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Contextos educacionais por uma educação integral e integradora de saberes
Visão geral e histórica sobre os contextos educativos: procuramos fazer um breve exame sobre o que esta significa nos dias de hoje como espaço escolar e sobre outros locais onde a Educação não formal pode e deve acontecer, temática que continuará a ser desenvolvida nos demais capítulos.
Podemos dizer que é a Educação entendida de forma ampla, não apenas como aquele período em que ficamos na escola, no espaço arquitetônico definido como tal. Trata-se da Educação como uma relação tempo-espaço em constante movimento, que não serve apenas para a transmissão dos saberes construídos historicamente pela sociedade, mas também como situações de convívio, de vivencia, de superação das próprias limitações, tanto do desenvolvimento ontogenético como filogenético.
Essa separação entre a concepção de Educação restrita ao espaço escolar e a Educação em tempo integral é identificada por Snyders, que escreve: alguns locais são tidos para se aprender, onde vamos apenas para este fim, como bibliotecas, museus e a própria escola. A escola preenche duas funções (complementares): preparar o futuro e assegurar ao aluno as alegrias presentes durante esses longuíssimos anos de escolaridade que a nossa civilização conquistou para ele.
Contexto educacional: em busca de definições e fundamentação teórica 
Afinal, que escola é essa e que espaços são esses? São contextos nos quais a Educação pode acontecer, considerando-se tanto espaços formais quanto não formais.
Ao falarmos da escola e dos espaços educacionais, impreterivelmente iremos abordar contextos. Portanto, é importante que você tenha uma fundamentação clara sobre esse conceito.
O que é contexto?
Sabemos que a palavra contexto faz parte do vocabulário da língua portuguesa desde 1702. De qualquer forma, é importante saber que a etimologia da palavra nos leva a pensar em conjunto, todo reunião. Segundo Cunha, essa palavra foi introduzida nos dicionários de língua portuguesa apenas em 1813, pouco depois de a família real portuguesa vir ao Brasil e estabelecer uma escola nos moldes portugueses e, com certo atraso, com base nas estruturas europeias. 
Se recorrermos aos dicionários, encontraremos, na atualidade, o termo contexto com o significado de: inter-relação de circunstâncias que acompanham um fato ou uma situação ou, diferentemente, como encadeamento de ideias de um escrito, um argumento.
Também é possível pensarmos em contextos, como tecido, trama, caminhos, como fios que se entrelaçam e formam um espaço para que processos educacionais possam acontecer e, evidentemente, isso não se limita apenas á escola.
Independentemente da acepção, ao refletirmos sobre o que seja contexto, é necessário levarmos em consideração vários fatores que influenciarão as possíveis ações que são realizadas com base no entendimento que tivermos. Esses elementos se adaptam a todo tipo de contexto histórico social, politico, educacional, literário, religioso, artístico, esportivo etc., sendo de particular interesse para este texto o contexto educacional. 
Desse modo, torna-se necessário explicitar os contextos educacionais e também apresentar algumas praticas que podem ser consideradas educativas e que não acontecem apenas em ambientes inseridos dentro do espaço arquitetônico da escola, mas também em seu entorno, na comunidade em que a escola esta inserida, podendo ou não ser prolongamento de atividades curriculares.
Contudo seria ingenuidade pensarmos que essa ampliação do tempo dentro do ambiente escolar possa acontecer somente entre as quatro paredes da sala de aula. Talvez a proposta mais consistente e que melhor se aproxima hoje dessas ideia seja o Programa Mais Educação, parte constitutiva do Plano de Desenvolvimento da Educação. Esse programa foi instituído pela Portaria Interministerial nº 17, de 24 de abril de 2007, tendo como objetivo a implementação da Educação integral pelo dialogo ampliado entre escola e comunidade. É nesse sentido que podemos entender o que seja um contexto educacional: algo que não acontece apenas em sala de aula, mas também para além dela.
A escola
A escola deveria ser um local de alegrias e descobertas. Embora a escola, na concepção de contextos educacionais, seja o espaço da Educação formal, Snyders defende que , assim como outros educadores a atores da sociedade, a escola deveria ser um local de alegria para os alunos e também para os professores. Esse pensamento também é compartilhado por Bardi, quando afirma que as crianças pensam na escola como um lugar no qual não é permitido se divertir.
Sabemos o que queremos uma escola daquela entristecida e monótona. Mas não vemos com clareza como chegar lá.
Agora uma pergunta, ou melhor, uma reflexão: é essa a pratica que temos hoje na escola? Se você observar o que acontece nas escolas, verá que há certo entendimento errôneo hoje sobre o emprego de algumas dessas palavras elencadas na descrição do que seria a escola tanto para os gregos como para os latinos. Por exemplo, o termo escolar, de acordo com Snyders, é ,muitas vezes usado para denunciar o que não tem relação com uma vivencia rela; leitura escolar, redação escolar e também exercícios escolares, e tudo isso se agrupa no momento em que os alunos fazem de conta que estão levando ao professor respostas para informa-lo das coisas que ele, evidentemente, sabia há muito tempo.
Há assim, em relação ao termo escola, um movimento pendular que oscila entre considerá-la em espaço humano, com conotações das mais variadas. É mais fácil explicitar o que se faz na escola ou na função que esta deve desempenhar do que definir o seu significado. Uma das funções de um estabelecimento de ensino, segundo França, é a da comunicação estabelecer o intercambio entre saberes e culturas diferenciadas e da transmissão aos alunos dos saberes construídos historicamente pelas diferentes sociedades. 
Esse processo comunicativo não necessariamente acontece apenas na escola. O que questionamos aqui é um modelo em que o alunos aprende segundo normas e padrões autoritariamente estabelecidos no local da escola, infelizmente, há uma associação com a tristeza, a repressão, a ideia de constante repetição de processo de ensino.
No entanto, esse não é um ponto de vista absoluto. Ao se referirem á Educação formal, alguns autores escrevem que a escola é o caminho propedêutico para o futuro, que possibilita á criança a sua inserção na sociedade. O próprio Snyders afirma que a preparação para o futuro constitui um estimulo certo no presente se inscreve na primeira categoria daquilo que eu denominaria alegrias intermediarias. 
Contudo, muitos autores estão de acordo do admitirem que escola não é apenas isso. O fato que, nessa segunda década do século XXI, embora possamos, de alguma forma, concordar com alguns aspectos do trecho que citamos, não é mais possível entender a escola como um lócus onde somente se o aluno sentir a alegria presente na escola é que ele reprimirá sua inclinação á distração, á preguiça, á facilidade.
Percebemos, porém, que quando mais os espaços escolares se aproximam de um espaço visual e sonoro agradável e distinto da arquitetura escolar usual, tanto mais poderão ser categorizados como espaços não escolares. O que são contextos educacionais escolares e contextos educacionais não escolares.
