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Diete Inteligente para Perder Gordura - Leandro Twin

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leandrotwin.com.br 1 
 
 
 
 
leandrotwin.com.br 3 
LEANDRO TWIN
DIETA INTELIGENTE
PARA PERDER GORDURA E 
GANHAR MASSA MUSCULAR
leandrotwin.com.br 4 
Copyrigth © 2022, Leandro Twin
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida, no todo ou em 
parte, por quaisquer meios, sem a autorização expressa do autor.
Impresso no Brasil, 2022
22-138698 CDD-613.2
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Twin, Leandro
 Dieta inteligente [livro eletrônico] : para perder
gordura e ganhar massa muscular / Leandro Twin. --
Florianópolis, SC : Estúdio Semprelo, 2023.
 PDF 
 ISBN 978-65-997309-3-1
1. Emagrecimento - Aspectos da saúde 2.
Alimentação saudável 3. Dietas para emagrecer 4.
Hábitos alimentares 5. Nutrição 6. Saúde - Promoção -
Aspectos nutricionais 
I. Título.
Índices para catálogo sistemático:
1. Dieta : Alimentação e saúde : Nutrição 613.2
Inajara Pires de Souza - Bibliotecária - CRB PR-001652/O
Capa e projeto gráfico 
Silvo Marcel
Edição e texto
Leandro Twin e Silvio Marcel
leandrotwin.com.br 5 
Não existe vida sem alimentação, e não 
existe ser humano onde não há 
inteligência, por isso a importância deste 
livro, que busca dar consciência ao que já 
fazemos por natureza. Trazer luz a um ato 
rotineiro, que pode potencializar muito a 
nossa vida: A dieta. 
Leandro Twin 
“Este produto não substitui o parecer profissional. Sempre 
consulte um profissional da saúde para tratar de assuntos 
relativos à saúde.”
leandrotwin.com.br 6 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................... 9 
2. OS ALIMENTOS QUE DEVEMOS EVITAR NA DIETA ............... 12 
ALIMENTOS IN NATURA E MINIMAMENTE PROCESSADOS .. 13 
ALIMENTOS PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS ............ 14 
3. COMO SABER QUAIS SÃO OS MELHORES ALIMENTOS ......... 16 
TERMOGÊNESE INDUZIDA PELA DIETA ................................. 18 
4. NINGUÉM ENTENDE DIREITO AS TABELAS NUTRICIONAIS ... 21 
LISTA DE INGREDIENTES ........................................................ 22 
LOTE ....................................................................................... 24 
5. O QUE AS TABELAS NUTRICIONAIS NÃO PODEM TER .......... 25 
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR ................... 26 
ALIMENTO “FONTE” OU “ALTO CONTEÚDO” ....................... 29 
ZERO E NÃO CONTÉM ........................................................... 30 
6. O QUE A INDÚSTRIA FAZ COM OS ALIMENTOS .................... 31 
ADITIVO ALIMENTAR ............................................................. 32 
leandrotwin.com.br 7 
 
CORANTES ............................................................................. 33 
CORANTES ARTIFICIAIS .......................................................... 33 
CORANTES NATURAIS ............................................................ 34 
CARAMELO ............................................................................ 34 
AROMATIZANTES ................................................................... 34 
CONSERVANTES ..................................................................... 35 
ANTIOXIDANTES .................................................................... 37 
EMULSIFICANTE ..................................................................... 37 
EDULCORANTE ...................................................................... 38 
7. PROPORÇÃO IDEAL DE MACRONUTRIENTES ........................ 39 
FIBRAS .................................................................................... 40 
ÁGUA ..................................................................................... 41 
PROTEÍNAS - PARA CUTTING E BULKING............................... 42 
CARBOIDRATOS - PARA CUTTING E BULKING ....................... 50 
GORDURAS - PARA CUTTING E BULKING .............................. 53 
GORDURA TRANS .................................................................. 56 
8. ÔMEGA-3 e 9, e ÔMEGA-6 .................................................... 57 
leandrotwin.com.br 8 
 
9. PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS ............................................... 60 
10. PRECISA SE PREOCUPAR COM ÍNDICE GLICÊMICO? ........... 61 
11. A MELHOR DIETA PARA PERFORMANCE E CONSTRUÇÃO 
MUSCULAR ................................................................................ 66 
12. MELHORES ALIMENTOS E DICAS ESSENCIAIS PARA GANHAR 
MASSA MUSCULAR ................................................................... 70 
13. MELHORES ALIMENTOS E DICAS ESSENCIAIS PARA PERDER 
GORDURA .................................................................................. 74 
14. COMO CONQUISTAR O ABDÔMEN DEFINIDO .................... 78 
15. HACKS DE DIETA QUE NINGUÉM TE CONTA ....................... 87 
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................... 93 
 
 
 
leandrotwin.com.br 9 
 
1. INTRODUÇÃO 
Quero agradecer a você que confia no meu trabalho e adquiriu mais 
um dos meus cursos. 
Esse e-book pode ser considerado uma extensão do Curso de Dieta 
que é um curso em vídeo que está disponível na plataforma da 
Hotmart, e que muitos alunos já se formaram, mas esse e-book 
também pode seguir o caminho contrário, ou seja, ser uma 
introdução ao Curso de Dieta. 
Então tanto faz se já fez meu Curso de Dieta ou não, você vai sair 
desse livro com um conhecimento que pode te alavancar para outro 
patamar sobre dieta. 
Desde quando me formei em pedagogia, e já pensava em ser 
professor, eu sempre acreditei que o conhecimento é capaz de 
mudar qualquer situação, e é nele que precisamos buscar refúgio 
contra qualquer tipo de ignorância e miséria. 
No meu caso, foi emagrecer mais de 30 kg enquanto era adolescente, 
e isso mudou a minha vida para sempre. E como resultado, me fez 
querer ajudar as pessoas com o conhecimento que fui adquirindo 
com a minha experiência prática, e com meus estudos acadêmicos. 
Não imaginava ter tantos alunos. Eu gravo vídeos e os distribuo 
gratuitamente em várias plataformas, ministro palestras, gravo 
cursos, e agora escrevo e-books com a maior felicidade do mundo, e 
espero que isso transpareça no modo com que vocês recebem as 
minhas mensagens. 
leandrotwin.com.br 10 
 
O conhecimento sobre dieta é o tipo de conhecimento que eu 
acredito que deveria ser ensinado na escola. Deveríamos saber 
melhor do que os alimentos são formados, e do que a gente precisa 
para ter uma vida mais saudável. Nem estou falando de entender 
sobre hipertrofia, e melhorar a composição corporal, mas entender 
das possibilidades da alimentação. Entender de composição corporal 
é uma questão específica que envolve o fisiculturismo, ou seja, a 
soma de exercícios resistidos e dieta. 
Lógico que se você veio até aqui é porque você visa uma melhora da 
sua composição corporal, e sim, falarei disso, mas o principal é você 
entender como os alimentos funcionam dentro da sua alimentação, e 
como eles farão você chegar ao seu objetivo, seja ele, emagrecer ou 
ganhar massa muscular. 
A palavra “dieta” é muito mal vista pelo senso comum, porque 
“dieta” virou sinônimo de privação e táticas malucas para poder 
emagrecer. 
Dieta não é privação. Dieta é tudo que a gente come. A privação 
exagerada é um jeito grotesco de tentar arrumar uma situação de 
anos sem se importar, em apenas alguns meses. Na maioria das 
vezes, por milhares de casos já conhecidos, esse tipo de abordagem 
já nasce fadado ao fracasso. 
É muito comum ver as pessoas que estão iniciando a busca por 
conhecimento de dieta achar que o melhor é numerificar tudo, 
principalmente achando que dieta é só “macros” (macronutrientes – 
proteínas, carboidratos, e gorduras principalmente, mas fibras e 
água, que não tem calorias, também são macronutrientes). Não é 
errado, mas é um conhecimento muito raso.Aqui vamos mais afundo 
leandrotwin.com.br 11 
 
no entendimento dos alimentos, e vocês vão entender ao longo da 
leitura como isso é valioso. 
Vai ter números, vai ter fórmulas, mas o foco aqui é você aprender a 
raciocinar quando vai montar o seu prato e a sua dieta, ou seja, que 
você saiba se alimentar em qualquer lugar que esteja – em um 
restaurante por kilo, à la carte, em um churrasco com amigos, na 
casa da sua vó (essa é difícil), ou mesmo em casa, quando você vai 
montar as suas marmitas a partir da sua dieta que foi montada 
previamente. 
É muito comum ver as pessoas errarem na dieta porque só sabem 
comer marmitas, e quando não as fazem, ou quando estão em 
situações atípicas, não sabem como lidar. Aí acontecem duas coisas: 
ou erra feio, ou se restringe total, e vira o marombeiro mala, que não 
come nada quando sai com outros, denegrindo completamente a 
categoria. Não seja essa pessoa. 
Outra situação muito comum, que faz as pessoas errar 
grosseiramente na dieta, e fazer uma dieta pobre, é usar aplicativos, 
achando que eles vão resolver tudo preenchendo somente números. 
Os aplicativos não são vilões, o problema é saber usar, e ter o 
conhecimento prévio para que não seja algo superficial, e este é um 
dos objetivos deste livro. 
Temos que saber escolher. 
Entender a composição dos alimentos é a chave que vai te colocar 
em outro patamar de conhecimento sobre a sua alimentação visando 
composição corporal e saúde. 
leandrotwin.com.br 12 
 
2. OS ALIMENTOS QUE DEVEMOS EVITAR NA 
DIETA 
É muito importante entender os conceitos de alimentos in natura, 
processados e ultraprocessados. É muito comum as pessoas criarem 
preconceitos com certos tipos de alimentos. Nenhum alimento faz 
mal em específico, a não ser que esteja contaminado ou estragado, o 
que é incomum você encontrar em uma gôndola no supermercado. 
Aliás, o supermercado é o lugar mais seguro para comprar alimentos, 
pois todos devem ter sido avaliados pela vigilância sanitária e 
liberados pela ANVISA, que é uma das instituições mais sérias e 
criteriosas do Brasil. Se está no mercado, tem avaliação da ANVISA, e 
se tem avaliação da ANVISA é seguro para o consumo. Lógico, tudo 
isso caso o transporte e o armazenamento tenham sido feitos 
adequadamente. 
Os marombeiros mais velhos lembram quando a creatina, que é um 
suplemento altamente seguro, foi bloqueado pela ANVISA. Isso 
aconteceu porque eles diziam que não tinham estudos suficientes 
para atestar a segurança da creatina. Enfim, isso mostra como é 
criterioso o aval para que um alimento ou suplementos alimentar 
possa ser comercializado. 
E tudo isso para dizer, que mesmo os alimentos ultraprocessados são 
seguros, mas o ponto é o seguinte – não é porque o alimento é 
seguro que devemos consumir com freqüência e sem cuidado. É esse 
bom senso que devemos ter. 
Vamos entender os conceitos de rotulação dos alimentos para que 
não aconteçam confusões. 
leandrotwin.com.br 13 
 
