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CINEMATICA DO TRAUMA CINEMÁTICA DO TRAUMA Cinemática do trauma: Pode ser entendida como o processo de avaliação da cena do acidente, antes mesmo de serem realizadas as primeiras avaliações das vítimas. Tal assunto visa prever e até mesmo determinar as forças que estiveram envolvidas e os possíveis movimentos durante o acontecimento do incidente, e assim estimar as prováveis lesões associadas ao trauma. ◦ Trauma: Evento nocivo que advém de formas especificas de energia, podendo ser mecânica, química, elétrica ou irradiação. EVENTO TRAUMATICO Podem ser divididos em 3: Pré-colisão: são os eventos que antecedem o acidente, como as condições da via num acidente de trânsito, o uso do cinto de segurança ou o histórico de doenças da vítima. Esta fase está associada à prevenção; Colisão: é a fase do impacto entre um objeto em movimento e um segundo objeto, por exemplo, carro contra carro, corpo humano contra o solo ou fragmentos de artefato explosivo contra o corpo humano. Pós-colisão: caracteriza-se pelo atendimento ao paciente. Nesse estágio são importantes todas as informações coletadas nas fases da pré-colisão e colisão. CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA FECHADO: Impacto direto em determinada região. Energia no interior do corpo provocando danos internos nem sempre evidente como compressão, cisalhamento, rompimentos de órgãos e vísceras. (NUNCA DISPENSAR SUSPEITA DE LESOES E HEMORRAGIAS INTERNAS) PENETRANTE OU ABERTO: Facilmente identificados, evidenciados por lesões abertas, as quais proporcionam mais risco de infecção e causa desiquilíbrio de pressões internas e intracavitária. COLISÕES Frontal: o corpo se move para frente e posteriormente pode mover-se ainda para cima, atingindo o teto ou parabrisa, ou para baixo, atingindo o painel e pedais. Ocorre Cabeça contra o para-brisa, Tórax e Abdome contra o volante, Pescoço por compressão. Capotamento Durante a capotagem, o corpo pode sofrer impacto em qualquer direção, chocando-se com o pára-brisa, teto, laterais e assoalho do veículo. O potencial de lesões é grande, principalmente se o indivíduo estiver sem cinto de segurança. As lesões são um misto dos padrões anteriormente descritos. A possibilidade de lesões por compressão da coluna vertebral aumenta nesta forma de acidente. Lesões ocasionadas pelo cinto de Segurança ◦Lesão por explosão de vísceras ocas: intestino, bexiga ◦Lesão de artérias e veias no pescoço ◦Fratura de clavicula ◦Lesões de cabeça/face MOTOCICLITAS Impacto frontal/ejeção: cabeça, tórax e abdome contra o guidom; se ejetado fratura bilateral de femur Derrapada lateral: graves abrasões e avulsões de tecido ATROPELAMENTOS Um dos principais tipos de acidentes de transito Enorme numero de vitimas fatais e incapacidades físicas Três fases: ◦ Impacto contra o para-choques do veículo (MMII e pelve) ◦Capo e para-brisas (tronco e cabeça) ◦Solo (cabeça, MMSS, coluna vertebral e órgãos internos) Abordagem Inicial a Vitima AULA 02 OBJETIVO A avaliação inicial deve identificar lesões que comprometem a vida do paciente e, concomitantemente, estabelecer condutas para a estabilização dos sinais vitais e tratamento destas anormalidades. Este processo se constitui no ABCDE do atendimento ao traumatizado. Atendimento Inicial Se divide em etapas: Controle da Cena; Abordagem Primária; Abordagem Secundária; Sinais Vitais; Escala de Coma e Trauma. CONTROLE DA CENA Garantir segurança de si, vitima, e demais presentes. Manter sinalização e proteção do local do acidente CUIDAR DE SI Preservar sua vida contra possíveis acidentes no atendimento pré- hospitalar (sangue, cacos de vidro, fogo, desmoronamentos, outros veículos) Preservar-se de acidentes no atendimento de emergência (sangue, secreções, material pérfuro-cortante, transporte/ergonomia) Preservar-se de acidentes no ambiente hospitalar (transporte/ergonomia, sangue, secreções, etc.) ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR •Desobstruir as vias aéreas • Ventilar adequadamente • Imobilizar o paciente • Controlar sangramentos externos significativos • Reposição inicial da volemia • Triagem – exame primário “Trate à medida que encontre”. Exame Primário/Abordagem Inicial Faça o controle cervical; Identifique-se para a vítima Converse com a vítima (localização espacial e temporal) Pergunte o seu nome, o que aconteceu... – resposta a VVAA e nível de consciência Avalie motricidade de membros superiores e inferiores Avalie perfusão periférica PRIORIDADES: A - Manter vias aéreas pérvias, com imobilização de coluna cervical; B - Fazer o controle da respiração e ventilação; C - Circulação e controle de hemorragias; D - Avaliação neurológica; E - Exposição completa do paciente para exame físico e medidas para evitar hipotermia. A) VIAS AÉREAS PÉRVIAS COM CONTROLE DA COLUNA CERVICAL: A avaliação inicial deve identificar rapidamente sinais sugestivos de obstrução de vias aéreas, através da inspeção da cavidade oral e observação de alguns sinais que possam indicar hipóxia e obstrução: Agitação motora - sugere hipóxia; Sonolência - sugere Hipercapnia (presença excessiva de CO2); Cianose – sugestivo de hipóxia; Sons anormais (roncos) - obstrução de faringe; Disfonia - obstrução de laringe. Promover imobilização de coluna cervical; Aspiração/ retirada de corpo estranho Técnicas de manutenção das Vias Aéreas ◦Elevação do mento – chin lift ◦Tração da mandíbula – jaw thrust ◦Cânula orofaríngea ◦Cânula nasofaríngea ◦Aspiração da boca e do faringe COLUNA CERVICAL Não mobilizar a coluna cervical, para permear as vias aéreas Manter o pescoço imobilizado até excluir lesões de coluna cervical Radiografias Parecer do especialista B) RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO: A permeabilidade da via aérea, por si só, não assegura uma boa ventilação. Ventilação envolve: ◦ Pulmões - funcionalidade ◦ Parede torácica ◦ Diafragma OBJETIVO OXIGENAÇÃO VENTILAÇÃO IREMOS: VER; SENTIR; OUVIR; ESTIPULAR OXIMETRIA; Promover ventilação com pressão positiva se necessário, com ambu Ofertar O2 em máscara ou catéter. C) Circulação com controle de hemorragias: Alguns parâmetros são de fundamental importância na avaliação inicial DA CIRCULAÇÃO Pulso; Cor da pele; Enchimento capilar; Pressão arterial; Pressão de pulso; Sudorese. IREMOS AVALIAR: •PALPAR PULSOS(femoral ou carotídeo); •AVALIAR PREENCHIMENTO CAPILAR; •CONTROLAR HEMORRAGIAS SE PRESENTE; •PROVIDENCIAR AVP; D) AVALIAÇÃO DO ESTADO NEUROLÓGICO: Uma rápida avaliação do padrão neurológico deve determinar o nível de consciência e a reatividade pupilar do traumatizado. Na avaliação inicial usamos o método proposto pelo ATLS: ◦ A – paciente encontra-se Alerta: ◦ V – paciente responde a estimulo Verbal; ◦ D – paciente responde a estimulo Doloroso ◦ I - paciente Inconsciente. E) EXPOSIÇÃO DO PACIENTE COM CONTROLE DE HIPOTERMIA: •Exame rápido do paciente; • Imobilizar fraturas; •Transportar a vítima de forma adequada; Encaminhar o paciente certo, no tempo certo, para o hospital certo;