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GABRIELA RIBAS – MÓDULO IV: SEMANA 5
IMUNIDADE HUMORAL
A imunidade humoral é uma subdivisão da imunidade adaptativa.
A imunidade humoral é quando o linfócito B ao se tornar efetor, vai se transformas em plasmocitos e produzir/secretar anticorpos.
Quando o mecanismo é intracelular, o anticorpo não costuma ser efetor, uma vez que não tem o encontro do antígeno com o anticorpo, já que ele vai estar internalizado dentro da célula. Os microosganismos da imunidade humoral normalmente são microorganismos extracelulares. 
As APC através do MHC II vão apresentar pro linfócito TCD4, que libera citocinas para ativar o TH2, que vai ativar o linfócito B e o linfócito B se prolifera, ele deixa de ser virgem e começa a ter expansão clonal, gerando vários outros linfócitos B (uns se tornam efetores, que são os plasmócitos produtores de anticorpos, e outros criam memória imunológica). 
PROPRIEDADES DA IMUNIDADE HUMORAL
A imunidade humoral é desencadeada por antígenos exógenos, gerando uma resposta específica tanto ao antígeno quanto ao epítopo (especificadade antigênica). 
A resposta imune humoral possui uma diversidade do repertório de antígenos existentes (resposta policlonal). 
Essa resposta promove uma expansão clonal, onde uma vez que o linfócito B reconhece o antígeno correspondente começa a sofrer processo de mitose gerando diversas células onde algumas serão efetoras (plasmócitos) e outras serão células de memória guardadas para futuras reincidências daquela infecção. A teoria da recombinação genética é baseada na reorganização de segmentos gênicos para a geração de diversos anticorpos, a partir de uma quantidade relativamente pequena de informação genética. 
Uma vez que os anticorpos são específicos, como é possível produzir uma quantidade tão grande de moléculas distintas, compatível com a imensa diversidade de antígenos aos quais somos expostos? Baseada na reorganização de segmentos gênicos para a geração de diversos anticorpos, a partir de uma quantidade relativamente pequena de informação genética.
ANTICORPOS
Anticorpos são glicoproteínas produzidas por linfócitos B (plasmócitos), que têm mobilidade eletroforética principalmente na fração gama. Numa dosagem de proteínas observa-se a quantidade de proteínas totais, mas a eletroforese indica a quantidade de cada uma, onde as proteínas mais leves ficam mais negativas porque são menores (α, β e y) e a albumina fica mais positiva por ser maior, diferenciando uma da outra. Os anticorpos também são conhecidos como imunoglobulinas e gamaglobulinas, representando 20% das proteínas do plasma. Caracterizam a resposta imune humoral. 
ESTRUTURA MOLECULAR
Apresenta duas cadeias pesadas e duas cadeias leves.
Elas possuem 3 regiões: variável, constante e dobradiça. 
A cadeia leve possui uma região variável e uma constante, já a cadeia pesada tem uma região variável e 3 regiões constantes. 
A recombinação gênica só muda a sequência de aminoácidos na região variável. 
A região do meio é a região de dobradiça que permite que algumas classes de anticorpos apresentem maior mobilidade (IgG, IgD e IgA).
A região variável determina a especificidade do anticorpo porque é responsável pela ligação com o antígeno, contém regiões de hipervariabilidade ou de complementariedade. 
A região constante está associada com a função efetora dos anticorpos, permitindo distinguir entre IgG, IgA, IgM, IgD e IgE. 
Os anticorpos possuem fragmentos funcionais, o Fab (fragmentos ligadores de antígenos) e o Fc (fragmento cristalizável). 
A porção Fc se liga ao leucócito e representa as duas regiões constantes da cadeia pesada; e o antígeno se liga na porção Fab.
A porção Fab se liga ao antígeno da lombriga (verme) e a porção Fc do anticorpo vai se ligar ao eosinófilo que vai estimular a ação da proteína básica maior permitindo a quebra da cutícula do verme e as neurotoxinas eosinofílicas gerando a morte do verme. 
CLASSE IgG (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) estão em maior concentração no plasma sanguíneo. Estão na forma de monômeros, são os únicos que conseguem atravessar a placenta (os anticorpos da mãe passam imunidade para o feto), neutralizam toxinas e vírus, promovem opsonização, fazem a ativação do sistema complemento e promovem ADCC (cito toxicidade dependente de anticorpo através de macrófagos e NK). 
