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1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 
Rua Tabajaras, 669 – Centro – Tupã – SP - CEP: 17601-120 – Tel.: (14) 3441-1208 
 
 
Direção: Andréia Agostin e Márcio André Emídio. 
Capa: Mayke Valentin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Branco, Zenaide Auxiliadora Pachegas. 
Língua Portuguesa para concursos e vestibulares 
Teoria e Questões comentadas – Zenaide Branco – 1ª Edição 
Tupã – SP – Maxi Educa, 2014. 
351p. – 21x30cm. 
 
Inclui Bibliografia. 
 
ISBN: 978-85-68862-00-1 
 
1. Interpretação de Texto. 2. Gramática. 3. Morfologia. 
4. Fonologia. 5. Sintaxe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução, salvo pequenos 
trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98) é crime 
(art. 184 do Código Penal). Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme o Decreto nº 
1.825, de 20/12/1907. 
 
 
O autor é seu professor; respeite-o: não faça cópia ilegal 
 
 
 
 
 
www.maxieduca.com.br
1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 
 
 
 
 
 
Este material tem por objetivo complementar seus estudos sobre a 
Gramática Normativa de nossa Língua Portuguesa. 
Procurei abordar os conteúdos de uma maneira simples, compreensível; 
quanto às atividades, tentei resolvê-las e explicá-las de uma forma que 
facilite sua compreensão (não é tarefa fácil, já que prefiro falar 
“pessoalmente”!). 
Espero que eu consiga clarear algum tema que possa ter ficado meio 
“obscuro” durante sua trajetória estudantil, assim meu trabalho não terá 
sido em vão! Se houver alguma falha (de edição, por exemplo), por favor, 
aponte-a, pois assim poderei aprender com você, também! 
Bons estudos! Boa sorte! 
 
 
 
Zenaide Branco. 
 
1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 
 
1. Classes de Palavras................................................................................................................. 1 
1.1. Adjetivo ............................................................................................................................. 1 
1.1.1. Flexão do adjetivo .................................................................................................... 1 
1.2. Advérbio ........................................................................................................................... 6 
1.2.1. Flexão do advérbio ................................................................................................... 6 
1.3. Artigo .............................................................................................................................. 11 
1.4. Conjunção ...................................................................................................................... 12 
1.4.1. Coordenativas ........................................................................................................ 12 
1.4.2. Subordinativas ........................................................................................................ 12 
1.5. Interjeição ....................................................................................................................... 20 
1.6. Numeral .......................................................................................................................... 22 
1.6.1. Flexão do numeral ....................................................................................................... 22 
1.7. Preposição ...................................................................................................................... 25 
1.8. Pronome ......................................................................................................................... 26 
1.8.1. Colocação Pronominal ........................................................................................... 40 
1.9. Substantivo ..................................................................................................................... 48 
1.9.1. Flexão do substantivo .......................................................................................... 48 
1.10. Verbo ............................................................................................................................ 56 
1.10.1. Modos Verbais ..................................................................................................... 56 
1.10.2. Tempos Verbais ................................................................................................... 56 
1.10.3. Voz verbal ............................................................................................................. 74 
1.10.4. Emprego de Tempos e Modos Verbais ............................................................... 81 
 
2. Letra e Fonema ...................................................................................................................... 88 
2.1. Encontros Vocálicos ....................................................................................................... 88 
2.2. Encontros Consonantais ................................................................................................ 88 
2.3. Dígrafos .......................................................................................................................... 88 
 
3. Sílabas .................................................................................................................................... 93 
3.1. Classificação quanto à posição da sílaba tônica ........................................................... 93 
 
4. Acentuação Gráfica ................................................................................................................ 95 
 
5. Ortografia .............................................................................................................................. 101 
5.1. Hífen ............................................................................................................................. 101 
 
6. Estrutura e Formação das Palavras .................................................................................... 109 
6.1. Estrutura ....................................................................................................................... 109 
6.2. Formação ..................................................................................................................... 109 
 
7. Análise Sintática ................................................................................................................... 114 
7.1. Termos essenciais ....................................................................................................... 114 
7.2. Termos integrantes ...................................................................................................... 114 
7.3. Termos acessórios ....................................................................................................... 114 
 
8. Concordância ....................................................................................................................... 131 
8.1. Concordância Verbal ......................................................................................................... 131 
8.2. Concordância Nominal ...................................................................................................... 131 
 
9. Regência .............................................................................................................................. 149
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9.1. Regência Verbal ........................................................................................................... 149 
9.2. Regência Nominal ........................................................................................................149 
 
10. Crase .................................................................................................................................. 160 
 
11. Frase, oração e período ..................................................................................................... 171 
11.1. Tipos de frases ........................................................................................................... 171 
 
12. Período Composto ............................................................................................................. 173 
12.1. Período Composto por coordenação ......................................................................... 173 
12.2. Período Composto por subordinação ........................................................................ 176 
 
13. Sintaxe da oração e do período ......................................................................................... 187 
13.1. Período simples e composto ...................................................................................... 187 
13.2. Termos essenciais ..................................................................................................... 187 
13.3. Termos integrantes .................................................................................................... 187 
13.4. Termos acessórios ..................................................................................................... 187 
13.5. Período composto por coordenação .......................................................................... 187 
13.6. Período composto por subordinação ......................................................................... 187 
 
14. Pontuação .......................................................................................................................... 200 
 
15. Linguagem Figurada .......................................................................................................... 208 
15.1. Figuras de linguagem ................................................................................................. 208 
15.2. Figuras de pensamento ............................................................................................. 210 
15.3. Figuras de construção (ou de sintaxe) ....................................................................... 212 
 
16. Significado das Palavras .................................................................................................... 215 
16.1. Sinônimo ..................................................................................................................... 215 
16.2. Antônimo .................................................................................................................... 215 
16.3. Homônimo .................................................................................................................. 215 
16.4. Parônimo .................................................................................................................... 215 
16.5. Hiperonímia e hiponímia ............................................................................................ 215 
 
17. Funções do QUE e do SE .................................................................................................. 219 
 
