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ARTIGO SOBRE PEDAGOGO HOSPITALAR

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PEdagogia-licenciatura
1º SEMESTRE
EVELLEN NAYARA F. BARBOSA RA: 2227882601
GABRIELE DE OLIVEIRA CARVALHO RA: 2200740801
MICAELLE FRANCISCA DA S. CRUZ RA: 2282566801
O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES
RIBAS DO RIO PARDO/MS
2019
Ano
EVELLEN NAYARA FERREIRA BARBOSA RA: 2227882601
GABRIELE DE OLIVEIRA CARVALHO RA: 2200740801
MICAELLE FRANCISCA DA S. CRUZ RA: 2282566801
O TRABALHO DOCENTE NAS CLASSES HOSPITALARES
Trabalho de Pedagogia-licenciatura apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Educação Inclusiva, LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais Educação e Tecnologias, Homem, Cultura e Sociedade, Práticas Pedagógicas: Identidade Docente.
Orientador: Giane Sirlene Ferreira 
Cidade
Ano
SUMÁRIO
RESUMO
A finalidade deste artigo é apresentar a historia da atuação do pedagogo no ambiente hospitalar, sendo uma modalidade pouco conhecida ainda, mais de indispensável dentro do plano de inclusão.
Com essa nova atuação desses profissionais, o hospital passa a ser mais que um lugar de tratamento e recuperação física, passa a ser um ambiente inclusivo, onde a criança ou adolescente que está nesse ambiente, possa a ter condições de dar continuidade em seus estudos sem serem prejudicados na sua vida escolar.
Palavras-chave: Espaço não escolar. Pedagogia Hospitalar. Educação
INTRODUÇÃO
.
O profissional que trabalha na área da saúde deve zelar sempre pelo bem estar físico do paciente, e, o pedagogo hospitalar vem ocupando esse ambiente e conquistando esse espaço e exercendo um papel fundamental nesse processo, dentre as classes hospitalares, haja vista que as crianças e adolescentes internados perdem o ano letivo por muitas das vezes permanecerem por longo tempo nesses locais. O pedagogo hospitalar tem por finalidade acompanhar essa criança ou adolescente durante esse processo de internação e ausência da escola.
Segundo santos e Souza (2009), a pedagogia hospitalar, denominada classe hospitalar, surgiu no ano de 1935, sob comando de Henri Sellier, mais apesar de tantos anos ainda atualmente não foi dada a atenção necessária a essa classe e a sua importância. É um trabalho de tamanha notoriedade dentro do conceito educacional que devia se criar classes hospitalares dentro de todas as unidades de saúde.
 Caracterizada também por fazer parte da educação especial, essa classe realiza dentro desses ambientes atividades de diferentes tipos, de acordo com a realidade de cada assistido, levando em conta suas debilidades e limitações. 
O profissional em sua rotina de atividades vai atendendo seu aluno/paciente, dentro do processo de inclusão, oferecendo condições de aprendizagem, vivência escolar, onde o pedagogo hospitalar irá apoiá-lo com um planejamento estruturado e flexível, preocupando-se também em deixar o ambiente para esse assistido o mais acolhedor, alegre e contagiante possível, onde esse paciente possa se sentir emocional, mental e fisicamente melhor.
O paciente que recebe um profissional dessa área em sua unidade de internação ou na ala de recreação da respectiva unidade, ao ser atendido com essa técnica se envolve em atividades direcionadas, dando assim continuidade em seus estudos, voltando assim bem mais confiante após sua recuperação à sociedade. Esse tipo de trabalho visa à ação do educador nesse ambiente atendendo as necessidades educativas especiais transitórias e cabe ao hospital buscar alternativas e métodos de qualidades que possibilite aos pacientes usufruírem de abordagens educacionais por um determinado tempo.
Nesse intermédio, além de atender essa criança ou adolescentes, aborda-se e buscam-se meios de tratar também de transtornos emocionais causados pela internação como a raiva, a incapacidade, frustações e inseguranças que possam retardar a recuperação desse paciente.
Apesar de ser uma profissão que foi reconhecida há muito tempo, essa prática ainda é um desafio, pois o pedagogo, além de ajudar na escolarização, desenvolve um trabalho solidário, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente no ambiente em que se encontra.