CLASSE IgM não possuem região dobradiça. São pentâmeros unidos por cadeia J e estão presentes apenas em 10% no soro. Estão presentes na superfície do linfócito B junto com a IgD, ativam o sistema complemento. É o primeiro anticorpo a se manifestar numa infecção primária (já está na superfície do linfócito B), neutralizando o antígeno através da aglutinação. Não atravessam a placenta. Se for necessário produzir as outras precisa trocar isotipos e começar a expressar outras cadeias por exemplo a , no caso da IgG. 
CLASSE IgA (IgA1 ou IgA2) são dímeros unidos por cadeia J. Se localizam predominantemente nas mucosas e secreções e por isso conferem imunidade ao bebê (principalmente presente no colostro). Possui um componente secretório porque precisa ir para a luz do órgão. Neutraliza vírus e bactérias. 
CLASSE IgD são monômeros e estão presentes na superfície de linfócitos B funcionando com receptores; são pouco abundantes no soro. São sensíveis a hidrólise. Não fixam complemento e têm vida curta. 
CLASSE IgE não possuem região de dobradiça e são monômeros. São pouco encontrados no soro, fazem ligação com mastócitos e basófilos e não precisam da presença do antígeno para se ligar. Estão presentes em parasitoses e reações alérgicas e fazem ligação via Fc aos eosinófilos. Não fixam complemento. 
MUDANÇA DO ISOTIPO: o linfócito B tem potencial para produzir qualquer um dos isotipos de anticorpos, mas inicialmente são produzidos o IgD e o IgM (aparece mais rapidamente). Para ele começar a produzir outras classes é necessário que ocorra a troca da cadeia pesada. Como o anticorpo sabe que precisa trocar a classe? A ligação com determinado tipo de antígeno indica que a classe deve ser trocada, além das diferentes citocinas que são liberadas indicando qual classe ele deve formar: Troca de porção constante da cadeia pesada.
FUNÇÕES DOS ANTICORPOS: Receptores de membrana de linfócitos B: IgD e IgM, neutralização (IgG, IgA e IgM), opsonização, ativação do sistema complemento (IgM e IgG), ativação de células efetoras, mediação da hipersensibilidade imediata pela IgE, proteção das mucosas (IgA) e imunização do RN (IgA (leite materno) e IgG (feto)). 
INTERAÇÃO ANTIGENO-ANTICORPO: Os anticorpos se ligam aos antígenos por ligações não-covalentes e essa ligação tem força variável. A ligação do anticorpo com antígeno é chamada de afinidade, quanto mais o nosso organismo se depara com o mesmo antígeno a afinidade é cada vez maior. Em relação a avidez, oIgG, por exemplo, consegue se ligar a 2 antígenos ao mesmo tempo, já o IgM consegue se ligar a 10 e por natureza o IgM tem muito mais avidez que o IgG. 
CINÉTICA DA RESPOSTA IMUNE: A resposta imune humoral pode ser primária e secundária. A quantidade de anticorpos produzidas vai variar de uma para outra. Ao entrarmos em contato com o antígeno pela primeira vez ocorrerá, primeiramente, uma fase de adaptação, passando por macrófagos, células dendriticas que vão agir e apresentar o antígeno para o linfócito T e depois para o linfócito B que produz, em grandes concentrações, o anticorpo da classe IgM que vai determinar se o indivíduo tem ou não a doença (se aumenta muito da positivo e tem a doença). Depois de um tempo o IgM vai declinar e o IgG começa a aumentar, ou seja, na fase tardia de uma doença encontra-se maior concentração de IgG. Num segundo contato com o mesmo antígeno, o IgM mantém a mesma curva cinética, mas o IgG aumenta muito e tende a se manter em grandes quantidades. Isso varia de pessoa para pessoa e por isso tem vacina que a pessoa toma e não precisa de reforço porque o IgG fica em grandes quantidades para o resto da vida, e outras que precisam de reforço porque o IgG reduz num determinado momento. 
Se emum exame tem IgM positivo e IgG positivo, a pessoa está com a doença. Se o IgM estiver positivo e o IgG estiver negativo, pode ser a fase inicial da doença. Se está IgG positivo e IgM negativo, a pessoa pode estar na fase tardia da doença ou estar num segundo contato com o antígeno. 
RESUMO:
A prmeira resposta é relativamente fraca e de curta duração
A resposta primaria é consequência da ativação de um LB virgem
A resposta secundaria estimula os clones de memoria
IgM na primária e IgG, IgA e IgE na secundaria – citocinas

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