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Guia o Setor Elétrico de Normas Brasileiras

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GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Ap
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2
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Apresentação
3
Edição e coordenação técnica
Hilton Moreno
Autores
Hilton Moreno
João José Barrico de Souza
Joaquim G. Pereira
Jobson Modena
Marcus Possi
Coautores
Cláudio Mardegan
Hélio Eiji Sueta
José Starosta
Juliana Iwashita Kawasaki
Luiz Fernando Arruda
Publicação
Atitude Editorial
Patrocínio
Atitude Eventos
Promoção e divulgação
Revista O Setor Elétrico
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
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© 2011 da Atitude Editorial Ltda.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo 
ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Atitude Editorial Ltda.
Diretor
Adolfo Vaiser
Hilton Moreno
Edição e coordenação
Hilton Moreno
Projeto Gráfico, Diagramação e Ilustração
Leonardo Piva e Denise Ferreira
Revisão
Gisele Folha Mós e Flávia Lima
Capa e divisórias internas
Tikao Solutions
2011
Direitos exclusivos da Atitude Editorial Ltda.
R. Dr. Franco da Rocha, 137 - Perdizes, São Paulo – SP - Brasil
E-mail: contato@atitudeeditorial.com.br
Tel.: (11) 3872-4404
www.atitudeeditorial.com.br 
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Apresentação
5
Um antigo projeto se materializa com a publicação desta obra.
O Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras é uma forma que encontramos de devolver para a 
comunidade técnica do setor elétrico nacional um pouco do muito que aprendemos com ela.
Com o Guia OSE de Normas, como carinhosamente chamamos esta publicação, reunimos sob a mesma 
capa quatro dos mais importantes documentos técnicos do País na área de instalações elétricas: a NBR 5410, 
de instalações elétricas de baixa tensão; a NBR 14039, de instalações elétricas de média tensão; a NBR 
5419, de proteção contra descargas atmosféricas; e ao final, amarrando todas elas, a NR 10, norma de 
segurança em serviços de eletricidade do Ministério do Trabalho.
Além de reunir as quatro normas, o Guia OSE de Normas promoveu uma invejável reunião de 
reconhecidos especialistas. Ao todo foram dez profissionais que participaram da preparação desta 
publicação, compartilhando com prazer, dedicação e muito interesse os seus vastos conhecimentos 
com os leitores. Todos, sem exceção, além de fantásticos profissionais, são pessoas com grande 
preocupação em transmitir seus conhecimentos para a sociedade em que vivem. Deixamos aqui 
registrado nosso agradecimento a cada um dos autores pela dedicação que tiveram com este projeto.
Agradecemos o apoio de primeira hora que o Instituto Brasileiro do Cobre, Procobre, deu a este 
trabalho, assim como o apoio da Abrasip-MG – Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas 
Prediais de Minas Gerais.
Agradecemos também a toda a equipe que ajudou a tornar esta obra uma realidade. E às nossas 
famílias que entenderam e apoiaram as horas dedicadas a este projeto.
Finalmente, numa publicação que trata de normas técnicas de instalações, não podemos esquecer de 
voltar um pensamento para aquele que muito nos ensinou nesta área, o eterno e saudoso Professor 
Ademaro Cotrim, que tão cedo nos deixou em agosto de 2000. Temos certeza que, se ainda estivesse 
entre nós, teria sido um dos autores e um dos mais entusiastas participantes deste Guia.
A publicação do Guia OSE de Normas espera contribuir com o aperfeiçoamento profissional e a 
formação dos estudantes da área elétrica.
Boa leitura e bons conhecimentos,
Adolfo Vaiser e Hilton Moreno
São Paulo, novembro de 2011
Apresentação
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
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GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
Apresentação
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O Procobre é uma rede de instituições latino-americanas 
cuja missão é a promoção do uso do cobre, impulsionando 
a pesquisa e o desenvolvimento de novas aplicações e 
difundindo sua contribuição para a melhoria da qualidade de 
vida e do progresso da sociedade. 
É no contexto desta missão, que o Procobre vem trabalhando 
ao longo dos anos para difundir junto aos principais agentes 
da cadeia da construção civil a necessidade de que cada vez 
mais as instalações elétricas sejam seguras. 
Uma vez que em nosso país as normas são voluntárias, o 
apoio ao “Guia O Setor Elétrico de Normas Brasileiras” torna-
se imprescindível para o fomento de nossa missão, pois, 
somente por meio da conscientização e da divulgação das 
normas brasileiras junto aos profissionais do setor, é que 
conseguiremos contribuir para que as construções de nosso 
país tornem-se cada vez mais seguras.
Procobre – Instituto Brasileiro do Cobre
São Paulo, novembro de 2011
Apresentação
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Sum
ário
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N
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ABNT NBR 5410:2004 
INsTAlAções eléTRIcAs de BAIxA TeNsão
014
022
057
069
117
014
031
057
090
120
014
035
058
105
121
015
037
037
060
116
125
127
Sumário
1 HIsTóRIco
2 oBjeTIvos, cAmpo de AplIcAção e ABRANgêNcIA
3 oRIgem dA INsTAlAção
4 AspecTos geRAIs de pRojeTo
5 IlumINAção
6 pRoTeção coNTRA cHoques eléTRIcos
7 pRoTeção coNTRA efeITos TéRmIcos (INcêNdIos e queImAduRAs)
8 9pRoTeção coNTRA soBRecoRReNTes
9 9pRoTeção coNTRA soBReTeNsões
10 pRoTeção coNTRA míNImA e máxImA TeNsão, fAlTA de fAse e INveRsão de fAse
11 pRoTeção dAs pessoAs que TRABAlHAm NAs INsTAlAções eléTRIcAs de BAIxA TeNsão
12 seRvIços de seguRANçA
13 seleção e INsTAlAção dos compoNeNTes 
14 lINHAs eléTRIcAs
15 dImeNsIoNAmeNTo de coNduToRes
16 ATeRRAmeNTo e equIpoTeNcIAlIzAção
17 seccIoNAmeNTo e comANdo
18 cIRcuITos de moToRes
19 coNjuNTos de pRoTeção, mANoBRA e comANdo (quAdRos de dIsTRIBuIção)
20 veRIfIcAção fINAl
21 mANuTeNção e opeRAção
22 quAlIdAde dA eNeRgIA eléTRIcA NAs INsTAlAções de BAIxA TeNsão
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N
BR
 5
41
0
14
• A qualquer linha elétrica (ou fiação) que não seja especificamente 
coberta pelas normas dos equipamentos de utilização;
• As linhas elétricas fixas de sinal, relacionadas exclusivamente à 
segurança (contra choques elétricos e efeitos térmicos em geral) e à 
compatibilidade eletromagnética.
 Entretanto, a norma não se aplica a:
• Instalações de tração elétrica;
• Instalações elétricas de veículos automotores;
• Instalações elétricas de embarcações e aeronaves;
• Equipamentos para supressão de perturbações radioelétricas, na 
medida que não comprometam a segurança das instalações;
• Instalações de iluminação pública;
• Redes públicas de distribuição de energia elétrica;
• Instalações de proteção contra quedas diretas de raios. No entanto, 
esta Norma considera as conseqüências dos fenômenos atmosféricos 
sobre as instalações (por exemplo, seleção dos dispositivos de 
proteção contra sobretensões);
• Instalações em minas;
• Instalações de cercas eletrificadas.
 No momento da publicação deste guia, A NBR 5410 é 
complementada pelas normas NBR 13570 - Instalações Elétricas 
em Locais de Afluência de Público: Requisitos Específicos e NBR 
13534 - Instalações Elétricas em Estabelecimentos Assistencias de 
Saúde: Requisitos para Segurança.Ambas complementam ou substituem, quando necessário, as 
prescrições de caráter geral contidas na NBR 5410, relativas aos 
seus respectivos campos de aplicação.
 A NBR 13570 aplica-se às instalações elétricas de locais como 
cinemas, teatros, danceterias, escolas, lojas, restaurantes, estádios, 
ginásios, circos e outros locais indicados com capacidades mínimas 
de ocupação (no de pessoas) especificadas.
 A NBR 13534, por sua vez, aplica-se a determinados locais como 
hospitais, ambulatórios, unidades sanitárias, clínicas médicas, veterinárias 
e odontológicas etc., tendo em vista a segurança dos pacientes.
 A terminologia de instalações elétricas de baixa tensão 
utilizada na NBR 5410 é proveniente da norma NBR IEC 50 
(826) - Vocabulário Eletrotécnico Internacional — Capítulo 826 — 
Instalações Elétricas em Edificações.
3 oRIgem dA INsTAlAção
 De acordo com 3.4.3 da NBR 5410 (ver Figura 1), a norma 
aplica-se a partir do ponto de entrega, definido como o ponto de 
conexão do sistema elétrico da empresa distribuidora de eletricidade 
com a instalação elétrica da(s) unidade(s) consumidora(s) e que 
delimita as responsabilidades da distribuidora, definidas pela 
autoridade reguladora (ANEEL).
 Além disso, a NBR 5410 indica em 1.6 e 1.7 que a sua aplicação 
não dispensa o respeito aos regulamentos de órgãos públicos aos 
quais a instalação deve satisfazer. As instalações elétricas cobertas 
pela norma estão sujeitas também, naquilo que for pertinente, às 
normas para fornecimento de energia estabelecidas pelas autoridades 
1 HIsTóRIco
 A norma ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa 
tensão tem a seguinte cronologia:
1914 - É publicado o Código de Instalações Elétricas da extinta 
Inspetoria Geral de Iluminação, situada na Cidade do Rio de 
Janeiro, então Capital Federal;
1941 - Com a contribuição de especialistas da época, o Código de 
1914 foi aperfeiçoado e transformado em uma norma publicada 
pelo Departamento Nacional de Iluminação e Gás, sob o título 
de Norma Brasileira para Execução de Instalações Elétricas com 
abrangência em todo o País;
1960 - O documento de 1941 foi substituído pela norma NB-
3, baseada na norma NFPA-70 – National Electrical Code, dos 
Estados Unidos, tendo sido publicado neste ano pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
1980 - A NB-3 foi substituída pela primeira edição da NBR 5410, 
baseada na norma IEC 60364 e na norma francesa NF C 15-100.
