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MACROECONOMIA II 2019 Profª. Margarida Berns Schafaschek GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 MACROECONOMIA II UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Um cenário de constante crescimento da economia é objetivo de diversas políticas econômicas mundo a fora. Existem fatores que possibilitam o crescimento do produto de um país ao longo tempo de forma contínua. Apresente a equação algébrica da função produto e explique o que é estoque de capital e força de trabalho. R.: A função produto é dada por Y = f (K, N, t). Sendo K igual ao estoque de capital ou estoque de capital fixo, que é formado pelo conjunto de bens de capital (tais como máquinas e equipamentos) de uma economia, utilizados no processo produtivo de outros bens. Já o N, representa a força de trabalho, ou a PEA (população economicamente ativa), pois diz respeito ao número de pessoas de uma sociedade aptas a desenvolveram atividades de trabalho e participarem do processo de divisão social do trabalho. 2 Muitos são os desafios para se obter sucesso com as estratégias de desenvolvimento no século XXI. Desde sua concepção, o termo desenvolvimento já passou por diferentes leituras e abordagens. Sobre a comparação das abordagens do desenvolvimento, associe os itens, utilizando o código a seguir: I. Ortodoxia II. Novo desenvolvimentismo ( I ) Controlar inflação e as contas públicas. ( II) Promover poupança interna e inovação ( I ) Obter poupança externa. ( II) Manter estabilidade macroeconômica. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: (x) I - II - I - II. ( ) II - II - I - I. ( ) I - I - II - II. ( ) I - I - I - II. 3 MACROECONOMIA II TÓPICO 2 1 Diferencie o modelo de crescimento de longo prazo de Harrod-Domar do modelo de Solow. R.: O acadêmico deverá saber que no modelo de Harrod Domar as variáveis mais importantes são a taxa de investimento agregado e a taxa de poupança agregada, que devem estar em equilíbrio. Além disso, deve saber que nesse modelo o crescimento da renda leva a um crescimento da capacidade produtiva da economia. Já o modelo de Solow incorpora na sua análise a depreciação e o crescimento populacional como componentes do estoque de capital, sendo que ambas são variáveis inversamente proporcionais ao estoque de capital. O progresso tecnológico também é importante componente da análise de Solow, levando em consideração os benefícios trazidos pela interação entre os fatores produtivos capital e trabalho, bem como a importância da economia de escala e de aglomeração propiciados pelos avanços tecnológicos. 2 Efetue uma pesquisa sobre a Quarta Revolução Industrial e descreva suas principais características, benefícios e possíveis impactos, citando a fonte de pesquisa. R.: Um bom exemplo de pesquisa está na matéria disponibilizada a seguir, retirada do site http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/a- quarta-revolucao-industrial/107724/ O QUE É A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU INDÚSTRIA 4.0 E COMO ELA DEVE AFETAR NOSSAS VIDAS O termo “Indústria 4.0” teve origem de um projeto estratégico de alta tecnologia do Governo Alemão, que promove a informatização da manufatura. A primeira revolução industrial mobilizou a mecanização da produção usando água e energia a vapor. A segunda revolução industrial, então, introduziu a produção em massa com a ajuda da energia elétrica. Em seguida veio a revolução digital e o uso de aparelhos e dispositivos eletrônicos, bem como Tecnologia da Informação para automatizar ainda mais a produção. O termo foi usado pela primeira vez na Hannover Messe. Em Outubro de 2012, o Grupo de Trabalho na Indústria 4.0, presidido por Siegfried Dais (Robert Bosch GmbH) e Henning Kagermann (German Academy of Science and Engineering) apresentaram um conjunto de recomendações para implementação da Indústria 4.0 ao Governo Federal Alemão. Em abril de 2013, novamente na Feira de Hannover, o relatório final do Grupo de Trabalho da Indústria 4.0 foi apresentado. 