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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
AvAliAção ClíniCA FACiAl e CorporAl, 
elAborAção de FiChA de AnAmnese, 
elAborAção de TCle, bioéTiCA e 
responsAbilidAde legAl por 
ClíniCA de esTéTiCA
Elaboração
André Luiz Siqueira da Silva
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APrESEntAção ................................................................................................................................. 5
orgAnizAção do CAdErno dE EStudoS E PESquiSA .................................................................... 6
introdução.................................................................................................................................... 8
unidAdE i
BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA ..................................................................................................... 9
CAPítulo 1
EvOluçãO DA BIOÉTICA ......................................................................................................... 9
CAPítulo 2
HISTórIA, prINCIpAIS prINCípIOS BIOÉTICOS E ATuAçãO DA BIOÉTICA NA 
BIOMEDICINA ESTÉTICA .......................................................................................................... 14
unidAdE ii
ASpECTOS GErAIS E CONFECçãO DO TErMO DE CONSENTIMENTO lIvrE E ESClArECIDO (TClE) ...... 25
CAPítulo 1
TErMO DE CONSENTIMENTO lIvrE E ESClArECIDO (TClE) ..................................................... 25
unidAdE iii
rEAlIZAçãO DE ANAMNESE FACIAl E COrpOrAl ............................................................................... 31
CAPítulo 1
DEFINIçãO DE ANAMNESE E SEuS prINCípIOS ........................................................................ 31
CAPítulo 2
EquIpAMENTOS uTIlIZADOS NA ANAMNESE FACIAl ................................................................. 36
CAPítulo 3
prINCIpAIS DISFuNçõES ESTÉTICAS DA FACE .......................................................................... 40
CAPítulo 4
EquIpAMENTOS uTIlIZADOS NA ANAMNESE COrpOrAl .......................................................... 54
CAPítulo 5
prINCIpAIS DISFuNçõES ESTÉTICAS COrpOrAIS ..................................................................... 57
unidAdE iV
rESpONSABIlIDADE lEGAl DO BIOMÉDICO(A) ESTETA .......................................................................... 65
CAPítulo 1
rEGulAMENTAçãO DA BIOMEDICINA ESTÉTICA...................................................................... 65
CAPítulo 2
rESpONSABIlIDADE CIvIl E rEGulAMENTAçãO DAS ClíNICAS DE ESTÉTICAS .......................... 68
rEfErênCiAS .................................................................................................................................. 73
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para refl exão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao fi nal, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fi m de que o aluno faça uma pausa e refl ita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifi que seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
refl exões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, fi lmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
7
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) � nalizar
Texto integrador, ao fi nal do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
introdução
A biomedicina estética é a mais recente área de atuação do biomédico(a), no entanto, 
apesar de a sua regulamentação ter ocorrido há pouco tempo, essa área já desponta 
como uma das mais promissoras da biomedicina. Por meio de comprovações científicas 
dos métodos empregados, o biomédico(a) esteta desenvolve e aplica os procedimentos 
para tratar as disfunções estéticas do corpo, tais como: rugas, estrias, gordura localizada, 
lipodistrofia ginoide, flacidez, entre outras, disponibilizando para o paciente o retorno 
da autoestima e confiança por meio dos tratamentos.
Porém, para o profissional alcançar o sucesso nessa área tão concorrida, ele deve ter 
disposição para buscar constante atualização, por meio de cursos extracurriculares, 
congressos, simpósios e estágio prático em clínicas, pois todos os dias surgem 
novos procedimentos, cosméticos e equipamentos que prometem revolucionar 
o setor. Além disso, conhecer os princípios bioéticos, saber realizar uma anamnese 
com segurança e compreender quais são os aspectos jurídicos que regem a atuação 
do biomédico(a) esteta são fatores primordiais para alcançar o sucesso e satisfação 
profissional. 
Logo, por esta apostila o aluno terá a oportunidade de aprender sobre os fundamentos 
que compõem a biomedicina estética, bem como obter os conhecimentos necessários 
para começar a trilhar um caminho promissor e repleto de oportunidades.
objetivos
 » Adquirir conhecimento sobre os principais princípios bioéticos e 
acontecimentos históricos que desenvolveram essa ciência. 
 » Promover o conhecimento das principais técnicas utilizadas nas 
avaliações faciais e corporais. Ademais, aprender a elaborar um termo 
de conhecimento livre e esclarecido e identificar quais são os principais 
tipos de disfunções estéticas encontrados na rotina clínica.
 » Conhecer quais são as resoluções que regularizam a atuação do 
biomédico(a) esteta e os embasamentos jurídicos que auxiliam o 
profissional na execução da sua profissão.
9
unidAdE iBioÉtiCA nA 
BioMEdiCinA 
EStÉtiCA
CAPítulo 1
Evolução da bioética
linha do tempo da bioética no Brasil e no 
mundo
A bioética passou por vários processos até ser consolidada como uma ciência. Para 
compreender melhor os fatos que regeram o seu surgimento, faz-se necessário ter um 
conhecimento prévio sobre tais processos. Para isso, a linha do tempo que se encontra 
a seguir lista os principais acontecimentos bioéticos. 
1900: surgimento do primeiro documento que estabeleceu com clareza os princípios 
éticos relacionando à pesquisa com seres humanos. Foi formulado pelo Ministério da 
Saúde da Prússia. Nesse documento, está presente a integridade dos pesquisadores, 
assim como o consentimento formal do indivíduo que irá participar da pesquisa 
(SALLES et al., 2010).
1931: o documento confeccionado em 1900 teve uma baixa repercussão e os abusos 
nas pesquisas com seres humanos foram os motivos que levaram o Ministro do Interior 
da Alemanha estabelecer as “14 diretrizes para as pesquisas com seres humanos e para 
novos tratamentos” (SALLES et al., 2010). 
1933 – 1945: durante a Segunda Guerra Mundial, com o advento do nazismo, 
três episódios importantes levaram as instituições de saúde a se envolverem em 
políticas racistas e eugenistas, de acordo com os princípios de Hitler, a partir do 
ano de 1964. Foram eles: a lei de 14 de junho de 1933, a respeito da esterilização, 
classificada como uma “prevenção contra uma descendência hereditariamente 
doente”; o memorando de outubro de 1939, permitindo a eutanásia em indivíduos 
portadores de doenças incuráveis e a constituição dos campos de extermínio, em 
1941 (SALLES et al., 2010).
10
unidAdE i │ BioÉtiCA nA BioMEdiCinA EStÉtiCA
1947: criação do código de Nuremberg, devido aos fatos ocorridos durante a Segunda 
Guerra Mundial. Além disso, foi formando o Tribunal Internacional para julgar 
os nazistas responsáveis pelos experimentos com os prisioneiros nos campos de 
concentração (SALLES et al., 2010).
1948: é aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos. Ainda que não representasse um dever legal, serviu para a 
formação de dois tratados elaborados pela ONU, foram eles: o Tratado Internacional 
dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais e o Tratado Internacional dos Direitos 
Civis e Políticos (SALLES et al., 2010).
1953: Watson e Crick descobrem a estrutura do DNA, abrindo novos caminhos para o 
desenvolvimento da Engenharia Genética. Consequentemente, questionamentos éticos 
a respeito das aplicações que essa descoberta poderia trazer foram discutidos (SALLES 
et al., 2010). 
1954: o primeiro transplante renal do mundo foi realizado, trazendo questionamentos 
e polêmicas na esfera ética e jurídica, a respeito dos transplantes de órgãos (SALLES et 
al., 2010). 
1960: criação do Comitê de Seleção de Diálise de Seatle (God Commission). Essa 
comissão tinha como objetivo selecionar os pacientes que iriam realizar hemodiálise, 
tratamento esse que tinha sido descoberto recentemente. No entanto, os integrantes do 
God Commission não eram especialistas da área de nefrologia. Este fato ficou marcado 
como a primeira referencia à “bioética” (SALLES et al., 2010).
1960: o Concílio Vaticano II foi convocado pelo Papa João Paulo XXIII para discutir 
uma reconstrução da igreja católica, pois ela iria se tornar mais aberta ao mundo 
moderno e aos problemas éticos (SALLES et al., 2010). 
1960: a igualdade dos diretos civis para todas as pessoas (negros e brancos) é defendida 
por Martin Luther King. Além disso, ele pede o término da segregação racial e do 
preconceito trabalhista (SALLES et al., 2010).
1960: ascensão do movimento Hippie. Os integrantes do movimento defendiam a 
liberdade sexual, proteção à natureza, não toleravam qualquer tipo de violência física. 
Além disso, o capitalismo foi questionado e os hippies defendiam a partilha dos recursos 
(SALLES et al., 2010).
1961: a vida sexual e social das mulheres foi transformada com o advento da pílula 
anticoncepcional. Com isso, uma “Bioética Feminista” é criada para defender a 
autonomia da mulher sobre o seu corpo (SALLES et al., 2010). 
11
BioÉtiCA nA BioMEdiCinA EStÉtiCA │ unidAdE i
1964: a Declaração de Helsinki foi aprovada pela Assembleia Médica Mundial. 
Esse documento é visto com uma melhoria realizada no Código de Nuremberg. Devido 
a isso, seus requisitos de ética médica são utilizados por vários países atualmente 
(SALLES et al., 2010). 
1966: os periódicos científicos de renome no mundo acadêmico são analisados por 
um artigo intitulado: “NeW England Journal of Medicine”. O objetivo foi investigar as 
pesquisas com seres humanos. O artigo conclui que 12% dos estudos possuem vários 
desvios éticos (SALLES et al., 2010). 
1967: o primeiro transplante cardíaco do mundo é realizado na África do Sul pelo 
cardiologista Dr. Christian. Devido a isso, o conceito de morte é revisto pela sociedade 
médica (SALLES et al., 2010).
1968: o “NeW Englad Journal of Medicine” apresenta uma nova definição de 
morte cerebral. Com isso, o conceito de parada cardiorrespiratória é questionado, 
estabelecendo intenso debate sobre a origem dos órgãos destinado aos transplantes. 
Os temas eutanásia e distanásia também são discutidos devido ao impacto causado pelo 
artigo (SALLES et al., 2010). 
1969/1970: Daniel Callahan funda o “Hastings Center” nos Estados Unidos. 
O objetivo da entidade é encontrar soluções éticas para determinados problemas 
(SALLES et al., 2010). 
1970/1971: a palavra “bioética” foi utilizada pela primeira em artigos publicados pelo 
oncologista, bioquímico e biólogo “Van Rensselaer Potter” intitulados: “Bioethics: 
The Science of Surviral e Biocybernetics and Survival”. Ademais, uma compilação 
de artigos foram publicados em forma de livro, “Bioethics: Bridge to the Future”. 
O cientista fazia parte do corpo docente da Universidade de Wisconsin, nos Estados 
Unidos. De acordo com muitos autores, foi a partir dos estudos de Potter que nasceu a 
Bioética (SALLES et al., 2010).
1971: sediado na Universidade de Georgetown nos Estados Unidos, o Instituto Kennedy 
é fundado. A entidade torna-se o primeiro centro do mundo destinado à leitura e à 
discussão de temas voltados para a bioética. Ademais, funda a primeira pós-graduação 
em bioética (SALLES et al., 2010).
1974: o termo “bioética” é introduzido na Livraria do Congresso Americano 
Estadunidense (SALLES et al., 2010).
1974: o Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar dos Estados Unidos apresenta 
o Relatório Belmont. Devido aos problemas oriundos do Estudo Tuskegge (1932 a 1972), 
12
UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
esse estudo realizou uma pesquisa sobre sífilis em uma população negra sem adotar os 
princípios éticos (SALLES et al., 2010).
1978: a reprodução humana assistida começa a ter renome após o nascimento do 
primeiro bebê de proveta, Louise Brown. Com isso, novos questionamentos éticos são 
levantados devido ao nascimento de Brown (SALLES et al., 2010).
1979: um livro que pertence a corrente bioética chamada de “Principialismo” é 
publicado pelos autores T. Beauchamp e J. Childress. O livro foi intitulado “Principles 
of Biomedical Ethic” (SALLES et al., 2010).
1979: o livro “Ética prática” é publicado por Peter Singer. A obra discute os motivos 
pelos quais a vida de todos os seres vivos precisa ser respeitada (SALLES et al., 2010). 
1986: o livro “Fundamentos da bioética” é lançado por H. Tristam Engelhard. Na obra, 
as teorias religiosas estão presentes (SALLES et al., 2010).
1990: o Projeto Genoma Humano é iniciado (SALLES et al., 2010). 
1992: na cidade de Amsterdã (Holanda), acontece o primeiro Congresso Mundial de 
Bioética. Foi patrocinado pela ”International Association of Bioethics” (SALLES et al., 
2010).
1996: o Conselho Nacional de Saúde (CNS) doBrasil publica a resolução no 196/1996 
com todas as normas e orientações para a realização de pesquisa com seres humanos 
(SALLES et al., 2010).
1997: o primeiro mamífero do mundo é clonado, uma ovelha chamada 
Dolly. A clonagem foi realiza popr meio da transferência nuclear. Devido a isso, 
uma grande discussão a respeito da clonagem humana foi realizada, pois a mesma 
metodologia poderia ser empregada para clonar seres humanos (SALLES et al., 2010).
2002: o Brasil sedia o VI Congresso Mundial de Bioética (SALLES et al., 2010).
2003: o Conselho Federal de Medicina publica a revista “Bioética”, abordando a 
bioética de maneira ampla e interdisciplinar (SALLES et al., 2010).
2004: o Centro Universitário São Camilo, sediado na cidade de São Paulo, cria o 
primeiro Mestrado em Bioética do Brasil (SALLES et al., 2010). 
2005: a Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS), na cidade de Pouso Alegre, em 
Minas Gerais, cria o segundo Mestrado em Bioética do Brasil (SALLES et al., 2010).
13
BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
2008: o Conselho Federal de Medicina, em parceria com a Faculdade de Medicina 
da Universidade do Porto, em Portugal, cria o programa de Doutorado em Bioética 
(SALLES et al., 2010).
2010: a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), situada na cidade do Rio de Janeiro, RJ, 
introduz o Doutorado em Bioética, Ética Aplicada e Saúde (SALLES et al., 2010).
14
CAPítulo 2
História, principais princípios bioéticos 
e atuação da bioética na biomedicina 
estética
Processos históricos
A bioética é a ciência que mais cresce em todo o mundo. Ela é um campo que integra 
várias matérias, chamada “transdiciplinaridade” pelos pesquisadores da temática, ou 
seja, é a junção de vários conceitos de disciplinas diferentes que, estimulada pela mídia, 
abrangem temas como células-tronco, clonagem, aborto, eutanásia, banco de órgão, 
entre outros. Acabam por despertar o interesse da sociedade e dos pesquisadores, pois 
os conhecimentos e reflexões sobre esses temas polêmicos se difundiram pelo mundo 
inteiro, transformando a bioética na ciência do momento (SAKAGUTI, 2007).
Não existe um consenso entre os cientistas que trabalham com bioética a respeito de 
um acontecimento específico que deu origem a ela. No entanto, existem vários fatores 
e contextos históricos que somados levaram ao seu surgimento, dentre eles, podemos 
destacar a Segunda Guerra Mundial (SAKAGUTI, 2007).
