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Questões resolvidas

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1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 
Rua Tabajaras, 669 – Centro – Tupã – SP - CEP: 17601-120 – Tel.: (14) 3441-1208 
 
 
Direção: Andréia Agostin e Márcio André Emídio. 
Capa: Mayke Valentin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Branco, Zenaide Auxiliadora Pachegas. 
Língua Portuguesa para concursos e vestibulares 
Teoria e Questões comentadas – Zenaide Branco – 1ª Edição 
Tupã – SP – Maxi Educa, 2014. 
351p. – 21x30cm. 
 
Inclui Bibliografia. 
 
ISBN: 978-85-68862-00-1 
 
1. Interpretação de Texto. 2. Gramática. 3. Morfologia. 
4. Fonologia. 5. Sintaxe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução, salvo pequenos 
trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98) é crime 
(art. 184 do Código Penal). Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme o Decreto nº 
1.825, de 20/12/1907. 
 
 
O autor é seu professor; respeite-o: não faça cópia ilegal 
 
 
 
 
 
www.maxieduca.com.br
1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 
 
 
 
 
 
Este material tem por objetivo complementar seus estudos sobre a 
Gramática Normativa de nossa Língua Portuguesa. 
Procurei abordar os conteúdos de uma maneira simples, compreensível; 
quanto às atividades, tentei resolvê-las e explicá-las de uma forma que 
facilite sua compreensão (não é tarefa fácil, já que prefiro falar 
“pessoalmente”!). 
Espero que eu consiga clarear algum tema que possa ter ficado meio 
“obscuro” durante sua trajetória estudantil, assim meu trabalho não terá 
sido em vão! Se houver alguma falha (de edição, por exemplo), por favor, 
aponte-a, pois assim poderei aprender com você, também! 
Bons estudos! Boa sorte! 
 
 
 
Zenaide Branco. 
 
1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 
 
1. Classes de Palavras................................................................................................................. 1 
1.1. Adjetivo ............................................................................................................................. 1 
1.1.1. Flexão do adjetivo .................................................................................................... 1 
1.2. Advérbio ........................................................................................................................... 6 
1.2.1. Flexão do advérbio ................................................................................................... 6 
1.3. Artigo .............................................................................................................................. 11 
1.4. Conjunção ...................................................................................................................... 12 
1.4.1. Coordenativas ........................................................................................................ 12 
1.4.2. Subordinativas ........................................................................................................ 12 
1.5. Interjeição ....................................................................................................................... 20 
1.6. Numeral .......................................................................................................................... 22 
1.6.1. Flexão do numeral ....................................................................................................... 22 
1.7. Preposição ...................................................................................................................... 25 
1.8. Pronome ......................................................................................................................... 26 
1.8.1. Colocação Pronominal ........................................................................................... 40 
1.9. Substantivo ..................................................................................................................... 48 
1.9.1. Flexão do substantivo .......................................................................................... 48 
1.10. Verbo ............................................................................................................................ 56 
1.10.1. Modos Verbais ..................................................................................................... 56 
1.10.2. Tempos Verbais ................................................................................................... 56 
1.10.3. Voz verbal ............................................................................................................. 74 
1.10.4. Emprego de Tempos e Modos Verbais ............................................................... 81 
 
2. Letra e Fonema ...................................................................................................................... 88 
2.1. Encontros Vocálicos ....................................................................................................... 88 
2.2. Encontros Consonantais ................................................................................................ 88 
2.3. Dígrafos .......................................................................................................................... 88 
 
3. Sílabas .................................................................................................................................... 93 
3.1. Classificação quanto à posição da sílaba tônica ........................................................... 93 
 
4. Acentuação Gráfica ................................................................................................................ 95 
 
5. Ortografia .............................................................................................................................. 101 
5.1. Hífen ............................................................................................................................. 101 
 
6. Estrutura e Formação das Palavras .................................................................................... 109 
6.1. Estrutura ....................................................................................................................... 109 
6.2. Formação ..................................................................................................................... 109 
 
7. Análise Sintática ................................................................................................................... 114 
7.1. Termos essenciais ....................................................................................................... 114 
7.2. Termos integrantes ...................................................................................................... 114 
7.3. Termos acessórios ....................................................................................................... 114 
 
8. Concordância ....................................................................................................................... 131 
8.1. Concordância Verbal ......................................................................................................... 131 
8.2. Concordância Nominal ...................................................................................................... 131 
 
9. Regência .............................................................................................................................. 149
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9.1. Regência Verbal ........................................................................................................... 149 
9.2. Regência Nominal ........................................................................................................149 
 
10. Crase .................................................................................................................................. 160 
 
11. Frase, oração e período ..................................................................................................... 171 
11.1. Tipos de frases ........................................................................................................... 171 
 
12. Período Composto ............................................................................................................. 173 
12.1. Período Composto por coordenação ......................................................................... 173 
12.2. Período Composto por subordinação ........................................................................ 176 
 
13. Sintaxe da oração e do período ......................................................................................... 187 
13.1. Período simples e composto ...................................................................................... 187 
13.2. Termos essenciais ..................................................................................................... 187 
13.3. Termos integrantes .................................................................................................... 187 
13.4. Termos acessórios ..................................................................................................... 187 
13.5. Período composto por coordenação .......................................................................... 187 
13.6. Período composto por subordinação ......................................................................... 187 
 
14. Pontuação .......................................................................................................................... 200 
 
15. Linguagem Figurada .......................................................................................................... 208 
15.1. Figuras de linguagem ................................................................................................. 208 
15.2. Figuras de pensamento ............................................................................................. 210 
15.3. Figuras de construção (ou de sintaxe) ....................................................................... 212 
 
16. Significado das Palavras .................................................................................................... 215 
16.1. Sinônimo ..................................................................................................................... 215 
16.2. Antônimo .................................................................................................................... 215 
16.3. Homônimo .................................................................................................................. 215 
16.4. Parônimo .................................................................................................................... 215 
16.5. Hiperonímia e hiponímia ............................................................................................ 215 
 
17. Funções do QUE e do SE .................................................................................................. 219 
 
18. Tirando dúvidas .................................................................................................................. 221 
18.1. Mal / mau .................................................................................................................... 221 
18.2. Onde / aonde .............................................................................................................. 221 
18.3. A fim de / afim ............................................................................................................ 221 
18.4. A / há .......................................................................................................................... 221 
18.5. Acerca / a cerca ......................................................................................................... 221 
18.6. Se não / senão ........................................................................................................... 221 
18.7. Ao encontro de / de encontro ..................................................................................... 221 
18.8. Demais / de mais ........................................................................................................ 221 
18.9. Ao invés / em vez de .................................................................................................. 221 
18.10. à-toa / à toa .............................................................................................................. 221 
18.11. Dia-a-dia / dia a dia .................................................................................................. 221 
18.12. Tampouco / tão pouco ............................................................................................. 221 
18.13. Mas / mais ................................................................................................................ 221 
18.14. A par / ao par ............................................................................................................ 221 
18.15. Sessão / cessão ....................................................................................................... 221 
 
19. Adequação Conceitual ....................................................................................................... 226 
 
20. Análise do discurso ............................................................................................................ 229 
 
21. Tipologia e gêneros textuais .............................................................................................. 230 
21.1. Tipos textuais ............................................................................................................. 230 
21.2. Gêneros textuais ........................................................................................................ 230 
21.2.1. Carta pessoal ..................................................................................................... 230
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21.2.2. Cartum e charge ................................................................................................. 231 
21.2.3. Conto e crônica .................................................................................................. 233 
21.2.4. Fato e opinião ..................................................................................................... 233 
 
22. Classificação dos Atos Administrativos ............................................................................. 234 
 
23. Coesão e coerência ........................................................................................................... 240 
 
24. Correspondência Oficial ..................................................................................................... 246 
 
25. Sentido das palavras .......................................................................................................... 250 
25.1. Denotação .................................................................................................................. 250 
25.2. Conotação .................................................................................................................. 250 
25.3. Polissemia .................................................................................................................. 253 
 
26. Elementos da Comunicação .............................................................................................. 255 
 
27. Estrutura Textual ................................................................................................................256 
 
28. Funções da linguagem ....................................................................................................... 257 
 
29. Interpretação Textual ......................................................................................................... 258 
 
30. Intertextualidade ................................................................................................................. 270 
 
31. Linguagem Literária e não literária .................................................................................... 272 
 
32. Linguagem Verbal e não Verbal ........................................................................................ 274 
 
33. Variação Linguística ........................................................................................................... 275 
33.1. Tipos de variação ....................................................................................................... 275 
33.2. Norma Culta – níveis de linguagem ........................................................................... 276 
 
34. Paralelismo ......................................................................................................................... 279 
34.1. Paralelismo sintático .................................................................................................. 279 
34.2. Paralelismo semântico ............................................................................................... 279 
34.3. Paralelismo rítmico ..................................................................................................... 279 
 
35. Redação (dicas) ................................................................................................................. 282 
 
36. Redação Oficial .................................................................................................................. 284 
36.1. Aviso e Ofício ............................................................................................................. 284 
36.2. Memorando ................................................................................................................ 284 
36.3. Exposição de Motivos ................................................................................................ 284 
36.4. Mensagem .................................................................................................................. 284 
36.5. Telegrama .................................................................................................................. 284 
36.6. Fax .............................................................................................................................. 284 
36.7. Correio Eletrônico ....................................................................................................... 284 
 
37. Tipos de Discurso ............................................................................................................... 298 
 
38. Vícios de Linguagem .......................................................................................................... 299 
 
39. Equivalência e transformação de estruturas ..................................................................... 300 
 
40. Questões Complementares ............................................................................................... 303 
 
 
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 1 
 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se relaciona com o 
substantivo, concordando com este em gênero e número. 
As praias brasileiras estão poluídas. 
Praias =substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos (plural e feminino, pois concordam com 
―praias‖). 
 
Locução adjetiva 
 
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para falar sobre 
a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um 
adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite 
(aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). 
Observe outros exemplos: 
de águia aquilino 
de aluno discente 
de anjo angelical 
de ano anual 
de aranha aracnídeo 
de boi bovino 
de cabelo capilar 
de cabra caprino 
de campo campestre ou rural 
de chuva pluvial 
de criança pueril 
de dedo digital 
de estômago estomacal ou gástrico 
de falcão falconídeo 
de farinha farináceo 
de fera ferino 
de ferro férreo 
de fogo ígneo 
de garganta gutural 
de gelo glacial 
de guerra bélico 
de homem viril ou humano 
de ilha insular 
de inverno hibernal ou invernal 
de lago lacustre 
de leão leonino 
de lebre leporino 
de lua lunar ou selênico 
de madeira lígneo 
de mestre magistral 
de ouro áureo 
de paixão passional 
de pâncreas pancreático 
de porco suíno ou porcino 
dos quadris ciático 
de rio fluvial 
de sonho onírico 
de velho senil 
de vento eólico 
de vidro vítreo ou hialino 
1-) CLASSES DE PALAVRAS 
1.1-) Adjetivo 
1.1.1-) Flexão do adjetivo 
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 2 
de virilha inguinal 
de visão óptico ou ótico 
 
Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por 
exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu. 
 
Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática): 
 
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos 
substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). 
 
Adjetivo Pátrio (ou gentílico) 
 
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: 
Estados e cidades brasileiras: 
Alagoas alagoano 
Amapá amapaense 
Aracaju aracajuano ou aracajuense 
Amazonas amazonense ou baré 
Belo Horizonte belo-horizontino 
Brasília brasiliense 
Cabo Frio cabo-friense 
Campinas campineiro ou campinense 
 
Adjetivo Pátrio Composto 
 
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, 
normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: 
 
África afro- / Cultura afro-americana 
Alemanha germano- ou teuto-/ Competições teuto-inglesas 
América américo- / Companhia américo-africana 
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses 
China sino- / Acordos sino-japoneses 
Espanha hispano- / Mercado hispano-português 
Europa euro- / Negociações euro-americanas 
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas 
Grécia greco- / Filmes greco-romanos 
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas 
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa 
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras 
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros 
 
 
Flexão dos adjetivos 
 
O adjetivo varia em gênero, número e grau. 
 
 
Gênero dos Adjetivos 
 
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma 
semelhante aos substantivos, classificam-se em: 
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: 
ativo e ativa, mau e má. 
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por 
exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda. 
 
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem 
feliz e mulher feliz. 
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 3 
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito político-social 
e desavença político-social. 
 
Número dos Adjetivos 
 
Plural dos adjetivos simples 
 
Os adjetivos simples flexionam-se no plural deacordo com as regras estabelecidas para a flexão 
numérica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas. 
 
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou 
seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá 
sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se estiver 
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, 
ternos cinza. 
Veja outros exemplos: 
Motos vinho (mas: motos verdes) 
Paredes musgo (mas: paredes brancas). 
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). 
 
Adjetivo Composto 
 
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. 
Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma 
masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo 
adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um 
substantivo, porém ,se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a 
outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo 
composto inteiro ficará invariável. Por exemplo: 
Camisas rosa-claro. 
Ternos rosa-claro. 
Olhos verde-claros. 
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. 
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. 
 
Obs.: 
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são 
sempre invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos cor-de-rosa. 
- O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois elementos flexionados: crianças surdas-mudas. 
 
Grau do Adjetivo 
 
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus 
do adjetivo: o comparativo e o superlativo. 
 
Comparativo 
 
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais 
características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de 
inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade 
No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, 
quanto ou quão. 
 
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superioridade Analítico 
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem 
qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a ―mais...do que‖ ou ―mais...que‖. 
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superioridade Sintético 
 
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Operador
Realce
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 4 
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do 
latim. São eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, baixo/inferior. 
Observe que: 
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e 
mais mau, respectivamente. 
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em 
comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas 
mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por exemplo: 
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. 
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. 
 
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferioridade 
Sou menos passivo (do) que tolerante. 
 
Superlativo 
 
O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo 
pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: 
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com 
outros seres. Apresenta-se nas formas: 
1. Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade 
(advérbios). Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado. 
2. Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. 
 
Observe alguns superlativos sintéticos: 
Benéfico – beneficentíssimo / bom - boníssimo ou ótimo / comum – comuníssimo / cruel - 
crudelíssimo / difícil – dificílimo / doce – dulcíssimo / fácil – facílimo / fiel - fidelíssimo 
 
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um 
conjunto de seres. Essa relação pode ser: 
1. De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de todas. 
2. De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de todas. 
 
Note bem: 
1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, 
excepcionalmente, antepostos ao adjetivo. 
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas formas: uma erudita, de origem latina, 
outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um 
dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é 
constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. 
3. Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo com dois ―ii‖: frio – friíssimo, sério – 
seriíssimo; os terminados em –eio, com apenas um ―i‖: feio - feíssimo, cheio – cheíssimo. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32.php 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
01. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA – VUNESP – 2013-ADAP.) Em – 
características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas corresponde a – características de epidemias. 
Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo em destaque corresponde, corretamente, 
à expressão indicada. 
(A) água fluvial – água da chuva. 
(B) produção aurífera – produção de ouro. 
(C) vida rupestre – vida do campo. 
(D) notícias brasileiras – notícias de Brasília. 
(E) costela bovina – costela de porco. 
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 5 
 
02. Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto: 
(A) azul-celeste 
(B) azul-pavão 
(C) surda-muda 
(D) branco-gelo 
 
03. Assinale a única alternativa em que os adjetivos não estão no grau superlativo absoluto sintético: 
(A) Arquimilionário/ ultraconservador; 
(B) Supremo/ ínfimo; 
(C) Superamigo/ paupérrimo; 
(D) Muito amigo/ Bastante pobre 
 
04. Na frase: ―Trata-se de um artista originalíssimo‖, o adjetivo grifado encontra-se no grau: 
(A) comparativo de superioridade. 
(B) superlativo absoluto sintético. 
(C) superlativo relativo de superioridade. 
(D) comparativo de igualdade. 
(E) superlativo absoluto analítico. 
 
05. Indique nas alternativas a seguir o adjetivo incorreto da locução adjetiva em negrito: 
(A) mulher muito magra = macérrima 
(B) pessoa muito amiga = amicíssima 
(C) pessoa muito inimiga = inimicíssimo 
(D) atitude muito benéfica = beneficientíssima 
 
06. ―Ele era tão pequeno que recebeu o apelido de miúdo‖. A palavra miúdo possui, no grau 
superlativo absoluto sintético, duas formas. Uma delas é miudíssimo (regular) e a outra, irregular, é: 
(A) minutíssimo 
(B) miudinitíssimo 
(C) midunitíssimo(D) miduníssimo 
 
07. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão de 
mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões com sentidos equivalentes, respectivamente, 
aos das palavras ígneo e pétreo. 
(A) De corda; de plástico. 
(B) De fogo; de madeira. 
(C) De madeira; de pedra. 
(D) De fogo; de pedra. 
(E) De plástico; de cinza. 
 
RESPOSTA 
 
1. RESPOSTA “B” 
a. fluvial – do rio 
b. correta 
c. brasileiras – do Brasil 
d. vida campestre 
e. suína 
 
2. RESPOSTA “C” 
Surdas-mudas 
 
3. RESPOSTA “D” 
d. estão no superlativo absoluto analítico 
 
 
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Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
Operador
Realce
 
 6 
4. RESPOSTA “B” 
originalíssimo – grau superlativo absoluto sintético 
 
5. RESPOSTA “D” 
d)atitude muito benéfica = beneficientíssima 
O correto é beneficentíssima ( sem o ―i‖ em cien) 
 
6. RESPOSTA “A” 
minutíssimo é a forma correta. 
 
7. RESPOSTA “D” 
Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou associação de palavras! Veja: a ignição do carro 
lembra-nos fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a resposta? 
 
 
Compare estes exemplos: 
 
O ônibus chegou. 
O ônibus chegou ontem. 
 
Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias 
de tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio advérbio. 
Estudei bastante. = modificando o verbo estudei 
Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio (bem) 
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adjetivo (claros) 
 
Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar ideia de: 
Tempo: Ela chegou tarde. 
Lugar: Ele mora aqui. 
Modo: Eles agiram mal. 
Negação: Ela não saiu de casa. 
Dúvida: Talvez ele volte. 
 
Flexão do Advérbio 
 
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns 
advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: 
 
Grau Comparativo 
 
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo: 
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como). Por exemplo: Renato fala tão alto quanto João. 
de inferioridade: menos + advérbio + que (do que). Por exemplo: Renato fala menos alto do que 
João. 
de superioridade: 
1. Analítico: mais + advérbio + que (do que). Por exemplo: Renato fala mais alto do que João. 
2. Sintético: melhor ou pior que (do que). Por exemplo: Renato fala melhor que João. 
 
 
1.2-) Advérbio 
1.2.1-) Flexão do Advérbio 
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 7 
Grau Superlativo 
 
O superlativo pode ser analítico ou sintético: 
Analítico: acompanhado de outro advérbio. Por exemplo: Renato fala muito alto. 
muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de modo 
 
Sintético: formado com sufixos. Por exemplo: Renato fala altíssimo. 
Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Observe: Maria 
mora pertinho daqui. (muito perto) / A criança levantou cedinho. (muito cedo) 
 
Classificação dos Advérbios 
 
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: 
 
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, 
perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, 
aquém, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à 
esquerda, ao lado, em volta. 
 
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, 
antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, 
breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, 
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer 
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. 
 
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às 
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, 
em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-
mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, 
escandalosamente, bondosamente, generosamente. 
 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, 
indubitavelmente. 
 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. 
 
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, 
quem sabe. 
 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, 
quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, 
extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). 
 
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. Por 
exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. 
 
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Por exemplo: O indivíduo também 
amadurece durante a adolescência. 
 
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer 
aos meus amigos por comparecerem à festa. 
 
Saiba que: 
- Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais ou o menos. Por exemplo: 
Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível. 
- Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último: Por 
exemplo: O aluno respondeu calma e respeitosamente. 
 
 
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Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido 
 
Há palavras como muito, bastante, que podem aparecer como advérbio e como pronome indefinido. 
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu 
corri muito. 
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos 
quilômetros. 
 
 
*Dica da Zê! 
Como saber se a palavra bastante é advérbio (não varia, não se flexiona) ou 
pronome indefinido (varia, sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o 
―bastante‖ por ―muito‖ (ou muita, por exemplo), então estamos diante de um 
advérbio; se der para substituir por ―muitos‖, é um pronome. Veja: 
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, pois ―muitos‖ não dá!). 
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei muitos capítulos) 
 
Advérbios Interrogativos 
 
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? por quê? nas interrogações diretas ou 
indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: 
 
Interrogação Direta Interrogação Indireta 
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. 
Onde mora? Indaguei onde morava. 
Por que choras? Não sei por que choras. 
Aonde vai? Perguntei aonde ia. 
Donde vens? Pergunto donde vens. 
Quando voltas? Pergunto quando voltas. 
 
Locução Adverbial 
 
Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locução adverbial, que 
pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja: 
lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc. 
afirmação: por certo, sem dúvida, etc. 
modo: às pressas,passo a passo, de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc. 
tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc. 
 
Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outro advérbio. 
Observe os exemplos: Chegou muito cedo. (advérbio) / Joana é muito bela. (adjetivo) / De 
repente correram para a rua. (verbo) 
 
Observação Importante: 
1. Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais mal antes de adjetivos ou de verbos no 
particípio: 
Essa matéria é mais bem interessante que aquela. 
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso! 
2. O numeral ―primeiro‖, ao modificar o verbo, é advérbio: Cheguei primeiro. 
 
3. Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução adverbial desempenham na oração a função 
de adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as circunstâncias que acrescentam ao verbo, ao 
adjetivo ou ao advérbio. Exemplo: 
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto adverbial de intensidade (ligado ao adjetivo 
―cansada‖) 
Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensidade e de tempo, respectivamente. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.php 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
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 9 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
01. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-adap.) Assinale a alternativa cuja 
expressão em destaque apresenta circunstância adverbial de modo. 
(A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda uma série de repercussões. 
(B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em plena balada… 
(C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem sucesso, de duas amigas… 
(D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou de um engano... 
(E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se quebrando por aí… 
 
02. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia os trechos apresentados a seguir. 
- Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas 
quais os números não encontravam muito espaço... 
- Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma ponta de desprezo, torna-se cada vez 
mais fundamental... 
Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e respectivamente, circunstâncias de 
(A) afirmação e de intensidade. 
(B) modo e de tempo. 
(C) modo e de lugar. 
(D) lugar e de tempo. 
(E) intensidade e de negação. 
 
03. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.) Em – … mas é importante também 
considerar e estudar em profundidade o planejamento urbano. –, a expressão em destaque é 
empregada na oração para indicar circunstância de 
(A) lugar. 
(B) causa. 
(C) origem. 
(D) modo. 
(E) finalidade. 
 
04. Indique a alternativa que completa a frase a seguir, respectivamente, com as circunstâncias de 
intensidade e de modo. Após o telefonema, o motorista partiu... 
(A) às 81 h com o veículo. 
(B) rapidamente ao meio-dia. 
(C) bastante alerta. 
(D) apressadamente com o caminhão. 
(E) agora calmamente. 
 
05. Assinale a alternativa em que o elemento destacado NÃO é um adjunto adverbial. 
(A)―...ameaçou até se acorrentar à porta da embaixada brasileira em Roma.‖ 
(B)―...decidida na semana passada por Tarso Genro...‖. 
(C)―Hoje Mutti vive com identidade trocada e em lugar não sabido.‖ 
(D)―A concessão de refúgio político ao italiano Cesare Battisti, decidida...‖. 
(E)―...decida se é o caso de reabrir o processo e julgá-lo novamente?‖ 
 
06. Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em: 
(A) Ele permaneceu muito calado. 
(B) Amanhã, não iremos ao cinema. 
(C) O menino, ontem, cantou desafinadamente. 
(D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. 
(E) Ela falou calma e sabiamente. 
 
07. Assinale a frase em que ―meio‖ funciona como advérbio: 
(A) Só quero meio quilo. 
(B) Achei-o meio triste. 
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(C) Descobri o meio de acertar. 
(D) Parou no meio da rua. 
(E) Comprou um metro e meio de tecido. 
 
08. (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VUNESP/2013) Observe os enunciados: 
• A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. 
• A probabilidade de um veterano branco ser preso por um crime violento é significativamente mais 
alta do que... 
Os advérbios em destaque expressam, respectivamente, circunstâncias de 
(A) lugar e modo. 
(B) tempo e intensidade. 
(C) modo e intensidade. 
(D) tempo e causa. 
(E) tempo e modo. 
 
RESPOSTA 
 
1. RESPOSTA “C” 
a. ainda = tempo 
b) em plena balada = lugar 
c) sem sucesso = modo 
d) não = negação . 
e) por aí = lugar 
 
2. RESPOSTA “B” 
Simplesmente = modo / ainda = tempo 
 
3. RESPOSTA “D” 
em profundidade = profundamente = advérbio de modo 
 
4. RESPOSTA “C” 
A alternativa deve começar com advérbio que expresse INTENSIDADE. Vá por eliminação: 
a. às 18h = tempo 
b. rapidamente = modo 
c. bastante= intensidade 
d. apressadamente = modo 
e. agora = tempo 
 
5. RESPOSTA “D” 
―A concessão de refúgio político ao italiano Cesare Battisti, decidida...‖. = complemento nominal 
 
6. RESPOSTA “A” 
a) Ele permaneceu muito calado. 
b) Amanhã, não iremos ao cinema. 
c) O menino, ontem, cantou desafinadamente. 
d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. 
e) Ela falou calma e sabiamente. ( Nesse caso, subentende--se calmamente. É a maneira correta de 
se escrever quando utilizarmos dois advérbios de modo: o primeiro é escrito sem o sufixo ―mente‖, 
deixando este apenas no segundo elemento. Por exemplo: ―Apresentou-se breve e pausadamente.‖) 
 
7. RESPOSTA “B” 
a) Só quero meio quilo. = numeral 
b) Achei-o meio triste. = um pouco (advérbio) 
c) Descobri o meio de acertar. = substantivo 
d) Parou no meio da rua. = numeral 
e) Comprou um metro e meio de tecido. = numeral 
 
8. RESPOSTA “E” 
―Hoje‖ = tempo; geralmente os advérbios terminados em ―-mente‖ são de modo (= com significância). 
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 11 
 
 
 
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-se como o termo variável serve para 
individualizar ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero (masculino/feminino) e o 
número (singular/plural). 
Os artigos subdividem-se em definidos (―o‖ e as variações ―a‖[as] e [os]) e indefinidos (―um‖ e as 
variações ―uma‖[s] e ―uns]). 
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar seres determinados, expressos de forma 
individual: 
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam muito. 
 
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar seres de modo vago, impreciso: 
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram aprovadas! 
 
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: 
 
* Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral ―ambos‖: 
Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. 
 
* Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: 
São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... 
 
* Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar toda uma espécie: 
O trabalho dignifica o homem. 
 
* No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é 
facultativo o uso do artigo: 
Marcela é a mais extrovertida das irmãs. 
O Pedro é o xodó da família. 
* No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são determinados pelo uso do 
artigo: 
Os Maias, os Incas, OsAstecas... 
 
* Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todoa) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o 
uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. 
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) 
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. (qualquer classe) 
 
* Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: 
Preparei o meu curso. Preparei meu curso. 
 
* A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: 
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. 
 
* O artigo também é usado para substantivar palavras pertencentes a outras classes gramaticais: 
Não sei o porquê de tudo isso. 
 
* Há casos em que o artigo definido não pode ser usado: 
 
- antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas: 
O professor visitará Roma. 
 
1.3-) Artigo 
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 12 
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a presença do artigo será obrigatória: O professor 
visitará a bela Roma. 
 
- antes de pronomes de tratamento: 
Vossa Senhoria sairá agora? 
Exceção: O senhor vai à festa? 
 
- após o pronome relativo ―cujo‖ e suas variações: 
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas? 
Este é o candidato cuja nota foi a mais alta. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCONI, Luiz Antônio. Nossa 
gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
 
 
Além da preposição, há outra palavra também invariável que, na frase, é usada como elemento de 
ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras de mesma função em uma 
oração. Por exemplo: 
O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo. 
A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. 
Morfossintaxe da Conjunção 
 
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são 
conectivos. 
 
Classificação da Conjunção 
 
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em 
coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser 
isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada 
um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção 
depende da existência do outro. Veja: 
Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo. 
Podemos separá-las por ponto: 
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. 
Temos acima um exemplo de conjunção (e, consequentemente, orações coordenadas) coordenativa 
– ―mas‖. Já em: 
Espero que eu seja aprovada no concurso! 
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a segunda ―completa‖ o sentido da primeira (da 
oração principal): 
Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma oração subordinada substantiva objetiva 
direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal). 
 
Conjunções Coordenativas 
 
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a 
mesma função gramatical. Subdividem-se em: 
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem 
(= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. 
A sua pesquisa é clara e objetiva. 
Não só dança, mas também canta. 
1.4-) Conjunção 
1.4.1-) Coordenativas 
1.4.2-) Subordinativas 
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 13 
 
2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. 
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. 
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 
 
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando 
fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, 
talvez... talvez. 
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 
 
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou 
consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. 
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. 
 
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela 
contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. 
Não demore, que o filme já vai começar. 
Falei muito, pois não gosto do silêncio! 
 
Conjunções Subordinativas 
 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, 
introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O 
baile já tinha começado quando ela chegou. 
O baile já tinha começado: oração principal 
quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) 
ela chegou: oração subordinada 
As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
 
1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o 
sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, as orações 
subordinadas substantivas. São elas: que, se. 
Quero que você volte. (Quero sua volta) 
 
2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial da principal. 
De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: 
porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, 
desde que, etc. 
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
 
*Diferença entre o ―porque‖ conjunção explicativa e a causal: 
- a causal indica a causa de um efeito, de um ato exposto na oração principal: 
Faltei à aula porque estava doente. 
Parece explicação, não? Mas repare: o fato de estar doente impediu-me de ir à aula, foi a CAUSA de 
minha falta. 
 
- a explicativa explica! A menina apanhou, porque seus olhos estão vermelhos. O fato de ―os olhos 
estarem vermelhos‖ não foi a causa do choro, mas uma possível explicação do porquê de estarem 
vermelhos. 
 
- as orações iniciadas por ―que‖ e ―porque‖ sempre serão explicativas se o verbo da oração anterior 
estive no modo imperativo: 
Não chore, que tudo passará! 
 
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b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no 
entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, 
por mais que, posto que, conquanto, etc. 
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse concurso mesmo que seja muito concorrido.. 
Mesmo que chova, irei à aula. 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da 
principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, 
etc. 
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. 
 
 
Atenção: você deve ter percebido que a conjunçãocondicional ―se‖ também 
é conjunção integrante. A diferença é clara ao ler as orações que são 
introduzidas por ela. Acima, ela no dá a ideia da condição para que 
recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração: 
Não sei se farei o concurso... 
Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração 
principal (sei) pede complemento (objeto direto, já que ―quem não sabe, não 
sabe algo‖). Portanto, a oração em destaque exerce a função de objeto direto 
da oração principal, sendo classificada como oração subordinada substantiva 
objetiva direta. 
 
d) Conformativas: introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com outro. São 
elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. 
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo as ordens do professor. 
 
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a 
oração principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. 
Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 
 
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à 
ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as 
combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... 
(menos), etc. 
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
Quanto mais reclamava menos atenção recebia. 
 
Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. 
 
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso 
na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, 
desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. 
A briga começou assim que saímos da festa. 
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 
 
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à 
oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto 
quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. 
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
Ele é inteligente tal como o irmão. 
 
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de 
sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como 
antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. 
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
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 15 
A dor era tanta que a moça desmaiou. 
 
Locução Conjuntiva 
 
Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas 
locuções geralmente terminam em "que": visto que, desde que, ainda que, por mais que, à medida que, 
à proporção que, logo que, a fim de que. 
 
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser 
classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto (grifo da Zê!). 
 
O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de suas 
frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com palavras de 
outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos - como os 
pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se 
pode chamar de "a arquitetura textual", isto é, o conjunto das relações que garantem a coesão do 
enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhecimento do valor relacional das 
conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado. 
Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na produção de 
textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de circunstâncias 
fundamentais à condução da história, como as noções de tempo, finalidade, causa e consequência. Nos 
textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso 
das exposições e argumentações construídas por meio de contrastes e oposições, que implicam o uso 
das adversativas e concessivas. 
 
Fontes de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2011) Em – A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, 
mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora 
americana. 
A conjunção destacada pode ser substituída por 
(A) portanto. 
(B) como. 
(C) no entanto. 
(D) porque. 
(E) ou. 
 
2. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E 
PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Considere o trecho. 
Em audiência pública realizada na última sexta-feira (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou 
preocupado e afirmou que tem receio de que o julgamento do mensalão não termine até o final do ano. 
Nesse trecho, a relação estabelecida entre as orações ligadas pela conjunção ―e‖ é de 
(A) contraposição. 
(B) exclusão. 
(C) tempo. 
(D) adição. 
(E) alternância. 
 
3. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2011- ADAPTADA) Em – Tudo indica que 250 mil documentos secretos foram 
copiados por um jovem soldado num CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. – a palavra destacada 
exprime ideia de 
(A) Hipótese 
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(B) Condição 
(C) Concessão 
(D) Causa 
(E) Tempo 
 
(GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – 
AGENTE PENITENCIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à questão 4. 
 
Casamento 
 
Há mulheres que dizem: 
Meu marido, se quiser pescar, pesque, 
mas que limpe os peixes. 
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, 
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. 
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, 
de vez em quando os cotovelos se esbarram, 
ele fala coisas como ―este foi difícil‖ 
―prateou no ar dando rabanadas‖ 
e faz o gesto com a mão. 
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez 
atravessa a cozinha como um rio profundo. 
Por fim, os peixes na travessa, 
vamos dormir. 
Coisas prateadas espocam: 
somos noivo e noiva. 
(Adélia Prado, Poesia Reunida) 
 
4. Considere o trecho a seguir. 
Meu marido, se quiser pescar, pesque, (2.º verso) 
[...] 
ele fala coisas como ―este foi difícil‖ 
[...] 
e faz o gesto com a mão (10.º verso) 
As conjunções em destaque – se e e – estabelecem, correta e respectivamente, relações de 
a) causa e adição. 
b) conclusão e explicação. 
c) tempo e oposição. 
d) oposição e condição. 
e) condição e adição. 
 
5. (CEAGESP/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - VUNESP/2010) Em – Podemos escolher o 
futuro que queremos para nós e nossos filhos ou podemos deixar que escolham um futuro menos 
positivo e mais sombrio. – a conjunção ―ou‖ estabelece entre as orações uma relação de 
(A) adição, indicando os dois tipos de futuro com os quais as pessoas deverão se defrontar em 
breve. 
(B) adversidade, indicando as duas informações que se opõem conformeo tipo de futuro descrito. 
(C) alternância, indicando as duas informações que compõem as opções sobre o futuro desejado. 
(D) causa, indicando os motivos que levarão as pessoas a terem de escolher um dos futuros 
possíveis. 
(E) consequência, indicando os desastres que advirão ao mundo, no futuro, pela ignorância das 
pessoas. 
 
6. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - 
adaptada) Assinale a alternativa que apresenta o termo em destaque no trecho – Se tão contrário a si é 
o mesmo amor? – com a mesma função que aparece no poema. 
(A) Vendem-se casas. 
(B) Ela se arrependeu do que fez. 
(C) Você sairá só se for possível. 
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(D) Vá-se para bem longe de seus inimigos. 
 
7. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – 
CEPERJ/2012) ―àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido.‖ 
O trecho acima poderia ser reescrito, unindo-se as orações por meio de um conectivo. A reescritura 
que preservaria o sentido original do trecho seria: 
(A) contudo o infortúnio tinha nos unido 
(B) porque o infortúnio tinha nos unido 
(C) embora o infortúnio tinha nos unido 
(D) portanto o infortúnio tinha nos unido 
(E) enquanto o infortúnio tinha nos unido 
 
8. (MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – FUNDAÇÃO DOM CINTRA/2010) O conectivo inicial do 
trecho ―Se bem sucedida, essa tática poderia, por exemplo (tomando uma cidade pequena), fazer 
aparecer os mesmos dez eleitores em 30 urnas‖ introduz no período o sentido de: 
(A) causa; 
(B) condição; 
(C) oposição; 
(D) consequência; 
(E) finalidade. 
 
9. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR 
ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) ―se você quiser ir mais longe‖; 
a única forma dessa frase que NÃO apresenta um equivalente semântico corretamente expresso é 
(A) caso você queira ir mais longe. 
(B) na hipótese de você querer ir mais longe. 
(C) no caso de você querer ir mais longe. 
(D) desde que você queira ir mais longe. 
(E) conquanto você queira ir mais longe. 
 
10. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011) 
TEXTO 
Samba do Arnesto – Adoniran Barbosa 
 
O Arnesto nos convidou prum samba, ele mora no Brás 
Nós fumo não encontremo ninguém 
Nós voltermo com uma baita de uma reiva 
Da outra vez nós num vai mais 
Nós num semo tatu! 
No outro dia encontremo com o Arnesto 
Que pediu discurpa mas nós num aceitemo 
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa 
Mas você devia ter ponhado um recado na porta 
 
Embora não haja conector ligando as orações do trecho ―Nós fumo não encontremo ninguém‖, 
podemos afirmar que a coesão é estabelecida por uma relação semântica de: 
(A) adversidade; 
(B) consequência; 
(C) finalidade; 
(D) concessão; 
(E) alternância. 
 
11. (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV PROJETOS/2010) No período: 
―Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz,‖ ―mas‖ e ―para‖ estabelecem 
relações de sentido que indicam, respectivamente: 
(A) Conclusão, explicação. 
(B) Explicação, consequência. 
(C) Oposição, finalidade. 
(D) Causa, consequência. 
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(E) Causa, explicação. 
 
12. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) Em ―O criminoso encontra uma 
forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável.‖ há uma relação estabelecida no período de 
(A) restrição. 
(B) conclusão. 
(C) acréscimo. 
(D) explicação. 
 
13. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) No trecho ―Mas para alcançar seu 
objetivo, [...]‖ a palavra em destaque introduz uma ideia de 
(A) modo. 
(B) oposição. 
(C) finalidade. 
(D) explicação. 
 
14. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) Acerca das estruturas linguísticas 
do trecho ―O agressor afastou-se por uns instantes, mas voltou em seguida, apunhalando-a de novo, 
enquanto ela gritava por socorro.‖ é correto afirmar que 
(A) o termo ―mas‖ indica uma explicação em relação à atitude do agressor. 
(B) as expressões ―uns instantes‖, ―em seguida‖ e ―enquanto‖ indicam tempo. 
(C) o ―mas‖ pode ser substituído por ―pois‖ não provocando alteração de sentido. 
(D) a forma verbal ―gritava‖ pode ser substituída por ―gritou‖ sem alteração de sentido. 
 
15. (GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ – ESCRIVÃO E INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL – 
SEAD/2013) No trecho: Quantas vezes ao acordar pela manhã e bater o dedo na beira da cama já não 
saiu esbravejando e dizendo que o dia começou ruim? A repetição do conectivo ―e‖ tem efeito de 
marcar uma: 
(A) sequência cronológica dos fatos. 
(B) repetição dos acontecimentos. 
(C) descontinuidade de fatos. 
(D) implicação natural de consequência dos fatos. 
(E) coordenação entre as ideias do período. 
 
16. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) As orações abaixo, separadas por 
vírgula, podem ter a relação entre elas explicitada por meio de uma expressão. 
―Algumas precisam beber mais água, outras precisam de isotônico.‖ 
A expressão que mantém o sentido original está empregada em: 
(A) Algumas precisam beber mais água, a fim de que outras precisem de isotônico. 
(B) Algumas precisam beber mais água, ao passo que outras precisam de isotônico. 
(C) Já que algumas precisam beber mais água, outras precisam de isotônico. 
(D) Por mais que algumas precisem beber mais água, outras precisam de isotônico. 
(E) Contanto que algumas precisem beber mais água, outras precisam de isotônico. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA: “C”. 
O ―mas‖ é uma conjunção adversativa, dando a ideia de oposição entre as informações apresentadas 
pelas orações, o que acontece no enunciado da questão. Em ―A‖, temos uma conclusiva; ―B‖, 
comparativa; ―C‖, adversativa; ―D‖, explicativa; ―E‖, alternativa. 
 
2. RESPOSTA: “D”. 
A ideia apresentada pela conjunção ―e‖, nesse texto, é de adição. 
 
3. RESPOSTA: “E”. 
A conjunção destacada dá-nos a informação com relação ao momento, ao ―tempo‖ em que a ação foi 
praticada. 
 
 
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4. RESPOSTA: “E”. 
―Se‖ = conjunção condicional / ―e‖ = conjunção aditiva 
 
5. RESPOSTA: “C”. 
A conjunção ―ou‖ é alternativa, ou seja, expressa escolhas, alternativas entre as ações citadas nas 
orações ligadas por ela. 
 
6. RESPOSTA: “C”. 
Se tão contrário a si é o mesmo amor? = conjunção condicional 
a) Vendem-se casas.= pronome apassivador (casa são vendidas) 
b) Ela se arrependeu do que fez.= pronome reflexivo 
c) Você sairá só se for possível. = conjunção condicional 
d) Vá-se para bem longe de seus inimigos. = partícula de realce 
*Observação: 
 
partícula de realce - o SE servirá neste caso para realçar aquilo que está sendo dito, e portanto 
poderá ser retirado da frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e coesão. 
(fonte: http://www.infoescola.com/portugues/funcoes-do-se/) 
 
7. RESPOSTA: “B”. 
Àquela altura já éramos amigas, porque (= pois) o infortúnio... (conjunção explicativa). 
 
8. RESPOSTA: “B”. 
O ―se‖ exerce várias funções (pronome reflexivo, partícula apassivadora, índice de indeterminação o 
sujeito, conjunção). Cabe a nós analisarmos a sua função dentro do contexto do enunciado da questão: 
a ideia transmitida é de uma hipótese, uma condição para que tal fato aconteça (a tática sendo bem 
sucedida aparecerão os eleitores). Conjunção condicional. 
 
9. RESPOSTA: “E”. 
Conquanto = conjunção utilizada para relacionar duas orações, sendo que a oração subordinada 
contém um fato contrário ao que foi afirmado na oração principal; embora, se bem que: Continuou 
trabalhando, conquanto exausto. Aparenta riqueza, conquanto seja pobre. 
(fonte: http://www.dicio.com.br/conquanto/)10. RESPOSTA: “A”. 
Nós fumo (mas, porém, entretanto)não encontremo ninguém = usaríamos conjunções adversativas, 
que expressam contrariedade, adversidade. 
 
11. RESPOSTA: “C”. 
Mas = conjunção adversativa (ideia contrária à exposta anteriormente) / para = conjunção final. 
 
12. RESPOSTA: “A”. 
O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável = a palavra 
destacada é uma conjunção adversativa, estabelecendo entre as orações ligadas por ela uma ideia de 
oposição, adversidade. 
 
13. RESPOSTA: “C”. 
A conjunção em destaque ―final‖. Independente de classificação, pela leitura também é possível 
chegar à resposta: a intenção, a finalidade será ―alcançar o objetivo‖. 
 
14. RESPOSTA: “B”. 
a) o termo ―mas‖ indica uma explicação em relação à atitude do agressor. = incorreta (oposição, 
adversidade) 
b) as expressões ―uns instantes‖, ―em seguida‖ e ―enquanto‖ indicam tempo. 
c) o ―mas‖ pode ser substituído por ―pois‖ não provocando alteração de sentido. = incorreta (―pois‖ é 
conjunção conclusiva e explicativa, e ambas não teriam coerência no contexto)
 
d) a forma verbal ―gritava‖ pode ser substituída por ―gritou‖ sem alteração de sentido. = incorreta 
(―gritava‖ – pretérito imperfeito do Indicativo, indica ação não concluída; ―gritou‖ – pretérito perfeito – 
ação concluída). 
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15. RESPOSTA: “E”. 
Se retirarmos o conectivo ―e‖ (conjunção aditiva), o período não perderá o sentido, ou seja, as 
orações são independentes entre si. Coordenadas. 
 
16. RESPOSTA: “B”. 
O sentido exposto no período é de que, enquanto umas algumas precisam beber água, outras 
precisam de isotônico. Analisando as opções apresentadas, a única coerente com o que foi relatado é a 
―ao passo que‖. 
 
 
 
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito. É um 
recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as 
sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma 
situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: 
Ah, como eu queria voltar a ser criança! 
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição 
 
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! 
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição 
 
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom 
da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto em que for utilizada. 
Exemplos: 
Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua ; significado da interjeição (sugestão): "Estou 
te chamando! Ei, espere!" 
 
Psiu! 
contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital; significado da interjeição (sugestão): 
"Por favor, faça silêncio!" 
 
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! 
puxa: interjeição; tom da fala: euforia 
 
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! 
puxa: interjeição; tom da fala: decepção 
 
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: 
a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. 
Ah, deve ser muito interessante! 
 
b) Sintetizar uma frase apelativa. 
Cuidado! Saia da minha frente. 
 
As interjeições podem ser formadas por: 
a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô 
b) palavras: Oba! Olá! Claro! 
c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus! Ora bolas! 
 
Classificação das Interjeições 
 
Comumente, as interjeições expressam sentido de: 
1.5-) Interjeição 
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Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Atenção! Olha! Alerta! 
 
Afugentamento: Fora! Passa! Rua! 
 
Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! 
 
Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah! 
 
Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Ânimo! Adiante! 
 
Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva! 
 
Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! 
 
Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! Essa não! Chega! Basta! 
 
Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira Deus! 
 
Desculpa: Perdão! 
 
Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! 
 
Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! 
 
Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! 
 
Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! Pô! Ora! 
 
Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade! 
 
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva! Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! 
Valha-me, Deus! 
 
Silêncio: Psiu! Silêncio! 
 
Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa! 
 
Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número 
e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No 
entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não se trata de um processo 
natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: 
oizinho, bravíssimo, até loguinho. 
 
Locução Interjetiva 
 
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição: Ora bolas! 
Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim! Graças a Deus! 
Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclamativo torna-se uma locução interjetiva, 
dispensando análise dos termos que a compõem: 
Macacos me mordam! Valha-me Deus! Quem me dera! 
 
Observações: 
1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por exemplo: 
Ué! (= Eu não esperava por essa!) 
Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.) 
 
2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de 
outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exemplo: 
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Viva! Basta! (Verbos) 
Fora! Francamente! (Advérbios) 
 
3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha pode constituir uma 
mensagem. Por exemplo: 
Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto! 
 
4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por 
exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. 
 
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que exprime 
admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos depois 
do "ó" vocativo. Por exemplo: 
"Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac) 
Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac) 
 
Fonte de pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – 
São Paulo: Saraiva, 2002. 
 
 
 
Numeral é a palavra variável que indica quantidade numérica ou ordem; expressa a quantidade 
exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada sequência. 
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. 
Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim 
de algarismos. 
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais 
algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São 
alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. 
 
Classificação dos Numerais 
 
- Cardinais: indicam quantidade exata ou determinadade seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns 
cardinais têm sentido coletivo, como por exemplo: século, par, dúzia, década, bimestre. 
 
- Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém ou alguma coisa ocupa numa determinada 
sequência: primeiro, segundo, centésimo, etc. 
Observação importante: 
As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo, final e penúltimo também indicam posição dos 
seres, mas são classificadas como adjetivos, não ordinais. 
 
- Fracionários: indicam parte de uma quantidade, ou seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois 
quintos, etc. 
 
- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a 
quantidade foi aumentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. 
 
Flexão dos numerais 
 
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de 
duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como 
1.6-) Numeral 
1.6.1-) Flexão do Numeral 
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 23 
milhão, bilhão, trilhão, variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais são 
invariáveis. 
Os numerais ordinais variam em gênero e número: 
Primeiro segundo milésimo 
primeira segunda milésima 
primeiros segundos milésimos 
primeiras segundas milésimas 
 
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro 
do esforço e conseguiram o triplo de produção. 
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de 
tomar doses triplas do medicamento. 
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma 
terça parte/duas terças partes 
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. 
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou 
especialização de sentido .É o que ocorre em frases como: 
―Me empresta duzentinho...‖ 
É artigo de primeiríssima qualidade! 
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol) 
 
Emprego e Leitura dos Numerais 
 
- Os numerais são escritos em conjunto de três algarismos, contados da direita para a esquerda, em 
forma de centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma separação através de ponto ou 
espaço correspondente a um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. 
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar exagero intencional, constituindo a figura de 
linguagem conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes. 
- No português contemporâneo, não se usa a conjunção ―e‖ após ―mil‖, seguido de centena: 
Nasci em mil novecentos e noventa e dois. 
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais. 
 
* Mas, se a centena começa po ―zero‖ ou termina por dois zeros, usa-se o ―e‖: 
Seu salário será de mil e quinhentos reais. (R$1.500,00) 
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00) 
 
- Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os 
ordinais até décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo; 
Ordinais Cardinais 
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze) 
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) 
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte) 
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte) 
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três) 
 
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido como ordinal: 
XXX Feira do Bordado. (trigésima) 
 
 
Dica da Zê! 
Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associação. Ficará mais fácil! 
 
- Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: 
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) 
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 24 
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) 
 
- Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam ―um e outro‖, ―os 
dois‖ (ou ―uma e outra‖, ―as duas‖) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos 
quais já se fez referência. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos 
realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo: 
Ambos esse ministros falarão à imprensa.
 
 
Função sintática do Numeral 
 
O numeral tem mais de uma função sintática: 
- se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o numeral assumirá a função de adjunto adnominal; 
se fizer papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto direto ou indireto. 
Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas. 
Objeto direto = cinco casas 
Núcleo do objeto direto = casas 
Adjunto adnominal = cinco 
Objeto indireto = de duas 
Núcleo do objeto indireto = duas 
 
Quadro de alguns numerais 
 
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários 
um
 
primeiro - - 
dois
 
segundo dobro, duplo meio 
três
 
terceiro triplo, tríplice terço 
quatro
 
quarto quádruplo quarto 
cinco
 
quinto quíntuplo quinto 
seis
 
sexto sêxtuplo sexto 
sete 
 
sétimo sétuplo sétimo 
oito oitavo óctuplo oitavo 
nove nono nônuplo nono 
dez décimo décuplo décimo 
onze décimo primeiro - onze avos 
doze décimo segundo - doze avos 
treze décimo terceiro - treze avos 
catorze décimo quarto - catorze avos 
quinze décimo quinto - quinze avos 
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos 
dezessete décimo sétimo - dezessete avos 
dezoito décimo oitavo - dezoito avos 
dezenove décimo nono - dezenove avos 
vinte vigésimo - vinte avos 
trinta trigésimo - trinta avos 
quarenta quadragésimo - quarenta avos 
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos 
sessenta sexagésimo - sessenta avos 
setenta septuagésimo - setenta avos 
oitenta octogésimo - oitenta avos 
noventa nonagésimo - noventa avos 
cem centésimo cêntuplo centésimo 
duzentos ducentésimo - ducentésimo 
trezentos trecentésimo - trecentésimo 
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo 
quinhentos quingentésimo - quingentésimo 
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo 
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 25 
setecentos septingentésimo - septingentésimo 
oitocentos octingentésimo - octingentésimo 
novecentos nongentésimo 
ou noningentésimo 
- nongentésimo 
mil milésimo - milésimo 
milhão milionésimo - milionésimo 
bilhão bilionésimo - bilionésimo 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf40.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
 
 
Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação 
acontece, normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As 
preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e 
possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. 
 
Tipos de Preposição 
 
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, 
perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro 
de, para com. 
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como 
preposições, ou seja, formadas por uma derivação imprópria: como, durante, exceto, fora, mediante, 
salvo, segundo, senão, visto. 
3. Locuções prepositivas:duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a 
última palavra é uma (preposição): abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo 
com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, 
por cima de, por trás de. 
 
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se a outras palavras e, assim, estabelecer 
concordância em gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela. 
* Essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une. 
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir dos processos 
de: 
 
1. Combinação: união da preposição ―a‖ com o artigo ―o‖(s), ou com o advérbio ―onde‖: ao, aonde, 
aos. Os vocábulos não sofrem alteração. 
2. Contração: união de uma preposição com outra palavra, ocorrendo perda ou transformação de 
fonema: de + o = do, em + a = na, per + os = pelos, de + aquele = daquele, em + isso = nisso. 
3. Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (―a‖ preposição + ―a‖ artigo), àquilo (―a‖ preposição + 1ª 
vogal do pronome ―aquilo‖). 
 
Dicas sobre preposição 
 
- O ―a‖ pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso 
o ―a‖ seja um artigo, virá precedendo um substantivo, serevindo para determiná-lo como um substantivo 
singular e feminino. 
A matéria que estudei é fácil! 
 
1.7-) Preposição 
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 26 
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de 
subordinação entre eles. 
Irei à festa sozinha. 
Entregamos a flor à professora! 
*o primeiro ―a‖ é artigo; o segundo, preposição. 
 
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo. 
Nós trouxemos a apostila. = Nós a trouxemos. 
 
Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas por meio das preposições: 
 
Destino = Irei a Salvador. 
Modo = Saiu aos prantos. 
Lugar = Sempre a seu lado. 
Assunto = Falemos sobre futebol. 
Tempo = Chegarei em instantes. 
Causa = Chorei de saudade. 
Fim ou finalidade = Vim para ficar. 
Instrumento = Escreveu a lápis. 
Posse = Vi as roupas da mamãe. 
Autoria = livro de Machado de Assis 
Companhia = Estarei com ele amanhã. 
Matéria = copo de cristal. 
Meio = passeio de barco. 
Origem = Nós somos do Nordeste. 
Conteúdo = frascos de perfume. 
Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso. 
Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais. 
 
* Quanto à preposição ―trás‖: não se usa senão nas locuções adverbiais (para trás ou por trás) e na 
locução prepositiva por trás de. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/ 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
 
 
Pronome é a palavra variável que substitui ou acompanha um substantivo (nome), qualificando-o de 
alguma forma. 
 
O homem julga que é superior à natureza, por isso o homem destrói a natureza... 
Utilizando pronomes, teremos: 
O homem julga que é superior à natureza, por isso ele a destrói... 
Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de termos (homem e natureza). 
 
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem 
significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está 
sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pronomes 
interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do 
discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa 
característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso. 
 
1.8-) Pronome 
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Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. 
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] 
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? 
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] 
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. 
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] 
 
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e 
em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente 
em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se 
apresenta ausente no enunciado. 
 
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano. 
[nossa: pronome que qualifica ―escola‖ = concordância adequada] 
[neste: pronome que determina ―ano‖ = concordância adequada] 
[ele: pronome que faz referência à ―Roberta‖ = concordância inadequada] 
 
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e 
interrogativos. 
 
Pronomes Pessoais 
 
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem 
fala ou escreve assume os pronomes ―eu‖ ou ―nós‖; usa-se os pronomes ―tu‖, ―vós‖, ―você‖ ou ―vocês‖ 
para designar a quem se dirige, e ―ele‖, ―ela‖, ―eles‖ ou ―elas‖ para fazer referência à pessoa ou às 
pessoas de quem se fala. 
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do 
caso reto ou do caso oblíquo. 
 
Pronome Reto 
 
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito: Nós lhe 
ofertamos flores. 
 
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo 
essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos 
pronomes retos é assim configurado: 
 
- 1ª pessoa do singular: eu 
- 2ª pessoa do singular: tu 
- 3ª pessoa do singular: ele, ela 
- 1ª pessoa do plural: nós 
- 2ª pessoa do plural: vós 
- 3ª pessoa do plural: eles, elas 
 
 
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na 
língua-padrão. Frases como ―Vi ele na rua‖, ―Encontrei ela na praça‖, ―Trouxeram eu 
até aqui‖, comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal 
escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos 
correspondentes: ―Vi-o na rua‖, ―Encontrei-a na praça‖, ―Trouxeram-me até aqui‖. 
 
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá 
porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo 
indicadas pelo pronome reto: Fizemos boa viagem. (Nós) 
 
 
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Pronome Oblíquo 
 
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento 
verbal (objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) 
 
Obs.: o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica 
a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pronome 
oblíquo marca o complemento da oração. 
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser 
átonos ou tônicos. 
 
Pronome Oblíquo Átono 
 
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. Possuem 
acentuação tônica fraca: Ele me deu um presente. 
Tabela dos pronomesoblíquos átonos 
 - 1ª pessoa do singular (eu): me 
- 2ª pessoa do singular (tu): te 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes 
 
Observações: O ―lhe‖ é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou 
seja, houve a união entre o pronome ―o‖ ou ―a‖ e preposição ―a‖ ou ―para‖. Por acompanhar diretamente 
uma preposição, o pronome ―lhe‖ exerce sempre a função de objeto indireto na oração. 
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. 
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. 
 
*Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando 
origem a formas como mo, mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, 
vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: 
- Trouxeste o pacote? 
- Sim, entreguei-to ainda há pouco. 
- Não contaram a novidade a vocês? 
- Não, no-la contaram. 
**No Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é 
muito raro. 
 
 
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas 
terminações verbais. 
- Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, 
ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo: 
fiz + o = fi-lo 
fazeis + o = fazei-lo 
dizer + a = dizê-la 
 
- Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por 
exemplo: 
viram + o: viram-no 
repõe + os = repõe-nos 
retém + a: retém-na 
tem + as = tem-nas 
 
 
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Pronome Oblíquo Tônico 
 
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, 
para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. 
Possuem acentuação tônica forte. 
Quadro dos pronomes oblíquos tônicos: 
 - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo 
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela 
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco 
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas 
 
Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda 
pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. 
 
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca 
pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes 
costumam ser usados desta forma: 
Não há mais nada entre mim e ti. 
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. 
Não há nenhuma acusação contra mim. 
Não vá sem mim. 
 
 
Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um 
pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses 
casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser 
do caso reto. 
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. 
Não vá sem eu mandar. 
 
* A frase: ―Foi fácil para mim resolver aquela questão!‖ está correta, já que ―para mim‖ é 
complemento de ―fácil‖. A odem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil para mim! 
 
- A combinação da preposição ―com‖ e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, 
contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a 
função de adjunto adverbial de companhia. 
Ele carregava o documento consigo. 
 
- A preposição ―até‖ exige as formas oblíquas tônicas: Ela veio até mim, mas nada falou. 
Mas, se ―até‖ for palavra denotativa (com o sentido de) inclusão, usaremos as formas retas: 
Todos foram bem na prova, até eu! (=inclusive eu) 
 
- As formas ―conosco‖ e ―convosco‖ são substituídas por ―com nós‖ e ―com vós‖ quando os pronomes 
pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral. 
Você terá de viajar com nós todos. 
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias. 
Ele disse que iria com nós três. 
 
Pronome Reflexivo 
 
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se 
ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo. 
Quadro dos pronomes reflexivos: 
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. 
Eu não me lembro disso. 
 
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- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. 
Conhece a ti mesmo. 
 
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. 
Guilherme já se preparou. 
Ela deu a si um presente. 
Antônio conversou consigo mesmo. 
 
- 1ª pessoa do plural (nós): nos. 
Lavamo-nos no rio. 
 
- 2ª pessoa do plural (vós): vos. 
Vós vos beneficiastes com esta conquista. 
 
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. 
Eles se conheceram. 
Elas deram a si um dia de folga. 
 
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me 
arrumei e saí. 
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade de ação: 
Nós nos amamos. 
Olhamo-nos calados. 
 
Pronomes de Tratamento 
 
São pronomes utilizados no tratamento formal, cerimonioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor 
(portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. Alguns exemplos: 
 
 
- Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques 
- Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais 
- Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religiosos em geral 
- Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior à de coronel, senadores, deputados, 
embaixadores, professores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, governadores, 
secretários de Estado, presidente da República (sempre por extenso) 
- Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universidades 
- Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores 
- Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais até a patente de coronel, chefes de seção 
e funcionários de igual categoria 
- Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes de direito 
- Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento cerimonioso 
- Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus 
 
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. ―O senhor‖ e ―a senhora‖ 
são empregados no tratamento cerimonioso; ―você‖ e ―vocês‖, no tratamento familiar. Você e vocês são 
largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em 
outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. 
 
Observações: 
* Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem ―Vossa(s)‖ são 
empregados em relação à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça 
a este encontro. 
 
** Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa: Todos os membros da C.P.I. 
afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. 
 
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos 
interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos 
endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. 
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 31 
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deveser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos 
empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. 
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem 
reconhecidos. 
 
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido 
mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se 
começamos a chamar alguém de ―você‖, não poderemos usar ―te‖ ou ―teu‖. O uso correto exigirá, ainda, 
verbo na terceira pessoa. 
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) 
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do 
singular 
ou 
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do 
singular 
 
Pronomes Possessivos 
 
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse 
de algo (coisa possuída). 
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) 
 
NÚMERO PESSOA PRONOME 
singular primeira meu(s), minha(s) 
singular segunda teu(s), tua(s) 
singular terceira seu(s), sua(s) 
plural primeira nosso(s), nossa(s) 
plural segunda vosso(s), vossa(s) 
plural terceira seu(s), sua(s) 
 
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o 
número concordam com o objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento 
difícil. 
 
Observações: 
- A forma ―seu‖ não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor: Muito 
obrigado, seu José. 
 
- Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como: 
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. 
 
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 anos. 
 
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 
 
- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa 
Excelência trouxe sua mensagem? 
 
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me 
seus livros e anotações. 
 
- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo: 
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.) 
 
- O adjetivo ―respectivo‖ equivale a ―devido, seu, próprio‖, por isso não se deve usar ―seus‖ ao utilizá-
-lo, para que não ocorra redundância: Coloque tudo nos respectivos lugares. 
 
 
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 32 
Pronomes Demonstrativos 
 
São utilizados para explicitar a posição de certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa 
relação pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. 
*Em relação ao espaço: 
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da pessoa que fala: 
Este material é meu. 
 
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto dapessoa com quem se fala: 
Esse material em sua carteira é seu? 
 
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está distante tanto da pessoa que fala como da 
pessoa com quem se fala: 
Aquele material não é nosso. 
Vejam aquele prédio! 
 
*Em relação ao tempo: 
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala: 
Esta manhã farei a prova do concurso! 
 
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, porém relativamente próximo à época em que 
se situa a pessoa que fala: 
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso! 
 
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afastamento no tempo, referido de modo vago ou como 
tempo remoto: 
Naquele tempo, os professores eram valorizados. 
 
*Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se falará ou escreverá): 
- Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual 
ainda se falará: 
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, ortografia, concordância. 
 
- Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende fazer referência a algua coisa sobre a qual 
já se falou: 
Sua aprovação no concurso, isso é o que mais desejamos! 
 
 - Este e aquele são empregados quando se faze referência a termos já mencionados; aquele se 
refere ao trmo referido em primeiro lugar e este para o referido por último: 
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo; este está mais bem colocado que aquele. 
(= este [São Paulo], aquele [Palmeiras]) 
ou 
Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo; aquele está mais bem colocado que este. 
(= este [São Paulo], aquele [Palmeiras]) 
 
*Observação: nos exemplos acima, a alteração na colocação dos pronomes demonstrativos é o que 
está em questão, não a classificação dos referidos times, por isso não realizei a alteração no período 
―está mais bem colocado‖! 
 
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe: 
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). 
Invariáveis: isto, isso, aquilo. 
 
* Também aparecem como pronomes demonstrativos: 
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o ―que‖ e puderem ser substituídos por aquele(s), 
aquela(s), aquilo. 
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) 
Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te indiquei.) 
 
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 33 
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em gênero quando têm caráter reforçativo: 
Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. 
Eu mesma refiz os exercícios. 
Elas mesmas fizeram isso. 
Eles próprios cozinharam. 
Os próprios alunos resolveram o problema. 
 
- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. 
 
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria. 
 
Note que: 
 
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro 
este. (ou então: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa mencionada em último lugar; 
aquele, à mencionada em primeiro lugar. 
 
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica: A menina foi a tal que ameaçou o 
professor? 
 
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo: àquele, àquela, 
deste, desta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo) 
 
Pronomes Indefinidos 
 
São palavras que se referem à 3ª pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou 
expressando quantidade indeterminada. 
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas. 
 
Não é difícil perceber que ―alguém‖ indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, 
portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente 
existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: 
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de 
seres na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. 
Algo o incomoda? 
Quem avisa amigo é. 
 
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de 
quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). 
Cada povo tem seus costumes. 
Certas pessoas exercem várias profissões. 
 
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos: 
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), 
nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, 
quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s),vários, várias. 
Menos palavras e mais ações. 
Alguns se contentam pouco. 
 
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe: 
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, 
muita, pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos, 
vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, 
quantas. 
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, cada. 
 
* Qualquer é composto de qual + quer (do verbo querer), por isso seu plural é quaisquer (única 
palavra cujo plural é feito em seu interior).
 
 
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 34 
- Todo e toda no singular e junto de artigo significa inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas 
as: 
Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira) 
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades) 
Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro) 
Trabalho todo dia. (= todos os dias) 
 
São locuções pronominais indefinidas: 
 
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja qual for, 
todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc. 
Cada um escolheu o vinho desejado. 
 
