício do cônjuge e 
dos filhos brasileiros, sempre que a lei do 
de cujus não for mais favorável.
Bens situados no país, 
mas de estrangeiros.
•Aplica-se a lei do domicílio do herdeiro ou do 
legatário
Capacidade para 
suceder
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3.8- Disposições diversas – conflito da lei no espaço 
 
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como 
as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se 
constituírem. 
§ 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou 
estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo 
Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira. 
§ 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer 
natureza, que eles tenham constituido, dirijam ou hajam investido de 
funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou 
susceptiveis de desapropriação. 
§ 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos 
prédios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos 
agentes consulares. 
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o 
réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação. 
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações 
relativas a imóveis situados no Brasil. 
§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e 
segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências 
deprecadas por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, 
quanto ao objeto das diligências. 
Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela 
lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não 
admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira 
desconheça. 
Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem 
a invoca prova do texto e da vigência. 
Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que 
reuna os seguintes requisitos: 
a) haver sido proferida por juiz competente; 
b) terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; 
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias 
para a execução no lugar em que foi proferida; 
d) estar traduzida por intérprete autorizado; 
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. (Vide art.105, I, i da 
Constituição Federal). 
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). 
O art. 105, I da CF/88 alterou a competência para homologar sentenças 
proferidas no estrangeiro do STF para o STJ. 
 
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Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de aplicar 
a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se 
qualquer remissão por ela feita a outra lei. 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer 
declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a 
soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. 
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades 
consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos 
de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e 
de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do 
Consulado. 
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a 
separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo 
filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais 
quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as 
disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão 
alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome 
de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o 
casamento. 
§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituído, 
que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas as 
partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, 
não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste da escritura 
pública. 
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e 
celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, de 
4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. 
Parágrafo único. No caso em que a celebração dêsses atos tiver sido 
recusada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do 
mesmo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 
90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. 
 
4- Lei nº 13.655/18: segurança jurídica e eficiência na criação e 
na aplicação do direito público 
Logo, devemos ter atenção a essa novidade na LINDB: poderá cair em 
sua prova!!! Por ser uma novidade, o mais provável é sua cobrança na 
literalidade. 
Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base 
em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas 
da decisão. 
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida 
imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, 
inclusive em face das possíveis alternativas. 
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Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a 
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar 
de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas. 
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o 
caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e 
equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos 
atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais 
ou excessivos. 
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os 
obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu 
cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados. 
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, 
processo ou norma administrativa, serão consideradas as circunstâncias práticas que 
houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente.§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias 
agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente. 
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais 
sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. 
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação 
ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou 
novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando 
indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de 
modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. 
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à 
validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já 
se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado 
que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas 
situações plenamente constituídas. 
Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações 
contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou 
administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e 
de amplo conhecimento público. 
Art. 25. (VETADO). 
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na 
aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade 
administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após 
realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar 
compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá 
efeitos a partir de sua publicação oficial. 
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo: 
I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível com os 
interesses gerais; 
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II – (VETADO); 
III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condicionamento de 
direito reconhecidos por orientação geral; 
IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para seu cumprimento 
e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento. 
§ 2º (VETADO). 
Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, 
poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos 
resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos. 
§ 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente as partes 
sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor. 
§ 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado compromisso 
processual entre os envolvidos. 
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou 
opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. 
§ 1º (VETADO). 
§ 2º (VETADO). 
§ 3º (VETADO). 
Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade 
administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta 
pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a 
qual será considerada na decisão. 
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e demais 
condições da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares 
específicas, se houver. 
§ 2º (VETADO).” 
Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na 
aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e 
respostas a consultas. 
Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter 
vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. 
 
FIM!!! 
 
