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1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS Rua Tabajaras, 669 – Centro – Tupã – SP - CEP: 17601-120 – Tel.: (14) 3441-1208 Direção: Andréia Agostin e Márcio André Emídio. Capa: Mayke Valentin Branco, Zenaide Auxiliadora Pachegas. Língua Portuguesa para concursos e vestibulares Teoria e Questões comentadas – Zenaide Branco – 1ª Edição Tupã – SP – Maxi Educa, 2014. 351p. – 21x30cm. Inclui Bibliografia. ISBN: 978-85-68862-00-1 1. Interpretação de Texto. 2. Gramática. 3. Morfologia. 4. Fonologia. 5. Sintaxe. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98) é crime (art. 184 do Código Penal). Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme o Decreto nº 1.825, de 20/12/1907. O autor é seu professor; respeite-o: não faça cópia ilegal www.maxieduca.com.br 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS Este material tem por objetivo complementar seus estudos sobre a Gramática Normativa de nossa Língua Portuguesa. Procurei abordar os conteúdos de uma maneira simples, compreensível; quanto às atividades, tentei resolvê-las e explicá-las de uma forma que facilite sua compreensão (não é tarefa fácil, já que prefiro falar “pessoalmente”!). Espero que eu consiga clarear algum tema que possa ter ficado meio “obscuro” durante sua trajetória estudantil, assim meu trabalho não terá sido em vão! Se houver alguma falha (de edição, por exemplo), por favor, aponte-a, pois assim poderei aprender com você, também! Bons estudos! Boa sorte! Zenaide Branco. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 1. Classes de Palavras................................................................................................................. 1 1.1. Adjetivo ............................................................................................................................. 1 1.1.1. Flexão do adjetivo .................................................................................................... 1 1.2. Advérbio ........................................................................................................................... 6 1.2.1. Flexão do advérbio ................................................................................................... 6 1.3. Artigo .............................................................................................................................. 11 1.4. Conjunção ...................................................................................................................... 12 1.4.1. Coordenativas ........................................................................................................ 12 1.4.2. Subordinativas ........................................................................................................ 12 1.5. Interjeição ....................................................................................................................... 20 1.6. Numeral .......................................................................................................................... 22 1.6.1. Flexão do numeral ....................................................................................................... 22 1.7. Preposição ...................................................................................................................... 25 1.8. Pronome ......................................................................................................................... 26 1.8.1. Colocação Pronominal ........................................................................................... 40 1.9. Substantivo ..................................................................................................................... 48 1.9.1. Flexão do substantivo .......................................................................................... 48 1.10. Verbo ............................................................................................................................ 56 1.10.1. Modos Verbais ..................................................................................................... 56 1.10.2. Tempos Verbais ................................................................................................... 56 1.10.3. Voz verbal ............................................................................................................. 74 1.10.4. Emprego de Tempos e Modos Verbais ............................................................... 81 2. Letra e Fonema ...................................................................................................................... 88 2.1. Encontros Vocálicos ....................................................................................................... 88 2.2. Encontros Consonantais ................................................................................................ 88 2.3. Dígrafos .......................................................................................................................... 88 3. Sílabas .................................................................................................................................... 93 3.1. Classificação quanto à posição da sílaba tônica ........................................................... 93 4. Acentuação Gráfica ................................................................................................................ 95 5. Ortografia .............................................................................................................................. 101 5.1. Hífen ............................................................................................................................. 101 6. Estrutura e Formação das Palavras .................................................................................... 109 6.1. Estrutura ....................................................................................................................... 109 6.2. Formação ..................................................................................................................... 109 7. Análise Sintática ................................................................................................................... 114 7.1. Termos essenciais ....................................................................................................... 114 7.2. Termos integrantes ...................................................................................................... 114 7.3. Termos acessórios ....................................................................................................... 114 8. Concordância ....................................................................................................................... 131 8.1. Concordância Verbal ......................................................................................................... 131 8.2. Concordância Nominal ...................................................................................................... 131 9. Regência .............................................................................................................................. 