 
ALIMENTOS IN NATURA E MINIMAMENTE PROCESSADOS 
Os alimentos in natura são obtidos de plantas ou animais, e 
adquiridos para consumo sem terem sofrido processamento, ou seja, 
no mesmo estado que são encontrados na natureza. 
Entre os alimentos in natura e os processados estão os alimentos 
classificados como “minimamente processados”, que significa que 
leandrotwin.com.br 14 
 
sofreram alterações mínimas na indústria como - moagem, secagem, 
pasteurização, e não podem sofrer adição de açúcar ou sal. 
Exemplos: vegetais (frescas ou secas); cereais e milho, farinhas, 
cogumelos, sucos de frutas (sem açúcar ou outras substâncias); leite; 
iogurte (natural); ovos; carnes; pescados; frutos do mar; especiarias e 
ervas frescas ou secas; macarrão ou massas (feitas com farinhas e 
água); chá, café e água. 
ALIMENTOS PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS 
Alimentos processados podem sofrer a adição de açúcar, sal, óleo, 
vinagre, e adoçantes. Geralmente eles são desequilibrados 
nutricionalmente, pois em alguns casos podem oferecer muita 
quantidade de um macro ou micronutriente específico – é comum 
ver excesso de carboidratos, gorduras, ou sódio. 
Exemplos: enlatados e conservas; extratos ou concentrados de 
tomate; frutas em calda e cristalizadas; castanhas adicionadas de sal 
ou açúcar, carnes salgadas; queijos e pães (feitos com farinha de 
trigo, leveduras, água, e sal). 
Vocês podem ver que muitos dos alimentos processados estão na 
nossa dieta diariamente, mas nem por isso vão fazer você ficar 
doente, ou algo do tipo. A questão é sempre a quantidade e o tempo 
de exposição. 
No caso dos alimentos ultraprocessados, devemos ter maior atenção. 
Os ultraprocessados são caracterizados por ter cinco ou mais 
ingredientes na sua composição. 
leandrotwin.com.br 15 
 
São pobres nutricionalmente, ricos em calorias, açúcar, gorduras, sal 
e aditivos químicos, com sabor realçado, e maior prazo de validade. 
O grande consumo no dia a dia pode ter relação com deficiências 
nutricionais, obesidade, doenças do coração e diabetes, então seu 
consumo deve ser evitado. 
Como eu venho dizendo, não é que você não pode comer, mas se 
você fizer dos ultraprocessados a base da sua dieta, você se expõe 
facilmente aos problemas de saúde que foram citados. 
Exemplos: biscoitos, guloseimas; bolos salgadinhos “de pacote”; 
refrigerantes; achocolatados; iogurtes e bebidas lácteas; maionese 
produtos congelados e prontos para consumo, pães de forma; pães, 
doces, etc. 
Vale uma ressalva, principalmente falando dos pães e iogurtes, que 
são ótimos alimentos, e podem sim ser utilizados todos os dias na 
dieta. 
Como vou falar ao longo desse livro por diversas vezes, o ideal é que 
sempre tenhamos uma grande gama de alimentos para enriquecer a 
nossa dieta, e não simplesmente depender de poucas fontes 
alimentares. 
 
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3. COMO SABER QUAIS SÃO OS MELHORES 
ALIMENTOS 
Para montar uma dieta nós sempre usamos a tabela TACO (Tabela 
Brasileira de Composição de Alimentos). Se você mora em outro país, 
com certeza deve ter uma tabela parecida com a tabela TACO com os 
alimentos mais comuns neste país que você mora para consultar. 
A tabela TACO tem a composição dos principais alimentos do Brasil, e 
você pode baixar facilmente no Google. 
É preciso deixar claro que há alguns alimentos minimamente 
processados, processados, e ultraprocessados, que você não achará 
nesta tabela, porque eles têm processos envolvidos, que mudam as 
suas quantidades por porção. 
Por exemplo, você não achará pasta de amendoim na tabela TACO, 
somente o amendoim in natura (Amendoim, grão, cru), ou 
amendoim torrado salgado, porque são as formas mais comuns de se 
encontrar no supermercado, e em lojas de produtos naturais no 
Brasil. 
E o que fazer quando não temos a informação de um alimento na 
tabela TACO? 
Simples! Use a informação da tabela nutricional encontrada no 
rótulo ou embalagem do alimento. Lembrando que para calcular uma 
dieta você precisa apenas ter os valores dos macronutrientes que 
contém calorias – gorduras, proteínas, e carboidratos. 
leandrotwin.com.br 17 
 
Não que as outras informações não sejam importantes, mas elas 
servirão para avaliarmos outras questões sobre o alimento que está 
ali. 
Vou falar agora sobre as regras das tabelas nutricionais, e como lê-
las. 
As tabelas nutricionais em rótulos e embalagens surgiram com 
objetivo de fornecer as informações nutricionais necessárias para 
que o consumidor entenda melhor do produto que está comprando, 
e assim permitir a escolha de alimentos saudáveis, contribuindo para 
a diminuição de sobrepeso, obesidade, e doenças crônicas 
degenerativas, que estão relacionadas à alimentação. 
O problema é o seguinte – quem entende de nutrição o suficiente 
para saber o que é bom ou ruim para a alimentação? 
Os profissionais da área de nutrição, talvezprofissionais da área da 
saúde, e muito provavelmente pessoas interessadas em aprender 
mais, como você que está lendo este livro. 
O que adianta você ver que um alimento tem 30 gramas de 
carboidratos por porção, quando você não sabe o quanto de 
carboidratos pode consumir em um dia, e nem sabe quantas porções 
deve comer? Fica uma informação vazia. 
As pessoas tendem a verificar somente as calorias, e tudo bem, 
ninguém é ensinado na escola sobre isso, mas verificar apenas as 
calorias é muito pouco. 
Outra coisa, quase ninguém sabe o quanto de deve consumir de 
calorias em uma dia se não tiver acesso a fórmulas como Harris-
leandrotwin.com.br 18 
 
Benedict, FAO/OMS, Mifflin-St Jeor, então não adianta muita coisa, 
afinal nem todas as pessoas devem consumir 2000 kcal conforme 
indicado como padrão nas tabelas nutricionais. 
A tabela nutricional divulgada pelo fabricante é extremamente 
importante, pois sem ela não temos um ponto de partida e 
informações suficientes para montarmos a nossa dieta, mas só a 
tabela, sem educação suficiente para usá-la, não adianta de nada 
também. 
Então, depois de dominado o conceito de alimentos in natura, 
minimamente processados, processados, e ultraprocessados, que 
devem influenciar nossas escolhas para alimentos na dieta, vamos 
agora entender as tabelas nutricionais e a tabela TACO. 
TERMOGÊNESE INDUZIDA PELA DIETA 
A termogênese induzida pela dieta ou efeito térmico dos alimentos 
(ETA) são termos que dizem sobre o quanto o próprio alimento 
ingerido faz o corpo gastar de energia para digeri-lo. 
A Termogênese Induzida pela Dieta representa cerca de 10% do 
gasto energético diário total. Porém, esse número é uma média, pois 
cada macronutriente tem uma razão de ETA, ou seja, dependendo de 
como os macronutrientes são distribuídos o valor do gasto 
energético ocorrido na digestão pode mudar bastante. 
Foi observado em vários estudos que a proteína é considerada o 
macronutriente com maior poder termogênico (cerca de 20 a 30%), 
seguida pelos carboidratos (5 a 10%) e depois os lipídios (0 a 3%). 
Dentre as razões que justificam as proteínas como mais 
termogênicas estão o aumento da síntese proteica, o gasto de ATP 
leandrotwin.com.br 19 
 
para a síntese de ligações peptídicas, além da associação com outros 
elementos do turnover proteico. 
Além disso, as proteínas também apresentam um efeito na 
saciedade, que provavelmente está relacionado às alterações 
fisiológicas que ocorrem após a ingestão desse nutriente, sendo que 
a alta concentração de aminoácidos na corrente sanguínea promove 
a liberação de insulina e de hormônios anorexígenos (inibidores do 
apetite), que agem na saciedade. 
A dieta de grande parte da população tem uma quantidade de 
proteínas muito baixa. Quando alguém quer melhorar sua 
composição corporal, perdendo gordura e aumentando sua 
musculatura, associado ao exercício resistido, a quantidade de 
proteínas da dieta deve ser relevante - em torno de 1/3 da dieta para 
uma dieta hipocalórica (déficit calórico) - e isso faz com que este 
atleta tenha tudo remando a seu favor com esta estratégia de dieta. 
Com relação à termogênese de carboidratos e lipídios, os resultados 
dos estudos ainda são controversos. Alguns estudos mostram que 
dietas hiperglicídicas têm um maior poder termogênico que as dietas 
hiperlipídicas. Porém, outros mostram que não há diferença 
significativa entre o ETA dessas duas dietas. Uma das razões para tais 
diferenças é a variabilidade dos protocolos entre os estudos, como 
no tempo de duração das mensurações do ETA, tamanho, 
composição, e distribuição de macronutrientes das refeições, dentre 
outros. 
É bom explicar que todas as fórmulas para estimar o seu gasto 
energético diário (Harris-Benedict, FAO/OMS, Mifflin-St Jeor, etc.) já 
levam em consideração o ETA, então não é preciso se preocupar com 
isso na hora de calcular. 
leandrotwin.com.br 20 
 
Vamos falar mais a frente sobre a distribuição e objetivos das 
escolhas dos macronutrientes para a dieta para que não se resuma 
apenas em gasto energético. 
Eu quis falar sobre o ETA porque é importante entender que existem 
muitos argumentos para que as dietas para emagrecimento busquem 
ser hiperproteicas. 
O ETA das proteínas justifica as escolhas, mas além disso, existe a 
questão da saciedade, e do favorecimento metabólico para 
hipertrofia que um grande consumo de proteínas proporcionam. 
 
