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Prévia do material em texto

DEFICIÊNCIA VISUAL
Profª. Ma. Lilia Giacomini 
Profª. Ma. Silvia Costa Andreossi
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
Deficiência visual
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Classificações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Classificação clínica segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) . . . . . . . . . . . 4
Classificação educacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Classificação quanto ao surgimento da deficiência visual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
O olho e suas estruturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Problemas oculares mais frequentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Doenças oculares que causam a deficiência visual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
A pessoa com baixa visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Recursos ópticos e tecnológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Recursos ópticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
Recursos tecnológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
Recursos não ópticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
A pessoa com cegueira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Recursos para leitura e escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
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INTRODUÇÃO
CLASSIFICAÇÕES
Vamos iniciar o tema mostrando as classificações clínicas e educacionais da deficiência visual.
Classificação clínica segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)
Em 1981, em Genebra, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou uma reunião sobre 
a prevenção da cegueira. O grupo consultivo, preocupado com a prevenção e o tratamento da 
deficiência visual, teve por bem escrever uma definição que pudesse ser adotada em todo o mundo, 
considerando a diferença entre cegueira e baixa visão. Assim, na Tabela 1, seguem as classificações:
TABELA 1 - Escala Optométrica Decimal de Snellen1
Grau de perda de visão Acuidade visual (com ambos os olhos e melhor correção óptica possível
Máxima menor que Mínima igual ou maior que
1. Visão subnormal 6/18 (metros)
3/10 (0,3)
20/70 (pés)
6/60 (metros)
1/10 (0,1)
20/200 (pés)
2. Visão subnormal 6/60
1/10 (0,1)
20/200
3/60
1/20 (0,05)
20/400
3. Cegueira 3/60
1/20 (0,05)
20/400
1/60 (Capacidade de contar dedos a um 
metro)
1/50 (0,02)
5/300
4. Cegueira 1/60 (capacidade de contar dedos a um metro)
1/50 (0,02)
5/300
Percepção de luz (PL)
5. Cegueira Sem percepção de luz
6. Indeterminada ou não especificada
Fonte: Maisi et al. (2002).
1Trata-se de uma escala para medir a acuidade visual para longe, ou seja, a percepção de forma e posição a uma distância de seis metros; as figuras 
E em negro, em diferentes posições, são alinhadas sobre uma carta branca, diminuindo seu tamanho de cima para baixo, numa proporção direta de 
distância e tamanho baseados em uma escala decimal que varia de 0,1 a 1.
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FIGURA 1 - Tabela de Snellen
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Snellen06.png.
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FIGURA 2 - Tabela de Snellen com desenhos para crianças
Fonte: http://mlb-d2-p.mlstatic.com/tabela-de-snellen-modelo-para-criancas-
figuras-banner-676801-MLB20406561090_092015-O.jpg?square=false
FIGURA 3 - Aplicação da Tabela de Snellen
Fonte: Africa Studio/ shutterstock.com
De uma maneira mais simples, poderíamos assim definir a classificação clínica, como escrevem 
Lima, Nassif e Felippe (2008, p. 7):
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Cegueira – acuidade visual igual ou menor que 0,05, no melhor olho, com a melhor 
correção óptica.
Baixa Visão – Acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção 
óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os 
olhos for igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das 
condições anteriores.
A classificação da OMS proporcionou avanços nos estudos oftalmológicos. Os especialistas 
começaram a dar atenção à visão funcional dos pacientes e sua influência na educação dos 
deficientes visuais. Para quem trabalha no âmbito escolar, saber o diagnóstico clínico das pessoas 
com deficiência visual auxilia na elaboração de materiais e na seleção de recursos. 
Classificação educacional
Na classificação educacional, o mais importante é saber se a perda visual é total ou parcial, 
congênita ou adquirida, e como vai variar com a acuidade visual. A deficiência visual constitui-se 
em dois grupos, como na classificação clínica, a saber:
• Cegueira: situação das pessoas com ausência total da visão, algumas somente com percepção 
de luz que as auxilia na locomoção, mas não para a leitura e escrita - para isso, vão usar o 
sistema Braille. Em raríssimos casos, não há nem o resíduo de percepção de luz.
FIGURA 4 – Deficiente visual em sala de aula
Fonte: http://msalx.revistaescola.abril.com.br/2013/02/28/1830/Oi0ef/galeria-inclusao-01.jpeg.
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• Baixa visão: situação das pessoas que mesmo após o tratamento ou a melhor correção óptica 
apresentam comprometimento visual em diferentes graus. No entanto, esses resíduos visuais 
permitem a leitura de textos impressos ampliados ou com uso de recursos ópticos especiais.
FIGURA 5 – Aluna com baixa visão
Fonte: http://dvsepedagogia.blogspot.com/2010/06/atendimento-ao-aluno-com-baixa-visao_30.html.
Em sequência a essas classificações, segue a estrutura para saber como o olho funciona.