1990 - 2ª revisão da NBR 5410;
1997 - 3ª revisão da NBR 5410;
2004 - 4ª revisão da NBR 5410.
2 oBjeTIvos, cAmpo de AplIcAção e ABRANgêNcIA
 A NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão é a norma 
aplicada a todas as instalações elétricas cuja tensão nominal é igual ou 
inferior a 1.000 V em corrente alternada ou a 1.500 V em corrente contínua.
 A NBR 5410 fixa as condições a que as instalações de baixa 
tensão devem atender, a fim de garantir seu funcionamento adequado, 
a segurança de pessoas e animais domésticos e a conservação de bens. 
Aplica-se a instalações novas e a reformas em instalações existentes, 
entendendo-se, em princípio, como ‘reforma’ qualquer ampliação de 
instalação existente (como criação de novos circuitos e alimentação 
de novos equipamentos), bem como qualquer substituição de 
componentes que implique alteração de circuito.
 A norma trata praticamente de todos os tipos de instalações de 
baixa tensão, dentre as quais:
• Edificações residenciais e comerciais em geral;
• Estabelecimentos institucionais e de uso público;
• Estabelecimentos industriais;
• Estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros;
• Edificações pré-fabricadas;
• Reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento 
(campings), marinas e locais análogos;
• Canteiros de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias.
 A norma aplica-se também:
• Aos circuitos internos de equipamentos que, embora alimentados 
por meio de instalação com tensão igual ou inferior a 1.000 V em 
corrente alternada, funcionam com tensão superior a 1.000 V, como 
é o caso de circuitos de lâmpadas de descarga, de precipitadores 
eletrostáticos etc.;
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N
BR 5410
15
reguladoras e pelas empresas distribuidoras de eletricidade. 
 Desta forma, as prescrições estabelecidas em regulamentações 
federais, estaduais e municipais podem ser aplicadas nas instalações 
elétricas de baixa tensão sem causar conflitos legais com o texto da 
norma brasileira. Por exemplo, prescrições específicas do Corpo de 
Bombeiros sobre iluminação de emergência, bombas de incêndio, 
etc., podem ser acomodadas no projeto elétrico sem conflitos. Da 
mesma forma, apesar de a NBR 5410:2004 incluir os componentes 
do padrão de entrada da concessionária, uma vez que ela tem origem 
de aplicação no ponto de entrega, o item 1.7 mantém a autoridade 
da empresa distribuidora de energia elétrica em definir como será 
construído esse padrão de entrada.
Figura 1: Origem da instalação conforme a NBR 5410/2004 (inclui o padrão de 
entrada da concessionária)
Figura 2 – Determinação da potência nominal de um equipamento
4 AspecTos geRAIs de pRojeTo
4.1 Potência de alimentação
 Em 4.2.1 da NBR 5410 prescreve-se que, na determinação 
da potência de alimentação de uma instalação ou de parte de uma 
instalação, devem-se prever os equipamentos a serem instalados, 
com suas respectivas potências nominais e, após isso, considerar 
as possibilidades de não simultaneidade de funcionamento destes 
equipamentos (fator de demanda), bem como capacidade de reserva 
para futuras ampliações. 
 É importante observar que o texto da norma refere-se às 
potências nominais dos equipamentos e não às potências médias 
absorvidas por eles. Isso significa que não é possível a aplicação do 
chamado fator de utilização no cálculo da potência de alimentação. 
Lembre-se que o fator de utilização é aquele que multiplica a 
potência nominal de um aparelho para se obter a potência média 
absorvida por ele durante sua operação. Esse é geralmente o caso 
de motores, sendo tipicamente considerado, nesta situação, um 
fator de utilização da ordem de 0,75. No entanto, reitera-se que a 
prescrição da norma não permite a utilização de tal fator no cálculo 
da potência de alimentação.
 A determinação do fator de demanda exige um conhecimento 
detalhado da instalação e das condições de funcionamento dos 
equipamentos de média tensão a ela conectados. Sua determinação 
deve ser realizada a partir de um estudo muito detalhado, pois, caso não 
seja adequadamente avaliado, o valor final da potência de alimentação 
pode resultar em subdimensionamento dos circuitos elétricos.
 Conforme o caso, a potência de alimentação deve ser 
determinada por cargas ou por grupo de cargas e, geralmente, 
baseia-se nos dados conhecidos de outras instalações similares.
 No que diz respeito às cargas deve-se considerar para um 
equipamento a sua potência nominal dada pelo fabricante ou 
calculada a partir dos dados de entrada (tensão nominal, corrente 
nominal e fator de potência), ou calculada a partir da potência de 
saída, caso seja conhecido o rendimento do equipamento (Figura 2).
4.1.1 Potência de iluminação 
4.1.1.1 locais não residenciais
 Conforme 4.2.1.2.2 da NBR 5410, as cargas de iluminação e 
tomadas em locais não destinados à habitação (estabe-lecimentos 
comerciais, industriais, institucionais, etc.) são as seguintes:
 A quantidade e potência de pontos de iluminação devem ser 
determinadas como resultado da aplicação dos níveis mínimos de 
iluminância da NBR 5413 e calculados pelos métodos dos lúmens, ponto 
a ponto ou cavidade zonal, etc. 
 Para as luminárias que utilizam lâmpadas comequipamentos 
auxiliares (reatores, ignitores, etc.), a potência total da luminária deve ser 
a soma das potências das lâmpadas com a dos equipamentos auxiliares, 
incluindo suas perdas, fator de potência e distorções harmônicas (ver 
capítulo 5 deste guia).
4.1.1.2 locais residenciais
 A seção 9.5.2 da NBR 5410 trata de aspectos relacionados à previsão 
de carga de iluminação em instalações residenciais, conforme descrito a 
seguir.
 A norma estabelece que, em cômodos com área igual ou inferior 
a 6 m2 deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA e com área 
superior a 6 m2 deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para 
os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA para cada aumento de 4 m2 
inteiros.
 Por exemplo, em uma sala de 4 m x 5 m, ou seja, com área de 20 m2 
(20 = 6 + 4 + 4 + 4 + 2), a potência de iluminação mínima a ser atribuída 
a este cômodo será de 100 + 60 + 60 + 60 = 280 VA. 
Equipamento de utilização
PN = UN . IN . cos θN
PN = √3 . UN . IN . cos θN
η = PN / PN
Equipamento monofásico 
Equipamento trifásico 
Rendimento
cos Φ N
η
(Entrada) (Saída)
(P N)UN, IN, PN
Dispositivo de proteção
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Figura 3 – Pontos de tomada acima da bancada em cozinha
4.1.2 Potência de tomadas
4.1.2.1 locais não residenciais
 Conforme 4.2.1.2.3 da NBR 5410, deve ser feita a seguinte previsão 
de pontos de tomadas:
• Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais 
como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, 
deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada de uso geral, e aos 
circuitos termi-nais respectivos deve ser atribuída uma potência de no 
mínimo 1.000 VA.
• Quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, 
deve ser a ele atribuída uma potência igual à potência nominal do 
equipamento a ser alimentado ou à soma das potências nominais 
dos equipamentos a serem alimen-tados. Quando valores precisos 
não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve 
seguir um dos dois seguintes critérios: (1) a potência ou soma das 
potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode vir a 
alimentar; (2) a potência deve ser calculada com base na corrente de 
projeto e na tensão do circuito respectivo.
- Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no 
máximo a 1,5 m do ponto previsto para a 
localização do equipamento a ser alimentado.
- Os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento 
devem ser providos com a quantidade 
adequada de tomadas.
 A NBR 5410 não tem prescrições específicas sobre previsão de 
quantidade de pontos de tomadas em locais não residenciais. 
 Seguem-se algumas recomendações baseadas em literaturas:
locais industriais
 A quantidade e a potência das tomadas em locais industriais 
dependem do tipo de ocupação dos diversos locais e devem ser 
determinadas caso a caso.
escritórios comerciais e locais similares
Sugestão 1: conforme indicado no livro Instalações elétricas, de Ademaro 
Cotrim
 Para escritórios comerciais ou locais similares com área ≤ 40 m2, 
a quantidade mínima de tomadas de uso geral deve ser calculada pelo 
critério, dentre os dois seguintes, que conduzir ao maior número:
• Um ponto de tomada para cada 3 m, ou fração, de perímetro.
• Um ponto de tomada para cada 4 m2, ou fração, de área.
 Para escritórios comerciais ou locais análogos com área > 40 m2, a 
quantidade mínima de tomadas de uso geral deve ser calculada com base 
no seguinte critério: 10 pontos de tomadas para os primeiros 40 m2 e 1 
ponto de tomada para cada 10 m2, ou fração, de área restante.
 Em lojas e locais similares, devem ser previstos pontos de tomadas 
de uso geral em quantidade nunca inferior a um ponto de tomada para 
cada 30 m2, ou fração, não consideradas as tomadas para a ligação 
de lâmpadas, tomadas de vitrines e tomadas para a demonstração de 
aparelhos.
 A potência a ser atribuída aos pontos de tomadas de uso geral em 
escritórios comerciais, lojas e locais similares não deverá ser inferior a 
200 VA por ponto de tomada.
Sugestão 2: conforme indicado no livro Instalações elétricas industriais, 
de João Mamede Filho
 Para escritórios comerciais ou locais similares com área ≤ 37 m2, 
a quantidade mínima de tomadas de uso geral deve ser calculada pelo 
critério, dentre os dois seguintes, que conduzir ao maior número:
• Um ponto de tomada para cada 3 m, ou fração, de perímetro.