18. Tirando dúvidas .................................................................................................................. 221 
18.1. Mal / mau .................................................................................................................... 221 
18.2. Onde / aonde .............................................................................................................. 221 
18.3. A fim de / afim ............................................................................................................ 221 
18.4. A / há .......................................................................................................................... 221 
18.5. Acerca / a cerca ......................................................................................................... 221 
18.6. Se não / senão ........................................................................................................... 221 
18.7. Ao encontro de / de encontro ..................................................................................... 221 
18.8. Demais / de mais ........................................................................................................ 221 
18.9. Ao invés / em vez de .................................................................................................. 221 
18.10. à-toa / à toa .............................................................................................................. 221 
18.11. Dia-a-dia / dia a dia .................................................................................................. 221 
18.12. Tampouco / tão pouco ............................................................................................. 221 
18.13. Mas / mais ................................................................................................................ 221 
18.14. A par / ao par ............................................................................................................ 221 
18.15. Sessão / cessão ....................................................................................................... 221 
 
19. Adequação Conceitual ....................................................................................................... 226 
 
20. Análise do discurso ............................................................................................................ 229 
 
21. Tipologia e gêneros textuais .............................................................................................. 230 
21.1. Tipos textuais ............................................................................................................. 230 
21.2. Gêneros textuais ........................................................................................................ 230 
21.2.1. Carta pessoal ..................................................................................................... 230
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21.2.2. Cartum e charge ................................................................................................. 231 
21.2.3. Conto e crônica .................................................................................................. 233 
21.2.4. Fato e opinião ..................................................................................................... 233 
 
22. Classificação dos Atos Administrativos ............................................................................. 234 
 
23. Coesão e coerência ........................................................................................................... 240 
 
24. Correspondência Oficial ..................................................................................................... 246 
 
25. Sentido das palavras .......................................................................................................... 250 
25.1. Denotação .................................................................................................................. 250 
25.2. Conotação .................................................................................................................. 250 
25.3. Polissemia .................................................................................................................. 253 
 
26. Elementos da Comunicação .............................................................................................. 255 
 
27. Estrutura Textual ................................................................................................................256 
 
28. Funções da linguagem ....................................................................................................... 257 
 
29. Interpretação Textual ......................................................................................................... 258 
 
30. Intertextualidade ................................................................................................................. 270 
 
31. Linguagem Literária e não literária .................................................................................... 272 
 
32. Linguagem Verbal e não Verbal ........................................................................................ 274 
 
33. Variação Linguística ........................................................................................................... 275 
33.1. Tipos de variação ....................................................................................................... 275 
33.2. Norma Culta – níveis de linguagem ........................................................................... 276 
 
34. Paralelismo ......................................................................................................................... 279 
34.1. Paralelismo sintático .................................................................................................. 279 
34.2. Paralelismo semântico ............................................................................................... 279 
34.3. Paralelismo rítmico ..................................................................................................... 279 
 
35. Redação (dicas) ................................................................................................................. 282 
 
36. Redação Oficial .................................................................................................................. 284 
36.1. Aviso e Ofício ............................................................................................................. 284 
36.2. Memorando ................................................................................................................ 284 
36.3. Exposição de Motivos ................................................................................................ 284 
36.4. Mensagem .................................................................................................................. 284 
36.5. Telegrama .................................................................................................................. 284 
36.6. Fax .............................................................................................................................. 284 
36.7. Correio Eletrônico ....................................................................................................... 284 
 
37. Tipos de Discurso ............................................................................................................... 298 
 
38. Vícios de Linguagem .......................................................................................................... 299 
 
39. Equivalência e transformação de estruturas ..................................................................... 300 
 
40. Questões Complementares ............................................................................................... 303 
 
 
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 1 
 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se relaciona com o 
substantivo, concordando com este em gênero e número. 
As praias brasileiras estão poluídas. 
Praias =substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos (plural e feminino, pois concordam com 
―praias‖). 
 
Locução adjetiva 
 
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para falar sobre 
a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um 
adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite 
(aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). 
Observe outros exemplos: 
de águia aquilino 
de aluno discente 
de anjo angelical 
de ano anual 
de aranha aracnídeo 
de boi bovino 
de cabelo capilar 
de cabra caprino 
de campo campestre ou rural 
de chuva pluvial 
de criança pueril 
de dedo digital 
de estômago estomacal ou gástrico 
de falcão falconídeo 
de farinha farináceo 
de fera ferino 
de ferro férreo 
de fogo ígneo 
de garganta gutural 
de gelo glacial 
de guerra bélico 
de homem viril ou humano 
de ilha insular 
de inverno hibernal ou invernal 
de lago lacustre 
de leão leonino 
de lebre leporino 
de lua lunar ou selênico 
de madeira lígneo 
de mestre magistral 
de ouro áureo 
de paixão passional 
de pâncreas pancreático 
de porco suíno ou porcino 
dos quadris ciático 
de rio fluvial 
de sonho onírico 
de velho senil 
de vento eólico 
de vidro vítreo ou hialino 
1-) CLASSES DE PALAVRAS 
1.1-) Adjetivo 
1.1.1-) Flexão do adjetivo 
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 2 
de virilha inguinal 
de visão óptico ou ótico 
 
Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por 
exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu. 
 
Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática): 
 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos 
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). 
 
Adjetivo Pátrio (ou gentílico) 
 
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: 
Estados e cidades brasileiras: 
Alagoas alagoano 
Amapá amapaense 
Aracaju aracajuano ou aracajuense 
Amazonas amazonense ou baré 
Belo Horizonte belo-horizontino 
Brasília brasiliense 
Cabo Frio cabo-friense 
Campinas campineiro ou campinense 
 
Adjetivo Pátrio Composto 
 
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, 
normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: 
 
África afro- / Cultura afro-americana 
Alemanha germano- ou teuto-/ Competições teuto-inglesas 
América américo- / Companhia américo-africana 
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses 
China sino- / Acordos sino-japoneses 
Espanha hispano- / Mercado hispano-português 
Europa euro- / Negociações euro-americanas 
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas 
Grécia greco- / Filmes greco-romanos 
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas 
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa 
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras 
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros 
 
 
Flexão dos adjetivos 
 
O adjetivo varia em gênero, número e grau. 
 