Como surgiram os contextos educacionais escolares? Nas varias culturas, os contextos educacionais, da Pré-História ate cerca de 3000 anos a.C., tiveram a características precípua de perpetuar os valores alcançados, legando-os á posteridade. Daí os sucessivos e inevitáveis conflitos entre a Educação entendida como preservação do passado e a Educação que admite mudanças e criatividade, conforme acontece em outros contextos sociais. Nessa situação, cria-se uma tensão entre a conservação de ações de um passado que se foi e a transformação via projetos de algo que sabemos querer, mas não temos a certeza de como alcançar.
Assim, o passado, sustentado por valores pessoais e coletivos de determinadasociedade, gera segurança.
A crise na Educação, de acordo com Machado, significa sempre ausência ou transformação radical nos valores, ausência ou transformação radical nos projetos, tanto individuais quanto coletivos. Refletindo sobre esses aspectos, observamos que, no inicio, os espaços utilizados para educar eram variados, pois qualquer pessoa poderia ensinar, já que não haveria uma formação para professores nem um espaço físico especifico.
Houve posteriormente, no processo evolutivo de nossa sociedade, a necessidade de estabelecer para o ensino um lugar adequado e único para facilitar todo o processo educacional. Foi a partir dessa necessidade que surgiu a escola. Os primeiros indícios de formação de escolas são encontrados em relatos correspondentes á era antes de Cristo: trata-se do espaço escolar.
Na Idade Media (Era Cristã), aumentou o numero desses locais e, no período renascentista, as escolas eram construídas perto de igrejas e passaram a ter bancos para que os alunos sentassem e ouvissem. O educador mantinha ainda uma posição proeminente, podendo ensinar em cima de um tablado ou de um púlpito para ser mais bem visto e ouvido e também para evidenciar sua superioridade em relação aos alunos. O fato constatado é que não é fácil definir os diferentes tipos de Educação que, sem duvida alguma, existiram desde principio da humanidade nos respectivos contextos de existências das populações.
A importância do registro escrito na retrospectiva histórica dos contextos escolares: tratamos ate aqui da progressão histórica dos espaços escolares com o objetivo de, ao conhecermos o passado, melhor entendermos o presente e nos projetarmos no futuro. Essa retrospectiva só é possível porque houve registros dos fatos – a escrita.
Sem esses registros, teríamos apenas poucos desenhos deixados em cavernas e objetos dos mais variados que faziam parte das culturas de civilizações que nos procedem para tentar entender o que faziam e como viviam nossos antepassados.
O surgimento da escrita(um tipo especifico de desenho) e o consequente registro dos fatos, por volta de 4000 a.C., é que deram inicio ao que se chama de historia, sendo denominado Pré-história tudo o que aconteceu antes.
Importante também é conhecer alguns teóricos da Educação que se preocupam em fazer parte desse percurso histórico educacional, tornando a escola que hoje conhecemos no que ela efetivamente é. Assim, iniciaremos com um olhar particular para as culturas babilônica, fenícia, hebraica, grega e romana, uma vez que nestas se originou o que hoje representa a chamada civilização ocidental. Obviamente, todas essas culturas tinham características diferentes, por serem diferentes os contextos em que esses povos viviam.
No período arcaico, qualquer espaço (cavernas, sombra da arvores, beira-mar ou beira-rio, ao redor da fogueira etc.) era usado para transmitir oralmente os valores da Educação e da instituição.
O primeiro registro que temos de uma sala de aula remonta ao período eolítico ( de 7000 a.C.). Ele revela uma aula de desenho, em que se utiliza o método da copia.
Como você pode deduzir do que foi descrito, as pesquisas arqueológicas e paleontológicas nos forneceram ( e continuam fornecendo) os vestígios que permitem analisar e compreender as condições de vida, as tradições, os rituais, as atividades, os sentimentos e os comportamentos das sociedades primarias.
Os vários alfabetos: ao longo dos tempos, em meio a diferentes lugares e povos, surgiram vários alfabetos. Nesse sentido, é interessante observarmos a evolução dos pictogramas ( talvez a mais antiga manifestação da escrita) para a ideografia e a logografia. Afinal, muito do que hoje conhecemos das civilizações antigas e dos contextos nos quais o ensino era transmitido só foi possível por meio dessas manifestações escritas. 
Assim, embora exista uma pluralidade de signos, códigos ou canais, por meio dos quais se efetua a comunicação ate hoje, a leitura se associa ao texto escrito, tornando o alfabeto um dos símbolos, talvez o mais importante, do processo civilizador dos povos.
Aliás, como já comentamos no inicio do estudo, segundo alguns historiadores, a Historia se iniciou exatamente com o surgimento dos primeiros alfabetos, que se configuram, então, como um marco. Antes desse advento, os acontecimentos fazem parte da Pré- História.
As escritas nos informam sobre esses primeiros grupos humanos que sentiram a necessidade de se comunicar com a posteridade, para legar-lhe a própria cultura. Assim, o alfabeto, em suas variantes espalhadas pelo mundo e mais intensamente na bacia oriental do Mediterrâneo, originou as escritas que ainda podem ser observadas nas pedras, nas tabuletas de argila ou madeira, em fragmentos de ardósia, nos óstracos, nos papiros, nos utensílios domésticos, nas necrópoles e monumentos que forma preservados.
De fato, complementando, inovando, adequando ás suas necessidades os signos do alfabeto (até dando-lhe o nome das suas primeiras letras, a+b =alfa+beta= alfabeto) os gregos deixaram textos escritos que se tornaram patrimônio valiosíssimo da cultura ocidental.
Contextos históricos e culturais da educação
Na historia da Educação, cada período se diferencia dos outros; cada um tem seu valor e contribui, a seu modo, para o que entendemos como progresso. O processo educacional se amplia e apresenta novos recursos que o tornam cada vez mais influente na vida dos seres humanos.
Babilônia
A cultura babilônica depositava na escola, sobretudo, interesses práticos (conhecimentos de aplicação e uso, mediação de terras e registros de quantidades, entre outros), embora também cuidasse de estudos superiores, considerando importantes a astrologia e a magia (para seus sacerdotes). 
Egito
A cultura egípcia, em que o faraó e seus adeptos – sacerdotes e guerreiros- governavam o povo, baseava-se no conhecimento eminente mente pratico, acumulado ao longo dos milênios, primeiramente por via oral e, em seguida , mediante a escrita hieroglífica, gravada em papiros elaborados pelos escribas. Essa Educação estava voltada para a perpetuação e a imutabilidade dos valores (assim como, posteriormente, a Educação grega, especialmente a ateniense). 
O povo hebreu 
A cultura dos hebreus, povo que provinha da Mesopotâmia e que, após inúmeras peregrinações, se havia estabelecido nas terras de Canaã (hoje Palestina), teve como seus educadores os profetas e foi a primeira civilização na histórica da humanidade ocidental que adotou o monoteísmo. Já nessa época , religião e escola caminhavam próximas e, no ano 75 a.C., tornou-se obrigatória a instrução nas escolas primarias, as quais eram construídas perto de sinagogas.