Além disso, a religião esteve presente no nascimento da bioética, por meio de análises 
realizadas e propostas geradas em torno dos avanços tecnológicos alcançados pela área 
médica. Na década de 1950, a grande maioria dos professores ou autores de bioética 
eram rabinos, pastores ou teólogos católicos (SAKAGUTI, 2007).
Após a Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1950 e 1960, observamos o surgimento 
de movimentos de reivindicação dos direitos individuais, tais como: movimentos 
feministas, proteção à criança e à juventude, contra a segregação racial, revolução 
sexual, entre outros (SAKAGUTI, 2007).
Todos esses movimentos foram fundados devido a dois documentos que surgiram com 
o término da Segunda Grande Guerra: O Código de Nuremberg (1947) e a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos (1948) (SAKAGUTI, 2007).
O Código de Nuremberg surgiu em decorrência dos problemas éticos ocasionados devido 
às pesquisas com seres humanos durante a Segunda Guerra Mundial. Os nazistas foram 
julgados e condenados pelo Tribunal de Nuremberg por cometerem os mais perversos 
atos de crueldade contra a humanidade (SAKAGUTI, 2007).
15
BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
Já a declaração Universal dos Direitos Humanos, criada pela então recém-constituída, 
Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, foi uma conquista da humanidade. 
Essa declaração promove a proteção contra os abusos de poderes autoritários e o direito 
ao livre-arbítrio. Outra diretriz muito importante realizada pela ONU foi a Declaração 
dos Direitos da Criança (1959), ressaltando a proteção daqueles que são mais frágeis 
e desprotegidos pela sociedade, as crianças. O Código de Nuremberg e as declarações 
formuladas pela ONU promulgam os mesmos objetivos, que são a liberdade e a 
dignidade de cada ser humano (SAKAGUTI, 2007).
Outro fator de extrema importância que auxiliou o surgimento da bioética foi a 
alteração da relação entre o médico e o paciente, que muitos autores classificam com 
“desumanização do atendimento aos pacientes”. Ou seja, teríamos um afastamento do 
profissional responsável pelos cuidados individuais de cada doente (SAKAGUTI, 2007).
Nos primórdios do século XX, a relação entre médico e paciente era de total 
confidencialidade. Era muito comum o fato de o profissional ir até a casa do enfermo 
realizar consultas e tratar de todos os membros da família. Devido a isso, as famílias 
consultavam-se com o mesmo médico durantes anos. No entanto, no começo da década 
de 1960 essa relação afetuosa mudou por causa ao aumento do número de hospitais, a 
inserção de equipamentos de diagnósticos e de análises clínicas, das pesquisas clínicas 
e o advento das especializações médicas. A facilidade e a comodidade, aliadas ao ponto 
de vista econômico de concentrar em um mesmo local todos os profissionais da saúde, 
onde poderiam trabalhar juntos para atingir os melhores resultados, ajudaram a mudar 
essa relação (SAKAGUTI, 2007).
As residências médicas levaram os médicos a concentrar seus conhecimentos em uma 
determinada parte do corpo. Porém, ao mesmo tempo em que se especializavam, 
esqueciam-se de como tratar o conjunto, o corpo humano (SAKAGUTI, 2007).
Dessa forma, o paciente passou a ser tratado como um número de série ou de acordo 
com a patologia que portava, perdendo a sua identidade. A mudança na forma de 
tratamento dos médicos não mais permitiu estreitar os laços na relação médico-paciente 
e a identificação de médico da família foi perdida por esses profissionais (SAKAGUTI, 
2007).
No ano de 1969, foi publicado, nos Estados Unidos, o Código de Direitos do Paciente 
Hospitalizado que ratificava os direitos do paciente. Tal declaração garantia que o 
enfermo seria respeitado e teria total autonomia sobre as decisões referentes ao seu 
corpo (SAKAGUTI, 2007).
16
unidAdE i │ BioÉtiCA nA BioMEdiCinA EStÉtiCA
Durante o ano de 1969, foi realizada uma reunião organizada pelo psiquiatra Willard 
Gaylin e pelo fi lósofo Daniel Callahan. Eles reuniram psiquiatras e fi lósofos para estudar 
e elaborar normas a respeito das pesquisas e experimentação no campo biomédico. 
Esses atos levaram a formação do “Institute of Society, Ethics and Life Sciences”, com 
sede em Hasting on Hundson, Nova Iorque – EUA (SAKAGUTI, 2007).
Esta entidade tinha como objetivo estudar sistematicamente a ética e as ciências da 
vida. Além disso, o instituto de pesquisa prezava em ser um centro de estudo totalmente 
laico, sem fi ns lucrativos, com uma alta atividade educativa com o público geral. Com 
isso, a instituição fi cou conhecida como “Hastings Center” (SAKAGUTI, 2007).
Somente no ano de 1970 o termo “bioética” foi utilizado pela primeira vez. Esse fato 
ocorreu nos Estados Unidos, por meio da publicação do artigo intitulado “The sience 
of survivial”, escrito pelo oncologista Van Rensselaer Potter. Em 1971, o bioquímico, 
biólogo e oncologista publicou um artigo que virou referência na área – “Bioethics: 
bridge to the future” (SAKAGUTI, 2007).
O processo de formação da palavra “bioética” é baseado na junção dos termos “bio”, 
que signifi ca saber biológico, com a palavra “ética”, que faz uma relação com os valores 
humanos. Porém, foi por uma reportagem realizada pela revista “Time” que o livro 
de Van Potter tornou-se conhecido pelo público em geral e, desde então, a palavra 
“Bioética” entrou no nosso vocabulário (SAKAGUTI, 2007).
Figura 1. van rensselaerpotter.
Fonte: <http://mcardle.wisc.edu/bio/potter_v.html>. Acessado em 5 de junho de 2015.
17
BioÉtiCA nA BioMEdiCinA EStÉtiCA │ unidAdE i
Filme – Julgamento de Nuremberg - Com o fi m da Segunda Guerra Mundial, 
os países aliados reuniram-se em Nuremberg, na Alemanha, para decidirem o 
destino de ofi ciais nazistas, julgados por seus bárbaros crimes, cometidos nos 
campos de concentração, em nome da loucura do III Reich. Entre eles está 
o notório Hermann Goering (Brian Cox, de Coração Valente). Com os ombros 
pesados pela responsabilidade e todos os olhos do mundo voltados para aquela 
corte, o promotor Robert Jackson (Alec Baldwin, de O Sombra), questiona os 
direitos dos acusados. É como fazer valer a justiça no mais importante julgamento 
da história. Com ricos detalhes sobre O Julgamento de Nuremberg, este fi lme – 
cuja produção executiva é co-assinada por Alec Baldwin – manteve-se fi el até 
às transcrições das fi tas gravadas na corte, aqui também reproduzida fi elmente. 
Todo o drama e dilema dos acusadores foram minuciosamente recriados nesta 
produção inquestionavelmente perfeita.
Princípios bioéticos
Os fundamentos da bioética ou ética não são os seus princípios, no entanto, os princípios 
éticos norteiam o caminho referente à refl exão ética e representam um conglomerado 
de referências e meios que contribuem para a construção da ação ética. Existem 
diferentes modelos bioéticos, cada um propõe seus princípios, os apresentando em uma 
determinada ordem. Essa hierarquia não representa uma hegemonia entre um e outro 
princípio, representa apenas a ordem na qual foi construída a refl exão ética (RAMOS; 
JUNQUEIRA, 2007).
No modelo personalista, os princípios bioéticos são distribuídos em: 
1. Princípio da defesa da vida física: defende a vida física, pois se entende 
que a vida física é coessencial para promover os valores humanos, devido a 
isso, sempre deve ser preservada (RAMOS; JUNQUEIRA, 2007).
2. Princípio da liberdade e responsabilidade: ressalta a 
responsabilidade do profi ssional de saúde em tratar o paciente, como 
um fi m, uma fi nalidade, e jamais como um meio. Ademais, relata a 
responsabilidade do cuidador, médico ou não, de não aceitar um pedido 
do paciente, caso interprete a súplica como inaceitável por sua consciência 
moral (RAMOS; JUNQUEIRA, 2007).
3. Princípio terapêutico: este princípio é conectado com a 
proporcionalidade das terapias para avaliar os riscos e benefícios. 
18
unidAdE i │ BioÉtiCA nA BioMEdiCinA EStÉtiCA
De acordo com esse princípio, é permitido intervir sobre a vida de um 
paciente fazendo mutilações físicas em uma cirurgia quando isso permitir 
a manutenção da vida. Exemplo: amputação de um membro que foi 
dilacerado em um acidente ou remoção de tumor (RAMOS; JUNQUEIRA, 
2007).
4. Princípio da sociabilidade e de subsidiariedade: sociabilidade 
respaldada na prerrogativa que cada indivíduo participe de uma 
sociedade, possuindo responsabilidade com essa. Cada pessoa possui 
sua incumbência na preservação da ordem social, permitindo que todos 
possam viver de forma adequada. Já a subsidiariedade relaciona-se com 
as responsabilidades dos organismos (governamentais) da sociedade com 
cada indivíduo. Por exemplo: um pequeno grupo social (ONG), associações, 
entre outros, está desenvolvendo um projeto social e necessita de ajuda; 
então, os gestores públicos devem apoiar essa iniciativa, oferecendo 
recursos para que aquela entidade possa se manter e se desenvolver 
(RAMOS; JUNQUEIRA, 2007).
É importante ressaltar que na literatura podem ser encontrados outros modelos de 
princípios bioéticos, que nascem de diferentes escolas éticas. Entre os muitos existentes, 
será destaque aquele que é mais utilizado pelos bioeticistas brasileiros. Trata-se do 
modelo bioético intitulado de “Principialismo”, que foi proposto por Beauchamps e 
Childress, em 1989. Esses autores demonstram os seguintes princípios: autonomia, 
justiça, beneficência e não maleficência (RAMOS; JUNQUEIRA, 2007).
Princípio da não maleficência
Como o próprio nome já diz, este princípio da bioética obriga o profissional da saúde 
a não causar nenhum tipo de malefício ao paciente. Muitos autores consideram o 
princípio da não maleficência como o princípio fundamental da escola Hipocrática. 
Além disso, ele é utilizado constantemente para impor uma condição moral ao 
profissional da área da saúde. Tratando-se, portanto, do dever ético mínimo que um 
biomédico(a) esteta precisa ter para exercer sua profissão. O não cumprimento desse 
princípio coloca o profissional em uma situação de prática negligente da biomedicina 
estética (LOCH, 2002).
Este princípio tem grande importância, pois, em muitos casos, os riscos de causar 
danos ao paciente são inseparáveis de um determinado procedimento que é destinado 
a tratar aquele tipo de disfunção. Pois, qualquer procedimento estético envolve riscos e 
o paciente tem que está ciente dos possíveis problemas. 
19
BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
Por exemplo, um procedimento de pelling pode causar uma queimadura na pele do 
paciente se ele for executado erroneamente. No entanto, do ponto de vista ético, esse 
malefício pode ser justificado se o benefício esperado com o procedimento é beneficiar 
o paciente por meio da regeneração tecidual ocasionado por uma queimadura 
controlada. 
Nesse exemplo, os danos ao paciente são relativamente pequenos e não oferecem risco de 
morte. Porém, se o paciente tiver algum tipo de alergia aos componentes utilizados pelo 
pelling o risco de ocasionar malefícios definitivos é elevado. Com isso, o procedimento 
não poderá ser realizado. 
Princípio da beneficência
Este princípio da beneficência apoia-se na temática que devemos fazer o bem ao próximo. 
Quando utilizado por profissionais da área biomédica, o trabalhador tem o dever moral 
de zelar pela saúde do paciente. Não apenas no que diz respeito à assistência técnica, 
mas também deve ser levado em consideração à ética. Ou seja, todos os conhecimentos 
e habilidades adquiridos pelo profissional ao longo da sua formação devem ser usados 
para servir o paciente, visando sempre minimizar os riscos e potencializar os benefícios 
do tratamento (KOTTOW, 1995).
O presente princípio obriga o profissional da saúde a não causar danos intencionais à 
saúde do paciente, obrigando o profissional a promover o bem-estar dos pacientes, por 
meio das seguintes ações (LOCH, 2002): 
1. Prevenir ou remover algum malefício (LOCH, 2002), neste caso, seriam 
as disfunções estéticas. 
2. Fazer o bem ao paciente. Ou seja, por procedimentos estéticos, devolver 
ao paciente a autoestima. 
Esse princípio necessita de ações positivas por parte do biomédico(a) esteta. Faz-se 
necessário que o profissional trabalhe para beneficiar o seu paciente. Ademais, os 
procedimentos que serão realizados precisam ser avaliados e analisados, levando em 
conta o benefício versus riscos e/ou custos (LOCH, 2002).
Por exemplo, um determinado paciente deseja realizar um tratamento com toxina 
botulínica. No entanto, o biomédico(a) esteta deve alerta-lo deoquais são os riscos 
que o procedimento causa, assim como os seus benefícios. Além disso, o profissional 
deve argumentar o motivo pelo qual os benefícios são maiores que os malefícios, o que 
justificaria a realização do procedimento. 
20
UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
Princípio do respeito à autonomia
O respeito à autonomia significa respeitar o livre-arbítrio de cada ser humano. Ou seja, 
uma pessoa deve julgar se aquele determinado tratamento estético é ou não bom para 
si mesmo. Mas, para que a pessoa possa exercer a autodeterminação, é imprescindível 
respeitar duas condições básicas (LOCH, 2002):
1. O paciente deve ter clareza intelectual para compreender as razões 
pela qualvai realizar o procedimento e deliberação para escolher com 
coerência entre as alternativas de tratamentos estéticos apresentados.
2. O paciente precisa ter liberdade. Ou seja, autonomia sobre as escolhas 
cabíveis (BEAUCHAMP; CHILDRESS, 1994).
O princípio da autonomia baseia-se na relação de proximidade entre paciente e 
profissional da saúde. Este princípio sentencia o biomédico(a) esteta a comunicar 
todas as informações possíveis sobre o tratamento, com o objetivo de promover uma 
compreensão da disfunção estética e quais são as metodologias empregadas para 
reverte-la. Dessa maneira, o paciente possui condições plenas de tomar a decisão, se irá 
ou não realizar o tratamento. Respeitar a autonomia vai mais além, significa também 
ajudar o paciente a superar seus sentimentos de dependência.
Ademais, para formalização das informações passadas pelo biomédico(a) esteta 
ao paciente, faz-se necessário a apresentação do consentimento informado. Essa 
declaração é classificada com uma decisão voluntária do paciente. Este veredicto pode 
ser promulgado de forma verbal ou escrito. Por meio dele, o paciente é informado dos 
riscos e benefícios que o tratamento estético possui e confirma que recebeu todas as 
orientações, assim como teve suas dúvidas esclarecidas pelo profissional. No entanto, 
o consentimento informado deve ser entendido como um documento firmado pelo 
biomédico(a) e pelo paciente, pois ele contempla os fundamentos legais do problema.
O termo deve ser visto como um processo de relacionamento entre as partes. 
O profissional de saúde tem a obrigação de indicar todos os pontos do tratamento e 
ajudar o paciente a escolher a melhor opção de acordo com os seus dogmas (LOCH, 
2002).