Indefinidos Sistemáticos 
 
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos que existem alguns grupos que 
criam oposição de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e 
nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e 
nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e 
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza. 
Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos coerentes, pois 
delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos expostos. Observe nas frases 
seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem 
parte: 
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático. 
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer. 
 
*Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática, que se refere à unidade. Repare: 
Nenhum candidato foi aprovado. 
Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é numeral) 
 
Pronomes Relativos 
 
São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. 
Introduzem as orações subordinadas adjetivas. 
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros. 
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva). 
 
O pronome relativo ―que‖ refere-se à palavra ―sistema‖ e introduz uma oração subordinada. Diz-se 
que a palavra ―sistema‖ é antecedente do pronome relativo que. 
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as. 
Não sei o que você está querendo dizer. 
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. 
Quem casa, quer casa. 
 
Observe: 
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as 
quais, cujas, quantas. 
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
 
 
Note que: 
- O pronome ―que‖ é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. 
Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo. 
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) 
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) 
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) 
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) 
 
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 35 
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos, por isso são utilizados 
didaticamente para verificar se palavras como ―que‖, ―quem‖, ―onde‖ (que podem ter várias 
classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por 
motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de 
minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de ―que‖, neste caso, geraria ambiguidade. Veja: 
Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou encantado (quem me deixou 
encantado: o sítio ou minha tia?). 
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (com preposições de duas ou mais 
sílabas utiliza-se o qual / a qual) 
 
- O relativo ―que‖ às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser 
padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural. 
 
- O pronome ―cujo‖: exprime posse; não concorda com o seu antecedente (o ser possuidor), mas 
com o consequente (o ser possuído, com o qual concorda em gênero e número); não se usa artigo 
depois deste pronome; ―cujo‖ equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. 
Existem pessoas cujas ações são nobres. 
 (antecedente) (consequente) 
 
*interpretação do pronome ―cujo‖ na frase acima: ações das pessoas. É como se lêssemos ―de trás 
para frente‖. Outro exemplo: 
Comprei o livro cujo autor é famoso. (= autor do livro) 
 
** se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pronome: 
O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-se a) 
 
- ―Quanto‖ é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou 
variações) e tudo: 
 
Emprestei tantos quantos foram necessários. 
 (antecedente) 
 
Ele fez tudo quanto havia falado. 
 (antecedente) 
 
- O pronome ―quem‖ se refere a pessoas e vem sempre precedido de preposição. 
É um professor a quem muito devemos. 
 (preposição) 
 
- ―Onde‖, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de 
lugar: A casa onde morava foi assaltada. 
 
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que. 
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. 
 
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: 
- como (= pelo qual) – desde que precedida das palavras modo, maneira ou forma: 
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada. 
 
- quando (= em que) – desde que tenha como antecedente um nome que dê ideia de tempo: 
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame. 
 
- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. 
O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste esporte. 
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. 
 
- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo ―que‖: A sala 
estava cheia de gente que conversava, (que) ria, observava. 
 
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 36 
Pronomes Interrogativos 
 
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes 
indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, 
quem, qual (e variações), quanto (e variações). 
Com quem andas? 
Qual seu nome? 
Diz-me com quem andas, que te direi quem és. 
 
Sobre os pronomes: 
 
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do 
caso oblíquo quando desempenha função de complemento. 
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. 
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe ajudar. 
 
Na primeira oração os pronomes pessoais ―eu‖ e ―ele‖ exercem função de sujeito, logo, são 
pertencentes ao caso reto.Já na segunda oração, o pronome ―lhe‖ exerce função de complemento 
(objeto), ou seja, caso oblíquo. 
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso. O pronome oblíquo ―lhe‖, da segunda 
oração, aponta para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar.... Ajudar 
quem? Você (lhe). 
 
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos: os primeiros não são precedidos de 
preposição, diferentemente dos segundos, que são sempre precedidos de preposição. 
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava fazendo. 
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que eu estava fazendo. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf42.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 - ADAPTADO) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se 
de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta ―débito ou crédito?‖. 
Nessa passagem, a palavra cujas tem sentido de 
(A) lugar, referindo-se ao ambiente em que ocorre a pergunta mencionada. 
(B) posse, referindo-se às interações sociais do paulista. 
(C) dúvida, pois a decisão entre débito ou crédito ainda não foi tomada. 
(D) tempo, referindo-se ao momento em que terminam as interações sociais. 
(E) condição em que se deve dar a transação financeira mencionada. 
 
(SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder 
à questão de número 2, considere o texto abaixo. 
 
A marca da solidão 
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os 
braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde 
quente. 
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho 
de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só 
visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da 
solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. 
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 
 
 
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 37 
2. No primeiro parágrafo, o pronome ―eles‖ substitui a palavra 
(A) bruços. 
(B) quentes. 
(C) paralelepípedos. 
(D) braços. 
(E) tufos. 
 
3. (IAMSPE/SP – ATENDENTE [PAJEM – CCI] – VUNESP/2011) 
Eu e meu vizinho ______ encontramos na casa de Joel quando fui buscar este livro para ________ 
ler. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas. 
(A) se … eu 
(B) si … mim 
(C) nos … mim 
(D) se … mim 
(E) nos … eu 
 
(UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para 
responder à questão de número 4. 
RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a Operação Lixo Zero, que vai multar quem 
emporcalhar a cidade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equipes da Companhia 
Municipal de Limpeza Urbana estão percorrendo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas 
onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve, com guardas municipais, policiais 
militares e 600 fiscais em ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via pública como a 
casa da sogra. 
Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os recordistas de multas serão os cerca de 300 
jovens golpistas que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas, pichar monumentos, 
vandalizar prédios públicos, quebrar orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar bancos, 
saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas 
de fogo com ele. 
É verdade que, no seu ―bullying‖ político, eles não estão nem aí para a cidade, que é de todos – e 
que, por algum motivo, parecem querer levar ao colapso. 
Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalismo, saque, formação de quadrilha, desacato à 
autoridade, resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos públicos, talvez seja possível 
enquadrá-los por sujar a rua. 
(Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013. Adaptado) 
 
4. Na frase – ... eles não estão nem aí para a cidade... – (3.º parágrafo), o pronome em destaque 
refere-se aos 
a) fiscais. 
b) policiais. 
c) políticos. 
d) jovens golpistas. 
e) maus cidadãos. 
 
5. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012) 
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade, a 
história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a todas as 
coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os 
seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo. 
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Renascimento: o contexto de François 
Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987, p. 73 (com adaptações). 
 
Na linha 1, o elemento ―ele‖ tem como referente textual ―O riso‖. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
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 38 
6. (CÂMARA MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA/MG – ASSISTENTE LEGISLATIVO – 
FUMARC/2012) Em ―Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: Estou apenas 
observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz.‖, o é 
(A) artigo definido. 
(B) artigo indefinido. 
(C) pronome demonstrativo. 
(D) pronome pessoal do caso oblíquo. 
 
(METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Leia 
o texto abaixo para responder à questão número 7. 
O criador da mais conhecida e celebrada canção sertaneja, Tristeza do Jeca (1918), não era, como 
se poderia esperar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivão de polícia e dono de loja 
Angelino Oliveira. Gravada por ―caipiras‖ e ―sertanejos‖, nos ―bons tempos do cururu autêntico‖, assim 
como nos ―tempos modernos da música ‗americanizada‘ dos rodeios‖, Tristeza do Jeca é o grande 
exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que marca a transição entre os meios rural e 
urbano, pelo menos em termos de música brasileira. 
Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem 
vergonha alguma da sua ―falta de masculinidade‖, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar 
ao passado e, assim, ―cada toada representa uma saudade‖. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo 
meio rural da miséria, das catástrofes naturais, mas pelo íntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que a 
música, caipira ou sertaneja, ganhou forma. 
―A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música 
foi e é igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, 
em todas essas composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para 
registrar uma situação de desenraizamento, de dependência e falta‖, analisa a cientista política Heloísa 
Starling. 
Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: ―foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja 
surgiu como um campo específico no interior da MPB. Mas, se num período inicial, até 1930, ‗sertanejo‘ 
indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país, tendo como referência o Nordeste, a 
partir dos anos de 1930, 'sertanejo' passou a significar o caipira do Centro-Sul.E, pouco mais tarde, de 
São Paulo. Assim, se Jararaca e Ratinho, ícones da passagem do sertanejo nordestino para o ‗caipira‘, 
trabalhavam no Rio, as duplas dos anos 1940, como Tonico e Tinoco, trabalhariam em São Paulo‖. 
(Adaptado de: HAAG, Carlos. ―Saudades do Jeca no século XXI‖. In: Revista Fapesp, outubro de 
2009, p. 80-5.) 
 
7. (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC/2014) Os pronomes ―que‖ (1º 
parágrafo), ―sua‖ (2º parágrafo) e ―a qual‖ (3º parágrafo), referem-se, respectivamente, a: 
(A) exemplo − Jeca − composições 
(B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante 
(C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular 
(D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante 
(E) fluidez − homem − canção popular 
 
8. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – 
CEPERJ/2012) 
―a sua fiel e querida boneca, que você não vê há três meses‖ 
No exemplo acima, o vocábulo ―que‖ substitui um termo antecedente (―boneca‖) e é classificado, por 
isso, como pronome relativo. Outro exemplo no qual o vocábulo ―que‖ funciona como pronome relativo 
está em: 
(A) ―Sei que você sente muitas saudades‖ 
(B) ―Aposto que você nem sabia‖ 
(C) ―eletrodomésticos que não funcionavam‖ 
(D) ―ninguém mais fraco do que nós‖ 
(E) ―Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem‖ 
 
9. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA DE 
CLASSE I – VUNESP/2013 - adaptada) Leia a passagem: 
Cheguei à conclusão, então, de que não é o dinheiro o vilão da história. O problema está em nós 
mesmos, que, insatisfeitos com aquilo que já temos, criamos novas necessidades a todo o tempo e, a 
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 39 
fim de supri-las, consumimos de forma desenfreada e irresponsável. Movidos por desejos que parecem 
não ter fim, compramos coisas das quais não precisamos, com o dinheiro que muitas vezes não temos. 
O pronome las, em supri-las, refere-se a 
(A) história. 
(B) coisas. 
(C) nós mesmos. 
(D) conclusão. 
(E) novas necessidades. 
 
10. (ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012 - ADAPTADA) 
A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro deste ano 
em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro 
desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada 
apresentou crescimento de 7,30% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 
2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou 
queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta 
para o mês de setembro desde 2003. (...) 
O pronome ―essa‖ está empregado em referência à informação ―queda de 2,13%‖. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
RESPOSTAS 
1. RESPOSTA: “B”. 
O pronome ―cujo‖ geralmente nos dá o sentido de posse: O livros cujas folhas (lê-se: as folhas dos 
livros). 
 
2. RESPOSTA: “D”. 
*Lembre-se: durante a realização de sua prova, use o caderno de questões! Grife-o, faça flechas, 
sublinhe, enfim, destaque o que for necessário para facilitar a compreensão! 
Retomando o texto: Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles. 
 
3. RESPOSTA: “E”. 
Eu + meu vizinho = nós; nós nos... / antes de verbo no infinitivo devemos usar ―eu‖, não ―mim‖ 
(cuidado com a pegadinha: ―Para mim, ler é um prazer!‖ Nesse caso, além da presença da vírgula, nota-
se que é uma ―opinião‖, não a prática de uma ação.) 
 
4. RESPOSTA: “D”. 
Para responder à questão, retomemos o texto: 
Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os recordistas de multas serão os cerca de 300 
jovens golpistas que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas, pichar monumentos, 
vandalizar prédios públicos, quebrar orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar bancos, 
saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas 
de fogo com ele. 
É verdade que, no seu ―bullying‖ político, eles não estão nem aí para a cidade, que é de todos – e 
que, por algum motivo, parecem querer levar ao colapso. 
Identifiquei os termos que se relacionam (faça esse esquema ao realizar seu concurso, o que facilita 
muito a compreensão textual). Através disso chegamos à conclusão de que o termo ―eles‖ relaciona-se 
a ―jovens golpistas‖. 
 
5. RESPOSTA: “CERTO”. 
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo (...). Os 
termos relacionam-se. O pronome ―ele‖ retoma o sujeito ―riso‖. 
 
6. RESPOSTA: “D”. 
O ―o‖ é artigo definido em uma análise morfológica, mas o enunciado pede dentro de um contexto 
(―Em‖), então analisaremos sintaticamente. Para que entendamos, façamos a transformação: ―como 
vocês assediavam ‗ele‘‖. Assediavam quem? Ele = objeto direto (pronome pessoal do caso oblíquo). 
*Dica: pronome oBlíquo funciona como oBjeto da oração; o reto, como sujeito. 
 
 
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 40 
7. RESPOSTA: “B”. 
Recorramos ao texto: 
―que‖ (1º parágrafo) = fluidez que marca / ―sua‖ (2º parágrafo) = o Jeca surge humilde e sem 
vergonha alguma da sua ―falta de masculinidade‖ / ―a qual‖ (3º parágrafo) = haja sempre a voz 
exemplar do migrante, a qual se faz ouvir. 
Obtivemos: fluidez / Jeca / a voz exemplar do migrante. 
 
8. RESPOSTA: “C‟. 
a) ―Sei que você sente muitas saudades‖ = conjunção integrante (oração subordinada substantiva 
objetiva direta) 
b) ―Aposto que você nem sabia‖ = conjunção integrante (oração subordinada substantiva objetiva 
direta) 
c) ―eletrodomésticos que não funcionavam‖ = os quais não funcionavam (pronome relativo) 
d) ―ninguém mais fraco do que nós‖= conjunção comparativa 
e) ―Não deveríamos aguardar resignadamente que decidissem‖ = conjunção integrante (oração 
subordinada substantiva objetiva direta) 
 
9. RESPOSTA: “E”. 
Recorramos ao texto: criamos novas necessidades a todo o tempo e, a fim de supri-las = suprir as 
novas necessidades. 
 
10. RESPOSTA: “CERTO”. 
Novamente, recorramos ao texto: ―no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos 
consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 
2003‖ = retoma o termo ―queda de 2,13%‖. 
 
 
 
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase. 
 
 
Dica da Zê! 
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função de complemento verbal (objeto). Por 
isso, memorize: OBlíquo = OBjeto! 
 
Embora na linguagem falada a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas 
normas devem ser observadas na linguagem escrita. 
 
Dicas: 
Existe uma ordem de prioridade na colocação pronominal: primeiramente tente fazer próclise, depois 
mesóclise e, em último caso, ênclise. 
 
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A próclise é usada: 
 
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São 
elas: 
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais, etc. 
Não se desespere! 
 
 
1.8.1-) Colocação Pronominal 
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 41 
b) Advérbios. 
Agora se negam a depor. 
 
c) Conjunções subordinativas. 
Espero que me expliquem tudo! 
 
d) Pronomes relativos. 
Venceu o concurseiro que se esforçou. 
 
e) Pronomes indefinidos. 
Poucos te deram a oportunidade. 
 
f) Pronomes demonstrativos. 
Isso me magoa muito. 
 
 
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. 
Quem lhe disse isso? 
 
3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. 
Quanto seofendem! 
 
4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). 
Que Deus o ajude. 
 
5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome reto ou sujeito expresso: 
Eu lhe entregarei o material amanhã. 
Tu sabes cantar? 
 
Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do verbo. A mesóclise é usada: 
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos 
não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos: 
 
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. 
 
 
Dica da Zê! – repare que o pronome está ―no meio‖ do verbo ―realizará‖: realizar – SE 
– á. Se houvesse na oração alguma palavra que justificasse o uso da próclise, esta 
prevaleceria. Veja: Não se realizará... 
 
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. 
(com presença de palavra que justifique o uso de próclise: Não fossem os meus compromissos, EU 
te acompanharia nessa viagem). 
 
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a 
mesóclise não forem possíveis: 
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. 
Quando eu avisar, silenciem-se todos. 
 
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. 
Não era minha intenção machucá-la. 
 
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se inicia período com pronome oblíquo). 
Vou-me embora agora mesmo. 
Levanto-me às 6h. 
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 42 
 
4) Quando houver pausa antes do verbo. 
Se eu passo no concurso, mudo-me hoje mesmo! 
 
5. Quando o verbo estiver no gerúndio. 
Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. 
 
Colocação pronominal nas locuções verbais 
 
- após verbo no particípio: pronome depois do verbo auxiliar (e não depois do particípio) = Tenho me 
deliciado com a leitura! 
Eu tenho me deliciado com a leitura! 
Eu me tenho deliciado com a leitura! 
 
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas locuções verbais: 
Vamos nos unir! 
Iremos nos manifestar. 
 
- quando há um fator para próclise nos tempos compostos ou locuções verbais: opção pelo uso do 
pronome oblíquo ―solto‖ entre os verbos = Não vamos nos preocupar. (e não: ―não nos vamos 
preocupar). 
 
Observações importantes: Emprego de o, a, os, as 
 
1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram. 
Exemplos: 
Chame-o agora. 
Deixei-a mais tranquila. 
 
2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. 
Exemplos: 
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. 
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 
 
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se 
para no, na, nos, nas. Exemplos: 
Chamem-no agora. 
Põe-na sobre a mesa. 
 
 
Dicas da Zê! 
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que significa ―antes‖! Pronome antes do verbo! 
Ênclise – ―en‖... lembra, pelo ―som‖, /Ənd/ (end, em Inglês – que significa ―fim, final!). 
Pronome depois do verbo! 
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do verbo 
Pronome Oblíquo – função de objeto 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao-pronominal-.html 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - 
VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados e colocados na frase de 
acordo com a norma-padrão. 
(A) Nos surpreende, a cada dia, constatar a invasão das milícias, que espalham-se pelas favelas, 
ditando-as suas leis. 
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(B) Depois de invadir vários territórios da cidade, as milícias dominaram eles e ali instalaram-se. 
(C) Há candidatos que usam as gangues: as procuram movidos pelo interesse em ter elas como 
aliadas. 
(D) Quase nunca vê-se reação das comunidades diante do terror que as milícias as impõem. 
(E) Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder; consolidam-no pela prática do 
terror. 
 
2. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2011) Assinale a alternativa cujo emprego do pronome está em conformidade 
com a norma padrão da língua. 
(A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos. 
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada. 
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. 
(D) Conformado, se rendeu às punições. 
(E) Todos querem que combata-se a corrupção. 
 
3. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2011) Em: – mamãe está recortando o jornal. – ao se substituir o jornal por um 
pronome, de acordo com a norma culta, tem-se: 
(A) recortando-lo. 
(B) recortando-o. 
(C) recortando-no. 
(D) recortando-lhe. 
(E) recortando ele. 
 
4. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) 
cruzando os desertos do oeste da China − que contornam a Índia − adotam complexas providências 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente 
substituídos por um pronome, respectivamente, em: 
(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as 
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam 
(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes 
(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas 
(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam 
 
5. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012 - ADAPTADO) O segmento grifado foi 
substituído por um pronome de modo INCORRETO em: 
(A) Quando publicou Um estudo em vermelho = o publicou 
(B) fazer as pessoas acreditarem = fazê-las acreditarem 
(C) resolveu tentar a sorte = resolveu tentá-la 
(D) citar os três detetives fictícios mais famosos = citar-lhes 
(E) tivera mais sucesso na medicina = tivera-o 
 
6. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) Ao se substituir o elemento grifado em 
um segmento do texto, o pronome foi empregado de modo INCORRETO em: 
(A) Julio Cortázar tem um conto = Julio Cortázar tem-no 
(B) ele encontrou esta frase = ele encontrou-a 
(C) desarticular as palavras = desarticular-lhes 
(D) dava arroz à raposa = dava-lhe arroz 
(E) não só encantou o menino = não só o encantou 
 
7. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO SOLDADO COMBATENTE – 
FUNCAB/2012) Apenas uma das frases abaixo foge à norma culta no que se refere à colocação 
pronominal. Aponte-a. 
(A) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicitados. 
(B) Quem se candidataria à prefeito nesse momento? 
(C) O jogo que realiza-se hoje contará com a presença de políticos eminentes. 
(D) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não desejava. 
(E) Realizar-se-á uma nova eleição. 
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 44 
 
8. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome 
correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: 
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu 
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os 
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la 
(D) que desviava a água = que lhe desviava 
(E) supriam a necessidade = supriam-na 
 
9. (SABESP – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO - FCC/2014) Reconstroem o pátio da 
escola - entender essa estranha melancolia - restabelecer o elo 
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente 
substituídos por um pronome, na ordem dada, em: 
(A) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo 
(B) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe 
(C) O reconstroem- entender-lhe - restabelecê-lo 
(D) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer-no 
(E) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe 
 
10. (POLÍCIA MILITAR/SP – SOLDADO PM DE 2ª CLASSE – VUNESP/2013 - adaptada) 
Considere a passagem: 
O problema foi na hora em que meu cunhado tentou virar a chave. Nada. Nem um barulhinho sequer. 
A bateria entregava os pontos. Chamamos o guarda e comentamos que, se deixássemos o automóvel 
ali, dificilmente retornaríamos para resgatá-lo. 
A forma pronominal -lo, em destaque, refere-se a 
(A) automóvel. 
(B) cunhado. 
(C) barulhinho. 
(D) problema. 
(E) ali. 
 
11. (COREN/SP – TELEFONISTA – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Nos trechos a seguir, o pronome 
pessoal oblíquo substitui adequadamente o(s) termo(s) destacado(s) em: 
(A) Contrariando esses ideais…: Contrariando-nos… 
(B) … nem todos os casais buscavam a bênção…: buscavam-lhe… 
(C) … os noivos deveriam apresentar à autoridade…: apresentá-la… 
(D) … além de aguardar denúncias…: além de aguardar-lhes… 
(E) Para burlar essas normas…: Para burlá-las… 
 
12. (PORTO DE SANTOS/SP – PROJETISTA – VUNESP/2011) Considere as frases: 
I. O mendigo não interessou-se pelo trabalho. 
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro ontem. 
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. 
 
A colocação pronominal está de acordo com a norma culta apenas em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
13. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012) 
Leia as orações a seguir. 
I. Me diga se há amor nas ações humanas. 
II. Perdoei-lhe, mas não quero vê-la. 
III. Não procure-me amanhã. 
 
A colocação pronominal está de acordo com a norma-padrão apenas em 
(A) I. 
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 45 
(B) II. 
(C) III. 
(D) I e II. 
 
14. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – ADVOGADO – CEPERJ/2012 - 
ADAPTADA) Quanto à colocação pronominal, um fragmento que exemplifica um caso de próclise 
obrigatória, de acordo com a norma culta da língua, está em: 
(A) ―Hoje, todos são estimulados a consumir de modo inconsequente.‖ 
(B) ―todos voltam os olhares para a infância‖ 
(C) ―a publicidade não se dirige às crianças‖ 
(D) ―esse mercado movimentou cerca de R$ 39 bilhões‖ 
(E) ―Elas sentem-se mais atraídas por produtos e serviços‖ 
 
15. (CREF/SP – AGENTE ADMINISTRATIVO – CETRO/2013) De acordo com a norma-padrão da 
Língua Portuguesa e em relação às regras de colocação pronominal, assinale a alternativa correta. 
(A) Não culpe-o por suas escolhas erradas. 
(B) Entregar-lhe-ei, pessoalmente, os documentos requisitados. 
(C) A pessoa que procurou-me não conhecia meu pai. 
(D) Tudo deixa-me feliz quando estou em paz. 
(E) Tornaria-se diretor da empresa. 
 
16. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – 
CEPERJ/2012) A substituição da expressão grifada por um pronome pessoal está corretamente 
realizada em: 
(A) assina esta coluna – assina-lhe 
(B) formamos um grande grupo – formamo-nos 
(C) vamos tomar o poder – vamos tomá-lo 
(D) mudar o mundo – mudar-se 
(E) preparando a revolução – preparando-na 
 
17. (MPE/RO – ANALISTA – AUDITORIA – FUNCAB/2012) De acordo com a norma culta da língua, 
assinale a opção correta quanto à colocação pronominal. 
(A) Esperemos, agora, que resolvam-se todos os problemas. 
(B) Ninguém preparou-se devidamente para aquela situação. 
(C) Perceber-se-ia uma nova atmosfera na sala de reuniões. 
(D) Nunca divulgou-se uma notícia como essa. 
(E) Não constituir-se-á advogado. 
 
18. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCESSO DE 
SELEÇÃO PARA CURSO INTERNO – BIORIO CONCURSOS/2013 - adaptada) Ao declarar que ―só 
deu para entrar e tirar ele‖, a moradora cometeu um erro de língua portuguesa, já que a forma correta 
de ―tirar ele‖ é: 
(A) tirá-lo; 
(B) tirar-lo; 
(C) tirar-lhe; 
(D) tirá-lhe; 
(E) tirar-o. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA: “E”. 
Fiz as correções: 
a) que espalham-se = que se espalham (pronome relativo) 
b) e ali instalaram-se = ali se instalaram (advérbio) 
c) Há candidatos que usam as gangues: as procuram = procuram-nas (depois de pontuação) 
d) Quase nunca vê-se = nunca se vê (advérbio) 
e) Milicianos instalam-se... ;consolidam-no pela prática do terror 
 
 
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2. RESPOSTA: “C”. 
Fiz as correções à frente: 
a) Não autorizam-nos = não nos autorizam 
b) Nos falaram = falaram-nos 
c) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks. 
d) Conformado, se rendeu = rendeu-se 
e) Todos querem que combata-se = que se combata 
 
3. RESPOSTA: “B”. 
O verbo ―recortar‖ pede objeto direto (recortar o quê?). Sabemos que ―lhe‖ é para objeto indireto, 
então descartamos a alternativa ―D‖. O pronome ―no‖ é usado quando o verbo termina em ―m‖: 
encontraram-no, amam-no. Então eliminamos mais uma, a ―C‖. O ―lo‖ geralmente é empregado quando 
o verbo termina em sílaba tônica: amá-lo, aceitá-lo, incluí-lo. Chegamos, então, à resposta: recortando-
o. 
 
4. RESPOSTA: “D”. 
Não podemos utilizar ―lhes‖, que corresponde ao objeto indireto (verbo ―cruzar‖ pede objeto direto: 
cruzar o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas ―B‖ e ―D‖. Ao iniciarmos um parágrafo (já 
que no enunciado temos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzando-os); na segunda oração 
temos um pronome relativo (dá para substituirmos por ―o qual‖), o que nos obriga a usar a próclise (que 
a contorna); ―adotam‖ exige objeto direto (adotam quem ou o quê?), chegando à resposta: adotam-nas 
(quando o verbo terminar em ―m‖ e usarmos um pronome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: JKLM – 
N!). 
 
5. RESPOSTA: “D”. 
A – está correta a próclise devido à presença do advérbio ―quando‖ 
B – fazê-las = correto; 
C = tentá-la = correto; 
D = citá-los (objeto direto; lhes é para objeto indireto) 
E = tivera-o = correto 
 
6. RESPOSTA: “C”. 
a) Julio Cortázar tem um conto = Julio Cortázar tem-no 
b) ele encontrou esta frase = ele encontrou-a 
c) desarticular as palavras = desarticular-lhes = desarticulá-las 
d) dava arroz à raposa = dava-lhe arroz 
e) não só encantou o menino = não só o encantou 
 
7. RESPOSTA: “C”. 
a) Enviar-lhe-ei por Sedex os documentos solicitados. = correta 
b) Quem se candidataria à prefeito nesse momento? = correta 
c) O jogo que realiza-se = o jogo que se realiza 
d) Viu-se obrigado a tomar uma atitude que não desejava. = correta 
e) Realizar-se-á uma nova eleição. = correta 
 
8. RESPOSTA: “D”. 
a) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta 
b) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta 
c) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta 
d) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava 
e) supriam a necessidade = supriam-na = correta 
 
9. RESPOSTA: “A”. 
O verbo ―reconstruir‖ é transitivo direto. O objeto direto será ―no‖, sobrando-nos as alternativas A e D. 
―Entender‖ também requer objeto direto (em D, o ―lhe‖ exerce a função de indireto). Então, temos: 
reconstroem-no / entendê-la / restabelecê-lo. 
 
 
 
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10. RESPOSTA: “A”. 
se deixássemos o automóvel ali, dificilmente retornaríamos para resgatá-lo. (= resgatar ―ele‖, o 
automóvel). 
 
11. RESPOSTA: “E”. 
a) Contrariando esses ideais…: Contrariando-os… 
b) … nem todos os casais buscavam a bênção…: buscavam-na (lembre-se do alfabeto! J, K , L, M, N 
– para objetos diretos) 
c) … os noivos deveriam apresentar à autoridade…: apresentar-lhe… 
d) … além de aguardar denúncias…: além de aguardá-las… 
e) Para burlar essas normas…: Para burlá-las… 
 
12. RESPOSTA: “B”. 
I. O mendigo não interessou-se = não se interessou(advérbio) 
II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro ontem. = (pronome) 
III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. = Informaram-me (início de período) 
 
13. RESPOSTA: “B”. 
I. Me diga se há amor nas ações humanas. = Diga-me (início de período) 
II. Perdoei-lhe, mas não quero vê-la. 
III. Não procure-me amanhã. = não me procure 
 
14. RESPOSTA: “C”. 
A alternativa que apresenta uma obrigatoriedade do uso da próclise é a ―C‖, devido à presença do 
advérbio ―não‖. 
 
15. RESPOSTA: “B”. 
a) Não culpe-o = não o culpe 
b) Entregar-lhe-ei, pessoalmente, os documentos requisitados. 
c) A pessoa que procurou-me = que me procurou 
d) Tudo deixa-me = tudo me deixa feliz 
e) Tornaria-se = tornar-se-ia 
 
16. RESPOSTA: “C”. 
a) assina esta coluna – assina-lhe = assina-a 
b) formamos um grande grupo – formamo-nos = formamo-lo 
c) vamos tomar o poder – vamos tomá-lo 
d) mudar o mundo – mudar-se = mudá-lo 
e) preparando a revolução – preparando-na = preparando-a 
 
17. RESPOSTA: “C”. 
a) Esperemos, agora, que resolvam-se = que se resolvam 
b) Ninguém preparou-se = ninguém se preparou 
c) Perceber-se-ia uma nova atmosfera na sala de reuniões. = verbo no futuro do pretérito 
d) Nunca divulgou-se = nunca se divulgou 
e) Não constituir-se-á = não se constituirá (verbo no futuro do presente, mas como temos a presença 
de um advérbio (no caso, de negação), ele prevalece. 
 
18. RESPOSTA: “A”. 
O verbo ―tirar‖ pede objeto direto, por isso já descartamos o ―lhe‖. A construção pronominal com 
verbos oxítonos é ―tirá-lo‖. 
 
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Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam todos os seres que 
existem, sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também 
nomeiam: 
-lugares: Alemanha, Portugal 
-sentimentos: amor, saudade 
-estados: alegria, tristeza 
-qualidades: honestidade, sinceridade... 
-ações: corrida, pescaria... 
 
Morfossintaxe do substantivo 
 
Nas orações, geralmente o substantivo exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua 
como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva, 
podendo, ainda, funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do 
predicativo do sujeito, do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como 
núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas 
por grupos de palavras. 
 
Classificação dos Substantivos 
 
Substantivos Comuns e Próprios 
 
Observe a definição: 
Cidade: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas 
(no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros). 
 
Qualquer ―povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas‖ 
será chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. 
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica: 
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. 
Estamos voando para Barcelona. 
 
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Barcelona é um substantivo é 
próprio – aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: Londres, Paulinho, 
Pedro, Tietê, Brasil. 
 
Substantivos Concretos e Abstratos 
 
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. 
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. 
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília. 
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d‘água, fantasma. 
 
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestarem 
ou existirem. 
Por exemplo: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza 
numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a 
palavra beleza é um substantivo abstrato. 
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais 
podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem 
(ação), saudade (sentimento). 
 
1.9-) Substantivo 
1.9.1-) Flexão do substantivo 
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 49 
Substantivos Coletivos 
 
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. 
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. 
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. 
 
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, 
outra abelha, mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. No terceiro, 
empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma 
espécie (abelhas). 
O substantivo enxame é um substantivo coletivo. 
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto 
de seres da mesma espécie. 
 
