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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - CCSST
COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA
SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS I
MALÁRIA
COMPONENTES:
Emily Sany e José Vitor
INTRODUÇÃO
A Malária é uma doença infecciosa  causada pelo parasita  protozoário unicelular do gênero Plasmodium, e transmitida, entre humanos, por meio da picada de mosquitos do gênero Anopheles;
A Malária provavelmente originou-se no continente africano, na pré-história, atingindo a Europa e Ásia, com a migração do homem;
Os primeiros indícios de descrição da Malária estão em textos religiosos e médicos da antiguidade que relacionavam algumas febres sazonais como punição divina;
No século XVIII, a doença recebeu o nome italiano "mal aire", com a teoria do ar insalubre dos "miasmas“
Em 1880, Charles Alphonse Laveran, médico francês, observou parasitas da Malária em hemácias humanas, durante seus trabalhos na Argélia. A partir daí, o modo de transmissão, e o ciclo do parasita foi elucidado até o final do século XIX. 
Trofozoíto de Plasmodium sp
Fonte: ATLAS DIGITAL UFRGS
EPIDEMOLOGIA
A malária é um grave problema de saúde pública ocorrendo em 104 países e territórios em 2012 nas regiões tropicais e subtropicais de todo o globo. 
A estimativa da OMS é de 219 milhões de novos casos e 660.000 de mortes por ano. 
Cerca de 80% dos casos estão concentrados em 17 países e 80% dos óbitos estão concentrados em 14 países.
A Região Amazônica brasileira é considerada a área endêmica do país para malária com 99% dos casos autóctones
Situação Epidemiológica da Malária
Fonte: Ministério da Saúde (2018)
EPIDEMOLOGIA
A letalidade por malária na Região Amazônica é baixa (2/100.000) enquanto no restante do país a letalidade chega a ser 100 vezes maior.
No Brasil, 86% dos casos ocorrem em áreas rurais ou indígenas.
Áreas de transmissão de Malária - Foto: Ministério da Saúde 
AGENTES ETIOLÓGICOS E VETOR
Os plasmódios são parasitos coccídios ou esporozoários das células do sangue;
As cinco espécies de plasmódios que infectam os humanos são P. falciparum. P. knowlesi, P. vivax, P. ovale e P. malariae. As duas espécies mais comuns são P. falciparum e P. vivax, sendo P. falciparum a mais patogênica de todas;
O inseto transmissor da malária é um culicídeo do gênero Anopheles. É também conhecido como pernilongo, carapanã ou mosquito-prego;
Tabela Parasitos x Doença
Fonte: PATRICK MURRAY -7ª Ed.
TRANSMISSÃO
Transmissão natural: o plasmódio infecta o homem humano pela picada de uma fêmea de anofelinos infectada; 
Transmissão induzida:
 (1) hemotransfusão; 
 (2) compartilhamento de agulhas por usuários de drogas 	intravenosas;
 (3) transplante de órgão; 
 (4) congênita.
Características morfológicas dos estágios de desenvolvimento dos parasitas da malária nos eritrócitos
Fonte: BROOKS -7ª Ed.
INFECÇÃO E CICLO DE VIDA
 DO PLASMÓDIO
A infecção humana inicia com a picada de um mosquito Anopheles, que introduz os esporozoítos infectantes do plasmódio no sistema circulatório por meio de sua saliva;
Os esporozoítos são transportados até as células parenquimatosas do fígado, onde ocorre a reprodução assexuada (esquizogonia);
Esta fase do crescimento é denominada ciclo exoeritrocítico e tem duração de 8 a 25 dias, dependendo da espécie de plasmódio; 
Os hepatócitos eventualmente se rompem, liberando plasmódios (chamados de merozoítos neste estágio), que por sua vez se fixam a receptores específicos na superfície dos eritrócitos e entram nas células, iniciando, assim, o ciclo eritrocítico.
Ciclo biológico de espécies de Plasmodium
Fonte: PATRICK MURRAY -7ª Ed.
INFECÇÃO E CICLO DE VIDA
 DO PLASMÓDIO
A replicação assexuada progride através de uma série de estágios (trofozoíto jovem, trofozoíto maduro, esquizonte) que culminam na ruptura do eritrócito com liberação de até 24 merozoítos, que iniciam outro ciclo de replicação ao infectarem outros eritrócitos;
Alguns merozoítos também se desenvolvem nos eritrócitos em gametócitos masculinos e femininos;
Se um mosquito ingere gametócitos masculinos e femininos maduros quando realiza a hematofagia, o ciclo reprodutivo sexuado da malária pode ser iniciado, com eventual produção de esporozoítos infecciosos para o homem.
