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Resumo de Economia André Vizzoni 1 de outubro de 2018 1 Resumo Resumo da matéria de Economia. Sumário Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1 Previsão de Inovação Tecnológica e Ciclos econômicos: uma abordagem histórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 O Fim do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3 A "Mágica"da Tecnologia e Realidades de Mercado . . . . . . . . . . . 5 4 Vencedores e Perdedores da Alta Tecnologia . . . . . . . . . . . . . . 7 5 O Capital no Século XXI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 6 Keynes e a Nova Economia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 1 Previsão de Inovação Tecnológica e Ciclos econômicos: uma aborda- gem histórica O acúmulo de conhecimento e a sua transformação em inovação tecnológica é um dos fatores chaves no desenvolvimento econômico de qualquer nação. O crescimento econô- mico é movido pela mudança tecnológica, que é consequência das decisões de investimento tomadas pelos agentes econômicos. E quanto mais rápido for o acúmulo de conhecimento, mais rápido será o crescimento. O empreendedor responsável pela inovação tecnológica é imitado por uma horda de empreendedores que querem partilhar de ses lucros. Assim, uma onda de investimentos ativa a economia, gerando prosperidade, que deixa de existir quando as inovações são completamente absorvidas pelo mercado e seu consumo fica saturado, levando a uma queda na taxa de crescimento da economia. Inovação é a transformação bem sucedida de novas ideias em produtos e é introdu- zida no mercado com o objetivo de explorar financeiramente a vantagem competitiva que ela gera. Ela pode ser classificada como: • Inovação por transformação de um produto no tocante a sua apresentação ou seu desempenho. • Inovação na forma de utilizar uma tecnologia já conhecida. • Inovação de base, que implica a criação de um produto completamente novo. Um produto inovador tem um ciclo de vida com 5 fases: introdução, crescimento, desenvol- vimento, maturidade e declínio. Durante a fase descendente de ciclos longos na economia, muitas descobertas e inovações são introduzidas e elas só começam a ser aplicadas em larga escala quando começa a fase ascendente. Dessa forma, o momento da difusão de uma inovação é essencial para que a taxa de retorno de investimento seja rápida, pois, durante momentos de depres- são, inovações são acumuladas, especialmente as de base. Mas, os investidores fogem de investimentos de risco durante períodos de prosperidade e os procuram em períodos de estagnação ou recessão. 3 2 O Fim do Trabalho A reengenharia arrebatou a comunidade corporativa. Ela consiste numa rápida reestruturação das empresas, tornando-as computer friendly. Com isso, são: eliminados níveis de gerência tradicionais; comprimidos categorias de cargos; criadas equipes de traba- lho; treinados funcionários em várias habilidades; reduzidos e simplificados os processos de produção e distribuição. Além disso, a administração da empresa é dinamizada. Essa reengenharia leva a saltos na produtividade das empresas e torna a gerência média especi- almente vulnerável à perda do cargo. Ela leva a uma situação em que se pode ver diferentes formas como empregos podem ser destruídos e em que não se vê muitas maneiras de criá-los. E esse efeito da revolução do computador e da reengenharia do ambiente do trabalho é visto de forma acentuada no setor industrial, onde as máquinas são vistas como o novo proletariado. A substituição dos trabalhadores pela tecnologia foi um cenário por muito tempo temido e se tornou realidade, enquanto um outro grande medo, o de que a concorrência internacional e a mão-de-obra mais barata de outros países levariam a perda de muitos empregos nos países desenvolvidos não se tornou. Embora muitos trabalhadores sejam demitidos pelas grandes empresas, elas apon- tam para o aumento na produtividade industrial como algo positivo vindo da reengenharia e para as pequenas empresas como futuras criadoras de empregos. Entretanto, estudos mostraram que essa crença não era realista, visto que a proporção de trabalhadores empre- gados por pequenas empresas e negócios individuais se manteve virtualmente inalterada ao longo das