Princípio da justiça
A palavra justiça é derivada do latim “iustitia” e expressa o significado de equidade, 
leis, exatidão, bondade, benignidade, justiça. Essa palavra foi introduzida na língua 
21
BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
portuguesa no século XIII. O seu significado também pode ser interpretado como: algo 
que está em conformidade com o que é de direito, com o que é justo. 
Na bioética, o princípio da justiça faz referência a respeitar com imparcialidade o direito 
de cada indivíduo. 
Dessa maneira, não seria ético tomar uma decisão que levasse o biomédico(a) ou 
paciente a se prejudicar. É a partir desse princípio que se estrutura a chamada “objeção 
de consciência”, que representa o direito de um determinado profissional recusar-se a 
realizar determinado procedimento, aceito ou revindicado pelo paciente, mas que vai 
contra as convicções éticas desse profissional (RAMOS; JUNQUEIRA, 2007).
relação entre o biomédico(a) esteta e o 
paciente à luz do paternalismo
O paternalismo é definido como um comportamento impositivo praticado pelos 
profissionais da saúde. Também poderíamos dizer que o paternalismo é um modelo 
de autoritarismo, devido ao fato de uma pessoa exercer sobre outro indivíduo várias 
decisões sem o seu consentimento (COHEN; MARCOLINO, 2002).
Esta conduta é um problema de difícil avaliação, devido ao fato de quando e quanto 
essa prática é adotada. Dessa maneira, ela se torna o centro de muitos problemas éticos 
(COHEN; MARCOLINO, 2002).
Analise os comportamentos a seguir:
1. sua ação beneficia o paciente;
2. sua ação envolve a quebra de uma regra moral do paciente;
3. seus atos não possuem o consentimento do paciente, nem no passado, 
nem no presente, nem aparecerá no futuro;
De maneira mais clara, as ideias de Culver e Gert explicam que somente devemos agir 
paternalisticamente em relação a um paciente quando a intenção for beneficiá-lo e não 
o executor do ato ou terceiros. 
Existem duas formas de beneficiar uma pessoa. A primeira é promover algum bem para 
o indivíduo, tais como: produzir prazer, liberdade ou oportunidade. A segunda forma é 
buscar inibir ou amenizar um mal que está acometendo ao paciente, que pode ser uma 
dor ou incapacidade de realizar algo (COHEN; MARCOLINO, 2002).
22
UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
É importante salientar que o paternalismo é fundamentando nos princípios da 
beneficiência e da não maleficiência. Ou seja, no geral, esses princípios priorizam que 
o paciente seja tratado com respeito e dignidade. Para isso, é primordial não causar 
nenhum tipo de malefício ao indivíduo e prezar sempre belos resultado benéficos. 
Por outro lado, também podemos fazer uma análise do paternalismo baseando-se no 
princípio da autonomia. Esse princípio foi formalizado somente no ano de 1947, por 
meio do código de Nuremberg, no qual foi estabelecido normas para a realização de 
pesquisa com seres humanos. Para isso, desde então é obrigatório à apresentação do 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ao indivíduo que participará de uma 
determinada pesquisa biomédica (FREITAS; HOSSNE, 1998).
A palavra autonomia tem sua origem no idioma grego, cujo “auto” significa “próprio” 
e “nomos” relacionam-se com “leis, regras”. Ou seja, autonomia significa ter 
autodeterminação ou autogoverno sobre as suas próprias decisões que irão afetar a 
integridade, a saúde, as relações interpessoais, a vida, e a integridade. (FILHO, 2011).
Indivíduos caracterizados como autônomos são aqueles que possuem a liberdade de 
pensamento. Para uma situação ser classificada como autônoma, é necessário que ela 
possua alternativas de escolhas. Ademais, a liberdade de opção tem que estar presente. 
Não obstante, a pessoa deve ser capaz de julgar as alternativas e escolher aquela que for 
melhor para si de acordo com seus princípios. (FILHO, 2011).
Seguindo essa linha de pensamento, podemos citar o filósofo Franklin Leopold 
(LEOPOLDO; SILVA, 1998). Para ele, o paternalismo é o resultado de uma relação 
assimétrica entre o profissional de saúde e o paciente. Evidenciada pela fragilidade 
do paciente a frente do biomédico(a). Nesse tipo de relação, encontramos uma 
desproporção, pois o cuidado prestado anula o paciente, que é o objeto da relação, 
pois o biomédico(a) detém o saber dos procedimentos estéticos, deixando o paciente a 
mercê das influências do profissional. (FILHO, 2011).
Na biomedicina estética, um exemplo claro de paternalismo é a seguinte 
situação: um paciente pretende realizar uma sessão de ultrassom cavitacional, 
no entanto, para potenciar os efeitos do tratamento, o biomédico(a) esteta, sem 
o consentimento do paciente, introduz soro fisiológico no abdome. 
É notório que a hidrolipoclasia consegue eliminar maiores quantidades de 
medidas. O biomédico(a) esteta, quando decidiu realizar esse procedimento, teve 
como objetivo promover um beneficio ao paciente (principio da beneficência), 
além disso, a hidrolipoclasia não causa nenhum malefício (principio da não 
maleficiência). No entanto, o biomédico(a) praticou um ato de paternalismo, 
23
BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA │ UNIDADE I
pois fez a injeção de soro sem o consentimento do paciente. Se o paciente 
tivesse autorizado o uso do soro fisiológico, essa situação não seria classificada 
como paternalista. 
Envelhecimento populacional, aparência 
social e benefícios propostos pela estética 
seguindo os princípios bioéticos
Os brasileiros estão gastando cada vez mais com procedimentos estéticos. O Brasil já 
ocupa a segunda colocação do ranking mundial entre os países que mais gastam com 
esses serviços, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Devido a isso, no ano de 
2014, foi estimando que o mercado brasileiro movimentou cerca de R$ 136 bilhões e, 
para o ano de 2015, estima-se um crescimento de 10%. O aumento do mercado deve-se 
a ascensão das classes D e E e a crescente participação da mulher brasileira no mercado 
de trabalho, ocasionando a elevação da renda familiar (Estado de Minas. <http://www.
em.com.br/app/noticia/economia/2014/11/02/internas_economia,585899/estetica-deve-fechar-o-ano-com-crescimento-de-77-mesmo-com-economia-desaquecida.
shtml>. Acessado em 5 de junho de 2015).
O público masculino também estimulou o aumento do faturamento no setor. Cada vez 
mais preocupados com a aparência, os homens estão investindo constantemente no seu 
bem-estar. Não obstante, esse público busca um tratamento diferenciado e exclusivo, 
valorizando a privacidade, a agilidade e o conforto. Ademais, apreciam a execução 
de um serviço regado com pequenos agrados, tais como: drinks, sucos, orientações 
alimentares, entre outros. São alusivos e levam a fidelização do paciente (Sebrae, 
<http://arquivopdf.sebrae.com.br/customizado/acesso-a-mercados/conheca-seu-
mercado/inteligencia-de-mercado/servicos-%20mercado%20de%20estetica.pdf>. 
Acessado em 7 junho de 2015).
Um fator bastante significativo que deve ser levando em consideração ao analisar o 
faturamento do setor é o envelhecimento populacional. Dados do Instituto Brasileiro de 
Geografia Estatística (IBGE) revelam que a população brasileira está envelhecendo em 
um ritmo acelerado. Isso se deve aos avanços da medicina, que proporcionaram uma 
maior expectativa de vida. De acordo com o IBGE, o Brasil em 2025 será a sexta nação 
do mundo com o maior número de pessoas com idade superior aos 70 anos. Serão cerca 
de 33 milhões de brasileiros, o que representará aproximadamente 13% da população 
(IBGE. <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acessado em 5 de junho de 2015.).
O processo de envelhecimento não é visto com naturalidade por grande parte dos 
pacientes. Muitos desejam eternizar a beleza que possuíam na juventude e, aqueles que 
24
UNIDADE I │ BIOÉTICA NA BIOMEDICINA ESTÉTICA
se encontram nessa faixa etária, buscam constantemente novas maneiras de burlar o 
ciclo natural da vida. Dessa forma, a autoestima do paciente fica abalada, trazendo para 
si: insegurança, dúvida e incerteza. Com isso, os tratamentos estéticos surgem como 
provedores da resolução dos problemas supracitados (HELOU, 2010).
Os valores da nossa sociedade são pautados nos seguintes referenciais: juventude e 
beleza física. Quando um determinado paciente olha para o espelho e as marcas do 
tempo já estão presentes em seu corpo, esse fato pode ser, para muitos indivíduos, 
apavorante ou até mesmo ameaçador. A partir desse momento, o tempo é tratado com 
o principal inimigo, pois ele passa e leva consigo todo o frescor da pele, agilidade dos 
movimentos e tonicidade dos músculos e tecidos (HELOU, 2010).
A sociedade ocidental é sustentada por dogmas que priorizam a aparência como 
cartão de visitas de qualquer indivíduo. O fato de determinada pessoa ter uma boa 
aparência sentencia se ela será ou não aceita em determinado ciclo social. Tais valores 
são difundidos pelas redes sociais, revistas, jornais, cinemas, desfiles, comerciais, entre 
outro. Ademais, a propagação midiática que, na maioria das vezes, vendem imagens 
de indivíduos bem-sucedidos, associados a uma beleza e juventude sem igual, estimula 
esse tipo de comportamento. Com isso, essas características tornam-se motivacionais 
para a obtenção de sucesso, seja ele financeiro ou social (HELOU, 2010).
Os gastos com procedimentos estéticos já comprometem uma quantia generosa do 
orçamento familiar. De acordo com um estudo realizado por Helou, em 2010, no 
qual a pesquisadora entrevistou várias mulheres indagando-as porque elas gastavam 
tanto dinheiro com procedimentos estéticos. A resposta foi unânime: “Por causa da 
sociedade”.
Logo, o biomédico(a) esteta que irá atender seu paciente deve primeiramente realizar 
uma anamnese com bastante destreza e respeitar os princípios da bioética, pois muitas 
vezes o paciente pode querer fazer determinado procedimento baseado nos resultados 
obtidos por um amigo ou familiar ou pode ter visto algo nas mídias sociais que 
determinado tratamento promete realizar milagre. No entanto, cada organismo possui 
suas particularidades e deve sempre ser tratado com um ser único. Devido a isso, é 
primordial individualizar os tratamentos estéticos.
25
unidAdE ii
ASPECtoS gErAiS E 
ConfECção do tErMo 
dE ConSEntiMEnto liVrE 
E ESClArECido (tClE)
CAPítulo 1
termo de consentimento livre e 
esclarecido (tClE)
origem do termo de consentimento livre e 
esclarecido (tClE)
O documento intitulado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) 
foi criado nos primórdios da bioética, devido à preocupação que existia com as 
pesquisas realizadas com seres humanos. Essa apreensão perdura até os dias atuais 
e ocupada lugar de destaque nas discussões das pesquisas biomédicas (SAKAGUTI, 
TRINDADE, 2007). 
O primeiro relato sobre a utilização do TCLE foi um documento elaborado para 
estabelecer uma relação entre o pesquisador e o pesquisado. O registro é datado em 
19 de outubro de 1833. O médico estadunidense, Willian Beaumount (1785-1853) 
realizou seus trabalhos com o consentimento de Alexis St. Martin. Esse apresentava um 
ferimento provocado por arma de fogo, no qual era possível observar o seu estomago 
(SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
No documento firmado entre as partes, ficou estabelecido que o médico iria custear 
todas as despesas do pesquisado, além disso, forneceria uma remuneração no valor 
de U$ 150,00. O estudo durou 1 ano e sofreu fortes críticas éticas pela forma como foi 
desenvolvido, pois o pesquisado não recebeu todas as informações necessárias e o seu 
envolvimento com o experimento não aconteceu de forma voluntária. No entanto, esse 
relato é considerado o vanguardista do TCLE (MINOSSI, 2011).
26
unidAdE ii │ ASPECtoS gErAiS E ConfECção do tErMo dE ConSEntiMEnto liVrE E ESClArECido (tClE)
Durante a história da bioética, observamos que nem sempre houve uma preocupação 
com o participante de um experimento ou até mesmo de um procedimento médico. 
Existe uma infinidade de relatos com o desrespeito causado por cientistas ou médicos 
que não se preocupavam com a autonomia das pessoas. Esses fatos envolviam dor, 
sofrimento, humilhação e até mesmo mortes. O perfil das pessoas que tinham sua 
autonomia privada eram prisioneiros de guerra, pobres, escravos e condenados à morte 
(SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
Foi somente a partir do Código de Nuremberg que o consentimento voluntário passou 
a ser tratado com uma prerrogativa dos pesquisados. Em seu artigo 1o, o código 
destaca que o consentimento voluntário do ser humano é extremamente essencial 
para o desenvolvimento de uma pesquisa. No entanto, vários médicos e cientistas 
não respeitam essa diretriz. O motivo seria a associação que muitos profissionais 
faziam com os crimes cometidos durante a guerra, com isso, suas penalidades ou 
exigências não valeriam para as pesquisas realizadas no pós-guerra (SAKAGUTI; 
TRINDADE, 2007). 
Também podemos destacar a Declaração Universal dos Direitos do Homem que foi 
assinada em dezembro de 1948, na cidade de Paris, representando a primeira tentativa 
da humanidade em estabelecer paramentos humanitários válidos para todos os 
habitantes do planeta, independente de cor, sexo, classe social, religião, língua, entre 
outros. (SAKAGUTI, TRINDADE, 2007).
No fim dos anos 1950, nos Estados Unidos, vários pacientes começaram a denunciar 
pesquisadores que omitiram informações a respeito dos procedimentos. Porém, 
foi somente a partir da década de 1960 com a Declaração de Helsinque que os 
consentimentos passaram a receber uma análise mais detalhada (SAKAGUTI, 
TRINDADE, 2007). 
Por fim, em 1993, ocorreu à criação das “Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas 
Biomédicas Envolvendo Seres Humanos”. Esse documento promoveu uma valorização 
dos TCLE em todas as pesquisas com seres humanos (SAKAGUTI, TRINDADE, 2007).
Aplicação do tClE no Brasil
No Brasil, a regulamentação do TCLE começou com a produção de 2 documentos 
elaborados pelo Conselho Federal de Medicina(CFM) – Resolução no 1.081, de 12 de 
março de 1982 – e pelo Ministério da Saúde na década de 1980 – Portaria no 16, de 27 
de novembro de 1981. Esses documentos estabeleceram as normas para a utilização do 
TCLE nos primórdios na década de 1980 (MINOSSI, 2011).
27
ASPECtoS gErAiS E ConfECção do tErMo dE ConSEntiMEnto liVrE E ESClArECido (tClE) │ unidAdE ii
Durante a primeira Conferência Brasileira de Bioética, realizada em julho de 1996, foi 
confi rmado que na pesquisa brasileira muitos pesquisados raramente eram informados 
ou até mesmo perguntados se gostariam de participar de um estudo. Devido a isso, o 
Conselho Nacional de Saúde revisou as normas éticas para a realização de pesquisas 
com seres humanos no país, estabelecidas pela Resolução no 1/1988. Essa resolução 
foi formulada no ano de 1988 e estabelece que todas as pessoas que participavam de 
pesquisa em território brasileiro deveriam ser informadas por escrito de todos os riscos 
e objetivos do estudo. Coloca também que os participantes teriam a sua autonomia 
respeitada, para decidir se iriam ou não participar do estudo. (HARDY et al, 2002).
