Buscar

NEGATIVA DE FORNECIMENTO DE PRÓTESE POR PLANO DE SAÚDE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
 
 
CÁSSIO EMANUEL NAVARRETE 
DAISY TIEMI SUZUKI FERNANDES 
DIEGO FERREIRA NOGUEIRA 
GABRIELA MAYO ALVES GONÇALVES 
GUSTAVO PIRES DE OLIVEIRA 
MARCELO ROMEIRO DE ARAUJO 
 
 
 
 
 
NEGATIVA DE FORNECIMENTO DE PRÓTESE POR PLANO DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2016 
CÁSSIO EMANUEL NAVARRETE 
DAISY TIEMI SUZUKI FERNANDES 
DIEGO FERREIRA NOGUEIRA 
GABRIELA MAYO ALVES GONÇALVES 
GUSTAVO PIRES DE OLIVEIRA 
MARCELO ROMEIRO DE ARAUJO 
 
 
 
NEGATIVA DE FORNECIMENTO DE PRÓTESE POR PLANO DE SAÚDE 
 
 
 
Atividade prática Supervisionada 
apresentada à disciplina xxx do curso de 
Direito da Universidade Paulista – UNIP 
 
 
Orientador: Prof. Rogério 
 
 
 
 
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
2016 
RESUMO 
 O trabalho a seguir tem o objetivo de expor a análise sobre o caso de Marcos 
Orlando, que ao sofrer uma lesão necessitou de uma prótese para o joelho, e esta 
foi negada pelo convenio de saúde, cabendo então aos advogados emitir parecer de 
qual procedimento a ser adotado diante dos fatos apresentados. Para tal foram 
utilizados doutrinadores consagrados como Nelson Nery Junior dentre outros e de 
jurisprudências a fim de garantir o embasamento do exposto. Após a análise do caso 
foi possível chegar à conclusão de que se deve aplicar o novo código de processo 
civil, portanto devendo-se impetrar ação de tutela provisória de urgência em caráter 
antecedente assim obrigando o convenio medico a pagar a prótese. 
 Palavras-chave: Prótese. Procedimento. Novo código de processo civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 The paper then has the objective of expose the analysis of the case of Marcos 
Orlando, who after suffering a lesion needed a prosthesis for his knee, and this was 
denied by the health insurance plan, fitting then an opinion of what procedures to be 
adopted front of the facts presented. To do this were used as consecrated 
doctrinaires Nelson Nery Junior among others and jurisprudences of the courts to 
ensure the exactness of the exposed. After analyzing the case was possible to 
conclude that it should apply the new civil procedure code, and shall have standing to 
bring It act for interim protection of urgency antecedent nature so obliged health plan 
to pay for the prosthesis. 
 Keywords: prosthesis. Procedure. New Code of Civil Procedure. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 6 
2. CASO .................................................................................................................. 7 
3. VIGÊNCIA DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ..................................... 8 
3.1 Vigência da Lei Processual ............................................................................... 8 
3.2Vacatio Legis ...................................................................................................... 8 
O CPC/15 entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação 
(Art. 1045, CPC). ..................................................................................................... 8 
4. APLICAÇÃO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL .................................. 9 
4.1 Irretroatividade .................................................................................................. 9 
4.2 Aplicação da Nova Lei nas Relações Continuativas ......................................... 9 
4.3 Comparando com Outras Relações Processuais .............................................. 9 
4.4 Aplicação do Novo CPC no Caso...................................................................... 9 
5. CONTRATOS DE SEGURO SAÚDE SÃO REGULADOS PELO CÓDIGO CIVIL 
OU POR LEGISLAÇÃO ESPECIAL?........................................................................ 10 
6. DECISÃO DOS ADVOGADOS DE MARCOS ORLANDO A CERCA DA 
MELHOR SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA. ............................................................ 12 
8. A FORMA PELA QUAL AS DEMANDAS JUDICIAS TEM SIDO PROPOSTAS 
NOS CASOS DE PLANO DE SAÚDE E AS INOVAÇÕES JURÍDICAS TRAZIDAS 
PELO NOVO CPC. ................................................................................................... 20 
9. CONCLUSÃO .................................................................................................... 23 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 24 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O trabalho acadêmico a seguir avalia as medidas necessárias a serem 
tomadas diante do problema apresentado. No caso, Marcos Orlando contratante de 
um serviço de convenio medico individual no ano de 2014, com a empresa OMP 
seguros saúde, vindo a sofrer uma lesão no joelho esquerdo durante uma partida de 
futebol em 2015, acorrendo a necessidade de uma cirurgia e colocação de prótese, 
a OMP informa que pagará a cirurgia, porém segundo a empresa tal prótese não 
está sobre sua responsabilidade visto a existência de uma clausula expressa que a 
isenta de cobrir com o gasto. 
 O trabalho discorrerá sobre as hipóteses para a solução do problema, 
apresentado a solução para tal utilizando doutrinadores como Junior (2015) que 
disserta sobre o novo código civil, Gregori (2007) que versa sobre planos de saúde e 
a relação com a proteção ao consumidor, Trettel (2010) que aborda a forma como os 
tribunais abordam o tema, dentre outros, além de utilizar a jurisprudência dos 
tribunais do estado de São Paulo e Paraná. 
 Para iniciar alguns pontos deveriam ser esclarecidos, foram levantadas 
algumas questões. 
 A primeira a ser respondida se refere a vigência do novo código de processo 
civil, quando ele passaria a produzir efeito. Levando ao próximo ponto. 
 Sobre qual código de processo civil que deveria ser utilizado para a solução, 
o antigo de 1973 ou o novo de 2015. Para que se realize o procedimento 
correto. 
 A última questão a ser respondida consiste em saber se contratos de 
convênios são regulados pelo código de defesa do consumidor ou por 
legislação especial. 
 E diante das respostas destas questões qual o procedimento correto a ser 
adotado. 
 Assim a partir das respostas destes pontos poderão ser tomadas as medidas 
corretas pela equipe de advogados de Marcos Orlando. 
 
