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RELATÓRIO PRÁTICA DE CAMPO

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FUNDAÇÃO CECIERJ – CONSÓRCIO CEDERJ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO– UFRF
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
NOME DO ALUNO 
JOSÉ ROBERTO DE JESUS FERREIRA
MATRÍCULA-18114020437
RELATÓRIO PRÁTICA DE CAMPO
POPULAÇÕES, COMUNIDADES E CONSERVAÇÃO.
TRÊS RIOS
ABRIL/2019
1. INTRODUÇÃO
O município de Três Rios, estado do Rio de Janeiro, que apresenta 326,136 km2 de área total e 77.432 habitantes (IBGE, 2013). No município predominam os argissolos e o clima é o mesotérmico, sendo a temperatura mínima de 14,4 °C, a temperatura máxima de 37,4 °C e a precipitação de 1.300 mm por ano. O município possui seis unidades de conservação da natureza, todas municipais: Área de Proteção Ambiental Bemposta (APA Bemposta), com 19.942,49 ha; Área de Proteção Ambiental Lago do Caça e Pesca (APA Lago do Caça e Pesca), que apresenta 32,94 ha; Área de Proteção Ambiental Santa-Fé (APA Santa-Fé), com 1.841,22 ha; Área de Proteção Ambiental Vale do Morro da Torre (APA Vale do Morro da Torre), que possui 4.236,58 ha; Monumento Natural Municipal Encontro dos Três Rios (MONA Encontro dos Três Rios), com área total de 267,53 ha; e o Parque Natural Municipal de Três Rios (PNM Três Rios), que apresenta 26,2 há, essas áreas carregam um pouco do que ainda resta da mata atlântica, que foi sucumbida pela monocultura do café e mais tarde pela expansão da agropecuária para dar lugar às pastagens e a ocupação urbana. 
O Parque Natural Municipal de Três Rios é o local em que foi realizada a prática de campo da disciplina PCC, para o estudo da diversidade de espécies.
2. OBJETIVO 
Coletar informações para analisar a variação de fatores como luminosidade, solo e cobertura vegetal, que podem influenciar no índice de diversidade de 4 quadrat, previamente delimitado por um grid localizado na margem direita do rio Paraíba do Sul.
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Avaliar a Equitabilidade: Eq= H’/(LnS)
Avaliar o Índice de Similaridade: (2 𝑐 𝑎 ⁄ + 𝑏)
Avaliar a altura, DAS e diversidade de Shannon na borda e no interior da Mata. 
Identificar a presença de Epífitas e lianas em árvores e arbustos na borda e no interior da mata.
Identificar a presença de insetos (exofítico e endofítico) em plantas na borda e interior da mata. 
Avaliar o grau de cobertura do dossel e de herbáceas na borda e no interior da mata. 
Construir a curva do coletor para avaliar a eficiência de amostragem na borda e no interior da mata.
Avaliar a serapilheira dos quadrats.
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
3.1. ÁREA DE ESTUDO
Parque Natural Municipal de Três Rios (PNM Três Rios), que apresenta 26,2 há, localizado na Avenida Circular Ocidental, Três Rios – Rio de Janeiro, à margem direita do Rio Paraíba do Sul.
3.2. MATERIAIS
Barbante 
Fita Métrica; 
Quadrat de madeira;
Roteiro da prática;
Lápis;
Caneta
Borracha;
3.3. MÉTODOS
Marcamos 10m da borda ao interior da mata com o barbante e 30m de uma ponta a outra, dividimos ao meio e formamos 12 quadrats cada medindo 5m x 5m, sendo numerados de 1 a 12, de modo que os impares ficaram à borda da rua e os pares à borda da lagoa ao lado do rio Paraíba do Sul.
Formaram-se 3 grupos, e cada grupo, através de sorteio ficou responsável em analisar 4 quadrat.
Em cada parcela, foram analisadas as morfoespécies existentes, bem como foram medidos os tamanhos de caule (DAS) e a altura de cada. 
Também foram analisadas a existência de lianas e epífitas em cada uma dessas morfoespécies;
Com o quadrat de madeira, fizemos a mensuração da cobertura do dossel e das herbáceas em todas as parcelas da borda e do interior da mata;
Verificou-se a serrapilheira no interior de cada quadrat.
3.4. AMOSTRAGEM:
Foi utilizada uma amostragem retangular, com 30m de uma ponta a outra e 10m da borda ao interior próximo da lagoa. Foram definidos 6 quadrats de 5x5m na borda e 6 quadrats do mesmo tamanho no interior da mata, numerados de 1 a 12, os quadrats pares, estavam próximo a lagoa e os impares próximo a rua.
Em cada quadrat foi analisado as espécies com CAS superior a 9,0 cm (DAS> 3 cm) foram amostrados (arbóreas e arbustivas). 
Os parâmetros fitossociológicos avaliados foram DAS, o índice de diversidade de Shannon (H’), Índice de Similaridade, Equitabilidade, que são calculados utilizando-se as fórmulas abaixo: 
Índice de Shannon: H’= ∑ pi.lnpi
Índice de Similaridade: (2 𝑐 /𝑎 + 𝑏)
Equitabilidade: Eq= H’/(LnS)
A suficiência amostral de cada área (dentro e foram da mata) foi avaliada através da construção da curva do coletor.
A cobertura de herbáceas e do dossel foram feitas através do uso de quadrat de 0,25m2(0,50 x 0,50 m) nos quadrats, 2, 5, 11,12 da mata. As medições foram feitas nos pontos extremos de cada quadrat citada.
Foi analisado no meio de cada quadrat a quantidade de serrapilheira, e sua interação com o solo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Imagem e Amostragem(Tabela 1) dos dados das morfoespécies encontradas no PNM Três Rios. 
	
