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Direito Constitucional I – V1 1 – Aspectos gerais e históricos do Constitucionalismo (Aula 1 – 06/02) 2 – Conceito e elementos da Constituição (Aula 2 – 13/02) 3 – Classificação das Constituições – (Aula 3 – 20/02) 4 – Poder 1.1. Definição Estrito senso → Tudo que existe, passível de apropriação e que possui um valor econômico, podendo servir, portanto de objeto a uma relação jurídica. 1.2 Classificação a. Considerados em si mesmos (Análise apenas do bem) Corpóreos Relacionado à materialidade, concretude Ex: Casa, automóvel, rebanho Incorpóreos Existem, mas não podem ser vistos por não serem materiais Ex: Produtos Intelectuais Passíveis de apropriação Fungíveis - Art. 85 São móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade. Ex: Feijão Infungíveis São especificados, individualizados, ímpares. Não podem ser substituídos por outro pois não há equivalência Ex: Quadro de Dali Resumo Direito Civil I – V2 Profª Kalyne Monte Aluna: Ana Luiza Rodrigues 1 - Bens Jurídicos 1.1 Definição 1.2 Classificação a. Considerados em si mesmo b. Reciprocamente considerados c. Quanto ao Domínio d. Fora do Comércio 2– Fatos Jurídicos 2.1 Definição 2.2 Classificação a. Fato Jurídico Estrito Senso (Natural) b. Ato Jurídico estrito senso (Não negociável) c. Ato-fato jurídico d. Negócio Jurídico 3 - Negócio Jurídico 3. 1 Definição 3.2 Escola Ponteana – Estrutura do N.J 3.3 Defeito do N.J - Vícios a. Vícios de Consentimento b. Vícios Sociais 1 – Bens Jurídicos • Empréstimo de coisa fungível: Mútuo • Empréstimo de coisa infungível: comodato • Não há compensação quando a coisa for infungível • O contrato de locação de coisas visa o uso de coisa infungível Móveis (Art. 82) São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico- social Natureza Simplesmente móveis Podem ser removidas/movidas sem dano, por força própria ou alheia Semoventes (Animais) São aqueles que são movidos por sua própria força Antecipação Árvores destinadas ao corte. Mesmo que venha aderir ao solo, a árvore destinada ao abate, para ser comerciada, não necessita dos cuidados relativos à coisa imóvel - Destinação do bem Determinação legal (Art. 83, I - III) I - as energias que tenham valor econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; (Usucapião) III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. (Direitos creditórios ou obrigacionais) Imóveis (Art. 79) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente Não podem ser transportados sem a destruição da sua substância Natureza (Sentido de Existência) Acessão natural Ex: Árvores e frutos pendentes Acessão Artificial Tudo o que o homem puder incorporar permanentemente ao solo e cuja retirada não possa se dar sem a destruição da substância Ex: Sementes, tijolos, canos, concreto, madeira Determinação legal (Art. 80) I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; (Usucapião) II - o direito à sucessão aberta. (Herança Jacente) Havendo demolição de prédios sem reutilização, os bens retornam à condição de móveis Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Sucessão aberta (Herança jacente) O conjunto de bens deixado pelo falecido antes da partilha dele é considerado como uma Unidade → Bem indissolúvel até ser realizada a partilha. Bens Móveis x Bens Imóveis - Forma de aquisição é distinta Móvel: Baseada na tradição Imóvel: Transferência no Registro de Imóveis - Bens imóveis não podem ser alienados sem a outorga uxória, bens móveis podem ser alienados sem consulta - Usucapião: imóveis (5,10,15 anos) / móveis (3 ou 5 anos). - Direitos reais em garantia: Imóveis – Hipoteca/ Móveis: Penhora ATENÇÃO! A classificação dos bens jurídicos depende da destinação do bem! Consumíveis (Art. 86) São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. (Consuntibildiade natural -Ex: Alimentos, dinheiro) Inconsumíveis Ao ser utilizado mais de uma vez, não deixa de existir Divisíveis (Art. 87/88) São os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes. Indivisíveis Não podem ser fracionados, pois perdem suas funções/ deixam de existir Natureza Bens naturalmente indivisíveis - Animais, cadeira... Valoração Econômica - Pedra preciosa - Gema de diamente não deve ser fracionada devida a sua raridade e consequente perda econômica Determinação legal (Art. 1.386) As servidões prediais são indivisíveis, e subsistem, no caso de divisão dos imóveis, em benefício de cada uma das porções do prédio dominante, e continuam a gravar cada uma das do prédio serviente, salvo se, por natureza, ou destino, só se aplicarem a certa parte de um ou de outro. Vontade das partes Ex¹: - Indivisibilidade estabeleccida pelo doador/testador (Dura até 5 anos) Ex²:Dinehiro aplicado para compra de Moeda de Colecionador - Pagamento à vista de uma única vez no contrato Singulares (Art. 89) São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais. São únicos, individualizados Simples (Homogêneos) Partes são unidas em razão da natureza ou da ação humana Ex: Cavalo, folha de papel, bolo Composto (Heterogêneos) Podemos visualizar várias partes, mas deve haver um todo Ex: Casa, Relógio Coletivos Conjunto de bens singulares que forma uma unidade Passa a ter uma