Classificação quanto ao surgimento da deficiência visual
Quanto ao surgimento da deficiência visual, há duas possibilidades: 
a) Congênita: presente desde o nascimento do indivíduo é identificada logo ao nascer porque 
teve causas pré-natais (durante a gestação do bebê). Como exemplos mais conhecidos 
de doenças que podem causar deficiência visual, há a rubéola, a sífilis e a toxoplasmose. 
Ainda na classificação das congênitas, há as que são hereditárias e as genéticas, que 
não necessariamente estão presentes ao nascer. Como exemplo, pode-se citar a Retinose 
Pigmentar, que normalmente se manifesta a partir dos oito anos, nos casos mais precoces, 
e a doença de Stargardt, cujo aparecimento dá-sea partir da adolescência.
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FIGURA 6 – Criança
Fonte: https://apresentacao-visionarios.wikispaces.com/file/view/ori1.jpg/106115569/240x279/ori1.jpg.
b) Adquiridas: causadas por diversos acometimentos ao longo da vida do indivíduo. Como 
exemplo, citam-se o glaucoma, a retinopatia diabética, o descolamento de retina e 
acidentes em geral.
FIGURA 7 – Idoso
Fonte: Jeroen van den Broek/ shutterstock.com
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SAIBA MAIS
Estudos de Barraga (1965) comprovaram que a capacidade de ver é aprendida e depende de 
habilidades assimiladas em cada estágio do desenvolvimento. A eficiência visual não depende 
diretamente da acuidade visual, pois o uso e a estimulação da visão residual podem levar à sua 
melhor utilização.
SAIBA MAIS
Na década de 70 passou-se a utilizar, no Brasil, o termo “visão reduzida”, mudando-se o eixo da 
cegueira para a visão, quando os especialistas começaram a se preocupar, cada vez mais, com o uso 
efetivo de qualquer resíduo visual existente. Embora tivesse havido mudança de foco − não era mais 
o parcialmente cego mas o indivíduo com visão reduzida −, pode-se dizer que esta terminologia ainda 
contém uma centralização na perda da visão e não na capacidade visual.
Com o passar do tempo, essa impropriedade do termo começou a incomodar alguns especialistas. 
Argumentavam que na realidade não havia uma visão reduzida, mas um indivíduo que por problemas 
orgânicos possuía uma capacidade limitada para perceber visualmente o mundo ao seu redor. A partir 
daí o nome que, no Brasil, passou-se a usar foi “visão subnormal”, uma tradução do termo “low vision” 
usado por BARRAGA (1965). Esse termo é, até o momento, bastante usado, inclusive em documentos 
oficiais. […] Os especialistas têm agora procurado utilizar o termo “baixa visão”, acreditando que esse 
tende a minimizar o preconceito que o termo “subnormal” pode provocar (AMIRALIAN, 2004, pp. 17-8).
O OLHO E SUAS ESTRUTURAS
Nosso olho está situado dentro de uma cavidade óssea e mede cerca de 24 mm de diâmetro e 
12 mm de largura. É composto por cinco elementos que têm funções específicas, tal como podemos 
verificar na figura a seguir:
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FIGURA 8 – O olho
Fonte: Lima, Nassif e Felippe (2008, p. 9).
• Sobrancelhas: barram o suor para não cair dentro dos olhos.
• Conjuntiva: película que recobre a parte interna das pálpebras e externa da esclera (ou parte 
branca do olho).
• Cílios: impedem que poeira e partículas entrem nos olhos.
• Pálpebras: compostas pela superior e pela inferior. Sua função é proteger o globo ocular e 
distribuir a lágrima durante o piscar.
Seguem as estruturas internas do olho e suas funções, com base em Lima, Nassif e Felippe 
(2008, pp. 10-1).
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FIGURA 9 – Estruturas oculares
Fonte: Lima, Nassif e Felippe (2008, p. 10).
• Córnea: membrana transparente localizada na porção anterior do globo ocular. Sua função é 
permitir a entrada de raios de luz no olho e formar uma imagem nítida na retina.
• Esclera: é a parte branca do olho. Sua função é de proteção ocular.
• Íris: círculo pigmentado com uma abertura central, a pupila, que regula a luminosidade. Quando 
exposta a muita luz, a pupila fecha; com pouca luz, abre.
• Cristalino: lente transparente, flexível e convexa de ambos os lados que fica atrás da íris e 
ajusta o foco de raios de luz na retina.
• Humor vítreo: estrutura gelatinosa que preenche a cavidade posterior do olho. Sua função é 
manter a forma e a tonicidade do olho.
• Humor aquoso: líquido transparente que ocupa o espaço entre a córnea e a íris e cuja função 
é conservar a córnea e o cristalino e regular a pressão interna do olho.
• Retina: membrana formada por células nervosas (cones e bastonetes), localizada na porção 
interna do olho. Sua função é transformar os estímulos luminosos em estímulos nervosos, 
que são enviados ao cérebro pelo nervo óptico.