décadas, pelo menos nos Estados Unidos, no Japão e na Alemanha. E essas ondas de demissões voltam os holofotes para a tendência entre os economis- tas americanos de continuamente atualizar o conceito de um nível aceitável de desemprego. Constantemente, os economistas tendem a aumentar seus padrões, com os da década de 50 considerando que uma taxa de desemprego de 3% era aceitável e os da década de 90 afirmando que os níveis não deveriam nunca ficar abaixo de 6%, para evitar um aumento na inflação. Contudo, essas discussões não levam em conta que essas taxas não incluem traba- lhadores de meio período que procuram emprego em tempo integral ou trabalhadores que não procuram mais novos empregos porque se desmotivaram. Dessa forma, os prognósticos para o longo prazo são de aumento nas taxas de desemprego, mesmo que haja curtos períodos de queda nessas taxas. 4 3 A "Mágica"da Tecnologia e Realidades de Mercado A sabedoria econômica convencional dita que novas tecnologias fomentam a pro- dutividade, reduzem custos de produção e aumentam a oferta de produtos baratos, que por sua vez aumentam o poder aquisitivo, expandem mercados e geram mais empregos. O conceito de que os dramáticos benefícios resultantes dos avanços da tecnologia e do aumento da produtividade acabam se filtrando para a massa de trabalhadores é essencialmente uma teoria da mágica da tecnologia. Acredita-se nessa existência dessa "mágica"desde o século XIX, como mostram os escritos do economista francês Jean Baptiste Say, que argumentava que a oferta cria sua própria demanda. O argumento da mágica da tecnologia é semelhante à lei de Say e um de seus corolários diz que o problema do desemprego se desenvolverá sozinho, mesmo que alguns trabalhadores percam seus empregos com o avanço da tecnologia. Interessas aos capitalistas que se continue a acreditar na mágica da tecnologia, porque eles não lucram apenas com as maiores produtividade, economia de custos e controle sobre o processo de produção, mas, também, com a criação de um exército de trabalhadores desempregados que foram deslocados pelo avanço tecnológico. A partir desse progresso pode-se ver diretamente como uma forma de trabalho é transferida do trabalhador para o capital, na forma de máquina, e como seu poder de trabalho é desvalorizado como resultado dessa transposição. Marx acreditva que o esforço constante dos produtores em continuar substituindo o trabalho humano por máquinas acabaria se mostrando contraproducente, pois haveria cada vez menos consumidores com suficiente poder aquisitivo para comprar seus produtos. Apesar de concordar em grande parte com Marx, muitos economistas ortodoxos entenderam a demissão tecnológica como um mal necessário para fomentar a prosperidade global da economia, pois os trabalhadores "liberados"se tornariam um exército de mão-de-obra barata que seria absorvido por novas indústrias, cujos produção e lucros aumentariam, com essas contratações. Esses lucros seriam, então, investidos em novas tecnologias economizadoras de mão-de-obra, criando um ciclo perpétuo e ascendente de crescimento econômico e prosperidade. Quanto ao fenômeno do consumo em massa, ele não foi um fenômeno natural, nem um subproduto da natureza insaciável do homem. Até o século XX, a palavra "consumo", com suas raízes tanto inglesas quanto francesas, tinha significados impregnados de vio- lência, como destruir, saquear, subjugar e exaurir. E até esse mesmo século economistas observaram que a maioria das pessoas se contentava em ganhar apenas o suficiente para prover suas necessidades básicase alguns pequenos luxos, e preferia horas adicionais de lazer a horas adicionais de trabalho. Essa preferência pelo lazer tornou-se uma preocupação crítica e a ruína de empre- sários cujos estoques de produtos se acumulavam rapidamente nas fábricas e nos armazéns. E converter os cidadãos da psicologia da parcimônia para a de perdulários se provou desanimador. Os líderes empresariais não demoraram a perceber que precisavam criar o "consumidor insatisfeito". Eles acreditavam que a chave para a prosperidade econômica é a criação organizada da insatisfação. Ao perceber a monumental importância dos consumido- res para a economia, os empresários voltaram seu interesse para o marketing. Os anunciantes