 
Gênero dos Adjetivos 
 
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma 
semelhante aos substantivos, classificam-se em: 
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: 
ativo e ativa, mau e má. 
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por 
exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda. 
 
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem 
feliz e mulher feliz. 
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 3 
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito político-social 
e desavença político-social. 
 
Número dos Adjetivos 
 
Plural dos adjetivos simples 
 
Os adjetivos simples flexionam-se no plural deacordo com as regras estabelecidas para a flexão 
numérica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas. 
 
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou 
seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá 
sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se estiver 
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, 
ternos cinza. 
Veja outros exemplos: 
Motos vinho (mas: motos verdes) 
Paredes musgo (mas: paredes brancas). 
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). 
 
Adjetivo Composto 
 
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. 
Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma 
masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo 
adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um 
substantivo, porém ,se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a 
outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo 
composto inteiro ficará invariável. Por exemplo: 
Camisas rosa-claro. 
Ternos rosa-claro. 
Olhos verde-claros. 
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. 
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. 
 
Obs.: 
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são 
sempre invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos cor-de-rosa. 
- O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois elementos flexionados: crianças surdas-mudas. 
 
Grau do Adjetivo 
 
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus 
do adjetivo: o comparativo e o superlativo. 
 
Comparativo 
 
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais 
características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de 
inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade 
No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, 
quanto ou quão. 
 
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superioridade Analítico 
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem 
qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a ―mais...do que‖ ou ―mais...que‖. 
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superioridade Sintético 
 
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 4 
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do 
latim. São eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, baixo/inferior. 
Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e 
mais mau, respectivamente. 
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em 
comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas 
mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por exemplo: 
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. 
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. 
 
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferioridade 
Sou menos passivo (do) que tolerante. 
 
Superlativo 
 
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo 
pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: 
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com 
outros seres. Apresenta-se nas formas: 
1. Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade 
(advérbios). Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado. 
2. Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. 
 
Observe alguns superlativos sintéticos: 
Benéfico – beneficentíssimo / bom - boníssimo ou ótimo / comum – comuníssimo / cruel - 
crudelíssimo / difícil – dificílimo / doce – dulcíssimo / fácil – facílimo / fiel - fidelíssimo 
 
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um 
conjunto de seres. Essa relação pode ser: 
1. De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de todas. 
2. De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de todas. 
 
Note bem: 
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, 
excepcionalmente, antepostos ao adjetivo. 
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas formas: uma erudita, de origem latina, 
outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um 
dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é 
constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. 
3. Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo com dois ―ii‖: frio – friíssimo, sério – 
seriíssimo; os terminados em –eio, com apenas um ―i‖: feio - feíssimo, cheio – cheíssimo. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32.php 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
01. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA – VUNESP – 2013-ADAP.) Em – 
características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas corresponde a – características de epidemias. 
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo em destaque corresponde, corretamente, 
à expressão indicada. 
(A) água fluvial – água da chuva. 
(B) produção aurífera – produção de ouro. 
(C) vida rupestre – vida do campo. 
(D) notícias brasileiras – notícias de Brasília. 
(E) costela bovina – costela de porco. 
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Operador
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 5 
 
02. Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto: 
(A) azul-celeste 
(B) azul-pavão 
(C) surda-muda 
(D) branco-gelo 
 
03. Assinale a única alternativa em que os adjetivos não estão no grau superlativo absoluto sintético: 
(A) Arquimilionário/ ultraconservador; 
(B) Supremo/ ínfimo; 
(C) Superamigo/ paupérrimo; 
(D) Muito amigo/ Bastante pobre 
 
04. Na frase: ―Trata-se de um artista originalíssimo‖, o adjetivo grifado encontra-se no grau: 
(A) comparativo de superioridade. 
(B) superlativo absoluto sintético. 
(C) superlativo relativo de superioridade. 
(D) comparativo de igualdade. 
(E) superlativo absoluto analítico. 
 
05. Indique nas alternativas a seguir o adjetivo incorreto da locução adjetiva em negrito: 
(A) mulher muito magra = macérrima 
(B) pessoa muito amiga = amicíssima 
(C) pessoa muito inimiga = inimicíssimo 
(D) atitude muito benéfica = beneficientíssima 
 
06. ―Ele era tão pequeno que recebeu o apelido de miúdo‖. A palavra miúdo possui, no grau 
superlativo absoluto sintético, duas formas. Uma delas é miudíssimo (regular) e a outra, irregular, é: 
(A) minutíssimo 
(B) miudinitíssimo 
(C) midunitíssimo(D) miduníssimo 
 
07. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão de 
mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões com sentidos equivalentes, respectivamente, 
aos das palavras ígneo e pétreo. 
(A) De corda; de plástico. 
(B) De fogo; de madeira. 
(C) De madeira; de pedra. 
(D) De fogo; de pedra. 
(E) De plástico; de cinza. 
 
RESPOSTA 
 
1. RESPOSTA “B” 
a. fluvial – do rio 
b. correta 
c. brasileiras – do Brasil 
d. vida campestre 
e. suína 
 
2. RESPOSTA “C” 
Surdas-mudas 
 
3. RESPOSTA “D” 
d. estão no superlativo absoluto analítico 
 
 
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Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
 
 6 
4. RESPOSTA “B” 
originalíssimo – grau superlativo absoluto sintético 
 
5. RESPOSTA “D” 
d)atitude muito benéfica = beneficientíssima 
O correto é beneficentíssima ( sem o ―i‖ em cien) 
 
6. RESPOSTA “A” 
minutíssimo é a forma correta. 
 
7. RESPOSTA “D” 
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou associação de palavras! Veja: a ignição do carro 
lembra-nos fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a resposta? 
 
 
Compare estes exemplos: 
 
O ônibus chegou. 
O ônibus chegou ontem. 
 