• Musculatura: responsável pela movimentação dos olhos. Cada olho possui seis músculos.
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• Coroide: é uma estrutura do olho que está situada entre a esclera e a retina. Sua função é 
nutrir a retina.
Conhecer as estruturas auxilia a entender como se dá o processo visual que se inicia nos olhos. 
As imagens e a luz atravessam todas essas estruturas e chegam à retina, que é a responsável por 
transportar os impulsos nervosos, conduzindo-os pelas vias ópticas até o cérebro, onde se forma 
a imagem.
Agora que foram demonstradas as estruturas do olho, é possível entender como ocorrem os 
problemas oculares e as principais doenças que acometem a visão. 
PROBLEMAS OCULARES MAIS FREQUENTES
FIGURA 10 – Consulta ao oftalmologista
Fonte: Delpixel/ shutterstock.com
Na consulta de rotina com o oftalmologista, podemos nos deparar com alguns problemas 
oculares mais frequentes. Neles, o uso de óculos comuns irá garantir uma boa visão. São eles:
• Hipermetropia: é a dificuldade de enxergar de perto.
• Miopia: é a dificuldade de enxergar de longe.
• Astigmatismo: é a imagem distorcida porque a córnea não é esférica.
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FIGURA 11 – Comparação
Fonte: http://jornal4cantos.com.br/wp-content/uploads/2016/01/miopia-hipermetropia-e-astigmatismo.jpg.
• Presbiopia: mais conhecida por “vista cansada”, costuma ocorrer por volta dos 40 anos pelo 
endurecimento do cristalino, que traz a dificuldade de focalizar objetos próximos e ler letras 
pequenas.
• Estrabismo: mais conhecido por “olho torto” ou “vesguice”. Nele, ocorre o desalinhamento dos 
olhos, resultando em uma imagem dupla. Deve ser tratado o mais cedo possível.
FIGURA 12 - Exemplo de estrabismo
Fonte: Dmitry Kalinovsky/ shutterstock.com
• Ambliopia: mais conhecida por “olho preguiçoso”. Caracteriza-se pela redução ou perda da 
visão em um ou em ambos os olhos sem que eles apresentem anomalia estrutural, ou seja, 
ela é puramente funcional.
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Nos casos de ambliopia e estrabismo, a oclusão do melhor olho é um tratamento eficaz para 
estimular a visão, mas sempre com orientação médica.
Doenças oculares que causam a deficiência visual
Vamos relatar as doenças oculares mais frequentes que podem causar a deficiência visual e 
que, provavelmente, serão os casos mais comuns no âmbito escolar.
• Doença de Stargardt: é uma doença hereditária que se caracteriza por alteração das células 
da retina, com lesão da visão central. Sua manifestação ocorre por volta dos 10 aos 20 anos 
de idade.
• Toxoplasmose ocular congênita: a mãe gestante entra em contato com a infecção, provocando 
no feto uma cicatriz na mácula, que é a região central da retina. Os agentes transmissores estão 
em fezes dos gatos, carne de aves ou de porco malcozida e, atualmente, falta de saneamento 
básico adequado.
• Degeneração macular relacionada à idade: doença degenerativa que afeta a região central 
da retina e se desenvolve em pessoas após os 50 anos de idade. Podemos encontrar alguns 
casos nas salas de EJA.
FIGURA 13 - Visão normal e com uma lesão central
Legenda: A foto da esquerda mostra a visão normal, e a da direita, a de uma pessoa com uma lesão 
central, que pode ocorrer em toxoplasmose, doença de Stargardt e degeneração macular.
Fonte: http://blog.plaenge.com.br/06/03/2014/a-principal-causa-da-perda-de-visao-na-terceira-idade/.
• Glaucoma: é caracterizado por aumento da pressão interna do olho e problema na eliminação 
do humor aquoso. Podem ocorrer aumento do globo ocular, sensibilidade à luz, lacrimejamento, 
coceira. Pode ser congênito ou adquirido ou estar associado a outros problemas oculares.
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FIGURA 14 - Glaucoma
Legenda: A imagem da esquerdamostra uma visão normal, e a da direita, a de uma pessoa que tem glaucoma.
Fonte: http://www.ceoportoalegre.com.br/wp-content/uploads/2010/05/glaucoma3.jpg.
• Retinose pigmentar: é a degeneração da retina, geralmente comprometendo mais a visão 
periférica. Um dos sintomas iniciais é a cegueira noturna. É uma doença progressiva que 
pode levar à cegueira.
FIGURA 15 – Retinose pigmentar
Legenda: Visão de pessoa com retinose pigmentar.
Fonte: http://aeondesign.eulercosta.com/wp-content/uploads/2014/08/01e02.png.
• Catarata congênita: ocorre quando o cristalino fica opaco. Esse problema pode estar presente 
ao nascimento, geralmente ocasionado por infecção na gestação. A causa mais comum é o 
vírus da rubéola.