• Um ponto de tomada para cada 4 m2, ou fração, de área.
 Para escritórios comerciais ou locais análogos com área > 37 m2, a 
quantidade mínima de tomadas de uso geral deve ser calculada com base 
no seguinte critério: 8 pontos de tomadas para os primeiros 40 m2 e 3 
pontos de tomada para cada 37 m2, ou fração, de área restante.
 Em lojas e locais similares, devem ser previstos pontos de tomadas de 
uso geral em quantidade nunca inferior a um ponto de tomada para cada 
37 m2, ou fração, não consideradas as tomadas para a ligação de lâmpadas, 
tomadas de vitrines e tomadas para a demonstração de aparelhos.
4.1.2.2 locais residenciais
 A seção 9.5.2 da NBR 5410 trata de aspectos relacionados à previsão 
de carga de tomadas em instalações residenciais, conforme descrito a 
seguir.
 Um ponto de tomada é um ponto de utilização de energia elétrica em 
que a conexão dos equipamentos a serem alimentados é feita por meio 
de tomada de corrente. Um ponto de tomada pode conter uma ou mais 
tomadas de corrente. 
 A norma define o número mínimo de pontos de tomadas que devem 
ser previstos num local de habitação, a saber:
• em banheiros deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada 
próximo ao lavatório; 
• em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais 
análogos deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para cada 
3,5 m, ou fração, de perímetro. E acima da bancada da pia em cozinhas, 
copas e copas-cozinhas devem ser previstas no mínimo duas tomadas de 
corrente, no mesmo ponto de tomada ou em pontos distintos (Figura 3);
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N
BR 5410
17
• em varandas deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, 
admitindo-se que este ponto de tomada não seja instalado na própria 
varanda, mas próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões 
construtivas, não comportar o ponto de tomada, quando sua área for 
inferior a 2 m2 ou, ainda, quando sua profundidade for inferior a 80 cm;
• em salas e dormitórios deve ser previsto um ponto de tomada para cada 
5 m ou fração de perímetro;
• para os demais cômodos não tratados especificamente nos itens 
anteriores, a norma estabelece que seja previsto, pelo menos, um ponto 
de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 6 
m2. Quando a área do cômodo ou dependência for superior a 6 m2, vale 
a regra de um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro.
 Uma vez determinada a quantidade de pontos de tomada, é preciso 
atribuir as potências para estes pontos. 
 De um modo geral, a potência a ser atribuída a cada ponto de tomada 
é função dos equipamentos que ele poderá vir a alimentar (Figura 4).
 Caso não sejam conhecidas as potências dos equipamentos, a norma 
então estabelece os seguintes valores mínimos:
• em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, 
lavanderias e locais análogos, deve-se atribuir no mínimo 600 VA por 
ponto de tomada, até 3 pontos, e 100 VA por ponto para os excedentes, 
considerando-se cada um desses ambientes separadamente. Quando 
o total de tomadas, no conjunto desses ambientes, for superior a 6 
pontos, admite-se que o critério de atribuição de potências seja de, nomínimo, 600 VA por ponto de tomada, até 2 pontos, e 100 VA por ponto 
para os excedentes, sempre considerando cada um dos ambientes 
separadamente. 
 Vejamos dois casos para ilustrar esta regra:
• em uma cozinha há a previsão de 5 pontos de tomadas: a potência 
mínima a ser considerada é de 600 + 600 + 600 + 100 + 100 = 2000 VA;
• em uma cozinha há a previsão de 7 pontos de tomadas. a potência 
mínima a ser considerada é de 600 + 600 + 100 + 100 + 100 + 100 + 
100 = 1700 VA.
- nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto 
de tomada.
4.2 esquemas de aterramento
 Os aterramentos devem assegurar, de modo eficaz, as necessidades 
de segurança e de funcionamento de uma instalação elétrica, 
constituindo-se em um dos pontos mais importantes de seu projeto e de 
sua montagem. 
4.2.1 aterramento de Proteção
 O aterramento de proteção consiste na ligação à terra das massas 
e dos elementos condutores estranhos à instalação e tem o objetivo de 
limitar o potencial entre massas, entre massas e elementos condutores 
estranhos à instalação e entre os dois e a terra a um valor seguro sob 
condições normais e anormais de funcionamento. Além disso, deve 
proporcionar às correntes de falta um caminho de retorno para terra de 
baixa impedância, de modo que o dispositivo de proteção possa atuar 
adequadamente.
4.2.2 aterramento funcional 
 O aterramento funcional, que é a ligação à terra de um dos 
condutores vivos do sistema (em geral, o neutro), tem por objetivo 
definir e estabilizar a tensão da instalação em relação à terra durante o 
funcionamento; limitar as sobretensões devidas a manobras, descargas 
atmosféricas e contatos acidentais com linhas de tensão mais elevada; e 
fornecer um caminho de retorno da corrente de curto-circuito monofásica 
ou bifásica à terra ao sistema elétrico.
 Os aterramentos funcionais podem ser classificados em diretamente 
aterrados; aterrados através de impedância (resistor ou reator); ou não 
aterrados.
4.2.3 tiPos de esquemas de aterramento
 Os aterramentos funcional e de proteção nas instalações de baixa 
tensão devem ser realizados conforme um dos três esquemas de 
aterramento básicos, classificados em função do aterramento da fonte 
de alimentação da instalação (transformador, no caso mais comum, ou 
gerador) e das massas, e designados por uma simbologia que utiliza duas 
letras fundamentais:
 1a letra: indica a situação da alimentação em relação à terra:
• T: um ponto diretamente aterrado;
• I: nenhum ponto aterrado ou aterramento através de impedância 
razoável.
2a letra: indica as características do aterramento das massas:
• T: massas diretamente aterradas independentemente do eventual 
aterramento da alimentação;
• N: massas sem um aterramento próprio no local, mas que utilizam o 
aterramento da fonte de alimentação por meio de um condutor separado 
(PE) ou condutor neutro (PEN);
• I: massas isoladas, ou seja, não aterradas.
 Outras letras: especificam a forma do aterramento da massa, 
utilizando o aterramento da fonte de alimentação:
• S: separado, isto é, o aterramento da massa é feito por um condutor 
(PE) diferente do condutor neutro;
Figura 4 – Potência atribuída a um ponto
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BR
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Figura 5 - Esquema TN.
Figura 6 - Esquema TT.
4.2.3.2 esquema tt
 No esquema TT, o ponto da alimentação (em geral, o secundário 
do transformador com seu ponto neutro) está diretamente aterrado e 
as massas da instalação estão ligadas a um eletrodo de aterramento 
(ou a mais de um eletrodo) independentemente do eletrodo de 
aterramento da alimentação (Figura 6).
Uc
RF
RM
UC
RF
• C: comum, isto é, o aterramento da massa do equipamento elétrico é 
feito com o próprio condutor neutro (PEN).
 A partir dessas designações, são definidos os esquemas TT, TN e IT, 
descritos a seguir.
4.2.3.1 esquema tn
 No esquema TN, um ponto da alimentação, em geral, o neutro, é 
diretamente aterrado e as massas dos equipamentos elétricos são ligadas 
a esse ponto por um condutor metálico (Figura 5).
 Esse esquema será do tipo TN-S, quando as funções de neutro e 
de proteção forem feitas por condutores distintos (N e PE), ou TN-
C, quando essas funções forem asseguradas pelo mesmo condutor 
(PEN). Pode-se ter ainda um esquema misto TN-C-S.
 O esquema é concebido de modo que o percurso de uma corrente 
de falta fase-massa seja constituído por elementos condutores 
metálicos e, portanto, possua baixa impedância e alta corrente de 
curto-circuito. Neste caso, uma corrente de falta direta fase-massa é 
equivalente a uma corrente de curto-circuito fase-neutro.
 No sistema TN, a corrente de curto-circuito não depende do 
valor do aterramento da fonte (R
F
), mas somente das impedâncias 
dos condutores pelas quais o sistema é constituído. Por isso, ela 
é elevada e a proteção é fortemente sensibilizada provocando sua 
atuação. 
 Deve-se dar preferência ao sistema TN-S porque, na operação 
normal do sistema, todo o condutor PE está sempre praticamente no 
mesmo potencial do aterramento da fonte, ou seja, com tensão zero 
ou quase zero em toda sua extensão. 
 No entanto, no sistema TN-C, a tensão do condutor PEN junto à 
carga não é igual a zero, porque existem correntes de carga (incluindo 
harmônicas) e de desequilíbrio retornando pelo neutro, causando 
assim quedas de tensão ao longo do condutor PEN. Portanto, as 
massas dos equipamentos elétricos não estão no mesmo potencial 
do aterramento da fonte. Neste caso, sempre há uma diferença de 
potencial entre a mão e o pé do operador que toca o equipamento 
elétrico. Outro perigo do sistema TN-C é no caso de perda (ruptura) 
do condutor neutro (N), em que, instantaneamente, o potencial do 
condutor de fase passa para a massa da carga, colocando em risco a 
segurança das pessoas.
 De acordo com a figura, R
F
 é a resistência do aterramento da 
fonte de alimentação e R
M
 é a resistência do aterramento da massa 
do equipamento elétrico.
 Trata-se de um esquema em que o percurso de uma corrente 
proveniente de uma falta fase-massa (ocorrida em um componente 
ou em um equipamento de utilização da instalação) inclui a terra e 
que a elevada impedância (resistência) desse percurso limite o valor 
da corrente de curto-circuito. 
