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A Prática da Mediação no Direito

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Seminário "A Prática da Mediação no Direito"
Palestrante: Aline Paola Correa Braga Camara de Almeida (Procuradora do Estado do Rio de Janeiro)
Data: 10/12/1018
Realização: PGE-RJ
eu queria fazer essa
apresentação sobre dois aspectos sobre o
VIÉS DE duas perguntas a consensualidade é
realmente um novo paradigma para a
administração pública?
e qual é o papel da advocacia pública
nesse ambiente? se o ambiente da
consensualidade no mundo do direito
privado é um mundo
mais pautado pela lógica mais
pautado por preceitos de coerência
pelo lado como é apresentou dor é
samantha o pelo efeito psicológico como
quis trazer o doutô conrado que eu
concordo plenamente
mas será que esses preceitos se aplicam
na administração pública?
eu acredito que a gente trabalha sobre
outra dinâmica sobre outros princípios
sobre outros valores
e não é que é mais fácil que é mais
difícil mas é porque talvez a lógica
seja diferente então nós temos que
pensar sobre uma outra lógica
e aí eu já queria trazer alguns
antecedentes pra gente pensar que talvez
essa nova lei a 13.140 não seja
exatamente um marco um novo caminho que
antes não se trilhava. Desde 
desde 2005 a lei de concessões é de 95
mais em 2005 teve uma alteração
importante na lei que estabeleceu que o
contrato de concessão poderá prever o
emprego de mecanismos privados para
resolução de disputas de correntes ou
relacionados ao contato inclusive
arbitragem
então embora naquele momento a grande
discussão tenha sido pode administração
sim ou não se valer da arbitragem
a própria lei já trazia a sinalização
para outras formas de solução do
conflito que esse conflito fosse
dirimido de outras formas privadas e
consensuais
da mesma forma veio a lei das parcerias
público privadas a lei 11.079 que é de
2004 e aí a redação original do artigo
11 já estabeleci uma relação muito
parecido
a lei do rdc também cuida da arbitragem
e já faz menção expressa à mediação
logo depois veio a lei da arbitragem e
1996 mas ainda trazendo
e é sob o ponto de vista geral foi só em
2015 que expressamente a lei da
arbitragem abriu o caminho para a
administração pública aqui no próprio
âmbito da admiradora da procuradoria
geral do estado me lembro é participar
de palestras eventos discussões e sempre
a conclusão foi no sentido de que a
administração pública poderia participar
de arbitragens mesmo naquele momento em
que a lei não expressava é a
administração pública como parte desse
processo mas em 2015
eu acho que essa discussão veio por água
abaixo que a administração foi
contemplada expressamente isso sem
contar também com o novo código de
processo civil que entrou em vigor em
março de 2016 que contemplou
expressamente a possibilidade de solução
de conflitos para a administração
pública
então essa lei a 13.140 ela trouxe o
marco sinto é muito importante porque
muitas vezes a administração pública a
lei serve para estabelecer novos
caminhos que devem ser trilhados é e
acho que ela tem um valor muito grande
por conta disso até porque esse agente
foi dar uma olhada geral nessas normas
que estou apresentando pra vocês vocês
podem perceber que a maioria delas cuida
dos contratos administrativos concessão
pp
o rdc mas será que é só nesse ramo que a
gente pode pensar em com sensualidade na
administração pública e com certeza não
porque os conflitos não estão limitados
a esses temas
infelizmente não só para ir pela ordem
aqui das procuradorias especializadas
a gente tem conflito é na área de
tributação na área de pessoal na área de
meio ambiente
desapropriações indenizações de uma
forma geral contratações públicas também
é que temos é alguns conflitos dê jeito
trabalho temos de conflitos
previdenciários com é só no direito
contra
uau que a administração tem esse esse
tipo de conflito portanto temos que
pensar em novas formas de solução ea lei
13.140 veio trazer a autocomposição para
a administração a autocomposição ela
acaba exigindo da administração o maior
compromisso com a solução do conflito
ela resolve de uma certa maneira colocar
também nas mãos do advogado público uma
responsabilidade pela boa solução da
questão não vai bastar só ao procurador
ser um ótimo advogado comparativo se um
ótimo advogado que vai expor perante o
tribunal todos os problemas para
defender a administração até sob o ponto
de vista por exemplo processual o que
está em voga é a solução daquele
problema para o administrado e exige um
maior compromisso entre as partes. é a eu
trouxe aí mais ou menos a redação da lei