 
 
 
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5- Questões propostas comentadas 
 
 
1. (NC-UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor Público) Acerca da Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, considere as seguintes afirmativas: 
1. Os princípios gerais de direito, estejam ou não positivados no sistema 
normativo, constituem-se em regras estáticas carecedoras de concreção e que 
têm como função principal auxiliar o juiz no preenchimento de lacunas. 
2. De acordo com o ordenamento jurídico brasileiro, o efeito repristinatório da 
lei revogadora de outra lei revogadora é automático e imediato sobre a velha 
norma abolida, prescindindo de declaração expressa de lei nova que a 
restabeleça. 
3. A revogação de uma norma por outra posterior tem por espécies a ab-rogação 
e a derrogação, e pode ser expressa ou tácita, sendo que, neste último caso, é 
obrigatório conter, na lei nova, a expressão “revogam-se as disposições em 
contrário”. 
4. A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados os atos jurídicos 
consumados, mesmo que inválidos. 
5. A cessação da eficácia de uma lei não corresponde à data em que ocorre a 
promulgação ou publicação da lei que a revoga, mas sim à data em que a lei 
revocatória se tornar obrigatória. 
Assinale a alternativa correta. 
A) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. 
B) Somente as afirmativas 2 e 5 são verdadeiras. 
C) Somente as afirmativas 1 e 5 são verdadeiras. 
D) Somente as afirmativas 3, 4 e 5 são verdadeiras. 
E) Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
Comentários 
Letra C. Afirmativas 1 e 5 corretas. 
1 – Correta. Os princípios gerais de direito representam instrumento de 
integração da norma jurídica para preenchimento de lacunas. Assim, quando a 
lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e 
os princípios gerais do direito. Segundo a definição de Carlos Roberto Gonçalves, 
os princípios gerais do direito são “regras que se encontram na consciência 
dos povos e são universalmente aceitas, mesmo não escritas. Tais 
regras, de caráter genérico, orientam a compreensão do sistema 
jurídico, em sua aplicação e integração, estejam ou não incluídas no 
direito positivo.”. Logo, podem ou não estar positivadas. O ponto polêmico 
desta afirmativa fica por conta de considerar os princípios como “regras 
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estáticas”. Em que pese o fato de que predomina atualmente a ideia de que os 
princípios de direito são normas abertas aptas a serem aplicadas ao caso 
concreto, há entendimentos mais conservadores que atestam pela característica 
estática dos princípios, ok? Assim, a banca adotou esta corrente. 
2. Incorreta. A repristinação não é automática e deve ser expressa, nos termos 
do art. 2º, § 3º da LINDB. 
3. A revogação de uma norma por outra posterior tem por espécies a ab-rogação 
e a derrogação, e pode ser expressa ou tácita, sendo que, neste último caso, é 
obrigatório conter, na lei nova, a expressão “revogam-se as disposições em 
contrário”. Incorreta. Na revogação tácita, não há necessidade de vir expressa 
a revogação. 
Art. 2º. §1º LINDB. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o 
declare, quando seja com ela incompatível ou quando reguleinteiramente a 
matéria de que tratava a lei anterior. 
4. A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados os atos jurídicos 
consumados, mesmo que inválidos. Incorreta. Ato jurídico consumado é o ato 
jurídico perfeito. Assim, um ato inválido poderá ser anulado conforme a lei ao 
tempo em que foi consumado. 
5. A cessação da eficácia de uma lei não corresponde à data em que ocorre a 
promulgação ou publicação da lei que a revoga, mas sim à data em que a lei 
revocatória se tornar obrigatória. CORRETA. Pois a lei torna-se obrigatória 
quando se inicia a sua vigência. 
Gabarito1: C 
 
5.1- Questões de outras bancas 
 
Como não temos um histórico grande de questões UFPR desta parte, 
iremos adotar questões das mais diversas bancas para que você esteja 
preparado para qualquer tipo de maldade do examinador no dia da 
prova. No mais, fiquemos tranquilos que na última aula estudaremos 
mais questões UFPR, deixando o curso mais direcionado ainda, ok? 
 
