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e-book medição de temperatura

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e-book
 
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F
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ÍNDICE
3
5
6
8
8
9
15
11
12
13
17
18
19
Guia Prático de Medição de Temperatura
Medir e controlar variáveis físicas são atividades de fundamental importância em processos 
industriais que têm impacto direto na qualidade dos produtos, no uso eficiente de recursos, na 
segurança de equipamentos e pessoas e para garantir custos e competitividade de mercado.
O monitoramento da variável temperatura é amplamente utilizado nos mais variados segmentos 
industriais como químico, petroquímico, farmacêutico, alimentício, siderúrgico, papel e celulose, 
nuclear e também na indústria de manufatura em geral.
A OMEGA Engineering Brasil oferece produtos e soluções para medição e controle de processos e 
elaborou esse e-book especialmente para auxiliar os profissionais das mais diversas áreas em suas 
aplicações de medição de temperatura.
1 - O que é temperatura?
2 - Medição de Temperatura
 2.1. Sensores para medição de temperatura por condução
 2.2. Sensores para medição de temperatura por radiação
3 - Sensores para Medição Industrial
 3.1. RTDs
 3.2 Termopares
4 - Tipos de termopares e suas aplicações
 4.1. Código de Cores ANSI e IEC
 4.2. Termopar ou PT100, qual devo utilizar?
5 - Aquisição de Dados de Temperatura e Análise de Dados
6 - Aplicações Especiais
7 - Materiais Técnicos
8 - A OMEGA Engineering
5
3
o que é
temperatura?1
Temperatura Independe do Tamanho ou Volume
Nós humanos percebemos instantaneamente o que é quente e o que é frio. Por esse motivo, o 
conceito de temperatura é tão intuitivo. Mas quente e frio não são medidas científicas. Para definir 
melhor precisamos do conceito de temperatura.
Por exemplo: quão quente deve estar a água para ela evaporar?
Para responder essa pergunta, um cientista usou a temperatura para definir o conceito de ponto 
de ebulição. 
Todos os materiais são feitos de partículas. Essas partículas são átomos ou moléculas que estão em 
movimento constante. Esse movimento constante nada mais é que energia cinética. Desta forma, 
quanto mais agitação nas partículas, mais energia cinética.
Temperatura é uma grandeza física que mede a energia cinética média das partículas de um objeto 
ou substância.
Temperatura não depende do tamanho do objeto (quantidade de partículas), ou mesmo do 
material do objeto, uma vez que é a grandeza que mede a energia cinética média.
1.300°C
3 kg de aço
1.300°C
100 kg de aço
4
É muito comum confundir temperatura e calor. Temperatura é a medição da energia interna de um 
objeto ou substância, enquanto calor é como a energia é transferida de um sistema para outro, ou 
de um corpo para outro. A transferência de calor sempre acontece do corpo de maior temperatura 
para o corpo de menor temperatura.
Como não podemos falar de temperatura sem falar um pouco sobre calor, vamos apresentar os 
três métodos de transferência de calor:
Convecção:
A convecção é um método de transferência 
de calor, muito comum para líquidos e gases. 
Basicamente, o calor é transferido para uma 
superfície em contato com o fluído que 
quando aquecido entra em movimento e a 
energia térmica se propaga devido a diferença 
de densidade e ação da gravidade.
Radiação:
Na radiação, o calor é transferido na forma de 
energia radiante ou movimento de onda de 
um corpo para outro corpo. Nenhum meio 
é necessário, porque essas ondas podem se 
propagar no vácuo, ou seja, as superfícies não 
precisam estar em contato para transferência 
de calor por radiação.
Condução:
A condução ocorre principalmente em sólidos 
onde a energia térmica se propaga partícula 
a partícula. A transferência de calor por 
condução se caracteriza pelo contato térmico 
entre os corpos sem a mistura de suas massas.
5
Quando pensamos em medição de temperatura, é impossível não pensar no termômetro de vidro. 
Nele o calor é transferido para o termômetro por condução, colocando-o debaixo do braço, por 
exemplo. Por esse motivo devemos colocar o sistema que desejamos medir em equilíbrio térmico 
com o instrumento que irá medir a temperatura. Em outras palavras, precisamos aguardar até 
que o termômetro esteja na mesma temperatura do seu corpo para poder medir corretamente a 
temperatura corporal.