Ciclo biológico de espécies de Plasmodium
Fonte: PATRICK MURRAY -7ª Ed.
INFECÇÃO E CICLO DE VIDA
 DO PLASMÓDIO
Ciclo biológico de espécies de Plasmodium
Fonte: Centers for Disease Control and Prevention
Plasmodium falciparum
Características Gerais:
Não apresenta seletividade quanto aos eritrócitos do hospedeiro.
É possível a infeccção de um único eritrócito por múltiplos merozoítos.
Posição de apliqué ou accolé.
Esfregaços contêm apenas trofozoítos jovens e ocasionalmente gametócitos.
Eritrócitos infectados não aumentam de tamanho nem ficam deformados.
Não produz hipnozoítos no fígado.
Formam grânulos avermelhados conhecidos como granulações de Maurer.
Plasmodium falciparum
Epidemiologia:
Ocorre quase exclusivamente em regiões tropicais e subtropicais.
Síndromes clínicas:
Sintomas iniciais semelhantes ao da gripe + calafrios e febre + náuseas graves, vômitos e diarréias;
Malária cerebral;
Lesão renal resultando em febre hemoglobinúrica (febre da urina negra);
Lesão hepática.
Plasmodium falciparum
Diagnóstico Laboratorial:
Microscopia;
 
Teste Rápido de Diagnóstico (TRD): detecção de antígenos.
Tratamento: baseia-se na história do paciente em relação à realização de viagens para áreas endêmicas, revisão clínica e diagnóstico diferencial imediatos, trabalho laboratorial rápido e preciso, e utilização correta de fármacos antimaláricos.
FÁRMACOS DE ESCOLHA PRIORITÁRIA: cloroquina + quinina parenteral;
FÁRMACOS PARA RESISTENTES À CLOROQUINA: mefloquina-artesunato, artemetro-lumefantrina, quinina, quinidina, doxiciclina.
Plasmodium knowlesi
Características Gerais:
Parasito causador da malária em macacos do Velho Mundo;
A invasão dos eritrócitos não é restrita a células jovens ou velhas;
A infeccção por P. knowlesi é frequentemente confundida com a causada por P. falciparum ou P. Malariae;
Eritrócitos infectados exibem morfologia normal;
Não produz hipnozoítos.
Plasmodium knowlesi
Epidemiologia:
As infeccções têm sido descritas em altos números somente na Malásia. Entretanto, já há relatos em países vizinhos, como Tailândia, Cingapura, Indonésia, Vietnã e outros.
Síndromes clínicas:
Febre diária, calafrios, cefaleia, rigizes, mal-estar, dor abdominal, falta de ar e tosse produtiva;
Taquipnéia, taquicardia, trombocitopenia e disfunção hepática moderada requerendo internação hospitalar.
Plasmodium knowlesi
Diagnóstico Laboratorial:
Microscopia;
PCR
OBS: AINDA NÃO FOI DESENVOLVIDO UM TRD PARA DETECTAR ESPECIFICAMENTE O P. knowlesi.
 
Tratamento:
DROGAS ANTIMALÁRICAS: cloroquina.
Plasmodium vivax
Características Gerais:
É seletivo, ou seja, só invade eritrócitos jovens e imaturos;
Os eritrócitos infectados geralmente estão maiorese contêm numerosos grânulos cor-de-rosa ou granulações de Schuffner;
Trofozoítos jovens têm a forma de um anel e aparência amebóide, trofozoítos mais maduros e esquizontes eritrocíticos contêm até 24 merozoítas; gametócitos são redondos;
Muitas vezes os esquizontes maduros contêm grânulos de pigmento hemozoína morrom-dourado (pigmento malárico).
Plasmodium vivax
Epidemiologia:
É o plasmódio humano mais prevalente, com maior distribuição geográfica, incluindo trópicos, subtrópicos e regiões temperadas;
Mais de 80% dos casos ocorre na América do Sul e no Sudeste Asiático.
Síndromes clínicas:
APÓS PERÍODO DE INCUBAÇÃO DE 10 A 17 DIAS: dor de cabeça, dores musculares, fotofobia, anorexia, náusea e vômito;
CONFORME A INFECÇÃO PROGRIDE: tremores, febre e calafrios.
OBS: CASOS EXTREMOS
Plasmodiumvivax
Diagnóstico Laboratorial:
Microscopia;
TRD
Tratamento: repouso, alívio da febre e da cefaléia, controle do balanço hídrico e, em alguns casos, transfusão de sangue.
