Buscar

37999

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MACROECONOMIA II
2019
Profª. Margarida Berns Schafaschek
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
MACROECONOMIA II
UNIDADE 1
TÓPICO 1 
1 Um cenário de constante crescimento da economia é objetivo de 
diversas políticas econômicas mundo a fora. Existem fatores que 
possibilitam o crescimento do produto de um país ao longo tempo 
de forma contínua. Apresente a equação algébrica da função produto 
e explique o que é estoque de capital e força de trabalho.
R.: A função produto é dada por Y = f (K, N, t). Sendo K igual ao estoque de 
capital ou estoque de capital fixo, que é formado pelo conjunto de bens de 
capital (tais como máquinas e equipamentos) de uma economia, utilizados 
no processo produtivo de outros bens. Já o N, representa a força de 
trabalho, ou a PEA (população economicamente ativa), pois diz respeito ao 
número de pessoas de uma sociedade aptas a desenvolveram atividades 
de trabalho e participarem do processo de divisão social do trabalho.
2 Muitos são os desafios para se obter sucesso com as estratégias 
de desenvolvimento no século XXI. Desde sua concepção, o termo 
desenvolvimento já passou por diferentes leituras e abordagens. 
Sobre a comparação das abordagens do desenvolvimento, associe 
os itens, utilizando o código a seguir:
I. Ortodoxia
II. Novo desenvolvimentismo
( I ) Controlar inflação e as contas públicas.
( II) Promover poupança interna e inovação
( I ) Obter poupança externa.
( II) Manter estabilidade macroeconômica.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(x) I - II - I - II.
( ) II - II - I - I.
( ) I - I - II - II.
( ) I - I - I - II.
3
MACROECONOMIA II
TÓPICO 2
1 Diferencie o modelo de crescimento de longo prazo de Harrod-Domar 
do modelo de Solow.
R.: O acadêmico deverá saber que no modelo de Harrod Domar as variáveis 
mais importantes são a taxa de investimento agregado e a taxa de poupança 
agregada, que devem estar em equilíbrio. Além disso, deve saber que nesse 
modelo o crescimento da renda leva a um crescimento da capacidade 
produtiva da economia. Já o modelo de Solow incorpora na sua análise a 
depreciação e o crescimento populacional como componentes do estoque 
de capital, sendo que ambas são variáveis inversamente proporcionais 
ao estoque de capital. O progresso tecnológico também é importante 
componente da análise de Solow, levando em consideração os benefícios 
trazidos pela interação entre os fatores produtivos capital e trabalho, bem 
como a importância da economia de escala e de aglomeração propiciados 
pelos avanços tecnológicos.
2 Efetue uma pesquisa sobre a Quarta Revolução Industrial e descreva 
suas principais características, benefícios e possíveis impactos, 
citando a fonte de pesquisa.
R.: Um bom exemplo de pesquisa está na matéria disponibilizada a seguir, 
retirada do site http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/a-
quarta-revolucao-industrial/107724/ 
O QUE É A 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL OU INDÚSTRIA 4.0 E COMO 
ELA DEVE AFETAR NOSSAS VIDAS
O termo “Indústria 4.0” teve origem de um projeto estratégico de alta 
tecnologia do Governo Alemão, que promove a informatização da 
manufatura. A primeira revolução industrial mobilizou a mecanização da 
produção usando água e energia a vapor. A segunda revolução industrial, 
então, introduziu a produção em massa com a ajuda da energia elétrica. 
Em seguida veio a revolução digital e o uso de aparelhos e dispositivos 
eletrônicos, bem como Tecnologia da Informação para automatizar ainda 
mais a produção.
O termo foi usado pela primeira vez na Hannover Messe. Em Outubro 
de 2012, o Grupo de Trabalho na Indústria 4.0, presidido por Siegfried 
Dais (Robert Bosch GmbH) e Henning Kagermann (German Academy of 
Science and Engineering) apresentaram um conjunto de recomendações 
para implementação da Indústria 4.0 ao Governo Federal Alemão. Em abril 
de 2013, novamente na Feira de Hannover, o relatório final do Grupo de 
Trabalho da Indústria 4.0 foi apresentado.
