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1 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR 2 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR APRESENTAÇÃO Quem tem medo da criatividade? Dificilmente haverá alguém que discorde de que esse é um ingrediente imprescindível na receita do sucesso de qualquer empreendimento competitivo, especialmente em um mercado cada vez mais acirrado no quesito, porém muita gente preserva a noção de que se trata de algo trabalhoso demais para se buscar nos limites da rotina – ou mesmo um valor exclusivo a poucas mentes ilustres. É preciso desmistificar o pensamento criativo – sem, contudo, subestimá-lo, claro. Neste material complementar ao conteúdo disponível no Administradores Premium, convidamos você a estimular sua própria criatividade e a de sua equipe, percebendo-a como um recurso mais acessível e útil do que imagina, com sugestões sobre planejamento, brainstorming e solução de conflitos. 3 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR resumo Em Comedy Thinking, o humorista e empreendedor Murilo Gun ensina como aproveitar aspectos da comédia para resolver problemas, inovar e criar soluções, seja na sua vida pessoal, no emprego ou empreendendo. Explicando o processo criativo que definiu como Comedy Thinking, Gun sugere cultivar um “olhar de turista” para se encarar problemas sob uma perspectiva diferente, questionar criticamente o mundo ao redor, buscar experiências em realidades distintas para ampliar o repertório pessoal, nutrir empatia e se colocar no lugar do outro e misturar conceitos diversos para criar ideias inusitadas. Confira o Workshop com Murilo Gun no Administradores Premium 4 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR Criatividade ou planejamento: o que é mais importante ao abrir um negócio? A criatividade e o planejamento são absolutamente essenciais para uma empresa. Mas quase todos nós temos uma inclinação pessoal natural para um ou outro. Então, qual deles é mais importante ao abrir um negócio? Ao criar uma empresa, é fundamental que o empresário tenha uma ideia, fruto da criatividade, que é o produto, o serviço – a solução que deve ser produzida. O planejamento, por sua vez, posiciona essa solução no mundo. Define o espaço, o tempo, os meios de produção e a forma mais econômica, rápida e prática de entregá-la ao cliente. Comece pela criatividade Podemos dizer que a criatividade é a primeira função exercida por quem pensa em montar um negócio. Para um empreendimento valer a pena, ele tem de oferecer algo novo, original e que realmente resolva um problema real. Um novo modelo de negócio, um produto de mais qualidade, um serviço mais ágil, um atendimento mais agradável e eficiente, todos esses aspectos dependem da criatividade do empreendedor, muito antes que possam ser disponibilizados ao mercado. Mas, logo após criar o produto, já estamos pensando em como será produzido, anunciado, vendido e entregue. Ou seja, naturalmente, ao pensarmos na ideia, já começamos a planejar. De modo que, para cumprir sua função, a ideia precisa ser exequível, adaptável a um plano. Precisa convencer, atendendo a uma demanda ou resolvendo um problema do mundo real. É aí que entra a importância fundamental do planejamento. (Adaptado a partir de artigo desenvolvido por Egton Pajaro para o Portal Administradores) 5 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR O cliente quer o diferente, o novo, a solução de um problema ou necessidade. Muitas vezes, ele até já sabe o que quer: ele mesmo “criou” o produto em sua imaginação. Mas, é a sua empresa que sabe como produzi-lo, que cria todas as condições viáveis para realizar e entregar essa solução a ele. Sua tarefa é planejar tudo para que o produto, fruto da criatividade, seja entregue com qualidade e a um custo aceitável nas mãos do consumidor. Não culpe o cliente se ele não entender a sua criatividade Lembre-se de que criatividade vem de “criar”, o que significa realizar, produzir, fazer acontecer no mundo real. Se a ideia não é ou não se tornar executável e prática, não adianta pôr a culpa nos outros, dizendo que “o público não está preparado para entender a minha genialidade”. Só um insight, por melhor que seja na cabeça de seu criador, não é suficiente para garantir o sucesso, há de se