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Livro Eletrônico Aula 03 Administração Pública p/ STM (AJAA) Com videoaulas - Pós-edital Professores: Larissa Emerick Gois, Rodrigo Rennó 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 71 Aula 3: Empreendedorismo e Liderança Olá pessoal, tudo bem? Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens do curso: ¾ Empreendedorismo governamental e novas lideranças no setor público. Espero que gostem da aula! Atenção: O tema de Liderança está também sendo tratado no curso de Administração Geral. Se você está matriculado nos dois cursos, não precisa estudar novamente o tema. Quer receber dicas de estudo e conteúdo gratuito de Administração em seu e-mail? 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O primeiro conceito que deve ser entendido é o que realmente significa a palavra empreendedorismo. O empreendedor não pode ser confundido com empresário! Empreender é manejar os recursos disponíveis da melhor maneira, de forma que sejam maximizados a eficiência e os resultados da organização. Empreender é basicamente fazer acontecer. Uma cultura empreendedora é aquela que favorece a formação de XP� ³HVStULWR� HPSUHHQGHGRU´�� TXH� IDYRUHFH� D� EXVFD� SHOD� LQRYDomR�� SHOR� aperfeiçoamento, e pelo melhor modo de se fazer as coisas do dia a dia1. De acordo com Pessoa e Oliveira2, para criar essa cultura é fundamental que os dirigentes aprovem o comportamento empreendedor e reconheçam a importância da proatividade e da inovação em suas organizações. Desta forma, o empreendedorismo governamental não ocorre quando o governo cria e opera empresas públicas, quando vende produtos e serviços ao mercado. Ele ocorre sempre quando os gestores públicos aproveitam os recursos disponíveis de novas e melhores formas, buscando a satisfação e o benefício dos cidadãos3. A gestão empreendedora busca envolver diversos atores (públicos ou privados) para uma atuação conjunta focada em resolver os problemas e anseios da sociedade. Fique atento! Nos governos empreendedores a maior parcela da execução fica a cargo da iniciativa privada. Para que a gestão empreendedora possa funcionar, precisa de um sistema de controle e avaliação voltado para os resultados efetivos das ações governamentais. 1 (Paludo, 2010) 2 (Pessoa & Oliveira, 2006) 3 (Paludo, 2010) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 71 O processo de avaliação deve ser contínuo e informar a sociedade em uma linguagem acessível, de modo que esta participe. O conceito de empreendedorismo governamental surgiu inicialmente com o livro de Osborne e Gaebler ± ³5HLQYHQWDQGR�R�*RYHUQR�± como o espírito empreendedor está transformando o setor S~EOLFR´�4. Estes autores se basearam em estudos de caso norte-americanos de órgãos e setores governamentais, como escolas e hospitais, que estavam buscando modificar o modelo burocrático então em voga. O contexto da época (anos 80) era de grande descrença da população nas capacidades da Administração Pública de suprir as necessidades da sociedade relativas aos bens públicos e de vencer os desafios que apareciam. Na ânsia de combater os desvios do patrimonialismo, foram criadas WDQWDV�³DPDUUDV´�SDUD�R�Jestorpúblico que se tornou cada vez mais difícil fornecer serviços de qualidade para a população com eficiência. A burocracia criava problemas na gestão dos serviços públicos, pois tornava a máquina estatal lenta, ineficiente e pouco responsiva às necessLGDGHV�H�RSLQL}HV�GH�VHXV�³FOLHQWHV´�± os cidadãos! Este cenário trouxe muitos problemas de governabilidade e governança, levando aos autores em questão a sugerir vários princípios que deveriam fazer parte de um governo empreendedor. Estes princípios, de acordo com Osborne e Gaebler5, são: O Governo Catalisador Ȃ navegando e não remando De acordo com os autores, o governo deve ter o papel de indutor da sociedade, de regulador, não mais de executor dos serviços. Assim, ele pode melhor modelar e regular a atividade econômica, de forma a ser mais HIHWLYR� H� FKHJDU� ³PDLV� ORQJH´� GR� TXH� DQWHV�� TXDQGR� H[HFXWDYD� WXGR� sozinho! Desta forma, ao navegar em vez de remar, os governos podem ser mais flexíveis e atingir um grau de qualidade e eficiência maior. Ao comprar os serviços e produtos no mercado, usando a competição, pode exigir maior qualidade e menor custo, pois seus fornecedores sabem da possibilidade de substituição (enquanto os funcionários públicos não convivem com esta ameaça). 4 (Osborne & Gaebler, 1992) 5 (Osborne & Gaebler, 1992) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 71 O Governo é da Comunidade Ȃ dar poder ao cidadão, ao invés de servi-lo. De acordo com os autores, devem ser transferidas responsabilidades para as comunidades locais, pois estas são mais flexíveis e vivenciam mais de perto os seus diversos problemas. Desta forma, a burocracia transfere para as comunidades o poder decisório e o controle sobre os serviços públicos locais, mas mantém a responsabilidade final de que estes serviços sejam prestados, ou seja, a garantia de que estará vigilante para que a comunidade efetivamente preste o serviço. Governo Competitivo Ȃ Injetando competição na prestação de serviços A promoção da competição é outro fator considerado fundamental pelos autores. Para estes, a competição leva ao aumento da eficiência, força os agentes (públicos ou privados) a suprir melhor as necessidades dos clientes, aumenta a inovação e a criatividade e melhora o clima organizacional dentro dos órgãos públicos. Os autores, porém, não vislumbravam apenas a competição do setor público versus privado! Os próprios órgãos públicos deveriam ser postos em situação de competir com outros órgãos públicos, de forma a quebrar o monopólio da prestação dos serviços públicos e a forçá-los a se aprimorar. O Governo Orientado para Missões Ȃ transformando os órgãos orientados para normas Outra noção trazida pelos autores é a de redefinir a orientação dos servidores. Ao invés de se trabalhar para cumprir normas, eles devem ser guiados por missões. A administração burocrática leva a uma desmotivação do servidor, pois define de antemão tudo o que ele deve fazer e como deve executar este trabalho. O funcionário que atende ao público e lida diretamente com os problemas específicos deve ter mais poder e liberdade para atuar6. De certo modo, os governos prejudicam a autonomia da grande maioria dos gestores S~EOLFRV�EXVFDQGR�³SHJDU´�D�PLQRULD�GRV�JHVWRUHV�TXH�VmR�GHVRQHVWRV�� Se o funcionário tem mais liberdade e flexibilidade, pode utilizar sua criatividade e poder de inovação para alcançar seus objetivos e cumprir a missão do seu setor de forma mais efetiva. 6 (Osborne & Gaebler, 1992) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 71 Governo de Resultados Ȃ preocupação com resultados, e não recursos. A administração e o controle dos resultados são fundamentais para que os governos possam atender melhor aos seus cidadãos. Para atingir seus resultados desejados, o monitoramento e a avaliação constante dos resultados das ações e políticas governamentais é fundamental. Normalmente, os governos burocráticos não controlam resultados - somente os recursos destinados. Desta forma, acabam incentivando não os órgãos eficientes, mas os ineficientes. Um hospital, por exemplo, deveria ser remunerado não pelo número de atendimentos, mas pela redução do número de casos de doença em sua localidade. Uma delegacia de polícia deveria ser avaliada por reduzir a criminalidade, e não por número de prisões. Ou seja, os órgãos devem ser avaliados pelos resultados concretos, e não pelos recursos que dispõem. O mesmo deve acontecer com os servidores. Como os governos não sabem medir resultados, remuneram por outros critérios, como tempo de casa e volume de recursos ou empregados subordinados, de modo que os servidores não buscam atingir resultados melhores, mas crescer sua esfera de poder e manter seus cargos. De acordo com Valente7: ³Outra característica do serviço público é focalizar e investir no insucesso ao invés de se investir nos resultados: mais polícia quando a taxa de criminalidade atinge níveis altíssimos, mais médicos