4
MACROECONOMIA II
Além disso, entende-se como 4ª revolução industrial a integração de 
robôs em sistemas ciberfísicos, responsáveis por uma transformação radical 
das linhas de produção atuais que serão marcadas pela convergência de 
tecnologias digitais, físicas e biológicas.
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará 
fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. 
Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de 
qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes”, diz Klaus 
Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, publicado este ano.
Os “novos poderes” da transformação virão da engenharia genética e das 
neurotecnologias, duas áreas que parecem misteriosas e distantes para o 
cidadão comum.
No entanto, as repercussões impactarão em como somos e como nos 
relacionamos até nos lugares mais distantes do planeta: a revolução afetará 
o mercado de trabalho, o futuro do trabalho e a desigualdade de renda. Suas 
consequências impactarão a segurança geopolítica e o que é considerado 
ético.
Então de que se trata essa mudança e por que há quem acredite que se 
trata de uma revolução?
O importante, destacam os teóricos da ideia, é que não se trata de 
um desdobramento, mas do encontro desses desdobramentos. Nesse 
sentido, representa uma mudança de paradigma e não mais uma etapa do 
desenvolvimento tecnológico.
“A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias 
emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas 
que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)”, 
diz Schwab, diretor executivo do Fórum Econômico Mundial e um dos 
principais entusiastas da “revolução”.
“Há três razões pelas quais as transformações atuais não representam uma 
extensão da terceira revolução industrial, mas a chegada de uma diferente: 
a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas. A velocidade dos avanços 
atuais não tem precedentes na história e está interferindo quase todas as 
indústrias de todos os países”, diz o Fórum.
Também chamada de 4.0, a revolução acontece após três processos 
históricos transformadores. A primeira marcou o ritmo da produção manual 
à mecanizada, entre 1760 e 1830. A segunda, por volta de 1850, trouxe 
a eletricidade e permitiu a manufatura em massa. E a terceira aconteceu 
5
MACROECONOMIA II
em meados do século 20, com a chegada da eletrônica, da tecnologia da 
informação e das telecomunicações.
Agora, a quarta mudança traz consigo uma tendência à automatização total 
das fábricas – seu nome vem, na verdade, de um projeto de estratégia de 
alta tecnologia do governo da Alemanha, trabalhado desde 2013 para levar 
sua produção a uma total independência da obra humana.
A automatização acontece através de sistemas ciberfísicos, que foram 
possíveis graças à internet das coisas e à computação na nuvem. Os 
sistemas ciberfísicos, que combinam máquinas com processos digitais, são 
capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar – entre eles e 
com humanos – mediante a internet das coisas.
O que vem por aí, dizem os teóricos, é uma “fábrica inteligente“. 
Verdadeiramente inteligente. O princípio básico é que as empresas poderão 
criar redes inteligentes que poderão controlar a si mesmas.
Os números econômicos são impactantes: segundo calculou a consultora 
Accenture em 2015, uma versão em escala industrial dessa revolução 
poderia agregar 14,2 bilhões de dólares à economia mundial nos próximos 
15 anos.
No Fórum Mundial de Davos, em janeiro de 2018, houve uma antecipação 
do que os acadêmicos mais entusiastas têm na cabeça quando falam de 
Revolução 4.0: nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência 
artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e 
impressoras 3D.
Mas esses também serão os causadores da parte mais controversa da 
quarta revolução: ela pode acabar com cinco milhões de vagas de trabalho 
nos 15 países mais industrializados do mundo.
“O futuro do emprego seráfeito por vagas que não existem, em indústrias 
que usam tecnologias novas, em condições planetárias que nenhum ser 
humano já experimentou”, diz David Ritter, CEO do Greenpeace Austrália/
Pacífico em uma coluna sobre a quarta revolução industrial para o jornal 
britânico The Guardian.
E os empresários parecem entusiasmados – mais que intimidados – pela 
magnitude do desafio, uma pesquisa aponta que 70% têm expectativas 
positivas sobre a quarta revolução industrial.
Ao menos esse é o resultado do último Barômetro Global de Inovação, 
uma pesquisa que compila opiniões de mais de 4.000 líderes e pessoas 
interessadas nas transformações em 23 países.
6
MACROECONOMIA II
Ainda assim, a distribuição regional é desigual e os mercados emergentes 
da Ásia são os que estão adotando as transformações de uma forma mais 
intensa que os de economias mais desenvolvidas.
