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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS N2 ATUALIZADO

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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS – SISTEMA DIGESTÓRIO EQUINOS
OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA
Rara, pois equinos selecionam bem o alimento, porem pode ocorrer com corpo estranho ou alimento compacto. 
Sintomas: Disfagia, sialorreia, refluxo de saliva ou alimento pelas narinas, incomodo, tentativa de deglutição e ânsia.
Tratamento:
- Passar sonda nasogástrica (agua morna ou lubrificante - óleo mineral)
GASTRITE/ÚLCERA GÁSTRICA
Comum e potro jovem e cavalo adulto, atinge animais do alto desempenho atlético!
ESTRESSE - o MAIOR predisponente + Terapia com AINE por longo período
Sintomas: Colica recorrente, depressao, excitação, perda de peso, pelo arrepiado, bruxismo.
Exame: Gastroscopia
Tratamento:
- Diminuir estresse, cessar imediatamente o uso de AINE.
- Cimetidina, Ranitidina (6,6mg/kg QID)
- Omeprazol (0,7 - 1mg/kg SID)
- Antiácido - Hidroxido de alumínio ou magnésio
DILATAÇÃO/SOBRECARGA GÁSTRICA
Afecção mais comum em equinos, PODE ocorrer ruptura gástrica. 
Geralmente o animal tem vicio como aerofagia, ansiedade ao se alimentar comendo muito rápido, presença de cólica.
Fatores predisponentes: Dentição ruim ou deficiente, alimento de ma qualidade, vicio como aerofagia
Fator determinante PRINCIPAL: ingestão excessiva de concentrado.
Sintomas: Dor, devido a cólica (Animal rola, cava a baia, senta, deita frequentemente). 
*pouco aumento de FR e FC 
Sondagem nasogástrica POSITIVA, com cheiro fermentado (pH ácido <6,8)
Exame: Palpaçao retal normal sem alterações significativa + Paracentese abdominal -liquido peritoneal normal
Tratamento:
- Fluidoterapia - caso necessário 
- Sintomático – analgesia
- Sonfagem para descompressão.
OBSTRUÇÃO DO INTESTINO DELGADO
- Estrangulativa: 
Hérnia umbilical, diafragmatica, inguino-escrotal; vólvulo e torção; lipoma pedunculado.
- Não estrangulativa:
Compactação de ileo, intussuscepçao, corpo estranho, duodeno jejunite proximal
Histórico: dor moderada a severa devido a cólica, prostração, anorexia, sudorese.
Sinal clinico: Aumento de Fc e FR, diminuição dos movimentos intestinais, aumento do TPC, aumento do turgor de pele, diminuição da pressão arterial periférica, depressão e desidratação moderada a severa.
Exame: Palpação - distensão de alças intestinais de delgado, se tornando palpável.
Tratamento: 
Nao estrangulativo - descompressão gástrica, restabelecer volemia, AINES Flunixim Meglumine, e NECESSITA DE CIRURGIA
Estrangulativa - cirurgia 
ENTERITE ANTERIOR/ DUODENO JEJUNITE PROXIMAL 
Inflamação significante do intestino delgado, causando transudação e secreção de grande volume de fluido para o lumem intestinal, podendo ser relacionado ao desenvolvimento da bactéria CLOSTRIDIUM sp. 
Histórico: cólica, depressão ou apatia, alterações na dieta.
Sintoma: dor aguda, a passagem nasogastrica melhora a descompressão estomacal, taquicardia, endotoxemia, febre, depressão ou prostração, desidratação acentuada. 
Exame: Palpaçao retal - apalpar distensão intestinal do intestino delgado.
Tratamento: 
⁃ Fluidoterapia, reposição hidroelétrolitica com suplementação de cálcio e potássio, por 7 a 8 dias.
⁃ Descompressao estomacal via sonda nasogastrica a cada 4 a 6 horas.