REGIMES QUIMIOTERÁPICOS:
 - supressivo 
 - terapêutico
 - cura radical
 - gametocida
DROGAS ANTIMALÁRICAS: cloroquina + primaquina
Plasmodium ovale
O P. ovale é semelhante ao P. vivax em muitos aspectos, incluindo sua seletividade por eritrócitos jovens e flexíveis;
P. ovale distribui-se primariamente pela África tropical, não existindo no Brasil;
Perfil clínico dos ataques terções semelhante ao P. vivax;
Assim como para P. vivax, esfregaços sanguíneos espessos e delgados são examinados para pesquisa de células hospedeiras ovais típicas contendo granulações de Schüffner e uma parede celular irregular;
A prevenção das infecções causadas por P. ovale envolve as mesmas medidas que são tomadas para prevenir infecções por P. vivax e outros plasmódios.
O regime de tratamento, incluindo o uso de primaquina para prevenir recaídas a partir de formas latentes que possam estar no fígado, é semelhante ao utilizado para infecções por P. vivax
Plasmodium malariae
Contrastando com P. vivax e P. ovale, P. malariae infecta somente eritrócitos maduros com membranas celulares relativamente rígidas;
A hemácia não aumenta de tamanho nem sofre deformação em decorrência do crescimento do parasito;
Diferentemente de P. vivax e P. ovale, não são encontrados hipnozoítos de P. malariae no fígado e não ocorrem recaídas;
Ocorre primariamente nas mesmas regiões subtropicais e temperadas onde os outros plasmódios ocorrem, porém de modo menos prevalente;
Período de incubação: geralmente de 18 a 40 dias, mas pode durar vários meses a anos; 
Plasmodium malariae
Os primeiros sintomas são semelhantes aos de uma gripe, com padrões de febre com periodicidade de 72 horas (malária malárica ou quartã);
Os ataques variam de moderados a graves e duram várias horas. Infecções não tratadas podem durar 20 anos;
Diagnóstico: trofozoítos em forma de fita e de barra e do esquizonte em roseta em esfregaços sanguíneos;
Os mecanismos de prevenção, controle e tratamento são os mesmos discutidos para P. vivax e P. ovale. Tratamento para prevenção de recaídas causadas por formas latentes presentes no fígado não é necessário, uma vez que estas formas não se desenvolvem a partir de P. malariae.
Caso Clínico
Identidicação: paciente A.R.S, sexo masculino, 37 anos, ensino fundamental incompleto, casado, agricultor, natural e procedente de Belém do Pará.
Queixa principal: febre há 30 dias.
HDA: o paciente refere episódios de febre (não mensurada) há 30 dias, relata que nas primeiras duas semanas a febre era diária, seguida de calafrios. Após esse período, a febre apresentou uma periodicidade de 48h, com início abrupto de intenso calafrios seguido de período de extremo calor e por fim, sudorese intensa. Fez uso de antitérmicos via oral (dipirona 1g), com pouca resolução do quadro. Relata ainda aumento do volume abdominal, seguido de episódios de náuseas e, por vezes, vômitos.
Antecedentes Médicos/Patológicos: nega doenças pregressas, hemotransfusões, alergias e cirurgias.
Hábitos de Vida: Tabagista há 5 anos (1 maço/semana). Etilista há 10 anos, 10 cervejas/final de semana. Sedentário.
Exame Físico: paciente em regular estado geral, abatido, anictérico e acianótico, mucosas descoradas ++/IV.
Hemograma: anemia normocítica normocrômica.
REFERÊNCIAS
MURRAY, Patrick R.; ROSENTHAL, Ken S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
BRASIL, Ministério da Saúde, Malária: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria>. Acesso em: 21 maio 2019.
BRASIL, Ministério da Saúde, Situação epidemiológica da malária. 2018. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/agosto/30/3.%20c%20-%20malaria_CIT_30_ago_2018_cassiopeterka.pdf>. Acesso em: 21 maio 2019.
EUA, Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos. Malária. 2017. Elaborada por Centers for Disease Control and Prevention. Disponível em: <https://www.cdc.gov/dpdx/malaria/index.html>. Acesso em: 21 maio 2019.
FMUSP. Patologia de Febres Hemorrágicas: Malária. Disponível em: <http://www2.fm.usp.br/pfh/mostrahp.php?origem=pfh&xcod=Malaria>. Acesso em: 21 maio 2019
BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 26. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

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