“Ser disruptivo é o padrão modelo para executivos e cidadãos, mas continua 
sendo um objetivo complicado de se colocar em prática”, reconhece o 
estudo.
OS PERIGOS DO CIBERMODELO
Nem todos veem o futuro com otimismo: as pesquisas refletem as 
preocupações de empresários com o “darwinismo tecnológico”, onde 
aqueles que não se adaptam não conseguirão sobreviver.
E se isso acontece a toda velocidade, como dizem os entusiastas da quarta 
revolução, o efeito pode ser mais devastador que aquele gerado pela 
terceira revolução.
“No jogo do desenvolvimento tecnológico, sempre há perdedores. E uma das 
formas de desigualdade que mais me preocupa é a dos valores. Há um risco 
real de que a elite tecnocrática veja todas as mudanças que vêm como uma 
justificativa de seus valores”, disse à BBC Elizabeth Garbee, pesquisadora 
da Escola para o Futuro da Inovação na Sociedade da Universidade Estatal 
do Arizona (ASU).
“Esse tipo de ideologia limita muito as perspectivas que são trazidas à 
mesa na hora de tomar decisões (políticas), o que por sua vez aumenta a 
desigualdade que vemos no mundo hoje”, diz.
“Considerando que manter o status quo não é uma opção, precisamos de um 
debate fundamental sobre a forma e os objetivos desta nova economia”, diz 
Ritter, que considera que deve haver um “debate democrático” em relação 
às mudanças tecnológicas.
Por um lado, há quem desconfie de que se trata de uma quarta revolução: 
é certo que as mudanças são muitas e profundas, mas o conceito foi usado 
pela primeira vez em 1940 em um documento de uma revista de Harvard 
intitulado A Última Oportunidade dos Estados Unidos, que trazia um futuro 
sombrio para avanço da tecnologia e seu uso representa uma “preguiça 
intelectual”, diz Garbee.
Outros, mais pragmáticos, alertam que a quarta revolução só aumentará a 
desigualdade na distribuição de renda e trará consigo todo tipo de dilemas 
de segurança geopolítica.
7
MACROECONOMIA II
O mesmo Fórum Econômico Mundial reconhece que “os benefícios da 
abertura estão em risco” por causa de medidas protecionistas, especialmente 
barreiras não tarifárias do comércio mundial que foram exacerbadas desde 
a crise financeira de 2007: um desafio que a quarta revolução deverá 
enfrentar se quiser entregar o que promete.
“O entusiasmo não é infundado, essas tecnologias representam avanços 
assombrosos. Mas o entusiasmo não é desculpa para a ingenuidade e a 
história está infestada de exemplos de como a tecnologia passa por cima 
dos marcos sociais, éticos e políticos que precisamos para fazer bom uso 
dela”, diz Garbee.
TÓPICO 3
1 Diferentemente do crescimento no curto prazo, que depende de 
fatores conjunturais (demanda, inflação, produção industrial, 
dentre outros), o crescimento de longo prazo depende de fatores 
estruturais (investimento em tecnologia, infraestrutura em geral, 
capital humano, dentre outros). Discorra sobre essa afirmação, 
diferenciando por meio de um exemplo o crescimento de curto e de 
longo prazo.
R.: O acadêmico deverá saber que no curto prazo o que conta para 
o crescimento do PIB é a demanda, sendo que a oferta permanece 
praticamente inelástica a preços, porque, no curto prazo, pelo menos um 
fator de produção é fixo (geralmente o capital na forma de instalações, 
máquinas e equipamentos). Ou seja, oscilações na demanda no curto prazo 
não provocam aumento no preço do produto, pois as empresas trabalham 
com a capacidade instalada, sendo que quando ocorre diminuição da 
demanda há um aumento da ociosidade na produção, e quando ocorre um 
aumento na demanda, as empresas vão aumentando a utilização da sua 
capacidade instalada. O crescimento de longo prazo está ligado a aumentos 
na capacidade instalada de produção, em que a oferta é mais requerida 
e por isso estímulos ao investimento produtivo são tão importantes. 