13.141 é a mesma redação do código de
processo civil reparem que a lei se
dirige à solução de conflitos entre
órgãos e entidades da administração
pública é a chamada é que entra a
administrativa
então os próprios órgãos da
administração muitas vezes são levados a
litigar
o que pode parecer alguma coisa fora do
contexto como é que você pode ter por
exemplo a polícia militar litigando com
a cedae que tipo de litígio é esse se
essas duas entidades fazem parte da
própria administração pública
não existe uma outra forma de solução de
conflito será que a advocacia pública
não poderia intervir
então já era essa não é uma novidade
esses conflitos existentes entre órgãos
da administração pública a procuradoria
muito mesmo antes dessa nessa norma já
atuava para tentar uma solução que não
fosse judicial
existe uma outra forma também que entre
particulares e pessoas jurídicas de
direito público
então nesse caminho também há a a
procuradoria advocacia pública em geral
pode atuar
eu acho que esse é uma das principais
oportunidades que tem a advocacia
pública agir para solucionar esse
conflito tô administrado seja uma
empresa privada uma sociedade empresária
ou os próprios particulares os
servidores que estão é sendo submetidos
a alguma questão que não concordam e são
levados ao judiciário e quando possível
a lei também cuida do termo de
ajustamento de conduta é autocomposição
gente é muito importante pra gente
pensar porque embora a administração
pública seja uma dos maiores litigantes
da justiça sendo uma novidade para vocês
terem uma idéia em 2017 de 80 milhões de
processos que existem no poder
judiciário dos 23 maiores litigantes 15
são administração pública é um dos 23
maiores litigantes 15 é administração
pública
há um excesso de litigância os números
são impressionantes mas a premissa que a
gente teve trabalhar a autocomposição é
que não estamos nesse ambiente para
desafogar o judiciário
acho que essa é a primeira premissa que
nós temos que trabalhar a autocomposição
desafogará o judiciário sim mas como
consequência do trabalho da advocacia
pública
a primeira adriano aspecto que o
advogado público tem que pensar é sobre
a defesa do erário se como é que a gente
está fazendo a defesa do erário
litigando por tanto tempo será que a
conta ao final de tanto tempo vai ser
mais caro
mais barata qual é o custo que se terá
não só em termos financeiros mas também
em curso para a organização da
administração pública a organização da
advocacia pública o custo pessoal de se
aguardar uma decisão tão demorada para
este particular
então esse é um viés que a gente tem que
imaginar e pensar em trabalhar nova
advocacia pública além disso é essa
litigância eterna acaba aumentando uma
sensação de insatisfação com a própria
administração seu estado
o estado que visa pelo seu cidadão um
estado numa administração pública
responsável o estado numa administração
pública de resultado vai buscar cada vez
mais a satisfação dos seus administrados
enquanto que isso poderá repercutir
positivamente para administração e
também para a advocacia pública então
isso acarreta nos sentir uma espécie de
paz social em que um cidadão pode
acreditar na administração pública que o
melhor caminho será tomado que a
administração pública pode ser um
ambiente confiável pode ser uma
instituição quem está ao lado do cidadão
que seja pró cidadão e essaé a melhor
forma de se atingir o interesse público
diminuindo a litigância e se aproximando
cada vez mais do do cidadão é essa nova
forma também vai permitir que o cidadão
o que o administrado escolha se ele vai
buscar o poder judiciário para a solução
do problema dele mas ele tem outras
formas que se chama alternativas nessas
outras formas para buscar também é a sua
o seu direito e eu acho que isso faz com
que o próprio cidadão começa a pensar em
novas formas de dar solução do
conflito novas formas de envolvimento do
cidadão na solução do conflito e um
maior comprometimento também é quando se
pretende solucionar o conflito
bom mas qual ou quais são assim os
grandes desafios iniciais que tem
administração pública
a primeira pergunta que a gente deve
fazer é quais são os conflitos que podem
ser submetido às câmaras de conciliação
qualquer tipo de conflito a
administração pode sentar e negociar com
o administrado sedutor é samantha estava
eu chamo baixou de nossa atenção para a
questão da lógica da coerência é da não
necessidade de uma juridicidade imediata
para a solução do problema mas na
administração pública não funciona dessa
maneira
comia esse é um desafio muito grande
porque ainda que a advocacia pública
