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MANEJO DO COMPLEXO DENTINA-POLPA - Dentística

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MANEJO DO COMPLEXO DENTINA-POLPA EM DENTISTICA 
CUIDADOS DURANTE O PREPARO CAVITÁRIO 
O complexo dentina-polpa é uma entidade embriológica e funcional. Por estar circundada 
por paredes inelásticas e pelo fato de o contato com o meio externo dar-se por meio do 
forame apical, determinados agentes agressores comprometem a polpa, dependendo da 
intensidade da agressão. 
A dentina é dependente da polpa para sua formação e, ao mesmo tempo, protege a polpa 
das agressões do meio externo. A dentina apresenta túbulos dentinários e estes 
apresentam diferentes diâmetros. Próximo ao esmalte o diâmetro é menor (0,7 
micrometros) que a porção mais próxima a polpa (2,6 micrometros). Portanto, a dentina 
se torna mais permeável à medida que se aproxima da polpa. A agressão da cárie pode ser 
compreendida como a difusão de substancias toxicas produzidas pelos microrganismos 
nos túbulos dentinários. A polpa reage a essa agressão de duas maneiras: produzindo 
dentina reparadora, proporcionalmente à ação da cárie na dentina primaria, e produzindo 
esclerose dentinária, que preenche os túbulos dentinários com cristais de hidroxiapatita, 
o que torna a dentina menos permeável aos ácidos bacterianos. 
LIMPEZA E PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR 
Após o preparo cavitário, ocorre depósito de detritos sobre a parede dentinária, 
denominado de smear layer, que é uma camada de lama dentinária composta por uma 
massa de matéria orgânica e inorgânica que pode conter bactérias ou, ao fechar os 
túbulos dentinários, evitar que uma substância desinfetante chegue aos microrganismos 
que possam se abrigar na entrada dos túbulos. Uma opção de limpeza seria o uso de um 
desinfetante biocompativel, como a clorexidina, por ser capaz de reduzir a população 
microbiana e pela sua substantividade, isto é, a propriedade de manter-se estável e em 
ação por longos períodos de tempo. Atualmente a maioria dos procedimentos 
restauradores é realizada com materiais e técnicas adesivas. Uma forma de realizar a 
proteção do complexo dentina-polpa é pelo uso de materiais para forramento ou base das 
restaurações, tais como cimento de hidróxido de cálcio e cimento de ionômero de vidro. 
Outra opção, e hoje mais empregada, é o uso da técnica de hibridização. Consiste na 
aplicação do condicionador ácido, que tem potencial bactericida e remove a smear layer, 
com o objetivo de criar condições favoráveis para a inserção do sistema adesivo. Esse 
condicionamento expõe um substrato dentinário superficialmente desnaturalizado, 
proporcionando uma adesão micromecânica dos monômeros aplicados. 
COMO PROCEDER QUANDO HÁ EXPOSIÇÃO PULPAR DURANTE A REALIZAÇÃO DE UM 
PROCEDIMENTO RESTAURADOR? 
A hibridização, através dos adesivos dentinários, conferiu à dentina papel importante no 
fenômeno de união entre dente e material restaurador. Os resultados foram mostrando-
se tão promissores que qualquer material que interferisse nesta união poderia ser 
considerado indesejável ou ultrapassado. Neste contexto, a restauração adesiva direta 
passou a ser considerada, mesmo nos casos de exposição pulpar, a alternativa ideal. 
Vários estudos laboratoriais e clínicos mostraram bons resultados. 
Alguns autores acreditam que, quando ocorre a exposição pulpar, este tecido se recupera 
independentemente do tratamento realizado e do material protetor colocado, estando o 
insucesso condicionado somente à contaminação bacteriana desta polpa exposta. 
Segundo Murray et al., os insucessos nas técnicas restauradoras estariam mais 
relacionados à infiltração na interface dentina-material restaurador do que a uma 
eventual agressão do condicionador ácido ou de algum componente do sistema adesivo. 
No entanto, estudos de outros autores demonstraram resultados desfavoráveis quando 
da utilização de restaurações adesivas diretas sobre dentes com exposições pulpares. 
Nos estudos de Lanza, por exemplo, enquanto o hidróxido de cálcio apontou formação de 
barreira dentinária e boa resposta pulpar, o sistema adesivo direto mostrou inflamação 
crônica tipo corpo estranho em todos os períodos, sem haver barreira dentinária. 
Portanto, em cavidades profundas ou com exposição pulpar acidental, é indicada a 
proteção do complexo dentina-polpa com materiais biocompativeis e a hibridização da 
dentina nas paredes circundantes. 
 
 
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