Além disso, investimentos em infraestrutura em todos os segmentos 
(transportes, educação, saúde, mobilidade, segurança, moradia) também 
são fundamentais, pois além de serem formas de garantir um aumento 
constante na demanda (via aumento na geração de empregos e renda), 
darão suporte à ampliação da capacidade instalada das empresas e, por 
fim, ao crescimento no longo prazo.
8
MACROECONOMIA II
2 Bielschowsky (2012) faz referência à existência de três motores do 
desenvolvimento: a) produção e consumo de massa; b) recursos 
naturais; e c) infraestrutura. Baseado na sua compreensão em 
relação ao conteúdo, discorra sobre como esses motores atuariam 
na promoção do desenvolvimento.
R.: Nessa questão, o acadêmico deve manifestar a relação existente 
entre desenvolvimento e os três motores descritos por Bielschowsky 
(2012). Com relação à produção e ao consumo de massa, a teoria do 
novo desenvolvimento apregoa que é necessário estimular o investimento 
produtivo, que gerará emprego, renda e, consequentemente, dará novo 
impulso ao consumo da sociedade, reativando a economia e criando um 
ciclo virtuoso do crescimento. Sendo o Brasil um país rico em recursos 
naturais, esse segundo motor do desenvolvimento pode se constituir 
num diferencial competitivo muito forte, desde que administrado de 
forma soberana. E o investimento em infraestrutura, além de ser uma 
necessidade em função dos gargalos logísticos e estruturais existentes no 
Brasil, também pode auxiliar no processo de retomada do crescimento via 
geração de trabalho e renda.
3 Se no curto prazo o crescimento econômico pode ocorrer 
exclusivamente por conta da demanda, de que forma uma política 
fiscal expansionista poderia influenciar positivamente a demanda 
agregada?
R.: O governo pode estimular positivamente a demanda agregada por 
meio de uma política fiscal expansionista concedendo diminuição ou 
isenção de tributos como ICMS, IPI, que recai sobre o preço dos produtos 
destinados ao consumidor, o que vai aumentar o seu poder de compra 
já que com preços menores o consumidor pode adquirir mais produtos 
mesmo permanecendo com a mesma renda. Pode também reajustar a 
tabela de cálculo do imposto de renda, fazendo com que a parcela da 
renda destinada ao fisco seja menor.
9
MACROECONOMIA II
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 Explique por que a curva de oferta de trabalho é positivamente 
inclinada.
R.: Os economistas de perspectiva clássica e neoclássica pressupunham 
que o indivíduo procura maximizar a utilidade ou sua satisfação. Os 
serviços de trabalho são fornecidos por trabalhadores individuais. O 
nível de utilidade que o ofertar trabalho tem para um trabalhador é dado 
pelo salário real (W/P). Quanto maior o salário real maior o incentivo 
para os trabalhadores optarem por trabalhar mais horas, abrindo mão 
de uma maior parcela do seu lazer. Portanto, há uma relação positiva 
entre horas trabalhadas e a magnitude do salário real e um trade-off 
entre horas trabalhadas e lazer (pois para que a renda aumente com o 
trabalho o trabalhador reduz o tempo disponível para o lazer). Assim, 
mais trabalho será ofertado se os salários reais forem mais altos. Isto 
reflete o fato de que um salário real mais alto significa um maior preço do 
lazer. Mas esta relação não é linear. A inclinação da curva de oferta de 
trabalhoaumenta progressivamente, pois reflete o fato de que a medida 
que o indivíduo abre mão de lazer para trabalhar uma hora a mais as 
suas horas disponíveis para lazer estão se tornando mais escassas e, 
portanto, relativamente mais caras.
2 Explique por quer a curva de demanda por trabalho é negativamente 
inclinada.
R.: As firmas demandam a força de trabalho. No curto prazo o produto varia 
unicamente pela alteração do insumo trabalho, de modo que a escolha 
do nível do produto e da quantidade do insumo trabalho é uma única 
decisão, dada por PMgL (produtividade marginal do trabalho). Sempre 
que a produtividade marginal do trabalhador for maior que seu salário 
(ou seja, PMgL > W/P) a empresa tem um estímulo para ↑ND. De forma 
inversa, se a produtividade marginal do trabalho for menor que o salário 
real (PMgL < W/P) o custo marginal para a empresa (o salário real do 
trabalhador adicional) excede o preço do produto. A empresa irá ↓ND.