	
	
	
	
	Quadrat
	Lado
	Morfoespécie
	Folha
	Caule
	2
	Lagoa
	1
	parte abaxial áspera verde clara e paralela. Axial Lisa e verde escuro
	áspero, bem ramificado, cor morrom esverdiado
	
	
	2
	arredondada, abaxial lisa e axial áspera
	fino, seco, poucas folhas
	
	
	3
	grande, arredondada, reticulada axial liso, abaxial áspero, ambos lados com tons parecidos de verde
	fino com nós e sem ramificações
	
	
	4
	finas, lisas, reticuladas e pequenas
	muitos galhos e caule bem ramificado
	
	
	5
	folha grossa com "pêlos", comprida e feixes paralelos
	caule bem ramificado
	
	
	6
	pequena, lisa, ramificada e comprida, parte axial mais escura que a abaxial
	bem ramificado, áspero e marros escuro
	5
	Rua
	7
	pequena e arredondada. Axial liso e abaxial com "pêlos"
	grosso, rugoso, bem ramificada e bem enraizada
	
	
	8
	arredondada e áspera
	pouco ramificado
	
	
	9
	pequena reticulada e lisa em ambos lados
	fino, áspero e pouco ramificado
	11
	Rua
	10
	comprida, paralela axial verde e lisa. Abaxial marrom, seca e com "pêlos"
	rugoso, bem ramificado e folhoso
	
	
	7
	pequena e arredondada. Axial liso e abaxial com "pêlos"
	grosso, rugoso, bem ramificada e bem enraizada
	
	
	11
	lisa, comprida e reticulada
	 Rugoso, fino, bemramificado
	
	
	12
	grande, áspera, alongada, verde escuro e pontuda
	bem ramificado, áspero e marrom esverdiado
	
	
	13
	paralela e lisa
	marrom escuros, rugoso e pouco ramificado
	12
	Lagoa
	14
	comprida, reticulada e lisa
	ramificado e liso
	
	
	15
	arredondada, pontuda, áspera e reticulada
	áspero, fino e sem ramificação
	
	
	10
	comprida, paralela axial verde e lisa. Abaxial marrom, seca e com "pêlos"
	rugoso, bem ramificado e folhoso
	
	
	16
	comprida, pequena, lisa e reticuada
	médio e bem ramificado
	
	
	