149 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 9.1. Regência Verbal ........................................................................................................... 149 9.2. Regência Nominal ........................................................................................................149 10. Crase .................................................................................................................................. 160 11. Frase, oração e período ..................................................................................................... 171 11.1. Tipos de frases ........................................................................................................... 171 12. Período Composto ............................................................................................................. 173 12.1. Período Composto por coordenação ......................................................................... 173 12.2. Período Composto por subordinação ........................................................................ 176 13. Sintaxe da oração e do período ......................................................................................... 187 13.1. Período simples e composto ...................................................................................... 187 13.2. Termos essenciais ..................................................................................................... 187 13.3. Termos integrantes .................................................................................................... 187 13.4. Termos acessórios ..................................................................................................... 187 13.5. Período composto por coordenação .......................................................................... 187 13.6. Período composto por subordinação ......................................................................... 187 14. Pontuação .......................................................................................................................... 200 15. Linguagem Figurada .......................................................................................................... 208 15.1. Figuras de linguagem ................................................................................................. 208 15.2. Figuras de pensamento ............................................................................................. 210 15.3. Figuras de construção (ou de sintaxe) ....................................................................... 212 16. Significado das Palavras .................................................................................................... 215 16.1. Sinônimo ..................................................................................................................... 215 16.2. Antônimo .................................................................................................................... 215 16.3. Homônimo .................................................................................................................. 215 16.4. Parônimo .................................................................................................................... 215 16.5. Hiperonímia e hiponímia ............................................................................................ 215 17. Funções do QUE e do SE .................................................................................................. 219 18. Tirando dúvidas .................................................................................................................. 221 18.1. Mal / mau .................................................................................................................... 221 18.2. Onde / aonde .............................................................................................................. 221 18.3. A fim de / afim ............................................................................................................ 221 18.4. A / há .......................................................................................................................... 221 18.5. Acerca / a cerca ......................................................................................................... 221 18.6. Se não / senão ........................................................................................................... 221 18.7. Ao encontro de / de encontro ..................................................................................... 221 18.8. Demais / de mais ........................................................................................................ 221 18.9. Ao invés / em vez de .................................................................................................. 221 18.10. à-toa / à toa .............................................................................................................. 221 18.11. Dia-a-dia / dia a dia .................................................................................................. 221 18.12. Tampouco / tão pouco ............................................................................................. 221 18.13. Mas / mais ................................................................................................................ 221 18.14. A par / ao par ............................................................................................................ 221 18.15. Sessão / cessão ....................................................................................................... 221 19. Adequação Conceitual ....................................................................................................... 226 20. Análise do discurso ............................................................................................................ 229 21. Tipologia e gêneros textuais .............................................................................................. 230 21.1. Tipos textuais ............................................................................................................. 230 21.2. Gêneros textuais ........................................................................................................ 230 21.2.1. Carta pessoal ..................................................................................................... 230 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 21.2.2. Cartum e charge ................................................................................................. 231 21.2.3. Conto e crônica .................................................................................................. 233 21.2.4. Fato e opinião ..................................................................................................... 233 22. Classificação dos Atos Administrativos ............................................................................. 234 23. Coesão e coerência ........................................................................................................... 240 24. Correspondência Oficial ..................................................................................................... 