 
2. CASO 
 Marcos Orlando contratou um seguro de saúde individual junto a OMP 
Seguros Saúde. O contrato foi assinado em 17 de março de 2014 com vigência 
renovada a cada ano e com o objetivo de fornecer procedimentos de saúde na rede 
de médicos e hospitais credenciados pela empresa. Em junho de 2015 Marcos 
Orlando teve conhecimento de que precisa realizar um procedimento de colocação 
de prótese no joelho esquerdo, cuja cartilagem foi fortemente prejudicada em um 
tombo que ele levou jogando futebol com os amigos. O médico informou que todas 
as despesas de cirurgia e hospitalização estão cobertas no contrato, porém a 
prótese não será fornecida pelo plano de saúde porque há cláusula expressa de não 
fornecimento. (UNIP, Problema Apresentado para APS do 6º semestre, 2016) 
 
3. VIGÊNCIA DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
Em sessão plenária virtual extraordinária e 03 de março de 2016 o Conselho 
Nacional de Justiça decidiu, por unanimidade, que o novo Código de Processo Civil 
passa a vigorar em 18 de março de 2016.(MONTENEGRO, 2016). 
Havia quem defendia 18, 17 e até 16 de março, diante do empasse que 
poderia gerar insegurança jurídica, a Ordem dos Advogados do Brasil questionou o 
CNJ, que respondeu que a vigência do novoCPC começara em 18 de março. 
(MONTENEGRO, 2016). 
3.1 Vigência da Lei Processual 
Segundo Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Nery (2015, p.2234): “A lei 
processual tem vigência imediata e se aplica aos processos pendentes, mas rege 
sempre para o futuro”. 
3.2Vacatio Legis 
 O CPC/15 entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua 
publicação (Art. 1045, CPC). 
 A contagem do prazo de um ano se faz de acordo com a Lei Complementar 
95 de 1998, art. 8º, §§ 1º e 2º. Inclui-se o dia da publicação, que foi 17/03/2015 e o 
dia da consumação do prazo, em 17/03/2016, portando entrando em vigor no dia 
seguinte da consumação, 18/03/2016. 
 
 
 
4. APLICAÇÃO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
A partir de sua entrada em vigor, o novo CPC, como uma lei processual, se 
aplica imediatamente às situações por ela reguladas, mas também tem que respeitar 
todos os efeitos jurídicos produzidos sob a égide da lei anterior. (JÚNIOR E NERY, 
2015, p.224). 
4.1 Irretroatividade 
No Processo Civil não ocorre o efeito retroativo, pois é vedada a aplicação da 
nova lei para os fatos ocorridos no passado. 
4.2 Aplicação da Nova Lei nas Relações Continuativas 
 Relações Continuativas são aquelas que se encontram em execução, estas, 
ainda que tenham sido geradas na vigência da lei antiga, também são atingidas pela 
nova lei. (JÚNIOR E NERY, 2015, p.224). 
4.3 Comparando com Outras Relações Processuais 
 No Processo Penal, as novas leis começam a vigorar45 dias após sua 
publicação (período de vacatio legis) e não retroagem.Tem aplicação imediata e 
geral respeitando a validades dos atos já realizados sob a vigência da lei anterior 
(Princípio do Tempus RegitActum). (TÁVORA E ROQUE, 2012, p. 11). 
 No Direito Penal vigora o Princípio da Retroatividade Benéfica, ou seja, se a 
nova lei for benéfica, retroagirá, se for maléfica, não há retroação. (TÁVORA E 
ROQUE, 2012, p. 11). 
4.4 Aplicação do Novo CPC no Caso 
 O Novo Código de Processo Civil se aplica ao caso em estudo, visto que 
Marcos Orlando ainda não ajuizou ação. Portanto mesmo que o fato tenha ocorrido 
antes da entrada em vigor da nova lei, se aplica o CPC de 2015. 
 
