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Morfologia e Taxonomia dos Criptogramas Conceito de planta: A visão biológica leva em conta as evidências filogenéticas e parentesco evolutivo, com sinapomorfias como a origem do cloroplasto. Plantas são organismos que possuem cloroplastos através de origem endossimbiotica primaria, ou seja, cloroplastos com duas membranas. Os eucariotos que possuíam cloroplastos foram divididos em dois grandes grupos, sendo o primeiro constituído pelos que possuíam cloroplastos com duas membranas, sendo conhecido como grupo das plantas. Já os organismos que possuíam cloroplastos com três ou mais membranas, foram classificados como algas, pertencendo ao reino protista. Origem do cloroplasto: A endossimbiose que originou as mitocôndrias foi um evento único, resultando em células com mitocôndrias com duas membranas. Já a endossimbiose que originou os cloroplastos aconteceu mais de uma vez. Há organismos que contem cloroplastos com duas membranas, nesses organismos a endossimbiose aconteceu de forma única, porem há organismos que possuem cloroplastos com endossimbiose secundaria, ou seja, os seres que já possuíam um cloroplasto primário sofreram fagocitose e foi incorporado a um novo organismo formando então um cloroplasto secundário com mais membranas que o primário. Esse vento aconteceu duas vezes na história, a primeira é a entrada da bactéria primordial do cloroplasto a uma célula, em seguida essas células que já possuem cloroplastos invaginam em células, resultando então em uma quarta membrana. A endossimbiose em si foi um passo evolutivo que adquire membrana plasmática através da entrada de bactérias na célula primordial. O primeiro passo é a entrada da bactéria que atua como mitocôndria adquirindo uma membrana originada da membrana externa da célula, mesmo tendo sua própria membrana, o segundo passo é a entrada do cloroplasto por meio de endossimbiose também, resultando nas duas organelas com duas membranas cada. Classificação, sistemática e taxonomia: Domínio – Supergrupo (origens moleculares) (Archaeplastida) – Reino (protista e vegetal) – Filo – Classe – Ordem – Família – Gênero – Espécie (Biologia Vegetal (Raven) capítulo 12). Sistemática: é uma ciência de classificação para organizar os táxons de maneira prática e universal. Taxonomia: Classifica, denomina e identifica as espécies. Nomenclatura: é o emprego correto dos nomes, conjunto de regras e normas para nomear de maneira fácil para memoriar, há o Código Internacional de Nomenclatura de Algas, Fungos e Plantas que regulariza as normas para a nomenclatura desses indivíduos. Graças a Linnaeus o uso da nomenclatura binominal se tornou permanente. Princípios da CINB: I. A nomenclatura de botânica é independente da nomenclatura zoológica e bacteriológica; II. A aplicação de nomes a grupos taxonômicos (táxons) de categoria de família ou inferior é determinada por meios de tipos de nomenclaturas; • Holótipo: espécime ou ilustração que o autor utilizou para fazer a descrição, é classificado como tipo nomenclatural regulando a aplicação dos nomes; • Isótipo: duplicata do holótipo; • Síntipo: qualquer espécime citado no prótologo (descrição original/primeira publicação) sem especificação do holótipo; • Lectótipo: espécimes ou elemento selecionado como holótipo quando este não foi definido no ato da descrição; • Parátipo: qualquer exemplar citado no prótologo (descrição original), não sendo o holótipo, Isótpo ou sintipo; • Neótipo: definido um espécime quando algum desses desaparece ou é perdido. III. A nomenclatura de um táxon se fundamenta na prioridade de publicação (publicação válida de acordo com a normalidade do código); IV. Cada grupo taxonômico não pode ter mais de um nome correto (o mais antigo segundo a regra); V. Os nomes científicos dos grupos taxonômicos se expressam em latim, qualquer que seja sua categoria de origem; VI. As regras de nomenclatura têm efeito retroativo, salvo indicação contraria (regras podem mudar/atualizar) Regras do código: Exemplo: Reino (Plantae), Divisão (Monilophyta), Classe (Polypodiopsida), Ordem (Polypodiales), Familia (Dennstaedtiaceae), Gênero (Pteridium), Epitélio específico (aquillinum). • Divisão: phyta • Subdivisão: phytina • Classe: phyceae (Algas); opsida ou atae (Plantas vasculares) • Subclasse: phycidae • Ordem: ales • Subordem: ineae • Família: aceae • Subfamília: oideae • Tribo: eae • Subtribo: inae Quando uma espécie muda de gênero, o nome do autor do basônimo (primeiro nome dado a uma espécie) deve ser citado entre parêntese, seguido pelo nome do autor que fez a nova combinação. Exemplo: A espécie Iridophycus splendens (Stech & Gardner), teve sua nomenclatura modificada por Papenf, o qual foi responsável pelo seu posicionamento no gênero Iridaea. • Antes: Iridophycus splendens (Stech & Gardner) • Depois: Iridaea splendens (Stech & Gardner) Papenf. Algas, conceitos e características: Importância das coleções biológicas: são bancos de dados que podem ser utilizados em futuras pesquisas cientificas, podendo também ser usadas como banco genético, além de ser útil na preservação e recuperação de áreas degradadas, e resgate de genomas. Clorofila e substâncias presentes em algas: a clorofila A é a característica comum em todo organismo fotossintetizante, existem quatro tipos de clorofila, a diferença entre cada uma delas, é sua capacidade de absorção do aspecto de luz. A clorofila A e B são mais comuns em plantas que possuem um contato frequente com a luz, absorvendo comprimentos de ondas menores; Supralitoral: Algas que permanecem acima da influência das marés, recebendo água de forma indireta; Mesiolitoral: Algas que vivem sob a influência da maré, sendo as vezes sobre o mar, e as vezes submersa ao mar; Infralitoral: Algas que sobrevivem abaixo das ondas, ou seja, permanecem submersa a água Pigmento Tipo Cor Distribuição Clorofila A Verde Plantas, Algas, Cianobactérias Clorofila B Verde Plantas, Algas verdes Clorofila C Verde Algas castanhas, diatomáceas Clorofila D Verde Algas vermelhas Carotenoides Carotenos Laranja Todos os fotossintéticos menos as cianobactérias Carotenoides Xantofilas Amarela Algas castanhas, diatomáceas Ficobilinas Ficoeitrina Vermelha Algas vermelhas, cianobactérias Ficobilinas Ficocianina Azul Algas vermelhas, cianobactérias Algas Pardas (Classe: Phaeophyceae): Fazem parte do grupo filogenético Heteroconta (Organismos portando células com dois flagelos, sendo um curto liso e outro longo e plumoso), são eucarióticas e possuem clorofila A e C, pigmento caroteno beta-caroteno e xantofilia, principalmente fucoxantina (característica principal das algas pardas), zeanxantina e anteraxantina. Sua parede celular é formada por celulose, ácido algínico e fucoidina (junto com fucoxantina forma um muco de proteção contra o atrito das ondas), seu material de reserva é a laminarina que fica armazenada em seu vacúolo. Não possuem raízes verdadeiras pois as mesmas necessitam de vasos condutores de seiva, sendo assim as algas pardas possuem apressório, também possuem vesículas (flutuador) com ar (parênquima aerifico) que as sendo mais leves, tornando possível sua flutuação. Morfologia do talo: talo simples, ramificado ou não, unisseriado ereto, sem tecido verdadeiro, ou seja, todas as células exercem a mesma função. Pseudoparenquimentoso: formado por filamentos justapostos unidos por mucilagem, que forma uma crosta. Talo parenquimentoso com celular exercendo funções diferentes, divisão funcional com parênquima verdadeiro. Crescimento do talo: A) intercalar difuso; B) tricotalico (porçãona região anterior a apical formando ramificações nas porções apicais); C, D) crescimento por célula apical. Organização celular: Possui plasmodesmas na parede celular. Componente fibrilar externo: ácido algínico retém água e previne dissecação e fucoidano que são polissacarídeos sulfatado. • Pirenóide: estrutura de reserva • Manitol: regulação osmótica • Hormônios sexuais: hidrocarbonetos insaturados, hidrofóbicos e altamente voláteis atraem os gametas femininos e masculinos para a reprodução • Reprodução: Alternancia de geraçoes sexual por trocas de gametas, ou fragmentação vegetativa • Importância: fonte de vitamina A, C D, B1, B12, riboflavina, iodo. • Gêneros comestíveis: Laminaria japônica (Kombu), Alaria, Undaria pinnatifida (Wakame), Cystophyllum (Hijiki), Eisenia, Eklonia.
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