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias 
de tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio advérbio. 
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei 
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio (bem) 
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adjetivo (claros) 
 
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar ideia de: 
Tempo: Ela chegou tarde. 
Lugar: Ele mora aqui. 
Modo: Eles agiram mal. 
Negação: Ela não saiu de casa. 
Dúvida: Talvez ele volte. 
 
Flexão do Advérbio 
 
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns 
advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: 
 
Grau Comparativo 
 
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo: 
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como). Por exemplo: Renato fala tão alto quanto João. 
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que). Por exemplo: Renato fala menos alto do que 
João. 
de superioridade: 
1. Analítico: mais + advérbio + que (do que). Por exemplo: Renato fala mais alto do que João. 
2. Sintético: melhor ou pior que (do que). Por exemplo: Renato fala melhor que João. 
 
 
1.2-) Advérbio 
1.2.1-) Flexão do Advérbio 
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 7 
Grau Superlativo 
 
O superlativo pode ser analítico ou sintético: 
Analítico: acompanhado de outro advérbio. Por exemplo: Renato fala muito alto. 
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de modo 
 
Sintético: formado com sufixos. Por exemplo: Renato fala altíssimo. 
Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Observe: Maria 
mora pertinho daqui. (muito perto) / A criança levantou cedinho. (muito cedo) 
 
Classificação dos Advérbios 
 
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: 
 
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, 
perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, 
aquém, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à 
esquerda, ao lado, em volta. 
 
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, 
antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, 
breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, 
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer 
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 
 
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às 
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, 
em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-
mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, 
escandalosamente, bondosamente, generosamente. 
 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, 
indubitavelmente. 
 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. 
 
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, 
quem sabe. 
 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, 
quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, 
extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). 
 
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. Por 
exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. 
 
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Por exemplo: O indivíduo também 
amadurece durante a adolescência. 
 
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer 
aos meus amigos por comparecerem à festa. 
 
Saiba que: 
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais ou o menos. Por exemplo: 
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível. 
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último: Por 
exemplo: O aluno respondeu calma e respeitosamente. 
 
 
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Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido 
 
Há palavras como muito, bastante, que podem aparecer como advérbio e como pronome indefinido. 
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu 
corri muito. 
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos 
quilômetros. 
 
 
*Dica da Zê! 
Como saber se a palavra bastante é advérbio (não varia, não se flexiona) ou 
pronome indefinido (varia, sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o 
―bastante‖ por ―muito‖ (ou muita, por exemplo), então estamos diante de um 
advérbio; se der para substituir por ―muitos‖, é um pronome. Veja: 
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, pois ―muitos‖ não dá!). 
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei muitos capítulos) 
 
Advérbios Interrogativos 
 
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? por quê? nas interrogações diretas ou 
indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: 
 
Interrogação Direta Interrogação Indireta 
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. 
Onde mora? Indaguei onde morava. 
Por que choras? Não sei por que choras. 
Aonde vai? Perguntei aonde ia. 
Donde vens? Pergunto donde vens. 
Quando voltas? Pergunto quando voltas. 
 
Locução Adverbial 
 
Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locução adverbial, que 
pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja: 
lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc. 
afirmação: por certo, sem dúvida, etc. 
modo: às pressas,passo a passo, de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc. 
tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc. 
 
Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outro advérbio. 
Observe os exemplos: Chegou muito cedo. (advérbio) / Joana é muito bela. (adjetivo) / De 
repente correram para a rua. (verbo) 
 
Observação Importante: 
1. Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais mal antes de adjetivos ou de verbos no 
particípio: 
Essa matéria é mais bem interessante que aquela. 
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso! 
2. O numeral ―primeiro‖, ao modificar o verbo, é advérbio: Cheguei primeiro. 
 
3. Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução adverbial desempenham na oração a função 
de adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as circunstâncias que acrescentam ao verbo, ao 
adjetivo ou ao advérbio. Exemplo: 
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto adverbial de intensidade (ligado ao adjetivo 
―cansada‖) 
Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensidade e de tempo, respectivamente. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.php 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
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 9 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
01. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-adap.) Assinale a alternativa cuja 
expressão em destaque apresenta circunstância adverbial de modo. 
(A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda uma série de repercussões. 
(B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em plena balada… 
(C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem sucesso, de duas amigas… 
(D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou de um engano... 
(E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se quebrando por aí… 
 
02. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia os trechos apresentados a seguir. 
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas 
quais os números não encontravam muito espaço... 
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma ponta de desprezo, torna-se cada vez 
mais fundamental... 
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e respectivamente, circunstâncias de 
(A) afirmação e de intensidade. 
(B) modo e de tempo. 
(C) modo e de lugar. 
(D) lugar e de tempo. 
(E) intensidade e de negação. 
 
03. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.) Em – … mas é importante também 
considerar e estudar em profundidade o planejamento urbano. –, a expressão em destaque é 
empregada na oração para indicar circunstância de 
(A) lugar. 
(B) causa. 
(C) origem. 
(D) modo. 
(E) finalidade. 
 
04. Indique a alternativa que completa a frase a seguir, respectivamente, com as circunstâncias de 
intensidade e de modo. Após o telefonema, o motorista partiu... 
(A) às 81 h com o veículo. 
(B) rapidamente ao meio-dia. 
(C) bastante alerta. 
(D) apressadamente com o caminhão. 
(E) agora calmamente. 
 
05. Assinale a alternativa em que o elemento destacado NÃO é um adjunto adverbial. 
(A)―...ameaçou até se acorrentar à porta da embaixada brasileira em Roma.‖ 
(B)―...decidida na semana passada por Tarso Genro...‖. 
(C)―Hoje Mutti vive com identidade trocada e em lugar não sabido.‖ 
(D)―A concessão de refúgio político ao italiano Cesare Battisti, decidida...‖. 
(E)―...decida se é o caso de reabrir o processo e julgá-lo novamente?‖ 
 
06. Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em: 
(A) Ele permaneceu muito calado. 
(B) Amanhã, não iremos ao cinema. 
(C) O menino, ontem, cantou desafinadamente. 
(D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. 
(E) Ela falou calma e sabiamente. 
 