 
5. CONTRATOS DE SEGURO SAÚDE SÃO REGULADOS PELO CÓDIGO 
CIVIL OU POR LEGISLAÇÃO ESPECIAL? 
 
No Brasil, é recente o processo de implementação dos planos e seguros de 
saúde, no entanto, estes já passaram por constantes avanços até chegar ao modelo 
atual. Os planos de saúde existiam desde a década de 40, mas somente na década 
de 60 começaram a surgir as empresas de medicina de grupo, até que na década de 
80 os planos de saúde dominaram o mercado brasileiro. (TRETTEL, 2010). 
Até o ano de 1998, não havia uma legislação específica para regular os 
planos de saúde e as suas relações jurídicas, sendo assim, as relações de plano de 
saúde eram regidas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Foi criada então, 
neste ano, uma lei específica regulamentando os planos de saúde, a Lei 9656/98, 
que sofreu modificações através de medidas provisórias, mas atualmente dita as 
regras com relação às operadoras de planos e seguros de saúde (TRETTEL, 2010). 
A Lei 9656/98 foi criada para regulamentar aquilo que a Jurisprudência da 
Corte brasileira já tinha pacificado, desta forma, impôs às operadoras de planos e 
seguros de saúde a observação dos preceitos do CDC e da boa-fé nas relações 
contratuais. 
Anteriormente a criação desta Lei, os contratos eram divididos como aqueles 
celebrados antes da vigência do CDC e aqueles celebrados após a vigência deste. 
Os contratos celebrados antes da vigência do CDC, eram regulados pelo Código 
Civil. Existem ainda, os chamados contratos antigos, aqueles celebrados antes da 
Lei 9656/98, e os chamados contratos novos, aqueles celebrados com a vigência da 
Lei 9656/98. 
A relação estabelecida entre as operadoras de planos de saúde e os seus 
clientes é uma relação de consumo, sendo assim, devem respeitar as regras do 
Código de Defesa do Consumidor, bem como do Código Civil e também a Lei 
9656/98. O contrato firmado entre a operadora do plano de saúde e o consumidor, é 
um contrato de adesão, pois o cliente apenas adere ao contrato imposto, sem poder 
modificar ou discutir as cláusulas ali previstas. (GREGORI, 2007). 
De acordo com Gregori (2007, p. 141), os contratos antigos, que são aqueles 
firmados antes da Lei 9656/98, devem respeitar as regras vigentes à época de sua 
celebração, que são a rigor, o CDC e a legislação anterior especial aos seguros. 
Mas houve um período de vacatio legis da Lei 9656/98, em que se permitiu a 
comercialização dos contratos de plano de saúde novos e também antigos. Os 
contratos novos, são aquele firmados em observância da Lei 9656/98, na forma de 
contrato familiar, individual e coletivo. 
No entanto, de acordo com a Jurisprudência, o plano de saúde é contrato 
sucessivo, por prazo indeterminado, tendo como característica principal a execução 
periódica ou continuada, ou seja os direitos e obrigações dele decorrentes são 
exercidos por tempo indeterminado e sucessivamente. Sendo assim, segundo a 
jurisprudência nos contratos antigos, aqueles iniciados em data anterior ao da 
vigência da nova lei, também aplica-se a Lei 9656/98. 
 
 
 
 
 