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FIGURA 16 – Catarata congênita
Fonte: http://www.aptomed.com.br/userfiles/image/cat5.jpg.
FIGURA 17 – Visão de pessoa com catarata
Fonte: http://www.drbarella.com.br/img/img-catarata-02.jpg.
• Descolamento da retina: podem ocorrer dilacerações, pequenos orifícios, em consequência 
de traumatismos ou enfermidades. 
• Retinopatia da prematuridade: ocorre geralmente em bebês prematuros que ficam expostos 
à oxigenação nas incubadoras. Aparece uma massa fibrosa na região central da retina que 
pode levar ao seu descolamento.
• Retinopatia diabética: é causada por danos aos vasos sanguíneos no tecido da retina. Os 
níveis de glicose mal controlados no sangue são um fator de risco. Os primeiros sintomas 
são moscas volantes, borrões, áreas escurecidas na visão e dificuldade de perceber as cores. 
Pode causar cegueira.
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FIGURA 18 – Visão de uma pessoa com retinopatia diabética
Fonte: http://www.doutoraretina.com.br/blog_individual/3.
• Albinismo: é uma condição genética que se caracteriza pela deficiência de melanina 
(pigmentação). As pessoas apresentam pele, cabelos, cílios e sobrancelhas muito claros e 
uma forte sensibilidade à luz (fotofobia) pela ausência de pigmentação na íris.
FIGURA 19 – Criança albina
Fonte: Dietmar Temps/shutterstock.com
• Nistagmo congênito: movimento involuntário e descontrolado dos olhos em várias direções, 
que dificulta focalizar a imagem. Podem ser horizontais, verticais ou rotatórios.
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FIGURA 20 – Tipos de nistagmo
Fonte: http://www.saudebemestar.pt/media/86606/nistagmo.jpg.
• Atrofia do nervo óptico: é a desconexão das ligações nervosas que unem o olho ao cérebro. 
Quando isso ocorre, a informação visual não se realiza.
Para entender melhor essas doenças, assista a um vídeo explicativo.
Vídeo: Simulación Baja Visión. Filmado em Madrid, 2002. Produzido por Baja Visión Angel 
Barañano. Realización Javier Barañano.
Link do vídeo (em espanhol): https://www.youtube.com/watch?v=kcuuA_dWyJk.
A PESSOA COM BAIXA VISÃO
FIGURA 21 – Criança com baixa visão
Fonte: http://dvsepedagogia.blogspot.com/2010/06/atendimento-ao-aluno-com-baixa-visao_30.html.
Deficiência visual
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O documento sobre atendimento educacional especializado (AEE) para deficiência visual (SÁ; 
CAMPOS; SILVA, 2007, p. 18) diz:
Para isso, é necessário conhecer e identificar, por meio da observação contínua, 
alguns sinais ou sintomas físicos característicos e condutas frequentes, tais como: 
tentar remover manchas, esfregar excessivamente os olhos, franzir a testa, fechar 
e cobrir um dos olhos, balançar a cabeça ou movê-la para frente ao olhar para um 
objeto próximo ou distante, levantar para ler o que está escrito no quadro negro, 
em cartazes ou mapas, copiar do quadro negro faltando letras, tendência de trocar 
palavras e mesclar sílabas, dificuldade na leitura ou em outro trabalho que exija o 
uso concentrado dos olhos, piscar mais que o habitual, chorar com frequência ou 
irritar-se com a execução de tarefas, tropeçar ou cambalear diante de pequenos 
objetos, aproximar livros ou objetos miúdos para bem perto dos olhos, desconforto 
ou intolerância à claridade. Esses alunos costumam trocar a posição do livro e 
perder a sequência das linhas em uma página ou mesclar letras semelhantes. Eles 
demonstram falta de interesse ou dificuldade em participar de jogos que exijam 
visão de distância.
Agora que vimos as principais causas da deficiência visual, vamos entender como identificar 
e auxiliar as pessoas com baixa visão no âmbito escolar.
Desde muito cedo, devemos encorajar as crianças a se movimentar e a usar muito a coordenação 
visomotora (olho-mão) para conhecer pessoas, tocar objetos, além de incentivar o brincar com as 
outras crianças de uma forma geral. Podemos facilitar a visualização de objetos usando cores 
contrastantes, adaptando jogos com formas e cores que possam ser visualizadas a uma pequena 
distância. Com livros e revistas. Esperar o tempo necessário para que a criança localize e faça 
“varredura e seguimento visual” (horizontal e vertical) para encontrar personagens, objetos ou 
mesmo palavras sugeridas como novos desafios. 
Na sala de aula, deve-se permitir que a criança se aproxime da lousa para ler melhor e, em alguns 
momentos, que algum colega possa ditar o que está escrito. Deve-se colocar o aluno sentado nas 
carteiras da frente e observar a iluminação da sala, para facilitar o processo de leitura na lousa ou 
em cartazes.