10
MACROECONOMIA II
3 Mostre graficamente e explique o equilíbrio no mercado de trabalho.
R.: O equilíbrio no mercado de trabalho ocorre no ponto em que a oferta 
de trabalho é igual a demanda por trabalho (Ns = ND). Neste ponto 
não há pressões sobre o mercado de trabalho de forma que o trabalho 
se encontra em pleno emprego (ao salário real ofertado pelo mercado 
todos aqueles que desejam trabalhar estão empregados).
11
MACROECONOMIA II
TÓPICO 2
1 Discorra sobre a seguinte afirmação: A possibilidade de redução 
do número de desempregados pode se dar não pelo aumento do 
número de vagas no mercado formal de trabalho, mas pelo aumento 
da formalidade e da precarização das relações de trabalho. Não 
esqueça de citar suas fontes de pesquisa, trazendo dados para 
justificar sua resposta.
R.: O acadêmico deve pesquisar sobre a relação entre a reforma trabalhista 
e a precarização e informalidade do mercado de trabalho, que pode ser no 
Brasil ou em outros países que já passaram por reformas recentemente.
2 Se a economia estiver operando a pleno emprego, um aumento na 
demanda agregada:
a) ( x) Não provocará aumento no nível de produção da economia, mas 
ocasionará aumento de preços.
b) ( ) Não terá efeito sobre os preços, mas provocará aumento na produção 
da economia.
c) ( ) Não terá reflexos nem sobre o nível de preços, nem sobre o nível de 
produção da economia.
d) ( ) Provocará aumentos de preços e aumento da produção da economia.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
3 Diferencie desemprego friccional de desemprego involuntário.
R.: O desemprego friccional ou natural indica aquele contingente de 
trabalhadores que estão migrando de um emprego para outro, representado 
pelo período em que ocorre a demissão e a formalização de novo contrato. 
Já o desemprego involuntário, como o nome já faz referência, é aquele que 
independe da vontade dos trabalhadores, pois ocorre quando há uma oferta 
de mão de obra superior à procura e é a taxa de desemprego oficialmente 
divulgada pelo IBGE.
12
MACROECONOMIA II
TÓPICO 3
1 Suponha que o feijão apresente elevação de preço. Isso significa dizer 
que a taxa de inflação está aumentando? Justifique sua resposta.
R.: Não significa dizer que a taxa de inflação está aumentando, porque a 
inflação é o aumento contínuo e generalizado do nível geral dos preços. 
Por isso pode ocorrer, inclusive, aumento de preço de alguns produtos com 
a taxa de inflação diminuindo, porque tem que ser avaliado o peso dos 
produtos que estão aumentando de preço no cômputo da taxa e, além disso, 
como há produtos aumentando de preços, pode haver também produtos 
sofrendo diminuição de preços.
2 O que é e quais políticas podem ser adotadas para combater uma 
inflação de custos?
R.: A inflação de custos ocorre quando há um aumento dos custos de 
produção das empresas (salários, impostos, matérias-primas e insumos, 
tecnologia). Dentre as medidas para o combate da inflação de custos, 
podem ser citadas o controle direto dos preços, como o congelamento de 
preços e salários, a adoção de uma política de reajuste salarial mais rígida, 
dificultando o aumento do salário nominal, diminuição de impostos, atuação 
direta do governo em setores oligopolizados para combater aumentos 
abusivos dos preços etc.
3 Por que pode-se afirmar que o Sistema de Metas Inflacionárias (SMI) 
não deve ser pensado como um fim em si mesmo pelo governo?
R.: Manter a inflação sob controle é fundamental, por isso tentar sempre 
convergir para o centro da meta inflacionária é importante, mas não a 
qualquer custo, ou seja, quando a economia apresenta visíveis sinais de 
recessão é preciso levar em conta que medidas de estímulo à atividade 
econômica são igualmente importantes, sob pena de dificultar ainda mais a 
saída da crise econômica existente.
4 A curva de Phillips mostra que:
a) ( ) Tentativas de reduzir os níveis de inflação provocam elevação nos 
níveis de emprego.
b) ( x) Tentativas de reduzir o nível de desemprego provocam elevações 
nos níveis de inflação.