Quanto à proposta pedagógica de trabalho, tem como princípio o atendimento personalizado ao educando, respeitando sempre um critério a respeito de sua patologia. Como essa criança ou adolescente neste momento se encontra privada do seio da familiar, longe dos amigos e com seu cotidiano previamente mudado, o pedagogo busca junto ao quadro do hospital atividades que possam amenizar sua estadia nessa unidade de saúde. Cabe a este também dar o amparo que a família precisa e aconselhá-la como poderão ajudar nesse momento para manter o educando o mais tranquilo possível.
Sabendo que a educação é fundamental e que deve estar presente independente das condições que a pessoa se encontre, a pedagogia hospitalar veio para facilitar esse processo. De acordo com as Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, no que diz respeito às classes hospitalares, no artigo 13 da resolução nº2 de 2001, essa modalidade já é reconhecida oficialmente.
DESENVOLVIMENTO
Nesses novos tempos, o mercado para o trabalho do pedagogo em espaços não escolares tem aumentado cada vez mais. O pedagogo tem novos campos de atuação saindo do cotidiano escolar, que até pouco tempo, era seu único espaço de trabalho, para se inserir em novos locais com uma visão diferente da atuação deste profissional.
Estão aparecendo novos espaços para a educação em locais como alas hospitalares, ONGs, empresas e certos eventos..., esse contexto vem mudando totalmente a antiga ideia de que o pedagogo deve ficar restrito ao seu antigo local de trabalho, que era o espaço escolar propriamente dito e está se estendendo para outros vários espaços, pois são locais onde pode se ensinar pode haver também a prática pedagógica de ensino.
 O pedagogo está tomando espaço e se inserindo em diversas áreas no mercado de trabalho mostrando sua capacitação visando à aprendizagem do conhecimento humano. Como já dizia Libâneo, todos os educadores seriamente interessados nas ciências da educação, entre elas a Pedagogia, precisam concentrar esforços em propostas de intervenção pedagógica nas varias esferas do educativo para enfrentamento dos desafios colocados pelas novas realidades do mundo contemporâneo. (1995, p.59). 
A formação no curso de Pedagogia está possibilitando novos campos de atuação, desafiando a todos os pedagogos na sua pratica educativa nos espaços não escolares valorizando a educação, o processo inclusivo, e trazendo novas conquistas a cada dia.
Hospital
Se formos procurar em um dicionário o sentido da palavra hospital, veremos que segundo o Aurélio, é um local destinado ao diagnóstico e ao tratamento de doentes, onde se pratica também a investigação e o ensino.
Com o passar do tempo, a noção passou a dizer respeito à qualidade segundo definição do Ministério da Saúde, um espaço de educação, de acolher/hospedar alguém bem e com satisfação.
Hospital é a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, curativa e preventiva, sob quaisquer regimes de atendimento, inclusive domiciliar, constituindo-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas, em saúde, bem como de encaminhamento de pacientes, cabendo-lhes supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente. (BRASIL, 1977, P.3929).
Antigamente, na idade média, o serviço de enfermagem era de esfera caritativa, realizada por religiosos e leigos, com os objetivos de salvação de almas. Os hospitaiseram lugares de exclusão dos pobres e moribundos que precisavam de algum tipo de assistência e representavam algum tipo de empecilho na sociedade.
Essa caridade era ofertada principalmente por monges e freiras e se estendia a peregrinos, doentes, órfãos e idosos. Com a complexidade do trabalho e, sobretudo com a Revolução Industrial, os operários, soldados e trabalhadores passaram a receber formação técnica profissional, o que presentou gastos para o estado. Dessa forma não poderia se permitir que morressem por doença, depois que se recebessem treinamento para desempenharem as atividades. Isso levou a pensar o planejamento de tratar dessas pessoas dentro de um hospital.
Esses hospitais como estabelecimentos de saúdes, têm como finalidade cumprir as funções de prevenção, diagnósticos e tratamentos de doenças. Os hospitais podem ser gerais, psiquiátricos, geriátricos e materno-infantis (as maternidades), entre outras especialidades.
1-História da Pedagogia Hospitalar
Durante a segunda guerra mundial o aumento de pessoas que necessitava de atendimento médico aumentou bastante. Essas crianças que sofreram os horrores da guerra, doentes, mutiladas, incapacitadas de alguma forma, também acabaram ficando sem frequentar uma unidade escolar. Isso tudo fez com que um grupo de médicos se mobilizasse para dar atendimento a essas crianças.