ter competências complementares que viabilize a sua exploração concreta com a efetiva entrega ao potencial consumidor. Pode-se dizer então que uma boa ideia já surge com o planejamento que lhe permite encaixar-se no mundo. A verdadeira criatividade está em criar boas soluções, que sejam viáveis e implementáveis por meio de diversas ações articuladas e complementares entre si. Essa orquestração tende a ser racionalizado se premeditado por um adequado plano de ação, respaldado por um planejamento que defina as etapas, métodos e meios necessários para a realização do propósito. Somente devemos considerar como boa e criativa a ideia que, acompanhada de bom senso prático, possa ser posta em prática por meio de um minucioso planejamento que a traduza de forma transparente em um bom projeto de execução, a fim de prover visibilidade e ser compreendida por todos que nela depositarão seus esforços. O planejamento tem que, entre outros objetivos, testar modelos, simular cenários, estressar variáveis estratégicas, portanto deve gerar senso de viabilidade que garanta que possa ser vendida, que atenda a uma necessidade ou desejos legítimos do consumidor a um preço que ele esteja disposto a pagar. Assim, a ideia não é algo vago. Pense em si mesmo como o inventor do seu negócio. Ninguém é inventor só por dizer “eu tive a ideia de um 6 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR motor movido a água”. Esse sonho qualquer um já teve, afinal de que vale uma excelente ideia que não se concretiza? O inventor, assim como o empreendedor, não é só um sonhador, mas tem de passar por todas as etapas que materializem o seu sonho num objeto real e funcional. Planejar: a hora em que a criatividade sai da cabeça e vai para o produto O planejamento preenche a lacuna entre o insight e o produto final, e pensa em todos os elementos organizados em etapas necessárias e graduais para que obtenhamos algo concreto. E deve, ele próprio, ser criativo também para adaptar os processos, mudando o caminho inicialmente previsto, se necessário. A produção pode envolver milhares de passos, cada um requerendo uma forma criativa de ser executado. Por isso, quando você é o dono deve cuidar de todos os detalhes. Para isso, esmiúce as etapas e tarefas a serem cumpridas até a entrega do produto ao mercado. Anote e analise tudo. Simule todos os cenários e alternativas com suas possíveis variáveis de forma que lhe proporcionem conteúdo para a tomada de decisão que mitigue surpresas e soluções emergenciais. Enfim, explore tudo aquilo que tenha potencial para influenciar positiva ou negativamente seu objetivo, isto lhe fortalecerá perante as adversidades naturais de qualquer empreendimento. Encare cada etapa como um negócio em si, que pode ser executado, ou modificado, sempre de forma inovadora. Coloque criatividade nele, fazendo-o de forma diferente. A criatividade é a mágica que propõe algo novo no mundo, é o propulsor da evolução humana. O planejamento deve ser capaz de abstrair conceitos da ideia e convertê-los em um plano concreto que materialize e consolide os meios de tornar esse algo visível, audível, palpável, compreensível, replicável, viável, agradável, acessível e vendável. Assim, seja você mais propenso à criatividade ou ao planejamento, fica claro que o mais importante é o equilíbrio entre os dois eixos de forma complementare constante. Não deixe suas ideias se perderem por falta de um planejamento criativo. Não permita a acomodação, seja criativo sempre, da ideia à entrega do produto final. Surpreenda seu cliente de forma estruturada, sustentável e perene. 7 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR Cinco mitos sobre criatividade que precisamos esquecer Criatividade, inovação, pensar fora da caixa e outros termos da moda viraram palavras de ordem nas empresas. Mas falar e exigir é mais fácil do que trabalhar e criar uma cultura corporativa onde as pessoas possam se manifestar sem receio de represálias – o que é apenas um começo. A criatividade, mesmo desejada, é desestimulada e esmagada pelas demandas do cotidiano. Isso ocorre, em parte, por conta de desconhecimento acerca do conceito. Muitos gestores não sabem exatamente o que procuram quando exigem criatividade das suas equipes – possivelmente uma solução iluminada que resolva boa parte