6. DECISÃO DOS ADVOGADOS DE MARCOS ORLANDO A CERCA DA 
MELHOR SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA. 
 De acordo com caso concreto, o senhor Marcos Orlando contratou um seguro 
de saúde na data de 17 de março de 2014, com vigência renovada a cada ano, 
visando adquirir assistência médica e hospitalar, todavia em julho 2015 Marcos 
precisou colocar uma prótese em seu joelho esquerdo onde teve a cartilagem 
fortemente prejudicada em um tombo que levou jogando futebol, porém, ficou 
sabendo pelo seu médico que todas as despesas com a hospitalização estariam 
cobertas pelo seguro, mas a prótese que seria colocada não estava inclusa no 
plano, de acordo com uma cláusula expressa de não fornecimento. 
 De acordo com fato apresentado, o grupo de advogados do Senhor Marcos 
Orlando adotou como solução do conflito, a impetração da Ação de Tutela Provisória 
de Urgência em Caráter Antecedente, contra a OMP Seguros Saúde, com o objetivo 
único de obter a tutela provisória do bem do material, para que a prótese seja 
fornecida imediatamente, com aplicação de multa caso haja descumprimento do 
comando judicial. 
 O novo Código de Processo Civil de 2015 reformulou o sistema de tutela 
judicial fundada em cognição sumária, unificando em um mesmo regime geral, a 
chamada “tutela provisória”, que seria a antiga tutela antecipada ou tutela 
cautelar, ambas previstas de forma distinta no Código de Processo Civil de 1973. 
 Previsto no artigo 300 do novo Código de Processo Civil de 2015, a Tutela 
Provisória de Urgência será concedida quando houver elementos suficientes que 
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo. 
 A probabilidade do direito, ou o fumus boni iuris, está evidenciada na citada lei 
9656/ 1998,que regulamenta o setor de plano de saúde, juntamente com a Agência 
Nacional de Saúde Suplementar – ANS, onde estabelece um rol de procedimentos e 
eventos de saúde, atualmente vigente por intermédio da Resolução Normativa nº 
349/2014, que constitui a cobertura mínima obrigatória a ser garantida pelos planos 
de saúde comercializados a partir de 02 de Janeiro de 1999, bem como para 
aqueles contratados anteriormente, desde que adaptados à Lei 9656/1998, nos 
termos do artigo 35 da referida Lei e respeitadas às segmentações assistenciais 
contratadas. 
 As próteses cuja colocação exija a realização de procedimento cirúrgico têm 
cobertura obrigatória nos planos regulamentados pela Lei n.º 9.656/1998, não se 
aplicando nestes casos o disposto no artigo 10, inciso VII, da referida Lei, que 
permite a exclusão de cobertura a materiaisnão ligados ao ato cirúrgico, conforme 
estabelecido no artigo 19, §2º da Resolução Normativa 338/2013: prótese é 
entendida como qualquer material permanente ou transitório que substitua total ou 
parcialmente um membro, órgão ou tecido. 
 O outro requisito para aplicação da Tutela Provisória de Urgência de Caráter 
Antecedente é o perigo da demora ou o risco ao resultado útil do processo, que está 
claramente demonstrado pelo laudo médico acostado à inicial que comprova que o 
autor possui a moléstia declinada, bem como que necessita da prótese reclamada, 
inconteste, outrossim, a urgência na obtenção da medida, à vista dos danos que o 
retardo no tratamento poderá acarretar à saúde do requerente. 
 Logo, estando presentes a probabilidade de direito e o perigo de dano ou o 
risco ao resultado útil do processo, de rigor o deferimento do pedido de tutela 
provisória de urgência de caráter antecedente de modo a assegurar o direito à 
saúde, visando garantir a satisfação do demandante, abonando o maior conforto 
possível, em um momento de grande moléstia e incômodo, sendo que não havendo 
recurso pela seguradora de saúde, ocorrerá a estabilização da decisão que deferiu a 
liminar, extinguindo o processo. 
 
 
 
7. JURISPRUDÊNCIA 1 
 
BRASIL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO, VOTO Nº 
14/22384, COMARCA: SÃO PAULO, APELAÇÃO Nº 1067305-24.2013.8.26.0100, 
APELANTE: GEAP - AUTOGESTÃO EM SAÚDE, APELADO: OSMAR 
FRANCISCO DOS SANTOS, RELATOR LUIZ ANTONIO COSTA 
 
São Paulo, 26 de agosto de 2014. 
 
