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CRÍTICA DA RAZÃO PURA - KANT

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Em sua obra mais importante, Kant discute o conhecimento e contextos de percepção e análise racional que pautam nosso entendimento do mundo.
A CRÍTICA DA RAZÃO PURA
A Crítica da Razão Pura  é a principal obra de teoria do conhecimento do filósofo Immanuel Kant, cuja primeira edição é de 1781. Kant alterou o livro em determinadas seções no ano de 1787. 
A obra é considerada como um dos mais influentes trabalhos na história da filosofia. Kant escreveu a crítica da razão pura como a primeira de três "Críticas".
Crítica da Razão Pura (1781)
Crítica da Razão Prática (1788) 
Crítica do Juízo (1790)
Nesta obra Kant tenta responder a primeira das três questões fundamentais da filosofia: 
Que podemos saber? 
Que devemos fazer? 
Que nos é lícito esperar?
Ele distingue duas formas de saber: 
O conhecimento empírico, que tem a ver com as percepções dos sentidos, isto é, posteriores à experiência. 
O conhecimento puro, aquele que não depende dos sentidos, independente da experiência, ou seja, a priori, universal, e necessário. O conhecimento verdadeiro só é possível pela conjunção entre matéria, proveniente dos sentidos, e forma, que são as categorias do entendimento.
Na obra, Kant esclarece a diferença entre os "juízos sintéticos" e "juízos analíticos". 
Juízos sintéticos é aquele que, através da junção de informações distintas, chega a uma nova informação. 
Juízos analíticos refere-se a dividir um mesmo objeto em seus constituintes, de modo que suas partes se tornem mais claras.
Com relação aos "juízos sintéticos" e "analíticos" a posteriori, Kant não coloca qualquer problema. Mas afirma que os pensamentos filosóficos correntes se utilizavam de "juízos analíticos" a priori, isto é, apenas andavam em círculos sobre algum conhecimento, reproduzindo-o com palavras diferentes, chegando a conclusões que em nada diferiam daquilo que já estava contido no primeiro pensamento, sem produzir, assim, qualquer novo conhecimento a respeito das questões sobre as quais eram formuladas. 
Kant aceita a premissa de que todo conhecimento humano começa a partir da experiência, mas destaca que os empiristas, particularmente Locke, negligenciaram o papel da atividade do entendimento para a origem do conhecimento.
Kant mostra ao longo de sua crítica quais são as condições para qualquer experiência possível, na "Estética Transcendental", analisando quais são as condições a priori para que um dado fenômeno possa ser dado na intuição, chegando às condições de "espaço", para as intuições externas, e "espaço" e "tempo" para as intuições internas.
Após a Estética, Kant prossegue para a análise da forma pela qual aquilo que é dado na experiência é organizado em relações que constituem conhecimento. Estas são as categorias do entendimento, determinadas pela razão pura e que, sendo preenchidas pela matéria proveniente da experiência, podem formar um conhecimento. Ambas as análises são feitas na chamada "Analítica Transcendental".
Em seguida ele parte para a "Dialética Transcendental", parte do livro na qual ele usa esse pensamento elaborado na analítica para mostrar erros de raciocínio impregnados no modo de pensar filosófico de então.

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