de seus problemas e atraia lucros. Não é bem assim que funciona. Para que a criatividade possa ser levada a sério no cotidiano das empresas, alguns mitos precisam ser desconstruídos. Confira abaixo os cinco principais: 1. Apenas gênios podem ser criativos O mito romântico da genialidade ainda parece permear o imaginário das pessoas. Cultuamos personalidades como Leonardo da Vinci, Pablo Picasso e Salvador Dalí e pensamos que as empresas precisam de gênios como eles. Mas esquecemos que todos esses artistas são fruto de sua época e viveram e produziram conforme as demandas contemporâneas. Um exemplo claro é a carta – hoje seria chamada de currículo – endereçada ao Duque de Milão, onde Leonardo Da Vinci propõe uma série de soluções para problemas cotidianos baseadas na sua 8 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR capacidade. “Eu faço uma espécie de ponte extremamente leve e forte”; “eu sei como, quando um lugar está sitiado, levar água para fora das trincheiras”; “eu tenho métodos para destruir cada pedra ou outras fortalezas, mesmo que elas tenham sido fundadas em uma rocha”. São basicamente conhecimentos adquiridos e aplicados. Algo que qualquer pessoa, em perfeitas condições físicas e mentais, com acesso à informação, pode fazer sem dificuldade. “Criatividade é o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; e, finalmente, comunicar resultados”, define a pesquisadora e psicóloga Eunice Alencar no livro Criatividade. A criatividade artística renascentista muitas vezes é louvada, mas seu caráter pragmático é esquecido. “Os artistas sempre trabalharam ‘sob encomenda’ e com prazos de entrega”, lembra o pensador Domenico de Masi em O Ócio Criativo. “A criatividade deles muitas vezes se atiçava com a ideia de desafiar esses limites. Os grandes artistas do renascimento recebiam instruções muito precisas por parte de quem lhes encomendava a obra”, conta. Para de Masi, a diferença entre um trabalho criativo e um trabalho burocrático é a maneira como as regras são encaradas: no primeiro caso, como um desafio; no segundo, como limites. 2. Inovação e criatividade são a mesma coisa Inovar é imperativo nas empresas, especialmente porque hoje não é possível manter o crescimento e superar a concorrência sem inovação. Assim como ocorre com a criatividade, seu conceito tornou-se um pouco nebuloso em virtude da sua disseminação indiscriminada. Alguns acham que inovar é simplesmente criar novos produtos. Ou que inovação e criatividade são a mesma coisa. Não é bem assim. A inovação acontece quando algum elemento novo é introduzido no produto final ou nas rotinas da empresa, de modo a gerar maior valor econômico. Seu resultado depende, em parte, da criatividade. Criação é efeito, criatividade sua causa. 9 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR No entanto, não são termos sinônimos nem devem ser tratados como tal. O processo para o desenvolvimento de uma equipe onde a criatividade é um valor fundamental é diferente dos processos de inovação, cada qual com um propósito específico. 3. Criatividade é assunto estritamente individual Tanto especialistas da área de educação quanto da área de negócios entendem que a criatividade não brota e se desenvolve sozinha na mente do indivíduo – algo que Aristóteles elucidou há alguns milhares de anos em sua Poética. Fazer parte de um ambiente que estimule a criatividade e estar na companhia de pessoas que reforcem esse traço são fatores que exercem papel fundamental no comportamento das pessoas. A criatividade tem um componente social. E nesse aspecto consistem os maiores problemas relacionados ao comportamento criativo. A psicóloga e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Argentina Rosas aponta que os três principais ambientes de formação individual – família, escola e trabalho – por vezes atuam com a intenção de inibir a criatividade em nome da estabilidade social. Porém, de maneira contraditória, exigem das pessoas que elas sejam criativas, sobretudo em momentos de crise. Não é raro que verdadeiros talentos sejam penalizados por agirem de maneira diferente ou se destacarem. “Falar de criatividade tomou-se modismo. O termo vem assumindo uma dimensão mágica, principalmente nos meios de comunicação de massa. Contudo, não nos iludamos. Ainda estamos longe de observar aqueles meios de socialização – família, escola, trabalho – cultivando a criatividade, a fecundidade imaginativa, a reflexão crítica, a intuição”, alerta Rosas. Jean Piaget, um dos maiores pensadores do século 20 e entusiasta do desenvolvimento da cognição infantil, destacou o papel da coletividade na formação de pessoas criativas. “A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe”, escreveu no livro O Nascimento da Inteligência na Criança. 