Os fenícios
Os fenícios, povo de navegadores e comerciantes que, desde o século XXVIII a.C., habitavam o território que hoje se chama Síria, fundaram varias colônias no litoral mediterrâneo. Sua cultura transmitiu o caráter substancialmente pratico de suas atividades, mas também conseguiu estimular a capacidade individual do ser humano, aperfeiçoando e inovando técnicas artesanais e conhecimentos especulativos (investigativos). 
Grécia
Na Grécia, a Educação advinha da organização politica e social do país, acrescentando-se á Educação dos guerreiros e dos escribas, já existente em outras culturas, a Educação do cidadão. Os valores das culturas mencionadas anteriormente ( e de outras menos conhecidas, mas também dignas de apreço) foram assimilados pela Grécia, que, de maneira peculiar ( em harmonia com sua cultura), soube avalia-lo e auferir proveito deles, criando a cultura helênica, diferente da posterior cultura helenística, da qual Alexandre Magno, a partir do seu reinado, em 336 a.C., foi artífice.
No cenário educacional grego, podemos mencionar, entre muitas outras, a figura de Aristóteles, que estudou durante 20 anos na escola de Platão, chamada Academia. Foi mestre de Alexandre Magno e teve enorme influencia na filosofia e na cultura posteriores. Em Atenas, na localidade de Liceu, Aristóteles deu inicio a uma escola que seria conhecida como peripatética,devido ao habito de ensinar aos seus alunos enquanto caminhava pelas alamedas do parque local, valorizando o espaço físico não escolar. 
Também se destacou no contexto grego o filósofo Zenão de Cício. Ele foi o fundador da Escola do Pórtico, ou estoicismo, termo originário das colunas pintadas entre as quais ele ensinava sua doutrina, suas aulas eram ministradas fora de uma sala especifica, acontecendo em espaços dos mais diversos.
Nesse período, a escola grega trabalhava com matérias que se dividiam em dois ciclos ou níveis: o Trivium e o Quadrivium. Conforme Machado enquanto o primeiro estava diretamente associado á língua grega, significando uma preparação para a vida prática, o segundo comportava as matérias que estavam todas diretamente relacionadas com a matemática, caracterizavam-se como uma ginástica mental, uma preparação do espirito. 
Roma
No ano 733 a.C., foi fundada a cidade de Roma, no Lácio ( Italia), onde o povo latino vivia em comunidades primarias, e cujas atividades principais eram agricultura e o pastoreio. As conquistar a Grécia e alguns de seus territórios, que ainda hoje são conhecidos na Itália meridional como Magna Grécia, Roma reconheceu a inegável superioridade cultural dos gregos, que se revelava não só na convivência entre os povos, mas também na interação das duas culturas, especialmente na atuação dos artistas e dos estudiosos, justificando plenamente a afirmação do latino Horácio, que em sua Epístola do Livro II, escreveu: a Grécia conquistada conquistou o feroz vencedor e levou as artes ao agreste Lácio. 
Sucessivamente, houve também a Educação dada por escravos pedagogos ou mestres, ainda no âmbito da família, e depois por escravos libertos, que ensinavam em sua próprias escolas.
É nesse contexto que Marco Terêncio Varrone cita os graus de infância, com a tutela de varias divindades e de assistentes adultos: o filho, a obstetra trás á luz, a nutriz cria, o pedagogo educa, o mestre ensina. 
Idade Média e Renascença 
Na Idade Média, indevidamente chamada Idade das Trevas, surgiram as universidades e, com o humanismo, movimento precursor e fundador da Renascença (épocas maravilhosas, sobretudo no aspecto cultural, cientifico e artístico), devolveu-se ao ser humano o valor que lhe era devido.
As escolas criadas pelo Estado e pela Igreja, ás vezes em alternância, ás vezes em aberta competitividade, ás vezes complementando-se nas disciplinas e na metodologia, refletem as consequências das mudanças dos contextos educacionais. Assim, como consequência dessas atividades, surgem varias situações dicotômicas que são ( e serão) sempre discutidas, como: ensinar e aprender, educar ou instruir, ensinar parta o intelecto ou para o trabalhos manuais, prêmios e castigos, escola gratuita ou paga, laica ou religiosa, para todos ou para privilegiados etc.
Com o tempo, após o Renascimento, houve outro interessante fator de inversão: o Quadrivium ampliado passou a ser considerado a formação para a pratica; enquanto a arte do saber dizer como passou a ser considerada como uma formação do espirito. Interligada a todas essa transformações, no final do século XVI, ocorreu uma mudança de concepção em relação ao ser.
Mais quais fatos provocaram essas transformações?
Sem duvida os grandes eventos dos séculos XIII, XVI e XV, principalmente, favoreceram o surgimento de uma mentalidade diversa, de ordem cultural e tecnológico- cientifica, revelando nos seres humanos sua capacidade empreendedora. Houve também a invenção da bússola, da pólvora, da imprensa com caracteres moveis, a descoberta da teoria copernicana heliocêntrica, oposta á teoria ptolemaica geocêntrica, entre outros adventos científicos. 
A influencia de educadores que se destacaram na transformação do contexto educacional a partir do século XIV são importantes para entendermos melhor os contextos educacionais legados á nossa cultura escolar. 
O contexto da Modernidade e da Pós-Modernidade
No século XIX	, os acontecimentos políticos, sociais, econômicos, científicos e tecnológicos provocaram mudanças profundas e irreversíveis na Educação. As escolas básicas, de modo geral, intensificou consideravelmente as atividades na área no século XX. As continuas e profunda mudanças político-sociais, cientificas e, sobretudo, tecnológicas influenciavam novas tendências responsáveis pela evolução do processo educativo, pois as necessidades prementes da produção industrial, agrícola e comercial exigiram e, exigem, em todos os setores de atividade, trabalhadores bem preparados para a labuta cotidiana.
Nesse cenário, sabemos hoje que a alfabetização, a decodificação pura e simples dos códigos, não basta adquirimos a compreensão de algo. É necessário ultrapassar esse primeiro momento e ensinar as crianças de forma que consigam ler além das letras grafadas, além dos signos alfabéticos criados pelas diferentes civilizações e culturas. E a isso se denomina letramento. Segundo Soares o adjetivo letrado caracteriza a pessoa que, além de saber ler e escrever, faz uso frequente e competente da leitura e da escrita. Ler, ler o mundo, é isso que queremos para as nossas crianças.
Ninguém nasceu sabendo ler, isso é algo que aprendemos á medida que vivemos na escola e também fora dela, fora do contexto denominado educacional. 
Os espaços da aprendizagem em contextos educacionais formais e não formais 
Neste capitulo, discorreremos a respeito do espaço físico escolar, local onde ocorre a Educação formal, e também apresentaremos argumentos que justificam a importância dos contextos educacionais não formais. Iremos, portanto, abordar estes dois conceitos: contextos escolares e não escolares, estes últimos tão pouco utilizados para mediar/socializar o saber que foi e esta sendo construído pelo homem. 