Com isso, uma comissão do Conselho Nacional de Saúde foi formada e ouviu diferentes 
nichos da população para elaborar um documento detalhado e abrangente. Ao fi m do 
processo, a Resolução no 196/1996, sobre Pesquisas Envolvendo Seres Humano, foi 
publicada e encontra-se atualmente em vigor (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996). 
Essa resolução defi ne TCLE como:
A anuência do sujeito da pesquisa e/ou seu representante 
legal, livre de vícios (simulação, fraude ou erro), dependência, 
subordinação ou intimidação, após explicação completa e 
pormenorizada sobre a natureza da pesquisa, seus objetivos, 
métodos, benefícios previstos, potenciais riscos e o incômodo que 
esta possa acarretar, formulada em um termo de consentimento, 
autorizando sua participação voluntária na pesquisa (SAKAGUTI; 
TRINDADE, 2007).
A expressão termo de consentimento livre e esclarecido é uma tradução dos termos 
da língua francesa consentement livre et ésclaire, que por sua vez deriva da expressão 
inglesa informed consent (SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
As instruções presentes na Resolução no 196/1996 relata que todas as pesquisas que 
utilizam seres humanos, independente da área de atuação, devem submeter seu 
estudo a um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Devido a isso, todas as instituições 
brasileiras que realizam esse tipo de pesquisa foram obrigadas a construir um 
CEP. Na impossibilidade de uma instituição construir um CEP, ela deve submeter 
seus trabalhos ao CEP de outro centro, preferencialmente, o CEP de uma faculdade, 
universidade, instituto de pesquisa ou outro órgão que possui indicação da Comissão 
Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/MS) para realização dos seus trabalhos (Hardy 
et al., 2002).
Ademais, o TCLE deve ser submetido ao CEP de acordo com as diretrizes da resolução 
no 196/1996. O comitê irá avaliar se o TCLE esclarece os pontos principais da pesquisa 
28
unidAdE ii │ ASPECtoS gErAiS E ConfECção do tErMo dE ConSEntiMEnto liVrE E ESClArECido (tClE)
e se permite que o indivíduo pesquisado apresente autonomia e voluntariedade para 
tomar sua decisão.
No entanto, em procedimentos médicos ou biomédicos que são realizados dentro do 
consultório, não se faz necessário que o TCLE passe pela aviação de um CEP, porque 
não está sendo realizada uma pesquisa cientifica. Porém, é de extrema importância que 
o documento seja avaliado por um advogado especialista em ética, para garantir que 
esteja redigido de acordo com os princípios éticos, além de garantir a idoneidade do 
documento. 
Aspectos legais do tClE
De acordo com a resolução no 196/1996, o TCLE deve ser preenchido em 2 
vias. O documento deve conter a identificação do participante de uma pesquisa e/ou 
paciente, do representante legal (caso haja), nome do pesquisador e/ou biomédico(a) 
esteta, data e assinatura de todos em todas as folhas. Uma via fica com paciente e/ou 
pesquisado e a outra é arquivada pelo profissional (SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
Uma das finalidades do TCLE é servir como uma peça contratual entre o biomédico(a) 
e o paciente, conforme os princípios jurídicos, defendendo os direitos das partes 
envolvidas na causa junto à justiça e no conselho de classe do profissional (SAKAGUTI; 
TRINDADE, 2007).
Por outro lado, de acordo com uma vertente, o TCLE é um documento informativo 
e esclarecedor. Por isso, não deveria ser utilizado com instrumento de defesa do 
profissional, pois, para muitos profissionais da saúde que trabalham com procedimentos 
minimamente invasivos (injetáveis), essa tática é vista como um desvio da prática 
sensata, induzida principalmente por profissionais incompetentes, devido ameaça de 
processos por negligência profissional. Além disso, apesar de o paciente ter assinado o 
TCLE concordando com o tratamento, nada impede que ele entre na justiça e processe 
o biomédico(a) esteta em casos de erros ou falta de assistência por parte do profissional 
(MINOSSI, 2011).
Caso o biomédico(a) queira utilizar as imagens do paciente em algum congresso ou 
artigo cientifico, é necessário uma autorização especial ou “Autorização do Uso de 
Imagem”, que pode estar embutida em um item dentro do TCLE. Nessa autorização, 
deve estar escrito a maneira pela qual as imagens serão utilizadas e como a identidade 
do paciente será preservada (SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
29
ASPECtoS gErAiS E ConfECção do tErMo dE ConSEntiMEnto liVrE E ESClArECido (tClE) │ unidAdE ii
Elaboração do tClE
De acordo com as normas da resolução no 196/1996, o TCLE é um documento elaborado 
pelo pesquisador ou biomédico(a) e precisa ter a assinatura ou impressão digital do 
paciente e/ou responsável legal e visto do profissional. Em alguns casos, também é 
utilizado a assinatura de uma testemunha para dar mais credibilidade ao documento. 
Além disso, o termo precisa ser elaborado em uma linguagem acessível, de preferência 
sem a utilização de termos técnicos, e deve apresentar os seguintes itens: (SILVA et al., 
2005; SAKAGUTI; TRINDADE, 2007; MINOSSI, 2011).
 » Título (nome do procedimento que será realizado).
 » Introdução do experimento ou tratamento.
 » Objetivos (finalidade do procedimento).
 » Metodologia (descrever a técnica que será utilizada).
 » Complicações ou riscos que o tratamento possui (pré-tratamento, 
durante, após). 
 » Benefícios esperados.
 » Orientações para o pós-procedimento. 
 » Informações do profissional, tais como: nome completo, telefone, 
endereço da clínica, número do CRBM.
 » Identificação do paciente (nome, CPF, RG, endereço).
 » Data, cidade e estado em qual foi realizado o tratamento;
 » Garantia de esclarecimento a qualquer momento sobre o tratamento ao 
paciente.
 » Preservação da identificação do paciente, caso o profissional queira usar 
as imagens do tratamento em revistas, artigos, congressos, entre outros, 
Mediante autorização do uso de imagem.
 » Assinatura ou impressão digital das partes envolvidas (paciente, 
biomédico(a) e testemunha).
 » Declaração que as informações prestadas foram efetivamente entendidas.
30
unidAdE ii │ ASPECtoS gErAiS E ConfECção do tErMo dE ConSEntiMEnto liVrE E ESClArECido (tClE)
Para tornar a compressão do texto do TCLE mais fácil, é imprescindível seguir as 
seguintes orientações (ARAUJO et al., 2010): 
 » Elaborar frases curtas, com palavras de fácil entendimento, Facilitando 
dessa maneira a localização do paciente sobre temática do TCLE.
 » Ser direto e breve na redação do texto, Para que o paciente possa ler todo 
o TCLE e absorver todas as informações necessárias.
 » Formular todo o texto em linguagem leiga. Ou seja, utilizar expressões 
que são comuns à população e a linguagem biomédica.
 » Colocar as informações mais importantes nocomeço do parágrafo, 
facilitando a absorção do conteúdo mais importante.
 » Elaborar frases na ordem direta e na voz ativa.
 » Citar os benefícios do tratamento antes dos malefícios que ele pode 
causar.
 » Evitar o uso de adjetivos e eufemismo.
 » Utilizar títulos e subtítulos em destaque, para introduzir melhor o assunto 
abordado no TCLE e facilitar a compreensão.
31
unidAdE iii
rEAlizAção dE 
AnAMnESE fACiAl 
E CorPorAl
CAPítulo 1
definição de anamnese e seus 
princípios
Anamnese na biomedicina estética
A palavra anamnese é originaria do grego, ana significa trazer de volta e mnsese fere-se 
à memória. Ou seja, podemos definir anamnese como sendo uma entrevista realizada 
pelos profissionais da saúde que visa resgatar as informações de uma determinada 
patologia (PORTO, 2004). Dessa maneira, ela apresenta comunicação não verbal 
(sinais, comportamento), verbal e escrita. (SOARES et al., 2014). Por meio dessas 
informações que o biomédico(a) esteta vai guiar-se para realizar a entrevista. 
Uma boa anamnese é aquela que possui contato entre o profissional de saúde e o 
paciente. No entanto, para realizar esse procedimento com destreza, é necessário 
dedicação e tempo adequado de atendimento. Pede-se para o profissional que, antes 
de começar a consulta, avalie como está seu humor, atenção e disposição. Caso essas 3 
características apresentem escassez, o atendimento poderá ser prejudicado e a relação 
cordial entre biomédico(a) esteta e paciente não existirá. Além disso, cumprimentar 
o paciente, ter um tom de voz adequado e olhar direcionado demonstram interesse e 
dedicação por parte do profissional em ouvir as queixas do paciente (Carrió, 2012).
É durante a consulta que a relação entre o biomédico(a) esteta e o paciente começa. 
A arte de realizar uma boa anamnese é adquirida com a vivência no consultório. 
Ademais, cada profissional possui suas particularidades na condução de uma entrevista, 
não obstante, há algumas regras básicas que precisam ser seguidas, tais como (SENRA; 
MORAES, 2012):
1. Deixe o paciente expor suas queixas livremente. Ouça com atenção todas 
as informações passadas.
32
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
2. As perguntas não devem ser realizadas em uma forma mecânica e 
enfadonha.
3. Evite perguntas sugestivas, que podem ser respondidas com um simples 
“sim” ou “não”.
4. Utilize uma linguagem de fácil entendimento e sem termos técnicos.
5. O biomédico(a) esteta deve possuir empatia, isto é, ter a capacidade de 
compreender o sentimento ou reação do paciente colocando-se no lugar 
dele. 
Determinados pacientes que apresentam algum tipo de disfunção estética podem 
apresentar transtornos psicológicos que potencializam as imperfeições. No entanto, 
as disfunções que esses pacientes possuem são classificadas como aceitáveis, porém, 
devido aos transtornos, essas imperfeições são multiplicadas pelo indivíduo. Com isso, 
cabe ao profissional ter a destreza para identificar esse tipo de comportamento no 
paciente, para realizar uma anamnese correta e sem influência dos fatores psicológicos. 
Alguns desses comportamentos são (SENRA; MORAES, 2012):
1. Expectativa bastante elevada sobre o tratamento (fantasia x realidade) ou 
causa obscura que levou o paciente a buscar tratamentos estéticos.
2. Realização do procedimento estético para agradar outras pessoas.
3. Apresentação de delírios, perda de contanto com a realidade, alucinações, 
isto é, psicose.
4. Distúrbio de ansiedade e de afeto.
5. Exagero nos defeitos estéticos (transtorno dismórfico corporal).
6. Distúrbio de somatização. Esse transtorno, quando presente nos pacientes, 
pode causar sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento 
social, ocupacional ou em outras áreas importantes, devido às anomalias 
estéticas. Os sintomas são: palpitações, vômitos, náuseas, tonturas, 
indiferença sexual, intolerância alimentar, entre outros.
O biomédico(a) esteta deve possuir determinadas atitudes para conduzir uma 
anamnese de forma confortável e segura. Para isso, é importante ressaltar os seguintes 
comportamentos (SENRA; MORAES, 2012):
1. Manter a calma e a seriedade na consulta para passar conforto ao paciente.
33
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
2. Ter disposição para ouvir as queixas do paciente.
3. Explicar com detalhes como planeja reverter à disfunção estética.
4. Não apresentar atitudes defensivas, porém, a formalidade e cordialidade 
são necessárias.
5. Possuir paciência para definir claramente quais são os comportamentos 
aceitáveis e inaceitáveis.
Algumas perguntas são classificadas como essenciais em uma anamnese, pois por elas 
é possível obter informações relevantes sobre a vida do paciente e as expectativas que 
ele possui com a realização dos tratamentos estéticos. Algumas dessas perguntas são: 
1. Já realizou algum tipo de tratamento estético?
 › Se a resposta for sim, quais foram os tratamentos?
 › Ficou satisfeito com os resultados obtidos?
2. Nos próximos dias participará de algum evento importante, tais como: 
casamento, formatura, aniversário? 
 › A resposta sendo positiva, explique o tempo de recuperação do 
procedimento. 
3. Está grávida ou pretende engravidar nos meses em que estiver realizando 
os tratamentos?
 › Mulheres grávidas devem evitar a realização de tratamentos estéticos, 
pois os procedimentos podem interferir na gravidez. 
4. Trabalha ou vive em um local com exposição ao sol?
 › Pacientes devem evitar exposição ao sol durante os tratamentos 
estéticos. Especialmente na realização de peelings, lasers, CO2 
fracionado, entre outros, para evitar pigmentações na pele. 
5. Possui herpes labial?
 › Em casos de pacientes com herpes labial, é importante alertar o 
paciente sobre o risco da herpes aparecer devido aos procedimentos 
estéticos. Com isso, tomar o medicamento de costume do paciente, 
antes de começar o tratamento, ajuda a prevenir o aparecimento do 
herpes.
34
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
6. Possui algum tipo dermatite?
 › Pacientes com dermatite possuem a pele bastante sensível. Devido 
isso, o profissional deve ter um cuidado extra na execução dos 
procedimentos para não lesionar a pele. 
7. Possui alergia a algum tipo de medicamento ou substância?
 › Pacientes alérgicos precisam de uma atenção especial, para evitar 
possíveis complicações. 
8. Utiliza marca-passo? 
 › Pacientes portadores de marca-passo não podem realizar 
radiofrequência, pois o procedimento pode alterar o funcionamento 
do aparelho. 
9. Possui hipertensão?
 › Pacientes hipertensos podem ficar nervosos durante a realização 
de algum procedimento estético, ocorrendo elevação da pressão 
sanguínea.
10. Está realizando algum tratamento médico no momento?
 › Alguns tratamentos médicos podem possuir como efeitos colaterais 
disfunções estéticas. Nestes casos, o paciente deve levar na consulta 
uma autorização do médico responsável liberando o paciente para 
a realização de tratamento estético. Além disso, o biomédico deve 
estudar o caso e analisar possíveis interações entre o tratamento 
médico e o estético. 
11. Possui algum tipo de distúrbio hormonal?
 › Alterações hormonais podem causar acnes, sobrepeso, machas, 
excesso de pelo, entre outras disfunções estéticas. 
12. Possui antecedentes oncológicos?
 › Neste tipo de caso, deve-se pedir que o paciente leve na consulta 
uma autorização do médico oncologista liberando-o para a realização 
de tratamentos estéticos. Porém, caso o paciente esteja portando a 
neoplasia, o tratamento não deve ser realizado. 
35
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
O biomédico(a) esteta pode elaborar outros tipos de perguntas de acordo com a sua 
experiência e necessidade. Cada profi ssional possui,portanto, suas particularidades 
que compõe a anamnese. 
Além disso, apesar de o biomédico(a) esteta não possuir autorização para 
solicitar exames laboratoriais ao paciente, o profi ssional possui capacidade plena 
para interpretar os laudos. Com isso, se possível for, o paciente deve levar os 
exames laboratoriais realizados nos últimos meses na consulta. Caso contrário, 
o paciente deve consultar-se antes com um médico ou nutricionista e solicitar 
exames laboratoriais de rotina: hemograma, colesterol total, HLD, LDL, VLDL, 
triglicerídeos, glicemia, entre outros. E levar posteriormente na consulta com o 
biomédico(a) esteta. 