 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, conhecida como: DCNs (2006), afirma que o professor pode exercer sua função em diversos locais que necessitem do trabalho deste profissional em planejamento, acompanhamento, execução de avaliações, projetos e vivencias educativas não escolares. Para Gohn (2010), não será somente nas escolas de educação formal, em que o ensino é sistematizado e normatizado e tem como base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que o pedagogo poderá atuar, mas também em outras instituições não formais como empresas, turismos, museus, sindicatos, hospitais e outras mais que necessitem da pratica docente. Dentre elas destacaremos o trabalho do professor na Classe Hospitalar.
De acordo com Esteves (2008), a Pedagogia Hospitalar começou a partir da década de 90 no qual os órgãos públicos sentiram a necessidade de inserir o serviço do pedagogo hospitalar, complementando a área da educação especial no brasil. É uma proposta pedagógica diferenciada de ensino que tem a finalidade de acompanhar as crianças que estão afastadas da escola por estarem doentes.
Esse novo método de trabalho incumbido ao pedagogo, vem dando especificamente as crianças e adolescentes que se encontra nas alas das unidades de saúde, apoio necessário para que estes não percam o contato com o processo de ensino aprendizagem. No momento presente há uma grande conscientização dos profissionais para a prática desse processo em todos os espaços de saúde. 
Na França, por exemplo, em 1939 é criado o Centro Nacional de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptada de Surenes- C.N.E.F.E.I, que se criou um grupo de professores para trabalhar em hospitais. A partir daí foi então criado o cargo de professor hospitalar pelo Ministério da Educação de França. Segundo Esteves Apud Amaral e Silva “A criação de classes hospitalares em hospitais é resultado do reconhecimento formal às crianças internadas com necessidades educacionais, um direito a escolarização” (2003, p.1).
Há registros no Brasil da aplicação desse tipo de metodologia já na década de 50, em São Paulo, no Hospital Menino Jesus, e na Santa Casa de Misericórdia no Rio de Janeiro, onde mantém suas atividades até o dia de hoje com o trabalho voltado às crianças e adolescentes internados.
Segundo a pesquisa de Fonseca (1999, 117,118) do ano de 1950 até 1980 existia apenas uma classe hospitalar na Brasil, sendo que de 1981 a 1950, passou a existir oito classes, porém de 1991 a 1998, este número aumentou para 30 classes hospitalares, talvez em consequência da ECA, oficializados na década de 90. No ano de 2000, eram 67 classes e, números mais recentes do Censo Escolar de 2006, do MEC, em parceria com o INEP, revelam um total de 279 classes hospitalares públicas no Brasil. Ao se levar em consideração o tamanho do Brasil e o número de classes hospitalares que há nele, estima-se que seja uma quantidade inferior, de modo que o atendimento educacional de crianças e adolescentes hospitalizados não tem recebido a devida atenção por parte das politicas públicas, daí pode-se afirmar ainda que há um árduo caminho pela frente. 
Quanto ao profissional pedagogo, segundo Calegari Apud Simancas e Lorente,(1990), a sua atuação em ambientes clínicos ou hospitalares já se faz presente desde 1970 em uma clínica na cidade de Navarra, na Espanha, que pela internação de sua irmã, uma acadêmica de pedagogia inicia práticas pedagógicas, sendo posteriormente tomadas como exemplo em outras unidades. Logo após isso essa prática se tornou conhecida e passou a ser mais utilizada, a prática pedagógica em hospital passa a ter um curso de formação naquele país.
2-PAPEL DO PEDAGOGO
O pedagogo hospitalar tem papel fundamental dentro da educação, pois a finalidade desse profissional é acompanhar a criança ou o adolescente no período em que estes estiverem ausentes do ambiente escolar, e, o Pedagogo Hospitalar tem a função de apoiar estas crianças/adolescentes, por meio do atendimento educacional nas dependências hospitalares, integrando o aluno/paciente à escola, e colaborando para a socialização da criança, amenizando os transtornos causados pela internação como a raiva, insegurança, medo, ansiedade, frustrações e incapacidades que podem tardar o processo de cura do paciente internados em instituições hospitalares ou qualquer outra unidade de saúde.
Esse é um trabalho também inclusivo, é, como a educação inclusiva, esse tipo de trabalho deveria ter uma atenção especial, para que fossem criadas classes hospitalares em todos os locais de saúde, bem como atendimento de ensino de educação especial e em suas modalidades como um todo. A classe hospitalar oferece à criança a vivência escolar, o professor precisa ter um planejamento estruturado e flexível.
 
A Pedagogia Hospitalar tem a função de apoiar estas crianças/adolescentes, por meio do atendimento educacional nas dependências hospitalares, integrando o aluno/paciente à escola, e colaborando para a socialização da criança.