9
	pequena reticulada e lisa em ambos lados
	fino, áspero e pouco ramificado
	
	
	17
	comprida, poontiaguda e lisa
	comprido, áspero, verde amarrronzado e ramificado
4.2 Dados estruturais da amostragem.(Tabela 2)
Do DAS, Altura, Interação planta-planta, Interação inseto-planta, e outras interações.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Int. planta-planta
	Int. inseto-planta
	Outras interações
	 
	Morfoespécie
	DAS (cm)
	Altura (m)
	Epífita
	Liana
	Endofítica
	Exofitica
	Liquens
	Quadrat 2
	1
	31
	5
	̶̶
	 
	 
	x
	x
	
	2
	10
	2,5
	 
	 
	 
	x
	x
	
	3
	6
	2,5
	 
	 
	 
	x
	 
	
	4
	6
	2
	 
	x
	 
	x
	 
	
	5
	11
	6
	 
	 
	x
	x
	x
	
	6
	32
	10
	 
	 
	 
	 
	x
	Quadrat 5
	7
	94
	12
	 
	x
	x
	x
	x
	
	8
	8
	3
	 
	x
	 
	x
	x
	
	9
	6
	2
	 
	x
	 
	x
	x
	Quadrat 11
	10
	15
	4
	 
	 
	 
	 
	x
	
	7
	16
	8
	 
	 
	 
	 
	x
	
	11
	10
	4
	 
	 
	 
	x
	x
	
	12
	16
	 
	 
	x
	 
	x
	x
	
	13
	34
	7
	 
	x
	 
	 
	x
	Quadrat 12
	14
	25
	5
	 
	 
	x
	 
	x
	
	15
	7
	3
	 
	 
	x
	 
	x
	
	10
17
	6
	 
	 
	x
	 
	x
	
	16
	12
	2
	 
	 
	 
	 
	x
	
	9
	26
	8
	 
	 
	x
	 
	x
	
	17
	18
	6
	 
	 
	x
	 
	x
	Riqueza
	17
	Abundancia
	20
4.3 Morfoespécies. (Tabela 3 e Tabela 4)
 Por quadrat, riqueza e abundancia da área analisada.
 Por quadrat riqueza acumulada e abundancia.
	Morfoespécie/Quadrat
	A(2)
	B (5)
	C (11)
	D (12)
	1
	x
	
	
	
	2
	x
	
	
	
	3
	x
	
	
	
	4
	x
	
	
	
	5
	x
	
	
	
	6
	x
	
	
	
	7
	
	x
	x
	
	8
	
	x
	
	
	9
	
	x
	
	x
	10
	
	
	x
	x
	11
	
	
	x
	
	12
	
	
	x
	
	13
	
	
	x
	
	14
	
	
	
	x
	15
	
	
	
	x
	16
	
	
	
	x
	17
	
	
	
	x
	Total
	6
	3
	5
	6
	Riqueza
	17
	Abundancia
	20
 
4.4 GRÁFICO RIQUEZA DE ESPÉCIES
 
As menores riquezas de espécies ocorreram nas áreas mais perturbadas antropicamente (Borda da mata), enquanto que as maiores riquezas foram encontradas nas áreas próximo a lagoa ou seja no interior da mata. 
4.5 RIQUEZA ACUIMULADA E ABUNDANCIA DE ESPÉCIES
	Quadrat
	Riqueza Acumulda
	Abundancia
	A (2) 
	6
	6
	B (5)
	9
	3
	C (11)
	13
	5
	D (12)
	17
	6
	Total
	17
	20
4.6 CURVA DO COLETOR
Dados para Curva do coletor abaixo:
Quadrat 2= 6 Quadrat 5= 6 + 3 = 9 Quadrat 11= 9 + 4 = 13 Quadrat 12= 13 + 4 = 17
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Dados para Curva do coletor abaixo:
Quadrat 12= 6 Quadrat 11= 6 +4 =10 Quadrat 5= 10+ 1 =11 Quadrat 2= 11 + 6 = 17
Dados para Curva do coletor abaixo:
Quadrat 2= 6 Quadrat 12= 6 + 6 = 12 Quadrat 11= 12 + 4 =16 Quadrat 5= 16 +1 = 17
Dados para Curva do coletor abaixo:
Quadrat 5= 3 Quadrat 11= 3 +4 =7 Quadrat 12= 7+ 4 =11 Quadrat 2= 11 + 6 = 17
Os resultados acima indicam que a amostragem realizada não foi suficiente para determinar a riqueza de espécies do local, pois as curvas dos coletores não apresentaram assíntota, provavelmente por que não foram encontrados indivíduos da mesma espécie o suficiente nos quadrats diferentes, que representassem a riqueza total do local.
4.7 Similaridade. (Tabela 5) 
Os dados utilizados na Tabela 5, foram retirados do item 4.3 (Tabela 3), e o cálculo realizado pelo índice de similaridade (2 𝑐/𝑎 + 𝑏)que varia de 0 a 1 indicando “nenhuma similaridade” ou “similaridade total”, esta presente na tabela 5, abaixo.
A partir dos resultados apresentados, conclui-se que os trechos não são similares, pois todos são menores de 50%.
	
