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............................................................................................................................... ENGENHARIA CIVIL LEONARDO FERNANDES SOARES DINIZ – RA: 502112019 CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL PORTFÓLIO ............................................................................................................................... BELO HORIZONTE 2019 LEONARDO FERNANDES SOARES DINIZ CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL PORTFÓLIO Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Faculdade ENIAC para a disciplina Gestão Ambiental e Tratamento de Resíduos. Prof. Danielly Arcini de Souza BELO HORIZONTE 2019 Respostas 1. Em sua visão, o mercado verde tende a crescer? Justifique seu posicionamento. “Economia verde” é definida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como a economia em que o aumento da atividade produtiva resulta em melhoria do bem-estar humano e da equidade social, reduzindo significativamente os riscos ambientais e ecológicos. Isso requer que a economia seja eficiente no uso dos recursos naturais e socialmente inclusiva, de modo que os investimentos públicos e privados possam gerar crescimento na renda e no emprego através da redução das emissões de poluentes, maior eficiência energética e conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos. De acordo com a ONU (2012), a Economia Verde pode ser definida como aquela que resulta em melhoria do bem-estar das pessoas devido a uma maior preocupação com a equidade social, com os riscos ambientais e com a escassez dos recursos naturais. Mercado verde é uma mudança no comportamento do mercado e do consumidor. O primeiro, na mudança do processo produtivo, tornando-o mais sustentável, com menos impactos ao meio ambiente, menos custo energético, mais responsabilidade social. O segundo, na opção por produtos mais sustentáveis, saudáveis. Porém, há questionamentos se existe uma economia verde ou apenas medidas de mitigação de impactos ambientais que não seriam efetivamente sustentáveis no longo prazo. Se, por um lado, existe consenso no empenho das empresas em buscar soluções para construir um mercado mais “verde” e na mudança progressiva do mercado global, surgem controvérsias quanto ao papel do consumidor nesse novo mercado. É visível no mercado a movimentação das empresas para o oferecimento de produtos com baixo impacto ambiental e a crescente preocupação de pessoas físicas ou jurídicas sobre o conceito de “economia verde”. Várias empresas estão focadas nos princípios da economia verde e o enxergam como estratégicos. Num novo cenário de economia de baixo carbono, e de marketing ambiental, não há como pensar em estratégias para longo prazo sem considerar esses aspectos. Um aspecto importante do ponto de vista empresarial é como a economia verde está intimamente ligada à inovação. A inovação tecnológica e gerencial apresenta novas formas de se produzir, gerir ou fazer negócios, aproveitando mercados ainda não explorados ou mesmo melhorando o marketing da empresa, resolvendo conflitos com os próprios instrumentos de mercado. O Brasil, contudo, possui poucos investimentos em inovação, perdendo oportunidades de melhoria e de estabelecer o uso sustentável dos recursos. 2. Cite e explique as ações que as empresas podem empreender para que o mercado verde enxergue valor em consumir produtos e serviços ambientalmente corretos. Apesar de ser uma ferramenta de gestão mercadológica poderosa e eficaz, enquanto o número de consumidores brasileiros conscientes tende a subir, proporcionalmente, cresce também uma desconfiança quanto as propostas e atitudes “verdes” realizadas pelas empresas. Para que o Marketing Verde possa ser executado com sucesso em uma organização, é necessário que o empreendimento assuma uma gestão e uma série de políticas que tenham comprometimento com a sustentabilidade. A empresa deve estar de acordo com os princípios do Marketing Ambiental, sendo eles: Um empreendimento economicamente viável, socialmente justo, culturalmente aceito e, claro, ecologicamente correto. Além disso, é preciso se atentar a outras