07. Assinale a frase em que ―meio‖ funciona como advérbio: 
(A) Só quero meio quilo. 
(B) Achei-o meio triste. 
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(C) Descobri o meio de acertar. 
(D) Parou no meio da rua. 
(E) Comprou um metro e meio de tecido. 
 
08. (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VUNESP/2013) Observe os enunciados: 
• A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. 
• A probabilidade de um veterano branco ser preso por um crime violento é significativamente mais 
alta do que... 
Os advérbios em destaque expressam, respectivamente, circunstâncias de 
(A) lugar e modo. 
(B) tempo e intensidade. 
(C) modo e intensidade. 
(D) tempo e causa. 
(E) tempo e modo. 
 
RESPOSTA 
 
1. RESPOSTA “C” 
a. ainda = tempo 
b) em plena balada = lugar 
c) sem sucesso = modo 
d) não = negação . 
e) por aí = lugar 
 
2. RESPOSTA “B” 
Simplesmente = modo / ainda = tempo 
 
3. RESPOSTA “D” 
em profundidade = profundamente = advérbio de modo 
 
4. RESPOSTA “C” 
A alternativa deve começar com advérbio que expresse INTENSIDADE. Vá por eliminação: 
a. às 18h = tempo 
b. rapidamente = modo 
c. bastante= intensidade 
d. apressadamente = modo 
e. agora = tempo 
 
5. RESPOSTA “D” 
―A concessão de refúgio político ao italiano Cesare Battisti, decidida...‖. = complemento nominal 
 
6. RESPOSTA “A” 
a) Ele permaneceu muito calado. 
b) Amanhã, não iremos ao cinema. 
c) O menino, ontem, cantou desafinadamente. 
d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. 
e) Ela falou calma e sabiamente. ( Nesse caso, subentende--se calmamente. É a maneira correta de 
se escrever quando utilizarmos dois advérbios de modo: o primeiro é escrito sem o sufixo ―mente‖, 
deixando este apenas no segundo elemento. Por exemplo: ―Apresentou-se breve e pausadamente.‖) 
 
7. RESPOSTA “B” 
a) Só quero meio quilo. = numeral 
b) Achei-o meio triste. = um pouco (advérbio) 
c) Descobri o meio de acertar. = substantivo 
d) Parou no meio da rua. = numeral 
e) Comprou um metro e meio de tecido. = numeral 
 
8. RESPOSTA “E” 
―Hoje‖ = tempo; geralmente os advérbios terminados em ―-mente‖ são de modo (= com significância). 
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 11 
 
 
 
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-se como o termo variável serve para 
individualizar ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero (masculino/feminino) e o 
número (singular/plural). 
Os artigos subdividem-se em definidos (―o‖ e as variações ―a‖[as] e [os]) e indefinidos (―um‖ e as 
variações ―uma‖[s] e ―uns]). 
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar seres determinados, expressos de forma 
individual: 
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam muito. 
 
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar seres de modo vago, impreciso: 
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram aprovadas! 
 
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: 
 
* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral ―ambos‖: 
Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. 
 
* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: 
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... 
 
* Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar toda uma espécie: 
O trabalho dignifica o homem. 
 
* No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é 
facultativo o uso do artigo: 
Marcela é a mais extrovertida das irmãs. 
O Pedro é o xodó da família. 
* No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são determinados pelo uso do 
artigo: 
Os Maias, os Incas, OsAstecas... 
 
* Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todoa) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o 
uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. 
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) 
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. (qualquer classe) 
 
* Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: 
Preparei o meu curso. Preparei meu curso. 
 
* A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: 
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. 
 
* O artigo também é usado para substantivar palavras pertencentes a outras classes gramaticais: 
Não sei o porquê de tudo isso. 
 
* Há casos em que o artigo definido não pode ser usado: 
 
- antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas: 
O professor visitará Roma. 
 
1.3-) Artigo 
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 12 
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a presença do artigo será obrigatória: O professor 
visitará a bela Roma. 
 
- antes de pronomes de tratamento: 
Vossa Senhoria sairá agora? 
Exceção: O senhor vai à festa? 
 
- após o pronome relativo ―cujo‖ e suas variações: 
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas? 
Este é o candidato cuja nota foi a mais alta. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCONI, Luiz Antônio. Nossa 
gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
 
 
Além da preposição, há outra palavra também invariável que, na frase, é usada como elemento de 
ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras de mesma função em uma 
oração. Por exemplo: 
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo. 
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. 
Morfossintaxe da Conjunção 
 
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são 
conectivos. 
 
Classificação da Conjunção 
 
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em 
coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser 
isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada 
um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção 
depende da existência do outro. Veja: 
Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo. 
Podemos separá-las por ponto: 
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. 
Temos acima um exemplo de conjunção (e, consequentemente, orações coordenadas) coordenativa 
– ―mas‖. Já em: 
Espero que eu seja aprovada no concurso! 
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a segunda ―completa‖ o sentido da primeira (da 
oração principal): 
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma oração subordinada substantiva objetiva 
direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal). 
 
Conjunções Coordenativas 
 
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a 
mesma função gramatical. Subdividem-se em: 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem 
(= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. 
A sua pesquisa é clara e objetiva. 
Não só dança, mas também canta. 
1.4-) Conjunção 
1.4.1-) Coordenativas 
1.4.2-) Subordinativas 
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 13 
 
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. 
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. 
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
 
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando 
fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, 
talvez... talvez. 
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
 
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou 
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. 
 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela 
contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. 
Não demore, que o filme já vai começar. 
Falei muito, pois não gosto do silêncio! 
 