Expansão
Elétrico
Termômetro de dilatação de líquido
Termômetro de dilatação de gás
Termômetro de tensão de vapor saturante
Termômetro de dilatação de sólido
Par Termoelétrico - Termopares
Resistências Elétricas:
Termistores
Termorresistências (RTD)
Semicondutores
SensorPrincípios de Funcionamento
Os instrumentos ou sensores de medição apresentam uma grandeza física, chamada de grandeza 
termométrica, que varia em função da temperatura, e utilizam uma escala numérica, ou escala 
termométrica, que associa as mudanças na grandeza termométrica com a temperatura. 
Classificamos os medidores de temperatura em dois grupos:
Todos os métodos de medição de temperatura são indiretos, pois não 
existe uma medida padrão para a agitação de partículas. Na medição direta, 
comparamos a grandeza que se deseja medir com uma unidade padrão. As 
medições de peso e distância geralmente são feitas de maneira direta. 
2.1 Sensores para medição de temperatura por condução
medição de
temperatura2
Você
Sabia?
6
Na indústria, os sensores para medição de temperatura por condução são vastamente utilizados, 
principalmente os sensores de princípio elétrico como termopares e RTDs.
Um exemplo de aplicação industrial é a instalação de sensores de temperatura em trocadores de 
calor. Neste caso, os sensores ficaram em contato com o fluído que passa pelo trocador de calor e a 
transferência de calor ocorre por condução, por contato. Muitas vezes a temperatura é medida em 
diversos pontos e também pode ser necessário calcular a média das últimas medições para obter 
um valor mais apropriado dependendo da aplicação.
Trocador de Calor Industrial
2.2 Sensores para medição de temperatura por radiação
 Pirômetros Ópticos
 Pirômetros de Radiação Total
Os pirômetros medem a radiação térmica da superfície de um objeto e convertem essa radiação 
em temperatura. Como não há contato entre instrumento e o sistema que será medido, o tempo 
de exposição é muito menor e a medição é muito mais rápida, pois não exige equilíbrio térmico.
Na indústria siderúrgica é muito comum utilizar sensores por radiação, uma vez que as altas 
temperaturas impedem o contato entre sensor e metal em estado líquido.
7
Pirômetro em aplicação na siderurgia
Ebulição da Água Pura
Congelamento da Água Pura
Zero Absoluto (ausência total 
de movimento molecular)
(°C) (K) (°F) (°R)
100
0
0 0
373
273
-273
Celsius Kelvin Fahrenheit Rankine
-460
212
32 492
672
Curiosidade
Escalas Termométricas
As escalas de temperatura, ou escalas termométricas, podem ser:
Absolutas: Kelvin e Rankine;
Relativas: Celsius e Fahrenheit.
8
Os principais sensores de medição de temperatura utilizados em aplicações industriais são os 
Termopares e as Termorresistências de Platina, também conhecidas como RTDs.
Sensores para
Medição Industrial3
3.1 RTDs
RTD significa Resistance Temperature Detector e são muitas vezes conhecidos como termômetros 
de resistência.
Um RTD é um sensor de temperatura que utiliza o princípio de que a resistência de um metal 
varia de acordo com a variação de temperatura. Na prática, uma corrente elétrica é transmitida 
por meio de uma peça de metal (o elemento RTD ou resistência) localizada próximo de onde 
a temperatura será medida. O valor da resistência do elemento RTD é então medido por um 
instrumento. Este valor de resistência é então correlacionado com a temperatura com base nas 
características conhecidas de resistência do elemento RTD.
As termorresistências de platina mais comuns são: PT25,5, PT-100, PT-120, PT-130, PT-500 e PT-1000, 
com grande destaque para o PT-100 em função da sua ampla gama de aplicações e versatilidade.
O PT-100 tem esse nome em função do material do qual é constituído, Platina, por ser uma 
Termorresistência, e também pelo fato da sua resistência nominal de 100 ohms a 0°C.