atitudes resumidas em algumas letras: os 3 R’s: Reduzir, reutilizar, reciclar e os 4 S’s: Segurança, Sustentabilidade, Satisfação do consumidor e Aceitação Social. Desse modo, essas ações não só corroboram a necessidade do Marketing Verde ser pautado por atitudes reais, como geram para as empresas, que aplicam tais medidas, economia de energia e recursos no processo de produção, colaborando para um meio ambiente saudável, enquanto a margem de lucro do negócio aumenta não apenas em quantidade, mas também com qualidade. Startups com a vertente voltada a negócios ambientais estão chegando com força no Brasil, e ideias inovadoras do segmento têm sido muito bem recebidas pelo mercado, o que demonstra claramente o quão promissor é o setor verde e a capacidade de inovação dos brasileiros. O tema negócios ambientais ainda necessita ser aprimorado no País. Temos exemplos de empresas de sucesso, entretanto se comparado com outras nações tomamos uma verdadeira lavada. Para as pessoas interessadas em empreender neste setor é fundamental a preparação, pesquisar cursos, participar de congressos e eventos, conversar com profissionais e pesquisadores do setor, a “troca de figurinhas” em um mercado tão promissor e pulverizado é importantíssima, pois isso permitirá conhecer os problemas, atalhos, erros comuns e tudo mais que facilite a empreitada. Dentro do contexto em que vivemos, se tornou impossível ignorar os impactos que o homem vem causando no meio ambiente por conta da sua exploração e consumo desenfreado dos recursos naturais. A cada ano, a temperatura do planeta se torna mais elevada, a água tem se tornado escassa e até a alimentação das pessoas pode ficar comprometida, caso nada seja feito. Neste sentido, pensar em ações voltadas a reduzir a poluição ambiental, minimizar o aquecimento global e em prol da ecologia se torna mais do que necessário. Trata-se de uma questão de sobrevivência. E isso vale tanto para os indivíduos quanto para empresas — que, ao optar pela adoção de processos produtivos mais limpos e conscientes, ainda podem conquistar uma série de outros benefícios. Os principais benefícios da produção mais limpa nas empresas são: • Redução de custos: Um dos maiores objetivos da produção limpa é evitar o desperdício e empregar o uso mais inteligente de recursos naturais. Por isso, é comum que este tipo de iniciativa ajude a diminuir os custos referentes ao uso destes insumos e a sua compra. • Aumento de eficiência: Ao fazer uma revisão de todos os processos em busca de um melhor aproveitamento dos recursos, é possível encontrar formas mais eficazes de produzir mais sem gastar tanto. Desta forma, além de garantir uma produção mais limpa nas empresas, é possível conquistar maior lucratividade ou desenvolver produtos que chegam a custos mais baixos para a população. • Mais competividade: Este benefício é um dos pontos mais procurados por empresas de todos os ramos, e que pode ser facilmente conquistado ao colocar em prática uma gama de soluções em prol de uma produção mais limpa. A vantagem competitiva sustentável é conquistada por meio da redução dos custose da minimização do desperdício de matéria- prima e recursos naturais, ações que naturalmente contribuem para o aumento da lucratividade e adequação dos preços para o mercado. Além disso, a imagem das empresas perante os seus clientes, já que atualmente há uma busca maior por fornecedores e parceiros que estejam mais preocupados com sua atuação diante da natureza e em favor de uma maior sustentabilidade ambiental. Isso tudo sem falar do maior dos benefícios de uma produção mais limpa, que é sentido pelo planeta como um todo. Empresas que fazem sua parte para garantir um desenvolvimento mais sustentável estão contribuindo diretamente para manter o meio ambiente vivo e produtivo por muito mais tempo. São ações que ajudam as empresas a adotar, de forma realista, uma postura mais verde e sustentável, sem impacto nos negócios: • Criar ambientes de trabalho que viabilizem projetos com foco em sustentabilidade: é importante pensar nos impactos de cada decisão, como a escolha dos tipos de dispositivos que serão usados na empresa, o local onde os funcionários serão