Substantivo coletivo Conjunto de: 
assembleia pessoas reunidas 
alcateia lobos 
acervo livros 
antologia trechos literários selecionados 
arquipélago ilhas 
banda músicos 
bando desordeiros ou malfeitores 
banca examinadores 
batalhão soldados 
cardume peixes 
caravana viajantes peregrinos 
cacho frutas 
cancioneiro canções, poesias líricas 
colmeia abelhas 
concílio bispos 
congresso parlamentares, cientistas. 
elenco atores de uma peça ou filme 
esquadra navios de guerra 
enxoval roupas 
falange soldados, anjos 
fauna animais de uma região 
feixe lenha, capim 
flora vegetais de uma região 
frota navios mercantes, ônibus 
girândola fogos de artifício 
horda bandidos, invasores 
junta médicos, bois, credores, examinadores 
júri jurados 
legião soldados, anjos, demônios 
leva presos, recrutas 
malta malfeitores ou desordeiros 
manada búfalos, bois, elefantes, 
matilha cães de raça 
molho chaves, verduras 
multidão pessoas em geral 
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.) 
penca bananas, chaves 
pinacoteca pinturas, quadros 
quadrilha ladrões, bandidos 
ramalhete flores 
rebanho ovelhas 
repertório peças teatrais, obras musicais 
réstia alhos ou cebolas 
romanceiro poesias narrativas 
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 50 
revoada pássaros 
sínodo párocos 
talha lenha 
tropa muares, soldados 
turma estudantes, trabalhadores 
vara porcos 
 
Formação dos Substantivos 
 
Substantivos Simples e Compostos 
 
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. 
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples. 
 
Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. 
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é 
formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. 
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, 
passatempo. 
 
Substantivos Primitivos e Derivados 
 
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua 
portuguesa. O substantivo limoeiro, por exemplo, é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. 
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. 
 
Flexão dos substantivos 
 
O substantivo é uma classe variável. A palavra évariável quando sofre flexão (variação). A palavra 
menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: 
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: meninão / Diminutivo: menininho 
 
Flexão de Gênero 
 
Gênero é um princípio puramente linguístico, não devendo ser confundido com ―sexo‖. O gênero diz 
respeito a todos os substantivos de nossa língua, quer se refiram a seres animais providos de sexo, 
quer designem apenas ―coisas‖: o gato/a gata; o banco, a casa. 
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os 
substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: 
O velho e o mar 
Um Natal inesquecível 
Os reis da praia 
 
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, 
umas: 
A história sem fim 
Uma cidade sem passado 
As tartarugas ninjas 
 
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes 
 
Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam uma forma para cada gênero: gato – gata, 
homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito - prefeita 
Substantivos Uniformes: apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para 
o feminino. Classificam-se em: 
- Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo se faz mediante a utilização das palavras 
―macho‖ e ―fêmea‖: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. 
- Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes a pessoas de ambos os sexos: a criança, a 
testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. 
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- Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o 
colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. 
 
Saiba que: Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma são masculinos: o fonema, o 
poema, o sistema, o sintoma, o teorema. 
 
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado: 
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz) 
o cabeça (líder) e a cabeça (parte do corpo) 
o capital (dinheiro) e a capital (cidade) 
o coma (sono mórbido) e a coma (cabeleira, juba) 
o lente (professor) e a lente (vidro de aumento) 
o moral (estado de espírito) e a moral (ética; conclusão) 
o praça (soldado raso) e a praça (área pública) 
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) 
 
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes 
 
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno - aluna. 
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino: freguês - freguesa 
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas: 
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa 
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã 
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona 
Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana 
 
- Substantivos terminados em -or: 
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora 
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz 
 
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta - 
poetisa / duque - duquesa / conde - condessa / profeta - profetisa 
 
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a: elefante - elefanta 
 
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca 
 
- Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma das regras 
anteriores: czar – czarina / réu - ré 
 
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes 
 
Epicenos: 
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. 
 
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem 
apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino. 
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses 
substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de 
especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. 
A cobra macho picou o marinheiro. 
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. 
 
Sobrecomuns: 
Entregue as crianças à natureza. 
 
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino. 
Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se 
refere a palavra. Veja: 
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A criança chorona chamava-se João. 
A criança chorona chamava-se Maria. 
 
Outros substantivos sobrecomuns: 
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa criatura. 
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Marcela faleceu 
 
Comuns de Dois Gêneros: 
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. 
 
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? 
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um substantivo 
uniforme . 
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem 
o substantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem - uma jovem; artista famoso - 
artista famosa; repórter francês - repórter francesa 
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gêneros. 
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência pelo masculino: O menino descobriu 
nas nuvens os personagens dos contos de carochinha. 
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O problema está nas mulheres de mais 
idade, que não aceitam a personagem. 
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográfico Ana Belmonte. 
Observe o gênero dos substantivos seguintes: 
 
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó ( pena) ,o sanduíche, o clarinete, o champanha, 
o sósia ,o maracajá, o clã, o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o proclama, o pernoite, o 
púbis. 
 
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice ,a omoplata, a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese ,a 
entorse, a libido, a cal, a faringe, a cólera (doença) ,a ubá (canoa). 
 
- São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em -ma: o grama (peso), 
o quilograma, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o telefonema, o estratagema, o dilema, o 
teorema, o trema, o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o tracoma, o hematoma. 
 
Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc. 
 
Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções, nomes de cidades são femininos. 
A histórica Ouro Preto. 
A dinâmica São Paulo. 
A acolhedora Porto Alegre. 
Uma Londres imensa e triste. 
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. 
 
Gênero e Significação 
 
Muitos substantivos têm uma significação no masculino e outra no feminino. Observe: o baliza 
(soldado que, que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à 
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um 
limite ou proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação 
religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos 
de combustão), o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), 
o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado 
na administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento da confirmação), o cura 
(pároco), a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vegetação), o 
guia (pessoa que guia outras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), o grama(unidade 
de peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o 
lente (professor), a lente (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, 
ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva 
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a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior do boné ou 
quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor ,)a rádio (estação emissora) ,o voga (remador), a voga 
(moda, popularidade). 
 
Flexão de Número do Substantivo 
 
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um grupo de seres, e 
o plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o ―s‖ final. 
 
Plural dos Substantivos Simples 
 
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e ―n‖ fazem o plural pelo acréscimo de ―s‖: pai – 
pais; ímã – ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones. 
 
- Os substantivos terminados em ―m‖ fazem o plural em ―ns‖: homem - homens. 
 
- Os substantivos terminados em ―r‖ e ―z‖ fazem o plural pelo acréscimo de ―es‖: revólver – 
revólveres; raiz - raízes. 
 
Atenção: O plural de caráter é caracteres. 
 
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o ―l‖ por ―is‖: quintal - 
quintais; caracol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. 
 
- Os substantivos terminados em ―il‖ fazem o plural de duas maneiras: 
- Quando oxítonos, em ―is‖: canil - canis 
- Quando paroxítonos, em ―eis‖: míssil - mísseis. 
 
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). 
 
- Os substantivos terminados em ―s‖ fazem o plural de duas maneiras: 
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de ―es‖: ás – ases / retrós - retroses 
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. 
 
- Os substantivos terminados em ―ao‖ fazem o plural de três maneiras. 
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações 
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães 
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos 
 
- Os substantivos terminados em ―x‖ ficam invariáveis: o látex - os látex. 
 
Plural dos Substantivos Compostos 
 
- A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de 
palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados 
sem hífen comportam-se como os substantivos simples: aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, 
pontapé/pontapés, malmequer/malmequeres. 
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas 
dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: 
 
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: 
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores 
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos 
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens 
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras 
 
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: 
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas 
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palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes 
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos 
 
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: 
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia 
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor 
substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função 
ou o tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, bomba-relógio - bombas-relógio, notícia-
bomba - notícias-bomba, homem-rã - homens-rã, peixe-espada - peixes-espada. 
 
- Permanecem invariáveis, quando formados de: 
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora 
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas 
 
- Casos Especiais 
o louva-a-deus e os louva-a-deus 
o bem-te-vi e os bem-te-vis 
o bem-me-quer e os bem-me-queres 
o joão-ninguém e os joões-ninguém. 
 
Plural das Palavras Substantivadas 
 
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo, 
apresentam, no plural, as flexões próprias dos substantivos. 
Pese bem os prós e os contras. 
O aluno errou na prova dos noves. 
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. 
 
Obs.: numerais substantivados terminados em ―s‖ ou ―z‖ não variam no plural: Nas provas mensais 
consegui muitos seis e alguns dez. 
 
Plural dos Diminutivos 
 
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o ―s‖ final e acrescenta-se o sufixo diminutivo. 
pãe(s) + zinhos = pãezinhos 
animai(s) + zinhos = animaizinhos 
botõe(s) + zinhos = botõezinhos 
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos 
farói(s) + zinhos = faroizinhos 
tren(s) + zinhos = trenzinhos 
colhere(s) + zinhas = colherezinhas 
flore(s) + zinhas = florezinhas 
mão(s) + zinhas = mãozinhas 
papéi(s) + zinhos = papeizinhos 
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas 
funi(s) + zinhos = funizinhos 
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos 
pai(s) + zinhos = paizinhos 
pé(s) + zinhos = pezinhos 
pé(s) + zitos = pezitos 
 
Plural dos Nomes Próprios Personativos 
 
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que a terminação preste-se à flexão. 
Os Napoleões também são derrotados. 
As Raquéis e Esteres. 
 
 
 
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Plural dos Substantivos Estrangeiros 
 
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como na língua original, acrescentando-
se ―s‖ (exceto quando terminam em ―s‖ ou ―z‖): os shows, os shorts, os jazz. 
 
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as regras de nossa língua: os clubes, 
os chopes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os garçons, os réquiens. 
Observe o exemplo: 
Este jogador faz gols toda vez que joga. 
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. 
 
Plural com Mudança de Timbre 
 
Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É 
um fato fonético chamado metafonia (plural metafônico). 
 
Singular Plural 
Corpo (ô) corpos (ó) 
esforço esforços 
fogo fogos 
forno fornos 
fosso fossos 
imposto impostos 
olho olhos 
osso (ô) ossos (ó) 
ovo ovos 
poço poços 
porto portos 
posto postos 
tijolo tijolos 
 
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, 
rolos, soros, etc. 
 
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de molho (ó) = feixe (molho de lenha). 
 
Particularidades sobre o Número dos Substantivos 
 
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. 
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes de baralho), 
as fezes. 
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra 
(probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos). 
- Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com sentido de plural: 
Aqui morreu muito negro. 
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas improvisadas. 
 
Flexão de Grau do Substantivo 
 
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. 
Classifica-se em: 
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Porexemplo: casa 
 
- Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: 
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa 
grande. 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Por exemplo: casarão. 
 
- Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: 
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Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa 
pequena. 
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo: casinha. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
 
 
Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número, tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal 
dá-se o nome de conjugação (por isso também se diz que verbo é a palavra que pode ser conjugada). 
Pode indicar, entre outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno (choverá); ocorrência 
(nascer); desejo (querer). 
 
Estrutura das Formas Verbais 
 
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar os seguintes elementos: 
- Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-
ava; fal-am. (radical fal. 
- Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. Por 
exemplo: fala-r. São três as conjugações: 
1ª - Vogal Temática - A - (falar), 2ª - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I - (partir). 
- Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: 
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo) / falasse ( indica o pretérito imperfeito do 
subjuntivo) 
- Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª) e o 
número (singular ou plural): 
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) / falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) 
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor), pertencem à 2ª 
conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal ―e‖, apesar de haver desaparecido do 
infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. 
 
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas 
 
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação 
tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas o acento tônico cai no radical do verbo: 
opino, aprendam, amo, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas 
sim na terminação verbal (fora do radical): opinei, aprenderão, amaríamos. 
 
Classificação dos Verbos 
 
Classificam-se em: 
 
- Regulares: são aqueles que apresentam o radical inalterado durante a conjugação e desinências 
idênticas às de todos os verbos regulares da mesma conjugação. Por exemplo: comparemos os verbos 
―cantar‖ e ―falar‖, conjugados no presente do Modo Indicativo: 
canto falo 
cantas falas 
canta falas 
cantamos falamos 
cantais falais 
cantam falam 
 
1.10-) Verbo 
1.10.1-) Modos Verbais 
1.10.2-) Tempos Verbais 
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Observe que, retirando os radicais, as desinências modo-temporal e número-pessoal mantiveram-se 
idênticas. Tente fazer com outro verbo e perceberá que se repetirá o fato (desde que o verbo seja da 
primeira conjugação e regular!). Faça com o verbo ―andar‖, por exemplo. Substitua o radical ―cant‖ e 
coloque o ―and‖ (radical do verbo andar). Viu? Fácil! 
 
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências: faço fiz 
farei fizesse. 
* Observação: alguns verbos sofrem alteração no radical apenas para que seja mantida a 
sonoridade. É o caso de: corrigir/corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais alterações não 
caracterizam irregularidade, porque o fonema permanece inalterado. 
 
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Os principais são adequar, 
precaver, computar, reaver, abolir, falir. 
 
- Impessoais: são os verbos que não têm sujeito e, normalmente, são usados na terceira pessoa do 
singular. Os principais verbos impessoais são: 
* haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). 
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia = Existiam) 
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) 
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão) 
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz) 
 
* fazer, ser e estar (quando indicam tempo) 
Faz invernos rigorosos na Europa. 
Era primavera quando o conheci. 
Estava frio naquele dia. 
 
* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, 
trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, ―Amanheci cansado‖, usa-se o verbo 
―amanhecer‖ em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de 
ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação completa. 
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu) 
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) 
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) 
* São impessoais, ainda: 
- o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: Já passa das seis. 
 
- os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição ―de‖, indicando suficiência: 
Basta de tolices. 
Chega de promessas. 
 
- os verbos estar e ficar em orações como ―Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica 
mal‖, sem referência a sujeito expresso anteriormente (por exemplo: ―ele está mal‖). Podemos, nesse 
caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, pessoais. 
 
- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de ―ser possível‖. Por exemplo: 
Não deu para chegar mais cedo. 
Dá para me arrumar uma apostila? 
 
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do 
singular e do plural. São unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os 
que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar, miar, latir, piar). 
 
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: 
Teu irmão amadureceu bastante. 
O que é que aquela garota está cacarejando? 
 
 
 
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Principais verbos unipessoais: 
 
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário): 
Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos bastante) 
Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover) 
É preciso que chova. (Sujeito: que chova) 
 
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. 
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa) 
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo) 
 
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. 
 
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no 
particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas 
curtas (particípio irregular). 
O particípio regular (terminado em ―–do‖) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; 
o irregular é empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe: 
 
INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR 
Aceitar Aceitado Aceito 
Acender Acendido Aceso 
Anexar Anexado AnexoBenzer Benzido Bento 
Corrigir Corrigido Correto 
Dispersar Dispersado Disperso 
Eleger Elegido Eleito 
Envolver Envolvido Envolto 
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Matar Matado Morto 
Misturar Misturado Misto 
Morrer Morrido Morto 
Murchar Murchado Murcho 
Pegar Pegado Pego 
Romper Rompido Roto 
Soltar Soltado Solto 
Suspender Suspendido Suspenso 
Tingir Tingido Tinto 
Vagar Vagado Vago 
 
 
*Importante: 
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, 
cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo. 
 
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: 
ser (sou, sois, fui) e ir (fui, ia, vades). 
 
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O 
verbo principal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de 
verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. 
 
 
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 Vou espantar todos! 
(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo) 
 
 Está chegando a hora! 
(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio) 
 
Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver. 
 
Conjugação dos Verbos Auxiliares 
 
SER - Modo Indicativo 
 
Presente Pret. Perfeito Pret. Imperfeito 
Pret. Mais 
que Perfeito 
Futuro do 
Presente 
Futuro do 
Pretérito 
Sou Fui Era Fora Serei Seria 
És Foste Eras Foras Serás Serias 
É Foi Era Fora Será Seria 
Somos Fomos Éramos Fôramos Seremos Seríamos 
Sois Fostes Éreis Fôreis Sereis Seríeis 
são foram eram foram serão seriam 
 
SER - Modo Subjuntivo 
 
Presente Pretérito Imperfeito Futuro do Presente 
Que eu seja Se eu fosse Quando eu for 
Que tu sejas Se tus fosses Quando tu fores 
Que ele seja Se ele fosse Quando ele for 
Que nós sejamos Se nós fôssemos Quando nós formos 
Que vós sejais Se vós fôsseis Quando vós fordes 
Que eles sejam Se eles fossem Quando eles forem 
 
SER - Modo Imperativo 
 
Afirmativo Negativo 
Sê tu Não sejas tu 
Seja você Não seja você 
Sejamos nós Não sejamos nós 
Sede vós Não sejais vós 
Sejam vocês Não sejam vocês 
 
SER - Formas Nominais 
 
Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio 
ser ser eu sido sendo 
 seres tu 
 ser ele 
 sermos nós 
 serdes vós 
 serem eles 
 
ESTAR - Modo Indicativo 
 
Presente Pret. Perfeito Pret. 
imperfeito 
Pret. Mais 
que Perfeito 
Futuro do 
Presente 
Futuro do 
pretérito 
Estou Estive Estava Estivera estarei estaria 
Estás Estiveste estavas Estiveras estaras estarias 
está Esteve Estava Estivera Estará estaria 
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estamos estivemos estávamos Estivéramos Estaremos estaríamos 
estais Estivestes Estáveis estivéreis Estareis estaríeis 
estão estiveram Estavam estiveram estarão estariam 
 
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo 
 
Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo 
Esteja Estivesse Estiver 
Estejas Estivesses Estiveres Está Estejas 
Esteja Estivesse Estiver Esteja Esteja 
Estejamos Estivéssemos Estivermos Estejamos Estejamos 
Estejais Estivésseis Estiverdes Estai Estejais 
Estejam Estivessem Estiverem Estejam estejam 
 
ESTAR - Formas Nominais 
 
Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio 
estar Estar Estando Estado 
 Estares 
 Estar 
 Estarmos 
 estardes 
 estarem 
 
HAVER - Modo Indicativo 
 
Presente Pret. Perfeito Pret. 
Imperfeito 
Pret. Mais 
que Perfeito 
Futuro do 
Presente 
Futuro do 
Prerérito 
Hei Houve Havia Houvera Haverei Haveria 
Hás Houveste Havias Houveras Haverás Haverias 
Há Houve Havia Houvera Haverá Haveria 
Havemos Houvemos Havíamos Houvéramos Haveremos Haveríamos 
Haveis Houvestes Havíeis Houvéreis Havereis Haveríeis 
hão Houveram haviam houveram Haverão haveriam 
 
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo 
 
Presente Pretérito 
Imperfeito 
Futuro Afirmativo Negativo 
Haja Houvesse Houver 
Hajas Houvesses Houveres Há Hajas 
Haja Houvesse Houver Haja Haja 
Hajamos Houvéssemos Houvermos Hajamos Hajamos 
Hajais Houvésseis Houverdes Havei Hajais 
Hajam Houvessem Houverem Hajam Hajam 
 
HAVER - Formas Nominais 
 
Infinitio Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio 
haver Haver Havendo Havido 
 Haveres 
 Haver 
 Havermos 
 Haverdes 
 Haverem 
 
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TER - Modo Indicativo 
 
Presente Pret. Perfeito Pret. 
Imperfeito 
Pret. Mais 
que Perfeito 
Futuro do 
Presente 
Futuro do 
Pretérito 
Tenho Tive Tinha Tivera Terei Teria 
Tens Tiveste Tinhas Tiveras Terás Terias 
Tem Teve tinha Tivera Terá Teria 
Temos Tivemos Tínhamos Tiverámos Teremos Teríamos 
Tendes Tivestes Tínheis Tivéreis Tereis Teríeis 
Têm Tiveram tinham Tiveram Terão Teriam 
 
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo 
 
Presente Pretérito 
Imperfeito 
Futuro Afirmativo Negativo 
Tenha Tivesse Tiver 
Tenhas Tivesses Tiveres Tem Tenhas 
Tenha Tivesse Tiver Tenha Tenha 
Tenhamos Tivéssemos Tivermos Tenhamos Tenhamos 
Tenhais Tivésseis Tiverdes Tende Tenhais 
Tenham Tivessem Tiverem Tenham Tenham 
 
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, 
nos, vos, se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou 
apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja: 
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, 
se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos 
pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me 
de ter estado lá. 
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que 
recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo 
átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. 
Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. 
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes): 
Eu me arrependo 
Tu te arrependes 
Ele se arrepende 
Nós nos arrependemos 
Vós vos arrependeis 
Eles se arrependem 
 
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre 
o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação 
que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos 
podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por 
exemplo: A garota se penteava. 
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por 
exemplo: A garota penteou-me. 
 
 
Observações: 
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos 
pronominais não possuem função sintática. 
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que 
não são essencialmentepronominais - são os verbos reflexivos. Nos verbos 
reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, 
exercem funções sintáticas. Por exemplo: 
Eu me feri. = Eu (sujeito) - 1ª pessoa do singular; me (objeto direto) - 1ª pessoa do 
singular 
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Modos Verbais 
 
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, 
vedadeiro. Existem três modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso. 
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã. 
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega! 
 
Formas Nominais 
 
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes 
(substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: 
 
1. Infinitivo 
1.1.
 Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e 
função de substantivo. Por exemplo: 
Viver é lutar. (= vida é luta) 
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) 
 
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma 
composta). Por exemplo: 
É preciso ler este livro. 
Era preciso ter lido este livro. 
 
1.2. Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do 
singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se 
da seguinte maneira: 
2ª pessoa do singular: Radical + ES = teres(tu) 
1ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós) 
2ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós) 
3ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles) 
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. 
 
2. Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: 
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) 
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo) 
 
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação 
concluída: 
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro. 
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro. 
 
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do 
gerúndio: 
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol. 
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando! 
 
Em 1, a locução ―vou estar‖ + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre 
no momento da outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal ―vou estar verificando‖ 
refere-se a um futuro em andamento, exigindo, no caso, a construção ―verificarei‖ ou ―vou verificar‖. 
 
3. Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, 
geralmente, o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por 
exemplo: 
Terminados os exames, os candidatos saíram. 
 
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume 
verdadeiramente a função de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma. 
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 (Ziraldo) 
 
Tempos Verbais 
 
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer 
em diversos tempos. 
 
1. Tempos do Modo Indicativo 
 
- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio. 
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi 
completamente terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido. 
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente 
terminado: Ele estudou as lições ontem à noite. 
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já 
estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples). 
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao 
momento atual: Ele estudará as lições amanhã. 
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato 
passado: Se ele pudesse, estudaria um pouco mais. 
 
2. Tempos do Modo Subjuntivo 
 
-
 Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o 
exame. 
-
 Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava 
que ele vencesse o jogo. 
 
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição 
ou desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. 
 
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: 
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por 
exemplo: Se ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
 
* Observação: Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem 
ser utilizadas para indicar outro. Exemplos: 
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil. 
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
 
 
No próximo final de semana, faço a prova! 
faço = forma do presente indicando futuro ( = farei) 
 
 
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Modo Indicativo 
 
Presente 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência Pessoal 
Cantar Vender Partir 
 
cantO vendO partO O 
cantaS vendeS parteS S 
canta Vende Parte Ø 
cantaMOS VendeMOS partiMOS MOS 
cantaIS VendeIS partIS IS 
cantaM vendaM parteM M 
 
Pretérito Perfeito 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência Pessoal 
Cantar Vender Partir 
 
canteI vendI partI I 
cantaSTE vendeSTE partiSTE STE 
cantoU vendeU PartiU U 
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS 
cantaSTES vendeSTES partiSTES STES 
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM 
 
Pretérito mais-que-perfeito 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
Desinência 
Temporal 
1ª, 2ª e 3ª 
Desinência 
Pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
 
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø 
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S 
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø 
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS 
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS 
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M 
 
Pretérito Imperfeito 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantAVA vendIA partIA 
cantAVAS vendIAS partIAS 
cantAVA vendIA partIA 
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS 
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS 
cantAVAM vendIAM partIAM 
 
Futuro do Presente 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantarEI venderEI partirEI 
cantarÁS venderÁS partirÁS 
cantarÁ venderÁ partirÁ 
cantarEMOS venderEMOS partirEMOS 
cantarEIS venderEIS partirEIS 
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cantarÃO venderÃO partirÃO 
 
Futuro do Pretérito 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantarIA venderIA partirIA 
cantarIAS venderIAS partirIA 
cantarIA venderIA partirIA 
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS 
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS 
cantarIAM venderIAM partirIAM 
 
Modo Subjuntivo 
 
- Para formar o presente do Subjuntivo, substitui-se a desinência ―-o‖ da primeira pessoa do singular 
do presente do Indicativo pela desinência ―-e‖ (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência ―-a‖ 
(nos verbos de 2ª e 3ª conjugação). 
 
Presente 
 
1ª 
conjugação 
2ª 
conjugação 
3ª 
conjugação 
Desinência 
temporal- 
1ª 
conjugação 
Desinência 
temporal - 
2ª e 3ª 
conjugações 
Desinência 
Pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
 
cantE vendA partA E A Ø 
cantES vendAS partAS E A S 
cantE vendA partA E A Ø 
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS 
cantEIS vendAIS partAIS E A IS 
cantEM vendAM partAM E A M 
 
Para formar o imperfeito do Subjuntivo, elimina-se a desinência ―-ste‖ da 2ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito do Indicativo, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a 
desinência temporal ―-sse‖ mais a desinência de número e pessoa correspondente. 
 
Pretérito Imperfeito 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
Desinência 
temporal - 1ª, 2ª 
e 3ª conjugações 
Desinência 
pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
 
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø 
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S 
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø 
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS 
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS 
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M 
 
Para formar o futuro do Subjuntivo elimina-se a desinência ―-ste‖ da 2ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito do Indicativo, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a 
desinência temporal ―-r‖ mais a desinência de número e pessoa correspondente. 
 
 
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Futuro 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência temporal 
Desinência 
pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaR vendeR partiR Ø Ø 
cantaRES vendeRES partiRES R ES 
cantaR vendeR partiR R Ø 
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS 
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES 
cantaREM vendeREM partiREM R EM 
 
Modo Imperativo 
 
Imperativo Afirmativo - Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do Indicativo a 
2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o ―S‖ final. As demais 
pessoas vêm, sem alteração, do presente do Subjuntivo: 
 
Presente do indicativo Imperativo Afirmativo Presente do subjuntivo 
Eu canto Ø que eu cante 
Tu cantas cantA tu Que tu cantes 
Ele canta Cante você Que ele cante 
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos 
Vós cantais cantAI vós Que vós canteis 
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem 
 
Imperativo Negativo - Para se formar o imperativo negativo, basta acrescentar palavras de negação 
às formas do presente do Subjuntivo. 
 
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo 
Que eu cante Ø 
Que tu cantes Não cantes tu 
Que ele cante Nunca cante você 
Que nós cantemos Jamais cantemos nós 
Que vós canteis Não canteis vós 
Que eles cantem Nunca cantem eles 
 
 
Observações: 
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas 
ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa 
com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês. 
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós). 
Sê uma pessoa boa com teus amigos. 
Sede feliz com vossos amigos. 
 
Infinitivo Pessoal 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
Cantar Vender Partir 
cantarES venderES partirES 
Cantar Vender Partir 
cantarMOS venderMOS partirMOS 
cantarDES venderDES partirDES 
cantarEM venderEM partirEM 
 
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* Observações: 
- o verbo parecer admite duas construções: 
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal) 
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece 
gostarem de você). 
 
- o verbo pegar possui dois particípios (regular e irregular): 
Elvis tinha pegado minhas apostilas. 
Minhas apostilas foram pegas. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - 
VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma- 
-padrão. 
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício. 
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram. 
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos. 
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização. 
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos. 
 
2. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Está corretamente empregada a palavra 
destacada na frase 
(A) Constitue uma grande tarefa transportar todo aquele material. 
(B) As pessoas mais conscientes requereram anulação daquele privilégio. 
(C) Os fiscais reteram o material dos artistas. 
(D) Quando ele vir até aqui, trataremos do assunto. 
(E) Se eles porem as pastas na caixa ainda hoje, pode despachá-la imediatamente. 
 
3. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) 
... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além. 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: 
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia... 
(B) ... era a capital da China. 
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... 
(D) ... dispararam na última década. 
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... 
 
4. (TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2012) O emprego, a grafia e a flexão dos 
verbos estão corretos em: 
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requiseram mais do 
que o esquecimento e a passagem do tempo. 
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que 
ela imerge do esquecimento, em 1974. 
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir 
de 1855, sobreviram longos anos de esquecimento. 
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não 
sucumba aos atropelos do turismo selvagem. 
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, agora em definitivo, o prestígio 
de um polo turístico de inegável valor histórico. 
 
 
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5. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) 
Tinham seus prediletos ... (4º parágrafo). 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: 
(A) Dumas consentiu. 
(B) ... levaram com eles a instituição do ―lector‖. 
(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos... 
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana. 
(E) ... que cedesse o nome de seu herói... 
 
6. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) Os verbos empregados nos mesmos 
tempo e modo estão agrupados em: 
(A) foi - estava - adquiriu 
(B) viviam - estava - torna 
(C) pode - vivem - torna 
(D) adquiriu - foi - pode 
(E) apareceu - pode – eram 
 
7. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) 
Ou pretendia. 
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: 
(A) ... ao que der ... 
(B) ... virava a palavra pelo avesso ... 
(C) Não teria graça ... 
(D) ... um conto que sai de um palíndromo ... 
(E) ... como decidiu o seu destino de escritor. 
 
8. (COPERGÁS - TÉCNICO OPERACIONAL MECÂNICO - FCC/2011 - ADAPTADA) 
... para desovar e criar seus filhotes até que sejam capazes de seguir para o oceano. 
O verbo que se encontra conjugado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima estáem: 
(A) ... espaços que misturam água do mar e de rios em meio a árvores de raízes expostas. 
(B) ... que ela prejudique ainda mais a vida dos peixes e das pessoas. 
(C) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre os estuários da América do Sul. 
(D) ... que várias espécies de peixes precisam de redutos distintos no mangue ... 
(E) ... uma equipe da Universidade Federal de Pernambuco verificou que várias espécies de peixes 
... 
 
9. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante que a inserção da perspectiva da 
sustentabilidade na cultura empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Ambiental, esteja 
alinhada a esses conceitos. 
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado na frase acima está em: 
(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... 
(B) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... 
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... 
(D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento humano. 
(E)... e reforce a identidade das comunidades. 
 
10. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) 
... o aparelho de tevê era um móvel exclusivo da sala de estar ... 
A frase cujo verbo está flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima é: 
(A) ... adultos que passaram a maior parte de sua infância e adolescência ... 
(B) ... com que aumentasse a exposição aos meios eletrônicos. 
(C) ... que não roubavam muito tempo dos estudos e das brincadeiras com amigos. 
(D) ... a tevê ganhou tempo de programação, variedade de canais e cores... 
(E) O leitor com 50 anos talvez resgate na memória uma época... 
 
 
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11. (TRF - 4ª REGIÃO – ENFERMAGEM – FCC/2010) Não é raro que a escola esteja 
completamente desvinculada das atividades culturais .... 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está na frase: 
(A) Mas raramente há referência ao analfabetismo funcional daquela larga parcela da população... 
(B) ...porque está aquém do manejo minimamente competente da informação cultural ... 
(C) ...ainda que saiba ler e escrever ... 
(D) ... que se esmeram em falar o "computacionês" incompreensível. 
(E) ... e permitem a qualquer semialfabetizado ... 
 
12. (METRÔ/SP – AGENTE DE ESTAÇÃO – FCC/2010 - ADAPTADA) 
... estima-se que sejam 20 línguas. 
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está na frase: 
(A) ... cada um dos homens começou a falar uma língua diferente... 
(B) Se na Bíblia a pluralidade linguística era uma condenação... 
(C) ... guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos... 
(D) Por isso, caíram em desuso. 
(E) ... que um idioma mais forte (...) sufoque um mais fraco. 
 
13. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) 
Considere as frases: 
I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara. 
II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano. 
 
Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o verbo haver pelo verbo existir, conservando o 
tempo e o modo. 
(A) Existe – existe 
(B) Existem – existirão 
(C) Existirão – existirá 
(D) Existem – existirá 
(E) Existiriam – existiria 
 
14. (COREN/SP – TELEFONISTA – VUNESP/2013) A forma verbal está de acordo com a norma-
padrão da língua portuguesa em: 
(A) Ambientalistas interviram para defender seu ponto de vista perante o Conama. 
(B) Se os órgãos ambientais detessem os projetos poluentes, a qualidade de vida da população 
melhoraria. 
(C) Se o abaixo-assinado online obtiver o alcance desejado, os ambientalistas ficarão satisfeitos. 
(D) Quando o governo propor multas pesadas aos poluidores, diminuirão as infrações. 
(E) Se o Conama ver a proposta do Proam, talvez a aceite. 
 