PT-100 para Aplicações Industriais
 Principais características do PT-100
 Faixa de Temperatura: - 270°C a 660°C
 Alta estabilidade e repetibilidade
 Rápido tempo de resposta
- 
- 
- 
Cabeçote e Terminais de Ligação
Termorresistência
Poço Termométrico ou Bainha
9
Quando configurado corretamente, termopares podem fornecer medições de temperatura em 
uma ampla faixa de temperatura.
Um termopar é também conhecido por sua versatilidade como sensor de temperatura. Portanto, 
normalmente são utilizados em uma ampla gama de aplicações - desde termopares para uso 
industrial até termopares encontrados em aparelhos em geral. Devido à sua vasta gama de 
modelos e especificações técnicas, é extremamente importante entender a sua estrutura básica, 
como um termopar funciona e suas escalas, para melhor determinar qual é o tipo certo e material 
do termopar para sua aplicação.
 Como um Termopar Funciona?
Quando dois fios compostos por metais diferentes são unidos em ambas as extremidades e uma 
das extremidades é aquecida, há uma corrente contínua que flui no circuito termoelétrico. Se este 
circuito é interrompido no centro, a tensão de circuito aberto líquido (tensão de Seebeck) é uma 
função da temperatura de junção e da composição dos dois metais. O que significa que, quando 
a junção dos dois metais é aquecida ou arrefecida, a tensão produzida pode ser correlacionada a 
uma temperatura.
O EFEITO SEEBECK
Em 1821 Thomas Seebeck descobriu o fluxo de corrente 
contínua no circuito termoelétrico quando dois fios de 
metais diferentes são unidos em ambas extremidades e 
uma das extremidades é aquecida.
3.2 Termopares
Os termopares são constituídos de dois metais distintos, na forma de metais puros ou de ligas 
homogêneas. Os fios são soldados em uma extremidade chamada de junta quente ou junta de 
medição.
Junta Quente Junta Fria
+NiCr
+NiAl
10
 Qual é o tempo de resposta?
Constante de tempo é definida como o tempo necessário para que um sensor alcance 
63,2% da temperatura máxima, sob condições predeterminadas. Um valor cinco vezes 
maior do que a constante de tempo é necessário para que o termopar se aproxime de 
100% do valor de mudança de temperatura.
Um termopar de junção exposta oferece o tempo de resposta mais rápido. Além disso, 
quanto menor o diâmetro da bainha da sonda, mais rápida será a resposta. Porém, a 
temperatura máxima poderá ser menor. No entanto, a bainha da sonda pode não resistir 
a intervalos de temperatura completos dependendo do tipo de termopar. 
(constante de tempo)
63% de Tmax.
Tmax.
Temperatura
Tempo
11
Já que um termopar mede amplos intervalos de temperatura e é também um sensor robusto, 
ele é muito utilizado na indústria. Os seguintes critérios devem ser observados na escolha de um 
termopar: 
- Faixa de temperatura; 
- Resistência química do termopar ou material do poço termométrico (bainha);
- Resistência à abrasão e vibração; 
- Requisitos para instalação:
 - Compatibilidade com equipamentos existentes; 
 - Orifícios existentes podem determinar o diâmetro e comprimento do poço.
Termopares estão disponíveis em diferentes combinações de metais ou calibrações. As quatro 
calibrações mais comuns são J, K, T e E, e existem também as calibrações de alta temperatura 
como R, S, C, G e B.
Dependendo da faixa operacional e da variação diferencial de resposta, podemos selecionar o 
tipo de termopar que melhor atende a aplicação, observando os extremos térmicos e valores 
tabelados.
Tipos de termopares
E suas aplicações4
Temperatura (ºC)
E
J
T
K
N
G
C
R
S
B
70
65
60
55
50
45
40
F.
E.
M
. (
m
V
)
35
30
25
20
15
10
5
0
-5
-10
-2
00 20
0
40
0
60
0
80
0
10
00
12
00
14
00
16
000
12
4.1 Código de Cores ANSI e IEC
* Designação de símbolo ou padrão não oficial † O código de cores JIS também está disponível. 
Todos os conectores, sondas e fios dos termopares OMEGATM estão disponíveis com os códigos de cores ANSI ou IEC.