⁃ Aines - flunixim meglumine (0,25 mg/kg a cada 6 a 8 horas)
⁃ Antibiótico - penicilina procaina (20.000 a 40.000 Ul/kg BID)
CÓLICA ESPAMÓDICA
Contração anormal involuntária e anormal da musculatura lisa da parede intestinal, podendo acometer delgado e grosso.
*Comum em potrancos e potrancas no pós mamada.
Historico: dor (deita, cava, rola) em episódios esporádicos, intercalando com momentos de tranquilidade.
Sinais clinicos: Dor aguda, associado pelo aumento do peristaltismo audível pela auscultação abdominal. As vezes diarreia. Leve taquicardia e taquipneia, devido a dor. 
Tratamento: 
⁃ Analgesia: Fenilbutazona (4,4mg/kg) flunexim meglumine (1,1 mg/kg) ou cetoprofeno (3,3mg/kg)
⁃ Antiespamodico: Butilbrometo de escopolamina (buscopan) 
COMPACTAÇÃO 
Obstrução intestinal, causa cólica abdominal. 
Historico: inadequado controle antiparasitário, ingestao incorreta ou dificultosa, alimento ma qualidade, mudança ambiental. Diminuição do apetite e colica leve.
Sinais clínicos: Dor abdominal leve notavel, podendo progredir pra dor severa se nao tratado. Hipomotilidade ou ausencia da motilidade intestinal. Distensão abdominal
Diagnóstico: Palpaçao retal: em casos de massas palpaveis na flexura pelvica.
Tratamento:
- Analgesia - febilbutazona, cetoprofeno, flunexim meglumine.
- Fluidoterapia para controle de desequilíbrio hidroeletrolitico.
- Sondagem nasogastrica pra alivio de gás e pra administrar medicamentos orais como: laxante(leite de magnesia), emoliente (bisacodil), lubrificante (oleo) e tensioliticos (ruminol).
ENTERÓLITOS 
Comum cavalos acima de 5 e 6 anos com dietas ricas em nitrogenio, magnesio e fosforo.
Massa solida originada pela agregação de minerais, ocasionando obstrução parcial ou total do lumen intestinal, principalmente quando atinge colon menor.
Histórico: dor intermitente.
Sinais clínicos: Dor abdominal, pouco ou baixa produção de fezes, distensão abdominal progressiva, diminuição progressiva dos sons intestinais até total ausência de peristalse.
Diagnóstico: Palpação retal pode revelar distensão gasosa , presença de enterolitos dificilmente é palpável.
EM CASO DE obstrução intestinal completa existe uma alteração circulatória secundária - ABDOMINOCENTESE.
Tratamento: 
- Remoção cirúrgica.
CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS – SISTEMA NERVOSO RUMINANTES
POLIENCEFALOMALÁCIA (PEM)
Ocorre uma necrose da substância (liquefação) cinzenta. É possível visualizar macroscopicamente o cérebro amolecido e edemaciado, e microscopicamente necrose e edema cerebral.
É uma doença ligada a alimentação (não é infecciosa, mas bastante animal apresenta), animal apresenta um distúrbio de vitamina (tiamina – B1) a longo prazo, mas os sinais clínicos são agudos. A causa principal é por deficiência vitamínica, mas pode ocorrer por intoxicação por enxofre, sal ou por infecção pelo herpesvírus tipo V.
A Tiamina atua no metabolismo de CHO, se tem falta as células acabam morrendo, portanto leva diretamente à necrose. 
Sinais clínicos: depressão, decúbido, cegueira de origem central (quando resolve, volta a enxergar), head pressing, convulsão – CENTRAL – mas pode acometer CEREBELO também (incoordenação, ataxia) e TRONCO ENCEFÁLICO. Além de apresentar bruxismo, sialorréia, nistagmo, opistótono, tremor muscular, andar sem rumo, diminuição do tônus da língua.