rapidamente passaram a basear seus apelos de venda em apelos emocionais por status e diferenciação social, e seus principais alvos eram os jovens, com mensagens publicitárias cujos objetivos eram fazer com que o jovem se sentisse envergo- nhado por usar produtos caseiros. As linhas de batalha cerraram-se em torno da dicotomia entre "moderno"e "antiquado", fazendo com que o medo de ficar para trás se tornasse uma 5 poderosa força motivadora para estimular o poder de compra. As empresas também experimentaram vários esquemas de marketing direto para promover seus produtos e aumentar as vendas. Prêmios e brindes eram comuns, e muitos fabricantes recorreram fortemente a esquemas de cupons. Mas, nada se mostrou mais bem sucedido do que o crédito ao consumidor e, nos Estados Unidos, o surgimento do subúrbio. Muitos viam a transição da cidade para o subúrbio como um ritual de passagem, uma declaração de que haviam chegado à sociedade americana. Os subúrbios, com sua tendência a nomear suas ruas e subdivisões com nomes aristocráticos, conferiram um novo tipo de status a seus moradores. Por outro lado, a comunidade empresarial americana fracassou em compreender que seu sucessor fora a raiz da crescente crise econômica. Ao dispensar trabalhadores, a produtividade da empresa aumentava, mas o poder aquisitivo da população diminuía. E foi durante esse período que John Maynard Keynes publicou The General Theory of Employment, Interest and Money, onde introduziu o conceito de desemprego tecnológico, que significa que o desemprego como resultado do avanço tecnológico superaava a velocidade com que se encontravam novos usos para a mão-de-obra. Para combater os efeitos da crise, Franklin Delano Roosevelt decretou uma série de programas legislativos projetados para recolocar os Estados Unidos no trabalho. O papel do Estado no New Deal era de empregador de último recurso, um último mecanismo para reativar uma economia enfraquecida. A ideia do governo era utilizar mais mão-de-obra do que materiais e máquinas e fazer com que o maior número possível de trabalhadores recebesse seus contracheques. A administração criou o auxílio-desemprego, garantiu padrões de salário mínimo e ajudou os sindicatos a se organizarem. Como se viu na Crise de 29, os gastos crescentes do governo têm sido o único meio viável para ludibriar o demônio da demanda ineficaz, nos últimos 60 anos. A inovação tecnológica, a produtividade crescente, o aumento do desemprego tecnológico e a demanda ineficaz têm conduzido a economia americada desde a década de 50, forçando o governo federal a adotar a estratégia de gastar além da arrecadação para criar empregos, estimular o poder aquisitivo e fomentar o crescimento econômico. Infelizmente, muitos acreditam, atualmente, que os gastos governamentais devem ser reduzidos, e o fervor por trás desse movimento resulta da convicção de que a redução do déficit ajudará a reduzir as taxas de juros, o que estimularia o consumo e os investimentos. Por um lado, essa redução realmente estimularia a construção de residências e a venda de automóveis. Por outro, ela também aumentaria desenfreadamente o desemprego e levaria a uma perda do poder aquisitivo, como consequência dos cortes nos gastos governamentais. De forma geral, baixas taxas de juros se tornam cada vez mais insignificantes quando há consumidores insuficientes. Muitos economistas defendem que os cortes nos gastos do governo podem lançar a economia em dificuldades ainda maiores. 6 4 Vencedores e Perdedores da Alta Tecnologia Embora os acionistas tenham lucrado muito com as novas tecnologias e com os avanços na produtividade, os benefícios não reverteram para o trabalhador médio. Cada vez mais, os trabalhadores estão sendo forçados a aceitar empregos sem futuro, apenas como meio de sobrevivência. Em cada setor, as estatísticas revelam uma força de trabalho virtualmente em retirada e com salários médios em declínio, o que pode ser atribuído ao enfraquecimento dos sindicatos. Os benefícios arduamente conquistados por trabalhadores americanos, por exemplo, começaram a desmanchar-se ao final da década de 70 e início da de 80. A nova revolução tecnológica tem afetado o grupo político mais importante do sistema capitalista, a classe média. Os cargos de renda média