D
(W3)
C
(W5)
G
(W)
B
R/ 
SX
U
S
R
N
E
T
K
J
D
(W3)
C
(W5)
G
(W)
B
R/ 
SX
U
S
R
N
E
T
K
J
NENHUM 
ESTABELECIDO
NENHUM 
ESTABELECIDO
NENHUM 
ESTABELECIDO
NENHUM 
ESTABELECIDO
NENHUM 
ESTABELECIDO
NENHUM 
ESTABELECIDO
NENHUM 
ESTABELECIDO
NENHUM 
ESTABELECIDO
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
+
–
FERRO
Fe
(magnético)
CHROMEGATM
NÍQUEL-CROMO
Ni-Cr
COBRE
Cu
CHROMEGATM
NÍQUEL-CROMO
Ni-Cr
OMEGA-PTM
NICROSIL
Ni-Cr-Si
PLATINA-
13% RÓDIO
Pt-13% Rh
PLATINA-
10% RÓDIO
Pt-10% Rh
COBRE 
Cu
COBRE 
Cu
PLATINA-
30% RÓDIO
Pt-30% Rh
TUNGSTÊNIO
W
TUNGSTÊNIO-
5% RÊNIO
W-5% Re
TUNGSTÊNIO-
3% RÊNIO
W-3% Re
CONSTANTAN
COBRE-NÍQUEL
Cu-Ni
ALOMEGATM
NÍQUEL-
ALUMÍNIO
Ni-Al
(magnético)
CONSTANTAN
COBRE-NÍQUEL
Cu-Ni
CONSTANTAN
COBRE-NÍQUEL
Cu-Ni
OMEGA-NTM
NISIL
Ni-Si-Mg
Platina
Pt
Platina
Pt
COBRE BAIXO- 
NÍQUEL
Cu-Ni
COBRE 
Cu
Platina-
6% RÓDIO
Pt-6% Rh
TUNGSTÊNIO-
26% RÊNIO
W-26% Re
TUNGSTÊNIO-
26% RÊNIO
W-26% Re
TUNGSTÊNIO-
25% RÊNIO
W-25% Re
Código 
 ANSI
Código 
 IEC
*
*
*
Conectores Conectores
Reduzido, vácuo,
Inerte. Uso limitado 
em oxidação em altas 
temperaturas. 
Não recomendado para 
baixas temperaturas.
Oxidante limpo e inerte. 
Uso limitado em vácuo ou 
redução. Amplo intervalo de 
temperatura, 
calibração mais popular 
Oxidação leve, 
Vácuo de redução ou inerte. 
Bom onde houver umidade. 
Aplicações criogênicas e de 
baixa temperatura
Oxidante ou inerte. 
Uso limitado em vácuo ou 
redução. Maior mudança 
de FEM 
por grau
Alternativa 
para o Tipo K. 
Mais estável 
em altas temperaturas
Oxidante ou inerte. 
Não inserir em tubos 
de metal. Cuidado com 
a contaminação.
Temperatura alta
Oxidante ou inerte. 
Não inserir em tubos 
de metal. Cuidado com 
a contaminação.
Temperatura alta
Grau de extensão
Fio conector para 
 termopares 
R & S, também conhecido 
como Fio de extensão 
RX e SX
Não compensado
para uso com RTDs
e termistores
Oxidante ou inerte. 
Não inserir em tubos de 
metal. Cuidado com a 
contaminação. Alta temp. 
Usado normalmente na 
indústria de vidro
Vácuo, inerte, hidrogênio. 
Cuidado com a fragilização. 
Não utilizável abaixo 
de 399 °C (750 °F). Não 
indicado em atmosferas de 
oxidação
Vácuo, inerte, hidrogênio. 
Cuidado com a fragilização. 
Não utilizável abaixo de 
399 °C (750 °F). Não indicado 
em atmosferas de oxidação
Vácuo, inerte, hidrogênio. 
Cuidado com fragilização. 