e vacinas quando as epidemias grassam, etc. Os investimentos são sempre em fracassos e não em prevenção ou UHVXOWDGRV��´ Assim, a preocupação deve deixar de ser nos recursos investidos (os inputs) e se preocupar com os resultados (os outputs) do processo governamental. Governo e sua Clientela Ȃ atendendo às necessidades do cliente e não da burocracia Como os órgãos públicos não recebem seus recursos diretamente dos seus clientes (cidadãos), e sim do Legislativo, normalmente não se importam com eles e muitas vezes nem sabem direito quem são ou quais 7 (Valente) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 71 são suas necessidades. Outro fator é que normalmente os clientes não têm escolha, ou seja, existe um monopólio na prestação daquele serviço. A administração deve criar mecanismos que façam os servidores voltarem suas atenções aos clientes de seus serviços e que estes tenham condições de escolha na prestação destes serviços. Governo Empreendedor Ȃ gerando receitas e não despesas A busca de novas receitas deve ser incentivada para que o governo recupere sua capacidade de investir e de gerar mais receitas no futuro. Uma das ideias de Gaebler e Osborne é de que deve existir uma instituição de taxas para os serviços públicos. Outra noção é a de que devemos considerar os gastos sob uma perspectiva de investimento, ou seja, considerando o benefício futuro de cada despesa. Governo Preventivo Ȃ prevenção ao invés da cura Os governos devem deixar de se preocupar apenas com a resolução dos problemas para se concentrar nas causas dos problemas. Ao invés de tratar os sintomas, deve-se buscar evitar que os problemas apareçam. O estudo e o enfrentamento da origem dos principais problemas levam o governo a gastar seus recursos de maneira mais eficiente. Governo Descentralizado Ȃ da hierarquia à participação e ao trabalho de equipe Atualmente, as tecnologias de informação possibilitam que exista uma descentralização de poderes para os níveis mais baixos na hierarquia sem que a cúpula perca o controle. A descentralização tambémeleva a flexibilidade, a eficiência e o comprometimento dos servidores envolvidos. Governo Orientado para o Mercado Ȃ construindo mudanças através do mercado Os governos devem buscar atuar através de mecanismos de mercado, em vez de tentar atuar diretamente. Ao criar incentivos e direcionar a iniciativa privada, eles podem ser mais efetivos na solução dos problemas da sociedade. 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 71 Desta forma, um governo empreendedor direciona a maior parte da execução dos serviços públicos para a iniciativa privada8. Ou seja, um governo ³FDWDOLVDGRU�HP�YH]�GH�UHPDGRU´� Os mercados não são perfeitos, e existem serviços que não se prestam à iniciativa privada, mas, sempre que possível, o governo deve induzir e não executar, ou seja, estruturar e induzir o mercado, e não administrar sozinho. Fique atento! 2�HPSUHHQGHGRULVPR�QmR�YLVD�R�³(VWDGR�PtQLPR´��QHP�R�³(VWDGR� Pi[LPR´��PDV�XP�(VWDGR�IRUWH, visionário, que lidere a sociedade e TXH�PRVWUH�R�³FDPLQKR´�D�VHU�VHJXLGR. Princípios da Gestão Empreendedora De acordo com o MPOG9 QR� VHX� GRFXPHQWR� ³*HVWmR� 3~EOLFD� (PSUHHQGHGRUD´��RV�SULQFtSLRV�PDLV�LPSRUWDQWHV�GD�JHVWmR�HPSUHHQGHGRUD� são: foco no resultado; autonomia e responsabilização; construção de boas parcerias; trabalho em rede; gestão da informação; transparência, diálogo público e avaliação. 8 (Paludo, 2010) 9 (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2000) Princípios importantes da Gestão Empreendedora à? foco no resultado; à?autonomia e responsabilização; à?construção de boas parcerias; à?trabalho em rede; à?gestão da informação; à?transparência, à?diálogo público e à?avaliação 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 71 Já os fatores que devem ser combatidos para que a gestão empreendedora possa florescer são: a inflexibilidade do modelo burocrático tradicional, a hierarquia excessiva, o crescimento da área pública, o paternalismo, a descontinuidade e as práticas patrimonialistas. Liderança Um líder ideal deve saber conduzir sua equipe de modo a que todos atinjam seus resultados esperados. Para isso, deve se utilizar do conhecimento sobre sua equipe e de uma comunicação eficaz para guiá-los ao encontro dos objetivos da organização. Naturalmente, o processo de liderança é um dos mais importantes no trabalho de um administrador. Além disso, é um dos mais difíceis. Milhares de livros são lançados anualmente em todo mundo, tentando ensinar os gestores a serem melhores líderes. Basicamente, a liderança envolve a habilidade para influenciar pessoas para que sejam alcançados determinados objetivos. É mostrar o caminho a ser seguido. É vender uma visão de futuro sobre a organização. É incentivar os membros da empresa em torno dos objetivos que são almejados. Algumas definições de Liderança podem ser vistas abaixo: Fatores que devem ser combatidos 9A inflexibilidade do modelo burocrático tradicional, 9A hierarquia excessiva, 9O crescimento da área pública, 9O paternalismo, 9A descontinuidade e As práticas patrimonialistas. 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 71 ³2� FRQFHLWR� GH� OLGHUDQoD� p� UHODFLRQDGR� FRP� D� utilização do poder para influenciar o comportamento de outras pessoas10�´ ³/LGHUDQoD� p� D� KDELOLGDGH� GH� LQIOXHQFLDU� SHVVRDV� em direção ao alcance das metas organizacionais11�´ ³e� XP� IHQ{PHQR� WLSLFDPHQWH� VRFLDO� TXH� RFRUUH� exclusivamente em grupos sociais e nas organizações. A liderança é exercida como uma influência interpessoal em uma dada situação e dirigida através do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos12�´ Ao buscar liderar nossos subordinados e colegas, estamos lidando com seres humanos, pessoas. E cada indivíduo responde de maneira diferente a cada estímulo. Alguns colegas provavelmente precisarão de um contato mais constante, uma atenção maior do líder. Já outros, provavelmente, têm maior maturidade e não demandam muita supervisão e atenção de seus superiores, pois tem maior iniciativa e capacidade de autogerenciamento. Com isso, o líder deve ter uma percepção de como cada inGLYtGXR� GHYH� VHU� ³HQYROYLGR´� SDUD� TXH� FDGD� membro possa contribuir o seu máximo. Desta forma, O exercício da liderança é algo dinâmico e que envolve diversos fatores das relações pessoais, como a influência pessoal, o poder, a comunicação, para que os objetivos organizacionais da instituição sejam alcançados. As teorias de liderança são muitas, mas iremos ver aqui as que são recorrentemente citadas em provas. Basicamente, são as seguintes: dos traços, Abaixo, podemos ver as principais: 10 (Zaleznik, 1992) 11 (Daft, 2005) 12 (Chiavenato, Administração Geral e Pública, 2008) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 71 Figura 1 - Teorias da Liderança Liderança X Chefia A liderança não é um papel executado exclusivamente pelos chefes ou gerentes. Isto muitas vezes acontece assim, mas não sempre. Naturalmente, a capacidade de liderar uma equipe é um dos aspectos que leva alguém a ser promovido a um cargo de chefia. Muitos indivíduos que chegam nestas posições, como vocês devem imaginar, não têm o perfil e as capacidades necessárias para liderar pessoas. Alguns não gostam de falar em público, outros têm dificuldades nas negociações e no envolvimento dos seus subordinados. Não é incomum, por exemplo, que o líder de um grupo seja um colega, alguém mais experiente ou envolvente, que consegue com seu comportamento guiar os membros em direção dos objetivos. Assim sendo, não é absolutamente necessário que o chefe de uma equipe seja o seu líder, na prática. Muitos chefes não querem fazer esse papel. O líder pode ser uma pessoa sem poder hierárquico ou de comando, sem problema. Prestem atenção nesse ponto: O líder não é, necessariamente, o superior hierárquico, o chefe. Isto é muito cobrado em provas de concurso, SRLV�p�R�³VHQVR�FRPXP´��DSHVDU�GH�HVWDU�HUUDGR� à?Ideia é que os líderes nascem com características inatas e o objetivo deve ser a identificação dos traços individuais dos líderes para identificar potenciais líderes Baseada nos Traços