Ementa – Plano de saúde – Recusa de fornecimento de prótese peniana 
inflável – Operadora tem dever de seguir prescrição do médico – Jurisprudência 
(precedentes do STJ e, por analogia, súmula 95 TJSP) – Precedentes da 1ª 
Subseção de Direito Privado garantindo cobertura da prótese – Recurso improvido. 
Recurso de Apelação interposto contra sentença que julgou procedente 
Ação proposta pelo usuário de plano de saúde Apelado em face da operadora de 
plano de saúde Apelante. 
O Apelado é usuário de plano de saúde operado pela Apelante e sofre de 
insuficiência arterial e doença venosa oclusiva (fuga venosa), doenças que lhe 
impossibilitam de ter ereções, razão por que lhe foi prescrito implante de prótese 
peniana inflável. Ante a recusa de cobertura pela Apelante, o Apelado propôs esta 
ação buscando a condenação no fornecimento da prótese. 
O Dr. Magistrado julgou a ação procedente, condenando a Apelante ao 
fornecimento da prótese pretendida, por entender que “uma vez a contratação do 
Plano de Saúde visa assegurar cobertura ao tratamento das doenças, bem como 
que o tratamento solicitado pelo médico responsável não é experimental ou de alta 
complexidade, não pode a ré [Apelante] negar cobertura à melhor terapêutica sob 
a alegação que atende ao beneficiário do plano com outros modelos de próteses”, 
sendo a lista de procedimentos obrigatórios exemplificativa e não exauriente. 
Em seu Recurso, a operadora de plano de saúde insiste que não tem dever 
de cobrir a prótese pretendida por ela não constar do rol de procedimentos da 
ANS, como a própria agência esclareceu em ofício (fls. 410). 
Recurso recebido e respondido. 
É o Relatório. 
A jurisprudência sedimentou o entendimento de que a operadora tem o 
dever de fornecer o tratamento ou material indicado pelo médico à doença coberta. 
Estando a doença do Apelado abrangida pelo plano, tendo o médico do 
Apelado ademais justificado amplamente a prescrição (fls. 34/7), a Apelante tem 
dever de fornecer o material necessário para o procedimento, como se depreende 
por analogia da seguinte súmula deste Tribunal: 
“Havendo expressa indicação médica, não prevalece a negativa de 
cobertura do custeio ou fornecimento de medicamentos associados a tratamento 
quimioterápico” (súmula 95 TJSP). 
Nesse sentido também a jurisprudência do STJ: 
“2. É nula a cláusula contratual que exclua da cobertura órteses, próteses e 
materiais diretamente ligados ao procedimento cirúrgico a que se submete o 
consumidor”. 
(Resp. 1421512/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. pela 3ª T. em 11.02.2014.) 
Mais especificamente quanto à prótese pretendida pelo Apelante (implante 
peniano inflável), a 1ª Subseção de Direito Privado igualmente tem uma série de 
precedentes nesse sentido: 
Destarte, entendo correta a sentença, que proponho seja mantida, com 
ratificação de seus fundamentos como permite o art. 252 do RITJESP. 
Isso posto, pelo meu voto, nego provimento ao Recurso. 
 
Luiz Antônio Costa 
Relator 
 
JURISPRUDÊNCIA 2 
 
BRASIL, SEGUNDA TURMA RECURSAL RECURSO INOMINADO Nº 17025- 
90.2015. RECORRENTE: UNIMED FOZ DO IGUAÇU. COOP. DE TRAB. MÉDICO. 
RECORRIDO: FRANCISCO VITAL DANTAS ORIGEM: 1ºJUIZADO ESPECIAL 
CÍVEL DE FOZ DO IGUAÇU RELATOR: JUIZ MARCO VINICIUS SCHIEBE 
 