Essa conduta é extremante importante, pois o profi ssional tem que saber como está 
a saúde do paciente antes de começar os procedimentos. Especialmente aqueles que 
promovem a liberação de lipídios, tais como: intradermoterapia, ultrassom cavitacional, 
criolipólise, hidrolipoclasia, entre outros. Assim, evita-se uma alteração acentuada nos 
níveis lipídicos e possíveis patologias.
Já os procedimentos que provocam sangramento, como microagulhamento, o 
profi ssional deve analisar primeiro se o paciente não possui algum problema 
de coagulação. Com isso, surge também a importância de solicitar o exame de 
coagulograma aos médicos e posteriormente levar o resultado na consulta com o 
biomédico(a) esteta. 
Elaboração da ficha de anamnese
A fi cha de anamnese deve ser elaborada de acordo com os procedimentos que o 
profi ssional realiza. Não obstante, a fi cha não dever ser entendida apenas como uma 
fi cha cadastral que irá conter os dados do pacientes, mas como um documento que 
possui informações relevantes, sobre o paciente, que irão auxiliar na correta escolha do 
procedimento mais indicado para tratar determinada disfunção estética. 
Além disso, não existe um modelo pré-determinado para elaboração de uma fi cha de 
anamnese. Cada biomédico(a) esteta deve elaborar a sua própria fi cha de acordo com 
a sua vivência clínica e os procedimentos que realiza. No entanto, os pontos que foram 
abordados no tópico anterior desta apostila são fundamentais que estejam presentes, 
pois norteiam o profi ssional durante a consulta.
36
CAPítulo 2
Equipamentos utilizados na anamnese 
facial
fotografia
A fotografia digital é uma ferramenta de grande utilidade na biomedicina estética. 
Revistas científicas e muitos profissionais usam essa metodologia para acompanhar a 
evolução dos tratamentos. No entanto, para a fotografia contrastar com a realidade, é 
imprescindível que o profissional utilize equipamentos de qualidades e tenha noção 
dos princípios básicos de fotografia. Tais como; iluminação, distância, ângulo e 
enquadramento. A correta utilização dos princípios básicos de fotografia atenuam as 
falhas técnicas e valorizam os resultados obtidos nos tratamentos estéticos (AZULAY 
et al., 2010).
Uma utilização dos benefícios da fotografia na prática do dia a dia ocorre em avaliação 
quantitativa de melanina. Em tratamentos de hipercromias cutâneas com luz intensa 
pulsada, é possível realizar uma análise de antes e após o tratamento, por meio de 
fotos, analisando quantitativamente a melanina. Dessa maneira, a associação das 
metodologias beneficia a análise do tratamento (CYMBALISTA; OLIVEIRA, 2006).
luz de Wood
O físico Robert W. Wood (1868-1955) criou, em 1903, uma lâmpada que é 
bastante utilizada em procedimentos estéticos: a Lâmpada de Wood. (WOOD, 
1919). O equipamento utiliza um arco de mercúrio de alta pressão, juntamente com 
um filtro feito de silicato de bário, possuindo 9% de óxido de níquel (Filtro de Wood). 
Esse filtro é opaco a todas as luzes, com exceção as luzes que estão na banda entre 
320nm (nanômetros) e 400nm, com picos de 365nm. No entanto, para que ocorra a 
fluorescência no tecido, o comprimento de onda deve está situando entre 340nm e 
400nm (ASAWANONDA; TAYLOR, 1999).
A melanina presente na epiderme e na derme, absorvendo a luz no comprimento 
de onda supracitado, e o colágeno que está presente na derme, ao absorver a luz 
fluorescente em razão dos comprimentos de ondas maiores, em especial devido aos 
comprimentos que estão na gama azul do espectro de luz. Porém, a exposição solar 
prejudica a fluorescência da pele, provavelmente devido a alterações que a luz do sol 
provoca na elastina (ANDERSON, 1989; LEFFEL et al., 1988).
37
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
É importante ressaltar que a fluorescência da pele ocorre principalmente devido 
aos constituintes da elastina, colágeno, aminoácidos, nicotinamida adenina 
dinucleotideo (NAD) e os precursores da melanina também podem está envolvidos 
no processo. No entanto, a exposição crônica ao sol prejudica a fluorescência da 
pele devido à deterioração que os raios solares provocam no órgão (FULTON, 1997; 
FULLNER et al., 1979).
Com isso, a Luz de Wood, assim que ilumina uma região com grande quantidade de 
melanina, esse local absorve toda a luz deixando a região que não possui uma quantidade 
signifi cante de melanina refl etir a luz. Dessa maneira, as variações de pigmentação da 
pele tornam-se mais evidentes (AZULAY et al., 2010).
Na biomedicina estética, a Luz de Wood pode ser utilizada para diagnosticar disfunções 
estéticas ligadas à pigmentação, tais como: hipopigmentação ou hiperpigmentação. 
Essas alterações epidérmicas ocorrem devido a alterações na quantidade de melanina 
(JILSON, 1981).
Figura 2. Na imagem (a) o paciente foi fotografado quando exposto a luz comum. Na imagem (b) o paciente 
foi fotografado após ser iluminado pela luz de Wood. Com isso, podemos observar com mais detalhes as 
hiperpigmentações presentes no nariz e na região da mandíbula.
Fonte: (ASAWANONDA, TAYlOr, 1999).
38
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 3. Na imagem (a) o paciente foi iluminado com luz comum para a observação das acnes vulgar. Já na 
imagem (b) o mesmo paciente foi fotografado com a presença da luz de Wood, mostrando a fluorescência 
branca amarelada dos comedões.
Fonte: (ASAWANONDA; TAYlOr, 1999).
O uso da Luz de Wood é bastante difundido na biomedicina estética, com isso, algumas 
observações referentes à coloração que a pele apresenta quando exposta a luz são 
importantes para o diagnóstico da disfunção estética e posterior tratamento. Além 
disso, existe uma grande variedade de aparelhos que utilizam a Luz de Wood, como é o 
caso do “Dermaview”. 
39
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Abaixo estão relacionadas às principais cores e disfunções correlacionadas. 
 » Azul: pontos normais e saudáveis.
 » Branco: camada grossa de células epiteliais mortas. Exemplo: Ceratoses 
Actínicas.
 » Roxo fluorescente: desidratação.
 » Marrom: pigmentação.
 » Laranja: oleosidade.
 » Amarelo claro/laranja claro: acne ou comedões. 
 » Branco-amarelado/cobre-claranjado: infecção fúngica. Exemplo: 
pitiríase versicolor, causada por Malassezia furfur.
 » Verde fluorescente: infecção bacteriana. Exemplo: bactérias Pseudomonas.
 » Vermelho-coral: eritrasma (Corynebacterium minutissimum).
 » Roxo escuro em grandes áreas: maquiagem, base ou protetor solar.
lentes de aumento
As lentes de aumento são comumente utilizada nos consultórios de biomédicos(as) 
estetas durante a avaliação do rosto do paciente, bem como na execução de determinados 
procedimentos que necessitam de um aumento de área. No mercado existe uma grande 
variedade de lentes e acessórios para esse fim. Com isso, o profissional deve pesquisar e 
analisar qual equipamento vai suprir suas necessidades no consultório.
40
CAPítulo 3
Principais disfunções estéticas da face
Acnes
A acne é uma dermatose que pode surgir devido a uma alteração no tecido estratificado 
pavimento queratinizado. Não obstante, a bactéria Propionibacterium acnes,possui 
como fonte de alimento as secreções produzidas pelas glândulas sebáceas, por 
esse motivo ela pode entrar em contato com os poros promovendo a inflamação 
do folículo piloso, causando lesões que irão levar ao surgimento das acnes. Além 
disso, hipersecreção das glândulas sebáceas e liberação de mediadores químicos de 
inflamação na pele ajudam a promover o aparecimento das acnes (COSTA et al., 2008; 
THIBOUTOT et al., 2006).
A sua incidência em adolescente é extremamente alta, ocorrendo em 90% das pessoas 
que se encontram nessa faixa etária. No entanto, elas podem persistir na vida adulta em 
cerca de 12 a 14% dos pacientes, levando, na maioria dos casos, a um grande desconforto 
social e psicológico (CAPITANIO et al., 2010; GHODSI et al., 2009).
As cicatrizes ocasionadas pela acne são classificadas em deprimidas, distróficas 
e hipertróficas. As deprimidas são aquelas que podem sofrer uma melhora 
momentânea ou não quando a pele do paciente é esticada, neste caso elas podem 
ser subclassificadas em distensíveis ou não distensíveis. Já as distróficas são 
cicatrizes que apresentam forma irregular estrelada com fundo brando e atrófico e 
as hipertróficas apresentam uma grande quantidade de queloides, pápulas e pontes 
(KADUNC et al., 2003).
Entretanto, não existe um consenso a respeito da classificação das acnes. Porém, 
podemos observar a seguinte divisão (MONTEIRO; MOREIRA, 2012):
1. Acnes comedoniana ou não inflamatória – Grau I: esse tipo de 
acne também é conhecido como acne vulgar e não apresenta inflamações. 
Nela encontramos comedões que podem está abertos ou fechados. Neste 
caso, existe a presença de ambos.
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 4. paciente portador de acne vulgar. Há comedões abertos ou fechados, porém não estão inflamados.
Fonte: (GOlD, 2008).
2. Acnes papulopustulosa – Grau II: ocorre o domínio de infl amações, 
com comedões, pápulas vermelhas e infl amadas e pústulas (espinhas) 
com pus. Podem ser classifi cadas em leves, moderadas ou graves.
Figura 5. paciente portador de acne papulopustulosa com presença de pústulas e pus.
Fonte: (Health Care. Disponível em:.< http://www.healthcareatoz.com/major-signs-and-symptoms-of-acne/>. Acessado em 17 
de junho de 2015).
3. Acnes nódulos-císticas – Grau III: há a ocorrência de nódulos e 
lesões císticas, bem como de comedões, pápulas e pústulas. As lesões 
são mais profundas, infl amadas e dolorosas. Sendo classifi cadas em 
moderadas ou graves. 
42
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 6. Acnes nódulos-cística com presença de vários nódulos e pústulas inflamados.
Fonte: (KrAFT; FrEIMAN, 2011).
4. Acnes conglobatas – Grau IV: é classifi cada como uma forma grave. 
Encontramos numerosos nódulos grandes, abscessos e cistos purulentos 
infl amados e intercomunicantes. Devido ao seu alto grau de agressividade, 
pode conferir ao portador aspecto desfi gurante.
Figura 7. paciente portador de acne conglobata. Neste caso, é observado uma grande quantidade de nódulos 
purulentos, formandos por abscessos e fístulas que drenam pus.
Fonte: (YIu et al., 2013).
5. Acnes fulminans – Grau V: é a forma mais agressiva das acnes, 
provocando queda do estado geral do paciente e faz-se necessário a sua 
internação. 
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 8. paciente portador de acnes fulminans. Observamos a presença de pápulas, pústulas, nódulos 
confluentes e lesões ulcero necróticas na face.
Fonte: (ZANElATO et al., 2011).
Melasma
O melasma é classifi cado como uma hipermelanose crônica, caracterizada por máculas 
acastanhadas simétricas e assintomáticas em áreas expostas a luz (fotoexpostas) 
(SANCHEZ et al., 1981), que atinge principalmente a região frontal da face e a malar. 
As mulheres, em especial as gestantes, são as principais vítimas, no entanto, homens 
também sofrem com a disfunção estética, porém em menor quantidade (RIGOPOULOS 
et al., 2007; BOLANCA et al., 2008). Ele está presente em todas as raças, particularmente 
em portadores de fototipos altos que vivem em regiões que possuem altos índices de 
radiação ultravioleta (UV) (HASSUN et al., 2008; VICTOR et al., 2008).
A ciência ainda não estabeleceu a origem da disfunção estética, no entanto, a radiação 
UV é dita com uma das principais causadoras do melasma, pois, ela causa a peroxidação 
de lipídios na membrana celular, estimulando os melanócitos por meio da liberação 
de radicais livres. Além disso, pesquisas revelam que o melasma sofre infl uência do 
hormônio luteinizante (LH,) quando esse se encontra elevado, e do estradiol, quando 
seus níveis estão baixos (BOLANCA et al., 2008; HASSUN et al., 2004).
Por outro lado, distúrbios vasculares nos melanócitos que apresentam receptores 
de crescimento do endotélio vascular poderiam ser infl uenciados por elementos 
angiogênicos, elevando a vascularização e auxiliando na hiperpigmentação cutânea 
(SANCHEZ et al., 1981). Ademais, pré-disposição genética (SANCHEZ et al., 1981) e 
44
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
aumento da síntese de tirosinase (VICTOR et al., 2004) contribuem para o aparecimento 
da disfunção. Sua classifi cação obedece aos seguintes critérios: características 
histológicas (VICTOR et al., 2004), localização do pigmento (epidérmico, dérmico ou 
misto) (SALIM et al., 2008; BOLANCA et al., 2008) e pela disposição topográfi ca das 
lesões, bem como pela distribuição da melanina nas camadas da pele através do auxilio 
da Luz de Wood (TAMLER et al., 2009).
Na análise clínica são considerados basicamente 3 padrões para diagnosticar o melasma 
na face, de acordo com sua localização anatômica: centrofacial, malar e mandibular. 
O padrão centrofacial é o mais comum e apresenta-se na região malar, mentoniana, 
frontal, nasal e supralabial, já o critério malar está presente na respectiva área e na 
região nasal. Por fi m, o padrão mandibular é encontrado somente na área citada. No 
entanto, outras regiões podem apresentar melasmas com um índice relativamente 
baixo de incidência, tais como: pescoço e braço. Nesses casos, o melasma é denominado 
de extrafacial (GUPTA et al., 2006; RENDON et al., 2006).
Figura 9. vários melasmas em paciente do sexo feminino. Nas regiões: frontal, temporal, mandibular, mentoniana 
e zigomática.
Fonte: (HANDEl et al., 2013).
45
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 10. Melasma do tipo extrafacial, apresentando pigmentação castanha na área do pescoço. Nota-se que 
é uma região que fica bastante exposta ao sol.
Fonte: (Handel et al., 2013).
rugas e o processo de envelhecimento celular
O processo de envelhecimento provoca alterações na estrutura e elasticidade da pele 
(OIKARINEN et al., 1985). Fatores genéticos e epigenéticos, tais como: exposição 
ao sol, fumar, ingestão de álcool, alimentação desregrada, entre outros, contribuem 
para o envelhecimento cutâneo. Devido a isso, podemos dividir o envelhecimento em 
cronológico e secundário. (FISHER et al., 1997; GILCHREST et al., 1996). Ademais, 
ambos sofrem ações dos radicais livres, uma vez que a pele está constantemente exposta 
às moléculas reativas de oxigênio – reative oxygen species (ROS), cujo acúmulo é 
responsabilizado pelo dano oxidativo das células. 
As ROS são geradas pelo estresse oxidativo e são responsáveis pela ativação do fator 
de crescimento celular e de citocinas infl amatórias. Atuando principalmente na matriz 
celular, causando indução de mieloproteinas e degeneração do tecido conjuntivo. 
Ademais, as ROS causam avarias no DNA genômico e mitocondrial, difi cultando a 
regeneração do organismo. Essa alteração no DNA contribui para a perda dos telômeros 
(DIAS; ADRIANO, 2012).