Diagnóstico: anamnese do manejo alimentar + sinais clínicos que ele apresenta (o que come, se é suplementado ou não) + diagnóstico terapêutico + necropsia (áreas de tumefação/edema)
Tratamento recomendado:
- aplicação durante 3 dias IM/IV, a cada 4 ou 6 horas de Tiamina B1 (Manovim B1)
Para diminuir o edema cerebral preciso analisar o caso
- administração de Dexametasona 
- em casos graves administro Manitol diluído em solução a 20% resposta rápida de 12 a 48h.
O prognóstico é bom quando o tratamento é precoce.
LISTERIOSE
Causada por uma bactéria Gram + Listeria monocytogenes, é mais comum acontecer no inverno (animais confinados e alimentos estocados).
Silagem contaminada (não estocada de forma correta), pastagem, feno, cama de frango e concentração a base de grãos.
Sintomas relacionados: febre + sintomas neurológicos (prostração, apatia, anorexia), tendência a andar em círculos na mesma direção, problemas cerebelar e cerebral + lesão em pares cranianos de forma geral, ptose de orelha (um lado + caído que o outro), dificuldade de deglutição.
Diagnóstico: anamnese de manejo alimentar + sinais clínicos + necropsia (microabcessos + necrose)
Diagnóstico diferencial de otite, abcessos, tumor cerebral, trauma, obstrução esofageana acompanhada de timpanismo, megaesôfago, etc.
Tratamento:
- antibioticoterapia (Oxitetraciclina 1 vez ao dia por 2 a 4 dias)
- AINE’s, fluidoterapia + vitamina do complexo B
- transfusão de soro de rúmen
Como prevenção é indicado a diminuição a exposiçãodo alimente ao agente infeccioso, oferecer alimentação de qualidade.
LENTIVIROSES
CAI = Encefalite, Artrite, Mastite
MV = Encefalite, Pneumonia
Doença de caráter persistente, progressivo, multisistêmico, animal assintomático.
Está frequente nos rebanhos, mas são vírus sensíveis de de fácil eliminação.
Transmissão: leite/colostro, contato direto, por fômites, contato sexual/sêmen, transmissão cruzada.
Diagnóstico: sinais clínicos, elisa, IDGA (repetir exame trimestralmente durante 1 ano quando da negativo), PCR, Wistern blot (para rebanhos certificados).
Não há tratamento e nem vacina. Como controle e prevenção é indicado o uso de materiais descartáveis, monitoração, abate de animais +, quarentena de novos animais (1 ano).
CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS – SISTEMA NERVOSO EQUINOS
TÉTANO
Animal apresenta diagnóstico ruim/reservado. O que causa a doença é a toxina presente na bactéria Clostridium tetani, é essa toxina que faz o animal ter espasmos musculares. 
Para esse animal ter tétano, ele precisa ter uma ferida prévia antes.
O diagnóstico é feito pelo histórico (ferida prévia + ausência de vacinação) mais os sintomas (espasmos musculares e protusão da 3ª pálpebra).
Tratamento: é sintomático
- relaxante muscular (anti-espasmotico)
- sedativo
- soro antitetânico
- antibioticoterapia
A prevenção é feita a parti de um protocolo vacinal correto.
Existem 4 grupos em que as síndromes podem ser classificadas: Cerebral, Cerebelar, Vestibular e Espinhal.
SÍNDROME CEREBRAL
Muitas enfermidades podem apresentar sintomas compatíveis com esta síndrome como, por exemplo, os traumatismos cranianos e os processos degenerativos (mieloencefalopatia degenerativa eqüina, leucoencefalomalacia), mas os processos mais importantes na clínica de eqüinos restringem-se às encefalites (processo inflamatório do encéfalo) causadas por agentes infecciosos bacterianos e virais (raiva, Encefalite viral).
Alterações apresentadas: convulsões, alterações comportamentais, cegueira central, head pressing.
RAIVA
É uma doença rara nos eqüinos, causada por um vírus da família Rhabdoviridae, e apesar do seu potencial zoonótico não existe descrição da transmissão a partir de cavalos doentes para outras espécies, muito menos ao homem.