 
leandrotwin.com.br 21 
 
4. NINGUÉM ENTENDE DIREITO AS TABELAS 
NUTRICIONAIS 
Entender as tabelas nutricionais é um conhecimento um pouco mais 
técnico que eu optei por deixar mais didático, e de entendimento 
mais acessível para todos. 
É de extrema importância este capítulo já que vai ajudar você a 
discernir melhor os alimentos no mercado, e optar pelo mais 
adequado para a sua estratégia de dieta. 
Eu vou mostrar e falar aqui sobre casos específicos que vejo muitas 
pessoas fazendo confusão. 
Vejam a tabela de exemplo abaixo sem preenchimento do alimento e 
valores: 
leandrotwin.com.br 22 
 
As informações obrigatórias são valor energético, carboidratos, 
proteínas, gorduras totais, saturadas e trans, fibras e sódio. As 
demais informações que podem surgir na tabela nutricional são de 
casos específicos. 
Se o rótulo do produto diz que ele é rico em vitamina D, então é 
obrigatório que se discrimine a quantidade desta vitamina em 
miligramas ou microgramas (mg ou mcg), e quanto ela corresponde 
em porcentagem em relação a ingestão diária recomendada (IDR). 
A Ingestão Diária Recomendada ou Referência de Ingestão Diária do 
inglês Reference Daily Intake é o nível de ingestão diária de um 
nutriente que é considerado suficiente para atender as exigências de 
97-98% de indivíduos saudáveis. 
LISTA DE INGREDIENTES 
A lista de ingredientes Informa os ingredientes que compõem o 
produto. A leitura dessa informação é importante, porque o 
consumidor pode identificar a presença de termos como açúcar, 
sacarose, glicose, ou outros tipos de açúcar, como a dextrose. 
Obs 1: Alimentos de ingredientes únicos como açúcar, café, farinha 
de mandioca, leite, vinagre, não precisam apresentar lista de 
ingredientes. 
Obs 2: A lista de ingredientes deve estar em ordem decrescente, isto 
é, primeiro ingrediente é aquele que está em maior quantidade no 
produto e o último, em menor quantidade. 
Se você analisar um hipercalórico vai perceber que a maioria usa 
mais proteína de soja, que é mais barata do que whey. Não que a 
leandrotwin.com.br 23 
 
proteína de soja seja ruim, ela é um excelente suplemento de 
proteínas, mas é usada para baratear o blend. 
É para isso que serve esse parâmetro de quantidades. Infelizmente 
os fabricantes não obrigados a declarar a quantidade exata em 
porcentagem de cada elemento do produto, o que seria perfeito, 
mas essa não é uma regra ainda. E isso dá margem para outras 
manobras, por exemplo: 
Uma marca pode colocar whey protein, antes da proteína de soja, 
porém a quantidade de whey pode ser de 10 gramas por porção, 
enquanto a soja tem 9 gramas por porção. Ambas as quantidades são 
quase iguais, mas o whey vem antes, o que faz o consumidor pensar 
que aquele produto é de extrema qualidade, porque usa mais whey 
que é uma fonte de proteína mais cara, e por consequência 
justificaria um preço final mais elevado. 
ORIGEM 
Informação que permite que o consumidor saiba quem é o fabricante 
do produto e onde ele foi fabricado. São informações importantes 
para o consumidor saber qual a procedência do produto, e entrar em 
contato com o fabricante se for necessário. 
PRAZO DE VALIDADE 
Os produtos devem apresentar pelo menos o dia e o mês quando o 
prazo de validade for inferior a três meses; o mês e o ano para 
produtos que tenham prazo de validade superior a três meses. Se o 
mês de vencimento for dezembro, basta indicar o ano, com a 
expressão"fim de .... " (ano). 
leandrotwin.com.br 24 
 
CONTEÚDO LÍQUIDO 
Indica a quantidade total de produto contido na embalagem. O valor 
deve ser expresso em unidade de massa (quilo) ou volume (litro). 
LOTE 
É um número que faz parte do controle na produção. Caso haja 
algum problema, o produto pode ser recolhido ou analisado pelo lote 
ao qual pertence. 
Informação Nutricional Obrigatória, a tabela nutricional. Sua leitura é 
importante porque a partir das informações nutricionais você pode 
fazer escolhas mais saudáveis para você e sua família. 
 
leandrotwin.com.br 25 
 
5. O QUE AS TABELAS NUTRICIONAIS NÃO 
PODEM TER 
 
leandrotwin.com.br 26 
 
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL COMPLEMENTAR 
Muitos termos como light, diet, zero, ainda são desconhecidos e mal 
compreendidos pela maioria das pessoas. 
O termo “light” quer dizer “reduzido”, mas reduzido de quê? 
Um alimento pode ser “reduzido ou light” em valor energético, 
açúcares, gorduras totais, gorduras saturadas, colesterol e sódio. 
Uma dica é pegar um produto “light” e comparar com outro que não 
é light para saber qual a diferença que ele apresenta na sua tabela 
nutricional. 
Para ser mais específico, o alimento light deve apresentar: 
- Redução de, no mínimo 25% no valor energético, ou no conteúdo 
do nutriente objeto da alegação em relação ao alimento de 
referência ou convencional. 
- Deve informar a diferença em %, fração ou valor absoluto no valor 
energético ou conteúdo dos nutrientes entre os alimentos 
comparados. Exemplo: Light – 30% menos açúcares; Reduzido em 
sódio – 28% menos sódio. 
 
Veja este exemplo de um requeijão comum e requeijão light. Vamos 
analisar as tabelas abaixo: 
leandrotwin.com.br 27 
 
leandrotwin.com.br 28 
 
O requeijão light tem menos calorias, e menos gorduras totais e 
saturadas. Porém, isso não significa que o requeijão light é muito 
diferente, ele simplesmente tem uma composição um pouco melhor. 
É bom enfatizar isso, porque muitas pessoas podem achar que o light 
é livre de gorduras, e compram sem se preocupar, mas na verdade 
são produtos bem parecidos. 
Usar light ou não usar? 
Sim, sempre, pois por mais que a diferença entre o produto 
tradicional e o light sejam poucas, ainda sim é um produto melhor 
elaborado pensando em uma boa composição para a dieta à longo 
prazo. 
Light pode ser uma diminuição de gorduras, de carboidratos, 
calorias, ou sódio. Verifique sempre na embalagem e na tabela 
nutricional do que se trata. 
Outra denominação que também gera muita confusão é o “diet”. 
Os alimentos diet são para fins especiais. 
São alimentos com modificações feitas pela indústria alimentícia a 
fim de atender às necessidades nutricionais de pessoas em condições 
metabólicas e fisiológicas específicas (diabéticos e hipertensos). 
Alimentos diet são para dietas com restrição de nutrientes, alimentos 
para controle de peso, e alimentos para ingestão controlada de 
açúcares. 
Shakes ou qualquer outro tipo de pó para o preparo de bebidas para 
a redução de peso por substituição parcial das refeições; geléias para 
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dietas com ingestão controlada de açúcares; pó para o preparo de 
sopas para dietas com restrição de sódio, etc. 
A expressão diet nas embalagens dos alimentos não necessariamente 
significa que o produto não contém açúcar, mas que eles podem 
apresentar uma quantidade menor se comparado ao produto 
“normal”. 
ALIMENTO “FONTE” OU “ALTO CONTEÚDO” 
Os alimentos que são classificados pelo fabricante como “fonte” a 
“alto conteúdo” de um ou mais nutrientes em particular devem 
seguir as seguintes normas: 
 
] 
 
 
 
 
 
 
 
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ZERO E NÃO CONTÉM 
No caso de alimento zero e “não contém”, a tabela tem as seguintes 
regras para mostrar os elementos ou não: 
 
A denominação “zero” pode indicar zero caloria, zero gordura, zero 
carboidrato, zero sódio, etc., então é preciso verificar a tabela 
nutricional para ter certeza da informação do rótulo. 
Muita gente acaba confundindo essa informação, e só de ler “zero” 
na embalagem, já supõe que não tem calorias, então preste atenção, 
e sempre leia a tabela nutricional. 
 
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6. O QUE A INDÚSTRIA FAZ COM OS ALIMENTOS 
É preciso entender, que a indústria alimentícia não é vilã. Nós, 
consumidores, que precisamos aprender a escolher. Esse é o maior 
intuito deste livro, abrir os olhos de todos que se interessam em ter 
uma vida mais saudável, afinal a alimentação é um dos principais 
fatores para melhora de muitos aspectos da nossa vida, e com ele 
vem a qualidade e quantidade de sono, nível de estresse, descanso, 
atividade física, convivência social, lazer, etc. 
Outra coisa, é que tem gente puritana, que mais atrapalha o debate 
da alimentação do que ajuda. 
Pessoal, tomar uma lata de refrigerante de vez em quando, ainda por 
cima zero caloria, não vai afetar a saúde de ninguém. Tomar uma ou 
duas cervejas de vez em quando também não vai matar ninguém. É 
uma questão de hábito. 
O que a alimentação com refrigerantes, álcool, e ultraprocessados 
em baixas quantidades pode fazer com a nossa saúde é muito difícil 
de afirmar. O correto é irmos pelo outro lado da estória. Ao invés de 
tentar buscar respostas para o quanto a nossa saúde fica prejudicada 
por uma alimentação ruim, deveríamos nos preocupar em na maioria 
do tempo ela ser boa, assim não precisaríamos calcular os riscos, até 
porque é extremamente difícil criar e executar estudos de longo 
prazo com essas temáticas. 
O que é preciso deixar claro é que todos aditivos alimentares como 
corantes, aromatizantes, conservantes, antioxidantes, emulsificantes, 
e edulcorantes, são seguros para a saúde, porém podem estar 
atrelados a alimentos extremamente pobres e calóricos, e essa 
combinação é péssima em longo prazo. 
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Vou falar novamente, sendo bem chato – o que importa é 
quantidade que você consome e por quanto tempo. Quanto menor a 
quantidade, e menor as vezes que você come um produto 
industrializado ultraprocessado, melhor é para a sua saúde. 
Vamos entender o que a indústria pode usar nos alimentos para 
alterá-los. 
Essa parte é um pouco mais técnica, mas serve para vocês 
entenderem que todos os aditivos que a industria usa não fazem mal 
para a nossa saúde em primeira instancia. 
ADITIVO ALIMENTAR 
É qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, 
sem propósito de nutrir, mas com o objetivo de modificar as 
características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais. 
É obrigatório declarar todos os aditivos alimentares, e será tolerado 
o uso do aditivo desde que: 
1. Seja indispensável à adequada tecnologia de fabricação; 
2. Tenha registro no Ministério da Saúde. 
3. Seja empregado na quantidade estritamente necessária à 
obtenção do efeito desejado, respeitado o limite máximo que 
vier a ser fixado. 
 