Foz do Iguaçu 17, fevereiro de 16 
 
 Ementa: plano de saúde – ação de obrigação de fazer cumulada com 
indenização por danos morais – negativa de cobertura para implante de próteses 
em membros inferiores – recusa ilegal e que viola o princípio dignidade humana - 
clausula abusiva – falha na prestação de serviços – dano moral configurado - 
precedentes da turma - sentença mantida. 
Recurso conhecido e desprovido. 
1. Relatório. 
Cuidam os autos de Ação de Obrigação de Fazer cumulada com 
Indenização por Danos Morais e pedido de tutela aforada por Francisco Vital 
Dantas contra Unimed Foz do Iguaçu – Cooperativa de Trabalho Médico. 
2. Alega o reclamante que possui plano de saúde da reclamada desde cinco 
de novembro de 1993, com alteração em 15 de outubro de 1997. Alega que no 
mês de setembro de 2014, quando realizou exames no membro inferior, foi 
informado, por seu médico especialista em ortopedia, Dr. André Pacagnan, que 
teria que realizar artoplastia total de joelho com implante em ambos os joelhos. 
Enfatiza que a reclamada não liberou a prótese necessária para a cirurgia, sob a 
alegação de que não haveria cobertura contratual. Requer a procedência dos 
pedidos. Despacho concessivo de tutela antecipada (mov. seq. 8.1). 
Devidamente citada, a reclamada ofertou contestação, alegando que o 
contrato do plano de saúde do reclamante exclui cobertura de despesas relativas à 
prótese de joelho. Pugnou pela improcedência dos pedidos. 
Sobreveio a sentença, que julgou procedentes os pedidos deduzidos na 
inicial, condenando a reclamada ao pagamento do valor de R$ 8.000,00 a título de 
danos morais. Utilizando-se dos mesmos argumentos anotados em sua peça de 
contestação, a reclamada objetiva através de Recurso Inominado a reforma da 
sentença. 
Passo ao voto. Satisfeitos os pressupostos processuais viabilizadores da 
admissibilidade do recurso, tanto os objetivos quanto os subjetivos, deve ele ser 
conhecido. 
A sentença despontada pelo digno Magistrado do 1º Juizado Especial Cível 
de Foz do Iguaçu culminou irrepreensível. Com propriedade, a sentença hostilizada 
analisou de modo total as provas ressumbradas no processo e outra não poderia 
ser a culminância da decisão guerreada, que está sedimentada no arcabouço legal 
consubstanciado no Código de Defesa do Consumidor e em compacta 
jurisprudência dos tribunais pátrio, e entendimento adotado nesta Turma Recursal. 
A recalcitrância da reclamada em custear procedimento recomendado pelo 
facultativo que atende o reclamante foi ilegal e agrediu a própria essência do objeto 
do Plano de Saúde, com grave violação da exegese do artigo 51, do Código 
Consumerista, máxime quando o direito à saúde e à vida do usuário do plano se 
sobrepõe ao direito obrigacional, notadamente em se tratando material que 
complementa a cirurgia, possibilitando ao conveniado maior qualidade de vida e 
caminhar com maior segurança. 
O arcabouço legal consubstanciado no Código de Defesa do Consumidor é 
arrimado em princípios básicos, dentre os quais o da boa-fé objetiva, exaltado noinciso III, do artigo 4º, e em gavinha com o artigo 51, que impõe às partes o dever 
de cuidado, objetivando garantir que o contrato atinja o fim desejado. 
Impende acrescer por imperioso acrescer por imperioso, que o contrato de 
prestação de serviços de saúde deve ser interpretado da maneira da maneira mais 
favorável ao consumidor, consoante se denota no artigo 47 do CDC. Mais ainda, 
devem ser consideradas nulas as cláusulas que coloquem o consumidor em 
desvantagem exagerada ou que sejam incompatíveis com a boa fé e equidade 
(artigo 51, IV, § 1º). Assim “São nulas as cláusulas contratuais que excluem a 
cobertura de determinados tipos de tratamento médico, tendo em vista que o 
consumidor adere ao plano de saúde justamente para ter a garantia da assistência 
quando dela necessitar. Tais cláusulas, além de leoninas, ferem normas previstas 
tanto no texto constitucional como no Código de Defesa do consumidor”. In RT 
787/335 
Já está pacificado que as limitações constantes no contrato de Plano de 
Saúde constituem prática abusiva, sedimentado no abuso do poder econômico, em 
prejuízo da defesa e do respeito do consumidor, pois agride o princípio 
constitucional da dignidade humana, notadamente quando o direito à saúde é um 
bem previsto na Carta Magna e digno de tutela jurisdicional. 
A prótese foi indicada pelo expert credenciado do Plano de saúde, para o 
sucesso e êxito do procedimento cirúrgico. 
Cumpre informar, consoante já consolidado pela STJ, que o Plano de Saúde 
apenas estabelece quais doenças podem ser resguardadas, mas não pode reduzir 
os procedimentos de cura determinados pelo médico. 
É dever da prestadora de serviços de saúde preservar a substância primeira 
do ser humano – a vida, o direito à saúde e de ser tratado – o que evidentemente 
não foi respeitado pela referida prestadora de serviços de saúde, devendo 
indenizar a autora conveniada pelos danos morais que ocasionou à mesma. 
A conduta da reclamada/recorrente ocasionou susto, abalo psíquico, 
ansiedade e angústia ao reclamante em razão de sua falha na prestação de seus 
serviços, devendo indenizá-lo pelos danos morais que infligiu ao mesmo. 
Logo, a manutenção da sentença hostilizada se impõe. Condeno a 
recorrente ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que 
arbitro em 20% sobre o valor da condenação, com arrimo no artigo 55 da LJE. É o 
voto que proponho. 
Do dispositivo 
Diante do exposto, resolve esta Turma Recursal, por unanimidade de votos, 
conhecer do recurso e, no mérito, negar-lhe provimento. 
O julgamento foi presidido pelo Juiz Dr. Marco Vinícius Schiebel, com voto, e 
dele participaram os Juízes Dra. Manuela Tallão Benke e Dr. Marcelo de Rezende 
Castanho. Curitiba, 16 de fevereiro de 2016. 
Marco Vinícius Schiebel 
Juiz Relator 
 
Conclui-se que: 
Em ambos os casos nota-se que a doutrina adota o mesmo parecer, a 
prótese quando vital ao paciente é parte integrante da cirurgia, uma vez que não 
há sentido em operar alguém sem todos os objetos necessários para o sucesso 
desta cirurgia. 
Tenha vista que ao contratar um plano de saúde o intuito é exclusivamente 
proteger a saúde bem como o bem estar mental, retirando qualquer tipo de anseio 
quanto a doenças, traumas ou lesões e seus transtornos. 
 