15. (DCTA – TECNOLOGISTA JÚNIOR [AERONÁUTICA] – VUNESP/2013) Considerando-se o 
emprego do pronome você, as formas verbais em – Vai, meu irmão/Pega esse avião – estariam em 
conformidade com a modalidade-padrão em 
(A) Vá/Pegue 
(B) Vão/Peguem 
(C) Vá/Pegam 
(D) Vão/Pegue 
(E) Vão/Pegam 
 
16. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Que forma verbal está 
empregada no mesmo tempo e modo que pudemos? 
(A) Forem 
(B) Cresceu 
(C) Será 
(D) Deixem 
(E) Indicam 
 
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17. (CÂMARA MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA/MG – ASSISTENTE LEGISLATIVO – 
FUMARC/2012) Os verbos destacados estão flexionados no pretérito imperfeito do indicativo, exceto 
em 
(A) ―Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...‖ 
(B) Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo [...]‖ 
(C) ―Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral [...]‖ 
(D) ―[...] mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente.‖ 
 
18. (MPE/AM – MOTORISTA SEGURANÇA – FCC/2013) Leia o texto a seguir. 
Para a próxima década, os Estados Unidos ...... um excelente orçamento de exportações. Para os 
otimistas, 10% ...... uma meta possível. Por outro lado, cerca de 20 milhões de norte-americanos não 
...... que essa realidade seja possível. 
Preenchem corretamente as lacunas do texto acima, na ordem dada: 
(A) prometem – parecem – acreditam 
(B) promete – parecem – acredita 
(C) prometem – parece – acreditam 
(D) promete – parece – acredita 
(E) prometem – parece – acredita 
 
19. (BNDES – PROFISSIONAL BÁSICO (FORMAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO) – 
CESGRANRIO/2011 - ADAPTADA) A transformação da oração ―[...] e quando veio a noite [...]‖ de 
afirmativa para hipótese faz com que o verbo destacado se escreva como 
(A) vir 
(B) vier 
(C) vem 
(D) vêm 
(E) vim 
 
20. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS – FUMARC/2014) Em ―Talvez seja 
necessário que famílias e escolas revejam a parte que lhes cabe nesse processo.‖, os verbos 
destacados estão flexionados no 
(A) imperativo afirmativo – imperativo afirmativo 
(B) presente do indicativo – presente do subjuntivo 
(C) presente do subjuntivo – imperativo afirmativo 
(D) presente do subjuntivo – presente do subjuntivo 
 
21. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR 
ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) Na frase ―se você quiser ir mais 
longe‖, a forma verbal empregada tem sua forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a 
forma verbal está ERRADA é 
(A) se você se opuser a esse desejo. 
(B) se você requerer este documento. 
(C) se você ver esse quadro. 
(D) se você provier da China. 
(E) se você se entretiver com o jogo. 
 
22. (DETRAN/SE – VISTORIADOR DE TRÂNSITO – FUNCAB/2010) Nos trechos abaixo, as duas 
ocorrências do verbo encontram-se flexionadas, respectivamente, nos modos: 
―Sejamos sensatos, leitor, tem cabimento ingerir uma droga que altera os reflexos motores...‖ 
―Ainda que você não seja ridículo a ponto de afirmar que dirige melhor quando bebe...‖ 
(A) indicativo e subjuntivo. 
(B) subjuntivo e imperativo. 
(C) indicativo e imperativo. 
(D) imperativo e subjuntivo. 
(E) imperativo e indicativo. 
 
 
 
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23. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/MG – TÉCNICO NÍVEL SUPERIOR – INFORMÁTICA – 
FUMARC/2014) Na frase ―Pelo menos 4,7 milhões de aposentados e pensionistas têm pouco mais de 
um mês para recadastrar a senha bancária‖, o acento gráfico do verbo ―ter‖ se justifica pela seguinte 
regra: 
(A) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ―ter‖. 
(B) O verbo "ter", no presente do subjuntivo, assume a forma "têm" (com acento) na terceira pessoa 
do plural. 
(C) O acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular ea 2ª 
pessoa do plural. 
(D) Todas as palavras oxítonas são acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. 
 
24. (DECEA – CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO – CESGRANRIO/2012 - ADAPTADA) O 
trecho ―Atenção, passageiro: voe tranquilo.‖ realiza uma paródia das chamadas, comuns em aeroportos, 
feitas para orientar os passageiros. Por se tratar de uma orientação ou pedido, o verbo voar encontra-se 
flexionado no 
(A) modo indicativo 
(B) modo imperativo 
(C) modo subjuntivo 
(D) infinitivo impessoal 
(E) particípio passado 
 
RESPOSTAS 
1. RESPOSTA: “E”. 
Correção à frente: 
a) Absteu-se = absteve-se 
b) mas já os reaveram = reouveram 
c) se vocês verem = virem 
d) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos 
e) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos. 
 
2. RESPOSTA: “B”. 
a) Constitue (constitui) uma grande tarefa transportar todo aquele material. 
b) As pessoas mais conscientes requereram anulação daquele privilégio. 
c) Os fiscais reteram (retiveram) o material dos artistas. 
d) Quando ele vir (vier) até aqui, trataremos do assunto. 
e) Se eles porem (puserem) as pastas na caixa ainda hoje, pode despachá-la imediatamente. 
 
3. RESPOSTA: “B”. 
Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo 
A = contornam – presente do Indicativo 
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo 
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo 
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo 
E = acompanham = presente do Indicativo 
 
4. RESPOSTA: “D”. 
Acrescentei as formas verbais adequadas nas orações analisadas: 
a) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requiseram 
(requereram) mais do que o esquecimento e a passagem do tempo. 
b) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que 
ela imerge (emerge) do esquecimento, em 1974. 
c) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 
1855, sobreviram (sobrevieram) longos anos de esquecimento. 
d) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não 
sucumba aos atropelos do turismo selvagem. 
e) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, (obtivesse) agora em definitivo, o 
prestígio de um polo turístico de inegável valor histórico. 
 
 
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5. RESPOSTA: “D”. 
Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos às alternativas: 
Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo 
Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo 
Cedesse = pretérito do Subjuntivo 
 
6. RESPOSTA: “C”. 
A = foi – pretérito perfeito do Indicativo / estava – pretérito imperfeito do Indicativo / adquiriu – 
pretérito perfeito do Indicativo; 
B = viviam e estava – pretérito imperfeito do Indicativo / torna – presente do Indicativo; 
C = os três estão no presente do Indicativo; 
D = adquiriu e foi – pretérito perfeito do Indicativo / pode – presente do Indicativo; 
E = apareceu – pretérito perfeito do Indicativo / pode – presente do Indicativo / eram – pretérito 
imperfeito do Indicativo. (lembrando que ―pôde‖ é o verbo ―poder‖ no pretérito perfeito do Indicativo). 
 
7. RESPOSTA: “B”. 
Pretendia = pretérito imperfeito do Indicativo 
a) ... ao que der ... = futuro do Subjuntivo 
b) ... virava = pretérito imperfeito do Indicativo 
c) Não teria = futuro do pretérito do Indicativo 
d) ... um conto que sai = presente do Indicativo 
e) ... como decidiu = pretérito perfeito do Indicativo 
 
8. RESPOSTA: “B”. 
―Sejam‖ está no presente do Subjuntivo. 
a) ... espaços que misturam = presente do Indicativo 
b) ... que ela prejudique = presente do Subjuntivo 
c) ... Mario Barletta, que, com seu grupo, percorre = presente do Indicativo 
d) ... que várias espécies de peixes precisam = presente do Indicativo 
e) ... uma equipe da Universidade Federal de Pernambuco verificou = pretérito perfeito do Indicativo 
 
9. RESPOSTA: “E”. 
O verbo ―esteja‖ está no presente do Subjuntivo. 
a) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo 
b) ... as definições de Educação Ambiental são = presente do Indicativo 
c) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... = presente do Indicativo 
d) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo 
e)... e reforce a identidade das comunidades. = presente do Subjuntivo. 
 
10. RESPOSTA: “C”. 
Era = pretérito imperfeito do Indicativo 
a) ... adultos que passaram = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo 
b) ... com que aumentasse = pretérito do Subjuntivo 
c) ... que não roubavam pretérito imperfeito do Indicativo 
d) ... a tevê ganhou = pretérito perfeito do Indicativo 
e) O leitor com 50 anos talvez resgate = presente do Subjuntivo 
 
11. RESPOSTA: “C”. 
Esteja = presente do Subjuntivo 
a) Mas raramente há = presente do Indicativo 
b) ... porque está = presente do Indicativo 
c) ... ainda que saiba = presente do Subjuntivo 
d) ... que se esmeram = presente do Indicativo 
e) ... e permitem = presente do Indicativo 
 
12. RESPOSTA: “E”. 
―Sejam‖ – presente do Subjuntivo. 
a) ... cada um dos homens começou = pretérito perfeito do Indicativo 
b) Se na Bíblia a pluralidade linguística era = pretérito imperfeito do Indicativo 
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c) ... guardam a alma = presente do Indicativo 
d) Por isso, caíram em desuso. = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo 
e) ... que um idioma mais forte (...) sufoque um mais fraco. = presente do Subjuntivo 
 
13. RESPOSTA: “D”. 
Há = presente do Indicativo / haverá = futuro do presente do indicativo. 
Ao substituirmos pelo verbo ―existir‖, lembremo-nos de que esse sofrerá flexão de número (irá para o 
plural, caso seja necessário): 
I. Existem diversos projetos de lei em tramitação na Câmara. 
II. Caso a bondade seja aprovada, existirá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano. 
Existem / existirá. 
 
14. RESPOSTA: “C”. 
a) Ambientalistas interviram (intervieram) para defender seu ponto de vista perante o Conama. 
b) Se os órgãos ambientais detessem (detivessem) os projetos poluentes, a qualidade de vida da 
população melhoraria. 
c) Se o abaixo-assinado online obtiver o alcance desejado, os ambientalistas ficarão satisfeitos. 
d) Quando o governo propor (propuser) multas pesadas aos poluidores, diminuirão as infrações. 
e) Se o Conama ver (vir) a proposta do Proam, talvez a aceite. 
 
15. RESPOSTA: “A”. 
O pronome de tratamento ―você‖ corresponde, para conjugarmos os verbos, à terceira pessoa do 
singular. Para conjugar no Modo Imperativo Afirmativo, basta ―copiarmos‖, literalmente, do presente do 
Subjuntivo. Veja: Que eu vá, que tu vás, que ele vá = Vá (você). 
Já para o verbo ―pegar‖, temos: que eu pegue, que tu pegues, que ele pegue = Pegue (você) 
Vá / pegue. 
 
16. RESPOSTA: “B”. 
Pudemos = pretérito perfeito do Indicativo 
a) Forem = futuro do Subjuntivo 
b) Cresceu = pretérito perfeito do Indicativo 
c) Será = futuro do presente do Indicativo 
d) Deixem = presente do Subjuntivo (e Imperativo Afirmativo) 
e) Indicam = presente do Indicativo 
 
17. RESPOSTA: “A”. 
―Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...‖ = ―se sentirá‖ - futuro do presente 
do Indicativo. 
 
18. RESPOSTA: “A”. 
Para a próxima década, os Estados Unidos prometem um excelente orçamento de exportações. Para 
os otimistas, 10% parecem uma meta possível. Por outro lado, cerca de 20 milhões de norte- 
-americanos não acreditam que essa realidade seja possível. 
*Dica: como não há determinante na porcentagem para que façamos a concordância verbal (por 
exemplo: 40% das pessoas acreditam, 15% da rendafoi encaminhada), devemos considerar o numeral, 
no caso, 10 = que é plural. Por isso o verbo será ―parecem‖. Se fosse 1%, a forma verbal seria ―parece‖. 
Prometem / parecem / acreditam. 
 
19. RESPOSTA: “B”. 
Os verbos que representam hipótese pertencem ao Modo Subjuntivo. ―e quando vier a noite...‖. 
 
20. RESPOSTA: “D”. 
Se você começar a conjugar o verbo ―ser‖ no presente do Subjuntivo, verificará que se trata da 
alternativa apresentada: ―que eu seja, que tu sejas...‖ 
*Observação: lembre-se de que não existe a forma ―seje‖. 
Agora conjuguemos o verbo ―rever‖ – ―que eu reveja, que tu revejas...‖. 
 
21. RESPOSTA: “C”. 
a) se você se opuser a esse desejo. 
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b) se você requerer este documento. 
c) se você ver esse quadro.= se você vir 
d) se você provier da China. 
e) se você se entretiver com o jogo. 
 
22. RESPOSTA: “D”. 
No primeiro período há um conselho (ou uma ordem), portanto, modo Imperativo; no segundo, há 
uma hipótese = modo Subjuntivo (que eu seja, que tu sejas, que ele seja...). 
 
23. RESPOSTA: “A”. 
a) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ―ter‖. 
b) O verbo "ter", no presente do subjuntivo, assume a forma "têm" (com acento) na terceira pessoa 
do plural. (que eles tenham) 
c) O acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 2ª 
pessoa do plural. 
3ª pessoa do singular = ele tem / 2ª pessoa do plural = vós tendes 
d) Todas as palavras oxítonas são acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. 
―Tem‖ não é oxítona, mas sim, monossílaba. As palavras oxítonas recebem acento apenas quando 
terminadas em ―a‖, ―e‖ ou ―o‖, seguidas ou não de ―s‖. 
 
24. RESPOSTA: “B”. 
O modo verbal utilizado em conselhos, pedidos, ordens é o Imperativo. 
 
 
 
Vozes do Verbo 
 
Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao 
sujeito, indicando se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar que voz verbal não é 
flexão, mas aspecto verbal. São três as vozes verbais: 
- Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo: 
 Ele fez o trabalho. 
sujeito agente ação objeto (paciente) 
 
- Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo: 
O trabalho foi feito por ele. 
sujeito paciente ação agente da passiva 
 
- Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a 
ação: 
O menino feriu-se. 
 
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade: 
Os lutadores feriram-se. (um ao outro) 
Nós nos amamos. (um ama o outro) 
 
Formação da Voz Passiva 
 
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético. 
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte maneira: 
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: 
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os alunos pintarão a escola) 
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) 
1.10.3-) Voz verbal 
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Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a 
construção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. 
 
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar explícito na frase: A exposição será aberta 
amanhã. 
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a 
transformação das frases seguintes: 
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo) 
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito perfeito do Indicativo, assim como o verbo principal 
da voz ativa) 
 
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) 
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indicativo) 
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) 
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) 
 
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal 
da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte: 
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) 
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) 
 
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3ª 
pessoa, seguido do pronome apassivador ―se‖. Por exemplo: 
Abriram-se as inscrições para o concurso. 
Destruiu-se o velho prédio da escola. 
 
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética. 
 
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva 
 
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. 
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) 
Sujeito da Ativa objeto Direto 
 
A apostila foi comprada pelo concurseiro. (Voz Passiva) 
Sujeito da Passiva Agente da Passiva 
 
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o sujeito da ativa passará a agente da passiva, 
e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exemplos: 
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. 
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. 
 
- Eu o acompanharei. 
Ele será acompanhado por mim. 
 
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva. Por 
exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
 
 
Saiba que: 
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, 
passiva ou reflexiva, porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente ou agente-paciente. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
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QUESTÕES 
 
1. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) 
... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais. 
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a ser, corretamente, 
(A) perceba. 
(B) foi percebido. 
(C) tenham percebido. 
(D) devam perceber. 
(E) estava percebendo. 
 
2. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A 
oração – … nunca os encontro.– assume, em voz passiva, a seguinte redação: 
(A) … eu nunca encontro eles. 
(B) … eles nunca têm sido encontrados por mim. 
(C) … nunca se encontram eles. 
(D) … eu nunca os tenho encontrado. 
(E) … eles nunca são encontrados por mim. 
 
3. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) 
... a Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho ... 
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal corretamente obtida é: 
(A) tinha interrompido. 
(B) foram interrompidas. 
(C) fora interrompido. 
(D) haviam sido interrompidas. 
(E) haveriam de ser interrompidas. 
 
4. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) 
Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a responsabilidade de proteger pela via militar, a 
comunidade internacional [...] observe outro preceito ... 
Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: 
(A) é observado. 
(B) seja observado. 
(C) ser observado. 
(D) é observada. 
(E) for observado. 
 
5. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) O engajamento moral e políticonão 
chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de Said ... 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é: 
(A) se constituiu. 
(B) chegou a ser constituído. 
(C) teria chegado a constituir. 
(D) chega a se constituir. 
(E) chegaria a ser constituído. 
 
6. (SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II E PROFESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - 
FCC/2011) 
...permite que os criadores tomem atitudes quando a proliferação de algas tóxicas ameaça os peixes. 
A transposição para a voz passiva da oração grifada acima teria, de acordo com a norma culta, como 
forma verbal resultante: 
(A) ameaçavam. 
(B) foram ameaçadas. 
(C) ameaçarem. 
(D) estiver sendo ameaçada. 
(E) forem ameaçados. 
 
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7. (TRF – 1ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011) 
Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se 
poderia chamar de mínimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, 
traduzisse um tipo de experiência vivida, que não chega a alcançar a sabedoria mas que, de qualquer 
modo, é resultado de viver. Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram 
feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar 
suas ideias. São palavras que, de modo canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, 
admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível, mas às vezes curioso ou 
surpreendente. 
(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 
5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3) 
 
...em que estas anotações vadias foram feitas... 
 
Observando o contexto em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa 
produz corretamente a seguinte forma verbal: 
(A) fizeram-se. 
(B) tinha feito. 
(C) fiz. 
(D) faziam. 
(E) poderia fazer. 
 
8. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA – FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a 
frase Um figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista, a forma verbal obtida será: 
(A) pode ser obscurecido. 
(B) obscurecerá. 
(C) pode ter obscurecido. 
(D) pode ser obscurecida. 
(E) será obscurecida. 
 
9. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) 
―todos que são impactados pelas mídias de massa‖ 
O fragmento transcrito acima apresenta uma construção na voz passiva do verbo. Outro exemplo de 
voz passiva encontra-se em: 
(A) ―As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família‖ 
(B) ―A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil‖ 
(C) ―evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças brasileiras nas práticas de consumo.‖ 
(D) ―Elas são assediadas pelo mercado‖ 
(E) ―valores distorcidos são de fato um problema de ordem ética‖ 
 
10. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM ESPECIALIDADE – FCC/2012) 
As ruas estavam ocupadas pela multidão... 
A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz ativa é: 
(A) ocupava-se. 
(B) ocupavam. 
(C) ocupou. 
(D) ocupa. 
(E) ocupava. 
 
11. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em ―Os dados 
foram divulgados ontem pelo Instituto Sou da Paz.‖, a expressão destacada é 
(A) adjunto adnominal. 
(B) sujeito paciente. 
(C) objeto indireto. 
(D) complemento nominal. 
(E) agente da passiva. 
 
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 78 
12. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA CIVIL – EXECUTIVO PÚBLICO – 
FCC/2010) Transpondo a frase o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva, obtém-se 
corretamente o seguinte segmento: 
(A) tinha recebido promoção. 
(B) estaria sendo promovido. 
(C) fizera a promoção. 
(D) estava sendo promovido. 
(E) havia sido promovido. 
 
13. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) 
...'sertanejo' indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país... 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: 
(A) vinham indicadas. 
(B) era indicado. 
(C) eram indicadas. 
(D) tinha indicado. 
(E) foi indicada. 
 
14. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL PROFISSIONAL DE TRÁFEGO 
AÉREO – FCC/2011 - ADAPTADA) 
... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mulheres. 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: 
(A) foi empreendida. 
(B) são empreendidos. 
(C) foi empreendido. 
(D) é empreendida. 
(E) são empreendidas. 
 
15. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010) Transpondo-se para a voz passiva a 
construção Mais tarde vim a entender a tradução completa, a forma verbal resultante será: 
(A) veio a ser entendida. 
(B) teria entendido. 
(C) fora entendida. 
(D) terá sido entendida. 
(E) tê-la-ia entendido. 
 
16. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012) Da sede do poder no Brasil holandês, 
Marcgrave acompanhou e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes, sobretudo eclipses 
lunares e solares. 
Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as formas verbais resultantes serão: 
(A) eram anotados e acompanhados. 
(B) fora anotado e acompanhado. 
(C) foram anotados e acompanhados. 
(D) anota-se e acompanha-se. 
(E) foi anotado e acompanhado. 
 
17. (DETRAN – AGENTE ESTADUAL DE TRÂNSITO – VUNESP/2013) Considere as frases do 
texto, em que as formas verbais destacadas estão na voz ativa: 
• A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que 
abrangem os direitos dos ciclistas. 
• Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. 
Em seguida, considere a reescrita das frases, empregando-se a voz passiva, e assinale a alternativa 
que completa, correta e respectivamente, as lacunas, seguindo a concordância padrão da língua 
portuguesa. 
• As leis que abrangem os direitos dos ciclistas ___________ pela maior parte dos motoristas de 
carros, ônibus, motocicletas e caminhões. 
• Mas seus direitos e deveres também _________ por muitos ciclistas. 
(A) são desconhecidos ... são ignorados 
(B) são desconhecida ... é ignorado 
1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 79 
(C) são desconhecido ... são ignorado 
(D) são desconhecidos ... são ignorado 
(E) são desconhecidas ... são ignorados 
 
18. (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA PARA O METRÔ/DF – 
ADMINISTRADOR - IADES/2014 - ADAPTADA) Conforme a norma-padrão, a oração ―As obras foram 
iniciadas em janeiro de 1992‖ poderia ser reescrita da seguinte maneira: 
(A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992. 
(B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992. 
(C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992. 
(D) Teve início as obras em janeiro de 1992. 
(E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992. 
 
19. (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – POLÍCIA CIVIL – ASSISTENTE SOCIAL – 
FUNCAB/2013) Como ficaria o verbo da frase ―[...] a própria noite aguçou seus ouvidos‖, flexionado na 
voz passiva analítica? 
(A) são aguçados. 
(B) seriam aguçados. 
(C) fossem aguçados. 
(D) foram aguçados. 
(E) aguçou-se. 
 
20. (TRT/PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) 
... mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: 
(A) são exigidos. 
(B) é exigida. 
(C) é exigido. 
(D) foi exigido. 
(E) foram exigidas. 
 
21. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) 
... se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: 
(A) forem negligenciadas. 
(B) fosse negligenciado. 
(C) sejam negligenciadas. 
(D) for negligenciado. 
(E) seremnegligenciadas. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA: “A” 
... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade como tais = dois verbos na voz passiva, 
então teremos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e princípios... 
 
2. RESPOSTA: “E”. 
―Traduzindo‖ a oração destacada: ―eu nunca encontro eles‖ (Observação: colocação pronominal feita 
dessa forma apenas para esclarecer a voz verbal!). Ao passarmos da voz ativa para a voz passiva, 
teremos a seguinte construção: ―eles nunca são encontrados por mim‖. 
 
3. RESPOSTA: “B”. 
... a Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho = voz ativa com um verbo, então a 
passiva terá dois: comunicações com o vizinho foram interrompidas pela Coreia... 
 
4. RESPOSTA: “B”. 
a comunidade internacional [...] observe outro preceito = se na voz ativa 
temos um verbo, na passiva teremos dois: outro preceito seja observado. 
 
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 80 
5. RESPOSTA: “B”. 
O engajamento moral e político não chegou a constituir um deslocamento da atenção intelectual de 
Said = dois verbos na voz ativa, mas com presença de preposição e, um deles, no infinitivo, então o 
verbo auxiliar ―ser‖ ficará no infinitivo (na voz passiva) e o verbo principal (constituir) ficará no particípio: 
Um deslocamento da atenção intelectual de Said não chegou a ser constituído pelo engajamento... 
 
6. RESPOSTA: “E”. 
Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa 
Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação... = voz passiva 
 
7. RESPOSTA: “C”. 
... em que estas anotações vadias foram feitas = dois verbos na voz passiva, então teremos um na 
ativa: caderninho em que fiz anotações vadias... 
 
8. RESPOSTA: “D”. 
Um figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista. 
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos dois; se na ativa temos dois, na passiva 
teremos três. Então: A atuação de um protagonista pode ser obscurecida por um figurante. 
 
9. RESPOSTA: “D”. 
―As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de compra de uma família‖ 
= voz ativa 
b) ―A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado para a persuasão do público infantil‖ = 
ativa (verbo de ligação); não dá para passar para a passiva 
c) ―evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças brasileiras nas práticas de consumo.‖ = 
ativa 
d) ―Elas são assediadas pelo mercado‖ = voz passiva 
e) ―valores distorcidos são de fato um problema de ordem ética‖ = ativa (verbo de ligação); não dá 
para passar para a passiva 
 
10. RESPOSTA: “E”. 
As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois verbos na passiva, um verbo na ativa: 
A multidão ocupava as ruas. 
 
11. RESPOSTA: “E”. 
No enunciado temos uma oração com a voz passiva do verbo. Transformando-a em ativa, teremos: 
―O Instituto Sou da Paz divulgou dados‖. Nessa, ―Instituto Sou da Paz‖ funciona como sujeito da oração, 
ou seja, na passiva sua função é a de agente da passiva. O sujeito paciente é ―os dados‖. 
 
12. RESPOSTA: “D”. 
o diretor estava promovendo seu filme = dois verbos na voz ativa, três na passiva: seu filme estava 
sendo produzido. 
 
13. RESPOSTA: “C”. 
'sertanejo' indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país. 
As música produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo, indistintamente. 
 
14. RESPOSTA: “D”. 
ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mulheres. 
A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira quase clandestina 
 
15. RESPOSTA: “A”. 
Mais tarde vim a entender a tradução completa... 
A tradução completa veio a ser entendida por mim. 
 
16. RESPOSTA: “C”. 
Marcgrave acompanhou e anotou alguns fenômenos celestes = voz ativa com um verbo (sem 
auxiliar!), então na passiva teremos dois: alguns fenômenos foram acompanhados e anotados por 
Marcgrave. 
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 81 
 
17. RESPOSTA: “E”. 
• A maior parte dos motoristas desconhece as leis 
As leis são desconhecidas pela maior parte 
• Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres. 
Direitos e deveres são ignorados por muitos ciclistas 
 
18. RESPOSTA: “C”. 
Podemos ir por eliminação: em ―A‖, o correto seria ―iniciaram-se‖; em ―B‖, não podemos iniciar um 
período com pronome (iniciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em ―A‖); em ―D‖: tiveram início; ―E‖: 
deu-se início às obras. Portanto, chegamos à resposta correta – pelo caminho mais longo. O caminho 
mais curto é transformar a voz passiva analítica – a do enunciado – em sintética: Iniciaram-se as obras. 
*Dica: a passiva sintética tem o ―se‖ (pronome apassivador). Sintética = Se (memorize!) 
 
19. RESPOSTA: “D”. 
a própria noite aguçou seus ouvidos = voz ativa 
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos dois: Seus ouvidos foram aguçados pela 
própria noite. 
 
20. RESPOSTA: “C”. 
exige em troca um punhado de moedas de ouro = voz ativa 
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos dois: 
Um punhado de moedas de ouro é exigido... 
 
21. RESPOSTA: “A”. 
se negligenciarmos as habilidades do jogo interior = voz ativa 
Na voz passiva teremos dois verbos: Se as habilidades do jogo interior forem negligenciadas por nós. 
 
 
 
Modos Verbais 
 
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em 
Português, existem três modos: 
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sempre estudo. 
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã. 
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda agora, menino. 
 
Formas Nominais 
 
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes 
(substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: 
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor 
e função de substantivo. Por exemplo: 
Viver é lutar. (= vida é luta) 
É indispensável combater a corrupção. (= combate à( 
 
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma 
composta). Por exemplo: 
É preciso ler este livro. 
Era preciso ter lido este livro. 
 
1.10.4-) Emprego de Tempos e Modos Verbais 
1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 82 
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do 
singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se 
da seguinte maneira: 
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) 
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós) 
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) 
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) 
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. 
 
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: 
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) 
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de adjetivo) 
 
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação 
concluída. Por exemplo: 
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. 
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. 
 
- Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica 
geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por 
exemplo: 
Terminados os exames, os candidatos saíram. 
 
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume 
verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para 
representar a escola. 
 
Tempos VerbaisTomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer 
em diversos tempos. Veja: 
 
1. Tempos do Indicativo 
 
- Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio. 
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi 
completamente terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido. 
- Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente 
terminado: Ele estudou as lições ontem à noite. 
- Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já 
tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições 
quando os amigos chegaram. (forma simples). 
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao 
momento atual: Ele estudará as lições amanhã. 
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato 
passado: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. 
 
2. Tempos do Subjuntivo 
 
-
 Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o 
exame. 
-
 Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava 
que ele vencesse o jogo. 
 
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição 
ou desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. 
 
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: 
Quando ele vier à loja, levará as encomendas. 
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 83 
 
Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por 
exemplo: Se ele vier à loja, levará as encomendas. 
 
Presente do Indicativo 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantO vendO partO O 
cantaS vendeS parteS S 
canta vende parte - 
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS 
cantaIS vendeIS partIS IS 
cantaM vendeM parteM M 
 
Pretérito Perfeito do Indicativo 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
canteI vendI partI I 
cantaSTE vendeSTE partISTE STE 
cantoU vendeU partiU U 
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS 
cantaSTES vendeSTES partISTES STES 
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM 
 
Pretérito mais-que-perfeito 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. Temporal 1ª/2ª e 3ª conj. 
Desinência 
pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø 
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S 
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø 
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS 
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS 
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M 
 
Pretérito Imperfeito do Indicativo 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantAVA vendIA partIA 
cantAVAS vendIAS partAS 
CantAVA vendIA partIA 
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS 
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS 
cantAVAM vendIAM partIAM 
 
Futuro do Presente do Indicativo 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantar ei vender ei partir ei 
cantar ás vender ás partir ás 
cantar á vender á partir á 
cantar emos vender emos partir emos 
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 84 
cantar eis vender eis partir eis 
cantar ão vender ão partir ão 
 
Futuro do Pretérito do Indicativo 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantarIA venderIA partirIA 
cantarIAS venderIAS partirIAS 
cantarIA venderIA partirIA 
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS 
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS 
cantarIAM venderIAM partirIAM 
 
Presente do Subjuntivo 
 
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular 
do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos 
verbos de 2ª e 3ª conjugação). 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
Desinên. 
Pessoal 
1ª conj. 
Des. 
Temporal 
2ª/3ª conj. 
Des. 
temporal 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantE vendA partA E A Ø 
cantES vendAS partAS E A S 
cantE vendA partA E A Ø 
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS 
cantEIS vendAIS partAIS E A IS 
cantEM vendAM partAM E A M 
 
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo 
 
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do 
pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência 
temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente. 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
Desinên. 
temporal 
1ª /2ª e 3ª 
conj. 
Des. 
pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø 
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S 
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø 
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS 
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS 
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M 
 
Futuro do Subjuntivo 
 
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito 
perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R 
mais a desinência de número e pessoa correspondente. 
 
 
 
 
1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS
 
 85 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
Desinên. 
temporal 
1ª /2ª e 3ª 
conj. 
Des. 
pessoal 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantaR vendeR partiR Ø 
cantaRES vendeRES partiRES R ES 
cantaR vendeR partiR R Ø 
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS 
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES 
cantaREM vendeREM PartiREM R EM 
 
Modo Imperativo 
 
Imperativo Afirmativo 
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) 
e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o ―S‖ final. As demais pessoas vêm, sem alteração, 
do presente do subjuntivo. Veja: 
 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo 
Eu canto --- Que eu cante 
Tu cantas CantA tu Que tu cantes 
Ele canta Cante você Que ele cante 
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos 
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis 
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem 
 
Imperativo Negativo 
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do 
subjuntivo. 
 
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo 
Que eu cante --- 
Que tu cantes Não cantes tu 
Que ele cante Não cante você 
Que nós cantemos Não cantemos nós 
Que vós canteis Não canteis vós 
Que eles cantem Não cantem eles 
 
Observações: 
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois 
uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, 
utiliza-se você/vocês. 
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós). 
 
Infinitivo Pessoal 
 
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
CANTAR VENDER PARTIR 
cantar vender partir 
cantarES venderES partirES 
cantar vender partir 
cantarMOS venderMOS partirMOS 
cantarDES venderDES partirDES 
cantarEM venderEM partirEM 
 
 
 
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 86 
QUESTÕES 
 
01. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADODO ACRE – ALUNO SOLDADO COMBATENTE – 
FUNCAB/2012) No trecho: ―O crescimento econômico, se associado à ampliação do emprego, PODE 
melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.‖, se passarmos o verbo destacado para o futuro do 
pretérito do indicativo, teremos a forma: 
(A) puder. 
(B) poderia. 
(C) pôde. 
(D) poderá. 
(E) pudesse. 
 