13
MACROECONOMIA II
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Diferencie barreiras tarifárias de não tarifárias ao comércio exterior e 
cite exemplos de aplicação de cada uma delas.
R.: As barreiras tarifárias são impostos que uma nação estabelece sobre 
o preço dos produtos a serem importados, principalmente com o intuito de 
controlar o volume de importações, já que com a fixação de impostos os 
produtos do exterior podem se tornar mais caros que os nacionais. Assim, o 
governo pode estabelecer impostos, como o imposto sobre importação (II), 
taxas alfandegárias e aduaneiras. As barreiras não tarifárias, como o nome 
já diz, não estão ligadas à fixação de impostos, mas com outros obstáculos 
às importações, como a imposição de cotas, entraves burocráticos para 
liberação do produto como exigências de sanidade animal, no caso da 
importação de proteína animal. 
2 Faça uma pesquisa sobre o resultado da balança comercial 
brasileira no período de 2013 a 2018 e correlacione os resultados 
com a conjuntura econômica do Brasil no período, utilizando a taxa 
de crescimento do PIB, taxa de desemprego e a taxa de inflação.
R.: Espera-se que o acadêmico consiga relacionar as diversas variáveis, 
indicando se quando a evolução do PIB foi positiva, a balança comercial 
também foi positiva, e qual a possível influência da inflação sobre os demais 
indicadores. 
3 O país “A” teve, no ano de 2018, uma taxa de juros nominal de 40%, 
sendo que a taxa de inflação do período foi de 25%. Qual terá sido a 
taxa de juros real?
c) ( ) A taxa de inflação está positivamente correlacionada com a taxa de 
desemprego.
d) ( ) Grandes aumentos nas taxas salariais estão associados a altas taxas 
de desemprego.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
14
MACROECONOMIA II
R.: 
 
− =  + 
100
1
n t
r
i
i X 
t
, ,
,
 −
=  + 
=
0 40 0 25 100
1 0 25
12
r
r
i X 
i %
4 Como é determinado o valor da taxa de câmbio no regime de taxas 
flutuantes?
R.: Nesse regime, o valor da taxa de câmbio é determinado livremente 
pelas forças de mercado por meio da oferta e da procura de divisas 
(moeda estrangeira), sendo que o Banco Central não interfere diretamente 
no câmbio como no regime de câmbio fixo. Dessa relação entre oferta e 
demanda de divisas ocorre a valorização ou desvalorização da moeda 
nacional em relação à estrangeira, o que irá interferir também no balanço 
de pagamentos.
TÓPICO 2
1 Discorra sobre a seguinte afirmação: embora a globalização 
financeira tenha possibilitado o crescimento da participação dos 
países emergentes no mercado internacional de títulos (beneficiado 
pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos), também 
aumentou a dependência desses países devido à extrema volatilidade 
das transações financeiras.
R.: Espera-se que o acadêmico relate a extrema facilidade com que os 
capitais, principalmente os especulativos, que são ligados ao mercado 
acionário e de títulos públicos, entram e saem dos países em buscado 
melhor resultado, muitas vezes deixando o país em déficit nas suas contas, 
principalmente na balança de transações correntes. É importante que tenha 
compreendido que a entrada de capitais na forma de investimento direto é 
a mais favorável aos países, pois tende a permanecer por longo período no 
país, gerando emprego e renda para seus habitantes.
15
MACROECONOMIA II
2 Como é determinado o valor da taxa de câmbio no regime de taxas 
flutuantes?
R.: Nesse regime o valor da taxa de câmbio é determinado livremente 
pelas forças de mercado, por meio da oferta e da procura de divisas 
(moeda estrangeira), sendo que o Banco Central não interfere diretamente 
no câmbio como no regime de câmbio fixo. Dessa relação entre oferta e 
demanda de divisas ocorre a valorização ou desvalorização da moeda 
nacional em relação à estrangeira, o que irá interferir também no balanço 
de pagamentos.
