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DILMA ROUSSEFF 
Presidente da República do Brasil, primeira mulher eleita do país.
Peça chave no governo do Presidente Lula, Dilma Rousseff (1947) atuou como ministra de Minas e 
Energia até 2005.
Envolvido no escândalo do mensalão, o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, renunciou. Em 
2005, Dilma assumiu o cargo. Foi ministra da Casa Civil do governo Lula até 2010.
O presidente Lula escolheu Dilma Rousseff como candidata à sua sucessão. Embora houvesse 
participado na administração pública de diferentes governos, Dilma nunca havia concorrido a um 
cargo público. A primeira eleição que disputou foi pela presidência da República.
No início de 2009, a candidatura de Dilma Rousseff foi ameaçada pela notícia de que ela estava com 
câncer linfático. Dilma se submeteu a tratamento médico, recuperou-se e disputou as eleições 
presidenciais, concorrendo com José Serra, do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira). 
Dilma comandou uma extensa campanha pelo Brasil e contou com o apoio do presidente Lula, que foi 
seu principal cabo eleitoral.
Dilma Rousseff foi eleita presidente, tendo vencido as eleições no segundo turno da votação. Obteve 
56,05% dos votos válidos e se tornou a primeira mulher a se eleger presidente da República 
Federativa do Brasil.
Dilma Rousseff tomou posse no dia 1º de janeiro de 2011. Nos primeiros anos de gestão, teve altos 
índices de aprovação. Mostrou pulso firme, manteve o país na rota do crescimento econômica e foi 
destaque na cena internacional.
 
Crédito: Roberto Stuckert Filho / PR
Foram várias as realizações de seu primeiro mandato, entre elas, a instituição dos programas Mais 
Médicos e Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), a expansão do 
programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e a realização de investimentos em obras de 
infraestrutura e mobilidade.
A presidente Dilma foi responsável pela expansão do Bolsa Família: em 2014, 14 milhões de famílias 
foram beneficiadas pelo programa. Contudo, é importante ressaltar que ainda há pessoas 
extremamente pobres no Brasil, que permanecem fora do escopo do programa (os moradores de rua, 
por exemplo).
A presidente também criou o programa Ciência sem Fronteiras, que oferece bolsas de estudo em 
universidades do exterior para os melhores estudantes brasileiros das áreas tecnológicas, exatas e 
biomédicas.
Em março de 2013, segundo uma pesquisa realizada pelo CNI/Ibope, o índice de aprovação da 
gestão realizada pela presidente Dilma atingiu um recorde: 79%.
"O gigante acordou” era a frase que se ouvia no Brasil. O Brasil parecia ser “a bola da vez” na cena 
internacional: um país com uma economia forte e sólida que iria sediar a Copa do Mundo e as 
Olimpíadas.
Contudo, logo surgiram problemas e desafios para o governo Dilma: escândalos de corrupção, a 
desaceleração da economia, o alto custo de vida e a precariedade dos serviços públicos. Tais 
escândalos e dificuldades evidenciavam que o gigante permanecia adormecido. 
A avaliação do governo Dilma piorou após os protestos de junho de 2013. Milhões de pessoas 
foram às ruas das principais cidades brasileiras para exigir melhores serviços públicos e o fim da 
corrupção na política. O governo demorou a se manifestar.
Apesar dos protestos, as pesquisas continuaram a apontar que Dilma era favorita para vencer as 
próximas eleições.
No ano de 2014, o governo Dilma foi abalado por denúncias relacionadas à Petrobras, envolvendo o 
ex-diretor da empresa, Paulo Roberto Costa. Este foi preso pela Polícia Federal, tendo sido acusado 
de operar um esquema de desvio de recursos da estatal, com o envolvimento de políticos e 
partidos**.** Paulo Roberto Costa delatou à Polícia Federal os nomes de políticos que receberam, 
como propina, parte do dinheiro de contratos da Petrobras. Revelou um enorme esquema de 
corrupção: estima-se que dezenas de bilhões de reais foram desviados da empresa.
A presidente Dilma também enfrentou críticas em relação à condução da política econômica de seu 
governo. O PIB (Produto Interno Bruto) do país teve um crescimento médio de 2% por ano entre 2011 
e 2013. Nos dois primeiros trimestres de 2014, os resultados do indicador foram negativos, o que 
significava que o Brasil se encontrava em uma recessão técnica. A inflação acumulada nos 12 
meses anteriores havia ultrapassado o limite máximo da meta do governo, que era de 6,5%.
Em 2014, Dilma Rousseff, visando à reeleição, disputou as eleições com o candidato do PSDB, Aécio 
Neves. Este é neto do presidente Tancredo Neves.
Apesar dos escândalos e dos problemas econômicos que o país enfrentava, Dilma foi reeleita. Foi a 
eleição presidencial mais disputada na história brasileira. No segundo turno, a presidente obteve 
51,64% dos votos e Aécio, 48,36%: uma diferença de apenas 3,4 milhões de votos. Foi a menor 
diferença de votos em um segundo turno para presidente da República desde o início da Nova 
República.
	DILMA ROUSSEFF