02. (ESCREVENTE – TJ/SP – VUNESP/ 2012-ADAP.) Na frase –… os níveis de pessoas sem 
emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque 
expressa ação 
(A) concluída. 
(B) atemporal. 
(C) contínua. 
(D) hipotética. 
(E) futura. 
 
03. (ESCREVENTE – TJ/SP – VUNESP/2013-ADAP.) Sem querer estereotipar, mas já 
estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da 
pergunta ―débito ou crédito?‖. 
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de 
(A) considerar ao acaso, sem premeditação. 
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela. 
(C) adotar como referência de qualidade. 
(D) julgar de acordo com normas legais. 
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. 
 
04. (ESCREVENTE – TJ/ SP – VUNESP/ 2013) Assinale a alternativa contendo a frase do texto na 
qual a expressão verbal destacada exprime possibilidade. 
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema capaz de disponibilizar um grande 
número de obras literárias... 
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser 
um enorme arquivo virtual. 
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências fixas 
previamente estabelecidas. 
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de 
textualidade... 
(E) Criou, então, o ―Xanadu‖, um projeto para disponibilizar toda a literatura do mundo... 
 
05. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão empregados de 
acordo com a norma-padrão. 
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da impressão definitiva. 
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em silêncio. 
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar no feriado. 
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga... 
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a seu superior. 
 
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) Falha 
no Facebook ______________ dados de 6 milhões de usuários. Números de telefone e e-mails de parte 
dos usuários do site ______________ para download a partir da ferramenta ―Baixe uma cópia dos seus 
dados‖, presente na seção ―Geral‖ da categoria ―Privacidade‖, sem o consentimento dos cadastrados da 
rede social. 
(http://veja.abril.com.br, 21.06.2013. Adaptado) 
 
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 87 
Em norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, 
respectivamente, com 
(A) expõe … estava disponível 
(B) expõe … estavam disponíveis 
(C) expõem … estavam disponível 
(D) expõem … estava disponível 
(E) expõem … estava disponíveis 
 
07. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL - VUNESP 2013-ADAP.) Assinale a alternativa que substitui, 
corretamente e sem alterar o sentido da frase, a expressão destacada em – Se a criança se perder, 
quem encontrá-la verá na pulseira instruções para que envie uma mensagem eletrônica ao grupo ou 
acione o código na internet. 
(A) Caso a criança se havia perdido… 
(B) Caso a criança perdeu… 
(C) Caso a criança se perca… 
(D) Caso a criança estivera perdida… 
(E) Caso a criança se perda… 
 
08. (AGENTE DE APOIO OPERACIONAL – VUNESP – 2013-ADAP.) Assinale a alternativa em que 
o verbo destacado está no tempo futuro. 
(A) Os consumidores são assediados pelo marketing … 
(B) … somente eles podem decidir se irão ou não comprar. 
(C) É como se abrissem em nós uma ―caixa de necessidades‖… 
(D) … de onde vem o produto…? 
(E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… 
 
09. (PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VUNESP - 2013) Assinale a alternativa em que a concordância 
das formas verbais destacadas se dá em conformidade com a norma-padrão da língua. 
(A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos. 
(B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter acontecido com a criança. 
(C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já estavam preocupados. 
(D)
 Era duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada. 
(E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a criança se perdeu mesmo assim. 
 
10. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA – VUNESP – 2013-ADAP.) Leia as 
frases a seguir. 
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira no animal. 
II. Existiam muitos ferimentos no boi. 
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movimentada. 
Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este pelo verbo Haver, nas frases, têm-se, 
respectivamente: 
(A) Existia – Haviam – Existiam 
(B) Existiam – Havia – Existiam 
(C) Existiam – Haviam – Existiam 
(D) Existiam – Havia – Existia 
(E) Existia – Havia – Existia 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA “B” 
Conjugando o verbo ―poder‖ no futuro do pretérito do Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, 
nós poderíamos, vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é crescimento econômico (singular), 
portanto, terceira pessoa do singular (ele) = poderia. 
 
2. RESPOSTA “C” 
os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a 
locução verbal em destaque expressa ação contínua (= não concluída) 
 
 
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 88 
3. RESPOSTA “E” 
Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais 
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta ―débito ou crédito?‖. 
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de classificar segundo ideias preconcebidas. 
 
4. RESPOSTA “B” 
b) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um 
enorme arquivo virtual. = verbo no futuro do pretérito 
 
5. RESPOSTA “A” 
Realizei a correção entre parênteses: 
a) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da impressão definitiva. 
b) Não haverá prova do crime se o réu se manter (mantiver) em silêncio. 
c) Vão pagar horas-extras aos que se disporem (dispuserem) a trabalhar no feriado. 
d) Ficarão surpresos quando o verem (virem) com a toga... 
e) Se você quer a promoção, é necessário que a requera (requeira) a seu superior. 
 
6. RESPOSTA “B” 
Sublinhei os sujeitos das orações para facilitar a percepção da concordância verbal: 
Falha no Facebook expõe dados de 6 milhões de usuários. 
Números de telefone e e-mails de parte dos usuários do site estavam disponíveis 
―expõe‖ e ―estavam disponíveis‖. 
 
7. RESPOSTA “C” 
Caso a criança se perca…(perda = substantivo: Houve uma grande perda salarial...) 
 
8. RESPOSTA “B” 
a) Os consumidores são assediados pelo marketing = presente 
c) É como se abrissem em nós uma ―caixa de necessidades‖… = pretérito do Subjuntivo 
d) … de onde vem o produto…? = presente 
e) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = pretérito perfeito 
 
9. RESPOSTA “C” 
a) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos. 
b) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter acontecido com a criança. 
d) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada. 
e) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a criança se perdeu mesmo assim. 
 
10. RESPOSTA “D” 
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira no animal. 
II. Existiam muitos ferimentos no boi. 
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movimentada. 
Haver – sentido de existir=invariável, impessoal; 
existir = variável. Portanto, temos: 
I – Existiam onze pessoas... 
II – Havia muitos ferimentos... 
III – Existia muita gente... 
 
 
 
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (―som, voz‖) e log, logia (―estudo‖, 
―conhecimento‖). Significa literalmente ―estudo dos sons‖ ou ―estudo dos sons da voz‖. Fonologia é a 
parte da gramática que estuda os sons da língua quanto à sua função no sistema de comunicação 
linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à 
2-) LETRA E FONEMA 
2.1-) Encontros Vocálicos 
2.2-) Encontros Consonantais 
2.3-) Dígrafos 
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 89 
divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. 
Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas 
particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. 
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são 
reproduzidas por meio de símbolos gráficos, chamdos de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema 
ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. 
Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: 
amor – ator / morro – corro / vento - cento 
Cada segmento sonoro refere-se a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a 
imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem 
acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os 
significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, 
/a/, /v/, etc. 
 
Fonema e Letra 
 
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na 
palavra sapo, por exemplo, a letra ―s‖ representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra ―s‖ 
representa o fonema /z/ (lê-se zê). 
 
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do 
fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio. 
 
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra ―x‖, por exemplo, 
pode representar: 
- o fonema /sê/: texto 
- o fonema /zê/: exibir 
- o fonema /che/: enxame 
- o grupo de sons /ks/: táxi 
 
- O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. 
tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o 
 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 
 
galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o 
 1 2 3 4 1 2 3 4 5 
 
- As letras ―m‖ e ―n‖, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: 
Compra, conta. Nessas palavras, ―m‖ e ―n‖ indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. 
Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o ―n‖ não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na 
escrita pelas letras ―a‖ e ―n‖. 
 
- A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. 
hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 
 1 2 3 1 2 3 4 
 
Classificação dos Fonemas 
 
Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: 
 
1) Vogais 
 
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela 
boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba 
há necessariamente uma única vogal. 
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: 
 
- Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. 
 
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 90 
- Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. 
/ã/: fã, canto, tampa 
/ ẽ /: dente, tempero 
/ ĩ/: lindo, mim 
/õ/ : bonde, tombo 
/ ũ / : nunca, algum 
 
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola. 
 
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola. 
 
Quanto ao timbre, as vogais podem ser: 
- Abertas: pé, lata, pó 
- Fechadas: mês, luta, amor 
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo (―dedu‖), ave (―avi‖), gente 
(―genti‖). 
 
Quanto à zona de articulação: 
- Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca): é, ê, i 
- Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino): ó, ô, u 
- Médias - A língua fica baixa, quase em repouso: a 
 
2) Semivogais 
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando 
com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de 
semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não 
desempenham o papel de núcleo silábico. 
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico 
que se destaca é o ―a‖. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico ―i‖ não é tão forte quanto ele. É a 
semivogal. Outros exemplos: saudade, história, série. 
 
3) Consoantes 
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao 
passar pela cavidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros ―ruídos‖, incapazes de 
atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre 
consoam (―soam com‖) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. 
 
Encontros Vocálicos 
 
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. 
É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de 
encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 
 
1) Ditongo 
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser: 
- Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) 
- Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal) 
- Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai, série 
- Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: mãe 
 
2) Tritongo 
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa 
só sílaba. Pode ser oral ou nasal :Paraguai - Tritongo oral, quão - Tritongo nasal. 
 
3) Hiato 
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez 
que nunca há mais de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a). 
 
 
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 91 
Encontros Consonantais 
 
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro 
consonantal. Existem basicamente dois tipos: 
1. os que resultam do contato consoante + ―l‖ ou ―r‖ e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-
dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se. 
2. os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, 
lis-ta. 
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: 
pneu, gno-mo, psi-có-lo-go. 
 
Dígrafos 
 
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra. 
 
lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. 
 
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras. 
bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. 
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o ―c‖ e o ―h‖. 
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representarum único fonema (di = dois 
+ grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos 
agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. 
 
Dígrafos Consonantais 
 
Letras Fonemas Exemplos 
lh /lhe/ telhado 
nh /nhe/ marinheiro 
ch /xe/ chave 
rr /re/ (no interior da palavra) carro 
ss /se/ (no interior da palavra) passo 
qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo 
gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia 
sc /se/ crescer 
sç /se/ desço 
xc /se/ exceção 
 
Dígrafos Vocálicos 
 
Registram-se na representação das vogais nasais: 
 
Fonemas Letras Exemplos 
/ã/ am tampa 
 an canto 
/ẽ/ em templo 
 en lenda 
/ĩ/ im limpo 
 in lindo 
õ/ om tombo 
 on tonto 
/ũ/ um chumbo 
 un corcunda 
 
Observação: ―gu‖ e ―qu‖ são dígrafos somente quando seguidos de ―e‖ ou ―i‖, representam os 
fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra ―u‖ não corresponde a nenhum fonema. Em 
algumas palavras, no entanto, o ―u‖ representa um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, 
aquífero...). Nesse caso, ―gu‖ e ―qu‖ não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos 
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 92 
de ―a‖ ou ―o‖ (quase, averiguo) – (conseguimos ouvir o som da letra ―u‖ também, por isso não há 
dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós pronunciamos a letra ―u‖, ou então teríamos ficaria 
/aga/. Temos aqui 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ não pronunciamos o ―u‖, então temos 
dígrafo (aliás, dois dígrafos: ―rr‖). Portanto: 8 letras e 6 fonemas. 
 
Dífonos 
 
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos!), exite letra que 
representa dois fonemas. Sim! É o caso de ―fixo‖, por exemplo, em que o ―x‖ representa o fonema /ks/; 
táxi e crucifixo também são exemplos de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um 
caso de dífono. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
01. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra ―churrasqueira‖. 
(A) apresenta 13 letras e 10 fonemas 
(B) apresenta 3 dígrafos :ch, rr, qu 
(C) divisão silábica: chur-ras-quei-ra 
(D) é paroxítona e polissílaba 
(E) apresenta o tritongo: uei 
 
02. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocálico e um encontro consonantal, exceto: 
(A) destruir. 
(B) magnésio. 
(C) adstringente. 
(D) pneu. 
(E) autóctone. 
 
03. A série em que todas as palavras apresentam dígrafo é. 
(A) assinar / bocadinho / arredores. 
(B) residência / pingue-pongue / dicionário. 
(C) digno / decifrar / dissesse. 
(D) dizer / holandês / groenlandeses. 
(E) futebolísticos / diligentes / comparecimento. 
 
04. Indique a palavra que tem 5 fonemas: 
(A) ficha. 
(B) molhado. 
(C) guerra. 
(D) fixo. 
(E) hulha. 
 
05. Há relação INCORRETA de letras e fonemas em: 
(A) Pássaro (7 Letras / 6 Fonemas); 
(B) Comovente (9 Letras / 8 Fonemas); 
(C) Molhada (7 Letras / 6 Fonemas); 
(D) Plástica (8 Letras / 8 Fonemas); 
(E) Aquilo (6 Letras / 6 Fonemas). 
 
06. Assinale a alternativa em que a letra ―x‖ da palavra não possui a pronúncia de /ks/: 
(A) tóxico 
(B) léxico 
(C) máximo 
(D) prolixo 
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RESPOSTA 
 
1. RESPOSTA “E” 
apresenta o tritongo: uei 
Não ouço o som do ―u‖. Há um dígrafo (qu = duas letras e um fonema). O ‗qu‖ tem o som de /k/. 
 
2. RESPOSTA “C” 
c) adstringente. = há encontro consonantal (tr), mas não há vocálico. 
 
3. RESPOSTA “A” 
a) assinar / bocadinho / arredores. 
b) residência / pingue-pongue / dicionário. 
c) digno / decifrar / dissesse. 
d) dizer / holandês / groenlandeses. 
e) futebolísticos / diligentes / comparecimento. 
 
4. RESPOSTA “D” 
a) ficha = 4 
b) molhado = 6 
c) guerra = 
 d) fixo = 5 /f i k s o/ 
e) hulha = 3 
 
5. RESPOSTA “E” 
Aquilo (6 Letras / 5 Fonemas = /akilo/ ) 
 
6. RESPOSTA “C” 
máximo = /s/ 
 
 
 
CON - CUR - SO 
 
A palavra ―concurso‖ está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: con - cur - 
so. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em 
nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do 
que uma vogal em cada sílaba (já que haverá semivogais). Dessa forma, para sabermos o número de 
sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras ―i‖ e ―u‖ 
(mais raramente as letras ―e‖ e ―o‖) podem representar semivogais. 
 
Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas 
 
1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba: mãe, flor, lá, meu 
 
2) Dissílabas: possuem duas sílabas: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por 
 
3) Trissílabas: possuem três sílabas: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, con-cur-so 
 
4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te 
 
Divisão Silábica 
 
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: 
3-) SÍLABAS 
3.1-) Classificação quanto à posição da sílaba tônica 
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 94 
- Não se levam em conta os elementos formadores das palavras, mas sua soletração. Por isso, ao 
dividirmos as sílabas das palavras interestadual, superelegante e bisavô, por exemplo, teremos: bi-sa-
vô, su-pe-re-le-gan-te, in-te-res-ta-du-al. 
 
- Não se separam os ditongos e tritongos: foi-ce, a-ve-ri-guou 
 
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa 
 
- Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba: psi-có-lo-go, re-fres-co 
 
- Separam-se as vogais dos hiatos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de 
 
- Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-
te 
 
- Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a 
segunda consoante é ―l‖ ou ―r‖: 
ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car 
 
Acento Tônico 
 
Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior 
intensidade sonora do que as demais. 
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. 
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. 
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
 
 
A sílaba pronunciada com maior intensidade chama-se sílaba tônica; a com menor, átona. Quase 
todas as palavras têm acento (têm uma sílaba em destaque, tônica), mas nem todas têm acento gráfico. 
Por exemplo: escada e português. Aquela tem acento (sílaba tônica ―ca‖); esta, acento e acento gráfico 
(guês).
 
 
Classificação da Sílaba quanto à Intensidade 
 
Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. 
Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. 
Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, 
correspondendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo: 
 
Palavra primitiva: be - bê 
 átona tônica 
 
Palavra derivada: be - be - zi - nho 
 átona subtônica tônica átona 
 
Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica 
 
De acordo com a posição da sílaba tônica,os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou 
mais sílabas são classificados em: 
Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última: urubu, parabéns, português. 
 
Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima: dócil, suavemente, banana, pátio. 
 
Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima: máximo, parábola, íntimo. 
 
Saiba que: 
 
São oxítonas: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. 
 
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São paroxítonas: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, 
filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, 
misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, 
pudico, quiromancia, rubrica, subidoa). 
 
São proparoxítonas: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, 
pântano, trânsfuga. 
 
As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, 
hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão. 
 
*A Ortoepia trata da pronúncia adequada dos fonemas e das palavras, de acordo com a variedade 
padrão da língua; a Prosódia trata da acentuação e da entoação adequadas dos fonemas, também 
segundo a variedade padrão. 
 
* Escreve-se quatorze ou catorze, mas a pronúncia é ―catorze‖. 
 
* São pronunciadas de acordo com a grafia: beneficência, mortadela, gratuito (ui é ditongo), ruim (ui 
é hiato), irrequieto, salsicha, caderneta. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono5.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÃO 
 
(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – 
FUNDEP/2010) Considerando o acento tônico e a classificação quanto ao número de sílabas, assinale 
a alternativa CORRETA. 
(A) Psiquiatra – Paroxítona – Quatro sílabas 
(B) Noticiário – Proparoxítona – Seis sílabas 
(C) Absoluto – Paroxítona – Cinco sílabas 
(D) Ódio – Oxítona – Duas sílabas 
 
RESPOSTA 
 
RESPOSTA: “A”. 
(A) Psiquiatra – Paroxítona – Quatro sílabas 
Psi - qui - a - tra = quatro sílabas; sílaba tônica: ―a‖ = paroxítona 
(B) Noticiário – Proparoxítona – Seis sílabas 
No - ti - ci - á - rio = cinco sílabas; sílaba tônica: ―á‖ = paroxítona 
(C) Absoluto – Paroxítona – Cinco sílabas 
Ab - so - lu - to = quatro sílabas; sílaba tônica: ―lu‖ = paroxítona 
(D) Ódio – Oxítona – Duas sílabas 
Ó - dio = duas sílabas; sílaba tônica: ―ó‖ = paroxítona 
 
 
 
Quanto à acentuação, observamos que algumas palavras têm acento gráfico e outras não; na 
pronúncia, ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a outra. Por isso, vamos às regras! 
 
 
4-) ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
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 96 
Regras básicas – Acentuação tônica 
 
A acentuação tônica está relacionada à intensidade com que são pronunciadas as sílabas das 
palavras. Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, 
como são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas. 
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como: 
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba. Ex.: café – coração – Belém – 
atum – caju – papel 
 
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – 
leque – sapato – passível 
 
Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – 
câmara – tímpano – médico – ônibus 
 
Há vocábulos que possuem mais de uma sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma 
sílaba somente: são os chamados monossílabos. 
 
Os acentos 
 
acento agudo )´(– Colocado sobre as letras ―a‖ e ―i‖, ―u‖ e ―e‖ do grupo ―em‖ indica que estas letras 
representam as vogais tônicas de palavras como pá, caí, público. Sobre as letras "e" e "e " indica, além 
da tonicidade, timbre aberto. Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos). 
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras ―a‖, ―e‖ e ―o‖ indica, além da tonicidade, timbre 
fechado: Ex.: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs . 
acento grave (`) – indica a fusão da preposição ―a‖ com artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – 
àqueles 
trema ) ¨ (– De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. Há uma exceção: é 
utilizado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) 
til (~) – indica que as letras ―a‖ e ―o‖ representam vogais nasais. Ex.: oração – melão – órgão – ímã 
 
Regras fundamentais: 
 
Palavras oxítonas: 
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: ―a‖, ―e‖, ―o‖, ―em‖, seguidas ou não do plural(s): Pará 
– café(s) – cipó(s) – Belém. 
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: 
Monossílabos tônicos terminados em ―a‖, ―e‖, ―o‖, seguidos ou não de ―s‖. Ex.: pá – pé – dó – há 
Formas verbais terminadas em ―a‖, ―e‖, ―o‖ tônicos, seguidas de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – 
recebê-lo – compô-lo 
 
Paroxítonas: 
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 
- i, is : táxi – lápis – júri 
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum 
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps 
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos 
-ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de ―s‖: água – pônei – mágoa – memória 
 
 
* Dica da Zê! 
Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Repare que essa palavra apresenta as 
terminações das paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = 
fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização! 
 
 
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Regras especiais: 
 
Os ditongos de pronúncia aberta ―ei‖, ―oi‖ (ditongos abertos), que antes eram acentuados, perderam 
o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas. 
 
 
*Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxítona 
(herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.: dói, escarcéu. 
Antes Agora 
assembléia assembleia 
idéia ideia 
geléia geleia 
jibóia jiboia 
apóia (verbo apoiar) apoia 
paranóico paranoico 
 
Acento Diferencial 
 
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de acentuação, não se justificariam, mas são 
utilizados para diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras e/ou tempos verbais. Por 
exemplo: 
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito perfeito de Indicativo do verbo ―poder‖) X pode 
(presente do Indicativo do mesmo verbo). 
Se analisarmos o ―pôr‖ - pela regra das monossílabas: terminada em ―o‖ seguida de ―r‖ não deve ser 
acentuada, mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, para que saibamos se se trata de 
um verbo ou preposição. 
Os demais casos de acento diferencial não são mais utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo 
(substantivo), pelo (preposição). Seus significados e classes gramaticais são definidos pelo contexto. 
Polícia para o trânsito para realizar blitz. = o primeiro ―para‖ é verbo; o segundo, preposição (com 
relação de finalidade). 
 
 
* Dica da Zê! 
- Quando, na frase, der para substituir o ―por‖ por ―colocar‖, estaremos trabalhandocom um verbo, portanto: ―pôr‖; nos outros casos, ―por‖ preposição. Ex: Faço isso por 
você. / Posso pôr (colocar) meus livros aqui? 
 
Regra do Hiato: 
 
Quando a vogal do hiato for ―i‖ ou ―u‖ tônicos, forem a segunda vogal do hiato, acompanhados ou 
não de ―s‖, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís 
Não se acentuam o ―i‖ e o ―u‖ que formam hiato quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou 
z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz 
Não se acentuam as letras ―i‖ e ―u‖ dos hiatos se estiverem seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-
to-i-nha. 
Não se acentuam as letras ―i‖ e ―u‖ dos hiatos se vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-
cu-u-ba 
 
Observação importante: 
 
Não serão mais acentuados ―i‖ e ―u‖ tônicos, formando hiato quando vierem depois de ditongo (nas 
paroxítonas): Ex.: 
 
 Antes Agora 
bocaiúva bocaiuva 
feiúra feiura 
Sauípe Sauipe 
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O acento pertencente aos encontros ―oo‖ e ―ee‖ foi abolido. Ex.: 
 
Antes Agora 
crêem creem 
lêem leem 
vôo voo 
enjôo enjoo 
 
 
* Dica da Zê! 
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no plural, dobram o 
―e‖, mas que não recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. 
Repare: 
1. O menino crê em você. / Os meninos creem em você. 
2. Elza lê bem! / Todas leem bem! 
3. Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os garotos deem o recado! 
4. Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! 
 
 
* Cuidado! Há o verbo vir: 
Ele vem à tarde! / Eles vêm à tarde! 
 
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com ―u‖ tônico precedido de ―g‖ ou ―q‖ e 
seguido de ―e‖ ou ―i‖ não serão mais acentuadas. Ex.: 
 
Antes Depois 
apazigúe (apaziguar) apazigue 
averigúe (averiguar) averigue 
argúi (arguir) argui 
 
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – 
eles vêm (verbo vir) 
 
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, abster. 
ele contém – eles contêm / ele obtém – eles obtêm / ele retém – eles retêm / ele convém – eles 
convêm 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.htm 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
01. (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Assinale a palavra que tenha sido acentuada 
seguindo a mesma regra que distribuídos. 
(A) sócio 
(B) sofrê-lo 
(C) lúcidos 
(D) constituí 
(E) órfãos 
 
 
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02. (MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – FUNDAÇÃO DOM CINTRA/2010) Se os vocábulos 
POSSÍVEL, ATRAVÉS e VÍRUS recebem acento gráfico, também serão acentuados pelas mesmas 
regras, respectivamente, os vocábulos relacionados em: 
(A) fóssil / mês / álbuns; 
(B) réptil / compôs / júri; 
(C) amável / português / táxi; 
(D) fácil / até / húmus; 
(E) bílis / café / ônus. 
 
03. (MPE/SP – ANALISTA DE PROMOTORIA – IBFC/2013) Assinale a alternativa em que a palavra 
deve ser, obrigatoriamente, acentuada. 
(A) Pratica. 
(B) Negocio. 
(C) Traido. 
(D) Critica. 
(E) Capitulo. 
 
04. (RIOPREVIDÊNCIA/RJ – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) 
A palavra ―conteúdo‖ recebe acentuação pela mesma razão de: 
(A) juízo 
(B) espírito 
(C) jornalístico 
(D) mínimo 
(E) disponíveis 
 
05. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/MG – TÉCNICO NÍVEL SUPERIOR – INFORMÁTICA – 
FUMARC/2014) Na frase ―Pelo menos 4,7 milhões de aposentados e pensionistas têm pouco mais de 
um mês para recadastrar a senha bancária‖, o acento gráfico do verbo ―ter‖ se justifica pela seguinte 
regra: 
(A) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ―ter‖. 
(B) O verbo ―ter‖, no presente do subjuntivo, assume a forma ―têm‖ (com acento) na terceira pessoa 
do plural. 
(C) O acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 2ª 
pessoa do plural. 
(D) Todas as palavras oxítonas são acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. 
 
06. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO – CESPE/2014) O emprego do 
acento gráfico em ―incluíram‖ e ―número‖ justifica-se com base na mesma regra de acentuação. 
(...) CERTO ( ) ERRADO 
 
07. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E 
PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Seguem a mesma regra de 
acentuação gráfica relativa às palavras paroxítonas: 
a) probatório; condenatório; crédito. 
b) máquina; denúncia; ilícita. 
c) denúncia; funcionário; improcedência. 
d) máquina; improcedência; probatório. 
e) condenatório; funcionário; frágil. 
 
08. (FUNASA – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA ESPECIALIDADES 1 E 2 – CESPE/2013) O 
emprego do acento em ―Uberlândia‖ e ―água‖ justifica-se com base na mesma regra ortográfica. 
(...) CERTO ( ) ERRADO 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA “D” 
Distribuímos = regra do hiato 
a) sócio = paroxítona terminada em ditongo 
b) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome oblíquo. Nunca!) 
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 100 
c) lúcidos = proparoxítona 
d) constituí = regra do hiato (diferente de ―constitui‖ – oxítona: cons-ti-tui) 
e) órfãos = paroxítona terminada em ―ão‖ 
 
2. RESPOSTA “D” 
Possível = paroxítona terminada em ―l‖; através = oxítona terminada em ―e + s‖; vírus = paroxítona 
terminada em ―u + s‖ 
a) fóssil / mês / álbuns; 
fóssil = paroxítona terminada em ―l‖; mês = monossílaba terminada em ―e + s‖; álbuns = paroxítona 
terminada em ―uns‖ 
b) réptil / compôs / júri; 
réptil = paroxítona terminada em ―l‖; compôs = oxítona terminada em ―o + s‖; júri = paroxítona 
terminada em ‗i‖ 
c) amável / português / táxi; 
amável = paroxítona terminada em ―l‖; português = oxítona terminada em ―e + s‖; táxi = paroxítona 
terminada em ‗i‖ 
d) fácil / até / húmus; 
fácil = paroxítona terminada em ―l‖; até = oxítona terminada em ―e‖; húmus = paroxítona terminada 
em ―u + s‖ 
e) bílis / café / ônus. 
Bílis = paroxítona terminada em ―i + s‖; café = oxítona terminada em ―e‖; ônus = paroxítona terminada 
em ―u + s‖ 
 
3. RESPOSTA “C” 
a) Pratica = verbo (prática = adjetivo ou substantivo) 
b) Negocio = verbo (negócio = substantivo) 
c) Traido = traído (adjetivo) 
d) Critica = verbo (crítica = adjetivo ou substantivo) 
e) Capitulo = verbo (capítulo = substantivo) 
 
4. RESPOSTA “A” 
Conteúdo = regra do hiato 
a) juízo = regra do hiato 
b) espírito = proparoxítona 
c) jornalístico = proparoxítona 
d) mínimo = proparoxítona 
e) disponíveis = paroxítona terminada em ditongo 
 
5. RESPOSTA “A” 
a) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ―ter‖. 
b) O verbo ―ter‖, no presente do subjuntivo, assume a forma ―têm‖ (com acento) na terceira pessoa 
do plural. (que eles tenham) 
c) O acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 2ª 
pessoa do plural. 
3ª pessoa do singular = ele tem / 2ª pessoa do plural = vós tendes 
d) Todas as palavras oxítonas são acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. 
―Tem‖ não é oxítona, mas sim, monossílaba. As palavras oxítonas recebem acento apenas quando 
terminadas em ―a‖, ―e‖ ou ―o‖, seguidas ou não de ―s‖. 
 
6. RESPOSTA: “ERRADO”. 
Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona 
 
7. RESPOSTA “C” 
Vamos a elas: 
a) probatório = paroxítona terminada em ditongo; condenatório= paroxítona terminada em ditongo; 
crédito = proparoxítona. 
b) máquina = proparoxítona; denúncia = paroxítona terminada em ditongo; ilícita = proparoxítona. 
c) Denúncia = paroxítona terminada em ditongo; funcionário = paroxítona terminada em ditongo; 
improcedência = paroxítona terminada em ditongo 
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 101 
d) máquina; improcedência; probatório = classificações apresentadas acima 
e) condenatório; funcionário = classificações apresentadas acima / Frágil = paroxítona terminada em 
―l‖ 
 
8. RESPOSTA: “CERTO”. 
Uberlândia = paroxítona terminada em ditongo / água = paroxítona terminada em ditongo 
 
 
 
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta grafia das palavras. É elas quem ordena qual 
som devem ter as letras do alfabeto. 
Os vocábulos de uma língua são grafados segundo acordos ortográficos. 
A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender ortografia é realizar muitos exercícios, ver as 
palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é necessário, mas não basta, pois há 
inúmeras exceções e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de etimologia (origem da 
palavra). 
 
Informações importantes 
 
- Formas variantes são formas duplas ou múltiplas, equivalentes: aluguel/aluguer, 
relampejar/relampear/relampar/relampadar. 
- Os símbolos das unidades de medida são escritos sem ponto, com letra minúscula e sem ―s‖ para 
indicar plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo. Exceção para litro (L): 2kg, 20km, 120km/h, 2 
L, 150 L. 
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 
14h, 22h30min, 14h23‘34‘‘(=quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e quatro segundos). 
- O símbolo do real antecede o número sem espaço: R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas 
uma barra vertical ($). 
 
Regras ortográficas: 
 
O fonema s 
 
- Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais 
em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / 
inverter - inversão / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo 
/ compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / 
consentir – consensual. 
 
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em 
gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / 
admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / 
oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter – submissão. 
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por ―s‖. Exemplos: a + 
simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir. 
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse. 
 
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar. 
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique. 
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, 
carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço. 
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter – 
retenção. 
*após ditongos: foice, coice, traição. 
5-) ORTOGRAFIA 
5.1-) Hífen 
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 102 
*palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r): marte - marciano / infrator - infração / absorto 
– absorção. 
 
O fonema z 
 
Escreve-se com S e não com Z: 
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos 
nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa. 
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose. 
*as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, quiseste. 
*nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / 
empreender - empresa / difundir – difusão. 
*os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho. 
*após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. 
*em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”: análise) + ar - analisar / pesquisa) + ar 
– pesquisar. 
 
Escreve-se com Z e não com S: 
*os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – 
beleza. 
*os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem não termine com s): final - finalizar / 
concreto – concretizar. 
*como consoante de ligação se o radical não terminar com ―s‖: pé + inho - pezinho / café + al - 
cafezal /Exceção: lápis + inho – lapisinho. 
 
O fonema j 
 
Escreve-se com G e não com J: 
*as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso. 
*estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. 
*as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções): imagem, vertigem, 
penugem, bege, foge. Exceção: pajem. 
*as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio, relógio, refúgio. 
*os verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir. 
*depois da letra ―r‖ com poucas exceções: emergir, surgir. 
*depois da letra ―a‖, desde que não seja radical terminado com j: ágil, agente. 
 