 No esquema TT, a corrente de curto-circuito, depende da qualidade 
do aterramento da fonte e da massa. Se o aterramento não for bom, 
a proteção pode não atuar ou demorar muito para atuar, colocando 
em risco a segurança das pessoas. Neste esquema de aterramento, é 
obrigatório o uso de dispositivo diferencial-residual no seccionamento 
automático da alimentação (ver capítulo 6 deste guia).
 As correntes de falta direta fase-massa são de intensidade 
inferior à de uma corrente de curto-circuito fase-neutro. 
 Uma das possíveis utilizações do esquema TT é quando a fonte 
de alimentação e a carga estiverem muito distantes uma da outra.
4.2.3.3 esquema it
 No esquema IT, não existe nenhum ponto da alimentação diretamente 
aterrado; ela é isolada da terra ou aterrada por uma impedância (Z) de 
valor elevado. As massas são ligadas à terra por meio de eletrodo ou 
eletrodos de aterramento próprios (ver Figura 7).
 Nesse esquema, a corrente resultante de uma única falta fase-
massa não possui, em geral, intensidade suficiente para fazer a 
proteção atuar, mas pode representar um perigo para as pessoas que 
tocarem a massa energizada, devido às capacitâncias da linha em 
relação à terra (principalmente no caso de alimentadores longos) 
e à eventual impedância existente entre a alimentação e a terra. 
Somente em dupla falta fase-massa, em fases distintas,a corrente 
de curto-circuito poderá provocar a atuação da proteção.
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
N
BR 5410
19
Figura 8 - Circuitos terminais separados
b) Os pontos de iluminação não devem ser alimentados, em 
sua totalidade, por um só circuito, caso esse circuito seja comum 
(iluminação + tomadas); e
c) Os pontos de tomadas, já excluídos os indicados em 9.5.3.2, 
não podem ser alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, 
caso esse circuito seja comum (iluminação + tomadas).
 Dessa forma, é importante dizer que a regra para a divisão de 
circuitos é sempre a separação das cargas de iluminação e tomadas, 
ficando a exceção com alguns casos na área residencial. E mesmo 
nessa área, a junção de iluminação e tomadas no mesmo circuito é 
opcional.
 Cabe lembrar que, nos casos em que iluminação e tomadas 
são separadas, um circuito de iluminação deve ter seção mínima 
de 1,5 mm2 e um circuito de tomada deve ter seção mínima de 2,5 
mm2, sendo evidente que, quando juntamos estas cargas no mesmo 
circuito, este deve ter seção mínima de 2,5 mm2. 
 Para finalizar as prescrições de divisões de circuitos em locais 
de habitação, tem-se:
a) Em 9.5.3.1, está prescrito que todo ponto de utilização previsto 
para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, 
equipamento com corrente nominal superior a 10 A deve constituir 
um circuito independente; e
b) Em 9.5.3.2, os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas-
cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos devem ser 
atendidos por circuitos exclusivamente destinados à alimentação de 
tomadas desses locais.
 Conforme 4.2.5.6 da NBR 5410, as cargas devem ser 
distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior 
equilíbrio possível.
 Quando a instalação comportar mais de uma alimentação 
(rede pública, geração local, etc.), a distribuição associada 
especificamente a cada uma delas deve ser disposta 
separadamente e de forma claramente diferenciada das demais 
(Figura 9). 
 Em particular, não se admite que componentes vinculados 
especificamente a uma determinada alimentação compartilhem, com 
elementos de outra alimentação, quadros de distribuição e linhas, 
incluindo as caixas dessas linhas, salvo as seguintes exceções:
a) circuitos de sinalização e comando, no interior de quadros;
Figura 7 - Esquema IT.
Z
Uc
RM
 Muitas indústrias, em alguns setores, utilizam o sistema IT, no 
qual a impedância (Z) é constituída de uma reatância projetada para 
que a corrente de curto-circuito, para a primeira falta fase-massa, 
seja limitada a um valor pequeno (por exemplo, 5 A). Essa corrente 
de curto-circuito sinaliza apenas a existência da primeira falta, 
sem necessidade de desligar o circuito, acionando apenas a equipe 
de manutenção, que não precisa corrigir a falha imediatamente, a 
produção do setor industrial continua normalmente e a equipe de 
manutenção pode programar seu serviço no horário mais adequado.
 Neste esquema de aterramento é obrigatório o uso de 
dispositivos supervisores de isolamento.
4.3 divisão da instalação
 A divisão da instalação em circuitos conforme a NBR 5410.
 Uma vez determinadas as cargas a serem alimentadas em uma 
instalação elétrica, podemos planejar a distribuição destas cargas 
pelos diversos circuitos. Vejamos a seguir as regras da ABNT NBR 
5410 sobre o assunto.
Pontos de iluminação e tomadas
 Em 4.2.5.1, temos: “A instalação deve ser dividida em 
tantos circuitos quantos necessários, devendo cada circuito 
ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de 
realimentação inadvertida através de outro circuito”. E, em 
4.2.5.5, é dada a sentença: “Os circuitos terminais devem ser 
individualizados pela função dos equipamentos de utilização 
que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos 
terminais distintos para pontos de iluminação e para pontos 
de tomada”. Juntas, estas duas prescrições obrigam a 
separação de iluminação e tomadas nas instalações em geral 
(Figura 8).
 No caso particular de locais de habitação, em 9.5.3.3 admite-
se que, em algumas situações, pontos de iluminação e tomadas 
possam ser alimentados por circuito comum, desde que respeitadas 
algumas condições:
a) A corrente de projeto do circuito comum (iluminação + 
tomadas) não deve ser superior a 16 A;
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Figura 9 – Compartilhamento de linhas elétricas
4.7 influências externas
 A classificação das influências externas sobre a instalação 
de baixa tensão deve ser realizada nas fases de elaboração e 
execução das instalações elétricas, sendo fundamental para a 
correta seleção e utilização dos componentes e para a garantia 
da segurança e funcionamento da instalação. 
 Conforme 4.2.6 da NBR 5410, cada condição de influência 
externa é designada por um código que compreende sempre um grupo 
de duas letras maiúsculas e um número, como descrito a seguir:
• Primeira letra: indica a categoria geral da influência externa:
A = meio ambiente;
B = utilização;
C = construção das edificações.
• Segunda letra (A, B, C,...) indica a natureza da influência 
externa.
• Número (1, 2, 3,...) indica a classe de cada influência externa. 
Figura 10 – Relação entre as tabelas de influências externas
b) conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar 
o intercâmbio das fontes de alimentação;
c) linhas abertas e nas quais os condutores de uma e de outra 
alimentação sejam adequadamente identificados.
Em geral, quanto maior o número, mais severa é a intensidade 
daquela determinada influência.
 Na NBR 5410, há três tipos de tabelas de influências 
externas diretamente relacionadas entre si, conforme indicado 
na Figura 11.
 A partir dos conceitos anteriores, cabe ao projetista classificar 
as influências externas predominantes na instalação elétrica 
de média tensão, observando-se que nem todas as influências 
precisam estar presentes numa instalação ou, às vezes, mesmo 
presentes, elas podem ser desprezadas. 
 Para efeito de exemplo de aplicação das tabelas indicadas 
na Figura 10, suponha-se que tenha sido verificado que, no local 
onde será instalado um barramento blindado de baixa tensão, 
existe uma rede de sprinklers instalada sobre o barramento 
blindado. Neste caso, pode-se adotar um dos três procedimentos 
descritos a seguir (Figura 11):
• (A) Considerando-se que não seja colocado nenhum anteparo 
entre o barramento blindado e a rede de sprinklers, o barramento 
estará sujeito a uma “chuva” de água após uma eventual atuação 
da rede de sprinklers. Neste caso, a influência externa sobre o 
barramento é AD4 (conforme Tabela 4 da norma), resultando em 
um grau de proteção mínimo do barramento IPX4;
• (B) Considerando-se que seja colocado m anteparo entre o 
barramento blindado e a rede de sprinklers, o barramento não 
estará sujeito a uma “chuva” de água após uma eventual atuação 
da rede de sprinklers. Neste caso, a influência externa sobre o 
barramento é AD1 (conforme Tabela 4 da norma), resultando em 
um grau de proteção mínimo do barramento IPX0;
• (C) Considerando-se que não seja colocado nenhum anteparo 
entre o barramento blindado e a rede de sprinklers, e que o 
projetista avalie que a atuação dos sprinklers não é uma situação 
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Figura 11 – Exemplo de análise das influências externas
usual na vida da instalação (podendo então desprezá-la na 
análise). Neste caso, a influência externa sobre o barramento é 
AD1 (conforme Tabela 4 da norma), resultando em um grau de 
proteção mínimo do barramento IPX0. No entanto, é preciso que 
sejafeito um alerta para que, após uma eventual atuação da rede 
de sprinklers, seja feita uma verificação no estado do barramento 
blindado, uma vez que, com o grau IPX0 poderia haver a 
penetração de água no invólucro, o que poderia comprometer 
seu adequado e seguro funcionamento sem a devida manutenção.
 Entre as três alternativas apresentadas, a única que resolve o 
assunto de modo permanente é a primeira opção, pois o barramento 
blindado estaria protegido de modo permanente e seguro contra 
a presença de água em seu interior, no caso de acionamento da 
rede de sprinklers. A desvantagem desta opção é o custo maior de 
um equipamento IPX4 em comparação com o IPX0. Na segunda 
alternativa, embora o custo do barramento seja menor do que no 
primeiro caso, é preciso acrescentar o custo do anteparo antes 
de comparar o custo total com a alternativa (A). Além disso, é 
importante considerar que o anteparo poderá ser removido de 
propósito ou acidentalmente sem que seja recolocado, o que 
anularia todo o raciocínio que justificou essa opção. A opção (C) é 
a de menor custo inicial, porém deve ser pesado na decisão final o 
risco de molhar o interior do barramento e o consequente custo de 
parada e manutenção do equipamento.