A perda da senescência é causadapelas perdas dos telômeros. Eles constituem porção 
fi nal dos cromossomos, que sofrem encurtamento à medida que as células vão se 
dividindo. A perda contínua das sequências de telômeros é um fator limitante para a 
capacidade de replicação celular, pois as células com telômeros mais curtos tornam-se 
instáveis geneticamente e sofrem apoptose. O encurtamento dos telômeros é acelerado 
pelo estresse oxidativo e por infl amação, possuindo a dieta como agente participativo 
nos dois processos (DIAS; ADRIANO, 2012).
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Os radicais livres são responsáveis por causarem lesões nas células, que podem ser 
prevenidas ou reduzidas via atividades dos antioxidantes, encontrados em muitos 
alimentos. Esses podem atuar de forma direta, neutralizando a ação dos radicais livres, 
ou de forma indireta, como coparticipantes em sistemas enzimáticos com a função 
antioxidante (DIAS; ADRIANO, 2012).
Esses fatores contribuem para o aparecimento das rugas, que são definidas como sulcos 
ou pregas presentes na superfície da pele e correspondem aos primeiros sinais de 
envelhecimento que o organismo apresenta. Elas são originárias de um processo normal 
de envelhecimento, porém são potencializadas por fatores ambientais (epigenéticos) 
(BRAND et al., 2009).
As rugas ocasionadas pelo envelhecimento são finas e normalmente desaparecem 
quando são esticadas e as ocasionadas pelo sol são ásperas, profundas e não desaparecem 
quando esticadas. Além disso, histologicamente, as rugas são ocasionadas pela perda 
de tecido adiposo no interior da pele, além da carência de fibras elásticas e colágeno. 
Atualmente, as rugas provocam um impacto social e psicológico bastante alto na 
sociedade, portanto elas compõem uma área que é bastante estudada pela ciência, 
com o objetivo de promover novas formas de tratamento e prevenção (FABBROCINI 
et al., 2009).
A classificação das rugas é realizada de acordo com sua localização anatômica e 
agressividade. As classificadas como periorbitais, comumente conhecidas como “pés 
de galinha”, são o tipo mais comum de ruga e recebe essa denominação por causa da 
sua posição anatômica, a área periocular. Esse tipo de ruga é causada pelo processo 
de envelhecimento, no entanto, fatores ambientais como exposição excessiva ao 
sol e atividade demasiada da musculatura contribuem para o seu desenvolvimento 
(FABBROCINI et al., 2009).
A glabela é uma das principais regiões afetadas pelas rugas. Ela fica localizada entre 
as sobrancelhas e sua contração está relacionada a sentimentos, tais como: raiva, 
frustração, irritação, preocupação, cansaço. (FINN et al., 2003). Os músculos que 
compõem a glabela são os seguintes: corrugadores e orbiculares das pálpebras, 
procerus, depressores do supercílio e as fibras inferiores do músculo frontal (SOMMER; 
SATTLER et al. 2001). A atividade exacerbada desses músculos provoca o aparecimento 
de linhas hipercinéticas perpendiculares, de acordo com a contração dos músculos. 
Dessa maneira, as rugas horizontais, verticais e oblíquas são formadas (MADEIRA; 
MARQUES, 2003). 
A literatura considera que as rugas da glabela são iguais na grande parte da população, 
possuindo apenas uma pequena diferenciação entre os gêneros (os homens possuem a 
47
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
pele mais espessa e maior massa muscular) (DRAELOS, 2006), idade e etnia (AHN 
et al., 2000). 
De acordo com a classifi cação de Glogau o fotoenvelhecimento é presenciado em 
diferentes idades e contribui substancialmente para o aparecimento das rugas. 
No quadroa seguir estão listadas as principais características de cada tipo de rugas 
(AVRAM et al., 2008).
quadro 1. Classificação das rugas de acordo com os princípios de Glogau.
Lesão Descrição Características
Tipo I
Discreta
Rugas mínimas
 » fotoenvelhecimento precoce e alteração pigmentar leve sem 
ceratoses;
 » idade do paciente: 20 a 30 anos;
 » uso mínimo ou nenhum de maquiagem.
Tipo II
Moderada
Rugas mínimas que aparecem com 
movimentos
 » fotoenvelhecimento de precoce a moderado, lentigos senis 
precoces visíveis, ceratoses palpáveis, mas não vísiveis, linhas 
paralelas do sorriso começando a aparecer.
 » aspecto cansado;
 » idade do paciente: 30 a 40 anos;
 » base é utilizada para cobrir as imperfeições.
Tipo III
Avançada
Apresentação de rugas mesmo em 
repouso
 » fotoenvelhecimento avançado, discromias evidentes, talengiectasia, 
ceratoses visíveis;
 » aspecto abatido, sempre cansado;
 » idade do paciente: 50 anos ou mais;
 » uso de base pesada para tentar corrigir as imperfeições. 
Tipo IV
Grave
Tecido totalmente enrugado, sem pele 
normal.
 » fotoenvelhecimento intenso, cor amarelo-acinzentada da pele, 
lesões cutâneas pré-malignas;
 » idade do paciente: 60 a 70 anos;
 » maquiagem não pode ser utilizada, porque endurece e racha.
Fonte: (Adaptado de AvrAM et al., 2008).
Figura 11. rugas periorbitais presentes em uma mulher de 40 anos.
Fonte: (lEE et al., 2009).
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 12. Fotoenvelhecimento intenso causando pelo excesso de exposição a raios solares, ocasionando o 
aparecimento de rugas profundas na face.
Fonte: (MAC-MArY et al., 2010).
Classificação dos fototipos cutâneos
Uma característica vital para a correta avaliação da pele do paciente é a determinação 
da resposta que a pele irá apresentar quando exposta aos raios ultravioletas, pois esses 
causam eritema e fotoenvelhecimento. Em vista disso, Fitzpatrick, dermatologista e 
diretor do departamento de Dermatologia da Escola de Medicina de Harvard, em 1976, 
criou uma classifi cação de fototipos cutâneos. Além disso, a classifi cação de Fitzpatrick 
fornece uma grande indicação do risco que determinado tipo de pele pode desenvolver 
hiperpigmentação ou hipopigmentação pós-infl amatória (AVRAM et al., 2008).
quadro 2. Classificação do fototipo cutâneo de acordo com Fitzpatrick.
Tipo de pele Cor Reação ao sol
Tipo I Muito branca ou sardenta. Sempre se queima.
Tipo II Branca. Geralmente se queima.
Tipo III Branca a moreno-claro. Algumas vezes de queima.
Tipo IV Morena. Raramente se queima.
Tipo V Moreno-escura. Muito raramente se queima.
Tipo VI Negra. Nunca se queima.
Fonte: (Adaptado de AvrAM et al., 2008).
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
telangiectasias
São defi nidos como vasos que medem de 0,1 mm a 1 mm, visíveis ao olho nu, pois são 
bastante superficiais e representam os capilares, vênulas ou arteríolas dilatadas. 
As telangiectasias de origem arteriolar são vermelhas e salientes, quando comparadas a 
superfície da pele; as vênulares são azuladas e podem apresentar saliência. Já as de origem 
capilar são vermelhas no começo, evoluindo para um quando de coloração azulada ou 
arroxeada e torna-se saliente devido à pressão hidrostática venosa (CYMOROT, 2012).
As telangiectasias surgem devido aos seguintes fatores: liberação de substâncias vasoativas 
ocasionadas por elementos hormonais (síndrome de Cushing, terapia estrogênica, 
gestação), anoxia, infecções, fatores físicos (radiodermite, dermatite actínica, trauma 
físico) ou aparecem ocasionadas por doença, tais como: varizes, colagenoses, rosáceas, 
necrobiose lipoídica, capilarites, xeroderma pigmentoso, insufi ciência hepática, entre 
outras. Além disso, a herança genética pode desenvolver patologias que ocasionam as 
telangiectasias, como: nevus aracneus, ataxia-telangiectasia, poiquiloderma congênita, 
síndrome de Blomm, telangiectasia benigna hereditária, telangiectasia essencial 
generalizada (CYMOROT, 2012). Ademais, as telangiectasias também estão associadas 
com rosáceas, fotoenvelhecimento e cicatrizes hipertrófi cas (HARE MCCOPPIN; 
GOLDBERG, 2010).
Figura 13.paciente portador de telangiectasias nasal.
Fonte: (DESIATE et al., 2009).
rosácea
Rosácea é uma palavra derivada do latim e signifi ca “semelhantes a rosas”. Não obstante, 
na clínica ela é defi nida como uma afecção crônica da pele, com incidência relativamente 
alta, atingindo principalmente a área centro-facial, com ênfase nas regiões malares, 
50
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
nariz, frontal e mento (QUATERMAN et al., 1997). As mulheres que se encontram na 
faixa etária dos 30 aos 50 anos são as pessoas mais afetadas. No entanto, adolescentes 
e idosos não apresentam rosáceas com frequência (NETO et al., 2006). 
O paciente que possui rosácea apresenta quadros recorrentes de ruborização, edema e 
vermelhidão facial. Porém em alguns casos, pode apresentar também pápulas, pústulas, 
telangiectasias e fi brose tecidual (DAHL et al., 1998). Esse tipo de rosácea é classifi cado 
como pápulo-pustulosa, com ausência de comedões e cicatrizes (LEVIN; MILLER, 
2011).
Figura 14. paciente portador de rosácea com eritema e telangiectasia nas bochechas, nariz e na região 
nasolabial. pápulas e pústulas inflamatórias estão ao longo do nariz. Além disso, a ausência de comedões facilita 
distinção entre rosácea e acnes.
Fonte: (SAND et al., 2010).
Figura 15. paciente portador de rosácea.
Fonte: (lEvIN; MIllEr, 2011).
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 16. paciente portador de rosácea pápulo-pustulosa.
Fonte: (lEvIN; MIllEr, 2011).
Efélides
Efélides são comumente conhecidas como sardas e compreendem pequenas máculas 
benignas castanhas e bem demarcadas que são encontradas na pele de indivíduos que 
possuem fototipo entre I e II, especialmente aqueles que possuem pele bem clara com 
cabelos louros ou ruivos. Essas disfunções estéticas aparecem no início da infância e 
vão diminuindo com o passar dos anos. Além disso, os caucasianos são os mais afetados 
pelas efélides com igual distribuição de casos entre homens e mulheres, no entanto, 
asiáticos também possuem efélides (AVRAM et al., 2008).
Os ceratinócitos (queratinócitos) apresentam quantidades elevadas de melanina, 
principalmente na camada basal. No entanto, não há aumento expressivo da quantidade 
de melanocítos. Uma característica que diferencia efélides de lentigos (manhas senis 
acastanhadas) é o fato de as efélides escurecem quando expostas ao sol e clarearem 
quando a exposição diminui (AVRAM et al., 2008).
Figura 17. Efélides na região da face em um menino com 10 anos de idade.
Fonte: (BAlESTrI; NErI, 2010).
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 18. paciente asiático portador de efélides facial.
.
Fonte: (YANG et al., 2013).
flacidez facial
A fl acidez facial é ocasionada pela perda progressiva da elasticidade, do relaxamento da 
estrutura do tecido conjuntivo e do aprofundamento das dobras cutâneas, ocasionando 
a proeminência dos tecidos submandibular e submentoniano. Como consequência da 
união de fatores intrínsecos, como a idade e fatores extrínsecos, tais como: tabagismo e 
exposição à radiação ultravioleta, esses fatores potencializam as chances de desenvolver 
fl acidez na face (KALIL et al., 2012).
Histologicamente, essas alterações são ocasionadas pela diminuição e desorganização 
das fi bras de colágeno que estão presentes na derme, excesso de material anormal 
contendo elastina e diminuição dos níveis de precursores de colágeno I e III, entre 
outros fatores (KALIL et al., 2012).
Figura 19. A paciente apresenta flacidez facial. É possível observar que grande parte da sustentação da 
musculatura da face foi perdida devido a fatores intrínsecos e extrínsecos.
Fonte: Borzii. Disponível em: <http://350sav.fotomaps.ru/sagging-cheeks.php>. Acessado em: 8 de julho de 2015.
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
Figura 20. paciente portadora de flacidez na região do pescoço, ocasionado pela e idade e por fatores 
epigenéticos. 
Fonte: Babak Azizzadeh. Disponível em: <http://faceliftnet.com/ulthera-before-and-after/>. Acessado em: 8 de julho de 2015.
54
CAPítulo 4
Equipamentos utilizados na anamnese 
corporal
Adipômetro
Os adipômetros são equipamentos utilizados para mensuração do tecido adiposo em 
diversas partes do corpo. Além disso, são indicados para realizar o acompanhamento da 
redução de gordura corporal por ponto localizado. No mercado existem equipamentos 
dos mais variados perfis, desde os mais simples, que são construídos com plásticos, aos 
mais complexos, feitos com ligas metálicas. 
utilização do adipômetro
1. Identifique a região que deseja mensurar de acordo com as referências 
anatômicas.
2. Faça o pinçamento das dobras cutâneas com os dedos e observe o sentido 
das dobras, pois cada dobra possui um sentido específico (oblíquo, 
longitudinal ou transversal). Exemplo: a mensuração do abdome é 
realizada ao redor da cicatriz umbilical, ou seja, do lado direito e do lado 
esquerdo da cicatriz, bem como na porção superior e inferior de forma 
longitudinal ou transversal. Todas as medições são realizadas de acordo 
com cada protocolo realizado. 
3. A pressão realizada com os dedos não deve provocar um desconforto 
significativo no paciente.
4. Segure o adipômetro com a mão direita e realize a pinça com a mão 
esquerda. Em seguida, coloque o adipômetro na dobra cutânea e anote 
as medidas. Em casos de profissionais canhotos a ordem das mãos pode 
ser alterada.
5. Para assegurar que as medidas estejam corretas, realize o procedimento 
mais de uma vez.
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rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
fita métrica
Com a fi ta métrica é possível avaliar as medidas dos pacientes com rapidez e precisão. 
No entanto, o seu uso deve seguir alguns princípios, quando for realizada a mensuração 
das regiões. 
 » Abdominal:
1. Utilizar como referência a cicatriz umbilical.
2. Fazer uma marcação acima com 5 cm de distância da cicatriz para fazer a 
mensuração do abdome superior.
3. Passar a fi ta métrica ao redor da cintura por cima da cicatriz para mesurar 
o abdome.
4. Para medir a circunferência do abdome inferior, deve-se fazer uma 
marcação abaixo da cicatriz umbilical com uma distância de 5 cm. 
5. Após a medição, a soma das 3 medidas deve ser feita, para identifi car a 
perda de medidas total na região abdominal, em casos de tratamentos 
estéticos corporais visando gordura localizada. 
 » Busto: faça a medição na altura que estão os mamilos.
 » Tórax: a fi ta métrica deve passar precisamente em baixo da axila.
 » Coxas: as coxas das mulheres podem ser medidas a partir de um palmo 
abaixo do início da virilha. Já nos homens a mensuração pode ser realizada 
20 cm abaixo do quadril.
 » Panturrilhas: basta colocar a fi ta no meio da perna, entre o joelho e 
calcanhar. 
 » Braços: Há dois tipos de mensuração para os braços: contraído e 
relaxado. Em ambas as medições realize um palmo abaixo do ombro. 