Não utilizável abaixo de 
399 °C (750 °F) – Não 
indicado em atmosferas de 
oxidação
–8,095 a
69,553
–6,458 a 
54,886
–6,258 a 
20,872
–9,835 a 
76,373
–4,345 
a 47,513
-0,226 
a 21,101
–0,236 
a 18,693
0 a 13,820
0 a 38,564
0 a 37,066
0 a 39,506
–210 a 1200 °C 
–346 a 2193 °F
–270 a 1372 °C 
–454 a 2501 °F
–270 a 400 °C 
–454 a 752 °F
–270 a 1000 °C 
–454 a 1832 °F
–270 a 1300 °C 
–450 a 2372 °F 
-50 a 1768 °C 
-58 a 3214 °F 
–50 a 1768 °C–58 a 3214 °F 
0 a 1820 °C 
32 a 3308 °F 
0 a 2320 °C 
32 a 4208 °F
0 a 2320 °C 
32 a 4208 °F
0 a 2320 °C 
32 a 4208 °F
NENHUMA NORMA 
USA O CÓDIGO 
DE CORES ANSI
NENHUMA NORMA 
USA O CÓDIGO 
DE CORES ANSI
NENHUMA NORMA 
USA O CÓDIGO 
DE CORES ANSI
*
Ambiente
para Fio
Desencapado
Máximo
Intervalo de
Temperatura
para Cabo
Termopar 
FEM (mV)
para Máximo
Intervalo
de
Temperatura
Combinação de liga
Fio + Fio -
ANSI/ASTM E-230
Codificação por cores
Cabo
Termopar
Cabo de
Extensão
IEC 584-3
Codificação por cores
Cabo
Termopar
Intrinsecamente
Seguro
13
4.2 Termopar ou PT100, qual devo utilizar?
Existem muitas aplicações nas quais podemos usar tanto um PT-100 quanto um Termopar, e 
nesses casos optaremos pelo Termopar para nos beneficiarmos de seu baixo custo. Vamos ilustrar 
alguns segmentos e aplicações onde o termopar e o PT-100 são mais utilizados.
O PT-100 é adequado para aplicações com faixa de temperatura de -200°C a 600°C, mais é 
comumente utilizado na gama de -50°C a + 250°C, por exemplo em aplicações de refrigeração de 
água, arrefecimento de óleo, aplicações de refrigeração em geral, na indústria de processos, na 
indústria alimentícia e em medições de temperatura em ambientes.
Tolerâncias de termopar
(Junção de referência a 0 °C)
Limites americanos de erro ASTM E230-ANSI MC 96.1 
 Código ANSI Limites padrão† Limites especiais†
 Intervalo de temperatura > 0 a 750 °C > 32 a 1382 °F 0 a 750 °C 32 a 1382 °F 
 Valor de tolerância 2,2 °C ou 0,75% 4,0 °F ou 0,75% 1,1 °C ou 0,4% 2,0 °F ou 0,4%
 Intervalo de temperatura > 0 a 1250 °C > 32 a 2282 °F 0 a 1250 °C 32 a 2282 °F 
 Valor de tolerância 2,2 °C ou 0,75% 4,0 °F ou 0,75% 1,1 °C ou 0,4% 2,0 °F ou 0,4% 
 Intervalo de temperatura* -200 a 0 °C -328 a 32 °F 
 Valor de tolerância 2,2 °C ou 2,0% 4,0 °F ou 2,0%
 Intervalo de temperatura > 0 a 350 °C > 32 a 662 °F 0 a 350 °C 32 a 662 °F 
 Valor de tolerância 1,0 °C ou 0,75% 1,8 °F ou 0,75% 0,5 °C ou 0,4% 1 °F ou 0,4% 
 Intervalo de temperatura* -200 a 0 °C -328 a 32 °F 
 Valor de tolerância 1,0 °C ou 1,5% 1,8 °F ou 1,5%
 Intervalo de temperatura > 0 a 900 °C > 32 a 1652 0 a 900 °C 32 a 1652 °F 
 Valor de tolerância 1,7 °C ou 0,5% 3 °F ou 0,5% 1,0 °C ou 0,4% 1,8 °F ou 0,4% 
 Intervalo de temperatura* -200 a 0 °C -328 a 32 °F 
 Valor de tolerância 1,7 °C ou 1,0% 3 °F ou 1,0%
 Intervalo de temperatura > 0 a 1300 °C > 32 a 2372 °F 0 a 1300 °C 32 a 2372 °F 
 Valor de tolerância 2,2 °C ou 0,75% 4,0 °F ou 0,75% 1,1 °C ou 0,4% 2,0 °F ou 0,4% 
 Intervalo de temperatura* -270 a 0 °C -454 a 32 °F 
 Valor de tolerância 2,2 °C ou 2,0% 4,0 °F ou 2,0%