possa se valer dessas técnicas de
negociação sempre vai ter que ter em
vista a idéia da indisponibilidade do
interesse público é uma velha discussão
que se tem
qual é o limite do interesse público ele
realmente indisponível será que só
administração pública que tem as rédeas
e sabe conduzir o que interesse público
essa é uma atividade exclusiva da
administração dizer o que é interesse
público como se formata e quais são os
valores intrínsecos questão é formando
esse interesse público mas é uma
discussão muito antigo que se teve muito
em voga principalmente quando veio a lei
da arbitragem
a principal discussão era bom como é que
a administração vai colocar os seus
conflitos em arbitragem se o interesse
público é indisponível
será que todo o interesse público é
disponível e aí ainda que a gente não
esteja muito mais usando essa
classificação é é hoje existem outras
mas eu queria lembrar essa distinção
entre interesses públicos primários
e secundários os primeiros interesses
públicos primários realmente são aqueles
que estão diretamente vinculados ao
exato de império eles talvez jamais
possam ser negociados que se tratam dos
interesses públicos indisponíveis
mesmo assim todo aquele interesse
público que possa ser negociado que pelo
menos tem uma representação patrimonial
ele pode ser levado a forma de solução
porque não é só a administração pública
que pode determinar que tipo de
interesse público seja isso
então ainda que se tenha idéia da
supremacia do interesse público sobre o
interesse privado
pelo menos num uma idéia de
administração pública em que se vale pra
si mesmo hoje a moderna idéia de
administração pública é ter o cidadão
como centro das dada sua própria
administração teu administrado como o
resultado final da sua ação
administrativa mas ainda que a gente
pense em interesses é indisponível 6
sempre a determinadas categorias de
interesse disponíveis que possam
expressar algum valor patrimonial por
exemplo matérias relativas ao meio
ambiente mesmo que a gente imagine a
indisponibilidade desse interesse
qual é a forma do cumprimento da norma
para reparação do meio ambiente será que
o replante adequado será que o pagamento
de uma multa muito alta vai resolver o
problema
então ainda que esse direito seja
indisponível ainda assim há uma
representação financeira uma
representação patrimonial que a
administração pública possa pensar
então acredito que esse seja um dos
caminhos muito importantes pra que se
pense e repense
a a indisponibilidade do interesse
público
é nesse quadro também a gente percebe um
grande incentivo legal para as questões
como eu tinha comentado com vocês logo
na tela anterior
as questões que envolvam equilíbrio
econômico financeiro do contrato
eu fico pensando assim que o legislador
imaginou que contrata uma matéria muito
simples de se resolver muitas vezes é
administração mesmo que não quer dar o
equilíbrio como é especialista na
matéria trabalhando muito tempo
encontrar-se licitações
eu acho que pode parecer simples mas
muitas dificuldades se tem com relação à
colocação do equilíbrio
mesmo assim a posição da administração
de parceria em relação ao contratado uma
relação de mais igualdade e de
compreensão do outro lado do que está
sendo apresentado tende a trazer maiores
benefícios para o parceiro da
administração que o contratado que tanto
tempo executou as obrigações que foram
firmados
o que não deixa de mostrar também uma
grande incentivo para a á a permanência
desse contratado ea prestação dos
serviços públicos com maior qualidade
dessa norma só ficam excluídas as
controversas sujeitas a autorização
legislativa então por exemplo alguma
questão que tem a ver com a desafetação
de um bem que obrigatoriamente passaria
pela autorização legislativa
essa essas normas não por esse conflito
não pode ficar sujeito a autocomposição
porque não está adstrito à competência
do poder executivo precisando que o
poder legislativo de também uma
autorização é e nesse contexto a lei
cria as câmaras de prevenção e resolução
administrativa de conflitos
esse é o nome genérico é que a barca
numa visão mais geral não só a
conciliação mas também a própria
prevenção
elas são criadas no âmbito da ajuda das
advocacias públicas o que é bem
importante trouxe um protagonismo
especial da advocacia pública para o
trato dessa questão
a câmara ela não é obrigatória é sempre
o administrado que vai escolher se vai
submeter o seu problema
o seu conflito ao poder judiciário ou se
vai levar diretamente à câmera então não
é uma etapa prévia para que se busca a
solução do seu problema no poder
judiciário o que também me parece bem