Os aditivos alimentares são proibidos quando: 
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1. Houver evidência ou suspeita de que o mesmo possui toxicidade 
atual ou potencial. 
2. Interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do 
alimento. 
3. Servir para encobrir falhas no processamento e nas técnicas de 
manipulação. 
4. Encobrir alteração ou adulteração na matéria prima ou do 
produto. 
5. Induzir o consumidor ao erro, engano ou confusão. 
CORANTES 
Intensificam a cor dos alimentos. Existem corantes naturais, 
artificiais, e de caramelo. 
CORANTES ARTIFICIAIS 
1. São substâncias orgânicas de síntese cuja estrutura molecular 
difere dos corantes encontrados na natureza. 
2. São produtos cuja capacidade de conferir grande intensidade de 
cor e estabilidade supera a dos corantes naturais. 
3. Obrigatório declarar "Colorido Artificialmente", uso máximo de 3 
corantes.4. Deve ter o número do registro; o nome comercial do sinônimo 
oficialmente reconhecido (INS “International Numbering 
System”). 
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CORANTES NATURAIS 
1. Extraído de substância vegetal ou animal. 
CARAMELO 
1. A partir de açucares, pelo aquecimento e temperatura superior 
ao seu ponto de fusão. 
AROMATIZANTES 
São substâncias que confere ou intensifica o sabor e o aroma dos 
alimentos, e podem ser naturais ou sintéticos. 
Aromatizantes naturais são obtidos, exclusivamente mediante 
métodos físicos, microbiológicos ou enzimáticos, a partir de 
matérias-primas aromatizantes naturais, sendo esses de origem 
animal ou vegetal. Compreendem por óleos essenciais, de origem 
vegetal. 
Aromatizantes sintéticos são obtidos por processos químicos, 
compreendendo aromas idênticos ao natural. 
 
 
 
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CONSERVANTES 
São substâncias que impedem ou retardam a alteração dos alimentos 
provocada por microorganismos ou enzimas. 
1. Causa alteração de odor, textura, sabor, aparência. 
2. Função de Inibir, retardar ou prevenir o crescimento e 
proliferação de bactérias, leveduras e bolores. 
3. Evitar possíveis danos devido à ação de agentes químicos 
(oxidação), físicos (temperatura, luz) ou biológicos 
(microorganismos). 
Alimentos perecíveis são suscetíveis a alterações microbiológicas: 
1. São utilizados para eliminar, total ou parcialmente, os 
microorganismos ou para criar condições desfavoráveis ao seu 
crescimento. 
2. Exemplo de conservação: 
refrigeração/congelamento/aquecimento (temperatura), 
secagem (controle de água), radiação. 
3. Sal, Vinagre, açúcar - conservantes por controle de pH. 
Cada tipo microrganismo é inibido a um tipo de conservação: 
1. Fatores determinantes a escolha do método de conservação. 
2. Não existe conservante que seja eficaz para todos os tipos de 
alimentos. 
Os conservantes só podem ser utilizados em determinados alimentos 
numa certa concentração máxima prescrita pela legislação vigente. 
 
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Acido sórbico (Sorbato de Potássio): 
1. Atua nas enzimas do metabolismo dos carboidratos e do ciclo dos 
citratos. 
2. Pode ser utilizado em várias aplicações, incluindo a conservação 
de produtos à base de batata, queijo e compotas. 
3. Os sorbatos são potentes inibidores de bolores e leveduras, 
possuindo pouca ou nenhuma efetividade na inibição de 
bactérias. 
 
Nitratos e os nitritos 
1. Constituem outro grupo de substâncias de grande utilidade. Estes 
são utilizados como aditivos em produtos cárneos, como as 
salsichas e fiambres, como proteção contra bactérias causadoras 
do botulismo (Clostridium botulinum). 
Acido benzóico e os seus sais de cálcio, sódio e potássio: 
1. São utilizados como antibacterianos e antifúngicos em alimentos 
como picles, compotas e doces com baixo teor em açúcar, 
molhos e condimentos. 
2. Conservadores como ácido benzoíco em cerejas e o ácido 
propionico no queijo suíço são alguns exemplos de conservadores 
encontrados naturalmente. 
 
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ANTIOXIDANTES 
Retardam o aparecimento de alterações oxidativas nos alimentos, 
impedindo a deterioração. 
1. Exemplo: Óleos e gorduras, conhecida como ranço, que pode ser 
oxidativo ou hidrolítico. 
2. Na oxidação hidrolítica, ocasionada por lipases, ocorre a liberação 
de AG responsáveis pelo odor desagradável. O ácido ascórbico é 
um bem conhecido nessa classificação. 
Acido acético: utilizado para redução de pH, controle de crescimento 
microbiano, e como aromatizante. 
Acido cítrico: redução de pH, controle de crescimento microbiano, 
aromatizante, mascarar o gosto desagradável da sacarina, ação 
quelante. 
Ácido sórbico: Usado principalmente para inibição do crescimento de 
microorganismos. Da mesma forma que o ácido propiônico, este 
ácido tem aplicações em vinho, picles, refrigerantes, chocolates, 
defumados, entre outros. 
EMULSIFICANTE 
É uma substância que favorece e mantém as características físicas 
das emulsões e suspensões: 
1. Mantém uma mistura homogênea, auxiliando o alimento a não 
ter uma separação física, e também contribuindo na melhoria das 
condições reológicas, incluindo formação de gel e um perfil de 
viscosidade desejável. Exemplo, leite. 
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2. O citrato de sódio tem função de evitar que as proteínas do leite 
coagulem, formando um quelato com o cálcio interrompendo a 
coagulação. 
3. Fosfatos e polifosfatos são estabilizantes adicionados para 
auxiliar a solubilização de proteínas musculares (em carnes), 
diminuindo a acidez, dando maior retenção de água e originando 
emulsões mais estáveis. Também reduzem o ranço oxidativo pela 
capacidade de ser sequestrante de metais. 
EDULCORANTE 
É uma substância orgânica artificial, diferentes dos açúcares que é 
capaz de conferir sabor doce aos alimentos: 
1. Seu emprego justifica-se nos produtos destinados a 
consumidores que necessitam de restrição calórica em suas 
dietas, bem como para aqueles portadores de diabetes. 
2. Podem ser naturais ou artificiais. 
 