estão desaparecendo nas ondas da revolução da reengenharia. E o declínio da classe média teria sido ainda maior sem a entrada de muitas mulheres no mercado de trabalho. O declínio está mais acentuado entre pessoas com formação universitária. A revolução tem, no entanto, sido uma dádiva para o pequeno número de altos executivos que dirigem os negócios do país. A crescente diferença em salários e benefícios entre os altos executivos e o restante da força de trabalho é um produto da reengenharia generalizada. Menos de meio por cento da população mundial exerce imenso controle sobre a política internacional. Os trabalhadores do conhecimento, por outro lado, se torna mais importante com o passar do tempo, enquanto os grupos mais tradicionais, operários e investidores, perdem espaço. São considerados trabalhadores do conhecimento: pesquisadores científicos, enge- nheiros projetistas, engenheiros civis, analistas de software, pesquisadores de biotecnologia, profissionais do mercado financeiro e consultores gerenciais. 7 5 O Capital no Século XXI O trabalho de Piketty, O Capital no Século XXI, se baseia em duas principais fontes de dados que, juntas, permitem estudar a dinâmica histórica da distribuição de renda: séries de dados que lidam diretamente com a desigualdade nessa distribuição e séries de dados que lidam com a relação entre riqueza e renda. Foram usados dados de mais de vinte países, provenientes de todos os continentes, com alguns dos países tendo 300 anos de dados disponíveis. A maioria dos observadores e economistas tinham um prognóstico sombrio para a evolução da distribuição da riqueza e da estrutura social no longo prazo. Para David Ricardo, se o crescimento da população e da produção se prolonga, a terra tende a se tornar mais escassa em relação aos outros bens. De acordo com a leia da oferta e da demanda, o preço do bem escasso, a terra, deveria subir de modo contínuo, bem como os aluguéis pagos aos proprietários. O que se verificou foi que a remuneração da terra ficou alta por um longo período, mas, ao final, o valor das terras diminuiu à medida que o peso da agricultura na renda nacional caiu. Já Marx cunhou o conceito de princípio de acumulação infinita, i.e., a tendência inexorável do capital de se acumular e de se concentrar nas mãos de uma parcela cada vez mais restrita da população, sem que houvesse um limite natural para esse processo. Simon Kuznets tem uma interpretação mais otimista. Segundo sua teoria, a desi- gualdade de renda deveria diminuir de modo automático nos estágios mais avançados do desenvolvimento capitalista de um país, a despeito das políticas adotadas ou das diferenças entre países, até que se estabilizasse num nível aceitável. Sua teoria foi a primeira a ser fundamentada num extenso trabalho estatístico, e, segundo ela, a desigualdade poderia ser descrita, em toda parte, por uma curva em forma de sino. Ou seja, ela cresce no início,alcança seu máximo e depois decresce. Infelizmente, os fundamentos empíricos da teoria de Kusnetz são reconhecidamente frágeis, visto que os dados analisados pelo economista foram fortemente afetados pelas duas guerras mundiais e pela crise de 29. Piketty alerta que se deve sempre desconfiar de qualquer argumento proveniente do determinismo econômico quando o assunto é a distribuição da riqueza e da renda. A história da distribuição da riqueza jamais deixou de ser profundamente política, o que impede sua restrição aos mecanismos puramente econômicos. Levando isso em conta, os principais fatores responsáveis pela diminuição da desigualdade são os processos de difusão do conhecimento e investimento na qualificação e na formação da mão de obra. É evidente que a falta de investimento adequado na capacitação da mão de obra pode excluir grupos sociais inteiros. Ou seja, o principal fator de diminuição da desigualdade também depende das políticas de educação e do acesso ao treinamento e à capacitação técnica, e de instituições que os promovam. A recente e espetacular elevação da desigualdade reflete, em grande medida, a ex- plosão sem precedentes de rendas muito altas derivadas do trabalho, um verdadeiro abismo entre os rendimentos dos executivos de grandes empresas, que conseguem estabelecer sua própria remuneração - às vezes, sem limite