 Intervalo de temperatura 0 a 1450 °C 32 a 2642 °F 0 a 1450 °C 32 a 2642 °F 
 Valor de tolerância 1,5 °C ou 0,25% 2,7 °F ou 0,25% 0,6 °C ou 0,1% 1 °F ou 0,1%
 Intervalo de temperatura 800 a 1700 °C 1472 a 3092 °F Não 
 Valor de tolerância 0,5% 0,5% Estabelecido
 Intervalo de temperatura 0 a 2320 °C 32 a 4208 °F Não 
 Valor de tolerância 4,5 °C ou 1,0% 9 °F ou 1,0% Estabelecido
14
Os termopares são mais adequados para 
temperaturas elevadas (até 1.700°C) ou muito 
baixas (até -200°C) e também são ideais onde 
há presença de vibração (onde um PT-100 está 
sujeito a quebra). Se você precisa de um sensor de 
temperatura de resposta rápida, recomendamos 
o uso de termopares, que são muito utilizados na 
indústria de plástico, farmacêutica, no processo de 
produção de açúcar e álcool, na indústria de óleo e 
gás e na indústria automotiva.
Os termopares e os PT-100 podem utilizar o mesmo 
conjunto de montagem mecânica e interface com 
o processo industrial. Esse conjunto é composto 
basicamente de poço termométrico ou bainha e 
um cabeçote.
A OMEGA Engineering disponibiliza uma 
ferramenta para configurar um sensor de 
temperatura. Nessa ferramenta você seleciona 
o estilo e material do poço, rosca de montagem, 
comprimento do poço, se a sonda será um 
termopar ou PT-100 e o tipo do cabeçote. Ao final 
você terá o código do produto configurado para 
sua aplicação. Acesse a ferramenta clicando aqui:
http://br.omega.com/hwc/thermowell_type.html
A tabela ao lado nos ajuda a avaliar 
qual aplicação é mais indicada para 
um Termopar e para um PT-100
Indústria Alimentícia
Indústria Automotiva
Indústria Farmacêutica
Refrigeração
PT-100Termopar
TEMPERATURA TEMPERATURA
TE
N
SÃ
O
RE
SI
ST
ÊN
CI
A
Va
nt
ag
en
s Simples
Reforçado
Barato
Com autoalimentação
Grande variedade
Grande intervalo
de temperatura
Não linear
Baixa tensão
Referência necessária
Menos estável
Menos sensível
Caro
Fonte de corrente
necessária
Pequeno ø R
Resistência
absoluta baixa
Mais estável
Mais exato
Mais linear do
que termopar
D
es
va
nt
ag
en
s
V
T T
R
15
Os diferentes tipos de aplicação para medição de temperatura exigem diferentes métodos para 
aquisição dos dados. Além da escolha do melhor sensor, é necessário também escolher o sistema 
de aquisição mais adequado e, posteriormente, a melhor maneira de analisar as informações. 
Abaixo alguns exemplos que ilustram essas diferenças.
Sistemas de refrigeração, ventilação e aquecimento
Também conhecidos como HVAC (heating, ventilation and air conditioning), são sistemas 
responsáveis por controlar a temperatura em um determinado ambiente, que pode ser um 
auditório, uma sala de aula ou um automóvel.
5 Aquisição de Dados deTemperatura e Análise de Dados
Aplicação HVAC
16
Este tipo de aplicação requer múltiplos pontos de medição, pois deseja-se medir a distribuição da 
temperatura no ambiente. Para análises, pode-se utilizar uma ferramenta 3D e, quando possível, 
alguma ferramenta que possua modelos matemáticos de mecânica dos fluídos para análise 
dinâmica do sistema.