As diferentes abordagens da escola de ontem e da escola de hoje
Você já deve ter percebido que a escola de ontem não é de hoje. Há mudanças significativas nos objetivos, nos fatores temporais e geográficos, na metodologia de ensino, nas disciplinas a ensinar, nas legislações.
Em um passado recente, os jovens iam para a escola se quisessem, e apenas uma pequena parte destes podia ir; hoje, no entanto, as crianças são obrigadas a participar do processo educacional e a estudar, fato determinado na legislação e nos parâmetros curriculares do Ministério da Educação (MEC).
Sobre essa organização restritiva e impositiva do conteúdo educacional, ainda na década de 1950, Bardi fez algumas observações: nas escolas estudam-se ainda, em ordem progressiva de tempo, muitas disciplinas, infinitas outras cousas, ate o dia em que, ao deixar a escola, o complexo de todas estas cousas forma a bagagem, o viático para iniciar a viagem através da humanidade. Por exemplo: se a condição descrita por Bardi bastava em meados do século XX, hoje sabemos que não é mais possível delegar a responsabilidade da Educação apenas á família ou á escola. 
O espaço do planejamento interdisciplinar
Apesar da concepção sociológica presente hoje no contexto educacional, como afirma Machado, os currículos continuam a pretender ensinar tudo nos poucos anos que se frequenta a escola, como se a expectativa não fosse a de uma educação permanente.
Essa falta de compreensão do que seja espaço escolar é uma situação lamentável, pois, como afirma França, há uma supressão dos estímulos não verbais e a hora/aula segue sequencias encadeadas, falar ouvir, impedindo, por exemplo impressões sinestésicas que envolvam todo o aparelho sensório-motor.
Na situação descrita por França, só os estímulos verbais são usados. Na opinião de Martins et al., não é de estranhar que, em nosso encontro com o mundo, aprendemos a manejá-lo pela leitura e produção de linguagens, o que é, ao mesmo tempo, leitura e produção de sistemas de signos, e isso se dá apenas com a utilização dos sistemas não verbais.
Para tratarmos dessa questão, vamos analisar alguns aspectos que estão implicados nesse contexto. Essa atividade indispensável do planejar requer atenção e dedicação por parte do educador, pois dela dependera, emgrande parte, o resultado que será comprovado no fim, de cada ano letivo.
Fácil de pensar, difícil de realizar. A interdisciplinaridade, sob essa perspectiva, revela que não é suficiente encontrarmos semelhanças e analogias entre os conteúdos e as situações vivenciadas; é necessário aprendermos as próprias limitações com humildade.
Outro estudioso que se debruçou sobre a dinâmica de praticas disciplinares foi Gusdorf: estudos interdisciplinares autênticos supõem uma pesquisa comum e a vontade, em cada participante, de escapar ao regime de confinamento que lhe é imposto pela divisão de trabalho intelectual. Cada especialista não procuraria somente instruir os outros, mas também receber instrução.
Ensinar sob essa perspectiva esta diretamente associado ao processo de aprender. Para ensinar, como diz Freire, é preciso perceber que foi possível aprender signos e códigos por meio dos quais podemos nos comunicar e no expressar. 
Ensinar: concepção e pratica
Vejamos o que explica Angel Pino sobre a palavra ensinar: a palavra ensino é utilizada tanto para designar a ação e as praticas de ensinar como os diferentes níveis e modalidades do sistema educacional. O significado etimológico do verbo ensinar (do latim popular insignare) é indicar, fazer sinal ou apontar numa direção, como o mostra o prefixo. 
Assim, a palavra ensinar, no sentido de apontar signos, não pode ser vista somente como um sistema simbólico dependente de sistemas não verbais, código escrito ( língua portuguesa) e/ou código matemático (com base na cultura mediterrânea), como acontece na escola. Alias, a participação e o uso adequado desses signos/códigos fazem com que o individuo seja capaz de se inserir no mundo em que vive, e esse aprendizado se realiza majoritariamente na escola. 
Mas que códigos são esses? Em nossas escolas, não deveriam resumir-se ao da escrita, com as letras latinas, e ao da ciência, com a linguagem algébrica e/ou geométrica. Com efeito., deveria haver a inserção de interação com os outros signos, tais como, entre muitos outros os: da informática; do grafismo; da dança; do teatro, da musica; das artes visuais.
Assim podemos perceber que ensinar não pode mais ser apenas a decodificação e a interpretação dos signos (códigos) usuais da escrita e da matemática, denominada alfabetização em nosso país. A alfabetização deve, isso sim, incluir outras alfabetizações que ultrapassem simples conceito, chegando efetivamente ao letramento.
Quando estamos resolvendo algo, uma questão do cotidiano ou das ciências, as representações mais variadas podem nos dar uma resposta plausível para estabelecer uma comunicação efetiva que possibilite o aprendizado. Poderíamos dar outros exemplos; contudo é necessário entendermos que a Educação não se da apenas nos espaços formais da escola, mas também em espaços não formais, em contextos educacionais para além do espaço físico escolar. 
Os espaços físicos escolares e não escolares
A educação, no contexto educativo atual e tradicional – o de escolas- esta, de certo modo, desgastada. É necessário pensarmos em alternativas que tragam os alunos para outro espaço e que os façam entende-lo como um lugar onde aprendemos convivemos com os pares, ensinamos, cantamos, dançamos, desenhamos, fazemos teatro e do qual saímos para vivenciar outras realidades. 
Temos de entender que as crianças se transformam em jovens, e depois, em adultos, e que a Educação e a inserção e a instrução não são um fim em si mesmas. É obvio admitir que a escola, por ter seus ambientes limitados, deve ser objeto de modificações, pois um espaço assim circunscriato fecha, retém ou, usando a terminologia de Foucault, aprisiona, além do corpo do aluno, também sua mente, criando barreiras entre o interior e o exterior.
No entanto, como dizem Wittmann e Klippel, existe a necessidade, no atual estagio de nossa civilização, de instaurarmos um dialogo entre os meios interno e externo, atitude que provoca a derrubada dos muros e das paredes físicas e conceituais e estabelece a ampliação dos espaços e o intercambio salutar entre todos os envolvidos no processo. 
O espaço não escolar
Encontramos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa o conceito de espaço alternativo, que contem uma ligação estreita com a concepção de espaço não escolar analisada nesta obra: lugar em que se realizam manifestações culturais diversas, especialmente as de caráter inovador ou experimental. 
Mas utilizar a terminologia espaço não escolar um posicionamento, uma vez que há uma diversidade de entendimentos sobre o conceito. No mundo da educação, a proposta de utilizar espaço não escolares, como já vimos, inclusive na abordagem histórica do capitulo anterior, não é nova. 