interessante e tem a forma é de
funcionamento estabelecido em
regulamento elas podem atuar de ofício
ou mediante provocação e uma
característica que eu acho também
importante é que não necessariamente
elas precisam ser presenciais ou talvez
a gente tenha que imaginar novas
fórmulas de consenso na administração
pública que não precisa se valer
exatamente de uma make uma reprodução de
uma audiência em que a presença das
partes seja necessário durante todo o
procedimento talvez no início na
primeira é a oportunidade de discussão
na primeira rodada nas primeiras rodadas
mas depois embora imaginar vídeo
conferências chats outras formas na
solução do conflito é o estado do rio de
janeiro especificamente já está um pouco
mais avançado
nessas câmeras dão tanto quanto a
advocacia geral da união que foi a
percussora nessa matéria mas hoje já
temos em funcionamento na procuradoria
duas câmeras
a primeira é chamada a câmara de
resolução de litígios de saúde então na
área de saúde a segunda na área de
educação que é chamada a casca é
essas câmeras ea caixa que a cama
administrativa de solução de conflitos
elas não deixam de ser um arranjo geral
pra solução de conflitos um pouco mais
pontuais relativos a essas matérias de
discussão então a câmara de saúde por
exemplo que busca não é no não deixa de
ser uma a uma com sensualidade mas está
mais ligada a uma prevenção é um um
lugar aonde fica concentrada é a
defensoria pública as as secretarias de
municipal de saúde a secretaria estadual
de saúde
a advocacia geral a a defensoria da
união a onde o cidadão que precisa de
medicamento o que está em busca de uma
internação ou uma mudança do hospital
onde ele está internado ou uma busca de
uma cirurgia antes deve se encaminhar
para o poder judiciário ele comparece
nessa nesse local que aqui na rua da
assembléia mantido com os recursos da
procuradoria e lá ele é atendido por um
por um conjunto de pessoas que vai
direcionar para onde ele teve entre 2013
e 2016 e os dados do próprio siteda
procuradoria geral do estado foram
atendidos 30 mil pessoas
dessas 30 mil pessoas 15 tiveram uma
solução pela câmara de conflitos
então eu acho que é um número
surpreendente são menos 15 mil ações que
entraram na procuradoria e que
provavelmente tinham soluções
administrativos da procuradoria tentando
resolver esse problema
o outro também outro é bem sucedido é
com relação a este a na área de saúde
aonde também problemas com relação à
busca de diplomas também é facilmente
resolvido
eu vou pular para o nosso tempo já está
corrido para os desafios que a advocacia
pública tem é com relação a esse tema
o primeiro deles eu chamo a atenção para
o protagonismo dos advogados públicos
mais pra como tudo na vida é bom quando
você tem um grande protagonismo tudo que
tem os bônus têm também os ônus eo bônus
também talvez seja a conscientização e
um caráter prático para implantação dos
mecanismos consensuais da procuradoria
durante muitos anos foi considerada um
grande escritório de advocacia e
acredito isso pelo menos aos dez anos
atrás essa fama veio pela pelo seu bom
combate
muitas causas ganhas muitos processos
importantes e talvez a própria dinâmica
dos conflitos seja fazer com que o
advogado público trabalho pelo processo
então a administração pública tem algum
conflito ela espera não resolver isso
espera que seja judicializado porque
mandar o processo para a procuradoria e
aí o administração se livra desse
processo por cinco dez 15 anos até a
sair uma solução
a maior vantagem para o administrador é
que muitas vezes ele não se envolve com
a solução do conflito tão na maioria das
vezes não é o administrador quem vai
pagar a conta ele deixa a conta pro
outro pagar quando é ele que tem que
pagar conta né isso já traz uma maior
responsabilidade para o próprio gestor e
acho que esse talvez seja o nosso maior
desafio é chamar o cliente para a
solução da controvérsia porque se o
advogado público é quem está na ponta é
o protagonista dessa solução
o advogado público não vai poder
resolver a questão e isso tem que partir
de uma cultura e uma percepção da
necessidade dos
estou público é ele quem tem que dar o
ponta pé inicial mas sobretudo ter o
compromisso para solucionar a questão
e eu acho que esse também é um desafio
bem importante
a gente sabe de alguns casos que nem com
uma decisão judicial transitada em
julgado há o cumprimento
como é que a gente vai talvez mudar a
chave do gestor trazendo gestor é o
compromisso alertando da necessidade
dessa nova fórmula de solução
e aí é eu acho que esse é um dos maiores
problemas que a gente pode ter