10 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR Durante a fase adulta, quando já atuam em ambientes de trabalho geralmente burocráticos, as pessoas têm condições de pensar de maneira criativa, mesmo após anos de conformação familiar e escolar. Se o ambiente, a direção e os colegas fornecem a liberdade necessária e reconhecem o esforço na concepção de novas ideias, a criatividade individual é beneficiada. 4. Uma empresa ou equipe deve ter os “criadores” e os “executores” em ordem hierárquica Essa é uma noção possivelmente oriunda da Revolução Industrial de 200 anos atrás. A cultura corporativa que determina a alguns funcionários que eles “não são pagos para pensar, mas para fazer” não ajuda muito. E tudo isso está redondamente equivocado. Conforme já foi dito, a criatividade é uma capacidade inerente das pessoas. As soluções mais criativas podem vir de qualquer lugar, inclusive das pessoas que executam atividades de nível operacional. Delegar o trabalho de pensar apenas aos executivos e gerentes é desperdiçar o potencial latente da própria empresa. Em outras palavras, uma companhia com esse pensamento não irá resistir à concorrência. Todas as pessoas são criativas, embora nem todas tenham o mesmo potencial; é trabalho da empresa garantir que essa criatividade se transforme em um ativo. “A criatividade não é totalmente maleável – a personalidade estabelece certos limites – mas pode ser cultivada pormeio de intervenções deliberadas, especialmente por períodos longos de tempo. Estudos genéticos sugerem que os genes determinam cerca de 10% da variabilidade do potencial criativo, portanto há muito espaço para desenvolvimento”, afirma Tomas Chamorro- Premuzic, professor de Psicologia aplicada aos negócios da University College London. No entanto, o professor também alerta que ter pessoas com o mesmo perfil criativo em uma equipe ou empresa pode ser prejudicial. “Embora geradores de ideias sejam essenciais para qualquer equipe criativa, suas ideias só serão implementadas se a equipe também contar com pessoas que amem execução, pensem de forma pragmática, sejam atentas aos detalhes e ajudem a transformar ideias criativas em verdadeiras inovações”, explica. 11 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR 5. Criatividade não guarda qualquer relação com a cultura empresarial “O cotidiano em um ambiente de trabalho está essencialmente relacionado ao engajamento dos funcionários, que influencia fortemente a criatividade e a produtividade”, explica a psicóloga e pesquisadora Teresa Amabile em uma palestra no TED. Ao relacionar três fatores indissociáveis – engajamento, criatividade e produtividade –, a psicóloga conclui que essa é a força motriz da performance. Portanto, ter funcionários criativos é fundamental para que uma empresa consiga gerar valor para clientes, sócios e acionistas. A busca dessa valor, no entanto, não deve se dar apenas no âmbito da contratação. Assim como o engajamento e a produtividade, a criatividade pode ser estimulada. “O pensamento criativo refere-se a como as pessoas abordam os problemas e propõem soluções – a capacidade delas de criar novas combinações com ideias que já existem”, explica a psicóloga em um artigo publicado na Harvard Business Review. 