 A Tabela A.2, cuja fonte é a norma NBR 13570, fornece 
as classificações de algumas influências externas relativas a 
diversos locais de afluência de público. 
BE
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
BC
3**)
3**)
-*)
-*)
3**)
3
3**)
3
3
3
3
3
3**)
4**)
3
-*)
3
AH
-*)
2**)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
2**)
-*)
2**)
2**)
2**)
2**)
-*)
-*)
BD
3 ou 4
3
3
3 ou 4
3 ou 4
3
3
3
3
3 ou 4
3
3 ou 4
3 ou 4
3
3
-*)
3
BB
-*)
3
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
3
3
-*)
-*)
-*)
AD
-*)
4
-*)
-*)
-*)
4
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
-*)
Local
Auditórios, salas de conferência/reuniões, cinemas hotéis, motéis e 
similares, locais de culto, estabelecimentos de atendimento ao público, 
bibliotecas, arquivos públicos, museus, salas de arte 
Teatros, arenas, casas de espetáculos e locais análogos:
- palco
- demais locais
Salas polivalentes ou modulares, galpões de usos diversos e usos 
sazonais
Lojas de departamentos
Restaurantes, lanchonetes, boates, cafés e locais análogos:
- cozinha
- demais locais
Supermercados e locais análogos
Circulações e áreas comuns em centros comerciais, 
shopping centers
Danceterias, salões de baile, salões de festas, salões de
jogos , boliches, diversões eletrônicas e locais análogos
Estabelecimentos de ensino
Estabelecimentos esportivos e de lazer cobertos
Estabelecimentos esportivos e de lazer ao ar livre, estádios
Locais de feiras e exposições ao ar livre, parques de diversões, circos
Locais de feiras e exposições cobertos, mercados 
cobertos com boxes 
Estruturas infláveis
Estações e terminais de sistemas de transporte
Item
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
*) A classificação desta influência deve ser determinada de acordo com a aplicação específica do local.
**) Pode ser que existam neste local áreas onde se aplique uma classificação diferente.
NOTA - Exemplos de aplicação da tabela A.2: o palco de um teatro tem a seguinte classificação mínima de influências externas: AD4, AH2, BB3, BC3, BD3 e BE2.
tabela a.2 – classificação das influências externas de locais de afluência de Público
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4.8 Graus de Proteção
 Os invólucros dos equipamentos elétricos são classificados 
por graus de proteção, definidos pela norma NBR IEC 60529 
- Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos 
(código IP). 
 A representação mais comum do grau de proteção é feita pelas 
letras ‘IP’ seguidas usualmente por dois algarismos (Tabelas 2 e 3), 
sendo o primeiro relativo à proteção contra a penetração de objetos 
sólidos e acesso às partes vivas e o segundo relativo à proteção 
contra a penetração de líquidos.
5 IlumINAção
5.1 Projeto luminotécnico
 A NBR 5410 estabelece em 4.2.1.2.2.a) que as cargas de 
iluminação devem ser determinadas como resultado da aplicação 
da norma NBR 5413.
 A NBR 5413 - Iluminância de interiores estabelece os valores de 
iluminâncias médias mantidas em serviço para iluminação artificial 
em interiores, para diversas atividades e tarefas, como comércio, 
tabela 2: Primeiro numeral - Penetração de objetos sólidos e acesso às Partes vivas
GRAU DE PROTEÇÃOPrimeiro 
Numeral 
Característico
0
1
2
3
4
5
6
Descrição Sucinta
Não protegido.
Protegido contra objetos sólidos maiores que 50 mm.
Protegido contra objetos sólidos maiores que 12 mm.
Protegido contra objetos sólidos maiores que 2,5mm.
Protegido contra objetos sólidos maiores que 1,0 mm.
Protegido contra pó.
Hermético a pó.
Detalhes Breves dos Objetos a serem “excluídos” do invólucro
Nenhuma proteção especial.
Uma grande superfície do corpo, como uma mão (mas sem proteção contra o acesso deliberado). 
Objetos sólidos com diâmetro superior a 50 mm.
Dedos ou objetos similares não excedendo 80 mm de comprimento. 
Objetos sólidos excedendo 12mm de diâmetro.
Ferramentas, fios etc. de diâmetro ou espessura maior que 2,5 mm. 
Objetos sólidos com diâmetro superior a 2,5mm.
Fios ou fitas de espessura maior que 1,0 mm. Objetos sólidos 
com diâmetro não superior a 1,0mm.
O ingresso de pó não é totalmente prevenido, mas o pó não entra em quantidade 
suficiente para interferir com a operação satisfatória do equipamento.
Sem ingresso de pó
tabela 3: seGundo numeral - Proteção contra Penetraçnao de liquidos
GRAU DE PROTEÇÃOSegundo 
Numeral 
Característico 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Descrição Sucinta
Sem proteção.
Protegido contra gotejamento de água.
Protegido contra gotejamento de água, quando inclinado até 15°.
Protegido contra água pulverizada.
Protegido contra água borrifada.
Protegido contra jatos de água.
Protegido contra ondas de grande porte. 
Protegido contra os efeitos da imersão de água.
Protegido contra submersão.
Detalhes do tipo de proteção fornecida pelo invólucro
Sem proteção especial.
Gotejamento de água (quedas de gotas verticais) não deve ter efeito nocivo.
Gotejamento vertical de água não deve ter efeito nocivo quando o invólucro
é inclinado até um ângulo de 15°, a partir de sua posição normal.
Água pulverizada caindo com um ângulo de até 60° com a vertical não deve ter efeito nocivo.
Água borrifada contra o invólucro, de qualquer direção, não deve ter efeito nocivo.
Água projetada por um bico sob pressão contra o invólucro, 
de qualquer direção, não deve ter efeito nocivo
Água de ondas de grande porte, ou água projetada em jatos potentes, 
não deve penetrar no invólucro em quantidades prejudiciais.
O ingresso de água em quantidade prejudicial não deve ser possível, quando o invólucro é 
imerso em água em condições definidas de pressão e tempo.
O equipamento é adequado para submersão contínua em água, 
sob condições que devem ser especificadas pelo fabricante.
indústria, ensino, esporte, entre outras. A Tabela 4 fornece alguns 
valores extraídos da NBR 5413.
 Estes valores de iluminância são utilizados como referência para 
o dimensionamento dos sistemas de iluminação das instalações. A 
norma estabelece três valores médios para cada atividade (mínimo, 
médio e máximo) e as características para a determinação de qual 
valor médio deve ser considerado, de acordocom as características 
da tarefa e do observador (idade, velocidade e precisão da tarefa e 
refletância do fundo da tarefa).
 De maneira geral é recomendado que se adote o valor médio. 
 O maior valor das iluminâncias deve ser utilizado quando:
• A tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastante baixos; 
• Os erros são de difícil correção; 
• O trabalho visual é crítico; 
• Alta produtividade ou precisão são de grande importância; e 
• A capacidade visual do observador está abaixo da média.
 O menor valor pode ser usado quando:
• As refletâncias ou contrastes são relativamente altos; 
• A velocidade e/ou precisão não são importantes;
• A tarefa é executada ocasionalmente.
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23
 Além do nível de iluminância, a NBR 5413 estabelece 
as condições gerais de projeto, tais como plano de trabalho, 
uniformidade e iluminação suplementar. Nestes assuntos, a norma 
define:
• O plano de referência como sendo o campo de trabalho e quando 
este não for definido, um plano horizontal a 0,75m do piso; 
• A iluminância no restante do ambiente não deve ser inferior 
a 1/10 da adotada para o campo de trabalho, mesmo que haja 
recomendação para valor menor;
• A uniformidade da iluminância (relação entre o menor valor de 
iluminância do campo de trabalho e o valor médio) deve ser no 
mínimo 0,7; e
• No caso de ser necessário elevar a iluminância em limitado campo 
de trabalho, possibilita a utilização de iluminação suplementar.
 A NBR 5413, vigente desde 1992, na época da publicação 
deste guia era obsoleta em relação às normas internacionais, pois 
estabelece apenas as iluminâncias recomendadas em serviço. A 
norma internacional ISO 8995-1: Lighting of work place, elaborada 
pela ISO em conjunto com a CIE - Comissão Internacional de 
Iluminação, trata de diversos parâmetros que contribuem para 
a qualidade da iluminação no ambiente, além de ampliar a 
abrangência dos tipos de atividades especificados na NBR 5413. 
 A ISO 8995-1 define e estabelece parâmetros para a iluminância 
de tarefa e do entorno imediato (zona de, no mínimo, 0,5 m de 
largura ao redor da área da tarefa dentro do campo de visão), e 
estabelece recomendações para a distribuição da uniformidade e 
iluminância, direcionamento da luz, uso da iluminação natural e 
manutenção do sistema.
 Além das iluminâncias para cada tarefa e ambiente, a ISO 8995-
1 estabelece o indicador de controle de ofuscamento para evitar o 
desconforto visual (UGR) e o índice de reprodução de cor mínimo 
recomendado da fonte luminosa (Ra ou IRC).
 Para o dimensionamento do sistema de iluminação e a 
determinação das cargas de iluminação utilizam-se métodos de 
cálculo luminotécnico, como o Método dos Lumens e o Método 
ponto a ponto, amplamente difundidos e disponíveis em softwares 
de cálculo. 
 Estas metodologias levam em consideração os desempenho das 
luminárias, lâmpadas e dos equipamentos auxiliares, como reatores 
para lâmpadas de descarga, os transformadores para as lâmpadas 
halógenas e os controladores (drivers) para os leds.
5.2 desemPenho das luminárias
 O desempenho de uma luminária pode ser considerado como 
o resultado de uma combinação dos desempenhos fotométrico, 
mecânico e elétrico. 