individualidade prórpria, distinta de seus objetos componentes, conservando uma autonomia funcional Universalidade de Fato (Art. 90 ) É a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária (Composta por bens corpóreos- homogêneos) Ex: Biblioteca - Conj. de livros Universalidade de Direito (Art. 91) É o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. (Composta por bens corpóreos-heterogêneos ou incorpóreos) Ex: Patrimônio, herança, massa falida... Coisas inconsumíveis podem ser tornadas consumíveis quando destinadas à alienação! Ex: Roupas, pois se pretende fazer com que elas desapareçam do acervo em que estão integradas → Consuntibilidade jurídica b. Reciprocamente considerados (Há uma relação entre os bens, seja de análise ou comparação) Art. 92 Principal Acessório É o bem que existe por si, abstrata ou concretamente, exercendo sua finalidade de forma independente Aquele cuja existência supõe a do principal → Relação de subordinação É aplicável a bens corpóreos (árvores em relação ao solo) e incorpóreos (cláusula penalem relação ao crédito) Atenção! ➢ O acessório segue o principal, salvo disposição especial em contrário – Se for bem móvel, o acessório é móvel; se for obrigação nula, nula será a acessória ➢ A coisa acessória pertence ao titular da principal (arts. 233,237,287,1209,1248 CCB), tendo o credor o direito de reclamar os acessórios, quando lhe for devido o principal ➢ A natureza do acessório é a mesma do principal Espécie de acessórios Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso. Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico. Frutos Produzido a partir do bem principal , que não deixa de existir, são produzidos periodicamente Ex: Fruta, ovos, leite Produtos Também é produzido a partir do bem principal, que deixa existir, devido a uma diminuição até o esgotamento, por não ser reproduzido periodicamente Ex: Metais preciosos, pedras da pedreira Pertenças (Art. 93) São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro Ex: Tratores destinados a exploração da terra Benfeitorias Obras ou dispesas realizadas no bem já existente para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo Integram o B.P Ex: Q u a n to a o E s ta d o Pendentes Quando estão ligados ao bem que os produziu - Não retirados do B.P (dentro do normal) Percebidos Já separados do bem que os produziu -> Retirados do B.P Percipiendas Deviam ter sido percebidos, mas não o foram - Já deviam ter sido retirados Estantes Já retirados e armazenados para expedição ou venda Q u a n to à O ri g e m Naturais Que se desenvolve e renovam periodicamente - Mãe Natureza Ex: Ovos, frutos de árvore, leite, bezerro Civis Surgem em razão de uma terceira pessoa que não o proprietário Ex: Renda, aluguél, juros Industriais Dependem da intervenção humana Ex: Produção de fábricas, Bezerro por reprodução assistida Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. c. Quanto ao Domínio Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. A inalienabilidade não é absoluta, a não ser com relação aos bens que, por sua natureza, não podem ser alienados, como os mares e praias. Os que são sujeitos à valoração patrimonial podem perder a inalienabilidade pela desafetação Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Bens particulares → Pertencentes à pessoa natural/jurídica do Direito Privado Benfeitorias (Art. 96) Necessárias § 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Ex: Reforço da fundação, substituição de vigamento apodrecido, desinfecção de pomaar, aposição de cerca Úteis § 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Responsáveis por fornecer maior utilidade/funcionalidade Ex: Instalação de aparelho hidráulico moderno, construção de garagem Volupturárias § 1º São as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Ex: Quadra de tênis, pintura da casa, decoração do aposento Bens Públicos (Art. 98/99) São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. I - De uso comum ao povo Estão sempre a disposição das pessoas para utilizar a qualquer hora, de forma gratuita ou onerosa Ex: Rios, mares, estradas, ruas e praças II - De uso especial Possuem destinação específica, sendo aplicados ao serviço ou estabeleicmento público Ex: Edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal; escolas, hospitais... III - Dominicais Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Por exclusão, não é de uso comum nem especial, mas pertence a pessoa jurídica do D. Público d. Quanto ao Comércio Alienáveis São os que podem ser transferidos ou apropriados, passanado, gratuita ou onerosamente, de um patrimônio a outro, quer por sua natureza ou disposição legal Inalienáveis São os que não podem ser transferidos de um acervo patrimonial a outro ou insuscetíveis de apropriação Por natureza Uso inexaurível Ex: Ar atmosférico, Lua Determinação Legal Têm suas comerciabilidade excluída para atender aos interesses econômicos-sociais, à defesa social e à proteção de determinadas pessoas Ex: Bens de uso comum e especial; bens impenhoráveis; bens de família Vontade das partes São aqueles a que se apõe cláusula de inalienabilidade, em razão de doação ou testamento
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