Buscar

BONS HÁBITOS ALIMENTARES

Prévia do material em texto

GABRIELA RIBAS – MÓDULO IV: SEMANA 11
BONS HÁBITOS ALIMENTARES
A alimentação saudável é algo utópico, porque considerar saudável é muito complicado. Quem não come agrotóxico? Ninguém, só quem não come verdura, mas nesse caso come coisas industrializadas. Nem mesmo a água que bebemos podemos considerar saudável, ela tem substâncias químicas que podem não nos fazer bem.
Nosso corpo consegue dar conta e superar essas microagressões, mas para isso depende que estejamos com o sistema bom.
Para programar uma alimentação saudável para uma pessoa é fundamental que tenhamos um objetivo (qualidade de vida, estética, performance, recuperação da saúde). No caso da recuperação de saúde é um dos mais fáceis, porque lidar com uma pessoa doente é uma pessoa mais sensibilizada, ela muitas vezes não tem controle sobre a própria situação, então não depende da aceitação dela, se você disser come isso que você vai ficar saudável ela faz, ela acredita, até o momento que ela julga que não precisa mais desse tratamento. Objetivo de performance, são pessoas disciplinadas, obedecem ao que você programar, tem um objetivo e não desvirtuam com facilidade. Estética e qualidade de vida são mais difíceis, no caso da estética a pessoa quer um corpo que não vai se dedicar para ter (paciente vai dizer quero ter o corpo de Pugli mas não vai se dedicar como ela). Melhorar a qualidade de vida é modificar os hábitos alimentares e exige mais do que uma dieta. 
Mudar os hábitos alimentares é muito difícil, estamos muito estressados e um dos nossos poucos prazeres é comer, vemos sensação de alivio com isso, não adianta falar com paciente para de comer besteira você vai começar a comer legumes. Mudar a rotina é difícil, mas precisamos controlar nossa alimentação para ter saúde, o problema é a falta de alguns micronutrientes e o excesso de outros como o sódio.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
Inicialmente é feita uma anamnese como na clínica médica, devemos buscar alergias, intolerâncias, repulsas (é muito comum, as vezes a pessoa nem experimentou e cria uma barreira, mas nesses casos não posso forçar e querer mudar isso). Semiologia. Avaliacao bioquímica, devemos saber como esta o balance dos nutrientes, excesso de glicose vai gerar diabetes, excesso de proteínas pode causar insuficiência renal. E devemos fazer avaliação antropométrica com IMC (tomar cuidado pois não avalia bem, não considera massa magra e massa gorda) e circunferência (gordura ocupa quase 6 vezes mais que o volume do músculo). 
Podemos avaliar a taxa metabólica basal, que é o estado que mesmo que você fique vegetando você tem que consumir quantidade de caloria para se manter. Se aumentar a quantidade de atividade você altera essa taxa. Se vem um paciente com IMC de 32kg/m² ele tem que chegar no IMC ideal para um homem que é de 18,6 a 24,9 você joga na formula, descobre quanto o paciente deveria pesar para atingir esse IMC e com esse peso calcula quanto deve ser a taxa metabólica basal para chegar nesse peso. Todavia devemos considerar o fator atividade que é uma pessoa que anda, que estuda, existem diversas formas para estipular isso e de acordo com a atividade deve ser alterada a dieta. Para saber o valor energético total tem que multiplicar a taxa metabólica basal pelo fator atividade. 
VET = TMB X FA
Se a pessoa quer manter o peso ela tem que ter VET neutro. Estou satisfeito com minha aparência, não quero mudar, quero ter uma alimentação saudável para estudar melhor, ficar mais disposto nesse contexto com a mesma quantidade de calorias você pode fazer uma dieta mais voltada para alguma vitamina ou algum nutriente que irá contribuir. Se a pessoa quer ganhar massa muscular ela tem que ter balanço positivo, tem que consumir mais do que gasta. Se quer perder peso faz um balanço negativo, tem que consumir mais do que gasta. 
O paciente pode sim fazer jejum intermitente, mas se durante a janela que pode comer ela fizer um balanço positivo vai engordar da mesma forma. 
É preciso dividir com relação a macronutrientes, apenas eles conseguem fornece energia para nosso organismo. Ninguém come carboidrato, proteína, comemos comida e nosso metabolismo transforma em nutriente. Macronutrientes são carboidrato, proteina, lipídeo, água (que não fornece caloria) e outro macronutriente é o álcool (é muito calórico).
1g de carboidrato = 4kcal
1g de proteina = 4kcal
1g de lipídeo = 9kcal
1g de álcool = 7kcal
Se for fazer uma dieta para uma pessoa que come pouco carboidrato você tem que usar o mínimo possível de carboidrato que é o que ela tem costume mas respeitando a quantidade saudável, não vai permitir um estado que o corpo faça gliconeogenese. Se a pessoa come muito proteína então você coloca o máximo do VET para proteína. E o que sobrou para completar 100% você completa com gordura. Então essa é uma distribuição normocalórica onde o consumo é igual ao gasto. 
Dessa forma fica mais fácil de mudar os hábitos, você não fugiu de nenhum dos parâmetros de recomendação e ao mesmo tempo respeitou as peculiaridades do paciente. 
Depois é so fazer a conversão 200kcal – 100% X – 45% (referente ao carboidrato) 
A partir desse planejamento você vai encaixar na vida do paciente, se ele te liberar para mudar a alimentação e você sentir que ele vai manter ai tem uma variedade de possibilidades que você pode investir e abrir o leque de alimentos para variar e possibilitar dividir melhor essa alimentação. 
Isso tudo é buscando balanço energético neutro, ter gasto igual ao consumo. Isso é o saudável. Se não ocorrer as outras situações irão acontecer.
Todo alimento que comemos vai ter metabolismo catabolizo quando comemos o corpo já pensa tem que tirar insulina do corpo para conseguir através dos alimentos que estão entrando. O glucagon vai no tecido adiposo e inibe a lipoproteína lípase, como não tem ela vai ter a LHS que é antagonista dela e vai pegar o glicerol e o acido graxo e vai disponibilizar para a produção de energia, então o jejum de fato promove emagrecimento, você esta utilizando reserva de tecido gorduroso, mas se você mantiver isso por muito tempo tem efeito deletério ao organismo, vai ocorrer cetoacidose, o excesso da utilização do glicerol como energia vai ter dois caminhos o 3 hidroxibetabutirado ou acetona, no caso da acetona você não metaboliza, é toxico, nem todos são cetoadaptados.
A recomendação de alimentação é a pirâmide, a base é o mais recomendado e o ápice o menos. Na base temos água, exercício e manutenção de peso e medida , precisa manter todas as coisas não adianta fazer um e o outro não. Na segunda etapa vem o carboidrato, quanto mais mantém o organismo em homeostase, o carboidrato fornecendo energia menos processos metabolismo adverso vai causar para o organismo, utilizar carboidratos integrais e óleos vegetais saudáveis. Terceira etapa frutas, verduras, legumes. Quarta etapa oleaginosa
GUIA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar, em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
Limitar o consumo de alimentos processados
Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação
Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados
Comer com regularidade e atenção em ambientes apropriados e sempre que possível com companhia 
Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados
Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias 
Planejar o uso do tempo para dar a alimentação espaço que ela merece
Dar preferência quando fora de casa a locais que servem refeições feitas na hora
Ser critico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais

Continue navegando

Outros materiais