4 MACROECONOMIA II Além disso, entende-se como 4ª revolução industrial a integração de robôs em sistemas ciberfísicos, responsáveis por uma transformação radical das linhas de produção atuais que serão marcadas pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas. “Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes”, diz Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado este ano. Os “novos poderes” da transformação virão da engenharia genética e das neurotecnologias, duas áreas que parecem misteriosas e distantes para o cidadão comum. No entanto, as repercussões impactarão em como somos e como nos relacionamos até nos lugares mais distantes do planeta: a revolução afetará o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e a desigualdade de renda. Suas consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado ético. Então de que se trata essa mudança e por que há quem acredite que se trata de uma revolução? O importante, destacam os teóricos da ideia, é que não se trata de um desdobramento, mas do encontro desses desdobramentos. Nesse sentido, representa uma mudança de paradigma e não mais uma etapa do desenvolvimento tecnológico. “A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)”, diz Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial e um dos principais entusiastas da “revolução”. “Há três razões pelas quais as transformações atuais não representam uma extensão da terceira revolução industrial, mas a chegada de uma diferente: a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas. A velocidade dos avanços atuais não tem precedentes na história e está interferindo quase todas as indústrias de todos os países”, diz o Fórum. Também chamada de 4.0, a revolução acontece após três processos históricos transformadores. A primeira marcou o ritmo da produção manual à mecanizada, entre 1760 e 1830. A segunda, por volta de 1850, trouxe a eletricidade e permitiu a manufatura em massa. E a terceira aconteceu 5 MACROECONOMIA II em meados do século 20, com a chegada da eletrônica, da tecnologia da informação e das telecomunicações. Agora, a quarta mudança traz consigo uma tendência à automatização total das fábricas – seu nome vem, na verdade, de um projeto de estratégia de alta tecnologia do governo da Alemanha, trabalhado desde 2013 para levar sua produção a uma total independência da obra humana. A automatização acontece através de sistemas ciberfísicos, que foram possíveis graças à internet das coisas e à computação na nuvem. Os sistemas ciberfísicos, que combinam máquinas com processos digitais, são capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar – entre eles e com humanos – mediante a internet das coisas. O que vem por aí, dizem os teóricos, é uma “fábrica inteligente“. Verdadeiramente inteligente. O princípio básico é que as empresas poderão criar redes inteligentes que poderão controlar a si mesmas. Os números econômicos são impactantes: segundo calculou a consultora Accenture em 2015, uma versão em escala industrial dessa revolução poderia agregar 14,2 bilhões de dólares à economia mundial nos próximos 15 anos. No Fórum Mundial de Davos, em janeiro de 2018, houve uma antecipação do que os acadêmicos mais entusiastas têm na cabeça quando falam de Revolução 4.0: nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e impressoras 3D. Mas esses também serão os causadores da parte mais controversa da quarta revolução: ela pode acabar com cinco milhões de vagas de trabalho nos 15 países mais industrializados do mundo. “O futuro do emprego seráfeito por vagas que não existem, em indústrias que usam tecnologias novas, em condições planetárias que nenhum ser humano já experimentou”, diz David Ritter, CEO do Greenpeace Austrália/ Pacífico em uma coluna sobre a quarta revolução industrial para o jornal britânico The Guardian. E os empresários parecem entusiasmados – mais que intimidados – pela magnitude do desafio, uma pesquisa aponta que 70% têm expectativas positivas sobre a quarta revolução industrial. Ao menos esse é o resultado do último Barômetro Global de Inovação, uma pesquisa que compila opiniões de mais de 4.000 líderes e pessoas interessadas nas transformações em 23 países. 