O ambiente de espaços não escolares
Refletindo sobre essa situação e a real necessidade de uma Educação que vá além do espaço físico escolar, consideramos oportuno (e isso vale para nos, professores, para a equipe escoar e para a comunidade) pensar em algumas possibilidades alternativas. Essas sugestões são de extrema importância, pois, como escreve Bardi: as formas que se expandem, que se ligam com o exterior, o jardim, as janelas largas, aquele ar de não severidade, é o primeiro passo a abolição de barreiras. 
Os contextos não escoares e aprendizagem significativa
Cada ambiente não escolar tem suas peculiaridades, que devem ser atentamente consideradas para suscitar a curiosidade e o interesse dos alunos em usufruir ao máximo seu potencial. Atividades significativas estão ligadas a uma aprendizagem significativa teoria de David Ausubel, mas não podemos generalizar, pois estas (as atividades) podem ser importantes apenas naquele momento, para aquele grupo de alunos.
Nesse tipo de atividade ( aquelas em espaço não escolar), deve haver um responsável para conversar a respeito do local visitado, informando sobre sua historia, suas atividades e seus eventuais produtos, e também para explicar as diversas etapas do trabalho(inicio, elaboração, produto final), apresentando as tarefas que as pessoas desempenham nesse espaço e suas ações no processo desenvolvido ali. Obviamente, cada espaço é um espaço, e as formas de obter o conhecimento nem sempre podem ser iguais. Também se faz necessária, para o bom êxito da visita, uma postura interdisciplinar, pois cada ambiente não escolar pode possibilitar interações e a construção de saberes em diferentes áreas (línguas, historia, geografia, ciências naturais, matemática, arte etc.).
Os locais não sai iguais entre si, mesmo que sejam semelhantes, como são as salas de aula nas escolas. Não se trata do espaço físico apenas; o processo que estamos discutindo depende principalmente de quem está dentro desse espaço. A importância atribuída á utilização dos espaços não escolares pode ser particularmente atraente para você que se tornou, ou se tornará, profissional da Educação no sentido mais nobre e pleno da palavra. 
Habilidades e recursos em contextos não escolares
Quando destacamos a importância de sua formação profissional como educador, estamos dando ênfase á necessidade de tanto o professor como o aluno: se tornarem seres humanos e cidadãos atentos á sociedade a ao ambiente natural que está ao seu redor; estarem dispostos a aceitar as diferenças com as quais devem conviver, cientes do valor intrínseco de cada ser humano.
Alteridade deve ser a palavra de ordem em toda e qualquer sociedade, principalmente na escola. 
Sobre alteridade, Gusmão faz uma afirmação contundente: o mundo da cultura e seu movimento, como parte da historia de um povo, de uma tradição e herança, ao ser confrontado com outros universos, pressupõe interesses diversos postos numa relação de alteridade.
Assim, o que observamos é que esses contextos educacionais não escolares, como os que possibilitam o contato com diferentes culturas, deveriam ir ao encontro desse mundo tão complexo, denso e complementar que é o ambiente escolar vice-versa.
A proposição de atividades extraclasse não é algo novo. Nérici em seu livro Introdução á didática geral, clássico da literaturapara quem quer se dedicar á licenciatura (inclusive na área da pedagogia), já afirmava que essas atividades são: praticas escolares que se estão impondo, dia a dia, como necessárias e urgentes, a fim de vitalizar o ensino e dar oportunidade de manifestação e desenvolvimento das aptidões dos educandos.
Nérici considerava que o educando necessitava expandir-se, expressar-se e participar da sociedade, e que, com essas atividades, o aluno teria êxito em faze-lo, algo que dificilmente poderia ser conseguido através das aulas comuns. Esse foi o argumento em favor de espaços não escolares. 
Onde ocorre a educação formal?
Infelizmente, na maioria das vezes, pensamos na escola como um lugar confinado a quatro paredes que, eventualmente, e para além das salas de aula, pode incluir pátio, cantina, biblioteca, laboratório e outros locais que fazem parte do contexto escoar. Nesse contexto formal, França revela uma escola que é um espaço atravessado por tempos diferentes, justapostos, que aparecem na forma de seus edifícios, no estilo do seu mobiliário e em toda sua configuração, transformados portanto, em um tempo único.
É nesses espaços que acontece o que se chama erroneamente de Educação. Esta deveria acontecer em casa, onde a família é núcleo social menor. Assim, regras de convivência, civilidade e higiene deveriam ser ensinadas pelos pais, e não pela escola.
Na escola, há instrução, com a manutenção e ate a ampliação do que se considera adequado para a Educação de nossa crianças e jovens; no entanto a escola não pode ser a responsável pela Educação integral do individuo. Pensar no espaço em que vivemos é termos consciência de que não se trata de algo apenas psíquico, mas, sim, do lugar onde vivemos e com o qual convivemos.
Entretanto, definir o que é espaço não é fácil e sua acepção depende do contexto em que o termo é estudado. Logo, pensar no espaço é pensar nas relações que nele acontecem. Cada objeto desse espaço tem uma função e um significado. 
Qual é a função e o significado da escola?
Isso depende de nossa concepção sobre a escola. Se considerarmos que um edifício concentra forças onde operam todos os sentidos, do táctil ao olfativo, seu interior condensa a própria concepção de mundo de uma época , a escola é o local onde tudo isso deveria acontecer.
No entanto, na maioria das vezes, não é esse o espaço que encontramos, pois ainda é forte a noção de uma escola cuja estrutura se assemelha a uma prisão, onde há um pátio central e salas que se assemelham a celas em seu entorno. Ainda sobre essa condição de nossos espaços formais ou escolares, sugerindo a necessária transformação destes, Argan cita o pintor Lorenzetti para dizer que devemos lembrar que, assim como a cidade não é um espaço construído e sim um espaço em construção, a escola também o é. Desse algo construído para algo em construção. 
É sob esse ponto de vista que, arquitetonicamente falando, a escola 9estrutra física) é um trabalho de síntese do que sejam a função e o significado do espaço escolar e, com isso, desejamos que a ideia do aprisionamento seja superada. O mobiliário do ambiente escolar dificilmente é pensado em função das atividades que são realizadas. Parece que os ambientes ficam aparentemente estagnados, iguais em todas as escolas. A respeito dessa discussão sobre os espaços físicos escolares, há alguns autores que dividem o espaço em físico e imagístico. O espaço imagístico transcende o físico, já que não vivemos em um mundo só de coisas tangíveis, os espaços da educação são carregados de significações. Confirma-se assim a relação ampliada entre, forma, função e significação.
Os ambientes que compõe o espaço escolar
Na composição desse cenário, observamos que, na quase totalidade, a construção física de uma escola implica considerar que existe em todas as unidades escolares a mesma ordem de ideias, o que supõe, conforme descreve Moreira, um modelo estruturado com determinantes, que são: ordem, questão de organização, estabelecimento de espaços ordenados com dimensões apropriadas, de sorte a assegurar com um mínimo de esforço humano a ligação logica das peças, a fim de que o conjunto seja, necessariamente, uma unidade congruente e definitiva.