 
2. (VUNESP/Procurador Jurídico-Bauru-SP/2018) Sobre a elaboração, 
redação, alteração e consolidação das leis, previstas na Lei Complementar no 
95, de 26 de fevereiro de 1998, bem como a Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro, assinale a alternativa correta. 
a) As leis que estabelecem período de vacância entram em vigor no primeiro 
dia útil subsequente à consumação integral do prazo. 
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b) Para contagem do prazo de leis que estabelecem período de vacância, exclui-
se a data de publicação e inclui-se o último dia do prazo. 
c) As cláusulas de revogação de lei podem ser genéricas. 
d) Nos estados estrangeiros que não tiverem tratado de reciprocidade, a 
obrigatoriedade da lei brasileira se inicia três meses depois de oficialmente 
publicada. Nos demais estados estrangeiros, em regra, a lei entra em vigor 
imediatamente. 
e) Em razão do princípio da vigência sincrônica, as leis começam a vigorar em 
todo o País quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicadas, salvo 
disposição em contrário. 
Comentários 
Letra E – Correta. O gabarito foi na linha doutrinária ao mencionar o princípio 
da vigência sincrônica. Ou seja, só o estudo da “lei seca” não seria suficiente 
para ter o conhecimento exato desta assertiva. De fato, o art. 1o, caput, da 
LINDB consagra o princípio da vigência sincrônica. Portanto, em regra geral, 
a vigência da lei ocorre após 45 dias contados a partir de sua publicação. Esse 
é o chamado sistema simultâneo ou sincrônico, pois determinou um prazo 
único para a obrigatoriedade da lei em todo o país 
 
Letras A e B – Incorretas. A LC nº 95/98 não menciona “dia útil” e conta-se o 
dia da publicação e o último dia do prazo. 
Art. 8º § 1º, LC 95/98. A contagem do prazo para entrada em vigor das 
leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data 
da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia 
subseqüente à sua consumação integral. 
Letra C – Incorreta. As cláusulas de revogação devem ser específicas e não 
genéricas. 
Art. 9º, LC 95/98. A cláusula de revogação deverá enumerar, 
expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. 
Letra D – Incorreta. – Conforme art. 1º, §1º da LINDB, a vacatio legis é de 3 
meses nos Estados estrangeiros. 
Art. 1º, §1º. Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei 
brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente 
publicada 
Gabarito2: A 
Salvo
disposição 
contrária
a lei começa 
a vigorar
em todo o 
país
45 dias
depois de 
oficialmente 
publicada
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3. (VUNESP/Escrevente Técnico Judiciário-TJM-SP/2017) Quanto à 
vigência das leis, assinale a alternativa correta. 
a) Uma lei é revogada somente quando lei posterior declare expressamente sua 
revogação. 
b) Lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
c) A lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
d) As correções a texto de lei já em vigor consideram-se a mesma lei. 
e) É expressamente proibida a revogação de uma lei repristinada. 
Comentários 
O examinador simplificou e cobrou a literalidade da norma - LINDB. 
Letra B – Correta, conforme o art. 2º, §2º da LINDB. 
Art. 2°, § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a 
par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
Letra A – Incorreta. O erro está no “somente”, pois a revogação também poderá 
ser tácita. 
Art. 2º, §1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o 
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente 
a matéria de que tratava a lei anterior. 
 