6 MACROECONOMIA II Ainda assim, a distribuição regional é desigual e os mercados emergentes da Ásia são os que estão adotando as transformações de uma forma mais intensa que os de economias mais desenvolvidas. “Ser disruptivo é o padrão modelo para executivos e cidadãos, mas continua sendo um objetivo complicado de se colocar em prática”, reconhece o estudo. OS PERIGOS DO CIBERMODELO Nem todos veem o futuro com otimismo: as pesquisas refletem as preocupações de empresários com o “darwinismo tecnológico”, onde aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver. E se isso acontece a toda velocidade, como dizem os entusiastas da quarta revolução, o efeito pode ser mais devastador que aquele gerado pela terceira revolução. “No jogo do desenvolvimento tecnológico, sempre há perdedores. E uma das formas de desigualdade que mais me preocupa é a dos valores. Há um risco real de que a elite tecnocrática veja todas as mudanças que vêm como uma justificativa de seus valores”, disse à BBC Elizabeth Garbee, pesquisadora da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal do Arizona (ASU). “Esse tipo de ideologia limita muito as perspectivas que são trazidas à mesa na hora de tomar decisões (políticas), o que por sua vez aumenta a desigualdade que vemos no mundo hoje”, diz. “Considerando que manter o status quo não é uma opção, precisamos de um debate fundamental sobre a forma e os objetivos desta nova economia”, diz Ritter, que considera que deve haver um “debate democrático” em relação às mudanças tecnológicas. Por um lado, há quem desconfie de que se trata de uma quarta revolução: é certo que as mudanças são muitas e profundas, mas o conceito foi usado pela primeira vez em 1940 em um documento de uma revista de Harvard intitulado A Última Oportunidade dos Estados Unidos, que trazia um futuro sombrio para avanço da tecnologia e seu uso representa uma “preguiça intelectual”, diz Garbee. Outros, mais pragmáticos, alertam que a quarta revolução só aumentará a desigualdade na distribuição de renda e trará consigo todo tipo de dilemas de segurança geopolítica. 7 MACROECONOMIA II O mesmo Fórum Econômico Mundial reconhece que “os benefícios da abertura estão em risco” por causa de medidas protecionistas, especialmente barreiras não tarifárias do comércio mundial que foram exacerbadas desde a crise financeira de 2007: um desafio que a quarta revolução deverá enfrentar se quiser entregar o que promete. “O entusiasmo não é infundado, essas tecnologias representam avanços assombrosos. Mas o entusiasmo não é desculpa para a ingenuidade e a história está infestada de exemplos de como a tecnologia passa por cima dos marcos sociais, éticos e políticos que precisamos para fazer bom uso dela”, diz Garbee. TÓPICO 3 1 Diferentemente do crescimento no curto prazo, que depende de fatores conjunturais (demanda, inflação, produção industrial, dentre outros), o crescimento de longo prazo depende de fatores estruturais (investimento em tecnologia, infraestrutura em geral, capital humano, dentre outros). Discorra sobre essa afirmação, diferenciando por meio de um exemplo o crescimento de curto e de longo prazo. R.: O acadêmico deverá saber que no curto prazo o que conta para o crescimento do PIB é a demanda, sendo que a oferta permanece praticamente inelástica a preços, porque, no curto prazo, pelo menos um fator de produção é fixo (geralmente o capital na forma de instalações, máquinas e equipamentos). Ou seja, oscilações na demanda no curto prazo não provocam aumento no preço do produto, pois as empresas trabalham com a capacidade instalada, sendo que quando ocorre diminuição da demanda há um aumento da ociosidade na produção, e quando ocorre um aumento na demanda, as empresas vão aumentando a utilização da sua capacidade instalada. O crescimento de longo prazo está ligado a aumentos na capacidade instalada de produção, em que a oferta é mais requerida e por isso estímulos ao investimento produtivo são tão importantes. Além disso, investimentos em infraestrutura em todos os segmentos (transportes, educação, saúde, mobilidade, segurança, moradia) também são fundamentais, pois além de serem formas de garantir um aumento constante na demanda (via aumento na geração de empregos e renda), darão suporte à ampliação da capacidade instalada das empresas e, por fim, ao crescimento no longo prazo. 