Salas e demais ambientes da escola.
As salas nos ambientes formais organizam-se de acordo com o período de escolaridade e com a idade dos seus educandos: educação infantil, anos iniciais do fundamental, anos finais do fundamental e ensino médio.
Sala de aula
Tanto o mobiliário quanto o ambiente interno devem ser adequados á faixa á qual se destina a sala de aula, pois as necessidades de aprendizado variam de turma para turma. A educação infantil requer uma sala cujo mobiliário seja adequado á idade dos alunos e que permita o acesso fácil ao material escolar.
Em uma sala destinada aos anos iniciais do ensino fundamental, além do mobiliário adequado á idade e ao tamanho das crianças, é importante, assim como na educação infantil, haver espaços diferenciados, como cantos de leitura e outros espaços que colaborem para o desenvolvimento da criatividade e a estimulação dos alunos.
Já para uma sala destinada aos anos finais do ensino fundamental e ao ensino médio, devido ás diferentes disciplinas ministradas, o ideal seria a construção de salas ambiente para evitar que as aulas fiquem restritas a apenas um tipo de sala.
Salas ambiente
Esse tipo de sala é exclusivo para cada disciplina e adequado ás especificidades de cada uma. Como por exemplo, podem ser citados os laboratórios de ciências, de informática e a sala de artes. Vejamos a seguir, algumas especificações interessantes no que se refere a esses ambientes: laboratórios de ciências, ambientes virtuais, sala de artes. Contudo, é importante lembrarmos que nem sempre as instalações adequadas e a riqueza de materiais garantem uma boa aula; muitas vezes, é possível planejar uma excelente aula com materiais simples, biblioteca da escola, sala do sono.
Ambientes diferenciados no espaço escolar 
Não são no sentido especifico, mas devem fazer parte do conjunto arquitetônico de uma escola: pátio, quadra esportiva, banheiros, cantina cozinha e refeitório, parque.
Ambientes administrativos no espaço escolar
Não são ambientes de estudo nem de presença constante de alunos. Estes podem circular nesse espaço, mas as atividades referentes a esses locais são realizadas por gestores, coordenadores, professores e demais funcionários da escola: diretoria e coordenação, secretaria, sala dos professores.
Os ambientes do entorno da edificação escolar: espaços não escolares
Há espaços não escolares próximos á escola que poderiam enriquecer o cotidiano e o aprendizado das crianças, como marcenarias, padarias, lojas de tecido, bijuterias, jardins, entre outros.
Por exemplo (vamos citar apenas locais onde experiências foram realizadas): uma papelaria que vende papéis para origami e ensina a fazer algumas dobraduras; essas atividades interessantes e que a maioria das crianças gostam de fazer! E isso não depende tanto do local, mas, sim de quem vê esses mesmos locais com olhar de possibilidades educativas.
Caminhos e vivências da educação integral (formal, informal e não formal)
Ao pensarmos em contextos educacionais, a associação com a Educação integral é direta. No entanto, sua operacionalização depende do que entendemos por escola em tempo integral, integradora de conteúdos e com um grupo de agentes educacionais que atuem de forma mais ampla do que apenas professores e o corpo profissional da escola. Além disso, consideramos oportuno, para maior clareza desses espaços e procedimentos, fazermos uma diferenciação entre Educação formal, não formal e também informal.
Nossa preocupação consiste em como viabilizar essa escola agregada de praticas educacionais não formais, ás vezes tão criticada, mas tão necessária. 
Diferenciação entre a educação formal, a não formal e a informal
Para fazermos a diferenciação entre essas três concepções de Educação, iremos nos valer dos estudos da professora Maria da Gloria Gohn, em seu artigo Educaçãonão formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. 
A educação formal
O local em que desenvolvemos a educação formal é a escola. Como afirma Gohn: os espaços são os do território das escolas, são instituições regulamentadas por lei, certificadas, organizadas segundo diretrizes nacionais. Nesse campo da Educação, o agente o educador é o professor. Nesse contexto educacional há uma expectativa de que a aprendizagem seja efetiva, com a correspondente titulação. 
Educação informal
A educação informal possui uma característica bastante marcante, pois é aquela que é desenvolvida no processo de socialização do individuo. Os locais são, por conseguinte, os de nossas vivencias, como em que ela ocorre: a família, o bairro, o clube, os grupos de amigos e a igreja.
Nesse contexto, o agente ou educador se transforma na pluralidade correspondente a esses ambientes, como os pais e demais parentes, os vizinhos, os amigos, os colegas, os meios de comunicação de massa, enfim, as pessoas e os ambientes com os quais e nos quais nos relacionamos. Algo bastante distintivo desse processo é a espontaneidade, uma vez que desenvolvemos nossas relações sociais de acordo com nossos gostos e nessas preferências. Diante desse cenário, a característica marcante da Educação informal esta, como explica Gohn, no fato de ser impregnada de valores e culturas próprias, de pertencimento e sentimentos herdados.
A educação não formal
Na educação não formal, como afirma Gohn, o grande educador é o outro, aquele com quem interagimos ou nos integramos. Na informal, tudo é espontâneo; aqui há uma intencionalidade, uma organização de praticas e saberes, como na Educação formal.
Assim, é importante observarmos, para não nos confundirmos, como complementa Gohn que, na educação não formal, os espaços educativos localizam-se em territórios que acompanham as trajetórias de vida dos grupos e indivíduos, fora das escolas, em locais informais, locais onde há processo interativos intencionais. O que ocorre em relação aos ambientes da Educação não formal é que, embora eles estejam fora do espaço escolar, há uma intencionalidade na ação.
Além disso, se formos caracterizar os procedimentos e as atividades da Educação não formal, podemos dizer que encontramos como balizadores. A educação não formal visa agregar, por isso dizemos que é integradora. Não substitui a Educação formal nem a informal, e sim agrega, pois trata-se de uma Educação que coloca em foco o ser humano, visto como um todo, cidadão do mundo, integral homens e mulheres.
O que entendemos por educação integral?
Os governantes, então, sentiram a necessidade de ampliar o número dos espaços físicos onde os educadores pudessem fornecer aos alunos os meios para se tornarem cidadãos no sentido pleno da palavra. Fomos impulsionados, nós, brasileiros, por tais circunstâncias, a aceitar a ideia de que só a ação do educador era insuficiente para alcançar tal objetivo e, portanto, que a escola deveria juntar-se á família e á comunidade para que chegássemos aos resultados esperados. Além disso, já em meados do século XX, surgiu na Inglaterra uma nova modalidade de ensino sem a presença física do educador (educação a distancia), que rapidamente se espalhou pelo mundo, chegando também ao Brasil.
Foi nesse sentido panorama que surgiu a ideia de se retomar o sentido do que seja Educação integral. Pensar em conceitos para definir o que seja Educação integral difícil, sempre teremos possibilidades e aproximações com o verdadeiro significado do objetivo que queremos alcançar, quando nos propomos a trabalhar com esse contexto educacional. Essa ideia, porém, não é nova, como vimos nos capítulos anteriores, no percurso que foi construído na historia da Educação no Brasil, essas ideias deram sinais de sua implantação com os Parâmetros Curriculares Nacionais.