	Índice de Similaridade
	Trecho
	 2C/ (a+b)
	%
	AB
	2X0/6+3
	0
	AC
	2X0/6+5
	0
	AD
	2X0/6+6
	0
	BC
	2X1/3+5
	0,25
	BD
	2X1/3+6
	0,22
	CD
	2X1/5+6
	0,18
	< 50% = Similaridade Baixa
4.5 Índices de Shannon e Equitabitalidade. (Tabela 6)
Frequentemente utilizado, é calculado a partir da fórmula H’= -Σ PiLnPi que indica a diversidade existente no quadrat, esse resultado é influenciado pela riqueza, ou equitabilidade, dependendo de cada campo estudado essa influencia pode variar. Pois expressa a importância relativa de cada espécie e não apenas a proporção entre espécies e indivíduos. Este índice atribui maior peso as espécies raras
A equitabilidade Compara a diversidade de Shannon com a distribuição das espécies observadas que maximiza a diversidade. Antes de utilizar este índice deve se considerar dois pontos importantes: Todas as amostras são provenientes do mesmo ambiente e; a amostragem foi suficiente para conter amostras de todas as espécies.
A equitabilidade é determinada pela fórmula Eq= H’/(LnS), relacionada à abundância do quadrat, quanto mais constante o número de indivíduos de variadas espécies de um quadrat maior é a equitabilidade apresentada pelo mesmo. 
Na amostra a equitabilidade é igual tanto na borda da rua quanto no interior mais próximo a lagoa.
	 
	LAGOA
	RUA
	Morfoespécie
	N
	Pi
	Pi Ln Pi
	N
	Pi
	Pi Ln Pi
	1
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	2
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	3
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	4
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	5
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	6
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	7
	0
	0
	0
	2
	0,25
	-0,35
	8
	0
	0
	0
	1
	0,13
	-0,26
	9
	1
	0,08
	-0,2
	1
	0,13
	-0,26
	10
	1
	0,08
	-0,2
	1
	0,13
	-0,26
	11
	0
	0
	0
	1
	0,13
	-0,26
	12
	0
	0
	0
	1
	0,13
	-0,26
	13
	0
	0
	0
	1
	0,13
	-0,26
	14
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	15
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	16
	1
	0,08
	-0,2
	0
	0
	0
	17
	1
	0,08
	0,2
	0
	0
	0
	Abundancia total de Indivíduos
	12
	8
	Riqueza
	12
	7
	Índice de Diversidade de Shannon (H')
	+2,4
	+1,91
	Equitabilidade (H' / LnS)
	0,97
	0,97
	Média dos quadrats, 5 e 11da borda da rua e os 2 e 12 próximo à lagoa.
	Indice de Diversidade de Shannon H'= H’=-Σ PiLnPi 
	+2,15
	Equi Equitabilidade= (H' / LnS)
	0,97
	 
4.6 Amostragem do Dossel e Herbáceas.
Avaliar o grau de cobertura do dossel e de herbáceas na borda e no interior da mata. 
	GRID
	Quadrat (reticulado) 2 em cada grid em quinas opostas
	Cobertura do dossel (%)
	Cobertura total de herbáceas (%)
	Q2
	1
	90
	6
	