3 Dentre os fatores que levam as nações a comercializarem entre si, 
um deles está relacionado com:
a) ( x) As diferenças nos estágios de desenvolvimento tecnológico.
b) ( ) As semelhanças na oferta de capital e mão de obra.
c) ( ) As semelhanças nas características de solo e clima.
d) ( ) As semelhanças na disponibilidade de recursos naturais.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
4 Qual dentre os itens colocados a seguir não pertence ao balanço 
de transações correntes do balanço de pagamentos?
a) ( x) Os movimentos de capitais autônomos.
b) ( ) As importações de bens e serviços.
c) ( ) As transferências unilaterais.
d) ( ) As exportações de bens e serviços.
e) ( ) Nenhuma das alternativas anteriores.
5 Descreva como se encontra o saldo do balanço de pagamentos 
e explique qual o significado de um déficit no balanço de 
pagamentos.
16
MACROECONOMIA II
TÓPICO 3
1 (ANPEC, 1991) Considere-se uma economia do tipo IS-LM aberta ao 
exterior, tanto em fluxos de comércio quanto em termos de capitais, 
sob o regime de câmbio flutuante. Desconsidere-se o papel das 
expectativas sobre a taxa de câmbio. Assinale falsa ou verdadeira 
para cada uma das afirmativas:
 (Observação: considera-se que o autor da pergunta esteja 
considerando livre mobilidade de capitais).
a) ( ) A política monetária não pode afetar o nível de atividade nessa 
economia por meio de alterações da taxa de juros, porque a taxa 
doméstica é igual à taxa internacional.
R.: VERDADEIRA.
Considerando-se perfeita mobilidade de capital, a taxa de juros não será 
afetada pela política monetária, mas uma política monetária expansionista 
levará à depreciação cambial estimulando o nível de atividade; assim, a 
política monetária é eficaz, mas pela alteração da taxa de câmbio. 
b) ( ) A política fiscal não afeta o nível de emprego, apenas a taxa de juros.
R.: FALSA.
Não alterará nem emprego nem taxa de juros, com o que a política fiscal se 
torna inoperante.
2 (ESAF/AFCE-CE/TCU, 2000) Supondo que haja livre mobilidade de 
capital, os efeitos de uma política monetária expansionista em um 
país sobre o nível de renda deste país será:
R.: O saldo do balanço de pagamentos é o resultado da soma da balança 
de transações correntes com a conta capital e financeira e a conta erros 
e omissões. Se o resultado for positivo haverá superávit no balanço de 
pagamentos e haverá déficit se o resultado for negativo. Quando ocorre 
déficit significa que foram remetidos ao exterior mais divisas do que 
entraram no país, ou seja, está havendo um endividamento do país com o 
resto do mundo.
17
MACROECONOMIA II
a) ( ) Nenhum, se houver um regime de câmbio flexível.
b) ( x) Nenhum, se houver um regime de câmbio fixo.
c) ( ) Positivo, se houver um regime de câmbio fixo.
d) ( ) Positivo, não importando qual regime cambial seja adotado.
e) ( ) Negativo, se houver um regime de câmbio flexível.
3 (ESAF/AFC-STN, 1997) Com relação ao modelo Mundell-Fleming é 
verdade que:
a) ( ) O modelo requer hipóteses sobre as expectativas da taxa de câmbio, 
mas não requer nenhuma hipótese sobre a mobilidade de capital.
b) ( ) Quando a taxa de câmbio é flexível, um aumento nos gastos do 
governo faz com que, a um dado nível de preços, a taxa de câmbio 
deprecie e o produto permaneça inalterado.
c) ( ) Quando a taxa de câmbio é fixa, o impacto final de um aumento da 
oferta de moeda é um aumento no nível de produto.
d) ( x) Uma desvalorização num regime de câmbio fixo age como um 
aumento na oferta de moeda num regime de câmbio flexível.
e) ( ) A imposição de uma tarifa gera efeitos opostos num regime de câmbio 
fixo e flexível. No primeiro, faz com que o produto cresça enquanto 
no segundo faz com que o produto decresça.
4 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS/ECONOMISTA/ARGE, 2006) Em 
uma economia com perfeita mobilidade de capitais no exterior, há 
ocorrência de desemprego no curto prazo. A política econômica 
adequada para reduzir a taxa de desemprego, se a economia adotar 
o regime de taxas de câmbio fixas, é uma política:
a) ( ) Monetária expansiva.
b) ( ) De valorização do câmbio real.
c) ( ) Monetária restritiva.
d) ( x) Fiscal expansiva.
e) ( ) Fiscal restritiva.

Continue navegando