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FIGURA 22 – Criança de óculos escrevendo
Fonte: Carlos Caetano/ shutterstock.com
Sempre que a criança apresentar certa resistência a realizar alguma tarefa, devemos fazer junto 
para que ela perceba como se realiza determinado movimento ou atividade. Ela se sentirá mais 
confiante da próxima vez.
Ver é um ato de aprendizagem. A visão normal só se iguala à visão de um adulto por volta dos 
sete anos. Se uma criança apresentar sinais ou sintomas já descritos, a tarefa do professor é atribuir 
funcionalidade a essa visão para a criança se sentir capaz de usá-la.
Recursos ópticos e tecnológicos
Recursos ópticos
As pessoas com baixa visão podem necessitar de ampliação de imagens para perto e longe 
para conseguir enxergar melhor. Sob orientação de especialistas oftalmológicos, É possível utilizar 
recursos ópticos, como lentes especiais, com o objetivo de adequar o tamanho da imagem para 
sua necessidade.
Segue a lista dos recursos ópticos mais usuais nesses casos:
• Para perto: lupas manuais de apoio, de pescoço e iluminadas; óculos esferoprismáticos; óculos 
com lentes microscópicas.
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FIGURA 23 - Lupa iluminada
Fonte: http://grupobbz.com.br/lupa_floripa.html e http://www.sissaude.com.br/sissaude/userfilesimage/dedw.jpg.
FIGURA 24 - Modelos de óculos esferoprismáticos e outros
Fonte: http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/paganex/22setembro20101.jpg.
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FIGURA 25 – Lupa de apoio
Fonte: http://images2.tcdn.com.br/img/img_prod/403641/85_1_20150406153302.
jpg e http://www.paradv.org.br/imagens/alunalendo.jpg.
Para longe: telelupas ou telescópios de aumentos variados, usados na leitura a distância; Max 
TV – óculos que ampliam a imagem e sua nitidez para assistir à televisão. 
FIGURA 26 – MaxTV
Fonte: https://shop.cnib.ca/images/items/Fullsize/MAG1200210003.
jpg?t=635417323962961818 e http://www.visualrehab.ca/images/maxtv-1.jpg.
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FIGURA 27 – Telelupa
 
Fonte: http://www.estudioki.com.br/amplivisao/wp-content/uploads/2015/04/TeleLupa-monocular-6X-
aumento.jpg e http://www.sme.pmmc.com.br/site2011/imagens/caic/pro-escolar/pro-escolar_060.jpg.
Recursos tecnológicos
Cada vez mais, a tecnologia vem contribuindo para a realização de atividades nas áreas 
educacional, profissional e social da pessoa com deficiência visual. Para isso, contamos com:• Recursos eletrônicos: os mais usados são o CCTV (closed-circuit television – circuito fechado 
de televisão) e a lupa eletrônica, que são constituídos por uma câmera, um sistema óptico e 
um monitor.
FIGURA 28 – CCTV
Fonte: https://cdn.awsli.com.br/300x300/142/142839/produto/4475154/54182ff867.jpg.
Deficiência visual
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FIGURA 29 – Lupa eletrônica
 
Fonte: http://www.sme.pmmc.com.br/site2011/imagens/caic/pro-escolar/pro-escolar_061.jpg.
• Sistema de Leitura Portátil (SLP): de custo acessível, esse projeto foi desenvolvido pela 
Fundação Dorina Nowill e pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São 
Paulo (Unifesp), com a finalidade de ampliar e melhorar a qualidade da imagem e da escrita.
FIGURA 30 – SLP
Fonte: http://www.scielo.br/img/revistas/rbof/v68n5/a02fig01.jpg.
Deficiência visual
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• Livros digitais: disponibilizados em CD, oferecem às pessoas com deficiência visual a 
possibilidade de acessar o áudio ou fazer a leitura em tipos ampliados.
FIGURA 31 – Lendo livro digital
Fonte: http://s2.glbimg.com/2LJQk_BC47zJ0EIDXVDPwgUyIyY=/300x225/s.
glbimg.com/jo/g1/f/original/2015/05/26/aparelho_leitura_ufrr.png.
• Lida (Livro Digital Acessível): desenvolvido pela Fundação Dorina Nowill, é um material de 
acesso em áudio e letras ampliadas com conteúdo destinado ao estudo e à pesquisa.
FIGURA 32 – Lida (Livro Digital Acessível)
Fonte: http://www.fundacaodorina.org.br/uploads/galerias/linha_do_tempo/2008.jpg?0.
Deficiência visual
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• Softwares: incluem ampliadores de tela, dos quais os mais conhecidos são os programas 
JAWS e Magic. Hoje, contamos também com as ferramentas de acessibilidade disponíveis 
nos principais sistemas operacionais de computadores e aparelhos móveis (smartphones e 
tablets).