à?analisavam o efeito de diversos estilos dos líderes no desempenho das organizações e na satisfação das pessoas Comportamentais / Estilos de Liderança à?levam em conta diversos fatores ambientais para determinar qual seria o melhor estilo de liderança em cada situação Contingenciais / Situacionais 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 71 Figura 2 - Relação entre chefia e liderança. Adaptado de: (Rennó, 2013) Vamos praticar agora? (CESPE ± TRT-17 - PSICOLOGIA) Liderança é definida como a influência exercida por aqueles que possuem autoridadeformal na organização. Pegadinha na área! Como já vimos, não é sempre que o chefe (quem tem autoridade formal) será o líder de um grupo. A liderança não é necessariamente realizada por este chefe, pois ele pode não ter perfil para isto, por não dar atenção a este fator, dentre outros motivos. O gabarito é mesmo questão errada. Tipos e Fontes de Poder A autoridade não é a única fonte do poder dentro de uma organização. Segundo Sobral e Alketa13, o conceito de poder é mais abrangente que o conceito de autoridade, visto que pessoas sem nenhuma autoridade têm, às vezes, muito poder na organização. Quem tem autoridade tem poder, porém, nem todo poder deriva da autoridade. 13 (Sobral & Peci, 2008) Chefia Liderança 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 71 O poder pode ser conceituado como a possibilidade de influenciar pessoas ou um grupo de pessoas e modificar seu comportamento. Entre os principais tipos de poder estão14: Tipos de Poder Descrição Poder coercitivo Quem detém este poder pode punir através de sanções, de penas, de castigos. O medo da punição altera assim o comportamento das pessoas; Poder de recompensa Neste tipo o poder se exprime pela capacidade do detentor do poder de incentivar através de salários, de bônus, de prêmios as outras pessoas. Desta forma ele pode alterar o comportamento das pessoas de maneira positiva; Poder legítimo Este tipo é derivado da posição hierárquica na organização, da estrutura formal da empresa. É o tipo de poder que os superiores hierárquicos detêm; Poder referente Também chamado de carismático, é decorrente de uma percepção positiva das pessoas sobre alguém, geralmente um herói, um líder. Como muitos admiram sua personalidade, suas ideias, são influenciadas por esta pessoa; Poder de competência Este tipo se origina do reconhecimento de que uma pessoa detém um know-how, um conhecimento especial que o diferencia dos demais em algum tema. Esta competência em XPD� iUHD� HVSHFtILFD� JHUD� XPD� ³REHGLrQFLD´� SRU� parte dos outros, quando o assunto for ligado a esta área. Abordagens de Liderança &RPR�IDODPRV�DFLPD��H[LVWHP�WHRULDV�GLVWLQWDV�TXH�WHQWDP�³H[SOLFDU´� o funcionamento do processo de liderança nos grupos humanos. A primeira teoria é a dos traços de liderança. 14 (Sobral & Peci, 2008) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 71 Esta teoria não é mais aceita pelos principais teóricos da área, mas ainda é cobrada em provas, ok? Por isso, vamos conhecê-la um pouquinho. Mas vocês verão que este tema é bem gostoso! Teoria dos Traços de Liderança. A teoria dos traços ou das características é uma das mais antigas no estudo da administração. Ela se baseia em uma noção antiga de que os OtGHUHV� WHULDP� FHUWRV� ³WUDoRV´� GH� SHUVRQDOLGDGH� TXH os definiriam, que seriam característicos destas pessoas. 2X�VHMD��D� WHRULD�GL]LD�TXH�VHUi�SRVVtYHO�GH� FHUWD� IRUPD� ³PDSHDU´� quais seriam estas características e, após isso, poderíamos buscar pessoas semelhantes na população, para que fossem alçadas ao papel de liderança15. E quais seriam estes traços, professor? Basicamente, seriam características pessoais como a inteligência, a capacidade de oratória, a confiança, os valores, dentre outros aspectos vistos como positivos para que um líder possa desempenhar este papel. De acordo com Krumm16, ³2V�SULPHLURV�WHyULFRV�dos traços achavam que os bons líderes já nascem com esses traços e que esses traços são uma parte constituinte da personalidade do administrador. Essa posição foi, posteriormente, modificada para indicar que os traços podem ser desenvolvidos pela experiência; mas os traços eram considerados como aspectos FHQWUDLV�GD�SHUVRQDOLGDGH�GR�OtGHU´� Ou seja, os traços seriam a princípio características natas, ou de nascença. Com o desenvolvimento da teoria, alguns autores consideravam que os traços poderiam ser adquiridos ou aprendidos com a experiência. E como funcionaria, na prática? Vamos imaginar que você conhecesse um líder, ou pelo menos sua descrição, como Júlio Cesar, Alexandre o Grande, ou Felipão (sei...peguei SHVDGR���� 7HQWDUtDPRV� ³PDSHDU´� GHSRLV� TXDLV� seriam as suas principais qualidades. Com estas qualidades definidas, tentaríamos achar alguém com as PHVPDV�FDUDFWHUtVWLFDV�H�³voilá´��WHUtDPRV�XP�OtGHU�HP�SRWHQFLDO�QDV�PmRV� 15 (Chiavenato, Administração nos novos tempos, 2010) 16 (Krumm, 2005) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 71 Como você pode imaginar, as coisas não foram tão simples. Fazer esse mapeamento já era algo complicado. Muitas destas características são mensuradas pela percepção de outras pessoas. Comparar aspectos como inteligência, flexibilidade e valores é algo muito difícil. Além disso, muitas vezes uma característica que tinha sido muito positiva em um caso, poderia ser desastrosa em outra situação. Um líder PXLWR�³ILUPH´�FRP�VXD�HTXLSH�SRGHULD�VHU�D�³VROXomR´�HP�XP�FDVR�GH�XP� general na segunda guerra mundial, mas seria um fracasso em um líder de governo no Senado, por exemplo. Isto acontece SRUTXH� HVWDV� VLWXDo}HV� GLIHUHQWHV� ³SHGLULDP´� OtGHUHV� diferentes. A teoria não estava considerando o ambiente externo, o contexto, dentro de sua análise. Não existiria um líder perfeito para todas as situações. Desta maneira, o modelo aos poucos foi sendo desacreditado e superado por novas teorias que buscaram analisar a influência do meio externo no papel do líder. Teoria Comportamental Com a rejeição das teorias que buscavam os traços de liderança mais adequados, os principais estudiosos começaram a pesquisar o que se chamou de perspectiva comportamental da liderança. Basicamente, eles passaram não mais a analisar o que os líderes eram, mas o que eles faziam. Ou seja, passaram a buscar entender as características comportamentais dos líderes eficazes17. Uma diferença importante entre essas abordagens, em comparação com a teoria dos traços, é a de que o comportamento do líder pode ser aprendido. Os Estilos de Liderança. A pesquisa realizada por Kurt Lewin e demais autores na Universidade de Iowa foi uma das primeiras tentativas de identificar os estilos de liderança dos gestores. 17 (Sobral & Peci, 2008) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 71 Eles estudaram o comportamento de grupos de pessoas, principalmente em relação ao controle de seus subordinados, e ³PDSHDUDP´�WUrV�HVWLORV�GLIHUHQWHV��autocrático, democrático e liberal. O líder autocrático seria aquele que controla mais rigidamente seus empregados. Ele toma todas as decisões e não delega autoridade nenhuma para seus funcionários. Na empresa dele, até compra de caneta Bic tem que ser autorizada por ele antes! Ele define em detalhes como será a atuação de cada pessoa HP� VHX� GHSDUWDPHQWR�� $� SDUWLFLSDomR� GRV� IXQFLRQiULRV�QRV� ³UXPRV´� H� decisões é quase nula. Já o líder democrático seria aquele que contaria com a participação de sua equipe na tomada de decisões. Seria um controle compartilhado, feito em conjunto. Existiria um nível de delegação de autoridades e responsabilidades pelo líder. Alguns autores dividem esse estilo de liderança em dois: o modo consultivo e o participativo. Figura 3 - Tipos de Liderança Democrática A diferença básica entre os dois tipos é sobre quem toma a decisão final. No caso do tipo consultivo, como o nome já indica, a decisão cabe ao OtGHU�GHSRLV�TXH�HOH�³FRQVXOWD´�VXD�HTXLSH� No caso do tipo participativo, a equipe participa da decisão. A tomada de decisão é feita pelo grupo, em conjunto com o líder. Finalmente, a liderança liberal (também chamada de ³ODLVVH]- IDLUH´��DOJR�FRPR�³GHL[DU�ID]HU´�HP�IUDQFrV��p�R�HVWLOR�HP�TXH�H[LVWH�SRXFR� ou