O pedagogo hospitalar deverá atuar nas unidades ou nas alas de recreação dos hospitais, levando seu conhecimento para assim amenizar o sofrimento da criança que depende desse profissional, envolvendo esse paciente em atividades pedagógicas planejadas pelo pedagogo hospitalar. Para Ortiz (1999): “A classe hospitalar é uma abordagem de educação ressignificada como prioridade, ao lado do tratamento terapêutico”.
 Outra corrente de pensamento é defendida por Regina Taam (1997), que faz uso do termo "pedagogia clínica" para o atendimento pedagógico em hospitais. Ela orienta que o conhecimento contribui para o bem-estar psicológico, emocional e físico da criança/adolescente internados, e conforme os trabalhos da professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), as práxis pedagógicas devem englobar assuntos referentes à nova realidade de vida da criança, respeitando as características do contexto, espaço e tempo em que as crianças estão inseridas.  Mais tarde, o docente deverá inserir e acompanhar os conteúdos curriculares conforme o ano letivo em que as crianças/pacientes estão matriculadas. 
A pedagogia hospitalar é de certo modo parte do ensino da Educação Especial que visa à ação do educador no ambiente hospitalar, no qual atende crianças com necessidades educativas especiais transitórias, ou seja, crianças que por motivo de doença precisam de atendimento escolar diferenciado e especializado. Cabe ao hospital buscar alternativas e métodos qualificados que possibilitem aos pacientes usufruírem de abordagens educativas por um determinado espaço de tempo.
Este novo espaço de atuação do Pedagogo vem sendo estudado como uma novavisão de ensinar, dando oportunidade às crianças afastadas da escola por motivos de saúde, também ajuda nos transtornos emocionais causados pela internação, como a raiva, insegurança, incapacidades e frustrações que podem prejudicar na recuperação do paciente.
A Pedagogia Hospitalar é um processo alternativo de educação, pois ela ultrapassa os métodos convencionais escola/aluno, buscando dentro da educação formas de apoiar os pacientes (crianças e adolescentes) hospitalizados.
A pedagogia hospitalar é um desafio, para o pedagogo que desenvolve um trabalho humanizado ajudando pacientes prejudicados na sua escolarização, proporcionando conhecimento e qualidade de vida ao paciente. A educação no hospital tem como princípio o atendimento personalizado ao educando na qual se trabalha uma proposta pedagógica com as necessidades, estabelecendo critérios que respeitem a patologia do paciente. No hospital a criança está longe do seu cotidiano voltado pelos amigos, brincadeiras e escola entrando em contato com integrantes do hospital enfermeiras, médicos além da família, por isso e fundamental a atenção do educador em articular atividades para a aceitação do paciente, na situação de internação no hospital.
O professor deve se adaptar a realidade em que a criança se encontra no hospital como a área disponível para a realização das atividades lúdicas pedagógicas, recreativas; densidade de leitos na enfermaria pediátrica e dinâmica da utilização do espaço; adaptar agenda de horários. O pedagogo ao implantar uma classe hospitalar deve se preocupar com a presença da brinquedoteca. Para Cunha (2001), vem abordar a infância e a função da brinquedoteca, em que esta última configura-se como um espaço destinado à brincadeira, onde a criança brinca sossegada, sem cobrança e sem sentir que está perdendo tempo, estimulando sua autoestima e o processo sócio cognitivo.
Atuação de recreadores e também a presença dos pais ou responsáveis integrando-os nas atividades correntes de uma classe hospitalar. Segundo Cunha as formas de convivência democrática encorajam a autonomia e estimula o amadurecimento emocional. Nesse espaço tão especial que é a brinquedoteca, a criança pode conhecer novos tipos de relacionamento entre as pessoas de forma prazerosa e enriquecedora (...) (p.37).
O profissional deve ser criativo explorar os espaços, podendo assim realizar dinâmicas de teatro, propor maneiras e materiais alternativos na confecção de jogos e brinquedos. Sendo assim, as classes hospitalares possuem uma pedagogia caracterizada pela educação sistematizada, no qual a planejamento no ensino, avaliação, encontro e socialização das crianças e professores, no hospital deve proporcionar um espaço onde as crianças possam expor seus trabalhos (murais), lugar para guardar lápis, papéis, cadernos, etc.