C – Incorreta. A assertiva trata da repristinação, que deverá ser expressa. Ou 
seja, a regra é a vedação. 
Art. 2°, §3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura 
por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
Letra D – Incorreta, pois consideram-se lei nova 
Art. 1°, §4º. As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei 
nova. 
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Letra E – Incorreta. Não há esta previsão legal. 
Gabarito3: B 
 
4. (VUNESP - Juiz Leigo - TJRJ/RJ - 2014) Se, antes de entrar a lei em 
vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a sua correção, essa 
parte entrará em vigor 
a) em quarenta e cinco dias após a entrada em vigor da lei corrigida. 
b) em trinta dias após oficialmente publicada a correção. 
c) em quinze dias após oficialmente publicada a correção. 
d) em quarenta e cinco dias após oficialmente publicada a correção. 
e) no mesmo prazo da lei corrigida. 
Comentários 
Letra “d”. Conforme § 3o do artigo 1° da LINDB, se, antes de entrar a lei em 
vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste 
artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. E o 
artigo 1o da LINDB dispõe que, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar 
em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Portanto, 
se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a sua correção, essa parte entrará em vigor em quarenta e cinco dias 
após oficialmente publicada a correção. 
Gabarito4: D 
 
5. (VUNESP - Delegado de Polícia – Polícia Civil/SP - 2014) Assinale a 
alternativa correta, de acordo com as disposições da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei n.º 4.657/1942). 
a) A lei nova revoga a lei antiga, quando com esta incompatível, ainda que não 
haja expressa declaração de revogação. 
b) As correções a texto de lei já em vigor não implicam em lei nova. 
c) A repristinação é regra no direito brasileiro, admitindo-se disposição legal 
que afaste sua incidência. 
d) Entende-se por ato jurídico perfeito a decisão judicial da qual não caiba mais 
recurso. 
e) O Brasil não adota, em regra, o instituto da vacatio legis, salvo no 
estrangeiro, quando admitida a obrigatoriedade da lei brasileira. 
Comentários 
Letra “a”. Correta. Conforme § 1o do artigo 2° da LINDB, a lei posterior revoga 
a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível 
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ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Portanto, 
a lei nova revoga a lei antiga, quando com esta incompatível, ainda que não 
haja expressa declaração de revogação (revogação tácita). 
A letra “b” está errada, pois conforme § 4o do artigo 1°, as correções a texto de 
lei já em vigor consideram-se lei nova. 
A letra “c” está errada, pois a repristinação não é regra e sim exceção no direito 
brasileiro. Conforme § 3o do artigo 2° da LINDB, salvo disposição em contrário, 
a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 
A letra “d” está errada, pois se considera ato jurídico perfeito o já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou, conforme § 1º do artigo 6º 
da LINDB. 
A letra “e” está errada, pois o Brasil adota em regra o instituto da vacatio legis, 
uma vez que, conforme artigo 1o da LINDB, salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente 
publicada. 
Gabarito5: A 
 
6. (VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - Prefeitura de São José 
do Rio Preto/SP - 2014) Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária deverá utilizar, em primeiro 
lugar, 
a) os princípios gerais de direito tributário. 
b) os princípios específicos de direito tributário. 
c) os princípios gerais de direito público. 
d) a equidade. 
e) a analogia. 
Comentários 
Letra “e”. Conforme artigo 4o da LINDB, quando a lei for omissa, o juiz decidirá 
o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
Estudamos, ainda, que deverá obedecer essa ordem. Portanto, em primeiro 
lugar, deve ser utilizada a analogia. 
Gabarito6: E 
 
7. (VUNESP - Auditor Fiscal Tributário Municipal - Prefeitura de São José 
do Rio Preto/SP - 2014) A repristinação consiste: 
a) no lapso temporal entre a promulgação da lei e sua vigência, não podendo 
ser inferior a 45 (quarenta e cinco) dias. 
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b) na supressão de lei ou dispositivo legal, em razão da declaração de 
inconstitucionalidade, por controle concentrado. 
c) na revogação tácita de lei, em virtude de lei posterior com ela incompatível. 
d) no suprimento de omissão da lei pela aplicação da analogia, dos costumes e 
dos princípios gerais de direito. 
e) na restauração da lei revogada por ter a lei revogadora perdido sua vigência, 
sendo admitida apenas quando há expressa disposição legal. 
Comentários 
Letra “e”. A repristinação consiste na restauração da lei revogada por ter a lei 
revogadora perdido sua vigência. Conforme § 3o do artigo 2º da LINDB, salvo 
disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora 
perdido a vigência. Portanto, somente haverá repristinação, quando houver 
expressa disposição legal. 
Gabarito7: E 
 