FIGURA 33 – Software
Fonte: https://clarkwp.wordpress.com/2015/11/23/web-accessibility-screen-magnification/ e http://
www.tecassistiva.com.br/images/categorias_produtos/softw/jaws15/jaws%2004.jpg.
Recursos não ópticos
São os recursos que podemos confeccionar para uso no cotidiano para propiciar o acesso do 
aluno com deficiência visual à leitura e à escrita. Podemos citar os seguintes exemplos:
• Uso de lápis 6B ou 4B, caneta hidrográfica preta, cadernos com pautas escurecidas e mais 
largas (pauta ampliada).
FIGURA 34 – Lápis e seus traçados
Fonte: http://191.252.1.241/arquivos_loja/18732/Fotos/thumbs3/produto_Foto1_4250416.jpg?cache=20151214.
Deficiência visual
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FIGURA 35 – Caneta hidrográfica
Fonte: http://www.baeza.com.br/shop/media/catalog/product/cache/1/thumbnail/282x320/9df
78eab33525d08d6e5fb8d27136e95/c/a/caneta_ponta_porosa_faber_castell_preta.jpg.
FIGURA 36 – Caderno de pauta ampliada
Fonte: http://inclusaoemrede.blogspot.com/2014/06/caderno-de-pauta-ampliada.html.
• Ampliação de textos: é possível ampliar à mão quando não houver acesso ao computador, 
escrevendo em letra bastão com os lápis mencionados ou a caneta hidrográfica, observando 
Deficiência visual
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os espaços entre as palavras e a uniformidade da letra. A guia de escrita também pode ser 
um bom recurso quando não se tem um caderno com pautas ampliadas. Caso possa ampliar 
no computador, o uso de fontes como Arial ou Verdana, tamanho 24, atende à maioria das 
pessoas com baixa visão. Mas você pode personalizar, não excedendo a necessidade visual 
da pessoa.
• Utilizar o tiposcópio ou uma guia de leitura em acetato amarelo pode auxiliar no momento da 
leitura.
FIGURA 37 – Recursos não óticos
Fonte: http://image.slidesharecdn.com/telescopiomichel-141112121306-conversion-gate01/95/
viso-subnormal-telescpio-dr-michel-bittencourt-9-638.jpg?cb=1415794528.
• Uso do plano inclinado para leitura e escrita: além de facilitar a aproximação visual, pode 
prevenir problemas posturais no futuro.
Deficiência visual
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FIGURA 38 – Plano inclinado
Fonte: http://minasmaisdistribuidora.com.br/media/catalog/product/cache/1/image/
da6f2c8d51506a28e578e1009234fa5e/p/l/planoinclinaimant.jpg.
Vamos recapitular esses conceitos assistindo ao vídeo do MEC A inclusão do aluno com baixa 
visão no ensino regular:
Link para a parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=_6oaeyoAKfE
Link para a parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=3VO2hVLMN98
Link para a parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=CFJz5Soz34o
Deficiência visual
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A PESSOA COM CEGUEIRA
FIGURA 39 – Estudantes
Fonte: http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/523/27.04.2012_Parlamento%20
Joven%20em%20Brailer_Cr%C3%A9d%20Ademar%20Filho%20(50).JPG.
A aprendizagem ocorre na interação da criança, do jovem ou do adulto com as pessoas e os 
objetos que o rodeiam. Quando a visão não está presente, isso se dá por meio dos outros sentidos, 
como audição, olfato, tato e paladar, pela movimentação do corpo (cinestesia), pela propriocepção 
(consciência corporal), pelos sentimentos e pela motivação frente a novas experiências. Para uma 
pessoa com cegueira, o que não chega às suas mãos não é conhecido realmente, daí a importância 
da estimulação desde pequena para formação de conceitos e de mundo.
Em relação ao tato, além de pegar, abrir, fechar, colocar, tirar, bater, acariciar, entre outras ações, 
há um processo de desenvolvimento e aprendizagem tátil que necessita ser constantemente 
estimulado. Segundo Amorim e Alves (2008, pp. 17-8), maneiras de fazer isso são:
• Consciência de qualidade tátil (despertar o tato ativo e usá-lo com intencionalidade).
• Conhecimento de estruturas e formas básicas (exploração e manuseio de objetos concretos, 
de conhecimento de formas tridimensionais).
• Relação das partes com o todo (manuseio e exploração de objetos compostos, jogos de 
encaixe, montagem).
• Interpretação e representação dos objetos em forma bidimensional (objetos planos, formas 
geométricas e relevos, que constituirão as representações gráficas).
• Simbologia (refinamento maior do tato, conhecimento de símbolos até chegar ao braille).
Deficiência visual
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A audição é um sentido de distância bastante importante nesse processo de aprendizagem, 
possibilitando um conhecimento melhor e maior do ambiente. É por meio dela que se desenvolve a 
atenção e a consciência sonora, a discriminação e o reconhecimento de vários sons, por exemplo, 
da voz humana e de objetos. Também é possível o reconhecimento do som e a associação à palavra, 
por exemplo, o som do miado ser relacionado ao animal gato. O desenvolvimento das habilidades 
auditivas, ou seja, escutar para aprender, é muito importante, pois muito da aprendizagem ocorre 
por meio de instruções verbais, das pistas sonoras do ambiente para se localizar no espaço ou da 
escuta de um livro falado.