	2
	90
	8
	Q5
	3
	90
	6
	
	4
	90
	6
	Q11
	5
	92
	8
	
	6
	92
	6
	Q12
	7
	90
	4
	
	8
	90
	8
Com os resultados acima, vimos que quanto maior a porcentagem de cobertura dossel, menor a cobertura de herbáceas. Assim, plantas de grande porte podem criar micro-habitats que abrangem as necessidades de nicho de muitas plantas de menor porte. Contudo, verificamos que os valores de cobertura de dossel tão altos, não permite alto número de cobertura de herbáceas, pois não ocorre a chegada dos raios solares ao chão afim de, proporcionar melhores condições para o crescimento de herbáceas.
4.6 Amostragem da Serapilheira
	QUADRAT
	Serapilheira
	
	
	Altura +/-
	Umidade
	
	Decomposição
	
	Cor
	
	2
	2 cm
	Pouco úmido
	1
	Pouco decomposto
	1
	Marrom Claro
	1
	5
	4cm
	Muito úmido
	5
	Muito decomposto
	6
	Marrom Escuro
	3
	11
	5cm
	Úmido
	2
	Muito decomposto
	6
	Marrom Escuro
	3
	12
	6cm
	Seca
	0
	Muito decomposto
	6
	Marrom Escuro
	3
Para a montagem do gráfico da serapilheira foi atribuído valores para as qualificações apresentadas na amostragem, como mostra acima.
Serapilheira é o nome dado à camada de material orgânico ou em decomposição presente na superfície do solo de florestas, sendo formada por uma infinidade de materiais como folhas, galhos, flores, frutos, sementes e dejetos de animais.
É importante destacar que sua composição varia conforme o ecossistema. Isso significa que no cerrado a composição da serapilheira é diferente da composição da caatinga, que é diferente da mata atlântica e da floresta amazônica. Isso porque cada ecossistema tem características próprias, como:
Taxas de decomposição diferentes;
Fatores ambientais diferentes, a exemplo da temperatura, penetração da luz solar e níveis de chuva;
pH do solo;
Vegetação dominante.
A principal função da serapilheira na natureza é fazer o reaproveitamento de nutrientes. Por meio da decomposição, a serapilheira libera minerais essenciais para o solo, servindo de alimento para as plantas, favorecendo o crescimento e dando suporte para a vegetação presente nele.
A serapilheira
também desempenha um importante papel geológico, especialmente em regiões em que os níveis de chuva são extremamente altos. Se toda a chuva penetrasse diretamente no solo, haveria um risco enorme de erosão — uma das principais causas de mortes de plantas e assoreamento de rios. A serapilheira garante que a chuva penetre lentamente no solo, possibilitando que as plantas absorvam a água antes que ocorra uma inundação.
Esta faceta geológica da serapilheira apresenta ainda outra importante função, pois ela contribui para a formação e manutenção dos lençóis freáticos, fonte de água potável fundamental para a manutenção da vida em diversas regiões do planeta.
Comparação de Índice de Diversidade de Shannon. 
Da amostragem do Parque Natural Municipal de Três Rios (PNM Três Rios) e da região Costa Verde, na Baía de Sepetiba, Distrito da Ilha da Madeira, município de Itaguaí-RJ
A Floresta Atlântica constitui a segunda maior área de floresta úmida da América do Sul, depois da Floresta Amazônica (Oliveira-Filho & Fontes 2000). Entretanto, a Floresta Atlântica está entre as mais ameaçadas do planeta, devido sua localização entre os grandes centros urbanos, o que as reduziu a aproximadamente 5% de sua área original. Um agravante ainda maior é que essa área ocorre em pequenos fragmentos perturbados ou em grandes áreas nas encostas montanhosas íngremes (Oliveira-Filho & Fontes, l.c.).