5.2.1 desemPenho fotométrico
 O desempenho fotométrico está relacionado à eficiência com 
que a luminária direciona luz ao plano desejado. É determinado 
pelas propriedades fotométricas da lâmpada e da luminária. No 
projeto luminotécnico, quando são conhecidas as dimensões 
do ambiente e as refletâncias do teto, das paredes e do piso, o 
desempenho fotométrico pode ser analisado pelo Fator de Utilização 
da luminária (U).
5.2.2 desemPenho mecânico
 O desempenho mecânico descreve o comportamento da 
luminária sob estresse, podendo incluir condições extremas de 
temperatura, jatos d’água, vedação a pó, choques mecânicos e 
proteção contra fogo. Estas condições são consideradas na NBR 
IEC 60598-1 - Luminárias. Requisitos gerais e ensaios. 
 As luminárias devem ser especificadas nos projetos de acordo 
com o uso e característica da instalação. Atenção especial deve ser 
considerada para as áreas molhadas ou úmidas. Conforme item 
6.5.5.2.1 da NBR IEC 60598-1, não é permitido que a água se 
acumule nos condutores, porta-lâmpadas ou outras partes elétricas.
 De acordo com o tipo de proteção contra a penetração de pó, 
objetos sólidos e umidade, as luminárias são classificadas conforme 
o grau de proteção IP (ver 4.8 - Tabelas 2 e 3 deste guia). 
5.2.3 desemPenho elétrico
 O desempenho elétrico descreve a eficiência com que a 
luminária e seus equipamentos auxiliares produzem luz e o 
comportamento elétrico dos mesmos, tais como fator de potência, 
distorção harmônica e interferências eletromagnéticas. 
 Desta forma, a eficiência da luminária é determinada também 
pela eficiência da lâmpada e dos equipamentos auxiliares (reatores, 
transformadores e controladores). No dimensionamento dos 
sistemas de iluminação é necessário conhecer os dados relativos ao 
tabela 4 – valores de iluminância da nbr 5413
Classe 
A 
Iluminação geral para áreas 
usadas interruptamente ou com tarefas 
visuais simples 
B 
Iluminação geral para área de trabalho 
C 
Iluminação adicional para tarefas 
visuais difíceis 
Iluminância (lux) 
20 -30 -50 
50 - 75 - 100 
100 -150 -200 
200 -300 -500 
500 -750 -1000 
1000 -1500 -2000 
2000 -3000 -5000 
 5000 - 7500 - 10000 
10000 -15000 -20000 
Tipo de atividade 
Áreas públicas com arredores escuros 
Orientação simples para permanência curta 
Recintos não usados para trabalho contínuo; depósitos 
Tarefas com requisitos visuais limitados, trabalho bruto de maquinaria, auditórios 
Tarefas com requisitos visuais normais, trabalho médio de maquinaria, escritórios 
Tarefas com requisitos especiais, gravação manual, inspeção, indústria de roupas. 
Tarefas visuais exatas e prolongadas, eletrônica de tamanho pequeno 
Tarefas visuais muito exatas, montagem de microeletrônica 
Tarefas visuais muito especiais, cirurgia
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fluxo luminoso das lâmpadas e ao fator de fluxo luminoso do reator. 
 A NBR 5410, no item 4.2.1.2.2.b), determina que, para os 
aparelhos fixos de iluminação de descarga, a potência nominal a 
ser considerada deve incluir a potência das lâmpadas, as perdas e o 
fator de potência dos equipamentos auxiliares.
 Para cálculo das cargas de iluminação, a potência nominal 
ou aparente (VA) pode ser calculada a partir dos dados elétricos 
fornecidos pelos fabricantes.
 Para se determinar a potência nominal (VA) do conjunto 
luminária-lâmpadas-equipamentos, considera-se:
P
N
 = U x I ou P
 N
 = P
 ativa
 / FP
Onde: 
P 
N
: potência nominal ou aparente (VA)
P 
ativa
: potência ativa (W) 
U: tensão (V) 
I: corrente (A)
FP: fator de potência
 Quando os dados dos fabricantes não são conhecidos ou os 
equipamentos não estão definidos, considera-se que:
• A potência da lâmpada é dada em W (assume-se que W = VA);
• As perdas dos reatores podem ser consideradas aproximadamente 
15% a 20% da potência da lâmpada; 
 Assim, por exemplo, a potência nominal de uma luminária 
com 2 lâmpadas de 32 W cada + 1 reator eletromagnético duplo é 
calculada por:
P
aparente
 = 2 x 32 + (2 x 32 x 0,15) = 73,6 VA
5.2.4 métodos de cálculos luminotécnicos
 A seguir são apresentados o Método do Ponto a Ponto e o 
Método dos Lumens, metodologias de cálculo mais utilizadas para 
determinação da quantidade de luminárias necessárias para um 
determinado ambiente ou a iluminância obtida comdeterminada 
luminária.
5.2.4.1 método do Ponto a Ponto
 Pode-se calcular a iluminância pelo Método Ponto a Ponto 
quando a distância “d” entre a fonte de luz e o objeto a ser 
iluminado for, no mínimo, cinco vezes a dimensão da fonte de luz 
(Figura 13). 
 Este método é recomendado para os casos de fontes 
pontuais, para a determinação da iluminância obtida com 
lâmpadas de dimensões pequenas e de fachos de luz bem 
definidos (lâmpadas dicróicas, por exemplo), alguns tipos de 
luminárias de LEDs, entre outros. 
 Aplicam-se as seguintes equações para determinar as 
iluminâncias:
Figura 12- Considerações para cálculo pelo Método do Ponto a Ponto
E = I
d2
E = 
Iα x cos3α
h2
E = + Σ ( )I1 Iα x cos3αh2 h2
para luz incidindo perpendicularmente ao plano do objeto, e:
para luz que não incide perpendicularmente ao plano do objeto.
I - intensidade luminosa (vertical), em cd
E - iluminância no ponto, em lx
d - distância da fonte luminosa ao objeto
α - ângulo de abertura do facho
h - distância vertical entre a fonte de luz e o plano do objeto
I
α
 - intensidade luminosa no ângulo α, em cd
 A iluminância (E) em um ponto é o somatório de todas 
as iluminâncias incidentes sobre esse ponto provenientes de 
diferentes pontos de luz dada pela equação:
 Neste método não são consideradas as refletâncias das 
superfícies (teto, paredes e piso), sendo que, para isso, 
devem ser empregados algoritmos mais complexos, tais como 
“radiosidade” e “ray tracing”, utilizados em softwares de 
cálculo luminotécnico.
5.2.4.2 método dos lumens
 Este é o método mais simples de cálculo e considera 
ambientes retangulares, com superfícies difusas e com um único 
tipo de luminária.
 Para início dos cálculos, é necessário o levantamento das 
seguintes características do local:
• Características construtivas da instalação: dimensões dos 
ambientes e classificação de acordo com uso para determinação da 
iluminância requerida conforme norma NBR 5413;
• Refletâncias das superfícies: teto, paredes, piso;
• Frequência de manutenção e condições de limpeza do ambiente: 
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etaPa 4 - determinar o fator de manutenção (fm)
 A iluminância diminui progressivamente durante o uso do 
sistema de iluminação devido às depreciações por acúmulo de 
poeira nas lâmpadas e luminárias, pela depreciação dos materiais 
da luminária, pelo decréscimo do fluxo luminoso das lâmpadas e 
pela depreciação das refletâncias das paredes.
 O dimensionamento dos sistemas de iluminação deve considerar 
um fator de manutenção (FM) ou fator de perdas luminosas (FPL) 
em função do tipo de ambiente e atividade desenvolvida, do tipo de 
luminária e lâmpada utilizada e da freqüência de manutenção dos 
sistemas.
 A Tabela 6 sugere valores de fatores de manutenção conforme 
período de manutenção e condição do ambiente. Valores mais 
precisos, conforme tipo de luminária e lâmpadas podem ser obtidos 
em publicações da CIE (Comissão Internacional de Iluminação) e/
ou através de fabricantes de luminárias.
para estimar o fator de manutenção (FM) ou fator de perdas 
luminosas (FPL)
etaPa 1- cálculo do Índice do local (K)
 O índice do local (K) é uma relação definida entre as dimensões 
(em metros) do local (Figura 14), calculado conforme as seguintes 
equações:
K = 
c x l
h x(c + l) Ki = 
3 x c x l
2 x h x (c + l)
c - comprimento do ambiente
l - largura do ambiente
h - altura do ambiente
h’ - distância do teto ao plano de trabalho
pd - pé-direito
hs - altura de suspensão
ht - altura so plano de trabalho
Iluminação direta Iluminação indireta
Figura 13: Definição das alturas para cálculo do índice K
adequados para as atividades desenvolvidas no local, pois, quanto 
mais eficiente for o conjunto luminária-lâmpada-equipamento 
auxiliar, maior será a economia de energia obtida no sistema de 
iluminação proposto.
etaPa 3 - determinação do fator de utilização (u)
 O fator de utilização (U) indica o desempenho da luminária no 
ambiente considerado no cálculo, sendo apresentado em tabelas dos 
fabricantes de luminárias. Para determinar o fator de utilização, basta 
cruzar o valor do índice do local (K) calculado anteriormente (dado 
na horizontal), com os dados de refletância das superfícies do teto, 
parede e piso (dado na vertical), conforme indicado na Tabela 5.