8. (FCC/AJAJ-TRT-6ªRegião/2018) Ao dizer que, salvo disposição em 
contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a 
vigência, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro está referindo-se 
à 
 a) anterioridade legal. 
 b) resilição. 
 c) retroação da lei. 
 d) repristinação. 
 e) sub-rogação. 
Comentários 
Letra “d”. Correta. A Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei 
revogadora perdido sua vigência. No Brasil, a repristinação só poderá ser 
expressa, ou seja, os efeitos da lei revogada não são restabelecidos no caso da 
lei revogadora ter perdido sua vigência (art. 2º, §3º, LINDB). 
Letra “a”. Incorreta. A anterioridade é fenômeno jurídico relacionado ao Direito 
Penal e Tributário. Significa, no Direito Tributário, que não haverá cobrança de 
tributo no mesmo exercício fiscal da lei que o instituiu. Já no Direito Penal, 
temos que "Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal." (art. 5º, XXXIX, CF). 
Letra “b”. Incorreta. Entende-se por resilição: o desfazimento de um contrato 
por simples manifestação de vontade, de uma ou de ambas as partes. 
Letra “c”. Incorreta. Analisando o art. 6o da LINDB, percebemos que a lei, em 
regra, é irretroativa, devendo ser expedida para disciplinar fatos futuros. 
Entretanto, a retroatividade da lei pode ocorrer excepcionalmente para fatos 
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pendentes, desde que respeite o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a 
coisa julgada. 
Letra “e”. Incorreta. Sub-rogação: ocorre quando há o pagamento de uma 
dívida por terceiro, que se tornará o novo titular do crédito, ou seja, a dívida 
deixa de existir perante o antigo credor, mas ainda existe diante do novo. Logo, 
a Sub-rogação é o fenômeno jurídico de substituição do sujeito ou do objeto em 
determinada relação jurídica obrigacional. 
Gabarito8: D 
 
9. (FCC/AJ-Oficial de Justiça-TRF5/2017) Suponha que venha a ser 
editada, sancionada e promulgada lei alterando dispositivos do Código Civil. 
Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, 
a nova lei começará a vigorar em todo o País, salvo disposição em contrário, 
 a) 30 dias depois de oficialmente publicada. 
 b) 45 dias depois de oficialmente publicada. 
 c) 90 dias depois de oficialmente publicada. 
 d) 180 dias depois de oficialmente publicada. 
 e) na data da sua publicação oficial. 
Comentários 
Letra “b”. Questão bem simples e literal. 
Art. 1º, da LINDB. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em 
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
Gabarito9: B 
 
10. (FCC/Fiscal Defesa do Consumidor-PROCON-AM/2017) De acordo 
com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, 
 a) salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país 
imediatamente após sua publicação oficial. 
 b) as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 c) como regra geral, a lei revogada restaura-se quando a lei revogadora perder 
a vigência. 
 d) quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a vontade presumida 
do legislador em face da realidade social. 
 e) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, revoga ou modifica a lei anterior. 
Comentários 
Letra “b”. Conforme a LINDB, “As correções a texto de lei já em 
vigor consideram-se lei nova” (Art. 1º, §4º). 
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Letra “a”. Incorreta, pois a vigência inicia-se após 45 dias de oficialmente 
publicada. 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o 
país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada 
 
Letra “c”. Incorreta. Conforme art. 2º, §1º da LINDB: 
 
Art. 2º §1º A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o 
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule 
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior 
 
Letra “d”. Incorreta, pois o “juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, 
os costumes e os princípios gerais de direito” (art. 4º). São mecanismos 
de integração do ordenamento jurídico. 
 
