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Relatorio de ampo MTC - Murilo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA E ECOLOGIA 
MORFOLOGIA E TAXONOMIA DE CRIPTÓGAMOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATORIO DE AULA DE CAMPO 
 
 
 
 
 
 
PROF. DR. MARCIA TEIXEIRA 
MURILO GOMES RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIABA 
AGOSTO 2019 
1. INTRODUÇÃO 
 A aula de campo da disciplina de Morfologia e Taxonomia de Criptogramas, 
aconteceu no dia 3 de julho de 2019, na Base avançada de pesquisa do Pantanal, sendo 
supervisionada pela professora Dr. Marcia Teixeira, junto aos seus monitores Amanda e 
Willian. Todo o conteúdo teórico relacionado a matéria, e as atividades realizadas em 
campo foi dada pela professora responsável pela matéria, no intuito de permitir que os 
alunos relacionassem as coisas vistas em campo, com sua parte teórica. 
As aulas de campo é uma metodologia de trabalho que possui como instrumento, 
a observação, pois a partir das observações e das reflexões que percebemos que tudo é 
formado pela relação de interdependência entre os organismos, afirma Pisetta, 2013. 
Sendo assim, as aulas de campo funcionam como um mecanismo que permite a 
compreensão das informações apresentadas em sala de aula, levando em conta o espaço 
vivido, ou seja, um conjunto de teoria e prática (PEREIRA et al, 2015). Por isso, as aulas 
de campo são de extrema importância para a formação profissional nas mais diversas 
áreas, principalmente nas ciências biológicas, auxiliando inclusive, no conhecimento das 
diferentes fitofisionomias do complexo do Pantanal. 
O campo foi realizado com o objetivo de coletar briófitas, monilófitas, licófitas e 
microalgas, que posteriormente seria identificado durante as aulas teóricas. As microalgas 
são diminutas células fotossintetizantes que juntamente com cianobactérias formam o 
fitoplâncton, sendo importantes organismos na base alimentar. 
As briófitas são pequenas plantas folhosas avasculares, ou seja, não possuem 
vasos condutores o que não lhe permite crescer muito. São plantas extremamente 
dependentes de água para sua reprodução, o que faz com que elas cresçam em lugares 
húmidos ou com grande quantidade de agua. As briófitas são plantas que representam 
uma transição entre as algas verdes carófitas e as plantas vasculares, e apresentam como 
anatomia básica o rizoide, cauloide e filoide (RAVEN 2014) 
As monilófitas e licófitas são plantas vasculares, ou seja, apresentam vasos 
condutores de fluidos. O aparecimento desses vasos foi importante para que as plantas 
pudessem crescer em tamanho. O conjunto das raízes formam o sistema radicular, que 
fixa a planta no solo e absorve sais minerais e água, enquanto o caule e as folhas juntas 
formam o sistema caulinar. Essas plantas também fazem alternância de gerações 
heteromórficas, com o esporófito sendo a fase dominante, e não o gametófito como 
acontece nas briófitas (RAVEN, 2014). 
 