 » Quadril/culote: aasse a fi ta ao redor do ponto de maior circunferência 
das nádegas. (Observação: a anatomia de cada paciente é própria. Ou 
seja, ela varia de acordo com as características de cada indivíduo). 
Em todas as medições, o biomédico(a) esteta deve tomar o cuidado de colocar 
a fi ta no plano horizontal e não deixar ela frouxa ou exercer pressão excessiva 
sobre a pele.
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Balança
As balanças são extremamente úteis para acompanhamento da evolução dos tratamentos 
estéticos. Em especial aqueles que provocam a redução de gordura corporal. 
índice de massa corpórea
O índice de massa corpórea (IMC), também denominado de Quetelet, é obtido pela 
divisão da massa corporal em quilogramas pela altura em metros do paciente ao 
quadrado(ANJOS, 1992). 
IMC = Peso (quilogramas) / (Altura)2
Esse índice auxilia o biomédico(a) esteta a escolher o melhor tratamento de redução 
de peso ou medidas para o paciente de acordo com os resultados obtidos. Para isso, o 
profi ssional deve ser guiar pelos seguintes valores. 
quadro 3. valores de referência dos índices de massa corpórea.
DIAGNÓSTICO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA
Abaixo do peso IMC menor do que 18,5
Peso normal IMC entre 18,5 e 25,0
Pré-obesidade IMC entre 25,0 e 30,0
Obesidade IMC entre 30,0 e 34,9
Obesidade grau II IMC entre 35,0 e 39,9
Obesidade grau III IMC maior do que 40,00
É muito importante estarmos ciente do IMC dos nossos pacientes, para futuramente 
não causarmos eventuais frustrações a eles, por isso, a anamnese, como dito em 
capítulos anteriores, é fundamental. Nessa hora, se o paciente apresenta-se em 
sobrepeso (pré-obesidade), sabemos que o indicado é associarmos junto com 
um tratamento de redução de peso, orientação nutricional e prática esportiva, 
assim, biomédicos(as) estetas devem fazer parcerias com outros profi ssionais 
da saúde, para conquistar grandes públicos e deixar claro para o paciente que 
tratamentos estéticos não cirúrgicos apresentam comprovação científi ca em 
gordura localizada para pacientes que tenham IMC normal, os quais obtêm 
melhores resultados. 
57
CAPítulo 5
Principais disfunções estéticas corporais
Estrias
Estrias são definidas como cicatrizes atróficas oriundas de um processo inflamatório 
linfocítico perivascular superficial e profundo, além da perda de colágeno e de fibras 
elásticas da derme. Suas principais características clínicas são as lesões atróficas 
lineares, paralelas, no sentido perpendicular ao eixo de maior tensão da pele, podendo 
ter simetria e bilateralidade. No começo do processo inflamatório, as estrias apresentam 
eritema e prurido, após alguns meses adquirem uma tonalidade branco-nacarada 
(KALIL et al, 2012).
De acordo com as observações morfológicas e os dados moleculares, o surgimento das 
estrias está correlacionado com a perda da capacidade de síntese dos fibroblastos e 
alteração na estrutura do tecido conjuntivo, do colágeno, fibras de fibrilinas e elastina, 
quando é realizado uma comparação com a pele normal (VIENNET, 2005).
As mulheres são as principais vítimas das estrias, apresentando uma incidência duas 
vezes e meia maior. Elas surgem no começo da puberdade e durante a gravidez. 
As regiões mais afetadas são: face lateral dos quadris, glúteos, abdome e 
mamas. Já nos homens as áreas que podem apresentar estrias são: parte externa das 
coxas, região lombossacra e dorso (KALIL et al, 2012). Além disso, nas gestantes as 
estrias estão presentes em 90% dos casos (KORGAVKAR; WANG, 2015).
A origem das estiras é desconhecida, no entanto, uma junção de fatores mecânicos e 
bioquímicos, juntamente como predisposição genética, leva ao desenvolvimento delas. 
Em determinados casos, as estrias podem ser ocasionadas devido ao desenvolvimento 
de patologia, como a síndrome de Cushing ou devido ao uso de corticosteroides (KALIL 
et al, 2012). 
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 21. paciente portadora de estrias vermelhas. Ademais, as estrias podem cobrir grandes áreas do corpo, 
mas isto acontece raramente. Este tipo de caso pode ser ocasionado pelo uso corticosteroides ou pela síndrome 
de Cushing.
Fonte<www.drugs.com/mcd/stretch-marks#Image_Symptoms>. Acessado: 7 de julho de 2015.
Figura 22: Alguns homens e mulheres são propensos a desenvolver estrias na parte superior do braço, abdome, 
nádegas e coxas. Essas modificações tendem a ocorrer durante a puberdade, mas também pode ser 
observados com a perda de peso. As estrias novas são vermelhas ou arroxeadas, enquanto estrias antigas são 
brancas.
Fonte: <www.drugs.com/mcd/stretch-marks#Image_Symptoms>. Acessado: 7 de julho de 2015.
Nas avaliações, o estágio em que a estria se encontra deve ser levado em exterma 
consideração, pois, as estrias recentes e eritematosas possuem maiores chances 
de adquirir resultados satisfatórios. Em contrapartida, as tardias e brancas são 
mais difícies de serem tratadas. 
59
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
lipodistrofia ginoide
As lipodistrofi as ginoides, também conhecida popularmente como “celulites”, são 
modifi cações que acontecem no tecido adiposo e na microcirculação, ocasionada 
por alterações dos tecidos sanguíneos e linfáticos, causando fi broesclerose no tecido 
conectivo. A lipodistrofi a ginoide é oriunda de uma série de eventos complexos que 
abrangem epiderme, derme e tecido subcutâneo, sendo considerado um acontecimento 
degenerativo e não uma infl amação. No entanto, há evidências que sugerem o 
envolvimento do estrogênio na formação das celulites. Além disso, fatores como 
obesidade, sobrepeso, gordura localizada e fl acidez cutânea (KALIL et al, 2012), o uso 
de contraceptivos hormonais (AVRAM, 2005), estresse (AVRAM, 2005), estilo de vida 
sedentário (AVRAM, 2005), hereditariedade (ROSSI; VERGNANINI et al., 2000), 
idade (RAO et al., 2005), sexo (RAO et al., 2005), disfunções hormonais (MILANI 
et al., 2006), tabagismo (ROSSI; VERGNANINI et al., 2000), gravidez (ROSSI; 
VERGNANINI et al., 2000), ingestão excessiva de cafeína e bebidas alcoólicas (ROSSI; 
VERGNANINI et al., 2000), nutrição inadequada (ROSSI; VERGNANINI et al., 2000), 
mudanças circulatórias (MILANI et al., 2006) e fatores mecânicos (MILANI et al., 
2006) podem contribuir para o desenvolvimento das celulites. 
As celulites são caracterizadas por ocasionar irregularidades na superfície da pele com 
predomínio de elevações e depressões, dando a aparência de “casa de laranja” na pele. 
Em aproximadamente 95% dos casos, as mulheres, especialmente as que se encontram 
na pré-adolescência, adolescência ou em adultas jovens, são as maiores vitimas. 
As principais regiões afetadas são: coxas, culotes, nádegas, flancos e abdome (KALIL 
et al., 2012).
Figura 23. Desenho esquemático de uma pele saudável e de uma pele afetada por lipodistrofia ginoide.
Fonte: Disponível em: <http://maquel.com.br/blog/tag/lipodistrofia-ginoide/>. Acessado: 30 de junho de 2015.
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Na maioria das vezes, o diagnóstico da celulite é realizando pela própria paciente que 
procura o biomédico(a) esteta em busca de tratamento. Com isso, cabe ao profi ssional 
realizar a anamnese e classifi car o grau da celulite. Neste caso, durante o exame clínico 
o biomédico(a) deve realizar a mensuração da circunferência, teste do pinçamento, 
aferição do peso e do índice de massa corpórea (IMC), além da documentação 
fotográfi ca, que é de fundamental importância para comparação dos resultados pós-
tratamento. 
As celulites podem ser classifi cadas do grau I ao IV. A paciente é portadora 
de celulite grau I quando não há alterações na superfície cutânea, somente 
histopatologica. No grau II não existem alterações da superfície cutânea em 
posição ortostática (em pé), porém as depressões e elevações aparecem 
quando o pinçamento da pele é realizando ou por meio da contração 
muscular. Ademais, ocorre compromentimento circulatório, diminuição da 
temperatura e elasticidade da pele. Não existe a presença de dor. No grau III, a 
pele apresenta o aspecto de casca de laranja é evidente na posição ortostática, 
sem a ajuda de qualquer manobra e pode existir pequena sensibilidade a dor. 
Por fi m, na celulite grau IV ocorre alterações descritas no grau III, além disso, 
existem nódulos grandes e dolorosos, aderidos aos planos profundos. A pele 
apresenta fl acidez, enrugamento e fribroses como fator predominante. Há 
grande sensibilidade a dor, podendo apresentar compromentimento nervoso(MENDONÇA et al., 2009).
A literatura descreve vários métodos para diagnosticar a celulite, tais como: termografi a 
(MILANI et al., 2008), ultrassom (RONA et al., 2006), ressonância magnética 
(QUERLEUX et al., 2002), tomografi a computadorizada (ROSSI; VERGNANINI, 
2000), laser doppler (RONA et al., 2006), biópsia, xenografi a, bioimpedância (ROSSI; 
VERGNANINI, 2000) e plicometria (RONA et al., 2006). Porém, na prática clínica da 
grande maioria dos biomédicos(as) estetas, todos esses aparelhos não são utilizados 
devido altos valores empregados pelos fabricantes.
Com a realização do diagnóstico, é importante ressaltar para a paciente sobre todos os 
fatores envolvidos nesta patologia, exaltar a importância do exercício físico, da perda 
de peso e da reeducação alimentar. Com isso, ocorre um aumento nas chances de 
sucesso terapêutico, apesar de ser conhecido que o processo de formação da celulite é 
contínuo, podendo ser reduzido ou acelerado, baseado nos fatores supracitados. Essas 
informações são de extrema importância, visto que a colaboração do paciente neste tipo 
de caso é primordial para obtenção de resultados satisfatórios. 
61
rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl │ unidAdE iii
flacidez corporal
Flacidez é um acontecimento que ocorre devido à desnutrição e redução das fi bras 
colágenas e elásticas que sustentam os tecidos do organismo, ocasionando o decaimento 
da pele e dos músculos. Este processo acontece de maneira gradual e contínua, 
sofrendo infl uências de vários fatores, tais como: distúrbios hormonais, sedentarismo, 
predisposição genética, gravidez, tabagismo, alimentação desregrada, radiação 
ultravioleta, oscilações de peso (BORELLI; CURI, 2012).
A fl acidez pode ser classifi cada em fl acidez cutânea e muscular e são combatidos pelos 
exercícios anaeróbicas, como a musculação, alimentação balanceada, proteção solar e 
com tratamentos estéticos que estimulem a neocolagênase. Atualmente, existem várias 
modalidades de tratamentos que estimulam a neocolagênese, tais como: estímulos 
elétricos, térmicos e químicos com associações de outras tecnologias (BORELLI; 
CURI, 2012).
Figura 24. paciente portadora de flacidez abdominal pós-parto.
Fonte: Daniela Macedo. Disponível em: <http://daniellemacedo.com.br/author/denise-costa/>. Acessado: 8 de julho de 2015.
tecido adiposo e suas particularidades
O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo, como predomínio de células 
que realizam o armazenamento de lipídios, os adipócitos. Essas células são encontradas 
isoladas ou em grupos no tecido conjuntivo, no entanto, a maior parte delas é formada 
por grandes agregados, constituindo o tecido adiposo espalhado por todo o corpo 
(Junqueira & Carneiro, 2004).
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unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
O tecido adiposo possui várias funções, tais como: acúmulo de energia, modelamento 
da superfície corporal e proteção contra choques mecânicos e isolamento térmico. 
Além disso, ele preenche os espaços entre outros tecidos e auxilia a manter certos 
órgãos em suas posições normais. Por fim, o tecido adiposo também possui atividade 
secretora, sintetizando diversos tipos de moléculas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
Existem dois tipos de tecido adiposo, que possuem distribuição corporal, estrutura, 
fisiologia e patologia diferentes. Uma variedade é o tecido adiposo comum, amarelo ou 
unilocular, nas quais suas células, quando completamente desenvolvidas, apresentam 
apenas uma gotícula de gordura que ocupa todo o citoplasma celular. E o tecido adiposo 
pardo, ou multilocular, formado por células que apresentam várias gotículas lipídicas e 
numerosas mitocôndrias (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
tecido adiposo unilocular
Este tipo de tecido adiposo apresenta uma cor que varia entre o branco e o amarelo-escuro, 
de acordo com a dieta de cada indivíduo. Essa coloração é ocasionada pelo acúmulo de 
caroteno na gotícula de gordura. Praticamente todo o tecido adiposo presente no adulto 
é de origem unilocular. Além disso, seu acúmulo em determinadas partes do corpo é 
ocasionado por fatores genéticos, idade e sexo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
O tecido adiposo unilocular forma o panículo adiposo, camada disposta sobre a pele e 
que apresenta uma espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. No entanto, 
com o passar da idade, o panículo adiposo tende a desaparecer de certas regiões 
e acumula-se em outras. Essa distribuição da gordura corporal é regularizada pelos 
hormônios sexuais e pelos hormônios produzidos pela camada cortical da glândula 
adrenal (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
O acúmulo desses lipídeos que ocorre nos adipócitos é ocasionado principalmente por 
triglicerídeos, ou seja, ésteres de ácidos graxos e glicerol. E esse armazenamento ocorre 
da seguinte maneira (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004):
1. Absorvidos da alimentação e trazidos até as células adiposas como 
triglicerídeos dos quilomícrons.
2. Originários do fígado e transportados até o tecido adiposo, sob a forma 
de triglicerídeos constituintes das lipoproteínas de baixo peso molecular 
(VLDL).
3. Síntese nas próprias células adiposas, a partir da glicose. 
63
REALIZAÇÃO DE ANAMNESE FACIAL E CORPORAL │ UNIDADE III
tecido adiposo multilocular
O tecido adiposo multilocular é conhecido também como tecido adiposo pardo devido 
a sua cor. Essa característica é derivada da abundante vascularização e das numerosas 
mitocôndrias presentes em suas células. Diferente do tecido adiposo unilocular, que 
pode ser encontrado em todo o corpo, o multilocular possui a sua distribuição limitada, 
localizando-se em áreas determinadas. Nos recém-nascidos, esse tecido apresenta sua 
localização bem determinada, porém como ele não se desenvolve, sua quantidade nos 
adultos é muito reduzida (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
As células desse tecido são menores quando comparadas ao do tecido adiposo 
comum. O citoplasma é rico em gotículas lipídicas e mitocôndrias, cujas cristas são 
longas e acabam por ocupar toda a espessura da organela. Além disso, o tecido 
multilocular possui um papel importante na produção de calor, que auxilia bastante 
os recém-nascidos na termorregulação (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
gordura localizada
A gordura localizada é definida como sendo uma hiperdistrofia dos adipócitos. 
Essas células são encontradas principalmente na região dos flancos, ocasionando 
abaulamento devido ao acúmulo excessivo de gordura. Esse tecido adiposo é 
extremamente resistente a dietas e exercícios físicos. (PEROZZO et al., 2008; POLI; 
CAPONI, 2007).