246 25. Sentido das palavras .......................................................................................................... 250 25.1. Denotação .................................................................................................................. 250 25.2. Conotação .................................................................................................................. 250 25.3. Polissemia .................................................................................................................. 253 26. Elementos da Comunicação .............................................................................................. 255 27. Estrutura Textual ................................................................................................................256 28. Funções da linguagem ....................................................................................................... 257 29. Interpretação Textual ......................................................................................................... 258 30. Intertextualidade ................................................................................................................. 270 31. Linguagem Literária e não literária .................................................................................... 272 32. Linguagem Verbal e não Verbal ........................................................................................ 274 33. Variação Linguística ........................................................................................................... 275 33.1. Tipos de variação ....................................................................................................... 275 33.2. Norma Culta – níveis de linguagem ........................................................................... 276 34. Paralelismo ......................................................................................................................... 279 34.1. Paralelismo sintático .................................................................................................. 279 34.2. Paralelismo semântico ............................................................................................... 279 34.3. Paralelismo rítmico ..................................................................................................... 279 35. Redação (dicas) ................................................................................................................. 282 36. Redação Oficial .................................................................................................................. 284 36.1. Aviso e Ofício ............................................................................................................. 284 36.2. Memorando ................................................................................................................ 284 36.3. Exposição de Motivos ................................................................................................ 284 36.4. Mensagem .................................................................................................................. 284 36.5. Telegrama .................................................................................................................. 284 36.6. Fax .............................................................................................................................. 284 36.7. Correio Eletrônico ....................................................................................................... 284 37. Tipos de Discurso ............................................................................................................... 298 38. Vícios de Linguagem .......................................................................................................... 299 39. Equivalência e transformação de estruturas ..................................................................... 300 40. Questões Complementares ............................................................................................... 303 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 1 Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se relaciona com o substantivo, concordando com este em gênero e número. As praias brasileiras estão poluídas. Praias =substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos (plural e feminino, pois concordam com ―praias‖). Locução adjetiva Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe outros exemplos: de águia aquilino de aluno discente de anjo angelical de ano anual de aranha aracnídeo de boi bovino de cabelo capilar de cabra caprino de campo campestre ou rural de chuva pluvial de criança pueril de dedo digital de estômago estomacal ou gástrico de falcão falconídeo de farinha farináceo de fera ferino de ferro férreo de fogo ígneo de garganta gutural de gelo glacial de guerra bélico de homem viril ou humano de ilha insular de inverno hibernal ou invernal de lago lacustre de leão leonino de lebre leporino de lua lunar ou selênico de madeira lígneo de mestre magistral de ouro áureo de paixão passional de pâncreas pancreático de porco suíno ou porcino dos quadris ciático de rio fluvial de sonho onírico de velho senil de vento eólico de vidro vítreo ou hialino 1-) CLASSES DE PALAVRAS 1.1-) Adjetivo 1.1.1-) Flexão do adjetivo 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 2 de virilha inguinal de visão óptico ou ótico Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu. Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática): O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiras: Alagoas alagoano Amapá amapaense Aracaju aracajuano ou aracajuense Amazonas amazonense ou baré Belo Horizonte belo-horizontino Brasília brasiliense Cabo Frio cabo-friense Campinas campineiro ou campinense Adjetivo Pátrio Composto Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: África afro- / Cultura afro-americana Alemanha germano- ou teuto-/ Competições teuto-inglesas América américo- / Companhia américo-africana Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses China sino- / Acordos sino-japoneses Espanha hispano- / Mercado hispano-português Europa euro- / Negociações euro-americanas França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas Grécia greco- / Filmes greco-romanos Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros Flexão dos adjetivos O adjetivo varia em gênero, número e grau. Gênero dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em: Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 3 Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença político-social. Número dos Adjetivos Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples flexionam-se no plural deacordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas. Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. Veja outros exemplos: Motos vinho (mas: motos verdes) Paredes musgo (mas: paredes brancas). Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). Adjetivo Composto É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém ,se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por exemplo: Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Olhos verde-claros. Calças azul-escuras e camisas verde-mar. Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, vestidos cor-de-rosa. - O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois elementos flexionados: crianças surdas-mudas. Grau do Adjetivo Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. Comparativo Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superioridade Analítico No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a ―mais...do que‖ ou ―mais...que‖. O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superioridade Sintético 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS Operador Realce Operador Realce Operador Realce Operador Realce 4 Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, baixo/inferior. Observe que: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferioridade Sou menos passivo (do) que tolerante. Superlativo O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades: Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas formas: 1. Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado. 2. Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. Observe alguns superlativos sintéticos: Benéfico – beneficentíssimo / bom - boníssimo ou ótimo / comum – comuníssimo / cruel - crudelíssimo / difícil – dificílimo / doce – dulcíssimo / fácil – facílimo / fiel - fidelíssimo Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: 1. De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de todas. 2. De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de todas. Note bem: 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, antepostos ao adjetivo. 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas formas: uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. 3. Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo com dois ―ii‖: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os terminados em –eio, com apenas um ―i‖: feio - feíssimo, cheio – cheíssimo. Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32.php Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. QUESTÕES 01. (AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA PENITENCIÁRIA – VUNESP – 2013-ADAP.) Em – características epidêmicas –, o adjetivo epidêmicas corresponde a – características de epidemias. Assinale a alternativa em que, da mesma forma, o adjetivo em destaque corresponde, corretamente, à expressão indicada. (A) água fluvial – água da chuva. (B) produção aurífera – produção de ouro. (C) vida rupestre – vida do campo. (D) notícias brasileiras – notícias de Brasília. (E) costela bovina – costela de porco. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS Operador Realce Operador Realce Operador Realce 5 02. Não se pluraliza os adjetivos compostos abaixo, exceto: (A) azul-celeste (B) azul-pavão (C) surda-muda (D) branco-gelo 03. Assinale a única alternativa em que os adjetivos não estão no grau superlativo absoluto sintético: (A) Arquimilionário/ ultraconservador; (B) Supremo/ ínfimo; (C) Superamigo/ paupérrimo; (D) Muito amigo/ Bastante pobre 04. Na frase: ―Trata-se de um artista originalíssimo‖, o adjetivo grifado encontra-se no grau: (A) comparativo de superioridade. (B) superlativo absoluto sintético. (C) superlativo relativo de superioridade. (D) comparativo de igualdade. (E) superlativo absoluto analítico. 05. Indique nas alternativas a seguir o adjetivo incorreto da locução adjetiva em negrito: (A) mulher muito magra = macérrima (B) pessoa muito amiga = amicíssima (C) pessoa muito inimiga = inimicíssimo (D) atitude muito benéfica = beneficientíssima 06. ―Ele era tão pequeno que recebeu o apelido de miúdo‖. A palavra miúdo possui, no grau superlativo absoluto sintético, duas formas. Uma delas é miudíssimo (regular) e a outra, irregular, é: (A) minutíssimo (B) miudinitíssimo (C) midunitíssimo(D) miduníssimo 07. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das palavras ígneo e pétreo. (A) De corda; de plástico. (B) De fogo; de madeira. (C) De madeira; de pedra. (D) De fogo; de pedra. (E) De plástico; de cinza. RESPOSTA 1. RESPOSTA “B” a. fluvial – do rio b. correta c. brasileiras – do Brasil d. vida campestre e. suína 2. RESPOSTA “C” Surdas-mudas 3. RESPOSTA “D” d. estão no superlativo absoluto analítico 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS Operador Realce Operador Realce Operador Realce Operador Realce Operador Realce Operador Realce 6 4. RESPOSTA “B” originalíssimo – grau superlativo absoluto sintético 5. RESPOSTA “D” d)atitude muito benéfica = beneficientíssima O correto é beneficentíssima ( sem o ―i‖ em cien) 6. RESPOSTA “A” minutíssimo é a forma correta. 7. RESPOSTA “D” Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou associação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a resposta? Compare estes exemplos: O ônibus chegou. O ônibus chegou ontem. Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e do próprio advérbio. Estudei bastante. = modificando o verbo estudei Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio (bem) Ela tem os olhos muito claros. = relação com um adjetivo (claros) Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar ideia de: Tempo: Ela chegou tarde. Lugar: Ele mora aqui. Modo: Eles agiram mal. Negação: Ela não saiu de casa. Dúvida: Talvez ele volte. Flexão do Advérbio Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: Grau Comparativo Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo: de igualdade: tão + advérbio + quanto (como). Por exemplo: Renato fala tão alto quanto João. de inferioridade: menos + advérbio + que (do que). Por exemplo: Renato fala menos alto do que João. de superioridade: 1. Analítico: mais + advérbio + que (do que). Por exemplo: Renato fala mais alto do que João. 2. Sintético: melhor ou pior que (do que). Por exemplo: Renato fala melhor que João. 1.2-) Advérbio 1.2.1-) Flexão do Advérbio 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 7 Grau Superlativo O superlativo pode ser analítico ou sintético: Analítico: acompanhado de outro advérbio. Por exemplo: Renato fala muito alto. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de modo Sintético: formado com sufixos. Por exemplo: Renato fala altíssimo. Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Observe: Maria mora pertinho daqui. (muito perto) / A criança levantou cedinho. (muito cedo) Classificação dos Advérbios De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "- mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente. Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente. Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência. Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa. Saiba que: - Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais ou o menos. Por exemplo: Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível. - Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno respondeu calma e respeitosamente. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 8 Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido Há palavras como muito, bastante, que podem aparecer como advérbio e como pronome indefinido. Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. *Dica da Zê! Como saber se a palavra bastante é advérbio (não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o ―bastante‖ por ―muito‖ (ou muita, por exemplo), então estamos diante de um advérbio; se der para substituir por ―muitos‖, é um pronome. Veja: 1. Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, pois ―muitos‖ não dá!). 2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei muitos capítulos) Advérbios Interrogativos São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Interrogação Direta Interrogação Indireta Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. Onde mora? Indaguei onde morava. Por que choras? Não sei por que choras. Aonde vai? Perguntei aonde ia. Donde vens? Pergunto donde vens. Quando voltas? Pergunto quando voltas. Locução Adverbial Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja: lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc. afirmação: por certo, sem dúvida, etc. modo: às pressas,passo a passo, de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc. tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc. Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outro advérbio. Observe os exemplos: Chegou muito cedo. (advérbio) / Joana é muito bela. (adjetivo) / De repente correram para a rua. (verbo) Observação Importante: 1. Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: Essa matéria é mais bem interessante que aquela. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso! 2. O numeral ―primeiro‖, ao modificar o verbo, é advérbio: Cheguei primeiro. 3. Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução adverbial desempenham na oração a função de adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as circunstâncias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio. Exemplo: Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto adverbial de intensidade (ligado ao adjetivo ―cansada‖) Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensidade e de tempo, respectivamente. Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.php Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 9 Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. QUESTÕES 01. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013-adap.) Assinale a alternativa cuja expressão em destaque apresenta circunstância adverbial de modo. (A) Repetidos episódios de violência (...) estão gerando ainda uma série de repercussões. (B) ...quebrou o braço da estudante de direito R. D., 19, em plena balada… (C) Esses dois jovens teriam tentado se aproximar, sem sucesso, de duas amigas… (D) Um dos suspeitos do ataque alega que tudo não passou de um engano... (E) O fato é que é difícil acreditar que tanta gente ande se quebrando por aí… 02. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia os trechos apresentados a seguir. - Aqueles que não simpatizavam muito com Pitágoras podiam simplesmente escolher carreiras nas quais os números não encontravam muito espaço... - Já a cultura científica, que muitos ainda tratam com uma ponta de desprezo, torna-se cada vez mais fundamental... Os advérbios em destaque nos trechos expressam, correta e respectivamente, circunstâncias de (A) afirmação e de intensidade. (B) modo e de tempo. (C) modo e de lugar. (D) lugar e de tempo. (E) intensidade e de negação. 03. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.) Em – … mas é importante também considerar e estudar em profundidade o planejamento urbano. –, a expressão em destaque é empregada na oração para indicar circunstância de (A) lugar. (B) causa. (C) origem. (D) modo. (E) finalidade. 04. Indique a alternativa que completa a frase a seguir, respectivamente, com as circunstâncias de intensidade e de modo. Após o telefonema, o motorista partiu... (A) às 81 h com o veículo. (B) rapidamente ao meio-dia. (C) bastante alerta. (D) apressadamente com o caminhão. (E) agora calmamente. 05. Assinale a alternativa em que o elemento destacado NÃO é um adjunto adverbial. (A)―...ameaçou até se acorrentar à porta da embaixada brasileira em Roma.‖ (B)―...decidida na semana passada por Tarso Genro...‖. (C)―Hoje Mutti vive com identidade trocada e em lugar não sabido.‖ (D)―A concessão de refúgio político ao italiano Cesare Battisti, decidida...‖. (E)―...decida se é o caso de reabrir o processo e julgá-lo novamente?‖ 06. Em todas as alternativas há dois advérbios, exceto em: (A) Ele permaneceu muito calado. (B) Amanhã, não iremos ao cinema. (C) O menino, ontem, cantou desafinadamente. (D) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. (E) Ela falou calma e sabiamente. 07. Assinale a frase em que ―meio‖ funciona como advérbio: (A) Só quero meio quilo. (B) Achei-o meio triste. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 10 (C) Descobri o meio de acertar. (D) Parou no meio da rua. (E) Comprou um metro e meio de tecido. 08. (POLÍCIA CIVIL/SP – PERITO CRIMINAL – VUNESP/2013) Observe os enunciados: • A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. • A probabilidade de um veterano branco ser preso por um crime violento é significativamente mais alta do que... Os advérbios em destaque expressam, respectivamente, circunstâncias de (A) lugar e modo. (B) tempo e intensidade. (C) modo e intensidade. (D) tempo e causa. (E) tempo e modo. RESPOSTA 1. RESPOSTA “C” a. ainda = tempo b) em plena balada = lugar c) sem sucesso = modo d) não = negação . e) por aí = lugar 2. RESPOSTA “B” Simplesmente = modo / ainda = tempo 3. RESPOSTA “D” em profundidade = profundamente = advérbio de modo 4. RESPOSTA “C” A alternativa deve começar com advérbio que expresse INTENSIDADE. Vá por eliminação: a. às 18h = tempo b. rapidamente = modo c. bastante= intensidade d. apressadamente = modo e. agora = tempo 5. RESPOSTA “D” ―A concessão de refúgio político ao italiano Cesare Battisti, decidida...‖. = complemento nominal 6. RESPOSTA “A” a) Ele permaneceu muito calado. b) Amanhã, não iremos ao cinema. c) O menino, ontem, cantou desafinadamente. d) Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo. e) Ela falou calma e sabiamente. ( Nesse caso, subentende--se calmamente. É a maneira correta de se escrever quando utilizarmos dois advérbios de modo: o primeiro é escrito sem o sufixo ―mente‖, deixando este apenas no segundo elemento. Por exemplo: ―Apresentou-se breve e pausadamente.‖) 7. RESPOSTA “B” a) Só quero meio quilo. = numeral b) Achei-o meio triste. = um pouco (advérbio) c) Descobri o meio de acertar. = substantivo d) Parou no meio da rua. = numeral e) Comprou um metro e meio de tecido. = numeral 8. RESPOSTA “E” ―Hoje‖ = tempo; geralmente os advérbios terminados em ―-mente‖ são de modo (= com significância). 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 11 O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-se como o termo variável serve para individualizar ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural). Os artigos subdividem-se em definidos (―o‖ e as variações ―a‖[as] e [os]) e indefinidos (―um‖ e as variações ―uma‖[s] e ―uns]). Artigos definidos – São aqueles usados para indicar seres determinados, expressos de forma individual: O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam muito. Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar seres de modo vago, impreciso: Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram aprovadas! Circunstâncias em que os artigos se manifestam: * Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral ―ambos‖: Ambos os concursos cobrarão tal conteúdo. * Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... * Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. * No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. O Pedro é o xodó da família. * No caso de os nomes próprios personativos estarem no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, OsAstecas... * Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todoa) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pronome assume a noção de qualquer. Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. (qualquer classe) * Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso. * A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte anos. * O artigo também é usado para substantivar palavras pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso. * Há casos em que o artigo definido não pode ser usado: - antes de nomes de cidade e de pessoas conhecidas: O professor visitará Roma. 1.3-) Artigo 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 12 Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a presença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela Roma. - antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria sairá agora? Exceção: O senhor vai à festa? - após o pronome relativo ―cujo‖ e suas variações: Esse é o concurso cujas provas foram anuladas? Este é o candidato cuja nota foi a mais alta. Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/gramatica/artigo.htm Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Além da preposição, há outra palavra também invariável que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou duas palavras de mesma função em uma oração. Por exemplo: O concurso será realizado nas cidades de Campinas e São Paulo. A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. Morfossintaxe da Conjunção As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos. Classificação da Conjunção De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro. Veja: Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo. Podemos separá-las por ponto: Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. Temos acima um exemplo de conjunção (e, consequentemente, orações coordenadas) coordenativa – ―mas‖. Já em: Espero que eu seja aprovada no concurso! Não conseguimos separar uma oração da outra, pois a segunda ―completa‖ o sentido da primeira (da oração principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período temos uma oração subordinada substantiva objetiva direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal). Conjunções Coordenativas São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. A sua pesquisa é clara e objetiva. Não só dança, mas também canta. 1.4-) Conjunção 1.4.1-) Coordenativas 1.4.2-) Subordinativas 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 13 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Não demore, que o filme já vai começar. Falei muito, pois não gosto do silêncio! Conjunções Subordinativas São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal) ela chegou: oração subordinada As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 1. Integrantes - Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos, ou seja, as orações subordinadas substantivas. São elas: que, se. Quero que você volte. (Quero sua volta) 2. Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. *Diferença entre o ―porque‖ conjunção explicativa e a causal: - a causal indica a causa de um efeito, de um ato exposto na oração principal: Faltei à aula porque estava doente. Parece explicação, não? Mas repare: o fato de estar doente impediu-me de ir à aula, foi a CAUSA de minha falta. - a explicativa explica! A menina apanhou, porque seus olhos estão vermelhos. O fato de ―os olhos estarem vermelhos‖ não foi a causa do choro, mas uma possível explicação do porquê de estarem vermelhos. - as orações iniciadas por ―que‖ e ―porque‖ sempre serão explicativas se o verbo da oração anterior estive no modo imperativo: Não chore, que tudo passará! 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 14 b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse concurso mesmo que seja muito concorrido.. Mesmo que chova, irei à aula. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. Atenção: você deve ter percebido que a conjunçãocondicional ―se‖ também é conjunção integrante. A diferença é clara ao ler as orações que são introduzidas por ela. Acima, ela no dá a ideia da condição para que recebamos um telefonema (se for preciso ajuda). Já na oração: Não sei se farei o concurso... Não há ideia de condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração principal (sei) pede complemento (objeto direto, já que ―quem não sabe, não sabe algo‖). Portanto, a oração em destaque exerce a função de objeto direto da oração principal, sendo classificada como oração subordinada substantiva objetiva direta. d) Conformativas: introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor. e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a oração principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência do expresso na principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Quanto mais reclamava menos atenção recebia. Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é inteligente tal como o irmão. i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 15 A dor era tanta que a moça desmaiou. Locução Conjuntiva Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas locuções geralmente terminam em "que": visto que, desde que, ainda que, por mais que, à medida que, à proporção que, logo que, a fim de que. Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto (grifo da Zê!). O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais essenciais ao inter-relacionamento das partes de frases e textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode chamar de "a arquitetura textual", isto é, o conjunto das relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado. Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de circunstâncias fundamentais à condução da história, como as noções de tempo, finalidade, causa e consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentações construídas por meio de contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e concessivas. Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.php SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. QUESTÕES 1. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2011) Em – A falta de modos dos homens da Casa de Windsor é proverbial, mas o príncipe Edward dizendo bobagens para estranhos no Quirguistão incomodou a embaixadora americana. A conjunção destacada pode ser substituída por (A) portanto. (B) como. (C) no entanto. (D) porque. (E) ou. 2. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO – VUNESP/2012) Considere o trecho. Em audiência pública realizada na última sexta-feira (24), o ministro Marco Aurélio se mostrou preocupado e afirmou que tem receio de que o julgamento do mensalão não termine até o final do ano. Nesse trecho, a relação estabelecida entre as orações ligadas pela conjunção ―e‖ é de (A) contraposição. (B) exclusão. (C) tempo. (D) adição. (E) alternância. 3. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2011- ADAPTADA) Em – Tudo indica que 250 mil documentos secretos foram copiados por um jovem soldado num CD enquanto fingia ouvir Lady Gaga. – a palavra destacada exprime ideia de (A) Hipótese 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 16 (B) Condição (C) Concessão (D) Causa (E) Tempo (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITENCIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à questão 4. Casamento Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como ―este foi difícil‖ ―prateou no ar dando rabanadas‖ e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. (Adélia Prado, Poesia Reunida) 4. Considere o trecho a seguir. Meu marido, se quiser pescar, pesque, (2.º verso) [...] ele fala coisas como ―este foi difícil‖ [...] e faz o gesto com a mão (10.º verso) As conjunções em destaque – se e e – estabelecem, correta e respectivamente, relações de a) causa e adição. b) conclusão e explicação. c) tempo e oposição. d) oposição e condição. e) condição e adição. 5. (CEAGESP/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - VUNESP/2010) Em – Podemos escolher o futuro que queremos para nós e nossos filhos ou podemos deixar que escolham um futuro menos positivo e mais sombrio. – a conjunção ―ou‖ estabelece entre as orações uma relação de (A) adição, indicando os dois tipos de futuro com os quais as pessoas deverão se defrontar em breve. (B) adversidade, indicando as duas informações que se opõem conformeo tipo de futuro descrito. (C) alternância, indicando as duas informações que compõem as opções sobre o futuro desejado. (D) causa, indicando os motivos que levarão as pessoas a terem de escolher um dos futuros possíveis. (E) consequência, indicando os desastres que advirão ao mundo, no futuro, pela ignorância das pessoas. 6. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP - AGENTE OPERACIONAL – VUNESP/2012 - adaptada) Assinale a alternativa que apresenta o termo em destaque no trecho – Se tão contrário a si é o mesmo amor? – com a mesma função que aparece no poema. (A) Vendem-se casas. (B) Ela se arrependeu do que fez. (C) Você sairá só se for possível. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 17 (D) Vá-se para bem longe de seus inimigos. 7. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012) ―àquela altura já éramos amigas. O infortúnio tinha nos unido.‖ O trecho acima poderia ser reescrito, unindo-se as orações por meio de um conectivo. A reescritura que preservaria o sentido original do trecho seria: (A) contudo o infortúnio tinha nos unido (B) porque o infortúnio tinha nos unido (C) embora o infortúnio tinha nos unido (D) portanto o infortúnio tinha nos unido (E) enquanto o infortúnio tinha nos unido 8. (MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – FUNDAÇÃO DOM CINTRA/2010) O conectivo inicial do trecho ―Se bem sucedida, essa tática poderia, por exemplo (tomando uma cidade pequena), fazer aparecer os mesmos dez eleitores em 30 urnas‖ introduz no período o sentido de: (A) causa; (B) condição; (C) oposição; (D) consequência; (E) finalidade. 9. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) ―se você quiser ir mais longe‖; a única forma dessa frase que NÃO apresenta um equivalente semântico corretamente expresso é (A) caso você queira ir mais longe. (B) na hipótese de você querer ir mais longe. (C) no caso de você querer ir mais longe. (D) desde que você queira ir mais longe. (E) conquanto você queira ir mais longe. 10. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011) TEXTO Samba do Arnesto – Adoniran Barbosa O Arnesto nos convidou prum samba, ele mora no Brás Nós fumo não encontremo ninguém Nós voltermo com uma baita de uma reiva Da outra vez nós num vai mais Nós num semo tatu! No outro dia encontremo com o Arnesto Que pediu discurpa mas nós num aceitemo Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa Mas você devia ter ponhado um recado na porta Embora não haja conector ligando as orações do trecho ―Nós fumo não encontremo ninguém‖, podemos afirmar que a coesão é estabelecida por uma relação semântica de: (A) adversidade; (B) consequência; (C) finalidade; (D) concessão; (E) alternância. 11. (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR – FGV PROJETOS/2010) No período: ―Demorará, mas não importa o quanto demore para termos um final feliz,‖ ―mas‖ e ―para‖ estabelecem relações de sentido que indicam, respectivamente: (A) Conclusão, explicação. (B) Explicação, consequência. (C) Oposição, finalidade. (D) Causa, consequência. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 18 (E) Causa, explicação. 12. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) Em ―O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável.‖ há uma relação estabelecida no período de (A) restrição. (B) conclusão. (C) acréscimo. (D) explicação. 13. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) No trecho ―Mas para alcançar seu objetivo, [...]‖ a palavra em destaque introduz uma ideia de (A) modo. (B) oposição. (C) finalidade. (D) explicação. 14. (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSULPLAN/2013) Acerca das estruturas linguísticas do trecho ―O agressor afastou-se por uns instantes, mas voltou em seguida, apunhalando-a de novo, enquanto ela gritava por socorro.‖ é correto afirmar que (A) o termo ―mas‖ indica uma explicação em relação à atitude do agressor. (B) as expressões ―uns instantes‖, ―em seguida‖ e ―enquanto‖ indicam tempo. (C) o ―mas‖ pode ser substituído por ―pois‖ não provocando alteração de sentido. (D) a forma verbal ―gritava‖ pode ser substituída por ―gritou‖ sem alteração de sentido. 15. (GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ – ESCRIVÃO E INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL – SEAD/2013) No trecho: Quantas vezes ao acordar pela manhã e bater o dedo na beira da cama já não saiu esbravejando e dizendo que o dia começou ruim? A repetição do conectivo ―e‖ tem efeito de marcar uma: (A) sequência cronológica dos fatos. (B) repetição dos acontecimentos. (C) descontinuidade de fatos. (D) implicação natural de consequência dos fatos. (E) coordenação entre as ideias do período. 16. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) As orações abaixo, separadas por vírgula, podem ter a relação entre elas explicitada por meio de uma expressão. ―Algumas precisam beber mais água, outras precisam de isotônico.‖ A expressão que mantém o sentido original está empregada em: (A) Algumas precisam beber mais água, a fim de que outras precisem de isotônico. (B) Algumas precisam beber mais água, ao passo que outras precisam de isotônico. (C) Já que algumas precisam beber mais água, outras precisam de isotônico. (D) Por mais que algumas precisem beber mais água, outras precisam de isotônico. (E) Contanto que algumas precisem beber mais água, outras precisam de isotônico. RESPOSTAS 1. RESPOSTA: “C”. O ―mas‖ é uma conjunção adversativa, dando a ideia de oposição entre as informações apresentadas pelas orações, o que acontece no enunciado da questão. Em ―A‖, temos uma conclusiva; ―B‖, comparativa; ―C‖, adversativa; ―D‖, explicativa; ―E‖, alternativa. 