nenhum controle do líder sobre seus empregados. $�HTXLSH�WHP�OLEHUGDGH�TXDVH�WRWDO�GH�³WRFDU´�R�WUDEDOKR�FRPR�PHOKRU� escolher. A liderança teria somente um papel consultivo, de um esclarecedor de dúvidas e de fornecedor dos recursos para as tarefas. Os autores buscavam determinar qual seria o melhor estilo de liderança. As descobertas foram um pouco decepcionantes. Os empregados Democrático Consultivo Líder toma a decisão depois de ouvir Democrático Participativo Decisão é feita em conjunto 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 71 se mostraram mais satisfeitos em trabalhar para os líderes democráticos (nenhuma surpresa, não é mesmo?). Mas os resultados objetivos do trabalho pareciam indicar que para muitas situações os líderes autocráticos eram os que conseguiam ³HQWUHJDU´� RV� PHOKRUHV� UHVXOWDGRV�� -i� R� HVWLOR� OLEHUDO� QmR� WUD]LD� QHP� satisfação aos empregados nem resultados práticos. Assim sendo, uma das críticas à esta teoria foi a de que não existiria XPD�OLGHUDQoD�³VXSHULRU´��PDV�TXH�R�PHOKRU�HVWLOR�GHSHQGHULD�GD�VLWXDomR� em que o líder estivesse envolvido. Abaixo, podemos ver um resumo dos estilos: Figura 4 - Teoria comportamental ou dos estilos de liderança. Vamos praticar agora? (CESPE ± BASA - ADMINISTRAÇÃO) Na atualidade, inexiste situação que comporte a aplicação da liderança autocrática no âmbito de uma organização, pois essa é uma teoria sem aplicabilidade prática. A liderança autocrática tem sim aplicabilidade prática. Existem diversas situações em que a liderança democrática ou a liderança liberal não funcionam, como casos em que não temos tempo para tomar uma decisão, por exemplo. Quem já serviu ao Exército, por exemplo, sabe que o estilo de liderança nas forças armadas não é o democrático, não é mesmo? O gabarito é questão errada. Autocrático à?O líder controla rígidamente seus funcionários e centraliza as decisões. Democrático à?Líder envolve seus funcionários, delegando autoridades e responsabilidades. Tem dois tipos: consultivo (lider decide) e participativo (grupo decide). >ŝďĞƌĂů�ŽƵ� ?ůĂŝƐƐĞnj- ĨĂŝƌĞ ? à?Líder praticamente "ausente". Equipe liberdade quase total. Lider apenas responder dúvidas e fornecer os recursos necessários. 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 71 Estudos da Universidade de Ohio Os estudos sobre liderança desenvolvidos pela Universidade de Ohio, desenvolvidos na década de 1940, buscaram identificar dimensões independentes do comportamento do líder, descrevendo as principais categorias de liderança. O objetivo das pesquisas era o de entender a eficácia dos comportamentos de liderança orientados para a tarefa e os comportamentos orientados para as pessoas. Os estudos de Stogdill e Coons descreveram duas categorias de liderança: estrutura de iniciação e consideração18. A consideração está associada ao bom relacionamento com as pessoas. Líderes associados com essa categoria enfatizariam um bom ambiente de trabalho que aumente o engajamento entre as pessoas, que trabalhariam melhor juntas. Essa categoria estaria, portanto, associado com a relação interpessoal, com o respeito e confiança mútua e com a amizade. -i�RV�OtGHUHV�DVVRFLDGRV�FRP�D�FDWHJRULD�³estrutura de iniciação´� estariam mais voltados para as tarefas e atividades e focados na definição e organização do trabalho. Esse tipo de líder define quem irá desempenhar as tarefas, organiza os grupos de trabalho e descreve quais são os comportamentos e resultados esperados de cada subordinado. Categoria de Liderança Descrição Estrutura de Iniciação Corresponde ao grau em que um líder define o trabalho que deve ser feito, a forma como o trabalho deve ser feito, a organização do trabalho, os canais de comunicação, dentre outros aspectos relacionados com a tarefa. Consideração Corresponde ao grau em que o líder gera relacionamentos baseados no respeito pelas ideias, na sensibilidade aos sentimentos e aspirações dos trabalhadores e na confiança mútua. Os estudos identificaram que os líderes orientados para as tarefas (estrutura de iniciação) ou para as pessoas (consideração) nem sempre eram eficazes19. 18 (Ribas & Salim, 2013) 19 (Sobral & Peci, 2008) 05258920364 - luana d Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 71 Essa descoberta abriu espaço para a ideia de que deveriam existir outros fatores situacionais que deveriam ser levados em consideração no estudo da liderança. Os Estilos de Liderança de Likert. Outra teoria comportamental ligada aos estilos de liderança é a criada por Likert, que se baseou no estilo de autoridade do líder. Para ele, os quatro estilos de liderança são os seguintes: autoritário-coercitivo, autoritário-benevolente, consultivo e participativo. Abaixo, podemos ver uma descrição de cada estilo: Estilo de Liderança Descrição Autoritário- Coercivo O líder é autocrático, centralizando a tomada de decisões, tendo um controle rígido sobre o funcionamento da instituição. Se comunica raramente com seus subordinados e utiliza ameaças e punições frequentemente. Costuma gerar uma submissão dos subordinados, uma dependência deles perante o chefe, além da inibição e uma desmotivação. Como ponto positivo, temos uma rapidez na tomada de decisão. É comum em empresas de setores com mão de obra intensiva. Autoritário- Benevolente Seria um caso mais "brando" do estilo autoritário-coercitivo. O líder continua autocrático, mas seria menos rígido e faria algumas consultas eventuais a equipe e delegaria algumas tarefas e decisões. Neste estilo, as ameaças seriam utilizadas também com prêmios e recompensas. As consequências desse estilo seriam semelhantes ao do estilo autoritário-coercitivo, mas em menor escala. Ocorre com mais frequência em empresas industriais com profissionais ou pouco mais especializados. Consultivo É um estilo em que o líder envolve mais seus funcionários e discute os objetivos e metas com eles. A comunicação com os subordinados é melhor e existe um clima mais propenso ao trabalho colaborativo e em equipe. A motivação dos liderados costuma ser maior e o clima organizacional é mais ameno. Entretanto, o trabalho se torna um pouco mais moroso. Costuma ser utilizadoem organizações do setor de serviços. 05258920364 - luana b Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 71 Participativo O líder tem uma postura mais democrática e cria um ambiente em que todos participam na tomada de decisões. A comunicação entre a equipe é boa e as pessoas sentem real responsabilidade pelo seu trabalho. A motivação é claramente superior. Costuma ser utilizada em empresas de setores de tecnologia e com profissionais altamente capacitados que atuam em atividades complexas. Grid Gerencial de Blake e Mouton. Esta é uma das teorias comportamentais da liderança mais conhecidas. A grade gerencial de Blake e Mouton foi uma evolução da teoria de Tannenbaum e Schmidt, que postulava que a liderança era um ³FRQWLQXXP´�HQWUH�D�OLGHUDQoD�RULHQWDGD�SDUD�SHVVRDV�H�D�RULHQWDGD�SDUD� tarefas, pois questionou esta visão antagônica (ou era focada em pessoas ou tarefas, e não nas duas!)20. Para Blake e Mouton, tanto a preocupação com as pessoas e com a produção são fundamentais para se alcançar um bom resultado21. Eles montaram a grade gerencial baseada nas duas dimensões comportamentais: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção (por isso é chamada visão bidimensional do estilo de liderança)22. A ideia por trás da teoria é a de que o líder não deveria ser totalmente focado nas pessoas, pois provavelmente tenderia a não atingir os resultados da empresa (oferecendo benefícios em excesso e cobrando pouco os resultados). Por outro lado, também não poderia ser totalmente voltado para os resultados (ou para a produção), pois poderia alienar as pessoas e criar um ambiente desmotivador e afastar os melhores empregados23. Abaixo podemos ver mais facilmente o grid gerencial: 20 (Daft, 2005) 21 (Robbins & Coulter, Administração, 1998) 22 (Blake e Mouton, 1985) apud (Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008) 23 (Clegg, Kornberger, & Pitsis, 2008) 05258920364 - luana 0 Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 71 Figura 5 - Grade gerencial. Adaptado de (Sobral & Peci, 2008) Cada uma das dimensões é avaliada por meio de uma escala de 1 a 9, contendo 81 posições possíveis para o estilo de liderança. As cinco posições chaves que Blake e Mouton identificaram foram24: Líder negligente ou liderança empobrecida (1.1) O líder se esforça minimamente para fazer o trabalho e justificar sua permanência na posição. O líder é basicamente ausente. Líder-tarefa (9.1) O líder se preocupa com a eficiência na produção, mas pouca preocupação com a motivação e o desenvolvimento dos funcionários. Todo o foco se concentra nos resultados. É a liderança na base GR�³FKLFRWH´! Líder-pessoa ou clube de campo (1.9) Toda a preocupação está focada nas necessidades dos funcionários e em proporcionar um ambiente agradável, sem preocupar-se muito com a eficiência e eficácia da produção. Neste tipo de liderança, existe pouca pressão por resultado! 