O olfato é outro sentido de distância que geralmente está mais presente nas atividades de vida 
diária, como a alimentação, a higiene e os cuidados pessoais. Ele também exerce grande importância 
na orientação espacial, por exemplo, os odores característicos de uma feira livre, uma mecânica, 
uma farmácia, entre outros.
Já o paladar está mais restrito à alimentação. Quando sentimos o gosto, imediatamente 
associamos com as texturas, as consistências, as temperaturas e as várias formas que o alimento 
pode ser apresentado (inteiro, cortado, cru, cozido).
Quanto aos sentidos cinestésicos e proprioceptivos, devemos proporcionar condições para o 
conhecimento do próprio corpo e de como se utiliza o espaço. Atividades de correr, pular, puxar, 
empurrar, bem como atividades aquáticas, sempre são bem-vindas para adquirir esses conceitos 
corporais.
IMPORTANTE
É importante lembrar que a ausência da visão não impõe limitações para estabelecer relações e é 
possível responder a todos os estímulos recebidos,ocorrendo assim a aprendizagem por meio de 
vários canais sensoriais.
Recursos para leitura e escrita
Para o aprendizado da leitura e escrita, a pessoa com cegueira irá utilizar o sistema Braille, 
criado por Louis Braille em 1825, na França.
O Braille é um sistema universal, conhecido em todo o mundo como o código de leitura e escrita 
das pessoas cegas. Ao se combinar 63 pontos, são formadas as letras do alfabeto, os números 
Deficiência visual
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e outros símbolos gráficos. É possível também representar sinais de matemática, física, biologia, 
química, bem como partituras de músicas, que constituem o ensino da musicografia Braille.
A cela Braille tem o formato de um retângulo, e os seis pontos que a compõem são distribuídos 
em duas filas verticais, com três pontos à direita e três à esquerda. A localização dos pontos é 
referenciada como sendo acima, no meio e abaixo. Portanto, a numeração de cada ponto segundo 
sua posição na cela seria: 1, acima à esquerda; 2, no meio à esquerda; 3, abaixo à esquerda; 4, acima 
à direita; 5, no meio à direita; 6, abaixo à direita.
FIGURA 40 – Cela Braille básica
Fonte: www.profcardy.com
FIGURA 41 – Alfabeto Braille
Legenda: Disposição universal do alfabeto Braille.
Fonte: http://www12.senado.leg.br/jornal/edicoes/2012/12/05/alfabeto-em-braile.
Deficiência visual
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Para se trabalhar com as crianças antes da produção real do Braille, podemos confeccionar 
materiais de fácil acesso para aprender primeiro as combinações que formam as letras para, em 
seguida, usar os recursos da reglete e da máquina de escrever Braille.
Veja algumas sugestões:
Cela Braille: confeccionada com caixas de papelão, frascos de desodorantes e embalagem de 
ovos.
FIGURA 42 – Sugestão de cela Braille confeccionada com caixas de papelão
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf.
Outra sugestão com potes de Danoninho:
FIGURA 43 – Sugestão com potes de Danoninho
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-NewWekzW8Wo/T4N8ucZFVcI/AAAAAAAAFt4/YDJvddF0XR0/s320/DSC00312.JPG.
Deficiência visual
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Cela Braille vazada: confeccionada em vários tamanhos com acetato usado em radiografias 
ou papelão.
FIGURA 44 – Cela braille vazada
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf.
Celinha Braille: feitas com caixas de chicletes, botões, cartelas de comprimidos, caixa de fósforo, 
emborrachado.
FIGURA 45 – Modelos de cela Braille feitos com materiais diversos
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf.
Após um trabalho de coordenação motora mais ampla com o uso desses recursos, podemos 
passar para o uso dos materiais que confeccionam a escrita Braille no padrão adequado à leitura.
Deficiência visual
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A escrita Braille pode ser realizada por dois meios: com uma reglete e um punção ou com uma 
máquina de escrever Braille.
A reglete é um instrumento que tem formato de duas réguas sobrepostas, que podem ser de 
madeira, metal ou plástico. A primeira, que fica embaixo, é um conjunto de linhas horizontais de 
celas Braille dispostas umas sobre as outras em baixo relevo; a segunda são celas Braille vazadas, 
sobrepostas às da base, que servem de guia para formar os pontos com o auxílio do punção. Por 
sua vez, o punção é um instrumento em madeira ou plástico no formato de pera ou anatômico, com 
ponta metálica, utilizado para a perfuração dos pontos na cela Braille.
A escrita na reglete é feita da direita para a esquerda para poder perfurar o papel e depois 
proceder à leitura da esquerda para a direita.