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7. PROPORÇÃO IDEAL DE MACRONUTRIENTES 
Os alimentos são formados por uma diversidade pequena de 
macronutrientes, e uma diversidade enorme de micronutrientes. 
Podemos dividir os micronutrientes em vitaminas, minerais e 
fitoquímicos. 
Geralmente a maior parte dos micronutrientes vem de carboidratos, 
e ainda por cima, são as fontes de carboidratos que fornecem fibras, 
então nunca devemos zerar ou diminuir tanto estas fontes, pois 
podemos ter problemas com a manutenção da nossa saúde. 
Proteínas e gorduras também podem apresentar vitaminas, minerais 
e fitoquímicos também. 
Se eu fosse detalhar as vitaminas, minerais e fitoquímicos, daria 
conteúdo para mais um livro praticamente. 
Não precisamos nos preocupar com micronutrientes na hora de 
calcular a dieta, porém é interessante que façamos uma boa 
distribuição dos carboidratos para ter riqueza na dieta. Quanto mais 
variedades de tipos e cores, mais teremos uma dieta saudável e 
responsiva para objetivos de performance. 
O uso de alguns suplementos de carboidratos como maltodextrina, 
dextrose, palatinose, waxy maze, e alguns outros suplementos 
protéicos como whey, proteína isolada de soja, podem também 
empobrecer a dieta por preencherem as calorias da dieta, mas não 
fornecerem quantidades relevantes de micronutrientes. Use 
suplementos alimentares de forma pontual, para cobrir uma 
carência, e não como base da dieta. 
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Os macronutrientes são cinco: carboidratos, proteínas, gorduras, 
fibras e água. 
Os macronutrientes podem apresentar calorias ou não. Os 
macronutrientes que apresentam calorias são: carboidratos, 
proteínas e gorduras. Água e fibras não apresentam calorias. 
FIBRAS 
Há uma discussão sobre alguns tipos de fibras apresentarem calorias, 
mas isso se dá de uma forma diferente, na fermentação das fibras no 
intestino, gerando no máximo 2 calorias por grama de fibra. Porém 
isso não acontece com todas as fibras que ingerimos. Dada a 
quantidade baixa de calorias que possam ser geradas no consumo de 
fibras, e a sua inexatidão na geração destas calorias, se convencionou 
não contabilizar as fibras na dieta. 
O ideal é consumirmos de 10 a 15 gramas de fibras a cada 1000 kcal 
na dieta, o que para a maioria das pessoas vai dar entre 20 a 40 
gramas de fibras 
Se considerarmos uma média de 30 gramas de fibras, teremos no 
máximo 2 kcal/grama, que vai dar 60 kcal no máximo, e além disso, 
não são todos os tipos de fibras que podem ser convertidos em 
calorias, então nós não consideramos as fibras no cálculo da dieta. 
Ainda falando sobre as fibras, que são muito importantes para a 
saciedade e saúde intestinal, a quantidade que precisamos consumir 
deve vir de vários tipos de alimentos: frutas, verduras, sementes,cereais, leguminosas, pães, biscoitos integrais, etc. 
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Na hora de calcular uma dieta, nós não consideramos as fibras, 
simplesmente usamos diversas fontes para que elas não faltem na 
dieta. Se pergunte sempre como você pode colocar fibras em cada 
refeição. 
As pessoas que tem intestino preso podem usar mais fibras na dieta, 
principalmente acompanhado de muita água. Comer fontes de fibras 
sem tomar água, acaba tendo o efeito contrário, prendendo ainda 
mais o intestino. 
ÁGUA 
Falando em água, todos precisam consumir a partir de 35 ml/kg. 
Multiplique o seu peso por 35 para chegar à quantidade mínima de 
água que você deve tomar por dia. 
Atletas que treinam musculação, crossfit, ou qualquer outra 
modalidade esportiva, precisam consumir mais do que 35 ml/kg 
corporal, podendo chegar até 50 ml/kg. 
Parece até óbvio falar que todos nós precisamos tomar água, mas na 
prática, as pessoas consomem muito menos água do que necessitam, 
e do que imaginam consumir. O ideal é sempre termos uma garrafa 
de no mínimo 1 litro que precisa estar sempre com a gente – em 
casa, no trabalho, na bolsa, em todos os lugares. Tendo essa garrafa 
você consegue mensurar com facilidade o quanto consumiu de água 
por dia. 
É importante consumir a maior parte da quantidade de água durante 
o dia, e pouca quantidade durante a noite, pois pode atrapalhar o 
sono, porque pode fazer você acordar durante a noite, e o sono é 
parte extremamente importante da nossa vida, da nossa saúde. 
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Por termos uma indústria da alimentação muito presente nas nossas 
vidas, acostumamos a consumir líquidos com sabor, e isso pode ser 
uma dificuldade para a maioria das pessoas. Tem o que fazer nesse 
caso? 
Sim! Todos os líquidos que ingerimos podem entrar para a conta da 
quantidade de água necessária, porém com ressalvas – refrigerantes 
e principalmente bebidas alcoólicas não devem ser somadas nessa 
conta. 
Sucos e chás pode ser uma ótima opção para quem tem dificuldade 
em atingir a recomendação diária de água, mas também com 
ressalva – os chás precisam ser adoçados com adoçantes sem 
calorias, e os sucos, mesmo sendo naturais, apresentam calorias, e 
estas, devem ser computadas na dieta. 
PROTEÍNAS - PARA CUTTING E BULKING 
Hoje, pela grande difusão de informações, muitas pessoas já 
entendem a importância das proteínas, principalmente no meio 
fitness, pois com uma baixa oferta de proteína não é possível ter o 
melhor aproveitamento dos treinos, e progredir na construção de 
massa muscular. 
Cada grama de proteína tem 4 calorias. Decorem isso. 
As proteínas são formadas por aminoácidos essenciais e não 
essenciais. Os aminoácidos essenciais são - histidina, isoleucina, 
leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. 
São chamados de aminoácidos essenciais porque nosso corpo não 
consegue produzir, então são possíveis de serem obtidos somente 
pela alimentação. 
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Da alimentação com os aminoácidos essenciais o corpo consegue 
produzir aminoácidos não-essenciais - alanina, arginina, asparagina, 
ácido aspártico, cisteína, ácido glutâmico, glutamina, glicina, prolina, 
serina e tirosina. 
Pode perceber que alguns aminoácidos não-essenciais listados acima 
são oferecidos pela indústria de suplementos – alanina, arginina, e 
glutamina. Porém as evidências de melhora da saúde, ou para o 
desempenho destas substâncias são baixas, ou com estudos com 
metodologia ruim, o que não nos permite poder tirar conclusões 
para o uso das mesmas. 
A indicação de consumo de proteínas em uma dieta visando o 
aumento de massa muscular parte de 1,6 g/kg, e pode chegar até 2,5 
g/kg. 
E como diferenciar quem precisa de 1,6 g/kg para quem precisa de 
2,5 g/kg? 
Precisamos entender alguns pontos antes de afirmar o que é bom 
para um ou para outro. 
A primeira coisa é que esse parâmetro de grama por quilo não é para 
todos, ou melhor, precisamos fazer uma conversão em casos de 
obesidade. 
Vamos supor que uma pessoa tem 140 kg, nunca treinou ou é 
sedentário atualmente, e com o BF (body fat/gordura coporal) alto. 
Se você fizer a proporção de 2 g/kg de proteínas para essa pessoa, 
vai se chegar a um valor muito alto, que talvez seja superestimado. 
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Diferentemente de um atleta com 120 kg, e com o BF baixo. Neste 
caso ele não é sedentário, tem um desenvolvimento muscular alto, e 
principalmente, tem percentual de gordura baixo. Neste caso pode-
se usar o peso real, ou seja, o peso que é o medido pela balança. 
No caso de pessoas obesas, ou com percentual de gordura maior que 
25% para homens, e 33% para mulheres, e sedentários ou com pouco 
preparo físisco, é melhor usar o peso ideal na proporção de gramas 
por quilo, tendo muito menos do que isso, use o peso real (medido 
pela balança). 
Saiba como achar o peso ideal: 
Peso ideal homens: Altura² x 21,5 (usar altura em metros). 
Peso ideal mulheres: Altura² x 22,5 (usar altura em metros). 
Exemplo – Se João tem 1,85 m de altura então fica assim: 
1,85² x 21,5 = 73,5 kg é o peso ideal de João. 
Uma dúvida muito comum: Isso quer dizer que João tem a obrigação 
de ter em torno de 73 kg para ser considerado saudável? 
Não. 
Esse é um parâmetro ideal, só para nós termos no que nos basear, 
pois no caso de obesidade, pode haver uma distorção muito grande 
na hora de usar as medidas de grama por quilo (g/kg) para 
quantificar os macronutrientes dentro da dieta. 
Mas não existem pessoas acima do peso ideal que sejam saudáveis? 
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Sim. Geralmente essas pessoas treinam musculação ou algum 
esporte que faça aumentar massa muscular. Então a pessoa tem um 
percentual de gordura baixo, mas com peso considerado alto. 
Por exemplo, eu tenho 1,79 m, 95 kg, com percentual de gordura de 
12%. Se fosse para avaliar somente pelo peso e altura, eu seria 
considerado um obeso. 
Músculo pesa, e ocupa pouco espaço por conta da sua densidade, 
então é comum você ver pessoas que pesam mais do que o peso 
ideal, mas são magras ou fortes. 
Novamente, o peso ideal só serve para pessoas com o BF alto e 
sobrepeso. Os demais devem usar o peso real nas proporções dos 
macros. 
Estou explicando em detalhes sobre estes conceitos de peso real e 
peso ideal, porque no Curso de Dieta houve muitas dúvidas sobre 
essa questão, mas acredito que aqui já está mais do que explicado. 
Vamos agora a um segundo parâmetro para você entender qual a 
melhor quantidade de proteínas na dieta para você – você está em 
cutting ou em bulking? 
Deixa eu traduzir para quem ainda não está acostumado com a 
linguagem fitness. 
Cutting é uma dieta de déficit calórico, em que, ao longo de um dia 
inteiro, se come menos calorias do que o corpo gasta. Esse tipo de 
dieta é feita por quem visa perder peso, gordura, e melhorar 
sensibilidade à insulina, e também por conseqüência, acaba por 
melhorar a composição corporal quando aliado à musculação. 
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Logo vou falar mais sobre cutting. Agora é só uma breve introdução 
para entender mais sobre como usar proteínas especificamente. 
No cutting, se cria um ambiente metabólico mais catabólico do que 
anabólico. Como assim? 
Catabolismo é um estado metabólico onde há maior facilidade para 
que as células do tecido adiposo diminuam. E isso é muito legal, mas 
o que não te contam é que as células do tecido muscular também 
sofrem com o catabolismo gerado pelo déficit calórico. 
Todo mundo quer perder gordura, então tudo bem ter catabolismo 
nesse tecido, mas no tecido muscular não, porque dá muito trabalho 
para construir, e no final, um dos pilares para ter uma boa 
composição corporal é ter uma quantidade de massa muscular 
relevante. 
Agora sim vou falar sobre as proteínas no caso do cutting. 