Escreve-se com J e não com G: 
*as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. 
*as palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, manjerona. 
*as palavras terminada com aje: ultraje. 
 
O fonema ch 
 
Escreve-se com X e não com CH: 
*as palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, xucro. 
*as palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa. 
*depois de ditongo: frouxo, feixe. 
*depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. 
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) 
 
Escreve-se com CH e não com X: 
*as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, 
salsicha. 
 
As letras “e” e “i” 
 
*os ditongos nasais são escritos com ―e‖: mãe, põem. Com ―i‖, só o ditongo interno cãibra. 
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 103 
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com ―e‖: caçoe, perdoe, tumultue. 
Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui. 
 
Atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia ―e‖ pela grafia ―i‖: área 
(superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir 
(mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo). 
 
 
Dica: 
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à ortografia de uma palavra, há a 
possibilidade de consultar o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), 
elaborado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de referência até mesmo 
para a criação de dicionários, pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o 
significado). Na Internet, o endereço é www.academia.org.br. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
01. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP/2013) Assinale a alternativaque preenche, correta e 
respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão. 
Além disso, ___certamente ____entre nós ____do fenômeno da corrupção e das fraudes. 
(A) a … concenso … acerca 
(B) há … consenso … acerca 
(C) a … concenso … a cerca 
(D) a … consenso … há cerca 
(E) há … consenço … a cerca 
 
02. (ESCREVENTE TJ SP – VUNESP/2013). Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam 
flexionadas de acordo com a norma-padrão. 
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. 
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. 
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. 
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. 
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! 
 
03. (AGENTE DE VIGILÂNCIA E RECEPÇÃO – VUNESP – 2013). Suponha-se que o cartaz a 
seguir seja utilizado para informar os usuários sobre o festival Sounderground. 
Prezado Usuário 
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, ________ desta segunda-feira 
(25/02), ________ 17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que 
tocam em estações do metrô. 
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se! 
 
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher as lacunas, correta e 
respectivamente, com as expressões 
(A) A fim ...a partir ... as 
(B) A fim ...à partir ... às 
(C) A fim ...a partir ... às 
(D) Afim ...a partir ... às 
(E) Afim ...à partir ... as 
 
04. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre as frases que seguem, a única correta é: 
(A) Ele se esqueceu de que? 
(B) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes. 
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 104 
(C) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. 
(D) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários. 
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. 
 
05. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2011) As palavras estão corretamente 
grafadas na seguinte frase: 
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso 
de passageiros nos aeroportos. 
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque sua 
reputação de pessoa cortês. 
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar após o almoço sob a frondoza 
árvore do pátio. 
(D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande impecilho na 
superação dessa sua crise. 
(E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz ser taxado de conivente 
na concessão de privilégios ilegítimos. 
 
06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) 
Analise a propaganda do programa 5inco Minutos. 
 
 
 
Em norma-padrão da língua portuguesa, a frase da propaganda, adaptada, assume a seguinte 
redação: 
(A) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não matem-na porisso. 
(B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não matem-na por isso. 
(C) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a matem por isso. 
(D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas não lhe matem por isso. 
(E) 5INCO MINUTOS: às vezes, dura mais, mas não a matem porisso. 
 
07. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase 
NÃO contraria a norma culta: 
(A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, por isso posso me queixar com razão. 
(B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultrapassarmos os infortúnios da vida. 
(C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que vermos a pobreza e a miséria fazerem 
parte de nossa vida. 
(D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento, principalmente daqueles que procuram viver com 
dignidade e simplicidade. 
(E) As dificuldades por que passamos certamente nos fazem mais fortes e preparados para os 
infortúnios da vida. 
 
08. (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA/RR – JORNALISTA – 
FUNCAB/2013 - ADAPTADA) Grafam-se, respectivamente, com ―ss‖ e com ―ç‖ como os sufixos dos 
substantivos destacados em ―[...] gerou diversas DISCUSSÕES éticas sobre as PERCEPÇÕES 
biossociais [...]‖ – os sufixos de: 
(A) conten__ão (de gastos) – remi __ ão (da pena). 
(B) conce__ão (de privilégios) – ascen__ão (ao poder). 
(C) ce__ ão (de direitos) – extin__ão (do cargo). 
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 105 
(D) apreen__ão (da carteira) – reten__ão (do veículo). 
(E) mo__ão (de apoio) – admi__ão (de funcionário). 
 
09. (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO FORENSE - CESPE/2013 - adaptada) 
Uma variante igualmente correta do termo ―autópsia‖ é autopsia. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
10. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ADVOGADO - VUNESP/2013) A 
Polícia Militar prendeu, nesta semana, um homem de 37 anos, acusado de ____________ de drogas e 
____________ à avó de 74 anos de idade. Ele foi preso em __________ com uma pequena quantidade 
de drogas no bairro Irapuá II, em Floriano, após várias denúncias de vizinhos. De acordo com o 
Comandante do 3.º BPM, o acusado era conhecido na região pela atuação no crime. 
(www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em 23.06.2013. Adaptado) 
 
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, 
respectivamente, com: 
(A) tráfico … mal-tratos … flagrante 
(B) tráfego … maltratos … fragrante 
(C) tráfego … maus-trato … flagrante 
(D) tráfico … maus-tratos … flagrante 
(E) tráfico … mau-trato … fragrante 
 
RESPOSTA 
 
1. RESPOSTA “B” 
O exercício quer a alternativa que apresenta correção ortográfica. Na primeira lacuna utilizaremos 
―há‖, já que está empregado no sentido de ―existir‖; na segunda, ―consenso‖ com ―s‖; na terceira, 
―acerca‖ significa ―a respeito de‖, o que se encaixa perfeitamente no contexto. ―Há cerca‖ = tem cerca 
(de arame, cerca viva, enfim...); ―a cerca‖ = a cerca está destruída (arame, madeira...) 
 
2. RESPOSTA “D” 
a) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães 
b) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. = cidadãos 
c) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. = certidões 
e) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus 
 
3. RESPOSTA “C” 
Prezado Usuário 
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a partir desta segunda-feira (25/02), às 
17h30, começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam em 
estações do metrô. 
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e divirta-se! 
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; antes de horas: há crase 
 
4. RESPOSTA “E” 
a) Ele se esqueceu de que? = quê? 
b) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes. 
c) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos excessivos nas críticas. 
d) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindicações dos funcionários. 
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. 
 
5. RESPOSTA “A” 
Fiz a correção entre parênteses: 
a) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a ansiedade com que enfrentam o excesso 
de passageiros nos aeroportos. 
b) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em 
cheque (xeque) sua reputação de pessoa cortês. 
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 106 
c) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de descançar (descansar) após o almoço sob 
a frondoza (frondosa) árvore do pátio. 
d) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência dessa mágoa pode estar sendo o grande 
impecilho (empecilho) na superação dessasua crise. 
e) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção dessa alta quantia, mas não quiz (quis) ser taxado 
de conivente na concessão de privilégios ilegítimos. 
 
6. RESPOSTA “C” 
A questão envolve colocação pronominal e ortografia. Comecemos pela mais fácil: ortografia! A 
palavra ―por isso‖ é escrita separadamente. Assim, já descartamos duas alternativas (―A‖ e ―E‖). Quanto 
à colocação pronominal, temos a presença do advérbio ―não‖, que sabemos ser um ―ímã‖ para o 
pronome oblíquo, fazendo-nos aplicar a regra da próclise (pronome antes do verbo). Então, a forma 
correta é ―mas não A matem‖ (por que A e não LHE? Porque quem mata, mata algo ou alguém, objeto 
direto. O ―lhe‖ é usado para objeto indireto. Se não tivéssemos a conjunção ―mas‖ nem o advérbio ―não‖, 
a forma ―matem-na‖ estaria correta, já que, após vírgula, o ideal é que utilizemos ênclise – pronome 
oblíquo após o verbo). 
 
7. RESPOSTA “E” 
Fiz as correções entre parênteses: 
a) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infortúnios, por isso posso me queixar com razão. 
b) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes para ultrapassarmos os infortúnios da vida. 
c) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que vermos (virmos) a pobreza e a miséria 
fazerem parte de nossa vida. 
d) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto sofrimento, principalmente daqueles que procuram 
viver com dignidade e simplicidade. 
e) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) passamos certamente nos fazem mais fortes e 
preparados para os infortúnios da vida. 
 
8. RESPOSTA “C” 
a) contenção (de gastos) – remissão (da pena). 
b) concessão (de privilégios) – ascensão (ao poder). 
c) cessão (de direitos) – extinção (do cargo). 
d) apreensão (da carteira) – retenção (do veículo). 
e) moção (de apoio) – admissão (de funcionário). 
 
9. RESPOSTA: “CERTO”. 
autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia 
(fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23) 
 
10. RESPOSTA:”D”. 
Questão de ortografia. Vamos às exclusões: Polícia trabalha com criminosos pegos em ―flagrante‖, 
no ―flagra‖; ―fragrante‖ relaciona-se a aroma, fragrância. Assim, já descartamos os itens ―B‖ e ―E‖. 
―Tráfego‖ tem relação com trânsito, transitar, trafegar. ―Tráfico‖ é o que consideramos ilegal, praticado 
por traficante. Descartamos o item ―C‖ também. Sobrou-nos ―Maus-tratos‖/mal-tratos. O tratamento 
dado à avó foi ruim, mau (adjetivo). Sendo assim, o correto é ―maus-tratos‖. 
 
Hífen 
 
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras compostas 
(couve-flor, ex-presidente) e para unir pronomes átonos a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve 
igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no fim de uma linha, separar uma palavra em 
duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro). 
 
Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica: 
 
1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma unidade semântica, ou seja, nos 
termos que se unem para formam um novo significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-
-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro. 
 
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 107 
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, 
abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde. 
 
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem- 
-número, recém-casado. 
 
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exceções continuam por já estarem 
consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia, 
queima-roupa, deus-dará. 
 
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas 
combinações históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Alsácia-Lorena, etc. 
 
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo que é 
iniciado por ―r‖: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. 
 
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. 
 
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós- 
-graduação, etc. 
 
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. 
 
10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por ―h‖: sub- 
-hepático, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem. 
 
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal do segundo 
elemento: micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc. 
Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, 
reabilitar. 
 
 
Lembrete da Zê! 
Ao separar palavras na translineação (mudança de linha), caso a última palavra a ser 
escrita seja formada por hífen, repita-o na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-
inflamatório e, ao final, coube apenas ―anti-‖. Na linha debaixo escreverei: ―-
inflamatório‖ (hífen em ambas as linhas). 
 
Não se emprega o hífen: 
 
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se em 
―r‖ ou ―s‖. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, 
microssistema, minissaia, microrradiografia, etc. 
 
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo inicia- 
-se com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoestrada, autoaprendizagem, 
hidroelétrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc. 
 
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos ―dês‖ e ―in‖ e o segundo elemento perdeu o ―h‖ 
inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc. 
 
4. Nas formações com o prefixo ―co‖, mesmo quando o segundo elemento começar com ―o‖: 
cooperação, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc. 
 
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de composição: pontapé, girassol, 
paraquedas, paraquedista, etc. 
 
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 108 
6. Em alguns compostos com o advérbio ―bem‖: benfeito, benquerer, benquerido, etc. 
 
Para enriquecimento 
 
- Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas correspondentes átonas, aglutinam-se com o elemento 
seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado, pressuposto, propor. 
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso, auto-observação, contra-ataque, semi-
interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar. 
- Escreveremos em hífen: pôr do sol, antirreforma, antisséptico, antissocial, contrarreforma, 
minirrestaurante, ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus, autoajuda, autoelogio, 
autoestima, radiotáxi. 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
01. Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo Acordo, está sendo usado corretamente: 
(A) Ele fez sua auto-crítica ontem. 
(B) Ela é muito mal-educada. 
(C) Ele tomou um belo ponta-pé. 
(D) Fui ao super-mercado, mas não entrei. 
(E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões. 
 
02. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hífen, respeitando-se o novo Acordo. 
(A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo. 
(B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal do campeonato. 
(C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu. 
(D) O recém-chegadoveio de além-mar. 
(E) O vice-reitor está em estado pós-operatório. 
 
03. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente: 
(A) autocrítica, contramestre, extra-oficial 
(B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som 
(C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato 
(D) supervida, superelegante, supermoda 
(E) sobre-saia, mini-saia, superssaia 
 
04. Assinale o item em que o uso do hífen está incorreto. 
(A) infraestrutura / super-homem / autoeducação 
(B) bem-vindo / antessala /contra-regra 
(C) contramestre / infravermelho / autoescola 
(D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói 
(E) extraoficial / infra-hepático /semirreta 
 
05. Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao emprego do hífen. 
(A) Foi iniciada a campanha pró-leite. 
(B) O ex-aluno fez a sua autodefesa. 
(C) O contrarregra comeu um contra-filé. 
(D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso. 
(E) O meia-direita deu início ao contra-ataque. 
 
RESPOSTA 
 
1. RESPOSTA “B” 
a) autocrítica 
c) pontapé 
d) supermercado 
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 109 
e) infravermelhos 
 
2. RESPOSTA “A” 
a) O semianalfabeto desenhou um semicírculo. 
 
3. RESPOSTA “D” 
a) autocrítica, contramestre, extraoficial 
b) infra-assinado, infravermelho, infrassom 
c) semicírculo, semi-humano, semi-internato 
d) supervida, superelegante, supermoda = corretas 
e) sobressaia, minissaia, supersaia 
 
4. RESPOSTA “B” 
b) bem-vindo / antessala / contrarregra 
 
5. RESPOSTA “C” 
c) O contrarregra comeu um contrafilé. 
 
 
 
Estrutura das Palavras 
 
As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista de sua estrutura significativa. Para isso, nós 
as dividimos em seus menores elementos (partes) possuidores de sentido. A palavra inexplicável, por 
exemplo, é constituída por três elementos significativos: 
In = elemento indicador de negação 
Explic – elemento que contém o significado básico da palavra 
Ável = elemento indicador de possibilidade 
 
Esses elementos formadores da palavra recebem o nome de morfemas. Através da união das 
informações contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se entender o significado pleno dessa 
palavra: ―aquilo que não tem possibilidade de ser explicado, que nõ é possível tornar claro‖. 
 
MORFEMAS = são as menores unidades significativas que, reunidas, formam as palavras, dando- 
-lhes sentido. 
 
Classificação dos morfemas: 
 
Radical, lexema ou semantema – é o elemento portador de significado. É através do radical que 
podemos formar outras palavras comuns a um grupo de palavras da mesma família. Exemplo: pequeno, 
pequenininho, pequenez. O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um mesmo radical 
denomina-se família de palavras. 
 
Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: 
beleza (sufixo), prever (prefixo), infiel. 
 
Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, 
amávamos, amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado 
em número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se 
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo). 
Assim, podemos concluir que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses 
morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há 
desinências nominais e desinências verbais. 
 
6-) ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
6.1-) Estrutura 
6.2-) Formação 
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 110 
• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o 
português costuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina 
 
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição à 
ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos; 
menina/meninas. 
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es: mar/mares; 
revólver/revólveres; cruz/cruzes. 
 
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos. Há 
desinências que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e outras que indicam o 
número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais): 
cant-á-va-mos: 
cant: radical / -á-: vogal temática / -va-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito 
do indicativo) / -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira pessoa do plural) 
 
cant-á-sse-is: 
cant: radical / -á-: vogal temática / -sse-:desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito imperfeito 
do subjuntivo) / -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda pessoa do plural) 
 
Vogal temática 
 
Entre o radical cant- e as desinências verbais surge sempre o morfema –a. Esse morfema, que liga o 
radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical, constituindo o 
chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os 
verbos como os nomes apresentam vogais temáticas. No caso dos verbos, a vogal temática indica as 
conjugações: -a (da 1ª conjugação = cantar), -e (da 2ª conjugação = escrever) e –i (3ªconjugação = 
partir). 
 
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista, perda, 
escola, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas terminações são desinências 
indicadoras de gênero, pois mesa, escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão. É a essas 
vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes 
terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática. 
 
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o 
nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira conjugação; 
aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm vogal temática -i 
pertencem à terceira conjugação. 
Interfixos 
 
São os elementos (vogais ou consoantes) que se intercalam entre o radical e o sufixo, para facilitar 
ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Por exemplo: 
Vogais: frutífero, gasômetro, carnívoro. 
Consoantes: cafezal, sonolento, friorento. 
Formação das Palavras 
 
Há em Português palavras primitivas, palavras derivadas, palavras simples, palavras compostas. 
 
Palavras primitivas: aquelas que, na língua portuguesa, não provêm de outra palavra: pedra, flor. 
 
Palavras derivadas: aquelas que, na língua portuguesa, provêm de outra palavra: pedreiro, 
floricultura. 
 
Palavras simples: aquelas que possuem um só radical: azeite, cavalo. 
 
Palavras compostas: aquelas que possuem mais de um radical: couve-flor, planalto. 
As palavras compostas podem ou não ter seus elementos ligados por hífen. 
 
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 111 
Processos de formação de palavras: 
 
Na Língua Portuguesa há muitos processos de formação de palavras. Entre eles, os mais comuns 
são a derivação, a composição, a onomatopeia, a abreviação e o hibridismo. 
 
Derivação por acréscimo de afixos 
 
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas (derivadas) pela anexação de afixos à palavra 
primitiva. A derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética. 
 
• Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de prefixo. 
 
In feliz des leal 
Prefixo radical prefixo radical• Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo. 
 
Feliz mente leal dade 
Radical sufixo radical sufixo 
 
• Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por 
parassíntese formam-se principalmente verbos. 
 
En-------trist-----ecer 
Prefixo radical sufixo 
 
en--------tard-----ecer 
prefixo radical sufixo 
 
Outros tipos de derivação 
 
Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que haja a presença de afixos. São eles: a 
derivação regressiva e a derivação imprópria. 
 
• Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva. Ocorre, 
sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos. 
janta (substantivo) - deriva de jantar (verbo) / pesca (substantivo) – deriva de pecar (verbo) 
 
• Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é obtida pela mudança de categoria gramatical da 
palavra primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão somente na classe gramatical. 
Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê deriva da conjunção porque) 
Seu olhar me fascina! (olhar aqui é substantivo, deriva do verbo olhar). 
 
 
-Dica da Zê: 
A derivação regressiva ―mexe‖ na estrutura da palavra, geralmente transforma verbos 
em substantivos: caça = deriva de caçar / saque = deriva de sacar 
A derivação imprópria não ―mexe‖ com a palavra, apenas faz com que ela pertença a 
uma classe gramatical ―imprópria‖ da qual ela realmente, ou melhor, costumeiramente 
faz parte. Essa alteração acontece devido à presença de outros termos, como artigos, 
por exemplo: 
O verde das matas! (o adjetivo ―verde‖ passou a funcionar como substantivo) 
 
Composição 
 
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar uma nova palavra. Há 
dois tipos de composição: justaposição e aglutinação. 
 
• Justaposição: ocorre quando os elementos que formam o composto são postos lado a lado, ou 
seja, justapostos: para-raios, corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol. 
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 112 
 
• Composição por aglutinação: ocorre quando os elementos que formam o composto aglutinam-se 
e pelo menos um deles perde sua integridade sonora: aguardente (água + ardente), planalto (plano + 
alto), pernalta (perna + alta), vinagre (vinho + acre). 
 
Outros processos de formação de palavras: 
 
- Onomatopeia – é a palavra que procura reproduzir aproximadamente certos sons ou ruídos. 
Exemplo: reco-reco, tique-taque, fom-fom. 
- Abreviação – é a redução de palavras até o limite permitido pela compreensão. Ex.: moto (de 
motocicleta), pneu (de pneumático), metrô (de metropolitano), foto (de fotografia). 
 
Observação: 
 
- abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras, limitando-as quase sempre à letra inicial ou 
às letras iniciais. Ex.: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor). 
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se reduzem locuções substantivas próprias às 
suas letras iniciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras), que se grafam de duas 
formas: IBGE, MEC – siglas puras -; DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras – siglas impuras. 
 
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos oriundos de línguas diferentes. 
automóvel (auto: grego; móvel: latim) 
sociologia (socio: latim; logia: grego) 
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego) 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-palavras-i.htm 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO 
JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Assinale a alternativa contendo palavra formada por prefixo. 
(A) Máquina. 
(B) Brilhantismo. 
(C) Hipertexto. 
(D) Textualidade. 
(E) Arquivamento. 
 
2. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) As 
palavras ―consumismo‖ e ―consumista‖ são exemplos do seguinte tipo de derivação: 
(A) prefixal 
(B) sufixal 
(C) regressiva 
(D) parassintética 
(E) reduplicativa 
 
3. (CREFITO/RJ-ES – TERAPEUTA OCUPACIONAL – CEPUERJ/2013) Dos verbos apresentados 
abaixo, aquele que forma substantivo utilizando sufixo diferente dos demais é: 
(A) desenvolver 
(B) restaurar 
(C) ampliar 
(D) liberar 
 
4. (CREFITO/RJ-ES – TERAPEUTA OCUPACIONAL – CEPUERJ/2013) Levando em conta o 
processo de formação, a palavra ―musculoesquelética‖ constitui exemplo de: 
(A) derivação prefixal 
(B) derivação regressiva 
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 113 
(C) composição por justaposição 
(D) composição por aglutinação 
 
5. (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra 
―infraestrutura‖ é formada pelo seguinte processo: 
(A) sufixação 
(B) prefixação 
(C) parassíntese 
(D) justaposição 
(E) aglutinação 
 
6. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCESSO DE 
SELEÇÃO PARA CURSO INTERNO – BIORIO CONCURSOS/2013) Na palavra INSEGURANÇA, o 
prefixo IN- significa ―negação‖; a palavra abaixo em que esse mesmo prefixo apresenta outro significado 
é: 
(A) incompetência; 
(B) incapacidade; 
(C) intranquilidade; 
(D) inalação; 
(E) inexatidão. 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA “C”. 
A – Máquina = sem acréscimo de afixos (prefixo ou sufixo) 
B - Brilhantismo. = acréscimo de sufixo (ismo) 
C – Hipertexto = acréscimo de prefixo (hiper) 
D – Textualidade = acréscimo de sufixo (idade) 
E – Arquivamento = acréscimo de sufixo (mento) 
 
2. RESPOSTA “B” 
Ambas as palavras derivam de ―consumo‖, acrescentando-se o sufixo ―ismo‖ e ―ista‖, 
respectivamente. Portanto: derivação sufixal. 
 
*Observação: Reduplicativa = a reduplicação da parte inicial do lexema. Ex.: papá, mamã (linguagem 
infantil); Lulu, Zezé (denotação de carinho em nomes de parentesco) 
(fonte: http://www.filologia.org.br/abf/volume2/numero1/02.htm) 
 
3. RESPOSTA “A”. 
a) desenvolver = desenvolvimento 
b) restaurar = restauração 
c) ampliar = ampliação 
d) liberar = liberação 
 
4. RESPOSTA “C”. 
musculoesquelética = músculo + esquelética (justaposição; não houve alteração nas palavras, foram 
apenas colocadas uma ao lado da outra). 
 
5. RESPOSTA “B”. 
Infra = prefixo + estrutura – temos a junção de um prefixo com um radical, portanto: derivação 
prefixal (ou prefixação). 
 
6. RESPOSTA “D”. 
Em todas as alternativa o IN- é prefixo de negação, com exceção de ―inalar‖, na qual o IN faz parte 
do radical do verbo (aspirar). 
 
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 114 
 
 
Enquanto a morfologia estuda as classes gramaticais, isto é, o campo da seleção, a sintaxe estuda o 
campo da combinação de palavras. Ou seja, a análise sintática tem como objetivo conhecer como se 
estruturam e se articulam as frases, examinando a estrutura de um período e das orações que o 
compõem. 
Ao escolher os termos, o falante – ou escritor – leva em conta não só o sentido, mas também a forma 
das palavras (artigo, verbo, advérbio, etc.) e sua função (sujeito, adjunto, complemento, etc.). 
 
Estrutura de um Período 
 
Observe: 
Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando. 
Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: 
1. Conhecemos mais pessoas / 2. quando estamos viajando. 
 
Termos daOração 
 
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada 
uma exerce uma determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é 
chamada de termo da oração. Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que 
exerce na oração. 
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser: 
 
1) Essenciais: Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo sujeito e 
predicado nas orações. 
 
2) Integrantes: Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por: complemento 
verbal - objeto direto e indireto; complemento nominal; agente da passiva. 
3) Acessórios: Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam 
circunstância). São representados por: adjunto adnominal; adjunto adverbial; aposto. 
 
Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração. 
 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
 
Sujeito e Predicado 
 
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. 
A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado. 
 
Sujeito: termo (palavra ou conjunto de palavras) sobre o qual se diz algo. Por Exemplo: 
As praias estão cada vez mais poluídas. 
Sujeito 
 
Predicado: termo que contém o que se declara a respeito do sujeito. Por Exemplo: 
As praias estão cada vez mais poluídas. 
 Predicado 
 
 
7-) ANÁLISE SINTÁTICA 
7.1-) Termos essenciais 
7.2-) Termos integrantes 
7.3-) Termos acessórios 
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 115 
Posição do Sujeito na Oração 
 
Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: 
Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado. Por Exemplo: 
As crianças brincavam despreocupadas. 
Sujeito Predicado 
 
Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. 
Brincavam despreocupadas as crianças. 
Predicado Sujeito 
 
Sujeito no Meio do Predicado: 
Despreocupadas, as crianças brincavam. 
Predicado Sujeito Predicado 
 
Classificação do Sujeito 
 
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda 
as orações sem sujeito. 
 
1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar a partir da concordância verbal. Pode ser: 
a) Simples: Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. Por Exemplo: 
A rua estava deserta. 
 
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é 
simples quando o verbo da oração refere-se a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular 
ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva. Por Exemplo: 
 
Os meninos estão gripados. 
Todos cantaram durante o passeio. 
 
b) Composto: Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo. 
Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. 
 
c) Implícito: Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser 
identificado através da desinência (―terminação‖) verbal. Por Exemplo: 
 
Dispensamos todos os funcionários. 
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, pois está indicado pela desinência verbal -mos. 
Sabemos que a pessoa com a qual o verbo está concordando é ―nós‖, devido à terminação ―-mos‖. 
 
2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo 
contexto, nem pela terminação do verbo. Há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma 
oração: 
 
a) Com verbo na 3ª pessoa do plural: O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se 
refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração): Por Exemplo: 
Procuraram você por todos os lugares. 
Estão pedindo seu documento na entrada da festa. 
 
b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome ―se‖: O verbo vem acompanhado 
do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos 
que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O 
verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: 
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) 
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) 
No concurso, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) 
 
 
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 116 
Entendendo a Partícula Se 
 
As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à 
classificação do sujeito. Veja: 
 
a) Aprovou-se o novo candidato. 
 Sujeito 
 
 Aprovaram-se os novos candidatos. 
 Sujeito 
 
b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado) 
 Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado) 
 
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando 
com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica: 
 
O novo candidato foi aprovado. 
 Sujeito 
 
Os novos candidatos foram aprovados. 
 Sujeito 
 
No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nestas construções, 
o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular. 
 
c) Com o verbo no infinitivo impessoal: Por Exemplo: 
Era penoso estudar todo aquele conteúdo. 
É triste assistir a estas cenas tão trágicas. 
 
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em 
orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado. Por Exemplo: 
Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras. 
 Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto. 
 
3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo 
impessoal. Observe a estrutura destas orações: 
 
Sujeito Predicado 
- Havia formigas na casa. 
-Nevou muito este ano em Nova Iorque. 
 
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação absoluta de um 
fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no 
processo verbal. Os casos mais comuns de oração sem sujeito ocorrem com: 
 
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, 
amanhecer, anoitecer, etc. Por Exemplo: 
Choveu muito no inverno passado. 
Amanheceu antes do horário previsto. 
 
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado. Por 
Exemplo: 
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito) 
Já amanheci cansado. (eu=sujeito) 
 
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos 
meteorológicos: 
 
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 117 
Ser: 
É noite. (Período do dia) 
Eram duas horas da manhã. (Hora) 
 
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É 
uma hora/ São nove horas) 
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) 
 
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então 
irá para o plural, concordando com o número de dias. 
 
Estar: 
Está tarde. (Tempo) 
Está muito quente. (Temperatura) 
 
Fazer: 
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) 
Fez 39° C ontem. (Temperatura) 
 
Haver: 
 
Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) 
Havia muitosalunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir) 
 
Atenção: 
 
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA 
PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: 
não é possível usá-los no plural. Por Exemplo: 
Faz muitos anos que nos conhecemos. 
Deve fazer dias quentes na Bahia. 
 
Veja outros exemplos: 
Há muitas pessoas interessadas na reunião. 
Houve muitas pessoas (...) 
Havia muitas pessoas (...) 
Haverá muitas pessoas (...) 
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. 
Pode ter havido muitas pessoas (...) 
 
Predicado 
 
Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo 
ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. 
Teoricamente, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu 
predicado. Veja alguns exemplos: 
 
Os candidatos foram convocados para a realização da prova. 
 Predicado 
 
Durante o ano, muitos concursos serão abertos. 
Predicado Predicado 
 
O estudo é compensador. 
Predicado 
 
 
 
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OS VERBOS NO PREDICADO 
 
Em todo predicado existe, necessariamente, um verbo ou uma locução verbal. Para analisar a 
importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos: os verbos nocionais (que 
indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental): Acontecer – considerar – 
desejar – julgar – pensar – querer – chover – correr - fazer – raciocinar. Esses verbos são sempre 
núcleos dos predicados em que aparecem (os predicados verbais). 
Há os verbos que não nocionais (exprimem estado de um ser), que são mais conhecidos como 
verbos de ligação. Fazem parte desse grupo, entre outros: Ser – estar – permanecer – continuar – 
ficar – parecer. Esses verbos fazem parte do predicado (nominal), mas não atuam como núcleos. 
Para distingui-los, é necessário considerar o contexto em que são utilizados. Assim, na oração: Ela 
anda muito rápido. O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração: 
Ela anda triste. O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional. 
 
Predicação Verbal 
 
Chama-se predicação verbal o resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e 
entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, 
transitivos ou de ligação. 
 
1) Verbo Intransitivo 
 
É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar de um outro termo para completar 
o seu sentido. Sua ação não transita. Por Exemplo: O avião caiu. 
O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se desejar, o falante pode 
acrescentar outras informações, como: 
local: O avião caiu sobre as casas da periferia. 
modo: O avião caiu lentamente. 
tempo: O avião caiu no mês passado. 
Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se 
compreenda a informação básica. 
 
2) Verbo Transitivo 
 
É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela 
algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, 
adquirindo um sentido completo. Veja: 
 
S. Simples Predicado 
As crianças precisam de carinho. 
 1 2 
1= Verbo Transitivo 
2= Complemento Verbal (Objeto) 
 
O verbo transitivo pode ser: 
 
a) Transitivo Direto: o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória. 
Por Exemplo: 
Nós escutamos nossa música favorita. 
 1 
1= Verbo Transitivo Direto 
Escutamos o quê? Resposta: a música (objeto direto) 
 
b) Transitivo Indireto: o complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição 
obrigatória. Por Exemplo: 
Eu gosto de sorvete. 
 2 
2 = Verbo Transitivo Indireto 
 
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 119 
Gosto do quê? De sorvete (objeto indireto) 
de= preposição 
 
c) Transitivo Direto e Indireto: a ação contida no verbo transita para o complemento direta e 
indiretamente, ao mesmo tempo. Por Exemplo: 
Ela contou tudo ao namorado. 
 3 
3= Verbo Transitivo Direto e Indireto / a= preposição 
 
 
Dica da Zê! 
*Para verbos que fazem as perguntas: o quê? / quem? – eles serão 
transitivos diretos e suas respostas, obviamente, objetos diretos. Repare que 
não há preposição na regência do verbo: 
Encontrei minha apostila. 
Encontrei o quê? Quem encontra, encontra algo ou alguém. Verbo transitivo 
direto. Resposta: a apostila (objeto direto). 
 
*Para verbos que fazem as perguntas: de quê? / de quem? / para quê?(m)? /com quem? 
Enfim, com preposições em sua regência, serão transitivos indiretos e suas respostas, 
consequentemente, objetos indiretos. Há preposição na regência do verbo: 
Confie em sua aprovação! 
Confie em quê? Quem confia, confia em algo ou em alguém. Verbo Transitivo Indireto. 
Em sua aprovação = objeto indireto. 
 