A literatura relata que o acúmulo de gordura na região central do corpo aumenta os riscos 
de desenvolvimento de várias doenças, tais como: hiperinsulinemia, hiperlipidemia, 
hipertensão, gota, atrite e diabetes mellitus (PITANGA; LESSA, 2005).
O acúmulo de gordura visceral com concentração na região abdominal caracteriza o 
perfil androide que é encontrado em mulheres climatéricas, ou seja, são mulheres que 
estão passando pelo climatério, que consiste na transição do período reprodutivo para 
o não reprodutivo, ocasionado pela diminuição dos hormônios sexuais produzidos 
pelos ovários. Além disso, também encontramos esse tipo de distribuição de gordura 
em mulheres pós-menopáusicas. Já o perfil ginecoide é encontrado em mulheres que 
estão no período reprodutivo (TREMOLLIÈRES et al., 1996).
64
unidAdE iii │ rEAlizAção dE AnAMnESE fACiAl E CorPorAl
Figura 25. Desenho esquemático dos tipos de gordura localizada: ginoide e androide.
Fonte: Modificado. Disponível em: <http://www.geraldomedeirosneto.com.br/2013/05/os-perigos-da-gordura-visceral-e.html>. 
Acessado em: 30 de junho de 2015.. 
A gordura ginoide também é conhecida popularmente como “gordura no formato pera”, 
pois o seu acúmulo no corpo lembrao fruto. Ela afeta principalmente as mulheres, no 
entanto, em alguns casos homens também podem apresentar essa disfunção estética. 
Quando comparada à gordura androide (formato de maçã), os riscos de complicações 
metabólicas são menores. A gordura androide é mais presente em homens, mas 
mulheres que estão passando por uma transição hormonal também podem desenvolver 
esse tipo de acúmulo de gordura na região abdominal. 
65
unidAdE iVrESPonSABilidAdE lEgAl 
do BioMÉdiCo(A) EStEtA
CAPítulo 1
regulamentação da biomedicina 
estética
origem da biomedicina estética
A biomedicina estética é uma especialidade do biomédico(a) reconhecida pelo 
Conselho Federal de Biomedicina (CFBM). O profissional habilitado nessa área utiliza 
comprovações cientificas para aplicar ou até mesmo desenvolver novos protocolos ou 
procedimentos estéticos. Além disso, o profissional possui a capacidade de cuidar da 
saúde e do bem-estar do paciente, promovendo em determinados casos o retorno da 
autoestima. 
Os procedimentos estéticos que o biomédico(a) esteta está autorizado a realizar estão 
listados a seguir: 
1. Avaliação e acompanhamento.
2. Eletroterapia e eletroestimulação.
3. Laserterapia:
 › Epilação a laser;
 › Fototerapia e LED;
 › Lasers fracionados não-ablativos;
 › Luz Intensa Pulsada;
 › Remoção de Tatuagem e Maquiagem Definitiva.
66
unidAdE iV │ rESPonSABilidAdE lEgAl do BioMÉdiCo(A) EStEtA
4. Microagulhamento.
5. Peelings químicos: 
 › Superficial;
 › Médio.
6. Peelings mecânicos:
 › Hidrodermobrasão;
 › Microdermobrasão (cristal e diamante).
7. Biotecnologias:
 › Radiofrequência;
 › Ultra-cavitação;
 › Ultrassom dissipado;
 › Ultrassom focalizado;
 › Endermologia;
 › Criolipólise.
8. Procedimentos invasivos não cirúrgicos:
 › Carboxiterapia;
 › Intradermoterapia capilar, corporal e facial;
 › Preenchimentos injetáveis;
 › Toxina Botulínica.
9. Cosmetologia avançada.
Ademais, o(a) biomédico(a) esteta, além de trabalhar na parte clínica da biomedicina 
estética, também possui autonomia para atuar como responsável técnico de clínicas 
de estéticas, nas pesquisas científicas, docência e em indústria de equipamentos e 
cosméticos. 
67
rESPonSABilidAdE lEgAl do BioMÉdiCo(A) EStEtA │ unidAdE iV
resolução no 200, de 1o de julho de 2011
A resolução do Conselho Federal de Biomedicina de número 200, do dia 1o de julho 
de 2011, regulamentou a habilitação de biomedicina estética para os biomédicos(as) 
que preenchem os requisitos estabelecidos pelo conselho. A seguir, é possível analisar 
a resolução na íntegra popr meio do link: <http://www.cfbiomedicina.org.br/
resolucoes.php>
resolução no 214, de 10 de abril de 2012
A resolução, publicada no dia 10 de abri de 2012, regulamenta a utilização de determinadas 
substâncias para a realização de procedimentos estéticos pelos biomédicos(as) estetas. 
Abaixo é possível analisar a resolução da íntegra por meio do link disponível: <http://
www.cfbiomedicina.org.br/resolucoes.php>.
Observações: 
1. De acordo com a Resolução no 4.302, de 5 de outubro de 2012, da ANVISA, 
foi proibido o uso dos seguintes compostos: chá-verde, centella asiática, 
ginkgo bioloba, melilotus, castanha-da-índia, dente-de-leão, sinetrol, 
ayslim, girassol (extrato).
2. A Resolução no 128, de 14 de janeiro de 2013, proíbe a utilização do 
princípio ativo tiratricol. 
68
CAPítulo 2
responsabilidade civil e 
regulamentação das clínicas de 
estéticas
responsabilidade civil do biomédico(a) esteta
A responsabilidade civil é definida como um direito de reparar um dano que uma 
pessoa causa a outra. O causador do dano sofrido pode pedir na justiça reparação pelo 
malefício causado a ele. Essa norma é baseada pelo princípio de que ninguém pode 
lesar o interesse ou direito de outro indivíduo. Isto é descrito no artigo 927 do Código 
Civil, que diz: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica 
obrigado a repará-lo”. Já os artigos 186 e 187 relatam (OLIVEIRA, 2008):
Art 186: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência 
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito (Angher, 2015).
Art 187: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes (Angher, 2015).
Além disso, o parágrafo único do artigo 927 do Código Civil relata que: “haverá 
obrigação de reparar o dano independentemente de culpa”. Ou seja, a culpa não é um 
fator primordial do código, essenciais são a conduta humana, o dano ou lesão realizada 
e vínculo de causalidade entre a conduta e o dano (ANGHER, 2015).
Na responsabilidade civil, a culpa é designada quando o executor do malefício não 
possuía a intenção de provocá-lo, porém, devido à imprudência, imperícia e negligência, 
causou um dano e deve repará-lo.
A imprudência acontece devido à precipitação do profissional, quando por falta de 
medidas de prevenção e atenção na realização de determinado procedimento, causa 
um dano ou lesão ao paciente. A imprudência ocorre quando o biomédico(a) esteta 
não possui prática ou conhecimento teórico para a realização do procedimento. Já a 
imperícia acontece quando o executor acredita que possui todos os conhecimentos 
teóricos e práticos para a execução do tratamento, no entanto, ele não está preparado 
pela inexistência de conhecimento, aptidão, capacidade e competência. Por fim, a 
69
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negligência é definida quando o biomédico(a) esteta não toma os cuidados necessários, 
não assiste a realização do procedimento com a devida cautela e diligência, agindo com 
total descuido (OLIVEIRA, 2008). 
Quando a existência de um dos fatores supracitados for comprovada em algum 
procedimento estético, fica caracterizada a culpa do agente. Ou seja, o biomédico(a) 
deverá reparar o malefício causado ao paciente, pois sem a intenção acabou por provocar 
um dano ou lesão. 
Por outro lado, há a possibilidade de a responsabilidade civil ser excluída quando a 
culpa pelo malefício for do próprio paciente, a lesão adquirida ter sido ocasionada 
por terceiros, por caso fortuito ou força maior e cláusula de não indenizar 
(OLIVEIRA, 2008).
Isto é, a culpa do paciente acontece quando o dano realizado for ocasionado pelo 
próprio paciente. Exemplo: o biomédico(a) esteta recomenda que o paciente não tome 
sol após o CO2 fracionado ou peeling para evitar manchas, não obstante, o paciente 
não segue as recomendações. Terceiros causam algum tipo de maléfico ao paciente que 
compromete o tratamento. E caso fortuito ou de força maior sucede quando procede de 
efeitos imprevistos ou inevitáveis. Esses princípios estão listados no Código Civil, artigo 
393 (OLIVEIRA, 2008).
Art 393: O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caos 
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles 
responsabilizado (ANGHER, 2015).
Parágrafo único do Art 393: O caso fortuito ou força maior verifica-se no 
fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir (ANGHER, 
2015).
No caso do biomédico (a) esteta, o tipo de dano mais evidente que pode provocar é o 
dano estético que lesa a beleza física do paciente, comprometendo a harmonia corporal. 
Este tipo de lesão pode ser permanente, o que impossibilita a correção do malefício. 
Ademais, o dano estético em muitos casos, vem acompanhado de lesões morais ou 
materiais, por isso elas são consideradas eventos complexos que devem ser analisadas 
não somente no âmbito estético, mas também em relação à expectativa criada pelo 
procedimento que não foi correspondida (OLIVEIRA, 2008). 
A lesão estética no paciente provoca sofrimento,pois esse esperava uma alteração positiva 
da sua aparência sem a modificação física maléfica. Não obstante, essa modificação 
ocasiona no paciente uma dor moral, além de uma alteração física desagradável 
(OLIVEIRA, 2008). Exemplos: cicatrizes, hipercromias, hipocromias, entre outros. 
70
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Com a publicação do Código de Defesa do Consumidor, pela Lei no 8.078/1990, os 
profissionais liberais da saúde e estabelecimentos que prestam serviço, tais como: 
clínicas, consultórios, hospitais e laboratórios, passaram a ser equiparados a prestadores 
de serviços da saúde. O bimédico(a) prestador de serviços liberais é aquele que presta 
serviços diretamente ao paciente no consultório. Já o prestador de serviços empresarial 
é aquele que presta serviços em ambientes empresariais, tais como: clínicas, hospitais, 
laboratórios. O artigo 14, § 4o, relata a responsabilidade civil desses profissionais 
(OLIVEIRA, 2008).
Art. 14. O fornecedor de serviços responde independentemente 
da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como 
por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos 
(ANGHER, 2015) .
§ 4o A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada 
mediante a verificação da culpa (ANGHER, 2015).
Logo, há a necessidade de provar que existiu culpa por parte do profissional. 
Não obstante, fica implícita a possibilidade de inversão do ônus de prova devido à 
hipossuficiência do paciente em relação ao profissional da saúde (CDC, Art 6o, inciso 
VIII) (OLIVEIRA, 2008).
Art. 6o São direitos básicos do consumidor (Angher, 2015):
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, 
for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as 
regras ordinárias de experiências (ANGHER, 2015).
Por fim, ressaltamos que é de extrema importância que o biomédico(a) esteta consulte 
um advogado especializado nesta área antes de começar a exercer sua profissão, para que 
as dúvidas do âmbito jurídico sejam elucidadas. Ademais, as informações repassadas 
nesta unidade são baseadas nas sanções empregadas aos médicos, tendo em vista que 
até o presente momento não existem condutas específicas aos biomédicos(as) estetas.
documentação exigida e aspectos legais 
para abertura de clínica de estética
O primeiro passo para abertura de uma clínica de estética é a contratação de um contador. 
Esse profissional está devidamente habilitado para elaborar os atos constitutivos da 
71
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empresa, além de auxiliar o biomédico(a) esteta na escolha da forma do tipo de empresa 
que mais se adequada para o projeto, no preenchimento dos formulários exigidos 
pelos órgãos que realizam a inscrição de pessoas jurídicas e ceder informações sobre 
a legislação tributária pertinente ao negócio (SEBRAE, <http://www.sebrae.com.br/
sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-um-centro-de-est%C3%A9tica>. Acessado 
em 7 junho de 2015).
Ademais, para legalizar uma clínica de estética, faz-se necessário procurar os 
órgãos governamentais específicos que regulamentam o funcionamento desses 
estabelecimentos. As fases do registro empresarial são os seguintes (SEBRAE, 
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-um-centro-de-
est%C3%A9tica>. Acessado em 7 junho de 2015): 
1. Registrar a empresa nos órgãos:
 › Junta comercial;
 › Corpo de Bombeiros Militar;
 › Secretária da Receita Federal (CNPJ);
 › Secretária Estadual da Fazenda;
 › Cadastramento na Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade 
Social – INSS FGTS;
 › Cadastramento na prefeitura do município onde a empresa a clínica 
será sediada para obtenção do alvará de funcionamento;
 › Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará 
obrigada ao recolhimento anual de Contribuição Sindical Patronal).
2. Visitar a prefeitura da cidade sede da clínica para fazer a consulta local.
3. Obter o alvará de licença sanitária e adequar às instalações físicas do 
imóvel de acordo com as regulamentações do Código Sanitário. No âmbito 
federal, a fiscalização das normatizações do código de responsabilidade 
é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), já na esfera 
estadual a responsabilidade é da Secretária Estadual e da Secretária 
Municipal de Saúde. 
4. Registrar a clínica no Conselho Regional de Biomedicina responsável 
pela jurisdição do estado no qual o empreendimento foi fundado. 
72
unidAdE iV │ rESPonSABilidAdE lEgAl do BioMÉdiCo(A) EStEtA
O biomédico(a) esteta também deve consultar as portarias municipais e estaduais 
que fi scalizam e regularizam o setor de clínicas de estéticas na cidade e estado de 
origem. A fi scalização federal é realizada pela ANVISA e a seguir estão listadas algumas 
portarias federais: 
 » Resolução no 5.186, de 20 de novembro de 2009: determinar, como 
medida de interesse sanitário, a suspensão, em todo território nacional, de 
propagandas de equipamentos para bronzeamento artifi cial PARADISO 
E DORATA, com registros vencidos junto à ANVISA, veiculados pelo site 
<http://www.solare.com.br>.
 » Resolução no 5.185, de 20 de novembro de 2009. D.O.U no 222, de 
20/11/2009: determinar, como medida de interesse sanitário, a 
suspensão, em todo território nacional, das propagandas do produto 
PLATAFORMA POWER PLATE, sem registro junto à ANVISA, veiculadas 
pelo site <http://profi sio.zip.net>.
 » Resolução no 51, de 24 de março de 2003: classifi ca os aparelhos ativos, 
eletro estimuladores, para utilização em educação física, embelezamento 
e correção estética na classe de risco II, regra nove, conforme previsto 
pelo parágrafo único do art. 1o da RDC no 185, de 22 de outubro de 2001.
 » Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976: dispõe sobre a vigilância sanitária 
de medicamentos, drogas, cosméticos, saneantes e outros.
Para ter acesso a todas as portarias e leis que regem o campo da estética, basta 
acessar o site da ANVISA e realizar as consultas de interesse. <http://portal.anvisa.
gov.br/wps/portal/anvisa/home>.
Além disso, toda empresa que presta serviços ou fornece algum tipo de produto precisam 
observar e respeitar as regras que compõem o Código de Defesa do Consumidor (CDC), 
que foi publicado em 11 de setembro de 1990, e regulariza as regras que compõe a 
relação entre consumidor e fornecedores.
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