12 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR Cinco dicas para um brainstorming de boas ideias Diferente do que se costuma acreditar, a criatividade não é um dom “recebido” exclusivamente por algumas pessoas mais bem- dotadas. Segundo estudiosos da área, como o famoso Alex Osborn, a criatividade é uma capacidade que todos possuem, mas deve ser desenvolvida por meio de alguns processos mentais que podem ser aprendidos e treinados. O próprio Osborn desenvolveu um muito conhecido: o brainstorming. Porém, até esse processo precisa seguir algumas diretrizes para que tenha resultados – é o que defende Roberto Sá Filho, pós-graduado em Marketing Digital pela ESPM e professor-parceiro da Brasília Marketing School (BMS). Confira suas dicas: 1 - Evite julgamentos Roberto explica que um dos principais pontos de um bom brainstorming é evitar o julgamento. A pressa no julgamento leva ao descarte de ideias que poderiam ser base para outras melhores, e até ser o início da solução. O ideal é dividir o processo em dois: o brainstorming e somente depois o julgamento e seleção das ideias. “No início, muitas ideias podem parecer um tanto simplistas ou até estranhas, mas não devem ser evitadas ou repreendidas”, expõe o especialista. 2 - Desarticule as hierarquias Um erro muito comum nessa técnica é a presença de hierarquia, indica o professor. Segundo ele, figuras superiores, quando não geram julgamento, geram o medo do julgamento. “Em um processo de explosão criativa, todos devem ter a mesma liberdade e oportunidade de sugerir ideias. A presença de figuras superiores pode acabar por suprimir isso”, defende o especialista. 13 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR 3 - Trabalhe no foco “Acredito que todo profissional que lida periodicamente com o brainstorming já deve ter percebido a facilidade da conversa andar para outros caminhos que não sejam o de encontrar a solução”, aponta Roberto. Segundo ele, o foco é extremamente importante para evitar que os brainstormings sejam sinônimo de longas reuniões de bate-papo improdutivo. 4 - Não se apegue às suas ideias O brainstorming é o momento de exposição e criação de possibilidades, então é importante ter um pouco de desapego. “Se você se agarrar à sua ideia, o processo é interrompido e abre margem para julgamentos. A ideia é criar, combinar e analisar diversas possibilidades”, argumenta o professor. 5 - Esteja preparado “Por mais livre que seja o processo de brainstorming, ele deve ser baseado em conhecimento sólido”, adverte Roberto, pontuando que o problema a ser solucionado deve estar muito claro para toda a equipe. “Todos devem ter tido tempo para se debruçar sobre o problema e estudar os temas que podem ser pertinentes. Conhecimento e reparação são fundamentais”, pontua. 14 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR A importância da criatividade na solução de conflitos Corte de gastos, demissões e aumento de impostos. Estas são algumas das respostas mais comuns em tempos de dificuldades econômicas, e a reação da população a elas costuma ser de revoltas e ocupações, algo que poderia ser diferente se as lideranças abordassem as crises de maneira inovadora e se adotassem uma postura aberta a boas ideias. É o que confirma uma pesquisa recém- divulgada pelo site Psychology Today sobre a imposição de soluções rígidas. Entre outros detalhes, o estudo mostra que quanto mais encararmos os desafios com dureza, mais as pessoas se sentirão frustradas e impotentes. “Situações que se afiguram fechadas a contribuições podem enviar sinais de ‘mãos atadas’ e sutilmente desencorajam as pessoas de qualquer interação mental ou física com as ideias”, aponta Wilma Koutstaal, professora de psicologia da Universidade de Minnesota, PhD no assunto e autora de artigo sobre o pensamento e a agilidade humana. A visão é compartilhada pelo especialista em publicidade e empreendedor digital Celso Fortes. O CEO da agência Novos Elementos explica que buscar soluções criativas é uma necessidade geral. O publicitário reforça que estes pontos podem ser muito úteis para a gestão dos negócios ou governos, assim como é feito nas grandes empresas de tecnologia. “Os conceitos de criatividade, inovação e design são universais e devem ser expandidos. É algo muito além do que nos acostumamos a ver em smartphones, carros e em outras peças de consumo. É claro que encontrar soluções para problemas e situações difíceis é uma tarefa árdua para qualquer um. Mas isso não quer dizer que só uma atitude centralizadora é capaz de encontrar boas respostas”, argumenta. 15 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR É por isso que o especialista em publicidade da agência Novos Elementos destacou abaixo cinco pontos para que o design, a criatividade e a inovação inspirem os líderes e empreendedores a encontrar melhores processos de gestão. 