24 (Chiavenato, Introdução à teoria geral da administração, 2011) 05258920364 - luana 9 Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 71 Líder meio-termo (5.5) O líder mantém uma eficiência da produção razoável e um moral satisfatório. Busca equilibrar sua preocupação com as pessoas e com a produção, sem maximizar nenhum dos fatores. Líder-equipe (9.9) Segundo Blake e Mouton, esse é o estilo mais eficaz para uma organização! O líder se esforçaria tanto para obter eficiência na produção, como em manter seus funcionários motivados e em constante desenvolvimento. A teoria de Blake e Mouton foi muito importante por sintetizar as teorias comportamentais de liderança, mas os estudos posteriores não confirmaram que o estilo líder-equipe seja realmente o mais eficaz em todos os casos. A falha de não levar em consideração os fatores situacionais acabou levando ao desenvolvimento posterior das teorias contingenciais ou situacionais de liderança. Liderança Contingencial Depois das falhas encontradas na teoria comportamental (ou dos estilos de liderança), a preocupação voltou-se para a influência do ambiente ou do contexto no processo de liderança. 1mR�H[LVWLULD��DVVLP��XP� OtGHU�³SHUIHLWR´�SDUD�WRGDV�DV�VLWXDo}HV��$� liderança deveria incluir também a percepção do líder para que ele tivesse FRPR�VH�³PROGDU´�D�cada situação específica. Além do aspecto do ambiente que envolve a situação, as teorias contingenciais também consideram como importantes tanto o comportamento dos líderes, bem como a maturidade dos liderados25. 25 (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009) 05258920364 - luana 4 Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 71 Teoria da Contingência de Fiedler. De acordo com o autor, as características das personalidades são desenvolvidas durante diversas experiências vividas durante a vida e dificilmente são alteradas26. Para Fiedler, existem dois tipos de líderes: líderes orientados para tarefas e líderes orientados para pessoas. Os primeiros seriam mais focados nos resultados e nos objetivos organizacionais. Já os segundos, naturalmente, estariam mais voltados para o bem-estar de sua equipe. A teoria engloba três aspectos principais: o relacionamento entre o líder e seus empregados, o poder de autoridade que este líder detém e a estrutura da tarefa/atividade. Os fatores combinados formam oito dimensões, desde a mais desfavorável a mais favorável para o líder. O conceito principal da teoria é que o gestor deve analisar qual é o perfil do líder para que possa posteriormente inseri-lo dentro do contexto que mais se adapte ao seu comportamento27. Figura 6 - Teoria da Contingência de Fiedler. Fonte: (Rennó, 2013) A conclusão do trabalho foi interessante. O autor percebeu que a liderança orientada para tarefas era mais eficaz na maioria das situações (ver gráfico acima). Tanto em situações altamente favoráveis quanto nas altamente desfavoráveis, o líder focado na tarefa se saía melhor. Somente em situações intermediárias era que a liderança orientada para pessoas era a mais adequada. 26 (Krumm, 2005) 27 (Sobral & Peci, 2008) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 71 Teoria Caminho-Meta Esta teoria da contingência afirma que os líderes devem ser flexíveis e, portanto, devem moldar o tipo de liderança à situação, envolvendo fatores contingenciais ambientais e fatores contingenciais do subordinado. Seus autores postulam que o líder tem a responsabilidade de aumentar a motivação dos funcionários mostrando os comportamentos necessários para o alcance das metas e as recompensas disponíveis no caso de sucesso. Uma das principais ideias da teoria Caminho-Meta é de que o líder será aceito pelos liderados quando estes o virem como fonte de satisfação, imediataou futura. Fonte: Bass, Bernard. Leadership: good, better, Best. Organizational Dynamics, Winter 1985. O trabalho do líder é o de esclarecer quais são os comportamentos adequados para que os objetivos sejam atingidos e mostrar quais são as recompensas disponíveis, além de equalizar as recompensas com as reais necessidades dos empregados (eles querem recompensas materiais ou buscam recompensas intrínsecas, como melhor ambiente de trabalho, trabalho mais gratificante e maior realização?). O desafio, para o líder, seria o de usar o estilo de liderança que seria o mais adequado às necessidades motivacionais dos seus liderados. Os autores classificam os estilos de liderança em quatro: Estilo Descrição 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 71 Compreensivo (apoiador) O líder mostra preocupação com as necessidades dos empregados e seu comportamento é aberto e amistoso, tratando-os como iguais e criando um clima favorável. Diretivo O líder diz em detalhes como os empregados devem fazer seu trabalho, definindo as metas, normas e as recompensas específicas. É semelhante ao estilo focado em tarefas que já vimos anteriormente. Participativo Líder é aberto às ideias dos empregados e encoraja a participação na tomada de decisões. Realizador O líder define metas arrojadas e busca com os empregados atingir um alto desempenho e o constante aprimoramento. O líder incentiva o aprendizado contínuo e a busca por melhorias em vez de resultados momentâneos. A teoria do caminho-meta foca no relacionamento entre o estilo do líder, as características dos subordinados e o conjunto do trabalho. Fonte: Yukl, Gary. Leadership in Organizations. Ed Prentice Hall. 1981. Teoria Situacional 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 71 A teoria da liderança situacional de Hersey e Blanchard pôs o foco da liderança nos subordinados, e não nos líderes28�� 3DUD� HOHV�� D� ³FKDYH� GR� VXFHVVR´�GD�OLGHUDQoD�HVWi�QD�HVFROKD�FRUUHWD�GH�XP�HVWLOR�GH�OLGHUDQoD�TXH� esteja adequado ao nível de maturidade dos funcionários. Para os autores, os líderes devem analisar o nível de maturidade para saber como devem se comportar em relação a eles. Um conceito muito importante nesta teoria é o de adaptabilidade. Um líder é adaptável (ou adaptativo) quando consegue variar o estilo de liderança de acordo com o contexto29. Ao contrário, um líder rígido só consegue ser eficaz quando seu estilo de liderança é adequado ao ambiente que o cerca. Naturalmente, os líderes adaptáveis são mais adequados aos nossos tempos. Isto acontece porque os funcionários não são todos iguais. De acordo com Hersey e Blanchard, eles têm um nível de maturidade variável. Aqui estamos definindo maturidade não só de acordo com o aspecto psicológico do trabalhador, mas também em relação à sua capacidade de realizar o trabalho. 