2. MATERIAL E METODOS 
Na aula de campo, a turma foi dividida em três grupos, cada um ficaria com um 
líder, sendo a professora Marcia, o Willian e a Amanda, cada grupo foi destinado á uma 
trilha diferente. De modo geral a aula foi realizada em duas partes. A primeira parte da 
aula consistiu na coleta de briófitas e pteridófitas na trilha, em meio à vegetação típica da 
estação de seca no Pantanal. Para a coleta das plantas foi utilizado tesoura de poda e sacos 
de papel, para colocar os musgos, um saco grande de plástico para colocar as licófitas e 
monilófitas e fita adesiva para identificar a numeração das plantas. Quando voltamos a 
base, as prensas com jornais foram feitas usando todas a plantas coletadas. 
Na segunda parte o grupo foi levado ao lago próximo a base, com o intuito de 
coletar microalgas. Cada ponto de coleta apresentava características próprias, como 
presença de animais, plantas e sombreamento. Para a realização de tal procedimento foi 
utilizado uma rede de fitoplâncton, sendo feito de um a dois arrastos com a rede por cada 
aluno do grupo, na margem do corixo. 
A identificação de cada individuo coletado, junto com a observação das 
microalgas, aconteceram nas aulas seguintes com o auxílio da professora responsável. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
No total foram coletados 27 indivíduos, entre eles samambaias, musgos e 
trepadeiras (Tabela 1). As microalgas, foram identificadas em sala de aula, e não foi 
possível quantificar o numero de indivíduos, porem foi observado 8 gêneros diferentes. 
Espécie Coletor N° Hora Ambiente 
Cond. 
Climáticas 
Monilófita Murilo A1 11:49 
No chão, próximo ao tronco 
de uma árvore, sombra seco 
 Thaynara A2 11:55 
No chão, próximo ao tronco 
de uma árvore, trepadeira, 
sombra seco 
 Murilo A3 11:55 
No chão, próximo ao tronco 
de uma árvore, sombra pouco úmido 
 Marcia A4 11:56 
No chão, próximo ao tronco 
de uma árvore, sombra pouco úmido 
Briófita Murilo A5 12:00 
No tronco de uma árvore, 
sombra Seco 
Briófita Murilo A6 12:00 
No tronco de uma árvore, 
sombra pouco úmido 
Sam. em fase 
reprodutiva Pablo A7 12:05 No chão seco 
Briófita Thaynara A8 12:05 
No tronco de uma árvore, 
sombra seco 
 Pablo A9 12:09 
Solo com bastante folhas e 
raízes relativamente 
profundas, sombra seco 
 Murilo A10 12:09 
No chão, na base de uma 
árvore, sombra 
Relativamente 
úmido 
Briófita Amanda A11 12:10 
No tronco de uma árvore, 
sombra 
Relativamente 
úmido 
Briófita Murilo A12 12:14 
No tronco de uma árvore, 
sombra 
Relativamente 
úmido 
Trepadeira Murilo A13 12:14 
Raízes no chão, trepadeira, 
sombra 
Relativamente 
úmido 
Briófita Marcia A14 12:17 
No chão com bastante 
folhas e sombra 
Relativamente 
úmido 
Briófita Murilo A15 12:21 
No tronco de uma árvore, 
sombra 
Relativamente 
úmido 
Briófita Alenil A16 12:33 
No tronco de uma árvore, 
sol 
Relativamente 
úmido 
Briófita Murilo A17 12:36 No tronco de uma árvore 
Relativamente 
úmido 
 Marcia A18 12:36 No tronco de uma Palmeira Seco 
Sam. em fase 
reprodutiva Pedro e Murilo A19 12:40 
Embaixo de uma árvore 
com muitas folhas, sombras Seco 
Briófita Amanda A20 12:41 
No tronco de uma árvore, 
trepadeira Seco 
Sam. em fase 
reprodutiva Bárbara A21 12:46 
No chão com sombra e 
muitas folhas 
Relativamente 
úmido 
Briófita 
Bárbara e 
Murilo A22 12:53 No tronco de uma árvore Seco 
Samambaia Murilo A23 13:07 No tronco de uma árvore Pouco úmido 
Briófita Thaynara A24 13:10 No tronco de uma árvore Pouco úmido 
Trepadeira Camila A25 13:10 
Substrato um pouco mais 
úmido, com sombra Pouco úmido 
Sam. em fase 
reprodutiva Murilo A26 13:16 
Substrato um pouco mais 
úmido, com sombra Pouco úmido 
Samambaia Murilo A27 13:37 Na praça central do SESC Úmido 
Tabela 1: Indivíduos coletados na trilha. 
Em laboratório foram identificados oito gêneros de microalgas como: 
Micrasterias, Desmidium, Cosmarium, Spirogyra, Pandorina, Staurastrum, Xanthidium e 
Closterium, além de outras microalgas não identificadas. 
 
 
 
4. CONCLUSÃO 
Concluímos, a partir desse relatório, que as aulas de campo são muito importantes 
como uma ferramenta que tem por objetivo relacionar a teoria, vista em sala de aula, com 
a prática, executada no campo. Faz-se necessário salientar o conhecimento adquirido a 
partir das observações, análises, descrições e ilustrações de todo o material coletado em 
campo, que não seria possível obter caso não tivéssemos tido a oportunidade de vivenciar 
tal experiência. 
Além de salientar que, a reserva particular do patrimônio natural (RPPN) do Sesc 
Pantanal é uma importanteiniciativa do Serviço Social do Comercio, e contribui 
grandemente na conservação da biodiversidade, ao proteger e incentivar pesquisas nas 
pequenas parcelas do pantanal, que possuem áreas com características e belezas 
extraordinárias. 
 
5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
PISETTA, N. A. (2013). A importância do trabalho de campo no ensino de Geografia. 
Curitiba. Portal Pantanal, disponível em: 
http://www.portalpantanal.com.br/dadosgerais.html 
PETER H. RAVEN. (2014). Biologia Vegetal (8° ed.). Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan LTDA. PETINI-BENELLI, A. (out./dez. de 2016). Herborização de Orchidaceae 
com pseudobulbos espessados. Revista em Agronegócio de Meio Ambiente, v.9(n.4), p. 
935-948. doi: http://dx.doi.org/10.17765/21 76-9168.2016v9n4p935-948 
PEREIRA, E. S, et al. O uso da aula de campo como ferramenta de educação ambiental: 
análise da aplicabilidade nas escolas públicas de Nazaré da Mata, PE. II CONEDU, 
Congresso Nacional de Educação, 2015.

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