Letra “e”. Incorreta, conforme “A lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não 
revoga nem modifica alei anterior” (Art. 2º, §2º). 
Gabarito10: B 
 
11. (FCC/AJAJ-TST/2017) João, nascido na Espanha, naturalizou-se italiano, 
casou-se na França e estabeleceu domicílio único no Brasil, juntamente com sua 
A lei posterior 
revoga a 
anterior quando
expressamente o 
declare
Revogação 
expressa
seja com ela 
incompatível
Revogação 
tácita
regule inteiramente a 
matéria de que tratava a 
lei anterior
Quando a lei
for omissa
o juiz decidirá o 
caso de acordo 
com
analogia
costumes
principios gerais de 
direito
O
R
D
E
M
 
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esposa. Nesse caso, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, serão definidas pela lei do Brasil as regras sobre 
a) o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de 
família. 
b) a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o nome serão 
definidas pela lei da Espanha. 
c) o nome, a capacidade e os direitos de família, enquanto as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade serão definidas pela lei da Itália. 
d) o começo e o fim da personalidade, o nome e a capacidade, enquanto as 
regras sobre os direitos de família serão definidas pela lei da França. 
e) o começo e o fim da personalidade, enquanto as regras sobre a capacidade 
serão definidas pela lei da Itália. 
Comentários 
Letra “a”, de acordo com a Literalidade do caput do artigo 7º da LINDB. 
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras 
sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e 
os direitos de família. 
 
Como João estabeleceu domicílio único no Brasil juntamente com sua 
esposa, aplica-se a regra acima. 
Gabarito11: A 
 
12. (FCC/Juiz Substituto-TJ-SC/2017) A sucessão por morte ou ausência 
obedece à lei do país 
a) em que nasceu o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e 
a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, situados no Brasil, 
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal 
do de cujus. 
A lei do país em que 
domiciliada a pessoa 
determina as regras sobre
o começo e o 
fim da 
personalidade
o nome a capacidade
os direitos de 
família
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b) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a 
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, 
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do de cujus. 
c) de cuja nacionalidade tivesse o defunto ou o desaparecido, mas a sucessão 
de bens de estrangeiros, situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre 
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
d) em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a 
natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, 
situados no Brasil, será sempre regulada pela lei brasileira, se houver cônjuge 
ou filhos brasileiros. 
e) de cuja nacionalidade tivesse o defunto, ou desaparecido, qualquer que seja 
a natureza e a situação dos bens, mas a sucessão de bens de estrangeiros, 
situados no Brasil, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou 
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, em qualquer circunstância. 
Comentários 
Letra “b”. Correta, nos termos do art. 10 da LINDB. 
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país 
em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja 
a natureza e a situação dos bens. 
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será 
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para 
suceder. 
Gabarito12: B 
 
13. (FCC/Defensor Público-DPE-PR/2017) Com base no Decreto-Lei n° 
4.657/1942 − Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro − LINDB, é 
correto afirmar: 
a) As correções de texto, de qualquer natureza, ocorridas após a publicação da 
lei, não interferem no termo a quo de sua vigência, na medida em que não se 
consideram lei nova por não alterar seu conteúdo. 
b) A despeito de ser executada no Brasil, a lei brasileira não será aplicada 
quando a obrigação for constituída fora do país, pois, para qualificar e reger as 
obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. 
c) Os direitos de família são determinados pela lei do país em que domiciliada a 
pessoa. No caso de nubentes com domicílio diverso, a lei do primeiro domicílio 
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conjugal regerá tanto os casos de invalidade do matrimônio quanto o regime de 
bens. 
d) Quando a lei estrangeira for aplicada a demanda judicial no Brasil, ter-se-á 
em vista somente os dispositivos invocados pelas partes, inclusive eventuais 
remissões a outras leis. 
e) Compete exclusivamente à autoridade judiciária estrangeira processar e 
julgar as ações cujo réu possua domicílio no exterior ou cuja obrigação lá tenha 
de ser cumprida, ainda que versadas sobre bens imóveis situados no Brasil. 
Comentários 
Letra “c”. Correta, conforme o art. 7º da LINDB: 
Art. 7° § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos 
de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. 
§ 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país 
em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a 
do primeiro domicílio conjugal. 
Letra “a”. Incorreta, conforme art. 1º, §§ 3º e 4º, LINDB. 
No caso de, antes de a lei entrar em vigor, ocorrer nova publicação destinada a 
correção do texto da lei, o § 3° do artigo 1º determina que os prazos estudados 
começam a correr da nova publicação. O § 4° desse artigo dispõe que as 
correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
 