FATOR DE UTILIZAÇÃO (X0.01)
TETO (%)
PAREDE(%)
PISO (%)
K
0,60
0,80
1,00
1,25
1,50
2,00
2,50
3,00
4,00
5,00
70
30
10
28
34
39
4
46
60
53
54
55
56
10
26
31
36
40
44
48
51
53
55
56
50
50
10
31
37
41
45
48
51
53
55
56
57
30
28
34
38
42
45
49
52
53
55
56
10
26
31
36
40
43
48
50
52
54
55
10
26
31
36
40
43
47
50
52
54
55
0
0
0
25
30
35
39
42
46
49
50
52
53
30
30
10
28
33
38
42
45
49
51
53
54
55
tabela 5: exemPlo Para determinação do fator de utilização de luminárias
50
32
38
42
46
48
52
54
56
57
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etaPa 2 - definição dos comPonentes
 A definição dos componentes deve levar em consideração 
as características fotométricas das luminárias, desempenho das 
lâmpadas e características elétricas dos equipamentos auxiliares.
 As principais características a serem consideradas são:
• Luminárias: curva de distribuição de intensidade luminosa, 
rendimento, controle de ofuscamento;
• Lâmpadas: eficiência luminosa (lm/W), fluxo luminoso, vida útil, 
depreciação luminosa;
• Equipamentos auxiliares: potência consumida, fator de potência, 
fator de fluxo luminoso, distorção harmônica.
Recomenda-se o emprego de componentes mais eficientes e 
tabela 6: fatores de manutenção recomendados
Ambiente
Limpo
Normal
Sujo
5000 h
0,91
0,85
0,66
2500 h
0,95
0,91
0,80
7500 h
0,88
0,80
0,57
 Para reduzir a depreciação da luminária, deve-se adotar uma 
manutenção periódica dos sistemas através da limpeza de lâmpadas 
e luminárias e substituição programada de lâmpadas.
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N = 
E
med
 x A
n x φn x U x FM x FFL
N = 
A
N x n x φn x U x FM x FFL
Figura 14: Distribuição de luminárias etaPa 6 - dimensionamento
 O cálculo do número de luminárias necessárias para um 
determinado ambiente segue a seguinte equação: 
Onde:
N: número necessário de luminárias
E
med
: iluminância média (lux)
A: área do ambiente (m2)
n: número de lâmpadas em cada luminária
φn : fluxo luminoso de cada lâmpada (lm)
U: fator de utilização
FM: fator de manutenção
FFL: fator de fluxo luminoso do reator
 Quando o número de luminárias é conhecido, a iluminância 
média pode ser calculada por:
etaPa 7 - distribuição das luminárias
 Após definida a quantidade total de luminárias necessárias 
para atender os níveis de iluminância e as condições requeridas 
de projeto, deve-se distribuí-las adequadamente no recinto (Figura 
14). Para tanto, valem as seguintes observações:
• Deve-se distribuir as luminárias uniformemente no recinto;
• Deve-se obter valores próximos de “a” e “b”, sendo a > b, desde 
que respeitando a curva de distribuição luminosa da luminária;
etaPa 5 – determinar o fator de fluxo luminoso
 O fator de fluxo luminoso (FFL), ou fator de reator, é o fator 
que irá determinar o fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas com 
reatores eletrônicos. É a razão do fluxo luminoso emitido por uma 
lâmpada de referência, funcionando com reator comercial, pelo 
fluxo luminoso emitido pela mesma lâmpadaquando funcionando 
com o reator de referência. 
 Assim, quando:
• FFL=1,0: o fluxo luminoso das lâmpadas é o nominal;
• FFL=1,1: o fluxo luminoso das lâmpadas é 10% superior ao 
nominal;
• FFL=0,95: o fluxo luminoso das lâmpadas é 5% inferior ao 
nominal.
 Este fator é obtido nos catálogos dos fabricantes de reatores 
eletrônicos, e é um valor específico para cada modelo de reator. 
Para reatores eletromagnéticos e, quando não informado pelo 
fabricante, adota-se FFL=1,0.
• Recomenda-se que as distâncias “a” e “b” entre luminárias sejam 
o dobro da distância entre estas e as paredes laterais;
• Recomenda-se sempre o acréscimo de luminárias quando 
a quantidade resultante do cálculo não for compatível com a 
distribuição desejada.
Exemplo de aplicação do Método dos Lumens
 O exemplo a seguir tem dois objetivos: 
• Mostrar a aplicação do Método dos Lumens em um local de 
habitação; e 
• Comparar a potência de alimentação (VA) obtida neste método 
com a potência indicada no item 9.5.2.1 da NBR5410 (VA em 
função da área do cômodo).
 No exemplo, são comparados três diferentes tipos de lâmpadas: 
incandescente, fluorescente compacta e lâmpada de led. 
 A Tabela 7 ilustra as iluminâncias recomendadas para ambientes 
residenciais conforme a norma NBR 5413.
tabela 7: nÍveis de iluminância recomendados Para residência
Residência
Salas de estar
Geral 
Local (leitura, escrita, bordado, etc.)
Cozinha
Geral
Local (fogão, pia, mesa) 
Quartos de dormir
Geral
Local (espelho, penteadeira, cama)
Hall, escadas, despensas, garagens
Geral
Local
Banheiros
Geral
Local (espelhos)
Mínimo
100
300
100
200
100
200
75
200
100
200
Médio
150
500
150
300
150
300
100
300
150
300
Máximo
200
750
200
500
200
500
150
500
200
500
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a) determinação da iluminância requerida conforme norma 
nbr 5413
 Tomando-se como exemplo uma sala de estar de 10m2 (2,5 m 
de largura x 4,0 m de comprimento x 2,75 m de pé direito), verifica-
se na Tabela 7 (em destaque) que a iluminância média geral varia 
de 100 a 200 lux. Nos cálculos a seguir será adotado o valor médio 
de 150 lux.
b) escolha da luminária
 No exemplo será considerado um mesmo modelo de luminária 
para duas lâmpadas base E27 (Figura 16), que pode acomodar 
lâmpadas incandescentes de 60 W (caso 1), fluorescentes compactas 
de 15 W (caso 2) ou lampleds (lâmpadas de leds) de 12 W (caso 3). 
Figura 16: Luminária utilizada no exemplo
Figura 16: Curva de tensão e corrente de uma lâmpada incandescente de 60W
Voltage
Resolution: 181.41 V/div
Crest Value: 181.41 V
Current
Resolution: 2.001 A/div
Crest Value: 4.002 A
tabela 8: comParação de dados medidos das amostras de lâmPadas incandescentes, 
fluorescentes comPactas e de leds
Lâmpadas
Potência
Amostra
Tensão (V)
Temperatura de cor (K)
Indice de reprodução de cor (Ra)
Fluxo (lm)
Eficiência luminosa (lm/W)
Tensão medida (V)
Corrente medida(A)
Fator de potência medido
Distorção harmônica tensão
Distorção harmônica corrente
Potência ativa (W)
Economia potência ativa (%)
Potência aparente (VA)
Economia (%)
Caso 1: 
Incandescente
60W
Caso 2: 
Fluorescente 
compacta
15W
Caso 2: 
Fluorescente 
compacta
12W
1
127V
2830
100
796
13,5
127
0,456
1,00
59
 
59
3
127V
2816
83
973
66,6
127
0,186
0,62
15
24
5
127V
2678
81
827
64,5
127
0,1
0,127
13
16
2
127V
2842
100
825
13,8
127
0,468
1,00
60
60
4
127V
2861
82
911
66,0
127
0,177
0,61
14
23
6
127V
2673
81
822
65,5
127
0,1
0,124
13
16
1,7% 2,7% 2,1%
2,0%
76%
109,0%
61%
79%
70,0%
73%
-
-
distorção de corrente. Neste caso, a lâmpada led apresentou menor 
distorção harmônica em comparação com a lâmpada fluorescente 
compacta (Figuras 16, 17 e 18).
Figura 17: Curva de tensão e corrente de uma lâmpada fluorescente compacta de 15W
Voltage
Resolution: 183.09 V/div
Crest Value: 183.1 V
Resolution: 1.591 A/div
Crest Value: 3.183 A
c) lâmPadas
 Embora as lâmpadas possam ser facilmente trocadas na mesma 
luminária, pois a base E27 é a mesma, cada lâmpada possui uma 
distribuição luminosa e características fotométricas e elétricas 
específicas. 
 A Tabela 8 ilustra a comparação de dados reais obtidos em 
ensaios de laboratório entre três produtos encontrados no mercado. 
As características não refletem dados gerais das famílias de 
lâmpadas, mas dos modelos específicos em análise (foram ensaiadas 
duas amostras de cada tipo de lâmpada).
 Comentários sobre os valores da Tabela 8:
• Em relação ao fluxo luminoso, as lâmpadas fluorescentes 
compactas são as mais fortes dentre os modelos analisados, 
apresentando também as maiores eficiências luminosas.
• Quando se analisa os potenciais de economia de energia tomando-
se a lâmpada incandescente como base, a solução em led apresentou 
melhor potencial, com economia de 73% considerando a potência 
aparente e 79% considerando a potência ativa.
• A lâmpada de led apresentou fator de potência maior em relação à 
lâmpada fluorescente compacta.
• Não há muita diferença entre a distorção harmônica de tensão 
entre os três tipos de lâmpadas, mas ela é significativa no caso da 
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Voltage
Resolution: 178.94 V/div
Crest Value: 178.9 V
Current
Resolution: 0.926 A/div
Crest Value: 1.852 A
Figura 18: Curva de tensão e corrente de uma lâmpada de led de 12W
• A partir da Tabela 8, pode-se concluir que as temperaturas de 
cor das diferentes lâmpadas são muito próximas, entre 2673 
K e 2861 K. O índice de reprodução de cor (Ra) é semelhante 
para lâmpadas de led e compactas, considerados adequados para 
iluminação interior da maior parte dos ambientes (Ra > 80). 