Desse modo, como você pode perceber, o intuito não foi citar novas disciplinas ou ampliar os conteúdos a serem ensinados, mas, sim, incorporar ao que já é feito no ensino as novas maneiras de vermos e de entendermos o conhecimento.
Por isso foram criados eixos de trabalho ou macrocampos com o proposito de relacionarmos os saberes já a partir da educação infantil. Os eixos são: movimento, musica, artes visuais, linguagem oral e escrita, natureza e sociedade, matemática.
Comportamento humano nas organizações
As organizações: vivemos em uma sociedade formada por organizações. Elas estão tão presentes na vida das pessoas que os indivíduos nascem, crescem, aprendem, trabalham, morrem e são codificados em organizações. Um hospital, uma escola, uma companhia de energia elétrica são exemplos de presença delas em nosso dia a dia. Quando usamos o telefone, ligamos a TV, andamos de trem, estamos em contato com organizações e delas dependemos. 
Nesse sentido, assim como a vida das pessoas depende das organizações, estas dependem do trabalho daquelas. Mas, nem sempre foi assim. Ate o século XVIII, não havia fabricas, a agricultura era a principal atividade e quem trabalhava nas terras dos senhores pagava o seu uso com parte da colheita. A revolução Industrial gerou uma mudança significativa em toda a sociedade, não só no sentido econômico, mas também na forma de viver. Surgiram as industrias, formaram-se novas cidades.
Inicialmente, as fabricas se situavam em áreas rurais próximas ás margens de rios usados pelas populações para suas atividades. Perto deles surgiam casas, oficinas, hospedarias, igrejas etc.
Posteriormente as fabricas passaram a se localizar no arredores das cidades. As industrias se apresentavam como construções gigantes, que expeliam fumaça e acinzentavam as cidades, seus apitos eram ouvidos por todos e marcavam sua presença e seu controle. M decorrência de industrialização, portanto, as cidades tornaram-se feias e envoltas em uma atmosfera fumacenta. Também o desenvolvimento dos meios de comunicação e transporte sofreu uma aceleração: surgiram os trens, o telégrafo, o selo, o telefone, levando a um avanço econômico, social, tecnológico e industrial. 
A principal mudança quanto á concepção do trabalho foi a substituição da habilidade do artesão pela maquina, ou da força do homem pela força da máquina, o que resultou em maior rapidez, maior quantidade e qualidade, reduzindo tempos de produção.
Conceito de organização: o que se entende por organização tem evoluído ao longo dos anos. Segundo Chiavenato: as organizações são concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos. 
Evolução das organizações
Modelo burocrático: como exposto, a Revolução Industrial fez surgir as industrias, as fabricas, os comércios e, com eles, as primeiras experiências sobre administração e os primeiros relacionados á condução das organizações. Um dos primeiros desses estudos foi realizado por Max Weber, segundo Martins. Weber tinha interesse em avaliar as consequências das mudanças na sociedade e na concepção do trabalho e do surgimento de uma sociedade envolvida em organizações principalmente, sobre o homem.
Weber preocupava-se mais com a ditadura do funcionário que com a ditadura ou proletariado, num período em que mais da metade da população encontrava-se trabalhando em fabricas, onde era submetida a uma rígida disciplina e a longas jornadas de trabalho.
O desenvolvimento das operações, tornando-as cada vez mais complexas, levou as organizações a adotarem uma regulamentação burocrática , com o objetivo de preestabelecer o comportamento organizacional de acordo com padrões rígidos. Chiavenato relaciona as principais características do modelo burocrático: hierarquia de autoridade, normas e regras escritas de conduta para os funcionários, contrato de trabalho, separação entre a vida pessoal e o trabalho na organização, recursos materiais não pertencentes ao funcionário. 
Ocorreu, portanto, uma mudança significativa no mundo do trabalho. Para Weber, o modelo burocrático era uma forma racional e legal de exercer a dominação. Aorganização burocrática era comparada a uma maquina em termos de precisão, habilidade e rendimentos, e, de acordo com o autor, era superior e primordial na administração de uma população cada vez mais crescente.
Modelo mecanicista
As maquinas sempre seduziam o homem por sua eficiência, precisão e padronização. Esse pensamento pensamento mecanicista norteou muitas organizações. O modelo mecanista parte de uma visão comportamentalista segundo a qual o comportamento pode ser moldado por meio dos quais se obtém ou se eliminam determinados procedimentos. O ideal projetado pelo modelo mecanista-burocrático era o de que as organizações funcionariam como um relógio os funcionários chegariam no horário definido, parariam pelo período de intervalo estipulado e retornariam ao trabalho no horário indicado, mantendo sempre um ritmo de trabalho regular e satisfatório diariamente mês após mês, ano após ano. 
Atualmente, algumas empresas de refeições monitoram ate mesmo a forma como o funcionário cumprimenta o cliente, agradece, faz a solicitação do pedido etc.
A burocracia e a organização mecanizado existem ate hoje. A burocracia esta presente em todas as organizações e se faz necessária para um funcionamento ordenado dos processos. O modelo mecanicista não aceita a existência de relações informais nas organizações; aceita apenas a estrutura formal as relações derivadas e previstas.
Diante de um modelo que dava mostras de não ser tão eficiente quanto se propunha, outros olhares foram necessários para compreender as organizações.
Organizações como organismos 
Da visão mecanicista cultivada nas décadas de 1930 e 1940, passou-se a um movimento que percebia as organizações como um organismo, que possui vida, com um dinâmica interna e em interação como o meio externo. A visão meramente funcional do trabalho foi ampliada para uma visão mais humana, em que as pessoas tem objetivos, necessidades, assim como a organização. Essa visão, nos dias de hoje, parece-nos logica, mas nem sempre foi assim. Como vimos, ela não estava presente no inicio do século XX. A satisfação das necessidades dos funcionários não fazia parte do rol de atribuições dos administradores da época. 
Nas organizações orgânicas, a estrutura é mais flexível, a comunicação circula mais livremente, há maior participação dos funcionários na resolução de problemas e as pessoas são vistas como fonte de energia e como potenciais contribuidores para o surgimento dos resultados. Por apresentar maior flexibilidade, esse modelo responde com mais eficiência ás demandas de rapidez e agilidade características dos novos tempos. Na visão orgânica, há a aceitação e o reconhecimento da existência de relações informais, diferentemente da visão do modelo burocrático, que só previa e reconhecia as relações formais, aquelas vinculadas ao trabalho. Os funcionários das empresas não são robôs, são pessoas com vida, algo que se revela na dinâmica de cada organização, apesar das tentativas, por parte de alguns administradores, de não aceitar esse fato, tentar neutralizá-lo e estabelecer mecanismos de controle dos aspectos humanos no dia a dia das organizações.