Letra “b”. Incorreta, conforme o art. 9º, §1º da LINDB, destinando-se a 
obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, 
será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto 
aos requisitos extrínsecos do ato. O caput do art. 9º é a regra, mas a assertiva 
menciona que “A despeito de ser executada no Brasil”, logo o §1º deve 
prevalecer. O caput do art. 9º está esquematizado abaixo: 
 
 
Entrada em vigor
Para qualificar e 
reger as 
obrigações
aplicar-se-á a lei do 
país em que se 
constituirem
antes depois 
Novo período de 
vacatio legis 
Lei nova 
Correção 
do texto 
da lei 
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Letra “d”. Incorreta, conforme o art. 16 da LINDB: 
Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de 
aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem 
considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei.Letra “e”. Incorreta, conforme art. 12 da LINDB: 
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for 
o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a 
obrigação. 
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das 
ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
Gabarito13: C 
 
14. (CESPE/Procurador-Manaus-AM/2018) À luz das disposições do direito 
civil pertinentes ao processo de integração das leis, aos negócios jurídicos, à 
prescrição e às obrigações e contratos, julgue o item a seguir. 
O conflito de normas que pode ser resolvido com a simples aplicação do critério 
hierárquico é classificado como antinomia aparente de primeiro grau. 
Comentários 
O item está certo. Esta é uma questão definida pela doutrina, que estabelece 
os critérios de solução para conflitos entre leis no tempo (antinomias), bem 
como classifica essas antinomias. Vejamos: 
 
 
 Assim, quanto à classificação das antinomias: 
• Antinomia de primeiro grau: conflito de normas válidas que envolve 
apenas um dos critérios do quadro acima. 
• Antinomia de segundo grau: conflito de normas válidas que envolve 
dois dos critérios do quadro acima. 
Gabarito14: Certo 
Hierárquico
Especialidade
Cronológico
Prevalecem as leis especiais em 
relação às gerais 
Prevalecem as leis de hierarquia 
superior: Lei x regulamento 
Prevalecem as leis novas em relação às 
anteriores 
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15. (CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de 
Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
Se a lei não dispuser em sentido diverso, a sua vigência terá início noventa dias 
após a data de sua publicação. 
Comentários 
O item está errado. Conforme o art. 1º da LINDB, “Salvo disposição contrária, 
a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de 
oficialmente publicada”. Portanto, a regra prevista na LINDB indica que a 
vigência da lei ocorre após 45 dias contados a partir de sua publicação. Esse 
é o chamado sistema simultâneo ou sincrônico, pois determinou um prazo 
único para a obrigatoriedade da lei em todo o país. Porém, a nova lei poderá 
prever o início de sua vigência diversa da regra da LINDB. 
 
 
 
 
 
 
Gabarito15: Errado 
 
16. (CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de 
Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
Lei em vigor tem efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada. 
Comentários 
O item está certo. Assertiva conforme o art. 6º da LINDB. 
Art. 6º. A Lei em vigor ter· efeito imediato e geral, respeitados o ato 
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
Publicação Vigência 
45 dias 
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Gabarito16: Certo 
 
17. (CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de 
Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência de uma lei 
denomina-se vacatio legis. 
Comentários 
O item está certo. Denomina-se vacatio legis o período de tempo que se 
estabelece entre a publicação e a entrada em vigor da lei. Neste intervalo 
de tempo a lei não produzirá efeitos, devendo incidir a lei anterior no sistema. 
 