8 MACROECONOMIA II 2 Bielschowsky (2012) faz referência à existência de três motores do desenvolvimento: a) produção e consumo de massa; b) recursos naturais; e c) infraestrutura. Baseado na sua compreensão em relação ao conteúdo, discorra sobre como esses motores atuariam na promoção do desenvolvimento. R.: Nessa questão, o acadêmico deve manifestar a relação existente entre desenvolvimento e os três motores descritos por Bielschowsky (2012). Com relação à produção e ao consumo de massa, a teoria do novo desenvolvimento apregoa que é necessário estimular o investimento produtivo, que gerará emprego, renda e, consequentemente, dará novo impulso ao consumo da sociedade, reativando a economia e criando um ciclo virtuoso do crescimento. Sendo o Brasil um país rico em recursos naturais, esse segundo motor do desenvolvimento pode se constituir num diferencial competitivo muito forte, desde que administrado de forma soberana. E o investimento em infraestrutura, além de ser uma necessidade em função dos gargalos logísticos e estruturais existentes no Brasil, também pode auxiliar no processo de retomada do crescimento via geração de trabalho e renda. 3 Se no curto prazo o crescimento econômico pode ocorrer exclusivamente por conta da demanda, de que forma uma política fiscal expansionista poderia influenciar positivamente a demanda agregada? R.: O governo pode estimular positivamente a demanda agregada por meio de uma política fiscal expansionista concedendo diminuição ou isenção de tributos como ICMS, IPI, que recai sobre o preço dos produtos destinados ao consumidor, o que vai aumentar o seu poder de compra já que com preços menores o consumidor pode adquirir mais produtos mesmo permanecendo com a mesma renda. Pode também reajustar a tabela de cálculo do imposto de renda, fazendo com que a parcela da renda destinada ao fisco seja menor. 9 MACROECONOMIA II UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Explique por que a curva de oferta de trabalho é positivamente inclinada. R.: Os economistas de perspectiva clássica e neoclássica pressupunham que o indivíduo procura maximizar a utilidade ou sua satisfação. Os serviços de trabalho são fornecidos por trabalhadores individuais. O nível de utilidade que o ofertar trabalho tem para um trabalhador é dado pelo salário real (W/P). Quanto maior o salário real maior o incentivo para os trabalhadores optarem por trabalhar mais horas, abrindo mão de uma maior parcela do seu lazer. Portanto, há uma relação positiva entre horas trabalhadas e a magnitude do salário real e um trade-off entre horas trabalhadas e lazer (pois para que a renda aumente com o trabalho o trabalhador reduz o tempo disponível para o lazer). Assim, mais trabalho será ofertado se os salários reais forem mais altos. Isto reflete o fato de que um salário real mais alto significa um maior preço do lazer. Mas esta relação não é linear. A inclinação da curva de oferta de trabalhoaumenta progressivamente, pois reflete o fato de que a medida que o indivíduo abre mão de lazer para trabalhar uma hora a mais as suas horas disponíveis para lazer estão se tornando mais escassas e, portanto, relativamente mais caras. 