 
Site de busca: 
TJ-SP - APL: 10673052420138260100 SP 1067305-24.2013.8.26.0100, 
Publicação: 26/08/2014, São Paulo 7ª Câmara de Direito Privado, disponível em: 
http://tj-sp.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/136107371/apelacao-apl-
10673052420138260100-sp-1067305-2420138260100 . Acesso em 25/10/2016 
visitado em 26/10/16 
 
TJ-PR - PROCESSO CÍVEL - Recursos - Recurso Inominado : RI 
001702590201581600300 PR 0017025-90.2015.8.16.0030/0, publicação: 22/02/16, 
Foz do Iguaçu 2 Turma Recursal, disponível em: http://tj-
pr.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/307976087/processo-civel-e-do-trabalho-
recursos-recurso-inominado-ri-1702590201581600300-pr-0017025-
9020158160030-0-acordao Visitado em 27/10/16 
8. A FORMA PELA QUAL AS DEMANDAS JUDICIAS TEM SIDO 
PROPOSTAS NOS CASOS DE PLANO DE SAÚDE E AS INOVAÇÕES 
JURÍDICAS TRAZIDAS PELO NOVO CPC. 
 
A forma em que as demandas judicias têm sido propostas em casos 
semelhantes ao relatado no presente trabalho, é a de Pedido de Tutela Provisória de 
Urgência de Caráter Antecedente, inovação trazida pelo novo código de processo 
civil de 2015, conforme explanações a seguir. 
Na vigência do antigo CPC, de 1973, as partes para fazerem valer os seus 
direitos no que diz respeito a plano de saúde, tinham que ajuizar ação de 
conhecimento de Obrigação de fazer C/C Pedido Liminar de Antecipação dos Efeitos 
da Tutela, afim de se evitar o perecimento do direito no momento do provimento 
jurisdicional no final do processo. O que de certa forma, uma vez concedida a liminar 
no início do processo, mesmo não tendo as partes a intenção de sua continuidade, 
por já ter entregue a prestação jurisdicional principal, tinha-se a necessidade de se 
confirmar a antecipação da tutela, prolatando a sentença, analisando o mérito da 
questão, exaurindo o processo de conhecimento. Em outras palavras, tornava-se um 
processo completamente desinteressante para as partes, pois em muitos casos o 
autor já estava reabilitado ou curado de sua doença e o réu já não tinha mais 
argumentos para debater a ação judicial, ocasionando, ainda mais, a lotação de 
demandas na Justiça. (AMARAL, 2016) 
 