O local deve ser lúdico e recreativo tendo jogos e brincadeiras, realizadas de acordo com o estado do paciente, com o intuito de expressar a partir de uma linguagem simbólica, medos, sentimentos e ideias que ajudem no enfrentamento da doença e do ambiente. O trabalho do pedagogo hospitalar também tem como proposta a intervenção terapêutica procurando resgatar seu espaço sadio, provocando a criatividade, as manifestações de alegria, os laços sociais e a diminuição de barreiras e preconceitos da doença e da hospitalização, a metodologia deve ser variada mudando a rotina da criança no qual permanece no hospital.
Uma das didáticas usadas é a utilização de atividades nas áreas de linguagem (narrativa de histórias, problematizações, leitura de imagem, comunicação através de atividades lúdicas), estas atividades podem auxiliar numa prática humanizada no atendimento Escolar / Hospitalar. “Ser diferente e por isso, ter de ficar de fora é muito doloroso, vencer os obstáculos impostos pelas doenças, ao contrário é vitória, aprendizagem e desenvolvimento. E as classes hospitalares podem ter esse mérito.” (FONSECA E CECCIM, 1999 p.71).
Os materiais pedagógicos devem ser manuseados e transportados com facilidade, podendo utilizar teclados de computador adaptados, suporte para lápis, os Softwares educativos, vídeos educativos e mais umas infinidades de recursos que podem ser usados de acordo com a realidade de cada assistido.
 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O pedagogo que desenvolve seu trabalho no ambiente hospitalar tem uma importante função na sociedade, é um espaço novo para a atuação do mesmo por isso deve ter clareza da sua atuação neste espaço que envolve muitos cuidados e dedicação, pois os pacientes envolvidos no processo de aprendizagem necessitam de muita atenção e compreensão.
 As crianças e adolescentes que ali permanecem precisam de muito apoio tanto físico quanto emocional e o pedagogo pode contribuir para que a melhora deste paciente seja satisfatória, pois o pedagogo tem a possibilidade de aliviar a ansiedade da criança através de suas praticas pedagógicas voltada para a mesma envolvendo a família que e muito importante neste processo de cura e recuperação da criança.
Porém, para que haja um trabalho de qualidade é preciso avançar na execução do trabalho, exemplo disso é a carência de ensino nos cursos de graduação na Pedagogia voltado ao trabalho hospitalar.
A pedagogia hospitalar dá suporte ao desenvolvimento de aprendizagem do aluno dentro do hospital garantindo o direito da criança dar continuidade aos seus estudos, motivando a mesma a continuar depois de sua alta do hospital, mas essa prática o paciente ficaria privado de seus estudos, limitado a aprender os conteúdos escolares.
 REFERÊNCIAS
AMARAL, D. P.; SILVA, M. T. P. Formação e prática pedagógica em classes hospitalares: respeitando a cidadania de crianças e jovens enfermos.
BARROS, Aidil Jesus Paes de & SOUZA, Neide Aparecida de. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: McGraw-Hill, 1986.
BRASIL. Ministério da Saúde. D.O.U. De 05/04/1977. Seção I, Parte I, p. 3929.
CECCIM, R. B. & Fonseca, E. S. Atendimento pedagógico-educacional hospitalar: promoção do desenvolvimento psíquico e cognitivo da criança hospitalizada. In: Temas sobre Desenvolvimento, v.8, n.44, p. 117, 1999.
CUNHA, N. H Brinquedoteca: Um mergulho no brincar. 3ª ed. São Paulo: Vitor, 2001.
CUNHA, N. H S. A Brinquedoteca Brasileira. In: SANTOS, M. P. dos. Brinquedoteca: O lúdico em diferentes contextos. 2ª ed. Petrópolis-RJ: Vozes, 1997.
CNDCA (1995). Resolução nº 41, de 13 de outubro de 1995, Direitos da criança e adolescente hospitalizados.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para Quê? 4ª edição. São Paulo, Cortez, 2001.
MINISTERIO DA SAÚDE. Disponível em: www.saude.gov.br/. Acessado em: 02 de outubro 2012.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 1997.
ORITZ, LCM. Ensinando a alegria á classe Hospitalar. Vida, Saúde, Educação e Meio Ambiente. 7p. Jul./Set.1999.
REVISTA DE EDUCAÇÃO BASICA. Disponível em: http://vidaeducacao.com.br. Acessado em: 10 de outubro de 2012.
AMORIM, NEUSA DA SILVA. A PEDAGOGIA HOSPITALAR ENQUANTO PRÁTICA INCLUSIVA. Porto Velho, 2011.

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