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Petição Inicial O autor vai pedir “algo” ao Estado contra alguém. Na petição inicial é preciso dizer o que se propõe contra réu. A nominação do que quer propor, quando não tem nome próprio, é preciso adjetiva-la, utiliza-se para isso o tipo de procedimento, que em geral podem ser: Procedimento comum ou ordinário. As ações ainda produzem eficácias: Declaratórias, constitutivas, condenatórias, mandamentais ou executórias. Os requisitos para petição Inicial estão elencados no art. 319 do CPC. Primeiro temos: O juízo a que é dirigida, diz respeito à identificação da competência do órgão jurisdicional. Qualificação das partes é preciso fornecer dados, seus nomes, prenomes, estado civil (esclarecendo, se for o caso, a existência de união estável), a profissão, o número no cadastro de pessoas físicas ou no cadastro nacional de pessoas jurídicas, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu. É importante a qualificação, como o endereço que pode definir a competência. Caso se desconheça um ou mais dos dados exigidos pelo dispositivo, cabe ao autor, também na inicial, requerer ao magistrado a realização de diligências para obtê-los. Fatos e fundamentos jurídicos, se refere a causa de pedir, que pode ser classificado em: Causa de pedir próxima(fundamentos jurídicos) e Causa de pedir remota (os fatos propriamente ditos). Esses fatos podem ou poderiam ter ocorrido em um único momento, ou, de forma sucessiva. O pedido com suas especificações, o pedido precisa está expresso, se houver ausência: O Estado não poderá agir. Porém, a lei permite que alguns pedidos fiquem implícitos; exemplo de pedido implícito: Pedido condenatório ao pagamento de juros e correção monetária (juros legais e não convencionados). O pedido é algo juridicamente relevante, inclusive até mesmo uma ‘certeza’ jurídica. No pedido deve-se ter tudo determinado, define-se substancia, quantidade e qualidade. As exceções, isto é, os casos em que é viável a formulação de pedido genérico, ocorrerá em três casos de: 1. Ações universais: Quando o objeto é um bem coletivo, ex: Herança. 2. Ações indenizatórias(Exceto dano moral): Quando não for possível determinar a extensão do dano, se permite nesse caso que fique “em aberto”, pois é algo que será apurado ao longo do processo. 3. Quando a determinação do objeto (como ocorre, por exemplo, nas obrigações de dar coisa, em que a escolha cabe ao devedor) ou o do valor da obrigação depender de ato a ser praticado pelo réu. Cumulação de pedidos (art. 327), essa cumulação se dá de forma concomitante ou superveniente, o art 327 traz requisitos para cumulação de pedidos, apresenta-se três requisitos: 1. Compatibilidade, um pedido não exclui o outro, ambos podem ser acolhidos e deferidos, essa compatibilidade se dá de dois modos, (1) pedidos independentes entre si (Cumulação simples). (2) A cumulação também pode ser sucessiva, nesse caso, se tem um vinculo de subordinação, um pedido será subordinado a outro, ambos podem ser acolhidos. 2. Competência, o juízo deve ser competente para apreciar todos os pedidos. 3. O procedimento deve ser o adequado para todos os pedidos, sendo que, havendo disparidade, o autor deve optar pelo procedimento comum, sem prejuízo da adoção das técnicas diferenciadas existentes para a tutela jurisdicional mais adequada para algum dos pedidos. Valor da causa, se não houver valor da causa, ou valor impreciso, a petição inicial será irregular. Corresponde à expressão econômica do direito reclamado pelo autor. Seja quando se trata de direito que não tem expressão patrimonial ou quando não for possível ao autor, desde logo, precisar as consequências do dano e, consequentemente, sua expressão econômica, será necessário estimar o valor da causa. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados, exige do autor a indicação, na petição inicial, dos meios de prova mediante os quais pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados, a produção da prova documental deve ser feita com a petição inicial. No art. 320, se refere a não apenas os indispensáveis, mas todos e quaisquer documentos que o autor conheça sobre fatos por ele alegados, podendo antecipar provas. A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação, é a oportunidade que o autor tem de manifestar desinteresse na audiência inicial de tentativa de conciliação, que se realiza no procedimento comum, antes da contestação do réu. Essa audiência deve, obrigatoriamente, ser designada, salvo se o processo for daqueles que não admite autocomposição, ou se ambas as partes manifestarem desinteresse na sua realização. A inicial é a oportunidade que o autor tem para manifestá-lo. Ele deve fazê-lo por petição, apresentada com 10 dias de antecedência, contados da data marcada para a audiência, ela só não será marcada se o desinteresse for expressamente manifestado por ambas as partes (art. 334, § 2º). A Petição Inicial deverá ser datada e assinada por alguém que detenha capacidade postulatória, deverá ser acompanhada, em regra, da procuração outorgada pela parte ao advogado. . Estando em ordem a petição nicial, o réu será citado, como regra, para comparecer à audiência de conciliação e mediação com pelo menos vinte dias de antecedência (art. 334, caput). Caso a petição inicial não supra as exigências, observa-se o art. 321, onde estimula um prazo o prazo de 15 dias para ela ser corrigida ou completada. O art. 330 especifica quatro (4) motivos que que a petição inicial poderá ser indeferida: Inépcia da inicial será aquela em que faltar pedido ou causa de pedir; quando pedido for indeterminado, a não ser que se esteja diante de alguma exceção legal; quando a narração dos fatos não conduzir logicamente ao pedido; quando contiver pedidos (cumulados) incompatíveis entre si. 2 e 3 . Referem-se os incisos II e III do art. 330 sobre condições da ação, onde a parte é ilegítima para ação, ou carece de interesse processual. por fim, impõe o indeferimento da petição inicial quando o autor não atender as exigências que o art. 106 estabelece ao advogado ou as do art. 321 (a adequada superação do juízo neutro de admissibilidade). Haverá improcedência liminar do pedido, de acordo com o rol do art. 332: O pedido contrarie enunciado de súmula do STF ou do STJ; ou acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos; ou entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; ou contrarie enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local. Havendo dúvidas sobre os fatos aplicáveis, o artigo referente não deve incidir, e também não incidirá na fase instrutória. A regra é que a audiência de conciliação ou de mediação seja realizada como ato seguinte ao recebimento da inicial e à citação do réu, exceto nos casos que não admitir autocomposição. O autor poderá, contudo, desde a petição inicial (art. 319, VII) manifestar seu desejo no sentido de ela não se realizar (art. 334, § 5º). Além disso, mesmo que o autor não se oponha àquela audiência na inicial, poderá o réu, citado, peticionar ao juízo comunicando seu desinteresse na audiência. Deverá atentar ao prazo que lhe concede o mesmo § 5º para tanto, de dez dias (úteis) contados da data da audiência. Portanto, basta apenas que uma das partes expresse que não deseja a realização da audiência de conciliação; o silêncio de ambos será interpretado como concordância. A audiência de conciliação ou de mediação deverá ser designada com antecedência mínima de trinta dias. A citaçãodo réu, por sua vez, deverá ser feita, pelo menos, vinte dias antes da audiência. Se as partes chegarem à autocomposição, ela será reduzida a termo e homologada por sentença.
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