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PROJETO DE PESQUSA – DISCENTE: LUCAS ALVES CERQUEIRA DE SOUZA
ORIENTADOR: DR. PEDRO MURILO GONÇALVES DE FREITAS
ÁREA DO CONHECIMENTO: Patrimônio, Conservação e Restauro 
TEMA: Patrimônio Ferroviário
TÍTULO: Patrimônio Industrial: Proposta de Restauro da Estação Ferroviária de Aracaju/SE 
SUMÁRIO
1. Introdução 
1.1. Problemática 
1.2. Justificativa 
1.3. Objetivos 
1.4. Metodologia 
2. Patrimônio Ferroviário 
2.1. Ferrovia no Brasil e a Estrada do Timbó 
2.2. Siqueira Campos, o bairro das oficinas 
3. Estudo da Área
3.1. Estudo do Objeto
4. Projetos Referenciais
5. Proposta Arquitetônica 
6. Considerações Finais 
7. Referências Bibliográficas 
CONTEXTUALIZAÇÃO
A preservação do Patrimônio Industrial não é uma discussão nova. De acordo com Feitosa (2014), ela surge em meados da década de 50 na Inglaterra e ganha força na década seguinte quando acontecem demolições de alguns exemplares importantes da arquitetura fabril naquele país. Segundo Kühl (2010), o patrimônio industrial abarca vestígios da cultura produtiva de uma dada sociedade que possuam valor histórico, tecnológico, social, arquitetônico ou científico. Tais vestígios compreendem diferentes grupos de objetos, em grande maioria vinculados a processos de industrialização das cidades a partir do século XIX como fábricas, galpões, chaminés e demais edifícios, incluindo o patrimônio ferroviário. Kühl (2010) ainda aponta que apesar do reconhecimento recente do patrimônio industrial como objeto de preservação nas cidades, ainda são pouco debatidas maneiras de se intervir nesse tipo de sítio histórico urbano, respeitando os valores que os caracterizam. 
PROBLEMÁTICA
A Estação Ferroviária de Aracaju localizada na Praça dos Expedicionários no bairro Siqueira Campos está abandonada, apresenta um forte risco de arruinamento. A desativação da Companhia RFSSA, e consequentemente da Estrada de Ferro do Timbó, inviabilizou o uso de trens em Sergipe e com isso o prédio da estação ferroviária perdeu sua função. É flagrante o descaso e as diversas mutilações que os elementos arquitetônicos da estação tem sofrido ao longo dos anos. Sabe-se que a vida de um edifício está diretamente ligada ao seu uso e sua manutenção. A partir do interesse em estudar as possibilidades do restauro do patrimônio industrial, buscam-se bases teórico-metodológicas e técnico-operacionais próprias para desenvolver este tipo de intervenção em um trabalho final de conclusão de curso. 
JUSTIFICATIVA 
A segunda Estação Ferroviária de Aracaju foi construída em 1950 a partir de projeto do construtor alemão Herman Otto Arendt von Altenesch (MACIEL FILHO; GRAÇA, 2014). O prédio de dois pavimentos com características formais que remetem ao estilo art déco trazia à capital Aracaju uma nova estação ferroviária, maior e mais moderna, segundo a visão progressista presente da época. O conjunto, contudo, também é composto, além do prédio principal, pela caixa da água, galpões, rotunda e toda a área onde de entorno, e fazendo parte dos bens declarados como valor histórico, artístico e cultural inclusos na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário do IPHAN. 
De fato, o conjunto ferroviário tem uma grande importância na história do bairro Siqueira Campos e, portanto, também da história da cidade de Aracaju. O bairro surgiu a partir da implantação das oficinas de manutenção das locomotivas da primeira estação (hoje demolida, anteriormente localizada entre os mercados municipais e próxima ao antigo porto). A nova Estação trouxe desenvolvimento econômico e aumento populacional para o bairro, marcando um processo de expansão da cidade rumo à Zona Oeste. A partir desse aumento, houve a urbanização e regularização do traçado do bairro entre as décadas de 40 e 50, vinculadas diretamente ao conjunto. As duas ruas mais importantes do bairro estão próximas à Estação e se conectam com a Avenida Augusto Franco, onde passava a linha férrea. Também é possível observar diversos exemplares com características art déco em algumas residências e edifícios públicos no bairro indicando como o conjunto se tornou um verdadeiro marco identitário para o Siqueira Campos. 
Além dessas características históricas e culturais, o espaço onde se situa o conjunto ferroviário possui extensa área verde, em zona de fácil acesso entre a zona norte, oeste e central da cidade. A área apresenta imenso potencial para usos públicos pela sua centralidade, dimensão e características ambientais. 
OBJETIVOS
Geral:
Elaborar um projeto de restauro e plano de conservação do conjunto arquitetônico 
Específicos:
Realizar uma análise física do prédio principal e demais edifícios da área
Atender às prerrogativas do restauro preservando a autenticidade do conjunto arquitetônico e urbanístico
Investigar novos usos para as construções, ampliando a função social do conjunto ferroviário em risco. 
Desenvolver uma área verde e de lazer para a população dos bairros próximos 
METODOLOGIA
A metodologia deste trabalho consiste em pesquisa bibliográfica para criação do referencial teórico, pesquisa documental de fontes primárias em arquivos e pesquisa em campo. Esta última compreende visitas, análises, observações e fotografias para estudo do estado de conservação e avaliação do grau de alteração arquitetônica e ambiental. Também serão realizados estudos de projetos referenciais, entrevistas com moradores para recolher opiniões acerca dos possíveis usos para o local e elaboração de diagnóstico conservativo para a construção de critérios de intervenção. 
RESULTADOS ESPERADOS 
Espera-se elaborar um projeto de restauro para a Estação Ferroviária de Aracaju atendendo aos princípios teórico-metodológicos e técnicos da Restauração Arquitetônica, afim de conservar o conjunto arquitetônico para o futuro. Tem-se em vista também a elaboração de uma proposta de revitalização da área que possa ampliar a qualidade de vida da população do entorno e valorizar a história do conjunto e do bairro Siqueira Campos.
BIBLIOGRAFIA
IPHAN. PORTARIA Nº 407, de 21 de dezembro de 2010. Dispõe sobre o estabelecimento dos parâmetros de valoração e procedimento de inscrição na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário.
 IPHAN. PORTARIA Nº 441, de 13 de dezembro de 2011. Torna pública a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário
KUHL, Beatriz Mugayar. Patrimônio industrial: algumas questões em aberto. Arq.urb Revista Eletrônica de Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, n. 3, p. online, 2010. Disponível em: < http: //www.usjt.br/arq.urb/numero_03/3arqurb3-beatriz.pdf >. 
FEITOSA, Suzete Santos Bomfim. O patrimônio industrial do Nordeste brasileiro: o caso de Sergipe. 2014. 299 f., il. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) —Universidade de Brasília, Brasília, 2014.
MACIEL FILHO, Carlos Cesar Menezes; GRAÇA, Rogério Freire. A estética art déco e a arquitetura estatal da era Vargas em Aracaju. Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-UNIT, v. 2, n. 2, p. 99-123, 2014.

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