28 (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009) 29 (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009) 05258920364 - luana ==db094== Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 71 Figura 7 - Estágios de Maturidade. Fonte: (Cavalcanti, Carpilovsky, Lund, & Lago, 2009) Assim, um funcionário com alta maturidade seria capaz de fazer suas tarefas de forma independente, de se autogerenciar e de buscar as metas necessárias. Já um funcionário com baixa maturidade demandaria uma maior atenção do líder, de modo a compensar sua baixa capacidade de realizar as atividades, somado com sua pouca disposição de assumir responsabilidades. Os autores montaram um quadrante com dois fatores: comportamento focado nas tarefas e comportamento focado nos relacionamentos. Os líderes teriam quDWUR�³HVWLORV´�RX�FRPSRUWDPHQWRV�SRVVtYHLV��GH� acordo com a combinação destes fatores (tarefa e relacionamento): direção, delegação, persuasão e participação. De acordo com Schermerhorn30, os estilos seriam os seguintes: 30 (Schemerhorn Jr., 2008) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 71 ¾ Direção (ou Determinação) ± determinar o que cada subordinado fará em detalhes, com rígida supervisão. Um estilo com alta preocupação com a tarefa e baixa preocupação com o relacionamento; ¾ Persuasão ± explicar a necessidade de cada tarefa de forma persuasiva e dar um suporte ao empregado sempre que possível. Um estilo com alta preocupação com a tarefa e também alta preocupação com o relacionamento; ¾ Participação (ou compartilhamento) ± enfatizar o compartilhamento de ideias e a participação dos funcionários na tomada de decisões em relação ao trabalho que será desenvolvido. Seria um estilo com baixa preocupação com a tarefa e alta preocupação com o relacionamento; ¾ Delegação ± deixar o funcionário ou o grupo tomar suas próprias decisões em relação ao trabalho e assumir suas responsabilidades. Seria um estilo com baixa preocupação com a tarefa e baixa preocupação com o relacionamento. O conceito da teoria é bem simples: o líder deve perceber em que situação está seu empregado e aplicar o estilo adequado. Para funcionários que tenham sido recentemente contratados, com pouca experiência prática, o líder deve adotar um comportamento mais focado no que deve ser feito, sem dar muita autonomia, supervisionando de perto. Já com funcionários com muito tempo de casa e com experiência prática nas tarefas, o líder deve dar autonomia e delegar autoridade e responsabilidade. Estes empregados têm capacidade para se autogerenciar. Liderança Transacional x Transformacional. Grande parte das teorias de liderança se baseia no relacionamento entre líderes e subordinados. Existem, porém, estudos que abordam o tipo de recompensa que o líder oferece, ao invés de analisar o comportamento do líder em relação aos liderados. Estes estudos apontam dois tipos de líderes: líderes transacionais e transformacionais. Liderança transacional é aquela onde existe uma relação de troca entre líder e subordinado. Seu nome vem exatamente desta troca, de transação! O líder define as metas que devem ser alcançadas e promete os ³SUrPLRV´�FDVR�RV�REMHWLYRV�VHMDP�DWLQJLGRV� O líder transacional deve então esclarecer quais serão as tarefas e os objetivos, motivar seus funcionários para que eles atinjam suas metas, e 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 71 fornecer apoio aos liderados no trabalho, buscando suprir suas necessidades. De acordo com muitos autores, a liderança transacional funciona bem quando a organização está em um ambiente estável. Para que ela seja HILFD]��DPERV�RV� ODGRV� �OtGHU�H� OLGHUDGR��GHYHP�HVWDU� ³VDWLVIHLWRV�FRP�R� QHJyFLR´��RX�VHMD��GHYH�H[LVWLU�XP�HTXLOtEULR�HQWUH�DV� UHFRPSHQVDV�H�RV� esforços. Lembre-se! O líder transacional é o líder tradicional, que busca motivar através de incentivos materiais Já na liderança transformacional, o papel do líder é de inspirador de seussubordinados. Esse líder busca que seus liderados transcendam seus objetivos pessoais em benefício da organização! Ele não se apoia somente nas recompensas materiais para motivar os seus liderados, mas usa também outros aspectos, como a visão, os valores compartilhados e as ideias para que seus subordinados se superem. Existe uma via de mão dupla neste tipo de liderança. Há um estímulo mútuo, em que ambas as partes se incentivam para que façam um esforço extra, para que o mais alto nível de motivação seja atingido. Figura 8 - Liderança Transacional e Transformacional O líder transformacional é um agente de mudanças e inovações na organização. Este líder tem características do líder carismático, mas vai além deste! O líder carismático pode querer que os liderados sigam seu modo de pensar, e nada além disso. à?É aquela onde existe uma relação de troca entre líder e subordinado. O líder define as metas que devem ser alcançadas e promete ŽƐ�à“ƉƌġŵŝŽƐà?�ĐĂƐŽ�ŽƐ�ŽďũĞƚŝǀŽƐ�ƐĞũĂŵ� atingidos. Transacional à?O líder é um inspirador de seus subordinados. Não se apóia somente nas recompensas materiais para motivar os seus liderados. Transformacional 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 71 No caso do líder transformacional, ele quer que os seus seguidores sejam questionadores e empreendedores, que busquem o novo, que sejam criativos! Assim sendo, a liderança transformacional seria construída em cima das bases da liderança transacional. Ela geraria esforços e resultados acima dos que a liderança transacional poderia atingir! Abaixo, podemos ver um quadro comparativo entre os líderes transacionais e transformacionais31: Líderes Transacionais Líderes Transformacionais Recompensa Contingente: negocia os esforços em troca de recompensas, promete recompensas por bom desempenho, reconhece os bons resultados. Carisma: Fornece uma visão e um sentido de missão, introduz o orgulho, ganha o respeito e a confiança. Gerenciamento pela exceção (ativa): observa e procura por desvios das regras e padrões, toma as ações corretivas. Inspiração: comunica altas expectativas, utilizando símbolos para focar os esforços e expressa os objetivos mais importantes de forma simples. Gerenciamento pela exceção (passiva): Intervém somente quando os padrões não são alcançados. Estímulo intelectual: promove a inteligência, racionalidade e a solução de problemas de forma cuidadosa. Laissez-faire: Abdica das suas responsabilidades, evita tomar decisões. Consideração Individualizada: fornece atenção personalizada, trata cada funcionário de forma individual, treina e aconselha. Tabela 1 - Quadro comparativo entre líderes transacionais e transformacionais. Adaptado de: (Robbins, Organizational Behavior, 2004) Liderança Carismática A teoria da liderança carismática está centrada na noção de que certos líderes podem, pelo poder de seu carisma, motivar as pessoas a atingir seus objetivos. Eles formariam grupos coesos e voltados para esses objetivos, com um alto grau de confiança no líder.32 De acordo com Clegg et al,33 31 (Robbins, Organizational Behavior, 2004) 32 (Clegg, Kornberger e Pitsis 2008) 33 (Clegg, Kornberger e Pitsis 2008) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 71 ³$�OLGHUDQoD�FDULVPiWLFD�p�R�WLSR�GH�OLGHUDQoD�TXH� faz uma ênfase na articulação de uma visão e de XPD�PLVVmR�TXH�SURPHWH�XPD�YLGD�PHOKRU��³ De certa forma, a teoria da liderança carismática aponta o carisma como uma característica que fariam os subordinados dedicarem-se mais e a seguirem fielmente o líder em torno de uma meta idealizada por ele. Mas como um líder torna-se um líder carismático? Ou melhor, como desenvolvemos um carisma? Segundo uma análise de Conger e Kanengo, as principais características de um líder carismático seriam:34 Características Descrição Autoconfiança Possuem confiança plena no próprio julgamento e habilidade; Visão Apresentam uma meta idealizada que propõe um futuro melhor que o status quo. Quanto maior a disparidade entre essa meta idealizada e o status quo, mais os seguidores tenderão a atribuir ao líder uma visão extraordinária; Habilidade de articulação Eles podem esclarecer e formular sua visão de maneira compreensível para os demais, demonstrando uma compreensão das necessidades dos seguidores e, consequentemente, atuando como força motivadora; Forte convicção Os líderes carismáticos são tidos como fortemente comprometidos, dispostos a assumir elevados riscos pessoais, arcar com custos altos e dedicar-se ao autossacrifício para realizar o que pretendem; Comportamento fora do habitual Os que têm carisma adotam atitudes vistas como modernas, não convencionais e contrárias as normas. Quando bem-sucedidos, esse tipo de comportamento desperta surpresa e admiração nos seguidores; Agentes de