Neste caso geralmente são utilizados sistemas de aquisição de dados com alta densidade de canais 
(menor custo por canal) e com taxas de aquisição mais lenta, pois exige uma precisão elevada.
Análise de comportamento térmico de materiais
Outra aplicação muito comum é a análise do comportamento térmico de materiais quando 
submetidos a diferentes temperaturas. Esse processo é muito utilizado na indústria automotiva 
para garantir que a dilatação de uma superfície (por exemplo, o painel interno do automóvel) irá 
acontecer dentro do esperado e não haverá rachaduras ao longo do tempo. Neste caso também 
são utilizados múltiplos sensores medindo a temperatura em diferentes partes da superfície e são 
utilizados sistemas 3D para análise dos resultados, além de uma análise visual e dimensional para 
confirmar que a peça em questão continua com sua estrutura mecânica original.
Também é comum na indústria automotiva o teste de choque térmico de componentes, muito 
utilizado em testes de durabilidade. Neste caso submete-se a peça a choques que podem ir de 
40°C a 70°C repetidas vezes para garantir a resistência mecânica e funcional da peça analisada. 
Neste caso a medição de temperatura é usada para validar a temperatura ambiente, ou seja, para 
garantir que o teste está sendo executado nas faixas de temperatura corretas, que geralmente 
seguem uma norma internacional.
A análise neste caso é geralmente feita de forma visual e funcional da peça, ou seja, verifica-se se o 
componente testado funciona corretamente e tem suas características mecânicas mantidas após 
a execução do teste.
Laminação de Metais
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Em algumas aplicações, nem sempre é possível instalar um sensor de temperatura convencional 
e precisamos de um sistema que armazene a temperatura ao longo do tempo. Esse tipo de 
dispositivo é chamado de datalogger ou registrador de dados.
O OM-CP-EGGTEMP foi projetado especificamente para medir e registrar a temperatura dos ovos 
durante o transporte, o armazenamento e a incubação.
O registradorresponde termicamente a um ambiente da mesma forma que um ovo verdadeiro 
faz, simulando a experiência com a temperatura do produto real. Esse é um exemplo típico onde 
qualquer outro sistema de medição poderia influenciar na temperatura do ambiente, impedindo 
a obtenção da verdadeira temperatura do sistema em condições reais de trabalho.
O registrador de dados de temperatura OM-CP-EGGTEMP é submersível e pode medir temperaturas 
de 0°C a 60°C (32°C a 140°F).
Este coletor de dados tem uma bateria que normalmente dura até um ano e que pode ser 
facilmente substituída. A memória não volátil pode conter até 32.767 leituras e irá reter dados 
mesmo sem bateria. A recuperação de dados é simples. Basta ligá-lo a uma porta USB disponível e 
com um software simples e amigável faz todo o resto. Os dados podem ser visualizados em graus 
Celsius ou Fahrenheit, em um gráfico ou tabela de dados. Para análises mais detalhadas, os dados 
também podem ser exportados para uma planilha Excel.
Aplicações Especiais6
Registrador de dados de temperatura para indústria alimentícia
OM-CP-EGGTEMP OM-CP-EGGTEMP-RH
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Materiais Técnicos7
Manuais de Referência Técnica
 
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Sobre a empresa
 
A OMEGA Engineering é referência mundial e oferece vasta gama de equipamentos para medição 
e controle de processos industriais. Fundada em 1962 em Stanford nos EUA, a empresa faz parte 
do grupo Spectris e destaca-se em tecnologia e soluções customizadas.
Referência mundial em equipamentos de medição e controle de processos industriais, a OMEGA™ 
conta com um portfólio de mais de 100 mil itens nas áreas de temperatura, umidade, pressão, 
deformação, força, vazão, nível, pH e condutividade.
Desde 2013 no Brasil, a empresa tem sede em Campinas-SP e realiza entregas em todo país a 
partir do site br.omega.com e Central de Atendimento gratuito 0800 773 2874. 
A qualidade dos produtos e serviços de suporte no pré e pós-venda oferecidos pela OMEGA™ 
renderam uma reputação incomparável, resultando em altos níveis de recompra através de 
escritórios presentes em quase todos os países do mundo.
a OMEGA Engineering8

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