2 Explique por quer a curva de demanda por trabalho é negativamente inclinada. R.: As firmas demandam a força de trabalho. No curto prazo o produto varia unicamente pela alteração do insumo trabalho, de modo que a escolha do nível do produto e da quantidade do insumo trabalho é uma única decisão, dada por PMgL (produtividade marginal do trabalho). Sempre que a produtividade marginal do trabalhador for maior que seu salário (ou seja, PMgL > W/P) a empresa tem um estímulo para ↑ND. De forma inversa, se a produtividade marginal do trabalho for menor que o salário real (PMgL < W/P) o custo marginal para a empresa (o salário real do trabalhador adicional) excede o preço do produto. A empresa irá ↓ND. 10 MACROECONOMIA II 3 Mostre graficamente e explique o equilíbrio no mercado de trabalho. R.: O equilíbrio no mercado de trabalho ocorre no ponto em que a oferta de trabalho é igual a demanda por trabalho (Ns = ND). Neste ponto não há pressões sobre o mercado de trabalho de forma que o trabalho se encontra em pleno emprego (ao salário real ofertado pelo mercado todos aqueles que desejam trabalhar estão empregados). 11 MACROECONOMIA II TÓPICO 2 1 Discorra sobre a seguinte afirmação: A possibilidade de redução do número de desempregados pode se dar não pelo aumento do número de vagas no mercado formal de trabalho, mas pelo aumento da formalidade e da precarização das relações de trabalho. Não esqueça de citar suas fontes de pesquisa, trazendo dados para justificar sua resposta. R.: O acadêmico deve pesquisar sobre a relação entre a reforma trabalhista e a precarização e informalidade do mercado de trabalho, que pode ser no Brasil ou em outros países que já passaram por reformas recentemente. 2 Se a economia estiver operando a pleno emprego, um aumento na demanda agregada: a) ( x) Não provocará aumento no nível de produção da economia, mas ocasionará aumento de preços. b) ( ) Não terá efeito sobre os preços, mas provocará aumento na produção da economia. c) ( ) Não terá reflexos nem sobre o nível de preços, nem sobre o nível de produção da economia. d) ( ) Provocará aumentos de preços e aumento da produção da economia. e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. 3 Diferencie desemprego friccional de desemprego involuntário. R.: O desemprego friccional ou natural indica aquele contingente de trabalhadores que estão migrando de um emprego para outro, representado pelo período em que ocorre a demissão e a formalização de novo contrato. Já o desemprego involuntário, como o nome já faz referência, é aquele que independe da vontade dos trabalhadores, pois ocorre quando há uma oferta de mão de obra superior à procura e é a taxa de desemprego oficialmente divulgada pelo IBGE. 12 MACROECONOMIA II TÓPICO 3 1 Suponha que o feijão apresente elevação de preço. Isso significa dizer que a taxa de inflação está aumentando? Justifique sua resposta. R.: Não significa dizer que a taxa de inflação está aumentando, porque a inflação é o aumento contínuo e generalizado do nível geral dos preços. Por isso pode ocorrer, inclusive, aumento de preço de alguns produtos com a taxa de inflação diminuindo, porque tem que ser avaliado o peso dos produtos que estão aumentando de preço no cômputo da taxa e, além disso, como há produtos aumentando de preços, pode haver também produtos sofrendo diminuição de preços. 2 O que é e quais políticas podem ser adotadas para combater uma inflação de custos? R.: A inflação de custos ocorre quando há um aumento dos custos de produção das empresas (salários, impostos, matérias-primas e insumos, tecnologia). Dentre as medidas para o combate da inflação de custos, podem ser citadas o controle direto dos preços, como o congelamento de preços e salários, a adoção de uma política de reajuste salarial mais rígida, dificultando o aumento do salário nominal, diminuição de impostos, atuação direta do governo em setores oligopolizados para combater aumentos abusivos dos preços etc. 3 Por que pode-se afirmar que o Sistema de Metas Inflacionárias (SMI) não deve ser pensado como um fim em si mesmo pelo governo? R.: Manter a inflação sob controle é fundamental, por isso tentar sempre convergir para o centro da meta inflacionária é importante, mas não a qualquer custo, ou seja, quando a economia apresenta visíveis sinais de recessão é preciso levar em conta que medidas de estímulo à atividade econômica são igualmente importantes, sob pena de dificultar ainda mais a saída da crise econômica existente. 4 A curva de Phillips mostra que: a) ( ) Tentativas de reduzir os níveis de inflação provocam elevação nos níveis de emprego. b) ( x) Tentativas de reduzir o nível de desemprego provocam elevações nos níveis de inflação. 