Conjunções Subordinativas 
 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, 
introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O 
baile já tinha começado quando ela chegou. 
O baile já tinha começado: oração principal 
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) 
ela chegou: oração subordinada 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
 
1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o 
sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, as orações 
subordinadas substantivas. São elas: que, se. 
Quero que você volte. (Quero sua volta) 
 
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial da principal. 
De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: 
porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, 
desde que, etc. 
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
 
*Diferença entre o ―porque‖ conjunção explicativa e a causal: 
- a causal indica a causa de um efeito, de um ato exposto na oração principal: 
Faltei à aula porque estava doente. 
Parece explicação, não? Mas repare: o fato de estar doente impediu-me de ir à aula, foi a CAUSA de 
minha falta. 
 
- a explicativa explica! A menina apanhou, porque seus olhos estão vermelhos. O fato de ―os olhos 
estarem vermelhos‖ não foi a causa do choro, mas uma possível explicação do porquê de estarem 
vermelhos. 
 
- as orações iniciadas por ―que‖ e ―porque‖ sempre serão explicativas se o verbo da oração anterior 
estive no modo imperativo: 
Não chore, que tudo passará! 
 
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b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no 
entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, 
por mais que, posto que, conquanto, etc. 
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse concurso mesmo que seja muito concorrido.. 
Mesmo que chova, irei à aula. 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da 
principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, 
etc. 
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. 
 
 
Atenção: você deve ter percebido que a conjunçãocondicional ―se‖ também 
é conjunção integrante. A diferença é clara ao ler as orações que são 
introduzidas por ela. Acima, ela no dá a ideia da condição para que 
recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração: 
Não sei se farei o concurso... 
Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração 
principal (sei) pede complemento (objeto direto, já que ―quem não sabe, não 
sabe algo‖). Portanto, a oração em destaque exerce a função de objeto direto 
da oração principal, sendo classificada como oração subordinada substantiva 
objetiva direta. 
 
d) Conformativas: introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com outro. São 
elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. 
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo as ordens do professor. 
 
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a 
oração principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. 
Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 
 
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à 
ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as 
combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... 
(menos), etc. 
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
Quanto mais reclamava menos atenção recebia. 
 
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. 
 
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso 
na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, 
desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. 
A briga começou assim que saímos da festa. 
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 
 
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à 
oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto 
quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. 
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
Ele é inteligente tal como o irmão. 
 
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de 
sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como 
antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. 
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
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 15 
A dor era tanta que a moça desmaiou. 
 
Locução Conjuntiva 
 
Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas 
locuções geralmente terminam em "que": visto que, desde que, ainda que, por mais que, à medida que, 
à proporção que, logo que, a fim de que. 
 
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser 
classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto (grifo da Zê!). 
 
O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de suas 
frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com palavras de 
outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos - como os 
pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se 
pode chamar de "a arquitetura textual", isto é, o conjunto das relações que garantem a coesão do 
enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhecimento do valor relacional das 
conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado. 
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na produção de 
textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de circunstâncias 
fundamentais à condução da história, como as noções de tempo, finalidade, causa e consequência. Nos 
textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso 
das exposições e argumentações construídas por meio de contrastes e oposições, que implicam o uso 
das adversativas e concessivas. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2011) Em – A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, 
mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora 
americana. 
A conjunção destacada pode ser substituída por 
(A) portanto. 
(B) como. 
(C) no entanto. 
(D) porque. 
(E) ou. 
 
2. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E 
PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Considere o trecho. 
Em audiência pública realizada na última sexta-feira (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou 
preocupado e afirmou que tem receio de que o julgamento do mensalão não termine até o final do ano. 
Nesse trecho, a relação estabelecida entre as orações ligadas pela conjunção ―e‖ é de 
(A) contraposição. 
(B) exclusão. 
(C) tempo. 
(D) adição. 
(E) alternância. 
 
3. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2011- ADAPTADA) Em – Tudo indica que 250 mil documentos secretos foram 
copiados por um jovem soldado num CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. – a palavra destacada 
exprime ideia de 
(A) Hipótese 
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(B) Condição 
(C) Concessão 
(D) Causa 
(E) Tempo 
 
(GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – 
AGENTE PENITENCIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à questão 4. 
 
Casamento 
 
Há mulheres que dizem: 
Meu marido, se quiser pescar, pesque, 
mas que limpe os peixes. 
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, 
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. 
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, 
de vez em quando os cotovelos se esbarram, 
ele fala coisas como ―este foi difícil‖ 
―prateou no ar dando rabanadas‖ 
e faz o gesto com a mão. 
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez 
atravessa a cozinha como um rio profundo. 
Por fim, os peixes na travessa, 
vamos dormir. 
Coisas prateadas espocam: 
somos noivo e noiva. 
(Adélia Prado, Poesia Reunida) 
 
4. Considere o trecho a seguir. 
Meu marido, se quiser pescar, pesque, (2.º verso) 
[...] 
ele fala coisas como ―este foi difícil‖ 
[...] 
e faz o gesto com a mão (10.º verso) 
As conjunções em destaque – se e e – estabelecem, correta e respectivamente, relações de 
a) causa e adição. 
b) conclusão e explicação. 
c) tempo e oposição. 
d) oposição e condição. 
e) condição e adição. 
 
5. (CEAGESP/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - VUNESP/2010) Em – Podemos escolher o 
futuro que queremos para nós e nossos filhos ou podemos deixar que escolham um futuro menos 
positivo e mais sombrio. – a conjunção ―ou‖ estabelece entre as orações uma relação de 
(A) adição, indicando os dois tipos de futuro com os quais as pessoas deverão se defrontar em 
breve. 
(B) adversidade, indicando as duas informações que se opõem conformeo tipo de futuro descrito. 
(C) alternância, indicando as duas informações que compõem as opções sobre o futuro desejado. 
(D) causa, indicando os motivos que levarão as pessoas a terem de escolher um dos futuros 
possíveis. 
(E) consequência, indicando os desastres que advirão ao mundo, no futuro, pela ignorância das 
pessoas. 
 
6. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - 
adaptada) Assinale a alternativa que apresenta o termo em destaque no trecho – Se tão contrário a si é 
o mesmo amor? – com a mesma função que aparece no poema. 
(A) Vendem-se casas. 
(B) Ela se arrependeu do que fez. 
(C) Você sairá só se for possível. 
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(D) Vá-se para bem longe de seus inimigos. 
 
7. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – 
CEPERJ/2012) ―àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido.‖ 
O trecho acima poderia ser reescrito, unindo-se as orações por meio de um conectivo. A reescritura 
que preservaria o sentido original do trecho seria: 
(A) contudo o infortúnio tinha nos unido 
(B) porque o infortúnio tinha nos unido 
(C) embora o infortúnio tinha nos unido 
(D) portanto o infortúnio tinha nos unido 
(E) enquanto o infortúnio tinha nos unido 
 
8. (MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – FUNDAÇÃO DOM CINTRA/2010) O conectivo inicial do 
trecho ―Se bem sucedida, essa tática poderia, por exemplo (tomando uma cidade pequena), fazer 
aparecer os mesmos dez eleitores em 30 urnas‖ introduz no período o sentido de: 
(A) causa; 
(B) condição; 
(C) oposição; 
(D) consequência; 
(E) finalidade. 
 
9. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR 
ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) ―se você quiser ir mais longe‖; 
a única forma dessa frase que NÃO apresenta um equivalente semântico corretamente expresso é 
(A) caso você queira ir mais longe. 
(B) na hipótese de você querer ir mais longe. 
(C) no caso de você querer ir mais longe. 
(D) desde que você queira ir mais longe. 
(E) conquanto você queira ir mais longe. 
 
10. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011) 
TEXTO 
Samba do Arnesto – Adoniran Barbosa 
 
O Arnesto nos convidou prum samba, ele mora no Brás 
Nós fumo não encontremo ninguém 
Nós voltermo com uma baita de uma reiva 
Da outra vez nós num vai mais 
Nós num semo tatu! 
No outro dia encontremo com o Arnesto 
Que pediu discurpa mas nós num aceitemo 
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa 
Mas você devia ter ponhado um recado na porta 
 
Embora não haja conector ligando as orações do trecho ―Nós fumo não encontremo ninguém‖, 
podemos afirmar que a coesão é estabelecida por uma relação semântica de: 
(A) adversidade; 
(B) consequência; 
(C) finalidade; 
(D) concessão; 
(E) alternância. 
 
11. (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV PROJETOS/2010) No período: 
―Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz,‖ ―mas‖ e ―para‖ estabelecem 
relações de sentido que indicam, respectivamente: 
(A) Conclusão, explicação. 
(B) Explicação, consequência. 
(C) Oposição, finalidade. 
(D) Causa, consequência. 
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(E) Causa, explicação. 
 
12. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) Em ―O criminoso encontra uma 
forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável.‖ há uma relação estabelecida no período de 
(A) restrição. 
(B) conclusão. 
(C) acréscimo. 
(D) explicação. 
 
13. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) No trecho ―Mas para alcançar seu 
objetivo, [...]‖ a palavra em destaque introduz uma ideia de 
(A) modo. 
(B) oposição. 
(C) finalidade. 
(D) explicação. 
 
14. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) Acerca das estruturas linguísticas 
do trecho ―O agressor afastou-se por uns instantes, mas voltou em seguida, apunhalando-a de novo, 
enquanto ela gritava por socorro.‖ é correto afirmar que 
(A) o termo ―mas‖ indica uma explicação em relação à atitude do agressor. 
(B) as expressões ―uns instantes‖, ―em seguida‖ e ―enquanto‖ indicam tempo. 
(C) o ―mas‖ pode ser substituído por ―pois‖ não provocando alteração de sentido. 
(D) a forma verbal ―gritava‖ pode ser substituída por ―gritou‖ sem alteração de sentido. 
 
15. (GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ – ESCRIVÃO E INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL – 
SEAD/2013) No trecho: Quantas vezes ao acordar pela manhã e bater o dedo na beira da cama já não 
saiu esbravejando e dizendo que o dia começou ruim? A repetição do conectivo ―e‖ tem efeito de 
marcar uma: 
(A) sequência cronológica dos fatos. 
(B) repetição dos acontecimentos. 
(C) descontinuidade de fatos. 
(D) implicação natural de consequência dos fatos. 
(E) coordenação entre as ideias do período. 
 
16. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) As orações abaixo, separadas por 
vírgula, podem ter a relação entre elas explicitada por meio de uma expressão. 
―Algumas precisam beber mais água, outras precisam de isotônico.‖ 
A expressão que mantém o sentido original está empregada em: 
(A) Algumas precisam beber mais água, a fim de que outras precisem de isotônico. 
(B) Algumas precisam beber mais água, ao passo que outras precisam de isotônico. 
(C) Já que algumas precisam beber mais água, outras precisam de isotônico. 
(D) Por mais que algumas precisem beber mais água, outras precisam de isotônico. 
(E) Contanto que algumas precisem beber mais água, outras precisam de isotônico. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA: “C”. 
O ―mas‖ é uma conjunção adversativa, dando a ideia de oposição entre as informações apresentadas 
pelas orações, o que acontece no enunciado da questão. Em ―A‖, temos uma conclusiva; ―B‖, 
comparativa; ―C‖, adversativa; ―D‖, explicativa; ―E‖, alternativa. 
 
2. RESPOSTA: “D”. 
A ideia apresentada pela conjunção ―e‖, nesse texto, é de adição. 
 
3. RESPOSTA: “E”. 
A conjunção destacada dá-nos a informação com relação ao momento, ao ―tempo‖ em que a ação foi 
praticada. 
 
 
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4. RESPOSTA: “E”. 
―Se‖ = conjunção condicional / ―e‖ = conjunção aditiva 
 
5. RESPOSTA: “C”. 
A conjunção ―ou‖ é alternativa, ou seja, expressa escolhas, alternativas entre as ações citadas nas 
orações ligadas por ela. 
 