a segunda fórmula a terceira forma ainda
é a capacitação dos advogados públicos
na gente imaginar que o procurador do
estado não vai ser só aquele combativo
que vai na audiência que vai brigar na
audiência que vai fazer uma ótima
sustentação oral mas principalmente
aquele que está disposto a ouvir a
perceber o conflito e tentar resolver o
conflito tirá la da melhor maneira
possível
isso acaba trazendo uma mudança de
cultura
o advogado tem que partir de novas
formas de aprendizado novas formas de
aplicação de tudo aquilo que ele já
tinha aprendido é o que exigirá também
um aprimoramento da estrutura física
talvez não seja essa estrutura física
por mais bonito que seja o nosso prédio
procuradoria ea mesmo é os procuradores
estão muito bem servidos aqui uma vez a
gente agora tem que pensar em novas
formas de estrutura física para poder
receber os administrados e receber é
aquelas pessoas que estão estão estar
insatisfeitas com o poder público
mas eu acredito que o maior desafio seja
a esperança da celebridade no
procedimento e se tem a idéia de que
essas formas consensuais trarão uma
celeridade muito maior do que o
procedimento judicial e acredito que
no âmbito privado seja assim mas quando
a gente pensa em administração pública e
se a gente imaginar que você vai tirar
todos essas ações do poder judiciário e
vai transferir para o ambiente da
procuradoria para que os procuradores
possam resolver todos esses conflitos
isso me preocupa muito porque não e
também aí não vai ser só com relação à
cultura é qual vai ser o modus operandi
de fazer essa mágica funcionar dessa
maneira então talvez a gente tem que
imaginar quais são os problemas que a
gente vai resolver se são os que já
estão postos são os futuros embora é
existam formas interessantes e mais
rápidas de poder dar uma uniformidade de
decisão para todos mais são os nossos
grandes desafios é tão já
finalizando eu acho que a gente tem que
ter coragem para implementar essas novas
fórmulas de consensualidade não é mais
uma uma tendência eu acho que já estamos
mais por uma obrigação de pensar nessas
novas formas de resolução sem sermos
mais efetivos não é com relação a esse
ponto
sair do papel não deixar só que seja
mais uma lei em que a procuradoria não
consiga colocar em prática mas eu
acredito que essas essas duas câmaras de
conciliação já estejam dando um bom
exemplo e precisamos nos aprofundar mais
no assunto debater mais refletir mais
para pensar em melhores mecanismos pa
para atuação não são essas reflexões que
eu queria trazer para vocês e queria
agradecer muito a atenção sobre gado bom
é gostaria de agradecer a doutora lina o
doutor conrado ea doutora samantha pelas
exposições que nos deram um valoroso
panorama né das vantagens e também dos
desafios
os dos muitos desafios é da
implementação dessa cultura de mediação
e também do papel que a administração
pública tem tanto na condução né quanto
também na promoção é desta forma
alternativa ao alternativa de conflitos
é e por fim antes de encerrar o evento
com com um sorteio de dois kits eu
queria franquear a platéia oportunidade
de eventualmente fazer alguma pergunta
se alguém é absurda gostaria de algum
esclarecimento é assim
olá boa tarde mas não mandou nada eu
gostaria de fazer uma pergunta não é só
um interesse que eu tenho pra ela área
de mediação produtora samantha é
mediadora senhora mediadora né
depois no final do evento senhora puder
me trazer informações ou falar que o
público mesmo sobre o curso de mediação
as pessoas que estão interessadas nessa
área como é que é como é o acesso é para
a capacitação como mediador
obrigado
então leonardo né
é bom o curso de agente tem o curso de
mediação é de mediador extra judicial
e aí cada escola vai ter o seu formato
ea gente tem o curso de mediação que
também inclui a mediação judicial
e aí tem os parâmetros pelo cnj tá eu
diria pra você que existem diversas
escolas no rio de janeiro
a gente tem a emerj por exemplo como fim
uma possibilidade mas a gente também tem
em curso na oab e curso em instituições
privadas curso em universidades né
o curso sempre tem uma parte teórica e
que vai incluir simulações e depois uma
parte para uma parte prática de prática
real supervisionada por que no final
você vai conhecer uma porção de
norteadores teórico mas você só vai a
primeira prática então vai ter um
supervisor que vai acompanhar a sua
desenvoltura e vai te ajudar com algumas
reflexões para que você possa
incrementando a sua atuação
tá bom
não vem é advogado e que o advogado fala
eu estou aqui representando meu cliente
e aí considerando todo esquisito né ss e
se a questão rica da mediação hoje