13 MACROECONOMIA II UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Diferencie barreiras tarifárias de não tarifárias ao comércio exterior e cite exemplos de aplicação de cada uma delas. R.: As barreiras tarifárias são impostos que uma nação estabelece sobre o preço dos produtos a serem importados, principalmente com o intuito de controlar o volume de importações, já que com a fixação de impostos os produtos do exterior podem se tornar mais caros que os nacionais. Assim, o governo pode estabelecer impostos, como o imposto sobre importação (II), taxas alfandegárias e aduaneiras. As barreiras não tarifárias, como o nome já diz, não estão ligadas à fixação de impostos, mas com outros obstáculos às importações, como a imposição de cotas, entraves burocráticos para liberação do produto como exigências de sanidade animal, no caso da importação de proteína animal. 2 Faça uma pesquisa sobre o resultado da balança comercial brasileira no período de 2013 a 2018 e correlacione os resultados com a conjuntura econômica do Brasil no período, utilizando a taxa de crescimento do PIB, taxa de desemprego e a taxa de inflação. R.: Espera-se que o acadêmico consiga relacionar as diversas variáveis, indicando se quando a evolução do PIB foi positiva, a balança comercial também foi positiva, e qual a possível influência da inflação sobre os demais indicadores. 3 O país “A” teve, no ano de 2018, uma taxa de juros nominal de 40%, sendo que a taxa de inflação do período foi de 25%. Qual terá sido a taxa de juros real? c) ( ) A taxa de inflação está positivamente correlacionada com a taxa de desemprego. d) ( ) Grandes aumentos nas taxas salariais estão associados a altas taxas de desemprego. e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. 14 MACROECONOMIA II R.: − = + 100 1 n t r i i X t , , , − = + = 0 40 0 25 100 1 0 25 12 r r i X i % 4 Como é determinado o valor da taxa de câmbio no regime de taxas flutuantes? R.: Nesse regime, o valor da taxa de câmbio é determinado livremente pelas forças de mercado por meio da oferta e da procura de divisas (moeda estrangeira), sendo que o Banco Central não interfere diretamente no câmbio como no regime de câmbio fixo. Dessa relação entre oferta e demanda de divisas ocorre a valorização ou desvalorização da moeda nacional em relação à estrangeira, o que irá interferir também no balanço de pagamentos. TÓPICO 2 1 Discorra sobre a seguinte afirmação: embora a globalização financeira tenha possibilitado o crescimento da participação dos países emergentes no mercado internacional de títulos (beneficiado pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos), também aumentou a dependência desses países devido à extrema volatilidade das transações financeiras. R.: Espera-se que o acadêmico relate a extrema facilidade com que os capitais, principalmente os especulativos, que são ligados ao mercado acionário e de títulos públicos, entram e saem dos países em buscado melhor resultado, muitas vezes deixando o país em déficit nas suas contas, principalmente na balança de transações correntes. É importante que tenha compreendido que a entrada de capitais na forma de investimento direto é a mais favorável aos países, pois tende a permanecer por longo período no país, gerando emprego e renda para seus habitantes. 15 MACROECONOMIA II 2 Como é determinado o valor da taxa de câmbio no regime de taxas flutuantes? R.: Nesse regime o valor da taxa de câmbio é determinado livremente pelas forças de mercado, por meio da oferta e da procura de divisas (moeda estrangeira), sendo que o Banco Central não interfere diretamente no câmbio como no regime de câmbio fixo. Dessa relação entre oferta e demanda de divisas ocorre a valorização ou desvalorização da moeda nacional em relação à estrangeira, o que irá interferir também no balanço de pagamentos. 