Gabarito17: Certo 
 
18. (CESPE/STJ-Técnico/2018) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de 
Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 
O prazo de vacatio legis se aplica às leis, aos decretos e aos regulamentos. 
Comentários 
O item está errado, pois aplica-se somente às leis. Os atos normativos 
administrativos (decretos e regulamentos) entram em vigor na data de sua 
publicação (Decreto nº 572/1890). 
Gabarito18: Errado 
A lei em vigor
terá 
efeito
imediato geral
respeitados
ato 
jurídico
perfeito
direito 
adquirido
coisa 
julgada
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19. (FCC/Procurador-São Luiz-MA/2016) Considerada a eficácia espacial e 
temporal das leis como regulada na Lei da Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro: 
a) Em decorrência do princípio da obrigatoriedade das leis, relevante 
estruturante normativa, a lei se aplica a todos indistintamente, valendo a 
escusa por desconhecimento legal. 
b) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando 
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que 
tratava a lei anterior. 
c) José, servidor, aposentou-se sob a égide de uma norma vigente na época, 
tendo preenchido os requisitos para a concessão do benefício. A referida 
norma passa a ter nova redação, após a concessão da aposentadoria, sendo 
assim lícito ao Estado promover a revisão dos valores concedidos ao 
beneficiário após nova regulamentação legal. 
d) Salvo disposição contrária, a lei vigorará em todo o país na data de sua 
publicação. 
e) A partir da vigência de uma lei, sua eficácia só poderá ser descontinuada pela 
revogação por outra, sendo possível a repristinação tácita, em decorrência 
do princípio da continuidade das leis. 
Comentários 
b) Correta. Alternativa literal ao §1º do art. 2º da LINDB. Trata-se das 
revogações expressa e tácita das leis. 
a) Incorreta, pois não é válido o descumprimento da lei, alegando que não a 
conhece, conforme dispõe o art. 3º da LINDB. 
 
c) Incorreta. Embora a lei nova tenha efeito imediato e geral, ela deve respeitar 
o direito adquirido, conforme o art. 6º da LINDB. 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
d) Incorreta, pois a regra geral é que a vigência da lei ocorre 45 dias após a sua 
publicação nos termos do art. 1º da LINDB. 
 
Ninguém se escusa de 
cumprir a lei
alegando que não a conhece
Salvo
disposição 
contrária
a lei começa 
a vigorar
em todo o 
país
45 dias
depois de 
oficialmente 
publicada
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e) Incorreta. A Repristinação é a restauração da lei revogada, por ter a lei 
revogadora perdido sua vigência. No Brasil, a repristinação só poderá ser 
expressa, ou seja, os efeitos da lei revogada não são restabelecidos no caso da 
lei revogadora ter perdido sua vigência (art. 2º, §3º, LINDB). 
Gabarito19: B 
 
20. (FCC/Juiz Substituto-TJ-PI/2015) Lei nova que estabelecer disposição 
geral a par de lei já existente, 
a) apenas modifica a lei anterior. 
b) não revoga, nem modifica a lei anterior. 
c) derroga a lei anterior. 
d) ab-roga a lei anterior. 
e) revoga tacitamente a lei anterior. 
Comentários 
Letra “b”. O art. 2º, §2º da LINDB, preconiza que "A lei nova, que estabeleça 
disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica 
a lei anterior.". Então, nem a lei geral, nem a lei especial, revogam a lei anterior. 
Haverá revogação da lei anterior nos seguintes casos (art. 2º, §1º, LINDB): 
 
 Ressaltando que ab-rogação significa a revogação total da lei, enquanto 
que a derrogação significa a derrogação parcial. 
Gabarito20:

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