No cutting as proteínas têm duas funções principais paramelhora de 
composição corporal: 
1 – Diminuir o catabolismo muscular. 
2 – Aumentar a saciedade. 
Em ambos os casos trabalhamos à partir de 2 g/kg de proteínas, 
podendo chegar até 2,5 g/kg. 
Os parâmetros para saber se usa 2 ou até 2,5 g/kg de proteínas são 
individuais. É preciso que você avalie. Quanto mais fome, e mais 
perda de massa muscular, mais é necessário comer proteínas. 
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Vou abrir um parêntese rápido, pois não é o foco deste livro, mas 
podem perguntar: 
E para quem usa esteróides anabolizantes? 
Atletas que usam esteróides anabolizantes tendem a ter menos 
catabolismo muscular, mas mesmo assim, é interessante que se use a 
partir de 2 g/kg de proteínas em uma dieta cutting, sempre avaliando 
sua composição corporal para saber se precisa de mais ou menos 
proteínas. 
Bulking é uma dieta de superávit calórico, mas não um superávit 
calórico que acontece por gula, ou por um descontrole alimentar, e 
sim um superávit calórico que visa fornecer mais energia para o 
atleta treinar mais forte, e assim conseguir construir mais massa 
muscular. 
No bulking, o macro principal são os carboidratos, mas como o 
capítulo é de proteínas, vamos falar de como deve ser a indicação de 
proteínas em uma dieta em que há superávit calórico e alto consumo 
de carboidratos. 
O bulking é usado para construção de massa muscular, e 
consequentemente pode haver aumento de peso. 
Como há uma grande quantidade de calorias sendo ofertadas, se 
torna um estado metabólico anabólico, em que é favorecido o ganho 
de tecidos, seja de tecidos musculares, ou de tecidos adiposos. 
Tem como crescer seco? 
Não. O superávit calórico sempre vai favorecer o aumento de tecidos 
adiposos conforme descrito, pois se oferta mais calorias do que o 
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corpo precisa, gerando um resquício que sempre virará estoque, 
gordura. 
“Mas eu consegui crescer e secando”, disse o Benedito. 
Se você ouvir isso de alguém é porque essa pessoa era muito 
iniciante na musculação. Neste caso é possível crescer e secar ao 
mesmo tempo, mas isso dura pouco tempo. 
No bulking não precisamos mais do que 2 g/kg de proteínas, já que 
estamos em um estado metabólico anabólico gerado pelo superávit 
calórico, que favorece a manutenção da massa muscular, e podemos 
ainda ganhar massa muscular com essa dieta associada ao treino de 
musculação. 
Os valores de proteínas em bulking podem ir de 1,6 g/kg a 2,0 g/kg. 
Como saber se uso 1,6 g/kg, ou 1,8 g/kg, ou 2,0 g/kg? 
É preciso pensar que quanto menos proteínas você usar, mais 
carboidratos entrarão no lugar dessas calorias, e isso fará você ter 
mais energia. Por padrão, sempre mantemos 2,0 g/kg de proteínas 
em bulking, mas se você precisa de mais energia em algum dia 
específico, ou precisa intensificar os treinos, então é melhor 
trabalhar com mais carboidratos, ainda mais se você faz algum 
esporte, e usa a musculação como uma segunda atividade. 
Quando se usa menos proteína, por que não usar mais gorduras ao 
invés de carboidratos? 
Por que as gorduras não têm grande função para atletas, ainda mais 
para atletas de fisiculturismo que buscam performance no extremo. 
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Sempre que diminuirmos proteínas, podemos aumentar 
carboidratos, e vice-versa. Tem alguns pontos para entender ainda, 
mas mais para frente vou detalhar melhor. 
Devo considerar as proteínas vegetais? 
Sim. 
As proteínas vegetais também têm bom valor biológico, 
principalmente quando são combinadas. O caso mais complementar 
é do arroz com feijão – onde o feijão é pobre em metionina e 
cisteína, mas o arroz complementa, pois é rico em metionina e 
cisteína, e o arroz tem menos lisina, que é um aminoácido que o 
feijão é rico. 
Então, não é preciso se preocupar com o perfil aminoacídico, 
simplesmente some as proteínas vegetais e animais. E dentre as 
fontes vegetais, busque mesclar cereais com legumes, e outras 
fontes. 
As melhores fontes de proteínas para a nossa dieta podem ser 
animais e vegetais, com preferência pelas fontes animais em sua 
maioria – carnes, leite, laticínios, e suplementos de fontes animais 
como whey protein, mas podemos também optar por usar fontes 
vegetais, principalmente a soja, ou cereais e legumes combinados, 
como arroz e feijão. 
É importante que as carnes sejam “magras”, ou seja, com baixa 
concentração de gorduras, pois as gorduras animais têm grande 
concentração de gorduras saturadas, que podem sim serem 
consumidas, porém em baixa quantidade, pois estão ligadas a uma 
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piora do perfil lipídico, favorecendo doenças cardíacas em longo 
prazo. 
CARBOIDRATOS - PARA CUTTING E BULKING 
Chegamos ao grande vilão da dieta... Para quem não conhece nada 
de dieta, logicamente. 
É uma brincadeira. Quem entende o mínimo de dieta sabe que os 
carboidratos são extremamente importantes para a performance de 
quem treina - para melhora de cognição, disposição, e são as 
principais fontes de vitaminas, minerais, fibras, e fitoquímicos. 
Cortar os carboidratos significa uma pior saúde intestinal, piora do 
sono, da cognição, de energia para treinar, pior libido, e uma pior 
capacidade em atividades cotidianas. 
Quem treina sabe: “Carbo é vida”. Quanto mais carboidratos, mais 
performance. 
Quem já fez uma dieta cutting e faz musculação, já percebeu que é 
difícil manter as mesmas cargas durante o treino, considerando o 
mesmo volume de treinamento. Então associe sempre carboidratos 
com desempenho. 
Quanto mais energia e desempenho você precisar, mais você precisa 
de carboidratos. 
Cada grama de carboidrato tem 4 calorias. Essa informação você 
precisa decorar – 1 grama de carboidrato é igual a 4 calorias. 
Os carboidratos são a grande fonte de micronutrientes. 
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Uma pergunta muito comum é: como calcular os micronutrientes na 
dieta? 
Seria muito difícil fazer isso, e inclusive nenhum profissional da área 
faz, com exceção de alguns casos em que há deficiências específicas, 
em que estas vitaminas ou minerais são repostas com suplementos 
alimentares, e em casos mais drásticos, de forma intravenosa. 
Então, para sanar as necessidades de vitaminas, minerais e 
fitoquímicos é preciso seguir apenas uma regra – variar ao máximo 
os alimentos dentro das calorias diárias. 
Se temos 30 gramas de carboidratos disponíveis para uma refeição, 
ao invés de colocar apenas uma banana nanina, podemos colocar 
aproximadamente 3 maçãs Fuji, ou 300 gramas de morango, ou 300 
gramas de melão, ou fazer uma mescla de todas estas frutas de 
menor calorias na devida proporção para chegar nos 30 gramas de 
carboidratos. E assim deixamos a dieta mais rica. 
Essa variedade de alimentos nas refeições é a grande base para uma 
boa alimentação em que não é preciso ficar pensando em 
micronutrientes. 
Basicamente precisamos de pelo menos 5 porções de frutas e 
vegetais ao dia (80 g x 5 = 400 gramas), e de preferência que estas 
porções tenham cores variadas – verde, amarelo, vermelho, roxo, 
laranja, etc. 
Faz parte da nossa cultura comer arroz e feijão, e eles contam nessas 
porções? 
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Não devem contar. Feijão e arroz entram na conta das calorias, dos 
macros, e são sim muito bem vindos na dieta, porém é preciso 
também de mais vegetais, frutas, cereais, hortaliças, etc. 
Eu falei em capítulos anteriores, e falarei em capítulos seguintes 
sobre gorduras e proteínas que devem ser contabilizada em 
grama/quilo, porém no caso dos carboidratos não acontece assim. É 
preciso sempre completar as calorias necessárias com os 
carboidratos. 
Vamos a um exemplo prático: 
Vamos supor que você está criando a sua dieta cutting, e chegou ao 
valor de taxa metabólica basal + fator de atividade de 2600 kcal, e 
tirou 300 kcal para gerar o déficit calórico, chegando ao objetivo de 
2300 kcal diário para perdergordura. 
Só a título de exemplo você preencheu as gorduras e proteínas e 
chegou a 1500 kcal, então sobraram 800 kcal. Estas calorias restantes 
vão ser de carboidratos, ou seja: 
800 / 4 = 200 gramas de carboidratos. 
De acordo com a estratégia de dieta, os carboidratos podem ser 
abundantes, no caso de um superávit calórico, ou escasso em uma 
dieta em que há déficit calórico. 
Em vídeos no Youtube, eu especifíco em gramas/quilo quantidades 
de carboidratos que podem ser utilizados em uma dieta, porque lá eu 
preciso criar um panorama geral, e não tenho tempo o suficiente 
para detalhar as estratégias para dieta como é feito nos meus cursos 
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ou aqui neste livro. Portanto não comparem os conteúdos. Levem 
em consideração o conteúdo deste livro para este caso. 
Muita gente se assusta quando monta a dieta cutting deste modo, 
porque acaba chegando em valores de 4 a 5 gramas/quilo de 
carboidratos. Não tem nada de errado. No capítulo seguinte falo 
sobre a indicação de gorduras na dieta para quem busca uma melhor 
composição corporal, e vocês poderão ver que as indicações são 
baixas, o que faz os carboidratos e proteínas terem grandes 
concentrações na contabilidade da dieta. 
GORDURAS - PARA CUTTING E BULKING 
As gorduras são responsáveis por fazer nosso organismo absorver e 
transportar as vitaminas A, D, E e K – lipossolúveis. 
Em dietas visando melhoria de composição corporal, principalmente 
no campo da musculação e fisiculturismo, as gorduras ficam em 
torno de 20 à 25% das calorias totais. Este padrão pode ser chamado 
de dieta low fat (baixas gorduras). É o padrão de dieta mais usado 
pelos atletas que buscam melhora de composição corporal, e é a 
dieta da qual tomaremos como padrão aqui. 
Cada grama de gordura tem 9 kcal. A gordura é o macronutriente 
mais calórico de todos. 
As gorduras devem ficar sempre em torno de 0,5 a 0,7 g/kg dentro 
de um padrão low fat. 
Em dietas de déficit calórico é interessante usar 0,5 g/kg de gorduras 
na dieta, e em dietas de superávit calórico pode-se usar 0,7 g/kg para 
somar mais calorias. 
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As melhores fontes de gordura para dieta são as que apresentam em 
sua composição uma parte maior de gorduras insaturadas – 
monoinsaturadas e poliinsaturadas, como óleos vegetais, peixes, 
sementes oleaginosas, ovos, e abacate. 
Todos os alimentos fontes de gordura também terão uma parte de 
gorduras saturadas, porém essa parte tende a ser muito menos do 
que a das gorduras insaturadas – salvo casos específicos como a do 
coco e do óleo de dendê que tem na sua composição 100% das 
gorduras saturadas. 
Gorduras saturadas em excesso podem estar ligadas a doenças 