Por outro lado, com a vigência do novo CPC, surgiu a chamada Tutela de 
Urgência, que teve sua expressão inserida como gênero, subdividindo-se em tutela 
antecipada, ou melhor tutela satisfativa e a tutela cautelar (assecuratória), que, nos 
termos do art. 300, do novo CPC, somente serão concedidas quando presentes os 
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao 
resultado útil do processo. (MARINONI, 2015, p. 312). 
Segundo Luiz Guilherme Marinoni (2015; p. 314), “toda e qualquer tutela 
idônea para a conservação do direito pode ser requerida pela parte a título de tutela 
cautelar”, ou seja, a tutela cautelar é aquela que visa assegurar o resultado útil do 
processo, sendo que se prestam a pleitear uma providência diversa do pedido 
final, mas que o protege contra o risco de perecimento, como por exemplo o 
arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de 
bem que estão estampados no art. 301 do Novo CPC. 
Já a tutela antecipada requerida em Caráter antecedente é aquela 
satisfativa, ou seja, quando a tutela jurisdicional visa realizar concretamente o 
direito da parte, diferente da tutela cautelar que tem seu conteúdo assecuratório, a 
satisfazer eventual e futuro direito da parte. Em outras palavras, a tutela de 
urgência entrega à parte no início do processo àquilo que foi pleiteado ao final do 
processo. (MARINONI, 2015, p.47). 
Logo, percebe-se que nos casos das demandas de saúde, o que se aplica é 
a Tutela Provisória de Urgência de Caráter Antecedente, em que a parte, nos termos 
do art. 303, do novo CPC, pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e a 
indicação do pedido da tutela final, sem a necessidade de ajuizar um processo de 
conhecimento propriamente dito, como era no antigo CPC. E uma vez concedida a 
tutela antecipada, se a parte contrária não interpuser o recurso cabível, opera-se 
então a chamada estabilização da antecipação da tutela, ocorrendo a extinção do 
processo, inteligência do art. 304, e parágrafos seguintes, do novo CPC. 
(MARINONI, 2015, p. 315-316) 
Não se pode confundir estabilização da tutela antecipada com coisa julgada, 
pois as partes podem ajuizar outra ação para rever, modificar ou até mesmo 
invalidar a antecipação da tutela, no prazo de 2 anos, contados da ciência da 
decisão que extinguiu o processo, ou seja, pode a parte demandar a ação 
exauriente para aprofundar o debate iniciado sumariamente.(MARINONI, 2015, p. 
316-317). 
 Outra parte do novo CPC em que houve inovação jurídica processual, e que 
pode interferir substancialmente nas demandas envolvendo plano de saúde, 
inclusive no caso aqui discutido, foi a inclusão do Incidente de Resolução de 
Demandas Repetitivas, que na verdade trata-se de uma valorização dos 
precedentes judiciais, que tem por finalidade evitar que demandas repetitivas que 
versem sobre a mesma questão de direito tenham decisões diferentes, assegurando 
assim a isonomia e a segurança jurídica. Havendo várias ações ajuizadas no mesmo 
sentido, pode ser instaurado o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, 
em que uma delas é escolhida para ser analisada e proferida a decisão, que servirá 
como solução também para os demais casos. No caso em apreço, o presente 
incidente pode ser aplicado nas controvérsias relativas à cobertura do plano de 
saúde, que já possui uma vasta jurisprudência no mesmo sentido, com novas 
demandas surgindo dia - a – dia, uniformizando as decisões, trazendo uma maior 
segurança jurídica. (MARINONI, 2015, p. 913-914). 
 Por fim, com a entrada em vigor do novo CPC, pode-se concluir que houve 
uma grande inovação no que se refere ao procedimento adotado para aplicação do 
direito material (saúde) ao caso concreto, principalmente no que se refere a tutela de 
urgência de caráter antecedente, com a sua possível estabilização, evitando-se a 
indesejada perpetuação dos processos judiciais, assegurando uma tramitação 
processual mais enxuta, razoável, atendendo os anseios da sociedade, promovendo 
uma prestação jurisdicional mais adequada ao tema envolvendo a saúde. 
9. CONCLUSÃO 
 Pode se observar que os objetivos do trabalho foram atingidos tendo todas 
suas dúvidas sanadas, sabendo-se que contratos de convênios são regulados por 
legislação especial e este caso está sob a vigência do novo código de processo civil 
(CPC). 
 Diante do exposto verifica-se que a OMP seguros saúde não pode se negar a 
cobrir o valor da prótese, sendo esta equiparada a órgão ou membro, cabendo 
assim independente do contrato a responsabilidade de seguridade por parte da 
empresa. 
 A equipe de advogados de Marcos Orlando com base no novo CPC e com 
na legislação especial que regula os convenio médicos devera impetrar Ação de 
Tutela Provisória de Urgência em Caráter Antecedente e pedido de fixação de multa 
no caso de descumprimento por parte do plano de saúde, frente a urgência 
comprovada clinicamente da cirurgia e possível agravamento da lesão caso o 
procedimento não seja realizado. 
 
REFERÊNCIAS 
 
AMARAL, Carlos Eduardo Rios Do. Novo CPC traz mudanças nas demandas de 
saúde. JusBrasil, Espírito Santo, 20 jan. 2016. Disponível em: http://www.cnj.jus.br. 
Acesso em: 24 de outubro de 2016. 
GREGORI, Maria Stella. Planos de Saúde: a ótica da proteção do consumidor. 
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007. 
JÚNIOR, Nelson Nery; NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao Código de 
Processo Civil: Novo CPC – Lei 13.105/2015. V. único. 18. ed. São Paulo, Revista 
dos Tribunais, 2015. 
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo 
Curso de Processo Civil - Vol. 2 - 1ª Ed. 2015. 
MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO. Novo Código 
de Processo Civil Comentado - 1ª Ed. 2015. 
MONTENEGRO, Manuel Carlos. CNJ responde à OAB e decide que vigência do 
novo CPC começa em 18 de março. Congresso Nacional de Justiça, Brasília, 04 
mar. 2016. Disponível em: 23 http://www.cnj.jus.br. Acesso em: 19 de outubro de 
2016. 
TÁVORA, Nestor; ROQUE, Fábio. Código de Processo Penal Para Concursos: 
Doutrina, Jurisprudência e Questões de Concursos. V. único. 3. ed. Salvador, 
Editora JusPodium, 2012. 
TRETTEL, Daniela Batalha. Planos de Saúde na Visão do STJ e STF. São Paulo: 
Editora Verbatim, 2010.

Outros materiais