algum ou mesmo sem relação clara com sua produtividade individual, que, de todo modo, é muito difícil de mensurar - e o restante da população. Nas economias que crescem pouco, a riqueza acumulada no passado naturalmente ganha uma importância desproporcional, pois basta um pequeno fluxo de poupança para aumentar o estoque de forma constante e substancial. Se, além disso, a taxa de retorno do capital permanecer acima da taxa de crescimento por um período prolongado (o que é mais provável quando a taxa de crescimento é baixa), há um risco alto de aumento da 8 desigualdade. Quando a taxa de remuneração do capital excede substancialmente a taxa de crescimento da economia, então, a riqueza herdada aumenta mais rápido do que a renda e a produção. Sob essas condições, é quase inevitável que a fortuna herdada supere a riqueza constituída durante uma vida de trabalho e que a concentração de renda atinja níveis muito altos. 9 6 Keynes e a Nova Economia Os economistas dividiram seu objeto de estudo em duas áreas conexas, mas distintas: Microeconomia, o estudo das unidades separadas que compõem a economia e de como elas se entrelaçam; e Macroeconomia, o estuda agregativo da economia como um todo. Na segunda área, o consumo, a produção e o emprego deixam de ser encarados separadamente, com seus consumidores, produtores e trabalhadores formando grandes totais em relação a seu país, em geral. As perguntas essenciais da Macroeconomia são: o que determina o nível geral de emprego? Que determina a curto prazo o nível da Renda Nacional? Que determina o nível geral dos preços? Durante muito tempo, acreditou-se na lei de Say, segundo a qual a oferta cria sua própria procura. A defesa da lei se desdobrava em duas partes. A primeira consistia em relegar a moeda a um papel secundário na economia, por ser considerada apenas uma moeda de troca. Para Say, deve-se olhar para batatas, aço, trigo, calçados e assim por diante, para que se possa entender uma economia. A segunda parte da defesa se baseava na crença de que quando um trabalhador é contratado ele aumenta a produção de um determinado produto, o que eleva a oferta, ao mesmo tempo que eleva a demanda pelo mesmo. Keynes foi de encontro à lei de Say, com seu trabalho, que era fundamentalmente macroeconômico. Ele destacava o papel decisivo da procura agregada na determinação do nível da Renda Nacional e do emprego na economia como um todo, considerando que a procura poderia ser pequena mesmo quando a oferta era grande. Além disso, Keynes acreditava que a economia pode atingir um ponto de equilíbrio de desemprego, i.e., uma posição em que não haverá forças naturais agindo para restaurar o emprego total para a economia. Ele defendia que o governo deveria aumentar sua intervenção no mercado, caso esse mercado não conseguisse garantir pleno emprego via seus próprios recursos. Finalmente, Keynes acreditava que a moeda exerce papel fundamental na economia, por causa de sua liquidez, sua superposição sobre os bens em geral. A teoria de Keynes pode ser criticada por ser basicamente estática, já que se interessa mais por problemas de curto prazo e se localiza num mundo em que as estruturas de mercado têm pouca influência. Além disso, ela se baseia em generalizações um tanto toscas e inadequadas do comportamento econômico, como mostrado em pesquisas posteriores. Além disso, ela não reconhece algumas das complexidades e dificuldades inerentes à aplicação das despesas do governo, dos tributos e das políticas monetárias na solução do desemprego, da inflação moderna e de outros problemas macroeconômicos. Todavia, é necessário lembrar que muitos aspectos da teoria keynesiana não são questionados pela maioria dos economistas. Em grande parte, eles parecem aceitar que as ações do governo têm efeito substancial sobre o desempenho da economia e que os governos têm uma forte responsabilidade pela manutenção de uma situação pelo menos razoavelmente próxima de uma economia de pleno emprego. 10 Resumo Sumário Previsão de Inovação Tecnológica e Ciclos econômicos: uma abordagem histórica O Fim do Trabalho A "Mágica"da Tecnologia e Realidades de Mercado Vencedores e Perdedores da Alta Tecnologia O Capital no Século XXI Keynes e a Nova Economia
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