Modelo japonês 
Na década de 1980, o Ocidente voltou sua atenção para o Oriente. O Japão atraiu os olhares das empresas do ocidente por lançar no mercado produtos com preços bastante competitivos e com qualidade superior. As empresas japonesas foram pioneiras em importantes mudanças na gestão de suas organizações, obtendo o sucesso testemunhado por todo o mundo.
Esse sucesso foi atribuído, principalmente, ao modelo de gerenciamento das industrias, que passou a ser adotado, o qual diferia em muito do modelo burocrático e do modelo empregado no mundo ocidental. Quando preparados para funções gerencias, os funcionários realizam longos treinamentos, assumindo posições em diferentes departamentos da organização. A visão limitada do modelo burocrático é substituída pela importante visão de todo o sistema. Portanto, o gerenciamento das organizações japonesas, no qual se dá ênfase ao trabalho do grupo, á participação nas decisões e á valorização da vida pessoal, contrastada profundamente com o modelo mecanicista-burocrático, em que a hierarquia autoritária e a visão funcional e individual se destacam.
Revolução da tecnologia da informação
Na década de 1990, um novo movimento ocorreu, trazendo profundas mudanças na relação das pessoas com as empresas e na organização do trabalho, o que foi chamado, segundo Castells, de terceira Revolução Industrial e de Revolução da Tecnologia. A tecnologia da informação e da comunicação (TIC) invadiu o campo do trabalho. O formato de muitas organizações foi transformado, surgindo organizações em rede e novas formas de produzir e organizar o trabalho. Para Henry Mintzberg, há diferentes formas de estruturas organizacionais, sendo que cada qual busca a satisfação de certas necessidades.
No entanto, a tecnologia da informação propiciou um forte processo de descentralização nas organizações como um todo e na forma de trabalho das pessoas, que podem ter contato diário com outras empresas e culturas do mundo. Informações e conhecimentos transitavam livremente e com mais facilidade.
Comportamento organizacional aparente e subjacente
Neste capitulo você irá refletir a respeito do comportamento organizacional pelo viés de dois aspectos interdependentes: o aparente e o subjacente um visível e outro não aparente, dois lados que influenciam diretamente no comportamento de uma organização.
 De acordo com Morgan, as organizações são uma prisão psíquica, porque se tornam alvos de armadilhas geradas pelo inconsciente. Ainda sobre o lado subjacente ou oculto, Osório em seus estudos com base psicanalítica sobre a psicologia grupal, indica que as relações pessoais nos grupos são influenciadas diretamente por motivações inconscientes que nos levam a compreender os fenômenos das interações grupais. Nos temas que apresentaremos a seguir, trataremos do conhecimento essencial para entender a composição da cultura de uma organização pelo viés de seus elementos racionais e pelo inconsciente atuantes. A conceituação e a caracterização do subjacente abarcarão os estudos de diversas formas de manifestação da estrutura oculta na natureza comportamental humana nas organizações. 
Comportamento aparente
Todos os aspectos do ambiente e da organização que são sempre observados e se revelam física e formalmente compõe a aparente de uma organização. Incluem-se aí os recursos, a tecnologia, o mobiliário, os equipamentos e as estruturas organizacionais.
É importante observar que, assim como a sociedade, a cultura de uma organização é composta por três dimensões: a material, a psicossocial e a ideológica.
A integração dessas três dimensões deve compor o funcionamento da organização de forma constante para que exista adaptação interna. Assim como a cultura organizacional deve sempre buscar um posicionamento estratégico adequado ao ambiente externo por meio do estabelecimento de missão e metas e do uso de certos recursos para a obtenção do sucesso, deve também buscar o equilíbrio interno nas três dimensões anteriormente citadas.
Foguel e Souza, ao retratarem as questões que afloram em uma organização, explicam que, nas relações dos grupos, afloram com mais frequência as conversas sobre os interesses da empresa , os resultados, as virtudes, as habilidades, os problemas e as oportunidades do mercado, sendo tais assuntos abertos á conversação porque englobam metas, tecnologia, mercado, estrutura, finanças e competência técnica.
Comportamento subjacente
Considerando a imagem do iceberg, a ponta que esta acima do nível da agua representa o aparente , o físico, o visível e o aceitável. O subjacente da organização refere-se á parte que não esta visível e que constitui a maior parte da cultura organizacional. Toda aquela parte imersa, escondida, constitui tudo que muitas vezes não é trabalhado ou não é aceito.
Ao metaforizar o lado oculto ou subjacente como prisão psíquica, Morgan entende que as características racionaisde uma organização são uma expressão real de impulsos e desejos inconscientes. Para entende o inconsciente, é necessário nos reportarmos ao inicio da vida do ser humano.
Á medida que amadurece, por meio da educação, o homem vai sublimando ou canalizando esses impulsos que atuem de forma aceitável pelo mundo externo.
Freud, o pai da psicanálise, citado por Morgan considera ser a essência da sociedade e a repressão do individuo e a essência do individuo a repressão de si próprio. Segundo esses autores, o passado influencia o presente por meio do inconsciente. 
A estrutura oculta do psiquismo humano e as organizações
A estrutura do psiquismo humano é formada pelo ego, pelo superego e pelo id. Moscovici, ao tratar a respeito da sombra das organizações em um enfoque psicanalítico, aponta que o inconsciente é considerado determinante de muitas ações aparentemente inexplicáveis por outros enfoques teóricos.
Mecanismo e defesa
Segundo a teoria psicanalítica, é por meio de mecanismos de defesa que o ser humano consegue lidar com os impulsos que formam reprimidos. Os mecanismos de defesa são, então, processo automáticos e inconscientes de que a personalidade se utiliza para manter o equilíbrio e a estabilidade psicológica.
A seguir, descreveremos os principais tipos de mecanismos de defesa segundo Anna Freud, procurando relacioná-las ao contexto das organizações. Repressão, projeção, idealização, racionalização, fixação, negação, regressão formação reativa e sublimação.
Foguel e Souza reforçam que a importância a compreensão desses mecanismos se deve ao fato de que, nas organizações, as pessoas não estão atentas a seus motivos inconscientes. As tendências nas organizações têm sido, sim, proporcionar momentos, inclusive de brincadeiras e atividades lúdicas, em que essas tensões normais de adaptação á situação externa sejam desmistificadas, diminuindo assim, a ansiedade.
inconsciente coletivo
A definição de inconsciente coletivo remete ao conceito de psique humana como componente de uma realidade universal que é transmitida como herança psicológica comum a toda a humanidade. Segundo o pensamento de Jung, citado tanto por Morgan quando por Moscovici, a sombra da organização também contem aspectos reprimidos que se manifestam para se chegar ao lado iluminado ou claro da organização.
Assim como na psique humana, a sombra na organização apresenta conteúdos de forças não conhecidas e pode revelar potencial positivo para explorar energia e criatividade na organização.
Objeto transicional

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