FIGURA 46 - Conjunto de reglete e punção
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf e http://www.ifsertao-
pe.edu.br/salgueiro/images/eventos/EDUBASC/_mg_8040.jpg.
A máquina de escrever tem seis teclas básicas correspondentes aos pontos da cela 
braille. O toque simultâneo de uma combinação de teclas produz os pontos que 
correspondem aos sinais e símbolo desejados. É um mecanismo de escrita mais 
rápido, prático e eficiente (SÁ; CAMPOS; SILVA 2007, p. 24).
Deficiência visual
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FIGURA 47 - Máquina de escrever Braille
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf e http://www.cubatao.sp.gov.br/arquivos/
galeriaFoto/thumbMedio/aluno-da-ume-lorena-ganha-maquina-de-escrever-em-braille-5339.jpg.
Quem deve ensinar a grafia Braille será o professor especializado da sala de recursos, mas os 
professores em geral podem aprender rapidamente a ler essa escrita, já que a leitura se dá por meio 
da visão. Pode-se aprender o Braille por meio de um curso online oferecido pela Universidade de 
São Paulo (USP).
SAIBA MAIS
Entre no link a seguir e acesse o site do curso online da USP para aprender Braille:
http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html.
Os desenhos e as ilustrações podem ser descritos oralmente de maneira a relatar clara e 
objetivamente o que se vê, sem julgamentos e sem interferências. Já símbolos, mapas, diagramas e 
outros esquemas gráficos presentes em diversas disciplinas escolares podem ter suas representações 
adaptadas em relevo.
Deficiência visual
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FIGURA 48 - Adaptação para exercícios de gráficos matemáticos
Fonte: Arquivo pessoal Giacomini (2001).
A imagem da figura 48 é um exemplo para se usar em exercícios de gráficos. O zero está bem 
destacado em azul no centro, e as ordenadas x e y têm texturas diferenciadas. Os pares ordenados 
podem ser marcados com alfinetes (ao lado, no fundo amarelo) seguindo os espaços tracejados e 
de bolinhas. Depois, com um elástico, tipo lastex, pode-se unir os alfinetes e mostrar ao professor 
a reta ou a parábola resposta da resolução do problema. Assim, a pessoa com deficiência visual 
fica em igualdade com os outros colegas que estão desenhando em seus cadernos.
Para o ensino da Matemática, podemos contar com o uso do Soroban, que, para as pessoas com 
cegueira, é diferenciado em relação aos vendidos no mercado. Ele é adaptado com uma borracha 
embaixo das contas para não deslizar enquanto se estiver fazendo os cálculos.
Deficiência visual
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FIGURA 49 - Soroban adaptado
Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf e http://www.
saopaulo.sp.gov.br/bancoImagens/albuns/7364/_d31926.jpg.
CURIOSIDADE
Você sabia que cada letra Braille cabe exatamente na falange do nosso dedo? Por isso, a leitura tátil é 
um exercício diário para as pessoas com cegueira.
FIGURA 50 - Leitura Braille
Fonte: Isaravut/ shutterstock.com
Deficiência visual
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMIRALIAN, M. L. T. M. Sou cego ou enxergo? As questões da baixa visão . Educar, Curitiba: Editora 
UFPR, n. 23, p. 15-28, 2004.
AMORIM, Célia Maria Araújo de; ALVES, Maria Glicélia. A criança cega vai à escola: preparando para 
a alfabetização . São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008.
BARRAGA, N. C. Increased visual behavior in low vision children. New York: American Foundation 
for the Blind, 1965.
FELLIPE, J. A. M.; FELLIPE, V. L. R. Orientação e mobilidade. São Paulo: Laramara, 1997. 13 p.
GIACOMINI, Lilia. Análise de um programa: “passo a passo” orientação e mobilidade para pessoas 
surdocegas. 2008. Dissertação (Mestrado em Psicologia da Educação), Faculdade de Psicologia, 
Universidade de São Paulo, São Paulo. 125 p.
GIACOMINI, Lilia; SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH, Rita de Cássia Reckziegel. A educação especial 
na perspectiva da inclusão escolar: orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade 
espacial . Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade 
Federal do Ceará, 2010. Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar, v. 7.
LIMA, Eliana Cunha;NASSIF, Maria Christina Martins; FELIPPE, Maria Cristina Godoy Cruz. Convivendo 
com a baixa visão: da criança à pessoa idosa . São Paulo: Fundação Dorina Nowill para Cegos, 2008. 
Ilustrações Cássia Alves e Marcelo Fuhrmann.
MAISI, Ivete et al. Formação de professor: deficiente visual - educação e reabilitação . Brasília: MEC/
SEESP, 2002.
SÁ, Elizabet Dias de; CAMPOS, Izilda Maria de; SILVA, Myriam Beatriz Campolina. Atendimento 
educacional especializado em deficiência visual . Brasília: Ministério da Educação, 2007.

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