3) Verbo de Ligação 
 
É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo relação entre eles 
(sujeito e características). O verbo de ligação pode expressar: 
a) estado permanente: ser, viver. Por Exemplo: Sandra é alegre. Sandra vive alegre. 
b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se. Por Exemplo: Mamãe está bem. Mamãe 
encontra-se bem. 
c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se. Por Exemplo: Júlia ficou brava. Júlia fez-se 
brava. 
d) continuidade de estado: continuar, permanecer. Por Exemplo: Renato continua mal. Renato 
permanece mal. 
e) estado aparente: parecer. Por Exemplo: Marta parece melhor. 
 
 
Dica da Zê! 
A classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com o contexto 
e não isoladamente. Em determinada frase, um verbo pode aparecer como 
intransitivo; já em outra, como de ligação. Veja: 
1 - O jovem anda devagar. 
anda = verbo intransitivo, expressa uma ação. 
 
2 - O jovem anda preocupado. 
anda= verbo de ligação, expressa um estado. 
 
Predicado Nominal 
 
Apresenta as seguintes características: a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo; b) 
É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito; c) Indica estado ou qualidade. Por 
Exemplo: 
 
Leonardo é competente. 
 Predicado Nominal 
 
No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, o qual desempenha a função de predicativo do 
sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um 
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 120 
verbo de ligação. Esse verbo exprime diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao 
mesmo tempo que o liga ao predicativo. Veja: 
Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação) 
A prova será fácil. (fácil = predicativo do sujeito, será = verbo de ligação) 
O candidato parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de ligação) 
Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de ligação) 
Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo 
de ligação – neste caso) 
 
Predicativo do Sujeito 
 
É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído 
com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representadopor: 
 
a) Adjetivo ou locução adjetiva: 
O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo) 
Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva) 
 
b) Substantivo ou palavra substantivada: 
Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo) 
Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado) 
 
c) Pronome Substantivo: Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo) 
 
d) Numeral: Nós somos dez. (dez = numeral) 
 
Predicado Verbo-Nominal 
 
Apresenta as seguintes características: a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome; b) Possui 
predicativo do sujeito ou do objeto; c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade. Por 
Exemplo: 
 
Os alunos saíram da aula alegres. 
 Predicado Verbo-Nominal 
 
Saíram = verbo intransitivo (indica ação; é núcleo do predicado verbal) 
Alegres = predicativo do sujeito (indica estado; núcleo do predicado nominal) 
O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram) e um predicativo do sujeito 
(alegres). Para facilitar a compreensão, o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois: um 
verbal e um nominal. Veja: Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres. 
 
Estrutura do Predicado Verbo-Nominal 
 
O predicado verbo-nominal pode ser formado de: 
 
1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito 
 
Joana partiu contente. 
Sujeito Verbo Intransitivo Predicativo do Sujeito 
 
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto 
 
A despedida deixou a mãe aflita. 
Sujeito Verbo Transitivo Objeto Direto Predicativo do Objeto 
 
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito 
 
Os alunos cantaram emocionados aquela canção. 
Sujeito Verbo Transitivo Predicativo do Sujeito Objeto Direto 
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 121 
 
Saiba que: Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu 
predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja: 
 
Voz Ativa: 
 
As mulheres julgam os homens insensíveis. 
Sujeito Verbo Significativo Objeto Direto Predicativo do Objeto 
 
Voz Passiva: 
 
Os homens são julgados insensíveis pelas mulheres. 
 Verbo Significativo Predicativo do Objeto 
 
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação 
se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva. 
 
 Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do 
objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição. Por Exemplo: 
 
Todos o chamam de irresponsável. 
Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.) 
 
 
Dica da Zê! 
Outra maneira de identificarmos o predicativo do objeto é transformando o objeto 
direto em pronome oblíquo. Se houver necessidade da repetição do adjetivo 
(predicativo) na oração construída, estaremos diante de um caso de predicativo do 
objeto. Façamos com o exemplo dado acima: 
As mulheres julgam os homens insensíveis. 
As mulheres julgam-nos insensíveis. (julgam ―eles‖ como insensíveis). Portanto, 
predicativo do objeto. 
 
3 - TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
 
Certos verbos ou nomes em uma oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua 
significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. Exercem essa 
função os complementos verbais (objeto direto e objeto indireto), o complemento nominal e o agente da 
passiva. 
 
Complementos Verbais 
 
Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles: 
 
1) Objeto Direto = É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem 
a presença da preposição. 
Abri os braços ao vê-lo. 
 Objeto Direto 
 
O objeto direto pode ser constituído: 
a) Por um substantivo ou expressão substantivada. Exemplos: O agricultor cultiva a terra./ Unimos o 
útil ao agradável. 
b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Exemplos: Espero-o na minha festa. / 
Ela me ama. 
c) Por qualquer pronome substantivo. Por Exemplo: O menino que conheci está lá fora. 
 
Atenção: Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso 
pode ocorrer: 
- quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus. 
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 122 
- quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a 
ele. 
- quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos. 
- para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega. = nesse caso, se o objeto direto não 
viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos apontar com precisão 
o sujeito (o nosso colega). 
 
2) Objeto Indireto = É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre 
regido de preposição (clara ou subentendida). Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me 
te, se, nos, vos. 
 
Não desobedeço a meus pais. 
 Objeto Indireto 
 
Preciso de ajuda. (Preposição clara "de") 
 Objeto Indireto 
 
Enviei-lhe um recado. (Enviei a ele - a preposição a está subentendida) 
 Objeto Indireto 
 
Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre quando 
o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra seguinte. 
Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido) 
 
Observações Gerais: 
 
a) Pode ocorrer ainda o objeto (direto ou indireto) pleonástico, que consiste na retomada do objeto 
por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque. 
As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto) 
A todas vocês, eu já lhes forneci o material. (Objeto Indireto) 
 
b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre 
objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto. 
Eu a encontrei no quarto. (OD) 
Vou avisá-lo. (OD) 
Eu lhe pagarei um sorvete. (OI) 
 
c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar 
sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da preposição 
for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto. 
Roberto me viu na escola. (OD) 
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "Roberto viu o 
amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto direto. 
 
Observe o próximo exemplo: 
João me telefonou. (OI) 
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "João telefonou ao 
amigo". A preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto. 
 
3) Complemento Nominal = É o termo que completa o sentido de uma palavra - que não seja verbo. 
Pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição. 
 
Cecília tem orgulho da filha. 
 substantivo complemento nominal 
 
Ricardo estava consciente de tudo. 
 adjetivo complemento nominal 
 
 
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 123 
A professora agiu favoravelmente aos alunos.advérbio complemento nominal 
 
O complemento nominal representa o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É 
regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de 
complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios terminados em 
-mente. 
 
4) Agente da Passiva = É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se 
apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição 
"de". 
 A vencedora foi escolhida pelos jurados. 
 Sujeito Verbo Agente da 
 Paciente Voz Passiva Passiva 
 
Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito. 
Veja: 
Os jurados escolheram a vencedora. 
 Sujeito Verbo Objeto Direto 
 
 Joana é amada de muitos. 
Sujeito Paciente Agente da Passiva 
 
Essa situação já era conhecida de todos. 
Sujeito Paciente Agente da Passiva 
 
Observações: 
 
a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes. 
O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo) 
Este livro foi escrito por mim. (pronome) 
 
b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser 
omitido. 
O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões) 
 
4 - TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO 
 
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a 
compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos: 
- caracterizam o ser; - determinam os substantivos; - exprimem circunstância. 
São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto. O vocativo é 
o termo que serve para pôr em evidência o ser a quem nos dirigimos, mas sem manter relação sintática 
com outro termo da oração. 
 
Observemos o exemplo: Anoiteceu. 
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata- 
-se de uma oração sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. 
Poderíamos, no entanto, ampliar as informações contidas nessa frase: Suavemente anoiteceu na 
cidade. 
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, 
circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde 
anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo 
verbal damos o nome de adjuntos adverbiais. 
Observe o que ocorre ao ampliarmos um pouco mais a oração acima: Suavemente anoiteceu na 
deserta cidade do planalto. 
Surgiram termos que se referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitando-lhe o sentido. 
Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o sentido. São chamados 
adjuntos adnominais. 
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 124 
Por último, analise a frase abaixo: 
Fernando Pessoa era português. 
Nesta oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do 
sujeito (português) relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração 
com predicado nominal. A frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos 
impede, no entanto, de enriquecer mais um pouco o conteúdo informativo: Fernando Pessoa, o criador 
de poetas, era português. 
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse 
núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto. 
 
Adjunto Adverbial 
 
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, 
finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou 
de um advérbio. 
Eles se respeitam muito. 
Seu projeto é muito interessante. 
O time jogou muito mal. 
 
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma 
verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que 
é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo 
do adjunto adverbial de modo. 
Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça. 
 
Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias: amanhã indica tempo; 
de bicicleta indica meio; àquela velha praça indica lugar. 
 
 Sabendo que a classificação do adjunto adverbial relaciona-se com a circunstância por ele 
expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, 
adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar. 
 
O adjunto adverbial pode ser expresso por: 
1) Advérbio: O balão caiu longe. 
2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar. 
3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me. 
 
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto 
adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações 
sugestivas. Por Exemplo: Entreguei-me calorosamente àquela causa. 
É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, 
parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental 
levar em conta o contexto em que surgem os adjuntos adverbiais. 
 
Adjunto Adnominal 
 
É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo (um nome). O adjunto adnominal 
possui função adjetiva na oração, função essa que pode ser desempenhada por adjetivos, locuções 
adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. 
 
O bom aluno enviou seus trabalhos ao seu amigo. 
Sujeito Núcleo do Predicado Verbal Objeto Direto Objeto Indireto 
 
Na oração acima, os substantivos aluno, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito 
determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. A esses substantivos agrupam-se os 
adjuntos adnominais: o artigo" o" e o adjetivo bom referem-se a aluno; o pronome seus refere-se ao 
substantivo trabalhos; o artigo" o" (em ao) e o pronome adjetivo seu são adjuntos adnominais de amigo. 
Observe como os adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a que se referem, 
sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando substituímos um substantivo por 
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 125 
um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo 
nessa substituição. Por Exemplo: O notável poeta português deixou uma obra originalíssima. Ao 
substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos: Ele deixou uma obra originalíssima. As palavras "o", 
notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. 
O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja: O notável poeta 
português deixou-a. 
 
Saiba que: A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintático que 
tem como núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. O predicativo 
do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o 
núcleo do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere 
ao objeto, mas não faz parte dele. Observe:Sua atitude deixou os amigos perplexos. 
 
Nesta oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se substituíssemos esse 
objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos: 
 
Sua atitude deixou-os perplexos. 
 
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele. 
 
Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal 
 
É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. 
Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte: 
 
a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos 
nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, o termo ligado por preposição a 
um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição 
ligando os termos, será um adjunto adnominal. 
b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a 
substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O 
adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos: 
 
Exemplo 1: Camila tem muito amor à mãe. 
A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe 
a ação de amar. 
 
Exemplo 2: Vera é um amor de mãe. 
A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a 
ação de amar. 
 
Aposto 
 
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou 
especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou 
travessão. 
 
Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça. 
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é 
sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja: 
Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça. 
 
Obs.: após a eliminação de ―ontem‖, o substantivo segunda-feira assume a função de adjunto 
adverbial de tempo. Veja outro exemplo: 
Aprecio todos os tipos de música: MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc. 
 Objeto Direto Aposto do Objeto Direto 
 
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 126 
Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função: 
Aprecio MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc. 
 Objeto Direto 
 
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de 
aposto). Por Exemplo: Dona Eva conhecia Lucas, pai de Marina, menina levada. 
Analisando a oração, temos: 
pai de Marina = aposto do objeto direto Lucas. 
menina levada = aposto de Marina. 
 
Vocativo 
 
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, 
portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um 
ouvinte real ou hipotético. Exemplos: 
 
Não fale tão alto, Rita! 
 Vocativo 
 
Senhor presidente, queremos nossos direitos! 
 Vocativo 
 
A vida, minha amada, é feita de escolhas. 
 Vocativo 
 
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a quem se 
está dirigindo a palavra. 
 
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc. 
Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões. 
Eh! Gente, temos que estudar mais. 
 
Distinção entre Vocativo e Aposto 
 
- O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração. 
Crianças, vamos entrar. 
 Vocativo 
 
- O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração. 
A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. 
 Sujeito Aposto 
 
Fontes de Pesquisa: 
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint5.php 
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 
 
QUESTÕES 
 
1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - ANALISTA DE SISTEMAS - 
FCC/2012) Os verbos que exigem o mesmo tipo de complemento estão empregados nos segmentos 
transcritos em: 
(A) A vida é triste e complicada. // ... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. 
(B) ... alguém dará o nosso recado sem endereço. // A vida é triste e complicada. 
(C) Tinha razão o rapaz... // Depois de esperar duas ou três horas... 
(D) Para quem espera nervosamente... // Depois de esperar duas ou três horas... 
(E) Tinha razão o rapaz... // ... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. 
 
 
 
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 127 
2. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) 
... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... 
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase acima está em: 
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... 
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. 
(C) ... viajavam por cordilheiras... 
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás. 
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. 
 
3. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) 
... o recurso à coerção atenta contra os princípios do direito internacional ... 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: 
(A) Se nossos objetivos maiores incluem a decidida defesa dos direitos humanos ... 
(B) ... o Brasil incorpora plenamente esses valores a sua ação externa ... 
(C) A ONU constitui o foro privilegiado para ... 
(D) Em meados da década de 90 surgiram vozes que ... 
(E) ... a relação [...] passou por várias etapas. 
 
4. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) ... o tema das mudanças climáticas 
pressiona os esforços mundiais para reduzir a queima de combustíveis. 
A mesma relação entre o verbo grifado e o complemento se reproduz em: 
(A) ... a Idade da Pedra não acabou por falta de pedras... 
(B) ... o estilo de vida e o modo da produção (...) são os principais responsáveis... 
(C) ... que ameaçam a nossa própria existência. 
(D) ... e a da China triplicou. 
(E) Mas o homem moderno estaria preparado... 
 
5. (MPE/AM – AGENTE TÉCNICO JURÍDICO – FCC/2013) Não existe neles beleza específica. 
A mesma função sintática do termo grifado acima está no segmento também grifado em: 
(A) ... ela me parece colocar a poesia em sua real posição diante das outras artes... 
(B) A comparação pode parecer orgulhosa... 
(C) ... insistem filósofos, críticos e mesmo os próprios poetas... 
(D) ... a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de sensações, sentimentos e 
pressentimentos dos outros... 
(E) Ele vive no vórtice dessas contradições, no eixo desses contrários. 
 
6. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) 
Cronistas de reinos passados, gênios das navegações [...] não falam de discos, pratos ou charutos 
voadores ... 
O verbo que NÃO foi empregado com o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está 
em: 
(A) ... sequer pensarmos em outros mundos ... 
(B) Enjoaram de nós? 
(C) Venceu a hipótese de naves ... 
(D) Começou com um piloto norte-americano de caças ... 
(E) ... que simplesmente desistimos deles? 
 
7. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM ESPECIALIDADE – FCC/2012) ... das 
varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços. 
O segmento grifado exerce na frase acima a função de 
(A) sujeito. 
(B) objeto direto. 
(C) objeto indireto. 
(D) adjunto adverbial. 
(E) adjunto adnominal. 
 
 
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8. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVADO ESTADO DE SÃO PAULO – AGENTE TÉCNICO 
LEGISLATIVO – FCC/2010) A chancela da representatividade, que legitima os legisladores, não os 
autoriza em hipótese alguma a duplicar os vícios sociais (...). 
Nessa frase, são exemplos de uma mesma função sintática os termos 
(A) os legisladores e os vícios sociais. 
(B) A chancela e os legisladores. 
(C) da representatividade e autoriza. 
(D) em hipótese alguma e da representatividade. 
(E) A chancela e os vícios sociais. 
 
9. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em ―Segundo os 
pesquisadores, há brechas na fiscalização por parte da PF.‖, o sujeito é 
(A) inexistente. 
(B) simples. 
(C) composto. 
(D) paciente. 
(E) indeterminado. 
 
10. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em ―Os dados 
foram divulgados ontem pelo Instituto Sou da Paz.‖, a expressão destacada é 
(A) adjunto adnominal. 
(B) sujeito paciente. 
(C) objeto indireto. 
(D) complemento nominal. 
(E) agente da passiva. 
 
11. (MPE/AM - MOTORISTA SEGURANÇA – FCC/2013) Os trabalhadores passaram mais tempo na 
escola... 
O segmento grifado acima possui a mesma função sintática que o destacado em: 
(A) ... o que reduz a média de ganho da categoria. 
(B) ... houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. 
(C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado... 
 
12. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) ... muita 
gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era também cantor-compositor. 
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o destacado acima está empregado em: 
(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator... 
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor... 
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico... 
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil... 
(E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução... 
 
13. (MPE/RO – ANALISTA – AUDITORIA – FUNCAB/2012) O termo destacado em: ―(...) termos 
gasto tanto dinheiro na construção DE HOSPITAIS (...)‖ exerce função sintática de: 
(A) complemento nominal. 
(B) adjunto adverbial. 
(C) objeto indireto. 
(D) objeto direto. 
(E) predicativo. 
 
14. (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – OFICIAL DE CARTÓRIO – IBFC/2013) 
Nos versos ―A esperança vem do sul‖ e ―Vem de mansinho‖, um mesmo verbo relaciona-se com termos 
distintos. Sobre a análise sintático-semântica desses dois termos destacados, é correto afirmar que: 
(A) o primeiro é objeto indireto e expressa a ideia de lugar. 
(B) o segundo é complemento nominal e indica modo. 
(C) ambos são objetos indiretos de mesmo valor semântico. 
(D) ambos são adjuntos adverbiais com valores semânticos distintos. 
(E) o segundo é objeto indireto e indica modo. 
 
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 129 
15. (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – POLÍCIA CIVIL – ASSISTENTE SOCIAL – 
FUNCAB/2013) A função sintática do segmento destacado em ―[...] Romeu deu voz AO SUBLIME 
BARDO[...]‖ é: 
(A) adjunto adverbial. 
(B) complemento nominal. 
(C) agente da passiva. 
(D) objeto indireto. 
(E) objeto direto. 
 
16. (TRT/PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) 
... e favoreça os seus amores por ela... 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: 
(A) A jovem é irmã de Hersé... 
(B) ... este espetáculo a corrói... 
(C) ... Palas Atena vai à morada da Inveja... 
(D) ... e ordena-lhe que... 
(E) Assiste com despeito aos sucessos dos homens... 
 
RESPOSTAS 
 
1. RESPOSTA “C”. 
Análise abaixo: 
a) A vida é = verbo de ligação // ... mergulhemos = intransitivo 
b) ... alguém dará = transitivo direto e indireto (no contexto, apenas direto) // A vida é = verbo de 
ligação 
c) Tinha = transitivo direto // Depois de esperar = transitivo direto 
d) Para quem espera = pode ser considerado intransitivo – (NESTE CONTEXTO) // Depois de 
esperar = transitivo direto 
e) Tinha = transitivo direto // ... mergulhemos = intransitivo 
 
2. RESPOSTA “E”. 
Acompanhar é transitivo direto (acompanhar quem ou o quê - não há preposição): 
A = foi = verbo de ligação (ser) – não há complemento, mas sim, predicativo do sujeito (rota única); 
B = floresceram = intransitivo (durante os primórdios = adjunto adverbial); 
C = viajavam = intransitivo (por cordilheiras = adjunto adverbial); 
D = cair = intransitivo; 
E = empurra = transitivo direto (empurrar quem ou o quê?) 
 
3. RESPOSTA “E”. 
Atenta = verbo transitivo indireto (pede objeto indireto) 
a) Se nossos objetivos maiores incluem a decidida = verbo transitivo direto / objeto direto 
b) ... o Brasil incorpora plenamente esses valores a sua ação externa = verbo transitivo direto e 
indireto – objeto direto e indireto 
c) A ONU constitui o foro privilegiado para = verbo transitivo direto / objeto direto ... 
d) Em meados da década de 90 surgiram vozes = verbo transitivo direto / objeto direto ... 
e) ... a relação [...] passou por várias etapas = verbo transitivo indireto (pede objeto indireto) 
 
4. RESPOSTA “C”. 
O verbo grifado é transitivo direto (pressiona quem? o quê?): 
A – acabou – intransitivo 
B – são – verbo de ligação 
C – ameaçam quem? – transitivo direto 
D – triplicou = no contexto: intransitivo 
E – estaria – verbo de ligação 
 
5. RESPOSTA “C”. 
Beleza não existe neles = sujeito 
a) ... ela me parece colocar a poesia = objeto direto 
b) A comparação pode parecer orgulhosa...= predicativo 
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 130 
c) ... insistem filósofos, críticos e mesmo os próprios poetas... = sujeito 
d) ... a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de sensações, sentimentos e 
pressentimentos dos outros... = adjunto adverbial 
e) Ele vive no vórtice dessas contradições, no eixo desses contrários. = adjunto adverbial 
 
6. RESPOSTA “C”. 
O verbo ―falar‖ exige objeto direto, mas no enunciado ele apresenta preposição (indireto). 
a) ... sequer pensarmos em = indireto 
b) Enjoaram de nós?= indireto 
c) Venceu a = objeto direto (―a‖ é artigo) 
d) Começou com= indireto 
e) ... que simplesmente desistimos deles (de + eles)= indireto 
 
7. RESPOSTA „A”. 
A oração está na ordem inversa: o sujeito está no final; é das colchas, toalhas bordadas e outros 
adereços que o ―verbo está falando‖, ou seja, os termos grifados são o sujeito da oração. 
 
8. RESPOSTA “A”. 
a) os legisladores e os vícios sociais. = ambos exercem a função de objeto direto 
b) A chancela = sujeito / os legisladores = objeto direto 
c) da representatividade = complemento nominal / autoriza = verbo transitivo direto e indireto 
d) em hipótese alguma = adjunto adverbial / da representatividade = complemento nominal 
e) A chancela = sujeito / os vícios sociais = objeto direto 
 
9. RESPOSTA “A”. 
―Segundo os pesquisadores, há brechas na fiscalização por parte da PF‖ = o verbo ―haver‖, no 
sentido de ―existir‖/‖ocorrer‖, é impessoal, permanece na terceira pessoa do singular, pois não há 
sujeito. O termo grifado tem a função de objeto direto. 
 
10. RESPOSTA “E”. 
No enunciado temos uma oração com a voz passiva do verbo. Transformando-a em ativa, teremos: 
―O Instituto Sou da Paz divulgou dados‖. Nessa, ―Instituto Sou da Paz‖ funciona como sujeito da oração, 
ou seja, na passiva sua função é a de agente da passiva. O sujeito paciente é ―os dados‖. 
 
11. RESPOSTA “C”. 
―Os trabalhadores‖ = sujeito 
a) ... o que reduz a média de ganho da categoria. = objeto direto 
b) ... houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. = objeto direto 
c) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado... = sujeito paciente 
d) ... elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio... = objeto direto 
e) ... impulsionado pelo aumento do número de universidades...= agente da passiva12. RESPOSTA “E”. 
Descobrir = exige objeto direto 
a) E Adoniran estava = verbo de ligação 
b) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo 
c) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de ligação 
d) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de ligação 
e) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto 
 
13. RESPOSTA “A”. 
Em ―construção DE HOSPITAIS‖ temos um termo que completa um nome. *Dica: se ele funciona 
como ―alvo‖ da ação, é complemento nominal; se é ―agente‖, adjunto adnominal. Os hospitais serão 
construídos, sofrerão a ação, então: complemento nominal. 
 
14. RESPOSTA “D”. 
―A esperança vem do sul‖ e ―Vem de mansinho‖ = o verbo ―vir‖ é intransitivo, não exige complemento. 
Portanto, os termos que o seguem são adjuntos adverbiais. No primeiro caso, dá-nos sentido de lugar; 
no segundo, de modo. 
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15. RESPOSTA „D”. 
Romeu deu voz (objeto direto) ao sublime bardo (objeto indireto). 
 
16. RESPOSTA “B”. 
Favorecer = transitivo direto (objeto direto) 
a) A jovem é = verbo de ligação 
b) ... este espetáculo a corrói...= (―corrói ela‖ – construção feita para facilitar a compreensão!) = 
transitivo direto (objeto direto) 
c) ... Palas Atena vai à morada da Inveja...= intransitivo 
d) ... e ordena-lhe que...= transitivo direto e indireto 
e) Assiste com despeito aos sucessos dos homens...= transitivo indireto 
 
 
 
Os concurseiros estão apreensivos. 
Concurseiros apreensivos. 
 
No primeiro exemplo, o verbo estar encontra-se na terceira pessoa do plural, concordando com o seu 
sujeito, os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo ―apreensivos‖ está concordando em gênero 
(masculino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Nesses dois exemplos, 
as flexões de pessoa, número e gênero correspondem-se. 
A correspondência de flexão entre dois termos é a concordância, que pode ser verbal ou nominal. 
 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
É a flexão que se faz para que o verbo concorde com seu sujeito. 
 
a) Sujeito Simples - Regra Geral 
 
O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos: 
A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h. 
3ª p. Singular 3ª p. Singular 
 
Os candidatos à vaga chegarão às 12h. 
3ª p. Plural 3ª p. Plural 
 
Casos Particulares 
 
1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, 
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome 
no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por Exemplo: 
 
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. 
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram proposta. 
 
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados: Um 
bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento. 
 
Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere 
destaque aos elementos que formam esse conjunto. 
 
8-) CONCORDÂNCIA 
8.1-) Concordância Verbal 
8.2-) Concordância Nominal 
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2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, 
menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe: 
Cerca de mil pessoas participaram do concurso. 
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade. 
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas. 
 
Obs.: quando a expressão "mais de um" associar-se a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é 
obrigatório: Mais de um colega se ofenderam na discussão. (ofenderam um ao outro) 
 
3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se 
em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular; com artigo no 
plural, o verbo deve ficar o plural. 
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. 
Estados Unidos possui grandes universidades. 
Alagoas impressiona pela beleza das praias. 
As Minas Gerais são inesquecíveis. 
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. 
 
4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, 
muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro 
pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja: 
Quais de nós são / somos capazes? 
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? 
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras. 
 
Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando 
alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", ele está se incluindo no 
grupo dos omissos. Isso não ocorre ao dizer ou escrever "Alguns de nós sabiam de tudo e nada 
fizeram", frase que soa como uma denúncia. 
 
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular. 
Qual de nós é capaz? 
Algum de vós fez isso. 
 
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o 
verbo deve concordar com o substantivo. 
25% do orçamento do país será destinado à Educação. 
85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito. 
1% do eleitorado aceita a mudança. 
1% dos alunos faltaram à prova. 
 
Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar 
com o número. 
25% querem a mudança. 
1% conhece o assunto. 
 
Se o número percentual estiver determinado por artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á 
com eles: 
Os 30% da produção de soja serão exportados. 
Esses 2% da prova serão questionados. 
 
6) O pronome ―que‖ não interfere na concordância; já o ―quem‖ exige que o verbo fique na 3ª pessoa 
do singular. 
Fui eu que paguei a conta. 
Fomos nós que pintamos o muro. 
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 
 
Sou eu quem faz a prova. 
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Não serão eles quem será aprovado. 
 
7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural. 
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas. 
Este candidato é um dos que mais estudaram! 
 
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no 
singular: 
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. 
Nem uma das que me escreveram mora aqui. 
 
*Quando ―um dos que‖ vem entremeada de substantivo, o verbo pode: 
a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa o Estado de São Paulo. (já que não há 
outro rio que faça o mesmo). 
 
b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão poluídos (noção de que existem outros rios na 
mesma condição). 
 
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural. 
Vossa Excelência está cansado? 
Vossas Excelências renunciarão? 
 
9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de acordo com o numeral. 
Deu uma hora no relógio da sala. 
Deram cinco horas no relógio da sala. 
Soam dezenove horas no relógio da praça. 
Baterão doze horas daqui a pouco. 
 
Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse 
sujeito. 
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. 
Soa quinze horas o relógio da matriz. 
 
10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do 
singular. São verbosimpessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que 
indicam fenômenos da natureza. Exemplos: 
Havia muitas garotas na festa. 
Faz dois meses que não vejo meu pai. 
Chovia ontem à tarde. 
 
b) Sujeito Composto 
 
1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural: 
Pai e filho conversavam longamente. 
 Sujeito 
Pais e filhos devem conversar com frequência. 
 Sujeito 
 
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da 
seguinte maneira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a segunda pessoa (vós) que, por 
sua vez, prevalece sobre a terceira (eles). Veja: 
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. 
Primeira Pessoa do Plural (Nós) 
 
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. 
Segunda Pessoa do Plural (Vós) 
 
Pais e filhos precisam respeitar-se. 
Terceira Pessoa do Plural (Eles) 
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Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da 
terceira (ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural (eles): "Tu e teus irmãos 
tomarão a decisão." – no lugar de ―tomaríeis‖. 
 
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de 
concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer 
concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. 
Faltaram coragem e competência. 
Faltou coragem e competência. 
Compareceram todos os candidatos e o banca. 
Compareceu o banca e todos os candidatos. 
 
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordância é feita no plural. Observe: 
Abraçaram-se vencedor e vencido. 
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. 
Casos Particulares 
 
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no 
singular. 
Descaso e desprezo marca seu comportamento. 
A coragem e o destemor fez dele um herói. 
 
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, verbo no singular: 
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfaz. 
 
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no 
plural, de acordo com o valor semântico das conjunções: 
Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira. 
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 
 
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de ―adição‖. Já em: 
Juca ou Pedro será contratado. 
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada. 
 
Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no singular. 
 
4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no 
singular. 
Um ou outro compareceu à festa. 
Nem um nem outro saiu do colégio. 
 
Com ―um e outro‖, o verbo pode ficar no plural ou no singular: Um e outro farão/fará a prova. 
 
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos 
recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". 
O pai com o filho montaram o brinquedo. 
O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre. 
O professor com o aluno questionaram as regras. 
 
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento. 
O pai com o filho montou o brinquedo. 
O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre. 
O professor com o aluno questionou as regras. 
 
Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que 
as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, 
é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja: 
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"O pai montou o brinquedo com o filho." 
"O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado." 
―O professor questionou as regras com o aluno.‖ 
 
*Casos em que se usa o verbo no singular: 
Café com leite é uma delícia! 
O frango com quiabo foi receita da vovó. 
 
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", 
"não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o verbo ficará no plural. 
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. 
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. 
 
7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a 
concordância é feita com esse termo resumidor. 
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia. 
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas. 
 
Outros Casos 
 
1) O Verbo e a Palavra "SE" 
 
Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância 
verbal: 
a) quando é índice de indeterminação do sujeito; 
b) quando é partícula apassivadora. 
 
Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos 
indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular. Exemplos: 
Precisa-se de funcionários. 
Confia-se em teses absurdas. 
 
Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos 
diretos e indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar 
com o sujeito da oração. Exemplos: 
Construiu-se um posto de saúde. 
Construíram-se novos postos de saúde. 
Aqui não se cometem equívocos 
Alugam-se casas. 
 
 
Dica da Zê! 
Para saber se o ―se‖ é partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito, 
tente transformar a frase para a voz passiva. Se a frase construída for 
―compreensível‖, estaremos diante de uma partícula apassivadora; se não, o ―se‖ será 
índice de indeterminação. Veja: 
Precisa-se de funcionários qualificados. 
Tentemos a voz passiva: Funcionários qualificados são precisados (ou precisos). ??? 
Não há lógica. Portanto, o ―se‖ destacado é índice de indeterminação do sujeito. 
Agora: 
Vendem-se casas. 
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! Então, aqui, o ―se‖ é partícula 
apassivadora. (Dá para eu passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. 
Percebeu semelhança? Agora é só memorizar!). 
 
2) O Verbo "Ser" 
 
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa 
concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito. 
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Quando o sujeito ou o predicativo for: 
 
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER concorda com a pessoa gramatical: 
Ele é forte, mas não é dois. 
Fernando Pessoa era vários poetas. 
A esperança dos pais são eles, os filhos. 
 
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no plural, o verbo SER concordará, 
preferencialmente, com o que estiver no plural: 
Os livros são minha paixão! 
Minha paixão são os livros! 
 
Quando o verbo SER indicar 
 
a)horas e distâncias, concordará com a expressão numérica: 
É uma hora. 
São quatro horas. 
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilômetros. 
 
b)datas, concordará com a palavra dia(s), que pode estar expressa ou subentendida: 
Hoje é dia 26 de agosto. 
Hoje são 26 de agosto. 
 
c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como 
pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular: 
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. 
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.

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