A classificação da raiva, nos cavalos, pode estar sob três formas: furiosa (cerebral), obscura (tronco encefálico) e paralítica (espinhal). 
Diagnóstico: Antes da morte – difícil / Pós morte – cérebro, uso Anticorpo imunofluorescente ou Inoculação em camundongos.
Tratamento (?) é sintomático, mas se eu tenho algum animal positivo ou suspeito vai para eutanásia. A prevenção é a base de vacinação.
ENCEFALITE VIRAL 
É causada por um togavírus subdividido em três importantes variantes: a encefalomielite leste, a oeste e a venezuelana. Assim como a raiva tem importância zoonótica e seu ciclo depende da existência de animais selvagens como reservatórios naturais assim como de insetos vetores que podem transmitir tanto para eqüinos como para humanos suscetíveis.
O diagnóstico é feito através de: Ampla variedade de sintomas, Histórico + sintomas clínicos, Sorologia (Fixação de complemento ou Elisa).
O tratamento é sintomático:
- anticonvulsivantes
- anti-inflamatorio não esteroidal e esteroidal (DMSO)
- tratamento suporte.
Prevenção é a partir de um ótimo controle de vacinação.
LEUCOENCÉFALOMALÁCIA
É uma doença de ocorrência esporádica e sazonal causada pela micotoxina fumonisina B1 (FB1), um metabólito do Fusarium moniliforme.
Os eqüinos são acometidos ao ingerir milho infectado pelo fungo produtor da micotoxina, mas existem relatos da ingestão de concentrados contaminados causando a doença (estocagem).
Ocorre liquefação da substância branca de um ou dos dois hemisférios cerebrais.
Sintomatologia: incoordenação, letargia, depressão, assim como hiperexcitabilidade e delírio. Podem ocorrer convulsões clônico-tônicas antes da morte.
O diagnóstico é feito a partir de achados necroscópicos + relatos de ingestão de milho mofado + teste de cromatografia para detecção do FB1 no milho. 
O tratamento é sintomático e a medida preventiva é um manejo alimentar adequado.
SÍNDORME CEREBELAR 
O cerebelo é essencial para coordenação dos movimentos, sendo responsável pela regulação da força e variação dos andamentos, assim como da noção espacial, que inclui equilíbrio e postura. As informações aferentes surgem dos sistemas proprioceptivos gerais e especiais (vestibulares) e dos sistemas somáticos especiais (auditivo e visual). Os sinais das doenças cerebelares podem variar bastante incluindo ataxia, dismetria (hipo e hipermetria) e tremor intencional da cabeça. 
Alterações apresentadas: incoordenação, desequilíbrio, hipermetria, tremor intencional de cabeça, sinal de magnus Klein, aumento de área de sustentação.
ABIOTROFIA CEREBELAR 
Esta doença refere-se à degeneração prematura de neurônios por problemas intrínsecos a determinadas raças como a Árabe e algumas raças de pôneis.
Acomete potros de 6 meses até 1 ano. No geral esses animais nascem normais e desenvolvem sinais clínicos que incluem tremor intencional da cabeça, ataxia, dismetria e espasticidade. 
As lesões são progressivas e podem levar à morte. Há lesões encontradas nos exames histopatológicos de degeneração das células de Purkinje do cerebelo. 
Não existe tratamento para esta afecção. Como prevenção é recomendado evitar conhecidos cruzamentos genéticos que predispõem ao aparecimento.
SÍNDROME VESTIBULAR (TRONCO ENCEFÁLICO)
O sistema vestibular é responsável pela posição adequada dos olhos, tronco e dos membros, além do posicionamento e referência aos movimentos da cabeça. Portanto o conhecimento da anatomia e sinais relacionados são importantes no auxílio ao clínico para detecção da localização das lesões, incluindo a doença vestibular central e a periférica. 
Alterações apresentadas: nistagmo, pleurótotono (desvio de cabeça), andar em círculos, paralisia do nervo facial.