mudança Os líderes carismáticos são percebidos como agentes de mudança radical, em lugar de mantenedores do status quo; 34 (Conger e Kanengo) apud (Robbins, 2002) apud (Cavalcanti, et al. 2009) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 71 Sensibilidade ao ambiente Fazem avaliações realistas das imposições ambientais e dos recursos necessários para provocar a mudança. Deste modo, os líderes carismáticos são vistos pelos seus subordinados como obstinados, autoconfiantes e agentes de mudança em sua organização. Não se comportam como chefes conservadores e buscam o risco, o novo, a mudança. De acordo com Robbins,35 existem três passos principais para que um líder possa desenvolver carisma: Naturalmente, existem adeptos e críticos deste tipo de liderança. Pesquisas mostram que pessoas que trabalham com líderes carismáticos são mais motivadas e dedicam-se mais. Além disso, como gostam de seus chefes, são mais felizes no ambiente de trabalho.36 Entretanto, alguns apontam que este estilo pode criar problemas. $�DXWRFRQILDQoD�H�EXVFD�REVWLQDGD�SRU�XP�REMHWLYR�SRGH�³FHJDU´�R�OtGHU�� fazendo com que ele não escute críticas e sugestões de pessoas com outras 35 (Robbins, Organizational Behavior 2004) 36 (Robbins, Organizational Behavior 2004) Deve desenvolver uma aura de carisma, sendo otimista em relação aos desafios e utilizando uma comunicação não só de palavras, mas do corpo inteiro. Um indivíduo atrai outras pessoas criando um compromisso qua as inspire a segui-lo. O líder extrai o máximo do potencial dos outros reconhecendo e explorando suas emoções, através de incentivos e encorajamento. 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 71 visões.37 Assim, esse tipo de líder seria mais adequado a empresas emergentes ou que necessitem de uma grande mudança. Liderança Visionária Da mesma forma que a liderança carismática, o próprio nome da liderança visionária indica qual é o seu enfoque. Os autores que criaram esse termo, Bennis e Nanus, apontaramque a capacidade de criar e compartilhar uma visão de futuro seria fundamental na atuação de um líder.38 Mas afinal, o que seria uma visão? Esse conceito está relacionado com o destino desejado ± XP� ³PDFUR� REMHWLYR´�� 6HULD�� EDVLFDPHQWH�� UHVSRQGHU�D�SHUJXQWD��³FRPR�TXHUHPRV�HVWDU�GDTXL�D�FLQFo ou dez anos? ´� Para Albrecht,39 para chegar à visão, uma empresa deve perguntar: como queremos ser vistos pelas pessoas e pelo mercado? 0DV�XPD�YLVmR�QmR�SRGH�ILFDU�VRPHQWH�QD�³FDEHoD´�GR�OtGHU��Um líder YLVLRQiULR�³YHQGH´�D�YLVmR�DRV�PHPEURV�GD�RUJDQL]ação. Ele utiliza HVVH�³DOYR´��HVVH�PDFUR�REMHWLYR��FRPR�XP�IDWRU�PRWLYDGRU�H�TXH�FULD�XPD� coesão no grupo. Essa visão serve para que todos tenham uma noção clara de quais são os objetivos buscados e auxilia na priorização de esforços e de recursos. De acordo com Bennis e Nanus,40 ³e�� SRUWDQWR�� XP� HOHPHQWR� PRWLYDGRU�� DOpP� GH� atuar como critério de seleção para a alocação de esforços, filtrar as informações a serem analisadas, e disciplinar as ações, de modo a canalizar todos os esforços para um único fim. ´ Assim sendo, um líder visionário não só escolhe uma visão correta para a empresa, mas também comunica essa visão a todos RV� PHPEURV� H� FRQVHJXH� TXH� HVWHV� ³FRPSUHP´� HVVD� YLVmR� H� VH� dediquem ao máximo para que a mesma vire realidade. 37 (Cavalcanti, et al. 2009) 38 (Bennis e Nanus, 1988) apud (Cavalcanti, et al. 2009) 39 (Albrecht) apud (Boyett e Boyett, 1999) apud (Cavalcanti, et al. 2009) 40 (Bennis e Nanus, 1988) apud (Cavalcanti, et al. 2009) 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 71 Resumo Memorex Conceitos Básicos de Empreendedorismo 9 O empreendedor não pode ser confundido com empresário! 9 Empreender é manejar os recursos disponíveis da melhor maneira, de forma que sejam maximizados a eficiência e os resultados da organização. Empreender é fazer acontecer. 9 Uma cultura empreendedora é aquela que favorece a formação de um à“ĞƐƉşƌŝƚŽ� ĞŵƉƌĞĞŶĚĞĚŽƌà?à?� ƋƵĞ� ĨĂǀŽƌĞĐĞ� Ă�busca pela inovação, pelo aperfeiçoamento, e pelo melhor modo de se fazer as coisas do dia a dia. 9 O empreendedorismo governamental ocorre sempre quando os gestores públicos aproveitam os recursos disponíveis de novas e melhores formas, buscando a satisfação e o benefício dos cidadãos. 9 A gestão empreendedora busca envolver diversos atores (públicos ou privados) para uma atuação conjunta focada em resolver os problemas e anseios da sociedade. Conceitos do livro de Osborne e Gaebler Governo Catalisador O governo deve ter o papel de indutor da sociedade, de regulador, não mais de executor dos serviços. O Governo é da Comunidade Devem ser transferidas responsabilidades para as comunidades locais, pois estas são mais flexíveis e vivenciam mais de perto os seus diversos problemas. Governo Competitivo A competição leva ao aumento da eficiência, força os agentes a suprir melhor as necessidades dos usuários, aumenta a inovação e a criatividade e melhora o clima organizacional dentro dos órgãos públicos. Atenção: os próprios órgãos públicos deveriam ser postos em situação de competir com outros órgãos públicos, de forma a quebrar o monopólio da prestação dos serviços públicos e a forçá-los a se aprimorar. O Governo Orientado para Missões Foco deve ser na missão do órgão, não no cumprimento de normas e regulamentos. Agente público deve ter maior autonomia e flexibilidade. 05258920364 - luana luana Realce luana Realce luana Realce luana Realce luana Realce luana Realce luana Realce Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 71 Governo de Resultados Foco nos resultados. Normalmente, os governos burocráticos não controlam resultados - somente os recursos destinados. Desta forma, acabam incentivando não os órgãos eficientes, mas os ineficientes. O mesmo ocorre com os servidores. Como os governos não sabem medir resultados, remuneram por outros critérios, como tempo de casa e volume de recursos ou empregados subordinados. Assim, a preocupação deve deixar de ser nos recursos investidos (os inputs) e se preocupar com os resultados (os outputs) do processo governamental. Governo e sua Clientela Foco deve ser no cliente. Como os órgãos públicos não recebem seus recursos diretamente dos seus clientes (cidadãos), e sim do Legislativo, normalmente não se importam com eles e muitas vezes nem sabem direito quem são ou quais são suas necessidades. Isso deve mudar. Governo Empreendedor A busca de novas receitas deve ser incentivada para que o governo recupere sua capacidade de investir e de gerar mais receitas no futuro. Ex: criar taxas para os serviços públicos, gerar parcerias. Governo Preventivo Os governos devem deixar de se preocupar apenas com a resolução dos problemas para se concentrar nas causas dos problemas. Ao invés de tratar os sintomas, deve-se buscar evitar que os problemas apareçam. Governo Descentralizado Devemos sair da hierarquia para a participação e ao trabalho de equipe. A descentralização eleva a flexibilidade, a eficiência e o comprometimento dos servidores envolvidos. Governo Orientado para o Mercado Os governos devem buscar atuar através de mecanismos de mercado, em vez de tentar atuar diretamente. Ao criar incentivos e direcionar a iniciativa privada, eles podem ser mais efetivos na solução dos problemas da sociedade. Os mercados não são perfeitos, e existem serviços que não se prestam à iniciativa privada, mas, sempre que possível, o governo deve induzir e não executar, ou seja, estruturar e induzir o mercado, e não administrar sozinho. Princípios da Gestão Empreendedora 9 Foco no resultado; 9 Autonomia e responsabilização; 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 71 9 Construção de boas parcerias; 9 Trabalho em rede; 9 Gestão da informação; 9 Transparência, 9 Diálogo público e 9 Avaliação Fatores que devem ser combatidos 9 A inflexibilidade do modelo burocrático tradicional, 9 A hierarquia excessiva, 9 O crescimento da área pública, 9 O paternalismo, 9 A descontinuidade e 9 As práticas patrimonialistas Conceito de Liderança x A liderança envolve a habilidade para influenciar pessoas para que sejam alcançados determinados objetivos; é mostrar