 As figuras 19, 20 e 21 ilustram os diagramas espectrais das 
Figura 19: Distribuição espectral de uma lâmpada incandescente de 60 W – 2700 K
spectrum
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
300 400 500 700600
1.0-26.351mW/nm
Wavelength (nm)
Figura 20 - Distribuição espectral de uma lâmpada fluorescente compacta 15 
W – 3000 K
Wavelength (nm)
700600
spectrum
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
300 400 500
1.0-125.194mW/nm
Figura 21: Distribuição espectral de uma lâmpada de led 12 W – 3000 K
Wavelength (nm)
700600
spectrum
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
300 400 500
1.0-125.194mW/nm
d) dados fotométricos da luminária
 Para realização do cálculo luminotécnico é necessário analisar os 
dados fotométricos da luminária com cada fonte luminosa em seu interior. 
 O fator de utilização e a curva de distribuição luminosa, 
fornecidos pelos fabricantes de luminárias são informações muito 
importantes para análise do desempenho fotométrico. 
 Comparando-se os dados fotométricos da luminária em questão 
para cada tipo de lâmpada (figuras 22, 23 e 24), conclui-se que as 
curvas de distribuição luminosa são bem semelhantes. No entanto, 
o fator de utilização das luminárias muda significantemente, pois 
cada lâmpada possui uma distribuição luminosa diferente e a 
luminária em análise, por possuir um difusor jateado, difunde a luz 
emitida pelas lâmpadas também de forma diferente. 
 Observa-se nas figuras que, embora a luminária para lâmpadas 
incandescentes possua a menor eficiência luminosa (relação lm/W), 
ela apresenta os maiores fatores de utilização em função do tipo da 
distribuição da luz da lâmpada incandescentena luminária em questão. 
e) cálculo luminotécnico
 Considera-se no exemplo:
• Dimensões da sala: 2,5 m de largura x 4,0 m de comprimento x 
2,75 m de pé direito;
• Plano de trabalho a 0,75 m do piso; 
• Refletâncias de teto 70%, paredes 50% e piso 10%;
• Ambiente normal e manutenção periódica de 7500 horas
etaPa 1- cálculo do Índice do local (K)
três lâmpadas, onde se verifica que, embora as temperaturas 
de cor (aparência da cor) sejam semelhantes, elas apresentam 
características espectrais e de reprodução de cor diferentes 
conforme o comprimento de onda da luz. 
K = 
c x l
h x(c + l)
Ki = = 0,77
4 x 2,5
2 x (4 + 2,5)
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Figura 24: Fator de utilização e curva de distribuição luminosa da luminária com 2 lâmpadas de led de 12 W
Figura 23: Fator de utilização e curva de distribuição luminosa da luminária com 2 lâmpadas compactas de 15 W
Figura 22: Fator de utilização e curva de distribuição luminosa da luminária com 2 lâmpadas incandescentes de 60 W
FATOR DE UTILIZAÇÃO (X0.01)
TETO (%)
PAREDE(%)
PISO (%)
K
0,60
0,80
1,00
1,25
1,50
2,00
2,50
3,00
4,00
5,00
50
 23
28
32
36
39
43
45
47
49
51
70
30
10
19
24
28
32
35
40
43
45
48
49
10
17
21
25
29
32
37
40
43
46
48
50
23 
27 
31 
35 
37 
41 
44 
46 
48
49
50
30
10
19
24
27
31
34
39
41
43
46
48
10
16
21
25
29
32
36
39
42
45
46
30
10
10
16
21
24
28
31
35
39
41
43
45
0
0
0
15
19
23
26
29
34
37
39
41
43
30
 
19
23
27
30
33
37
40
42
46
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FATOR DE UTILIZAÇÃO (X0.01)
TETO (%)
PAREDE(%)
PISO (%)
K
0,60
0,80
1,00
1,25
1,50
2,00
2,50
3,00
4,00
5,00
50
 17
21
24
26
28
31
33
34
36
37
70
30
10
14
18
21
23
26
29
31
33
35
36
10
12
15
19
21
23
27
29
31
33
35
50
16
20
23
26
27
30
32
33
35
36
50
30
10
14
17
20
23
25
28
30
32
34
35
10
12
15
18
21
23
26
29
30
32
34
30
10
10
12
15
19
20
23
26
28
30
32
33
0
0
0
11
14
17
19
21
25
27
28
30
31
30
 
14
17
20
22
24
27
29
31
33
34
FATOR DE UTILIZAÇÃO (X0.01)
TETO (%)
PAREDE(%)
PISO (%)
K
0,60
0,80
1,00
1,25
1,50
2,00
2,50
3,00
4,00
5,00
50
 19
23
26
29
31
34
36
38
39
41
70
30
10
16
19
23
26
28
32
34
36
38
39
10
13
17
20
2
26
30
32
34
35
38
50
18
22
25
28
30
33
35
36
38
39
50
30
10
15
19
22
25
27
31
33
35
37
38
10
13
17
20
23
25
29
31
33
36
37
30
10
10
13
16
19
22
25
28
31
32
35
36
0
0
0
12
15
18
21
23
27
29
31
33
34
30
 
15
18
21
24
27
30
32
34
36
37
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
N
BR
 5
41
0
30
etaPa 2 - definição dos comPonentes
A definição dos componentes (características fotométricas das 
luminárias, desempenho das lâmpadas e características elétricas 
dos equipamentos auxiliares) já foi realizada nos itens b), c) e d) 
anteriores.
etaPa 3 - determinação do fator de utilização (u)
Para determinação do fator de utilização (U), devem ser interpolados 
os valores das tabelas 22, 23 e 24, obtendo-se
U= 0,26 para caso 1 (incandescente);
U= 0,20 para caso 2 (fluorescente compacta);
U= 0,22 para caso 3 (led).
etaPa 4 - determinar o fator de manutenção (fm)
 Considerando-se o ambiente normal e manutenção periódica, 
foi adotado FM=0,80 para todas as opções como base para 
comparações.
etaPa 5 – determinar o fator de fluxo luminoso
 O fator de fluxo luminoso para as três condições é igual a 1,0, 
uma vez que está sendo adotado o fluxo luminoso medido das 
lâmpadas analisadas.
etaPa 6 - dimensionamento
 Para determinação da quantidade de luminárias utiliza-se a 
fórmula:
N = 
E
med
 x A
n x φn x U x FM x FFL
Onde:
N: número necessário de luminárias
E
med
: 150 lux
A: 10 m2
N: 2
φn : fluxo luminoso de cada lâmpada (lm)
U: fator de utilização (definido na etapa 3)
FM: 0,8 (definido na etapa 4)
FFL: 1,0 (definido na etapa 5)
 A Tabela 9 resume os dados fotométricos das luminárias e os 
resultados do cálculo luminotécnico pelo Método dos Lumens para 
os três casos em análise.
 Embora 5 luminárias atendam as condições de projeto para a 
sala considerada, para melhor distribuição espacial foi considerada 
a instalação de 6 (seis) luminárias no ambiente. Assim, o nível de 
iluminância resultante deve ser calculado pela fórmula:
N = 
A
N x n x φn x U x FM x FFL
Luminária
Quantidade de lâmpadas 
Rendimento
Classe de ofuscamento
Imax
Fluxo medido das lâmpadas
Imax (cd)
Potência medida(W)
Fator de utilização
Quant. Luminárias (150lux, 10m2, K=0,77)
Quantidade de luminárias
Emédio (lux)
Potência ativa (W)
Potência aparente (VA)
Caso 1 
Incandescente
2
Caso 2 
Fluorescente 
compacta
2
Caso 3 
Led
2
54%
sem controle
170cd/1000lm
1620,8
275
119
0,26
4,45
6
202
714
714
40%
sem controle
125cd/1000lm
1884,2
235
28
0,20
4,98
6
181
174
282
43%
sem controle
135cd/1000lm
1649,4
226
25
0,22
5,17
6
174
156
192
tabela 9: comParação de dados das luminárias e resultados 
 do método dos lumens 
 Os valores de potência ativa referem-se a valores medidos 
e consideram a potência total de cada equipamento, incluindo-
se as perdas dos equipamentos auxiliares (reator da lâmpada 
compacta e controlador do led).
f) cálculo da Previsão de Potência de iluminação Para 
locais residenciais conforme a nbr 5410
 Conforme tratado em 4.1.1.2 deste guia, em 9.5.2 da NBR 
5410 determina-se que, em cômodos com área igual ou inferior 
a 6 m2, deve ser prevista uma carga mínima de iluminação de 
100 VA e com área superior a 6 m2 deve ser prevista uma carga 
mínima de 100 VA para os primeiros 6 m2, acrescida de 60 VA 
para cada aumento de 4 m2 inteiros.
 No exemplo em questão, onde a sala tem 10 m2 (6 + 4), a 
potência de iluminação mínima a ser atribuída a este cômodo 
será de 100 + 60 = 160 VA. 
G) conclusão
 Comparando-se os valores de potência aparente da Tabela 
9 (714, 282 e 192 VA), respectivamente, para lâmpada 
incandescente, fluorescente compacta e led) calculados pelo 
Método dos Lumens conforme iluminância média da NBR 
5413 com o valor de 160 VA calculado de acordo com o item 
9.5.2.1 da NBR 5410, verifica-se uma grande diferença. 
 O exemplo em questão considerou um cômodo específico, 
mas o resultado obtido pode ser estendido a outros locais da 
residência. Desta forma, mesmo com o amparo técnico da 
prescrição da NBR 5410, recomenda-se que o projetista avalie 
criteriosamente a sua utilização em determinados projetos. 
Por existir uma norma específica sobre o tema de iluminação, 
sempre que possível seria recomendável realizar o projeto 
luminotécnico do ambiente conforme a NBR 5413 de forma 
a obter o melhor desempenho luminotécnico e a previsão de 
carga de iluminação mais adequada.
GUIA O SETOR ELÉTRICO DE NORMAS BRASILEIRAS
N
BR 5410
31
6 pRoTeção coNTRA cHoques eléTRIcos
6.1 introdução
 A proteção contra choques elétricos

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