6. RESPOSTA: “C”. 
Se tão contrário a si é o mesmo amor? = conjunção condicional 
a) Vendem-se casas.= pronome apassivador (casa são vendidas) 
b) Ela se arrependeu do que fez.= pronome reflexivo 
c) Você sairá só se for possível. = conjunção condicional 
d) Vá-se para bem longe de seus inimigos. = partícula de realce 
*Observação: 
 
partícula de realce - o SE servirá neste caso para realçar aquilo que está sendo dito, e portanto 
poderá ser retirado da frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e coesão. 
(fonte: http://www.infoescola.com/portugues/funcoes-do-se/) 
 
7. RESPOSTA: “B”. 
Àquela altura já éramos amigas, porque (= pois) o infortúnio... (conjunção explicativa). 
 
8. RESPOSTA: “B”. 
O ―se‖ exerce várias funções (pronome reflexivo, partícula apassivadora, índice de indeterminação o 
sujeito, conjunção). Cabe a nós analisarmos a sua função dentro do contexto do enunciado da questão: 
a ideia transmitida é de uma hipótese, uma condição para que tal fato aconteça (a tática sendo bem 
sucedida aparecerão os eleitores). Conjunção condicional. 
 
9. RESPOSTA: “E”. 
Conquanto = conjunção utilizada para relacionar duas orações, sendo que a oração subordinada 
contém um fato contrário ao que foi afirmado na oração principal; embora, se bem que: Continuou 
trabalhando, conquanto exausto. Aparenta riqueza, conquanto seja pobre. 
(fonte: http://www.dicio.com.br/conquanto/)10. RESPOSTA: “A”. 
Nós fumo (mas, porém, entretanto)não encontremo ninguém = usaríamos conjunções adversativas, 
que expressam contrariedade, adversidade. 
 
11. RESPOSTA: “C”. 
Mas = conjunção adversativa (ideia contrária à exposta anteriormente) / para = conjunção final. 
 
12. RESPOSTA: “A”. 
O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável = a palavra 
destacada é uma conjunção adversativa, estabelecendo entre as orações ligadas por ela uma ideia de 
oposição, adversidade. 
 
13. RESPOSTA: “C”. 
A conjunção em destaque ―final‖. Independente de classificação, pela leitura também é possível 
chegar à resposta: a intenção, a finalidade será ―alcançar o objetivo‖. 
 
14. RESPOSTA: “B”. 
a) o termo ―mas‖ indica uma explicação em relação à atitude do agressor. = incorreta (oposição, 
adversidade) 
b) as expressões ―uns instantes‖, ―em seguida‖ e ―enquanto‖ indicam tempo. 
c) o ―mas‖ pode ser substituído por ―pois‖ não provocando alteração de sentido. = incorreta (―pois‖ é 
conjunção conclusiva e explicativa, e ambas não teriam coerência no contexto)
 
d) a forma verbal ―gritava‖ pode ser substituída por ―gritou‖ sem alteração de sentido. = incorreta 
(―gritava‖ – pretérito imperfeito do Indicativo, indica ação não concluída; ―gritou‖ – pretérito perfeito – 
ação concluída). 
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15. RESPOSTA: “E”. 
Se retirarmos o conectivo ―e‖ (conjunção aditiva), o período não perderá o sentido, ou seja, as 
orações são independentes entre si. Coordenadas. 
 
16. RESPOSTA: “B”. 
O sentido exposto no período é de que, enquanto umas algumas precisam beber água, outras 
precisam de isotônico. Analisando as opções apresentadas, a única coerente com o que foi relatado é a 
―ao passo que‖. 
 
 
 
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito. É um 
recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as 
sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma 
situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: 
Ah, como eu queria voltar a ser criança! 
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição 
 
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! 
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição 
 
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom 
da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto em que for utilizada. 
Exemplos: 
Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua ; significado da interjeição (sugestão): "Estou 
te chamando! Ei, espere!" 
 
Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital; significado da interjeição (sugestão): 
"Por favor, faça silêncio!" 
 
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! 
puxa: interjeição; tom da fala: euforia 
 
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! 
puxa: interjeição; tom da fala: decepção 
 
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: 
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. 
Ah, deve ser muito interessante! 
 
b) Sintetizar uma frase apelativa. 
Cuidado! Saia da minha frente. 
 
As interjeições podem ser formadas por: 
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô 
b) palavras: Oba! Olá! Claro! 
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus! Ora bolas! 
 
Classificação das Interjeições 
 
Comumente, as interjeições expressam sentido de: 
1.5-) Interjeição 
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Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Atenção! Olha! Alerta! 
 
Afugentamento: Fora! Passa! Rua! 
 
Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! 
 
Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah! 
 
Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Ânimo! Adiante! 
 
Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva! 
 
Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! 
 
Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! Essa não! Chega! Basta! 
 
Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira Deus! 
 
Desculpa: Perdão! 
 
Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! 
 
Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! 
 
Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! 
 
Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! Pô! Ora! 
 
Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade! 
 
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva! Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! 
Valha-me, Deus! 
 
Silêncio: Psiu! Silêncio! 
 
Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa! 
 
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número 
e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No 
entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não se trata de um processo 
natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: 
oizinho, bravíssimo, até loguinho. 
 
Locução Interjetiva 
 
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição: Ora bolas! 
Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim! Graças a Deus! 
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclamativo torna-se uma locução interjetiva, 
dispensando análise dos termos que a compõem: 
Macacos me mordam! Valha-me Deus! Quem me dera! 
 
Observações: 
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por exemplo: 
Ué! (= Eu não esperava por essa!) 
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.) 
 
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de 
outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exemplo: 
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Viva! Basta! (Verbos) 
Fora! Francamente! (Advérbios) 
 
3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha pode constituir uma 
mensagem. Por exemplo: 
Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto! 
 
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por 
exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. 
 
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que exprime 
admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos depois 
do "ó" vocativo. Por exemplo: 
"Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac) 
Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac) 
 
Fonte de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – 
São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
 
 
Numeral é a palavra variável que indica quantidade numérica ou ordem; expressa a quantidade 
exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada sequência. 
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. 
Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim 
de algarismos. 
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais 
algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São 
alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. 
 
Classificação dos Numerais 
 
- Cardinais: indicam quantidade exata ou determinada

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