cardiovasculares e acidentes vasculares. Elas são encontradas em 
excesso em carnes gordurosas, e em alguns alimentos 
industrializados. Se não quiser morrer do coração, evite gorduras 
saturadas. Deixe para morrer de Alzheimer, pelo menos você não vai 
lembrar. 
O primeiro requisito, conforme já dito, é que o alimento fonte de 
gorduras apresente mais fontes de gorduras insaturadas do que 
saturadas (veja sempre a tabela nutricional dos alimentos na tabela 
TACO, ou na própria tabela nutricional da embalagem do produto). 
O segundo requisito, no caso dos óleos vegetais, é o ponto de 
fumaça. Ponto de fumaça é a temperatura na qual a decomposição 
da gordura é percebida por meio de uma fumaça – degradação da 
gordura em glicerol e ácido graxo, ou seja, ela perde suas boas 
qualidades para a alimentação. O glicerol é desidratado, originando 
acroleína, que é uma substância volátil e irritante da mucosa gástrica. 
E não é só a temperatura que pode degradar as gorduras vegetais, 
mas também o tempo de exposição a uma certa temperatura. 
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Vamos ver a tabela abaixo: 
Conseguimos observar na tabela que os óleos de soja, óleo de 
canola, óleo misto (muito comum na mesa dos brasileiros, é a junção 
do óleo de soja com óleo de oliva), e óleo de milho são os mais 
indicados para frituras, pois além de agüentarem altas temperatura, 
também agüentam um bom tempo nestas temperaturas sem 
degradarem. 
Espero que tenha sido elucidador esse capítulo, pois há muita 
desinformação sobre as gorduras na internet, e outros meios de 
comunicação. 
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GORDURA TRANS 
As gorduras trans são ácidos graxos insaturados que podem ser 
produzidos de forma artificial ou encontrados na natureza. 
A grande preocupação na alimentação com gorduras trans se deu até 
alguns anos atrás, onde foi descoberto que o consumo de gorduras 
trans está intimamente ligado com diversos problemas metabólicos: 
Aumento da resistência à insulina, piora do perfil lipídico (redução do 
HDL e aumento do LDL) e disfunção endotelial. 
Esse capítulo eu fiz a título de curiosidade, já que desde Julho de 
2019 através da RDC 332/2019, nenhum produto industrializado 
pode ter mais que 2% da sua composição de gorduras totais advindas 
de gorduras trans. 
Praticamente extinguiram da indústria as gorduras trans, mas vale a 
citação para título de curiosidade. 
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8. ÔMEGA-3 e 9, e ÔMEGA-6
Quando se fala em Omega-3 (ALA - Ácido Alfa-Linolênico / EPA – 
ácido eicosapentanóico – Ômega-9 / DHA - Docosahexaenóico), já se 
pensa em suplementação, e tudo bem pensar assim, já que as 
principais fontes não são muito consumidas pelos brasileiros, mas 
aqui vamos falar sobre a alimentação com Ômega-3 e 9, e seus 
efeitos independente da fonte. 
O Ômega-3 e 9 são ácidos graxos responsáveis por inúmeras funções 
celulares, como sinalização, fluidez da membrana celular e 
manutenção estrutural, e são essenciais para a síntese de fatores 
oxidantes, principais mediadores e reguladores da inflamação. 
São encontrados principalmente nos peixes gordurosos em 
abundância (salmão, sardinha, atum, arenque), e em menor 
quantidade nas sementes oleaginosas, óleos vegetais, folhas verdes e 
leguminosas. 
Eles controlam a inflamação por meio da redução na proteína C-
reativa (PCR) e outros mediadores inflamatórios, que são necessários 
para manter, sob condições normais, as membranas celulares, as 
funções cerebrais, e a transmissão de impulsos nervosos. 
Esses ácidos graxos também participam da transferência do oxigênio 
que respiramos para o plasma sangüíneo, da síntese da hemoglobina 
e da divisão celular, sendo denominados essenciais por não serem 
sintetizados pelo organismo. 
Eles também regulam o sistema nervoso, a pressão arterial, a 
coagulação hemática, a tolerância à glicose e os processos 
inflamatórios, que podem ser úteis em todas as condições 
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inflamatórias. Modelos animais e modelos baseados em células 
mostram que as fontes de ômega-3 podem influenciar o 
metabolismo do músculo esquelético. 
Além disso, estudos recentes em humanos demonstram que eles 
podem influenciar não apenas o exercício e a resposta metabólica do 
músculo esquelético, mas também a resposta funcional por um 
período de treinamento físico. 
Falando especificamente para quem treina musculação e busca uma 
melhora de composição corporal, a suplementação do Ômega-3 não 
se faz necessária, já que os estudos são pouco conclusivos no que diz 
sobre a melhora de recuperação, ou qualquer outro benefício sobre 
a hipertrofia. 
Quando falamos de melhora nos triglicérides, a literatura é bem mais 
robusta, e realmente existem evidências de que o Ômega-3 pode 
melhorar este quadro lipídico com o consumo de de 1g de EPA e DHA 
por dia. 
Quando se fala em dose a ser consumida diariamente os estudos 
ainda são muito conflitantes (diferença de metodologia, população, 
dose, etc.). Então é muito difícil afirmar algo nesse sentido. 
Uma curiosidade é que se você for suplementar ômega-3, você não 
precisa consumir todos os dias, porque ele é acumulativo. Então você 
pode consumir a dose semanal de uma vez só a cada sete dias. É 
possível administrar deste modo também as vitaminas lipossolúveis 
(A,D, E, e K) quando é receitado pelo seu médico ou nutricionista. 
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O Ômega-6 é facilmente encontrado na nossa alimentação: Abacate, 
azeite de oliva, óleo de soja, óleo de canola, amendoim, oleaginosas 
(castanha-do-pará, nozes, castanha de caju, amêndoas, etc). 
O Ômega-6 tem como principal função promover um pró-
inflamatório, adequado para combater lesões e infecções agudas. 
Então está ligada a regulação da pressão arterial e a resposta 
imunológica. 
Segue abaixo o quadro com o resumo deste capítulo sobre os 
ômegas: 
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9. PREBIÓTICOS E PROBIÓTICOS
Prebióticos e probióticos são muito importantes para compor a dieta. 
Prebióticos são as fibras, que servirão de substrato energético para 
os probióticos (colônia de bactérias que vivem no intestino) e 
também levarão água para o intestino e consequentemente para as 
fezes, facilitando a evacuação. 
Alimentos fontes de prebióticos (fibras): 
Leguminosas como: feijão, lentilha, ervilha, e grão de bico. 
Grãos, farelos e farinhas integrais: aveia, linhaça, cevada, milho, 
trigo. 
Cereais instantâneos e matinais. 
Os probióticos vão aumentar a colônia de bactérias do intestino e 
isso favorece uma série de fatores que podem melhorar nossa saúde 
como um todo. 
É muito fácil lembrar quais são os alimentos probioticos - são todos 
os alimentos fermentados. Os mais comuns na nossa cultura são: 
vinagre (qualquer um), iogurte, kefir, leite fermentado (Yakult), 
kombucha, e alimentos em conserva (por conta do vinagre). 
Então colocando um pouco de qualquer um destes alimentos, ou até 
mesmo a combinação de vários alimentos probióticos, você 
consegue melhorar a sua saúde intestinal. Não tem uma quantidade 
mais indicada, apenas consuma um pouco todos os dias. 
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10. PRECISA SE PREOCUPAR COM ÍNDICE 
GLICÊMICO? 
Primeiro vamos aos conceitos de índice glicêmico: 
O conceito de “índice glicêmico” (IG) foi obtido primeiramente 
pensando em pessoas com diabetes tipo 1, que é uma doença 
crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. 
A insulina é o hormônio responsável por transportar a glicose 
(açúcar) que está na corrente sanguínea para dentro das células 
musculares, regulando os níveis de glicose circulante no sangue. 
Lembrando que o fígado também armazena glicose em forma de 
glicogênio – glicogênio hepático. 
O conceito de IG foi desenvolvido pelo Dr. David J. Jenkins e 
colaboradores em 1981 no Canadá. Ele testou a resposta glicêmica 
da ingestão de 50 gramas de pão branco em 10 pessoas após duas 
horas da sua ingestão, e traçou uma média. O pão branco foi a base 
do seu estudo (valor 100), e os demais seriam pautados a partir deste 
valor. 
Sendo assim, ele gerou a primeira tabela de alimentos apontando 
baixo, médio e alto IG. 
É comum encontrarmos duas tabelas feitas pelos mesmos autores, 
sendo uma delas testada com pão branco como padrão, e outra com 
glicose como padrão. 
Uma primeira discussão é a de que esta tabela gerada pelo Dr. 
Jenkins não pode ser usada nos outros países, do mesmo que jeito 
que a tabela TACO brasileira também não pode ser usada no Canadá, 
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porque o pão pode ser produzido de diversas formas, e isso 
influencia nas respostas glicêmicas. 
Puxando um gancho – nós temos a tabela TBCA (Tabela Brasileira de 
Composição de Alimentos) que já tem mais de 20 anos e é produzida 
pela Universidade de São Paulo. A última atualização foi em 2019, e 
ela está na sua versão 7.2 até hoje. 
Você pode baixar a tabela de no seguinte endereço: “tbca.net.br”. 
Outro fator que pode alterar a sua velocidade de digestão dos 
carboidratos, e que consequentemente altera o IG é o preparo dos 
alimentos. 
Se cozinharmos uma batata, ela vai ser digerida mais rápida, e isso 
faz com que o IG seja maior. No caso de uma batata frita, em que a 
batata acaba absorvendo gordura, o índice glicêmico acaba sendo 
menor em relação a batata cozida, porque a mistura de outros 
macronutrientes também diminui o IG. O preparo, quantidade de 
fibras, proteínas, gorduras, alteram o IG do alimento, pois mudam a 
velocidade de digestão. 
Vamos explorar outro conceito que usa o índice glicêmico como 
parte da sua equação: A carga glicêmica (CG). 
O IG tem alguns problemas na sua aferição, e o principal deles é que 
leva em consideração um valor de carboidratos fixo, e nós sabemos 
que as nossas refeições nunca são iguais, por mais que se tente ter 
controle e também equalizar os valores de carboidratos – isso seria 
loucura de fazer no dia a dia. 
Pensando nisso, foi criado o conceito de carga glicêmica (CG) 
leandrotwin.com.br 63 
A CG de um alimento se dá por: IG x Teor de carboidratos do 
alimento/100 (índice glicêmico vezes teor de carboidratos do 
alimento divido por cem). 
Este conceito é mais interessante, pois evita algumas interpretações 
incorretas. 
Um exemplo clássico é o da melancia (Índice glicêmico 103 – valor 
acima do pão branco) que tem um IG alto, porém tem muito pouco 
carboidrato, e isso faz com que não se tenha um pico de insulina 
elevado com o consumo (a menos que você seja a Magali, tarada da 
melancia), diferentemente do arroz branco que possuo alto IG e alto 
CG, e podem dar grandes picos de insulina com quantidades 
moderadas. 
No conceito de CG o que mais importa é a quantidade de 