o caminho a ser seguido. Um líder ideal deve saber conduzir sua equipe de modo a que todos atinjam seus resultados esperados. x O exercício da liderança é algo dinâmico e que envolve diversos fatores das relações pessoais, como a influência pessoal, o poder, a comunicação, para que os objetivos organizacionais da instituição sejam alcançados. Não é absolutamente necessário que o chefe de uma equipe seja o seu líder, na prática. Tipos e Fontes de Poder O poder pode ser conceituado como a possibilidade de influenciar pessoas ou um grupo de pessoas e modificar seu comportamento. x Poder coercitivo: Quem detém este poder pode punir através de sanções, de penas, de castigos. O medo da punição altera assim o comportamento das pessoas. x Poder de recompensa: O poder se exprime pela capacidade do detentor do poder de incentivar através de prêmiosas outras pessoas. x Poder legítimo: Este tipo é derivado da posição hierárquica na organização, da estrutura formal da empresa. x Poder referente: Também chamado de carismático, é decorrente de uma percepção positiva das pessoas sobre alguém. Como muitos admiram sua personalidade, suas ideias, são influenciadas por ela. x Poder de competência: se origina do reconhecimento de que uma pessoa detém um know-how que o diferencia dos demais em algum tema. 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 71 Teorias da Liderança Teoria dos Traços de Liderança ^Ğ� ďĂƐĞŝĂ� Ğŵ� ƵŵĂ� ŶŽĕĆŽ� ĂŶƚŝŐĂ� ĚĞ� ƋƵĞ� ŽƐ� ůşĚĞƌĞƐ� ƚĞƌŝĂŵ� ĐĞƌƚŽƐ� à“ƚƌĂĕŽƐà?� ĚĞ� personalidade (características pessoais como a inteligência, a capacidade de oratória, a confiança, os valores, dentre outros aspectos vistos como positivos) que os definiriam, que seriam característicos destas pessoas. x Esse conceito foi, posteriormente, modificado para indicar que os traços podem ser desenvolvidos pela experiência. x O modelo aos poucos foi sendo desacreditado e superado por novas teorias que buscaram analisar a influência do meio externo no papel do líder. Teoria Comportamental Os Estilos de Liderança A teoria dos estilos de liderança (ou comportamental) buscou analisar a liderança não pelas características dos líderes, mas pelo seu comportamento em relação aos seus subordinados. x O líder autocrático: seria aquele que controla mais rigidamente seus empregados. x O líder democrático: seria aquele que contaria com a participação de sua equipe na tomada de decisões. Alguns autores dividem esse estilo de liderança em dois: o modo consultivo (onde a decisão é tomada pelo líder após consultar a equipe) e o participativo (onde as decisões são tomadas em conjunto). x A liderança liberal: à?ƚĂŵďĠŵ�ĐŚĂŵĂĚĂ�ĚĞ� à“ůĂŝƐƐĞnj-ĨĂŝƌĞà?à?�ĂůŐŽ�ĐŽŵŽ� à“ĚĞŝdžĂƌ� ĨĂnjĞƌà?�Ğŵ�ĨƌĂŶĐġƐà?�Ġ�Ž�ĞƐƚŝůŽ�Ğŵ�ƋƵĞ�ĞdžŝƐƚĞ�ƉŽƵĐŽ�ŽƵ�ŶĞŶŚƵŵ�ĐŽŶƚƌŽůĞ�ĚŽ�ůşĚĞƌ� sobre seus empregados. A liderança teria somente um papel consultivo, de um esclarecedor de dúvidas e de fornecedor dos recursos para as tarefas. hŵĂ�ĚĂƐ�ĐƌşƚŝĐĂƐ�ă�ĞƐƚĂ�ƚĞŽƌŝĂ�ĨŽŝ�Ă�ĚĞ�ƋƵĞ�ŶĆŽ�ĞdžŝƐƚŝƌŝĂ�ƵŵĂ�ůŝĚĞƌĂŶĕĂ�à“ƐƵƉĞƌŝŽƌà?à?�ŵĂƐ� que o melhor estilo dependeria da situação em que o líder estivesse envolvido Os Estilos de Liderança de Likert. Estilo de Liderança Descrição Autoritário-Coercivo O líder é autocrático, centralizando a tomada de decisões, tendo um controle rígido sobre o funcionamento da instituição. Se comunica raramente com seus subordinados e utiliza ameaças e punições frequentemente. Costuma gerar uma submissão dos subordinados, uma dependência deles perante o chefe, além da inibição e uma desmotivação. Como ponto positivo, temos uma rapidez na tomada de decisão. É comum em empresas de setores com mão de obra intensiva. 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 71 Autoritário- Benevolente O líder continua autocrático, mas seria menos rígido e faria algumas consultas eventuais a equipe e delegaria algumas tarefas e decisões. Neste estilo, as ameaças seriam utilizadas também com prêmios e recompensas. As consequências desse estilo seriam semelhantes ao do estilo autoritário-coercitivo, mas em menor escala. Ocorre com mais frequência em empresas industriais com profissionais ou pouco mais especializados. Consultivo É um estilo em que o líder envolve mais seus funcionários e discute os objetivos e metas com eles. A comunicação com os subordinados é melhor e existe um clima mais propenso ao trabalho colaborativo e em equipe. A motivação dos liderados costuma ser maior e o clima organizacional é mais ameno. Entretanto, o trabalho se torna um pouco mais moroso. Costuma ser utilizado em organizações do setor de serviços. Participativo O líder tem uma postura mais democrática e cria um ambiente em que todos participam na tomada de decisões. A comunicação entre a equipe é boa e as pessoas sentem real responsabilidade pelo seu trabalho. A motivação é claramente superior. Costuma ser utilizada em empresas de setores de tecnologia e com profissionais altamente capacitados que atuam em atividades complexas. Grid Gerencial de Blake e Mouton Para Blake e Mouton, tanto a preocupação com as pessoas e com a produção são fundamentais para se alcançar um bom resultado, criando a grade gerencial baseada nas duas dimensões comportamentais: preocupação com as pessoas e preocupação com a produção. As cinco posições chaves que Blake e Mouton Líder negligente ou liderança empobrecida (1.1): O líder é basicamente ausente. Líder-tarefa (9.1): O líder se preocupa com a eficiência na produção, mas pouca preocupação com a motivação e o desenvolvimento dos funcionários. É a liderança ŶĂ�ďĂƐĞ�ĚŽ�à“ĐŚŝĐŽƚĞà?à? Líder-pessoa ou clube de campo (1.9): Toda a preocupação está focada nas necessidades dos funcionários e em proporcionar um ambiente agradável, sem preocupar-se muito com a eficiência e eficácia da produção. 05258920364 - luana Administração Pública p/Analista do STM Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 03 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 71 Líder meio-termo (5.5): O líder mantém uma eficiência da produção razoável e um moral satisfatório. Busca equilibrar sua preocupação com as pessoas e com a produção, sem maximizar nenhum dos fatores. Líder-equipe (9.9): Segundo Blake e Mouton, esse é o estilo mais eficaz para uma organização. O líder se esforçaria tanto para obter eficiência na produção, como em manter seus funcionários motivados e em constante desenvolvimento. Teoria da Contingência de Fiedler. Para Fiedler, existem dois tipos de líderes: líderes orientados para tarefas e líderes orientados para pessoas. Os primeiros seriam mais focados nos resultados e nos objetivos organizacionais. Já os segundos, naturalmente, estariam mais voltados para o bem-estar de sua equipe. A teoria engloba três aspectos principais: o relacionamento entre o líder e seus empregados, o poder de autoridade que este líder detém e a estrutura da tarefa/atividade. Os fatores combinados formam oito dimensões, desde a mais desfavorável a mais favorável para o líder. Teoria Caminho-Meta Afirma que os líderes devem ser flexíveis e, portanto, devem moldar o tipo de liderança à situação, envolvendo fatores contingenciais ambientais e fatores contingenciais do subordinado. O líder será aceito pelos liderados quando estes o virem como fonte de satisfação, imediata ou futura. Estilo Descrição Compreensivo (apoiador) O líder mostra preocupação com as necessidades dos empregados e seu comportamento é aberto e amistoso, tratando-os como iguais e criando um clima favorável. Diretivo O líder diz em detalhes como os empregados devem fazer seu trabalho, definindo as metas, normas e as recompensas específicas. É semelhante ao estilo focado em tarefas que já vimos anteriormente. Participativo Líder é aberto às ideias dos empregados e encoraja a participação na tomada de decisões. Realizador O líder define metas arrojadas e busca com os empregados atingir um alto desempenho e o constante aprimoramento. O líder incentiva o aprendizado contínuo e a busca por melhorias em vez de resultados momentâneos. Teoria Situacional ��ƚĞŽƌŝĂ�ĚĂ�ůŝĚĞƌĂŶĕĂ�ƐŝƚƵĂĐŝŽŶĂů�ĚĞ�,ĞƌƐĞLJ�Ğ��ůĂŶĐŚĂƌĚ�Ěŝnj�ƋƵĞ�Ă�à“ĐŚĂǀĞ�ĚŽ�ƐƵĐĞƐƐŽà?� da liderança está na escolha correta de