O conhecimento da dinâmica dos remanescentes florestais é primordial para o estabelecimento de ações pertinentes de conservação e restauração. O estudo objetivou caracterizar a composição florística e fitossociológica em um fragmento florestal em processo natural de restauração espontânea e em fragmento reabilitado na Mata Atlântica, expostos a fatores abióticos similares. A área de estudo situa-se na região Costa Verde, na Baía de Sepetiba, Distrito da Ilha da Madeira, município de Itaguaí-RJ. Fez-se o georeferenciamento com base cartográfica do município de Itaguaí, caracterização da área e dos processos de degradação e recuperação. Utilizou-se ortofoto e fotografia aérea da área. O polígono da área teve perímetro de 11.640,152 m e área total de 291.822 ha, com 41 microbacias hidrográficas, sendo que as voltadas ao sul, sudeste e sudoeste do divisor são mais resilientes e as situadas ao norte apresentam menor capacidade de resiliência. Foi realizado o levantamento fitossociológico em uma área em processo de restauração com 40 anos e em área de reabilitação com 15 anos de plantio. Utilizou-se o método fitossociológico Ponto por Quadrantes, tendo-se como critério de inclusão espécies arbóreas com DAP = 5 cm. Foram alocados em cada área 50 pontos amostrais em linhas paralelas, distantes 4 m entre si. Para cada árvore foi registrado a espécie, o DAP, a altura, e a distância da árvore ao ponto. Foram determinados a densidade, dominância, freqüência, valor de importância e cobertura. Na área em processo de restauração espontânea encontrou-se 200 indivíduos arbóreos distribuídos em 24 famílias, 30 gêneros e 40 espécies, com destaque para a família Fabaceae. A densidade total por área foi de 2.121 indivíduos/ha, a área basal total foi de 12,37 m2/ha, os índices de diversidade de Shannon e a equabilidade de Pielou foram H’ = 3,15 nat.ind.-1J’ = 0,85 respectivamente. Na amostragem da vegetação da área em processo de reabilitação, foram amostrados 200 indivíduos pertencente a 24 espécies e 12 famílias. A densidade total foi estimada em 1.617 indivíduos ha-, a diversidade de espécies (H’) foi de 2,63 nats ind.-1e o valor de eqüabilidade (J) foi de 0,83 com destaque para a família Fabaceae. Os dados do presente estudo indicaram que a área em processo de reabilitação apresenta índices fitossociológicos compatíveis com os da área de restauração, quando se observa a idade do desenvolvimento dos trabalhos de recuperação.
Na amostragem, do Parque Natural Municipal de Três Rios, uma reserva natural do que resta da mata Atlântica, à margem direita do rio Paraíba do Sul, tendo ao lado uma lagoa temporária, pois esta reserva água da chuva e do rio em épocas de cheia. Apresenta Índice de Diversidade de Shannon (H') de 2,4, nos quadrats próximo a lagoa e de (H')= 1,91 nos quadrats próximo a rua, dando uma média de um Índice de Diversidade de Shannon (H')= 2,15, e Equitabilidade = 0,97 o que me leva a entender que esta de acordo com os índices obtidos na analise feita na região Costa Verde, na Baía de Sepetiba, Distrito da Ilha da Madeira, município de Itaguaí-RJ, em que foi realizado o levantamento fitossociológico em uma área em processo de restauração com 40 anos H’= 3,15 e em área de reabilitação com 15 anos de plantio (H’)=2,63. Pois o Parque Natural Municipal de Três Rios que apresenta 26,2 ha, também é uma área de restauração da mata atlântica, que esta sempre em processo de restruturação, pois sofre constantemente processos antrópicos. A diferença de valores esta de acordo com a proporção das áreas analisadas, contudo demonstram coerência. 
Parecer do aluno.
Entendo que a prática de campo realizada, concretiza todo o aprendizado da disciplina, pois ao fazê-la vejo como tudo vai se colocando no seu devido lugar. A prática em si é muito gratificante, pois nos mostra o quanto a natureza é viva e presente em nossas vidas e quão dependentes somos da mesma, e que atitudes como: preservação, reciclagem, devem estar presente em no nosso cotidiano.
Referencias Bibliográficas:
https://www.youtube.com/watch?v=zq9wQtT6NZ0
https://www.fragmaq.com.br/blog/entenda-o-que-e-serapilheira-e-sua-importancia-para-manutencao-do-solo/
http://r1.ufrrj.br/lmbh/pdf/mono_disset_tese/mono_disset_tese47.pdf
http://portal.ufrrj.br/

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