3 Dentre os fatores que levam as nações a comercializarem entre si, um deles está relacionado com: a) ( x) As diferenças nos estágios de desenvolvimento tecnológico. b) ( ) As semelhanças na oferta de capital e mão de obra. c) ( ) As semelhanças nas características de solo e clima. d) ( ) As semelhanças na disponibilidade de recursos naturais. e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. 4 Qual dentre os itens colocados a seguir não pertence ao balanço de transações correntes do balanço de pagamentos? a) ( x) Os movimentos de capitais autônomos. b) ( ) As importações de bens e serviços. c) ( ) As transferências unilaterais. d) ( ) As exportações de bens e serviços. e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores. 5 Descreva como se encontra o saldo do balanço de pagamentos e explique qual o significado de um déficit no balanço de pagamentos. 16 MACROECONOMIA II TÓPICO 3 1 (ANPEC, 1991) Considere-se uma economia do tipo IS-LM aberta ao exterior, tanto em fluxos de comércio quanto em termos de capitais, sob o regime de câmbio flutuante. Desconsidere-se o papel das expectativas sobre a taxa de câmbio. Assinale falsa ou verdadeira para cada uma das afirmativas: (Observação: considera-se que o autor da pergunta esteja considerando livre mobilidade de capitais). a) ( ) A política monetária não pode afetar o nível de atividade nessa economia por meio de alterações da taxa de juros, porque a taxa doméstica é igual à taxa internacional. R.: VERDADEIRA. Considerando-se perfeita mobilidade de capital, a taxa de juros não será afetada pela política monetária, mas uma política monetária expansionista levará à depreciação cambial estimulando o nível de atividade; assim, a política monetária é eficaz, mas pela alteração da taxa de câmbio. b) ( ) A política fiscal não afeta o nível de emprego, apenas a taxa de juros. R.: FALSA. Não alterará nem emprego nem taxa de juros, com o que a política fiscal se torna inoperante. 2 (ESAF/AFCE-CE/TCU, 2000) Supondo que haja livre mobilidade de capital, os efeitos de uma política monetária expansionista em um país sobre o nível de renda deste país será: R.: O saldo do balanço de pagamentos é o resultado da soma da balança de transações correntes com a conta capital e financeira e a conta erros e omissões. Se o resultado for positivo haverá superávit no balanço de pagamentos e haverá déficit se o resultado for negativo. Quando ocorre déficit significa que foram remetidos ao exterior mais divisas do que entraram no país, ou seja, está havendo um endividamento do país com o resto do mundo. 17 MACROECONOMIA II a) ( ) Nenhum, se houver um regime de câmbio flexível. b) ( x) Nenhum, se houver um regime de câmbio fixo. c) ( ) Positivo, se houver um regime de câmbio fixo. d) ( ) Positivo, não importando qual regime cambial seja adotado. e) ( ) Negativo, se houver um regime de câmbio flexível. 3 (ESAF/AFC-STN, 1997) Com relação ao modelo Mundell-Fleming é verdade que: a) ( ) O modelo requer hipóteses sobre as expectativas da taxa de câmbio, mas não requer nenhuma hipótese sobre a mobilidade de capital. b) ( ) Quando a taxa de câmbio é flexível, um aumento nos gastos do governo faz com que, a um dado nível de preços, a taxa de câmbio deprecie e o produto permaneça inalterado. c) ( ) Quando a taxa de câmbio é fixa, o impacto final de um aumento da oferta de moeda é um aumento no nível de produto. d) ( x) Uma desvalorização num regime de câmbio fixo age como um aumento na oferta de moeda num regime de câmbio flexível. e) ( ) A imposição de uma tarifa gera efeitos opostos num regime de câmbio fixo e flexível. No primeiro, faz com que o produto cresça enquanto no segundo faz com que o produto decresça. 4 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS/ECONOMISTA/ARGE, 2006) Em uma economia com perfeita mobilidade de capitais no exterior, há ocorrência de desemprego no curto prazo. A política econômica adequada para reduzir a taxa de desemprego, se a economia adotar o regime de taxas de câmbio fixas, é uma política: a) ( ) Monetária expansiva. b) ( ) De valorização do câmbio real. c) ( ) Monetária restritiva. d) ( x) Fiscal expansiva. e) ( ) Fiscal restritiva.
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