carboidratos. 
O conceito de IG e CG foram criados para pautar condutas 
complementares no tratamento de pessoas com diabetes, 
obesidade, dislipidemia, e doenças cardiovasculares. Porém não 
encontram consenso dentre os especialistas para que se tenham 
normas e recomendações nos tratamentos de tais doenças usando os 
índices de IG e CG. 
Outro conceito interessante dentro da denominação de carga 
glicêmica, é a mistura dos alimentos na refeição, afinal ninguém 
come só pão, só arroz, só feijão em cada refeição. Sempre fazemos 
refeições complexas, e a mistura dos macronutrientes diminuem 
muito a velocidade da resposta glicêmica. 
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Então, só de fazer refeições com vários macronutrientes, já teremos 
uma diminuição do índice glicêmico. 
E as pessoas que são eutróficas, que não apresentam doenças, têm 
uma boa composição corporal, e fazem exercícios com freqüência? 
Os índices de IG e CG servem para algo? 
Quase nada. 
Inclusive algumas pessoas interpretam mal as tabelas de IG, e 
acabam por excluir ótimos alimentos para a sua dieta. Não tenha 
preconceito com alimentos naturais, pois a maioria dos alimentos 
pode ser utilizada em alguma estratégia dietética, seja para 
emagrecer, ou para ganhar massa muscular. 
Outro ponto é que muitas coisas influenciam nas respostas de IG. A 
maior delas é a sensibilidade a insulina do indivíduo. Quanto maior o 
percentual de gordura, e mais sedentário for o indivíduo, piores 
serão as respostas à glicose. Neste caso, de indivíduos obesos e 
sedentários, é preciso se preocupar tanto com IG quanto CG, mas 
indivíduos sadios, e bom percentual de gordura, não precisam se 
preocupar com isso. 
Então chegamos a conclusão que todos deveriam se preocupar com a 
sua sensibilidade à insulina, e não com alimentos de alto IG. 
Para melhorar a sensibilidade à insulina em indivíduos eutróficos é 
possível adotar as seguintes práticas: 
- Fazer exercícios físicos aeróbicos como: Caminhada, corrida,
bicicleta, futebol, patins, etc.
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- Fazer exercícios resistidos – musculação e crossfit.
- Diminuir percentual de gordura, caso passe de mais ou menos 18%
para homens, e 30% para mulheres. Então é preciso fazer uma dieta
de déficit calórico moderado neste caso até atingir níveis menores.
- O estado metabólico de déficit calórico prolongado também pode
melhorar a sensibilidade à insulina.
É importante saber que existem situações fisiológicas e 
fisiopatológicas que podem levar uma pessoa a ter diminuição da 
sensibilidade à insulina, como: Diabetes Mellitus, obesidade,envelhecimento, síndrome do ovário policístico, entre outras. 
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11. A MELHOR DIETA PARA PERFORMANCE E 
CONSTRUÇÃO MUSCULAR
DIETA LOW FAT 
Poderia falar aqui de várias dietas, e usar exemplos muito ruins de 
dieta que são usados para emagrecer, como a dieta cetogênica, que 
cria um ambiente metabólico ruim para o funcionamento do 
intestino, por uma pequena oferta de fibras e carboidratos, e 
principalmente uma piora no sono e capacidade cognitiva, por uma 
baixa oferta de carboidratos, mas vou direto ao ponto – a dieta low 
fat. 
Na dieta low fat usamos uma proporção de mais ou menos 50% de 
carboidratos, 25% de gorduras, e 25% de proteínas das calorias 
totais. 
Então se sua dieta tem 2000 kcal, 1000 kcal devem ser de 
carboidratos, 500 kcal de proteínas, e 500 kcal de gorduras. 
Falar em porcentagem é só para ilustrar, porque aqui eu vou sempre 
falar em gramas por quilo (g/kg). 
Então fica assim – de 1,6 a 2,5 g/kg de proteínas, 0,5 g/kg de 
gorduras, e o resto das calorias que preenchem as calorias totais da 
sua dieta devem ser de carboidratos. 
Vamos fazer uma simulação: 
Se Maria já está com uma boa composição corporal, isso significa boa 
quantidade de massa muscular, e baixo percentual de gordura, e 
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quer fazer um bulking, suponhamos que ela precise de 2600 kcal, e 
ela pesa 70 kg. 
Vamos usar o padrão para proteínas – 2 g/kg, ou seja, 2 x 70 = 140 g 
de proteínas. 
140 x 4 (4 é o valor de calorias por grama de proteína) = 560 kcal. 
Nas gorduras 0,7 g/kg, ou seja, 0,7 x 70 = 49 gramas de gordura. 
49 x 9 (9 é o valor de calorias por grama de gordura) = 441 kcal. 
Agora é só somar as calorias das proteínas e gorduras e subtrair das 
calorias totais, que assim achamos quantas calorias precisamos 
destinar para os carboidratos: 
560 + 441 – 2600 = 1599 kcal. 
1599 / 4 (4 é o valor de calorias por grama de carboidratos) = 399 
gramas de carboidratos. 
Se a gente pegar esses 324 gramas de carboidratos e dividirmos pelo 
peso de Maria (70 kg) vamos ver que deu 5,7 g/kg de carboidratos, e 
isso parece bem alto, mas está normal. 
É muito comum as pessoas montarem uma dieta com o padrão low 
fat e ficarem surpresas com a quantidade em g/kg de carboidratos 
obtidos, principalmente quando vão calcular uma dieta cutting, que 
sempre acham que vai ficar abaixo dos 3 g/kg, mas a maioria das 
vezes fica acima disso. 
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Eu mesmo já passei, e passo como padrão, em vídeos no Youtube, 
começar a dieta cutting com 3 g/kg de carboidratos, mas aqui vamos 
falar de padrões finos, e menos globais. 
Não confronte as informações do meu canal no Youtube com as 
informações deste livro, porque nos meus cursos busco ser mais 
específico, pois aqui posso elaborar com detalhes cada plano. 
E por que a dieta low fat é tão interessante para performance?. 
Como eu já disse, os carboidratos que são os grandes responsáveis 
pela performance nos treinos. Sem carboidratos a força e a 
disposição diminuem, e mesmo você apelando para pré-treino, 
cafeína, não adianta, porque o efeito deles é só de disposição, e não 
de força. 
As proteínas estão ajustadas de acordo com o padrão da dieta 
escolhida (bulking ou cutting), e as indicações passadas aqui é o 
padrão médio da literatura. 
As gorduras também atendem ao padrão defendido em estudos, 
porém no limite mínimo, que é de 0,5 g/kg, para que se mantenham 
funções vitais. A idéia é dar maior ênfase aos carboidratos e 
proteínas – desempenho e recuperação muscular. 
A escolha pela dieta low fat não é uma escolha da moda, mas uma 
escolha que se moldou primeiro, e depois veio o nome “low fat”, por 
isso é tão interessante. Ela acontece intuitivamente quando você 
entende de nutrição e esporte. É tão intuitiva, que os atletas de 
fisiculturismo nem falam em dieta low fat, eles simplesmente comem 
muito “carbo” e muita proteína, e muito pouco de gorduras. 
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Lembrando que a dieta low fat não é interessante para esportes de 
endurance, como corridas, bicicleta, natação, etc., pois estas dietas 
costumam usar maior porcentagem de carboidratos, e menos 
proteínas. 
Então vamos recapitular sobre a dieta low fat: 
- É interessante para quem treina musculação e busca melhor de
composição corporal, ou seja, para ganhar massa muscular e perder
gordura.
- Macros: Gorduras: de 0,5 a 0,7 g/kg – Proteínas: de 1,6 a 2,5 g/kg –
Os carboidratos compõe o restante das calorias alvo que sobraram
após o preenchimento das gorduras e proteínas (veja mais detalhes
sobre os macros no capítulo 2).
- Dieta low fat não é interessante para esportes de endurance,
porque todas as modalidades de endurance precisam de muitas
calorias, com ênfase em carboidratos. As dietas para esportes que
visam performance aeróbica chegam a ter por volta de 70% da sua
composição vindas dos carboidratos.
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12. MELHORES ALIMENTOS E DICAS ESSENCIAIS 
PARA GANHAR MASSA MUSCULAR 
Quando falamos em ganhar massa muscular estamos pensando 
principalmente em uma dieta de superávit calórico, mas isso não 
unanimidade. Vai depender da composição corporal de quem 
estamos tratando. 
Pessoas obesas conseguem ganhar massa muscular relevante mesmo 
em déficit calórico. Atletas com bom condicionamento, e percentual 
de gordura baixo, precisam de superávit calórico preferencialmente 
para ganhar massa muscular de forma relevante. Guardem essa 
informação, porque é muito relevante. 
Não faça superávit calórico com percentual de gordura alto. E não 
exagere no déficit calórico caso você já tenha um bom 
condicionamento, pois perderá muita massa muscular. 
Entendendo este conceito, vamos aos melhores alimentos para 
ganhar massa muscular, ou seja, alimentos que facilitam o superávit 
calórico, principalmente nos carboidratos. 
Os melhores alimentos para uma dieta de superávit calórico são: 
- Proteínas: Qualquer fonte de proteínas magras (livres ao máximo de 
gordura, principalmente gorduras saturadas) – leite desnatado, ovo 
de galinha, peixes, e carnes magras. 
Cortes de carnes magras: 
- Bovino: Patinho, filé mignon, alcatra, maminha, lagarto, patinho, 
coxão duro, e coxão mole. 
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- Suína: pernil, lombo, filé mignon, coxão duro, coxão mole, patinho,
alcatra (retirar capa de gordura caso contenha).
- Aves: Peito.
- Peixes: Badejo, linguado, pescada, robalo, salmonete, cação,
namorado, corvina, carpa, garoupa, tainha, e bacalhau.
- Gorduras: Abacate, ovos, soja em grãos, oleaginosas (castanhas,
nozes, amêndoas, linhaça, chia) e óleos vegetais (azeite extra-virgem,
óleo de soja, óleo de canola). Óleo de coco deve ser evitado, pois ele
é composto de 100% gordura saturada. Aliás, deve-se evitar: óleo de
dendê, e carnes gordurosas pelo mesmo motivo. Já sabemos que o
excesso de gorduras saturadas piora o perfil lipídico.
- Carboidratos: Banana, batata doce, arroz branco, suco de laranja,
suco de uva integral, uva passa, batata doce em pó, maltodextrina,
dextrose, palatinose, wazy maze, pipoca, iogurte saborizado comum,
aveia, farinha de mandioca, mandioca, mel, granola, e qualquer fonte
que tenha concentração de mais de 20 gramas de carboidratos a
cada 100 gramas de alimento (20% de carboidratos).
Quando falamos em uma dieta de superávit calórico, que se come 
além das calorias que são gastas pelo corpo durante o dia, muitas 
pessoas tem dificuldade de comer todas as calorias necessárias. 
Para resolver esse problema, a primeira atitude é aumentar a 
freqüência da alimentação. Em uma dieta bulking costuma-se fazer 
de 5 a 6 refeições por dia. 
Entre as refeições, é interessante usar de uma a duas refeições 
líquidas, assim é possível ingerir mais calorias de uma forma mais 
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fácil. Dentro desta dica, é interessante fazer refeições líquidas do 
seguinte modo: 
 - Conter alguma fonte de proteína em pó – whey protein, albumina, 
proteína isolada

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