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TRAUMATISMOS CRANIOENCEFÁLICO, TORÁCICO E ABDOMINAL Inst. BC Uguccioni Traumatismo Cranioencefálico Responsável por 50% das mortes em pacientes traumatizados. Faixa etária: 15 aos 24 anos. Quando não causam a morte > sequelas graves. Traumatismo da cabeça: couro cabeludo, crânio, encéfalo. Lesões no Couro Cabeludo Podem causar hemorragias > intensa vascularização. Hematomas subgaleais (galos): úteis para determinar a força do traumatismo. Sangramentos > compressão. Fratura com depressão: compressão na margem da lesão para evitar agravamento. Fraturas de Crânio Não significam que há lesão encefálica; Indicam a severidade do trauma e possibilidade de lesão intracraniana. Podem ser classificadas em: Fraturas lineares/simples: representam 80% das fraturas, lineares e sem desvio. Fraturas abertas: localizam-se sob lesão do couro cabeludo e maior potencial para infecção. Fraturas deprimidas: tem maior potencial para causar lesão cerebral. Fraturas de base de crânio: rinorragia, otorragia indicam a possibilidade dessa lesão. Olhos de guaxinim (equimose periorbitária) surge algumas horas após o trauma. A equimose de mastóide (sinal de Battle) é um sinal tardio (mais de 24 horas após a lesão)> Lesões Cerebrais Concussão: episódio de alteração do nível de consciência após um violento choque, com retorno rápido ao normal. Não há lesão cerebral definida. O quadro clínico é a perda da consciência por alguns segundos ou minutos, confusão, amnésia e vômitos. Contusão cerebral: áreas de hemorragia que se formam sobre a superfície do cérebro (giros cerebrais). Podem ocorrer sem outros tipos de hemorragias cerebrais ou podem ser vistas com hematoma subdural agudo ou epidural. Normalmente acompanhada de perda de consciência. Mais rápida de diagnosticar com tomografia. Tipicamente, o edema cerebral se desenvolve entre 48 a 72 horas após a lesão, contribuindo para aumentar a lesão. Hematomas Hematomas intracranianos são acúmulos de sangue no interior do cérebro ou entre o cérebro e o crânio. Os hematomas podem ser subdural - que forma-se no revestimento externo do cérebro Epidural - que forma-se entre essa membrana de revestimento e o crânio - Intracerebral - que forma-se dentro do cérebro. Os hematomas podem causar confusão mental, perda da memória, perda da consciência, coma, paralisia, dificuldade respiratória, problemas cardíacos e morte. Avaliação e abordagem da vítima: 1) Realizar avaliação primária C-A-B-B: segurança do local; acionar serviço de urgência; obter um DEA; Sem respiração e pulso Sem respiração com pulso 100 - 120 1 respiração a cada 5/6 seg (Verificar pulso a cada e min) Ênfase para: • garantir a estabilização manual da coluna cervical; • garantir permeabilidade de via aérea; • oferecer O2 sob máscara não reinalante 10 a 15 l/min se SatO2 < 94%; • monitorizar a oximetria de pulso; e • avaliar precocemente a Escala de Coma de Glasgow. 2) Controlar sangramentos externos. 3. Realizar avaliação secundária com ênfase para: • avaliação da reação pupilar; • repetição seriada da Escala de Coma de Glasgow; • aferição dos sinais vitais; • exame da cabeça e coluna; e 4. Coletar história SAMPLA: sinais vitais, alergias, medicamentos em uso, passado médico, líquidos e alimentos, ambiente. Traumatismo Torácico Causam aproximadamente 25% das mortes nos pacientes poli traumatizados; Podem ser fechados (compressão dos órgãos ou por aceleração-desaceleração) ou penetrantes (arma branca ou arma de fogo; As lesões específicas no trauma de tórax são: Fratura de Costelas Mais comuns são as laterais entre a terceira e oitava costela. Elas são longas e finas e pouco protegidas. Fraturas simples isoladas quase nunca tem risco de morte. Detectadas por dor ou movimento à palpação e as vezes crepitação local. Fraturas de costelas mais baixas: lesões no fígado (à direita) e baço (à esquerda). Tórax Instável Esta porção perde o suporte óssea e passa a fazer movimento contrário ao resto do tórax na respiração. É uma lesão grave e pode levar à hipóxia e à morte. Causado geralmente por um impacto no esterno ou na parede lateral com fratura de 2 ou mais costelas subjacentes, em dois ou mais pontos, deixando uma parte da parede “solta”. Contusão Pulmonar Contusão do pulmão pode produzir hemorragia dentro dos alvéolos, reduzindo a capacidade do pulmão de transferir oxigênio para o sangue. Suspeitar em casos de trauma importante no tórax. Pneumotórax Hipertensivo aumento progressivo da pressão intrapleural produzida pela entrada contínua de ar neste espaço, proveniente principalmente de áreas de laceração das vias aéreas superiores ou do pulmão. Dispnéia, taquicardia, hipotensão arterial e distensão do lado do tórax afetado. Enfisema subcutâneo. Pneumotórax Aberto Ferimento penetrante conecta o espaço pleural com a atmosfera. O quadro de insuficiência respiratória se instala, quando a Tratamento provisório Curativo valvulado, no qual fecha-se a ferida nas três bordas, deixando-se a quarta borda para expulsão do ar na expiração. ferida é de grande proporção, que a torna via preferencial de entrada de ar durante a inspiração. Contusão Cardíaca Pode produzir lesão miocárdica. Suspeitar em casos de contusão ou fratura esternal. Complicações: arritmais, hipotensão e rupturas de miocárdio ou válvulas. Traumatismo Abdominal Ocorre em 20 a 40% dos poli traumatizados. Frequentemente paciente não é diagnosticado na avaliação inicial. Óbito > hemorragia extensa aberta ou fechada. Traumatismos Fechados Ocorrem por compressão dos órgãos ou por aceleração-desaceleração. São 5 vezes mais frequentes que os penetrantes. As vítimas podem não apresentar evidências de trauma nos exames. Traumatismos Penetrantes Causados por arma branca ou de fogo. Mais fácil determinar local da lesão. Mortalidade mais elevada por armas de fogo. 1. Realizar avaliação primária C-A-B-D 2. Oferecer O2 sob máscara não reinalante10 a 15 l/min se SatO2 < 94%. 3. Monitorizar a oximetria de pulso. 4. Controlar sangramentos externos. Avaliação e abordagem da vítima: 5. Providenciar cuidados com os ferimentos e objetos encravados ou empalados: • não devem ser movidos ou removidos no APH; • devem ser fixados e imobilizados para evitar movimentação durante o transporte; • se ocorrer sangramento ao redor do objeto, fazer pressão direta sobre o ferimento ao redor do objeto (com a própria mão e/ou compressas); e não palpar o abdome para evitar maior laceração de vísceras. 6. Providenciar cuidados com a evisceração: • não tentar recolocar os órgãos de volta na cavidade abdominal, manter como encontrado; e • cobri-los com compressas estéreis umedecidas com SF e plástico especial para evisceração, quando disponível. Avaliação e abordagem da vítima: Referências Bibliográficas http://www.neuro.pucpr.br/index.php?system=ne ws&news_id=535&action=read http://www.novafapi.com.br/sistemas/revistainterd isciplinar/v4n3/revisao/rev4_v4n3.html http://www.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/prim eiros_socorros_2/cap_16_trauma_abdome.pdf Guidelines American Hearth Association 2015. Protocolo APH 192. 2014.
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