alocados e o desenho dos espaços de trabalho. • Manter regras que controlem as emissões de carbono e, se possível, neutralizá-las: algumas organizações medem essas emissões, o que permite calcular quantas árvores devem ser plantadas para neutralizar o carbono lançado na atmosfera durante as atividades cotidianas de sua empresa. • Adotar políticas de gerenciamento de energia: além de desenvolver sistemas de monitoramento, é interessante criar data centers eficientes, desligar equipamentos eletrônicos (computadores, impressoras, estabilizadores etc) ao deixar o posto de trabalho e trocar as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes, entre outras questões. • Substituir as sacolas tradicionais, caso sejam utilizadas pela empresa, pelas versões biodegradáveis, que se deterioram em pouco tempo, sem agredir o meio ambiente. Caso seu negócio crie lixo tóxico, o ideal é contatar as empresas responsáveis pela coleta para saber como deve ser o descarte correto. Isso vale também ao eliminar pilhas, baterias, computadores e lâmpadas fluorescentes. • Procurar saber, ao contratar um fornecedor, quais são os métodos usados pela empresa dele como, por exemplo, se ela utiliza meios legais para vender seus produtos e se cumpre as legislações ambiental e trabalhista. • Tornar seus cartões de visita "verdes": uma boa forma de deixá-los mais eco-friendly é trocar os papéis comuns das impressões pelos reciclados e utilizar tintas a base de soja, entre outras novidades. Isso, além de ajudar o meio ambiente, melhora a imagem da empresa. • Melhorar a sala de descanso: para evitar desperdícios de materiais como papéis, copos e talheres plásticos, é preciso convencer os funcionários a utilizar canecas reutilizáveis para beber água e café. Outra sugestão é dispensar máquinas de café, lanches e afins, que gastam muita energia e deixam resíduos plásticos, e disponibilizar uma cesta de lanches saudáveis e um refrigerador para gelar bebidas e alimentos. • Aprimorar seus equipamentos de escritório, em vez de trocá-los: tentar usá-los pelo maior tempo possível é uma das melhores maneiras de economizar dinheiro e reduzir o volume de lixo. Isso não significa sacrificar um bom desempenho, mas tentar fazer upgrades nas máquinas quando der antes de jogá-las fora e comprar novas. 3. Você se considera um cliente verde? Relembre uma experiência na qual você optou por um produto ou serviço ambientalmente correto e explique os fatores que fizeram você tomar essa decisão. Sim, pois ser um cliente verde é adotar medidas e idéias simples como separar os lixos recicláveis, usar lâmpadas que gastem menos energia, luz solares nos jardins e fechar as torneiras durante algumas tarefas; onde ainda podem até trazer economia, mesmo que em longo prazo. Ser um consumidor consciente esta ao alcance de todos, os produtos sustentáveis estão presentes na maioria dos supermercados, com selos que identificam a procedência dos mesmos. Na internet é possível encontrar sites especializados na venda de produtos ecológicos como o Greenvana que seleciona criteriosamente cada um dos produtos desde a produção até o descarte. O produto que optei em fazer minhas compras em supermercados é a sacola biodegradável, onde substitui várias sacolas de plástico que vão se acumulando em lixos e prejudiciais ao meio ambiente. Outro produto que investi em minha casa são as luzes solares no lado externo, pois além da economia de energia eletrica é uma fonte de energia pura. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ALMEIDA, Fernando. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. BOECHAT, Cláudio B.; PARO, Roberta Mokrejs. Desafios para a sustentabilidade e o planejamento estratégico das empresas no Brasil. Relatório de Pesquisa. Nova Lima: FDC, 2007. Disponível em: FERREIRA, M.V.G.Q.; KIPERSTOK, A. Aplicação de um modelo de processo de inovação ambiental em uma empresa de química fina. Revista de Gestão Social e Ambiental. 2007. KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Organização orientada para a estratégia: como as empresas que adotam o Balanced Scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
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