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MODELO - AÇÃO MONITÓRIA 2019

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Dr. XXXXXXX XXXXXXX.XXXX
OAB/XX 12.345
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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXXXXX.
XXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro (a), casado (a), PROFISSÃO, portador do CIRG nº XXXXXXXXX SSP/XX e do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado no ENDEREÇO, CIDADE, CEP XXXXX-XXX, por intermédio de seu advogado in fine assinado, procuração anexa, vem respeitosamente à presença de V. Exa., com fundamento nos artigos 700 e seguintes do Código de Processo Civil, propor a presente:
AÇÃO MONITÓRIA
Em face de XXXXXXXXXXXXX, brasileiro (a), casado (a), PROFISSÃO, portador do CIRG nº XXXXXXXXX SSP/DF e do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, ENDEREÇO, CIDADE, CEP XXXXX-XXX, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas:
I – PRELIMINARMENTE:
Requer a V. Exa., a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, uma vez que o autor é pessoa de parcos recursos financeiros, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas e despesas processuais referente ao presente processo, sob o risco de implicar em prejuízo próprio e de sua família, nos termos do artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988, pelo art. 98 e incisos do Código de Processo Civil e pelo art. 1º da Lei nº 7.115/83.
II – DOS FATOS E FUNDAMENTOS: 
O Requerente é credor do Requerido na importância de R$ XX.XXX,XX (VALOR POR EXTENSO), valor este representado por DOIS cheques, em anexo, conforme relacionado abaixo:
BANCO: 
AGENCIA: XXXX
CONTA N°: XXXXXXXX-XX
FOLHAS N°: XXXXXX e XXXXXXX
VALOR POR CARTULA: R$ X.XXX,XX (VALOR POR EXTENSO)
Como cediço e pacificado ao que aduz a Súmula 531, redigida pelo almo Superior Tribunal de Justiça, que traz o seguinte entendimento;
“Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula. ”
 Neste contexto, torna-se dispensável as informações que precedem o presente ato, facultando formular maiores detalhes da causa debendi. Estendendo-se inclusive ao portado do título que não tenha atuado ou participado no negócio jurídico.
A respeito disso, é o entendimento jurisprudencial:
APELAÇÃO
N. Processo: 20160910094284APC (0009252-72.2016.8.07.0009)
DIREITO CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA. CHEQUE. CIRCULAÇÃO.
AUTONOMIA E ABSTRAÇÃO. OPONIBILIDADE DAS
EXCEÇÕES DE CARÁTER PESSOAL A TERCEIRO DE BOAFÉ.
IMPOSSIBILIDADE. SENTENÇA MANTIDA.
1. Na ação monitória, o cheque prescrito constitui documento
hábil a aparelhar o pedido, cabendo ao autor apresentar a prova escrita sem eficácia de título executivo que, embora não prove diretamente o fato constitutivo, permite deduzir a existência do direito alegado.
2. O art. 25 da Lei 7.357/85 e o art. 916 do Código Civil estabelecem que o cheque é um título literal e abstrato, que se desvincula do negócio jurídico que enseja sua emissão e, uma vez posto em circulação, não é possível a invocação da causa debendi e a oposição a terceiro das exceções pessoais que o emitente possui em face do credor originário, desde que o portador do título esteja de boa-fé.
3.O embargante não se desincumbiu de fazer prova da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, consoante estabelecido no art. 373, II, do CPC.
4.Recurso desprovido. (grifou-se)
	Com base no que determina o Código de Processo Civil de 2015 em seu artigo 784, inc. I, cheque é um título executivo extrajudicial e havendo sua prescrição, torna-se necessária a conversão em título executivo judicial, pelo qual pode-se propor sua execução e exigibilidade.
No entanto, resta apenas a tutela jurisdicional do Estado como última saída a fim de compelir o requerido devedor ao pagamento do débito.
III – DO DIREITO:
	A Ação Monitória é prevista no artigo 700 e seguintes de Código de Processo Civil, ao que aduz:
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I – o pagamento de quantia em dinheiro;
II – a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III – o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. (grifou-se)
Portanto, demonstrado o preenchimento dos requisitos exigidos para a configuração de título descritos no artigo supracitado e na lei n° 7.357, habilitam a pretensão de reconhecimento do débito e consequentemente o direito ao pagamento da quantia por meio desta ação.
	Neste ensejo, destaco o vultoso ensinamento do Ministro Sálvio de Figueiredo, que transcreveu a seguinte perola;
“A finalidade do procedimento monitório, que tem profundas raízes no antigo Direito luso-brasileiro, é abreviar, de forma inteligente e hábil, o caminho para a formação do título executivo, contornando-o geralmente moroso e caro procedimento ordinário”.
	Sendo essa a linha jurídica com maior brevidade para se alcançar o objetivo, a Ação Monitória é, portanto, o meio pelo qual o credor portador de um título de crédito extrajudicial prescrito utiliza para que este se converta em título com força executiva e tenho o direito de exigir o crédito.
No interesse de avigorar o pedido ora pleiteado, destaco o que diz a Súmula 299 do STJ, que traz o seguinte verbete; 
“É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito”.
Excelência, importante ressaltar que várias foram as tentativas de negociação, restando-se todas frustradas diante da inércia do devedor, que apenas tenta prolatar sua obrigação.
Com esse fundamento e firmado em decisões jurisprudenciais já consolidadas, os valores devem ser corrigidos pelo índice INPC ou equivalente, desde a data de sua emissão, sob a seguinte tese:
‘Em qualquer ação utilizada pelo portador para cobrança de cheque, a correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula, e os juros de mora a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de compensação’. (...).” (REsp 1556834/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO. (grifou-se)
Isto posto, tornando-se nítida a existência do crédito perante o emissor e a correção monetária, considerando o valor total dos cheques devidamente atualizados até a presente data, que perfaz a monta de R$ XX.XXX,XX (VALOR POR EXTENSO), conforme tabela em anexo, mais juros de mora até a data do efetivo pagamento.
IV – DO PEDIDO:
Pelo exposto, REQUER, a Vossa Excelência:
a) A concessão do benefício da justiça gratuita, por estar legalmente dentro dos requisitos exigidos, com fulcro no art. 5º, inc. LXXIV da Constituição da República e da Lei nº 1.060/50 e pelo art. 1º da Lei nº 7.115/83.;
b) A CITAÇÃO do Requerido, no endereço supracitado ou que se faça as diligências necessárias conforme dispõe o parágrafo 1° do art. 391 do CPC, para que, querendo, ofereça embargos no prazo legal;
c) Opostos e rejeitados os embargos monitórios, que se constitua de pleno direito os títulos executivos judiciais, sem prejuízo da condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, pela parte Requerida, que devem ser arbitrados em 20% (vinte por cento) sob o valor da causa.
d) Que sejam deferidos todos os pedidos aqui contidos, condenando a parte Requerida no montante de R$ XX.XXX,XX (VALOR POR EXTENSO), conforme já explicitado acima, valor este que deverá ser corrigido e atualizado até o efetivo pagamento acrescido de juros de mora;
d) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova de direito admitidos, tais como a tomada do depoimento pessoal do réu, sob pena de confesso.
Atribui-se à causa o valor de R$ XX.XXX,XX (VALOR POR EXTENSO).
Desde logo, o Requerente expõe seu desinteresse na realização de audiência de conciliação conforme art. 319, VII, CPC.
Nestes termos, 
Pede deferimento.
 Brasília/DF, 12 de agosto de 2019.
ADVOGADO
OAB/XX 12.345
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