1) Design Thinking Grosso modo, o Design Thinking é um processo que ajuda as empresas, instituições ou o líderes a se aprofundarem em situações complexas e buscar o entendimento de parâmetros e padrões que são necessários para conseguir projetar soluções de maior qualidade possível. “Ah, então basta pensar diferente?” Não. Este é um processo para ser feito em grupo. Afinal, você não verá seus “pontos cegos”. É realmente se debruçar sobre o assunto e atingi-lo com novos conceitos, ideias, visões de mercado e até mesmo preparar protótipos para ver se a solução alcançada se adapta a realidade. É um meio mais profundo de oferecer respostas e informações preciosas que tornarão suas decisões ainda mais claras e realistas. 2) Diversidade Antes de preparar qualquer peça que será exibida na internet ou na mídia o designer colhe e pesquisa diversas imagens com conceitos diferentes para compor achamada “arte final”. Esse processo é uma forma de combinar fatores distintos a fim de alcançar um novo resultado para algo visto como antiquado ou incapaz de atingir os objetivos com a eficiência necessária. Isto pode ser replicado no enfrentamento de problemas de gestão. Avaliar soluções com equipe e combinar possibilidades é uma forma de experimentar novas formas de fazer o mesmo trabalho e ainda ouvir a equipe. Trata-se de um jeito de considerar o máximo de possibilidades ao invés de aplicar qualquer ideia por “falta de opções”. 3) Detalhes Toda mensagem ou parte do processo importa. Pense em um iPhone. O primoroso smartphone da Apple é um sucesso porque seu inventor, Steve Jobs, era um obcecado por detalhes. O celular da Apple foi meticulosamente pensado tanto por dentro quanto por fora. Isso fez a fabricante de tecnologia levar os conceitos de design ao extremo. O resultado foi um aparelho bem acabado fisicamente, mas que sem suas múltiplas funções com o sistema operacional iOS não iria 16 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR passar de uma placa de vidro de cantos arredondados. Fora isso, um equipamento desses contém poderosos chips que permitem ao usuário acessar a internet e tirar fotos em alta qualidade em segundos. O design e a criatividade são parte crucial desse processo, pois contribuíram para que a equipe percebesse as verdadeiras potencialidades do que até pouco tempo atrás era visto como um “simples” celular. 4) Experiência do usuário Um solução só é inovadora se ela levar em consideração a realidade de quem usa o serviço, produto ou projeto. Caso contrário, a resposta encontrada é apenas um conjunto de ideias mirabolantes que não se aplicam à vida prática. Os profissionais de design são formados para buscar soluções integradas, capazes de atender aos anseios dos perfis mais variados. Combinar habilidades que permitam ao resultado final é uma forma de gerar o máximo de empatia possível pelo produto ou arte. A consequência dessa experiência é uma verdadeira vantagem competitiva e deve ser levada em consideração. 5) Padrões Não há nada errado em padrões. O problema é quando estas normas já não geram os mesmos resultados de antes ou, pior, passam a criar efeitos negativos. Processos criativos e conceitos inovadores são fundamentais para repensar esses critérios. Um exemplo seria observar a forma como as pessoas costumam reagir às críticas dos clientes. Vale questionar: “O que é feito com essas informações?” “Como isso chega até os líderes?” “De que maneira podemos passar a oferecer um atendimento mais completo aos descontentes?”. Estas reflexões podem produzir atendimentos melhores, além de mostrar ao consumidor que você realmente se importa com o que ele diz e passa. 17 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR TOME NOTA ADM TALKS Algumas coisas que você precisa saber sobre criatividade REVISTA ADMINISTRADORES Como enlouquecer sua empresa CAFÉ COM ADM Por que você precisa ser mais criativo 18 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR Este é um material para uso exclusivo dos membros do Administradores Premium como complemento ao conteúdo disponível na plataforma. Se você acha que um amigo pode se beneficiar desse material, indique o link administradores.com.br/premium criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR 19 criatividade MATERIAL COMPLEMENTAR
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