enquanto mediador a judicial queria
saber isso não entende o advogado pode
representar o cliente então é não o
advogado não vai representar o seu
cliente porquê porque na verdade e se o
cliente falar se pela voz do advogado é
seria uma leitura do advogado sobre o
que é importante para o cliente então a
gente perderia muito né e mediação
trabalha com pauta objetivo e pauta
subjetiva então só aí a gente sabe que
se fosse pela fala do advogado só a
pauta objetiva viria pra mesa primeiro
ponto segundo teria um filtro que é o
que é juridicamente relevante da pauta
objetivo é terceiro
como é que eu trago que é juridicamente
relevanteda pauta objetivo de tal forma
que se não se chegar a um acordo depois
eu possa adaptar essa narrativa para uma
causa judicial nem por uma própria
formulação de uma pretensão judicial que
possa ser consonante com a doutrina
quanto a jurisprudência obviamente com a
legislação também por isso que a gente
não trabalha com representação na
mediação os próprios medianos vem pra
mesa e eles vão trazer a sua história
sua perspectiva as suas percepções e um
mediador por meio de perguntas vai
ajudar a se chegar num entendimento é a
gente fala é porque na verdade num
evento numa fala curtir não dá para
incluir esse tipo de reflexão mas por
exemplo a mediação não é exitosa porque
chega a um acordo
a mediação é exitosa se a comunicação
foi estabelecida a confiança for
minimamente restaurada né porque a
partir do momento em que as pessoas
conseguem voltar a conversar
elas podem sozinhas chegarem
entendimento às vezes com ajuda dos
advogados
boa tarde eu tudo bom ter essa mateus o
cat é o mediador e conservadora no
tribunal de justiça no trt da 1ª região
ea minha pergunta é a seguinte é uma
pergunta que tem saído recentemente no
no site do próprio cnj sobre a questão
da remuneração a remuneração pra
mediador e conciliador que a doutora
poderia nos trazer de novo nesse sentido
que têm circulado algumas informações
sobre a questão da remuneração
então é na verdade vamos lá em relação a
essa questão é o mediador privado ele
cobra o quanto ele quiser
igual o médico igual um advogado
qualquer profissional da iniciativa
privada nem pode cobrar o que quiser
o que não pode é vincular a sua
remuneração à ao resultado final porque
se não haveria conflito de interesse
se eu for receber como mediadora um
percentual do acordo eu evento eu nunca
faria está supostamente eu poderia
tentar puxar para um acordo ele esse
diretivo no sentido de um acordo mais
alto para que a minha remuneração foi
maior o que subverteria absurdamente a
proposta porque o medidor não deve ser
diretivo diferente do conciliador
tá é agora a gente pode ter parâmetros
nem a gente pode ter parâmetros por meio
de uma tabela de honorários mínimos da
oab
a gente pode ter parâmetros por meio de
outro chute outros órgãos
o cnj acabou de aprender trazer uma
algumas referências né
é então eu confesso pra você e se eu
ainda não tem um ainda é por acaso eu
vou sair daqui e vou para uma reunião na
oab cinco horas da tarde onde a nossa
comissão vai exatamente estudar esse
tema é porque é um tema muito importante
até porque a gente já teve no conselho
de ética do conselho de ética não penal
no conselho pleno da da seccional do rio
de janeiro a gente já teve um processo
para incluir no código
janelas mínimos essa previsão que era
tanto do advogado que atua como assessor
jurídico e mediação quanto do advogado
que atua como mediador ea gente retirou
da pauta do conselho porque o cnj ea
regulamentar e aí a gente achou que
valia a pena esperar os parâmetros do
cnj
mas o que o cnj fez ele trouxe alguns
ele diz o seguinte existem mediadores em
princípio de carreira e aí ele trouxe lá
referências isso existem existem
mediadores com algum tempo de
experiência e existem mediadores
seniores esses mediadores cobram que
quiserem mas os dois primeiros ele traz
alguns parâmetros né pra noite a essa
cobrança é até onde eu só passei os
olhos porque a gente ainda discute isso
enfim mas é por exemplo e nas causas
como as nossas de família por exemplo em
que não tem é conteúdo juridicamente
apreciável e numa causa de guarda e será
mesmo que num contexto de uma mediação
familiar envolvendo guarda convivência
enfim será que que a gente poderia se
pautar pelo que é econômica com o valor
da daquela daquela econômico naquela
controversa enfim pra gente pensar mas
ainda é algo que a gente tá é no âmbito
da oab am an estudando pra gente poder
se posicionar publicamente até porque na
oab a gente faz tudo em colegiado

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