2. RESPOSTA: “D”. A ideia apresentada pela conjunção ―e‖, nesse texto, é de adição. 3. RESPOSTA: “E”. A conjunção destacada dá-nos a informação com relação ao momento, ao ―tempo‖ em que a ação foi praticada. 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 19 4. RESPOSTA: “E”. ―Se‖ = conjunção condicional / ―e‖ = conjunção aditiva 5. RESPOSTA: “C”. A conjunção ―ou‖ é alternativa, ou seja, expressa escolhas, alternativas entre as ações citadas nas orações ligadas por ela. 6. RESPOSTA: “C”. Se tão contrário a si é o mesmo amor? = conjunção condicional a) Vendem-se casas.= pronome apassivador (casa são vendidas) b) Ela se arrependeu do que fez.= pronome reflexivo c) Você sairá só se for possível. = conjunção condicional d) Vá-se para bem longe de seus inimigos. = partícula de realce *Observação: partícula de realce - o SE servirá neste caso para realçar aquilo que está sendo dito, e portanto poderá ser retirado da frase sem prejudicar a sua estrutura sintática e coesão. (fonte: http://www.infoescola.com/portugues/funcoes-do-se/) 7. RESPOSTA: “B”. Àquela altura já éramos amigas, porque (= pois) o infortúnio... (conjunção explicativa). 8. RESPOSTA: “B”. O ―se‖ exerce várias funções (pronome reflexivo, partícula apassivadora, índice de indeterminação o sujeito, conjunção). Cabe a nós analisarmos a sua função dentro do contexto do enunciado da questão: a ideia transmitida é de uma hipótese, uma condição para que tal fato aconteça (a tática sendo bem sucedida aparecerão os eleitores). Conjunção condicional. 9. RESPOSTA: “E”. Conquanto = conjunção utilizada para relacionar duas orações, sendo que a oração subordinada contém um fato contrário ao que foi afirmado na oração principal; embora, se bem que: Continuou trabalhando, conquanto exausto. Aparenta riqueza, conquanto seja pobre. (fonte: http://www.dicio.com.br/conquanto/)10. RESPOSTA: “A”. Nós fumo (mas, porém, entretanto)não encontremo ninguém = usaríamos conjunções adversativas, que expressam contrariedade, adversidade. 11. RESPOSTA: “C”. Mas = conjunção adversativa (ideia contrária à exposta anteriormente) / para = conjunção final. 12. RESPOSTA: “A”. O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável = a palavra destacada é uma conjunção adversativa, estabelecendo entre as orações ligadas por ela uma ideia de oposição, adversidade. 13. RESPOSTA: “C”. A conjunção em destaque ―final‖. Independente de classificação, pela leitura também é possível chegar à resposta: a intenção, a finalidade será ―alcançar o objetivo‖. 14. RESPOSTA: “B”. a) o termo ―mas‖ indica uma explicação em relação à atitude do agressor. = incorreta (oposição, adversidade) b) as expressões ―uns instantes‖, ―em seguida‖ e ―enquanto‖ indicam tempo. c) o ―mas‖ pode ser substituído por ―pois‖ não provocando alteração de sentido. = incorreta (―pois‖ é conjunção conclusiva e explicativa, e ambas não teriam coerência no contexto) d) a forma verbal ―gritava‖ pode ser substituída por ―gritou‖ sem alteração de sentido. = incorreta (―gritava‖ – pretérito imperfeito do Indicativo, indica ação não concluída; ―gritou‖ – pretérito perfeito – ação concluída). 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 20 15. RESPOSTA: “E”. Se retirarmos o conectivo ―e‖ (conjunção aditiva), o período não perderá o sentido, ou seja, as orações são independentes entre si. Coordenadas. 16. RESPOSTA: “B”. O sentido exposto no período é de que, enquanto umas algumas precisam beber água, outras precisam de isotônico. Analisando as opções apresentadas, a única coerente com o que foi relatado é a ―ao passo que‖. Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito. É um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: Ah, como eu queria voltar a ser criança! ah: expressão de um estado emotivo = interjeição Hum! Esse pudim estava maravilhoso! hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto em que for utilizada. Exemplos: Psiu! contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua ; significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!" Psiu! contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital; significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!" Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! puxa: interjeição; tom da fala: euforia Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! puxa: interjeição; tom da fala: decepção As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. Ah, deve ser muito interessante! b) Sintetizar uma frase apelativa. Cuidado! Saia da minha frente. As interjeições podem ser formadas por: a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô b) palavras: Oba! Olá! Claro! c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus! Ora bolas! Classificação das Interjeições Comumente, as interjeições expressam sentido de: 1.5-) Interjeição 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 21 Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Atenção! Olha! Alerta! Afugentamento: Fora! Passa! Rua! Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah! Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! Ânimo! Adiante! Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva! Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá! Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih! Francamente! Essa não! Chega! Basta! Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá! Queira Deus! Desculpa: Perdão! Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena! Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz! Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! Puxa! Pô! Ora! Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade! Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! Viva! Adeus! Olá! Alô! Ei! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, Deus! Silêncio: Psiu! Silêncio! Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa! Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. Locução Interjetiva Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição: Ora bolas! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim! Graças a Deus! Toda frase mais ou menos breve dita em tom exclamativo torna-se uma locução interjetiva, dispensando análise dos termos que a compõem: Macacos me mordam! Valha-me Deus! Quem me dera! Observações: 1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava por essa!) Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe.) 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exemplo: 1130983 E-book gerado especialmente para NEISLAINE PRADO DOS ANJOS 22 Viva! Basta! (Verbos) Fora! Francamente! (Advérbios) 3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc. 5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos depois do "ó" vocativo. Por exemplo: "Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac) Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac) Fonte de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89.php SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. Numeral é a palavra variável que indica quantidade numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada sequência. Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. Classificação dos Numerais - Cardinais: indicam quantidade exata ou determinada
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