No caso de Otite (trauma) é encontrado como alteração: Inclinação (topo) da cabeça para o lado acometido, Nistagmo, Incoordenação, Andar em círculos, Alterações de comportamento (agressividade). O tratamento nesse caso é sintomático (uso de corticoide DMSO + terapia suporte).
SÍNDROME ESPINHAL
Apesar de muitas doenças nos eqüinos causarem alterações cerebrais e na medula espinhal (mieloencefalopatia pelo herpes vírus, mieloencefalite causada por protozoário), na maioria das vezes denota-se alterações clínicas compatíveis com lesões principalmente na medula.
Alterações encontradas: Paralisias (flácidas e espásticas), Paresias (flácidas e espástica), dependendo do local pode ter incoordenação e ataxia.
MIELOENCEFALITE EQUINA CAUSADA POR PROTOZOÁRIO (MEPE) - (Sarcocystis neurona)
É uma afecção que pode causar lesões multifocais e assimétricas no encéfalo e particularmente na medula espinhal. Apesar de ser uma doença infecciosa não ocorre a transmissão entre os eqüinos.
Os eqüinos são hospedeiros terminais aberrantes, que quando infectados podem desenvolver a afecção com sinais clínicos bastante variáveis, desde um simples tropeçar, até exibir fraqueza, cair, além de apresentarem ataxia e incoordenação em um ou mais membros. Não é raro, com a evolução do quadro, encontrarmos atrofia de músculos como os glúteos. 
As lesões, pela presença do parasita, podem ser tanto na substância branca como cinzenta (multifocal e difusa) do cérebro, tronco cerebral e mais freqüentemente da medula espinhal. 
O diagnóstico deve incluir anamnese detalhada, já que é comum animais passarem por fatores estressantes previamente a se tornarem doentes, além de exame clínico completo do sistema nervoso. A análise do sangue e LCR podem detectar a presença de anticorpos para o protozoário. 
Existem diferentes esquemas para o tratamento desta afecção como por exemplo:
- utilização de sulfonamidas combinadas (sulfa e trimetoprim – 15-30mg/kg, VO, BID)
- associação à antiprotozoáricos como a piremetamina (0,25 a 1,0mg/kg, VO, SID)
- além disso, é importante autilização de terapia antiinflamatória com agentes como o flunexin-meglumine ou fenilbutazona. 
- A utilização de dimetilsulfóxido tem demonstrando melhora dos sintomas inflamatórios do sistema nervoso na dose de 1g/kg, diluído em soro a 10%, a cada 12 horas por três aplicações. 
MIELOENCEFALITE EQUINA VIRAL 
A mieloencefalopatia equina é causada pelo herpes vírus, principalmente, do tipo 1 (vírus abortivo) - existem quatro distintos herpes vírus conhecidos nos eqüinos.
 Inicialmente este vírus pode causar vasculite de arteríolas cerebrais, e em especial, da medula espinhal, causando muitas alterações nestes tecidos. 
Os sinais clínicos nervosos podem ser concomitantes ou posteriores a distúrbios respiratórios, sendo na maioria das vezes agudos ou superagudos e que tendem a estabilizar-se rapidamente após 1 ou 2 dias. Existem muitas variações destes sinais na dependência da localização das lesões, mas preferencialmente nota-se acometimento da substância branca espinhal, portanto demonstração de ataxia e paresia dos membros (principalmente pélvicos) são os sinais mais evidentes, somados com hipotonia da cauda e do ânus, além de incontinência urinária. Normalmente estes sinais são simétricos. 
Para auxílio diagnóstico pode ser importante a colheita de LCR, que nos animais acometidos pode demonstrar xantocromia e elevação da concentração de proteína. 
Não existem tratamentos específicos e, portanto, a terapia deve ser basear em tratamento de suporte, além da tentativa de diminuição da inflamação no SNC (antiinflamatórios e DMSO). Como trata-se de uma afecção imune-mediada a corticoideterapia pode ser recomendada (dexametasona, 0,05-0,1mg/kg, IM, BID).

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