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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL A PEDOLOGIA NUMA ABORDAGEM SOCIOAMBIENTAL MARIVANI APARECIDA PETRY CHAGAS Trabalho final apresentado para apreciação e aprovação da professora-orientadora, Me. Katiane dos Santos, da Universidade Estadual do Centro-Oeste/UNICENTRO, campus de Guarapuava, como requisito parcial para conclusão do PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional. GUARAPUAVA– PR 2015 2 A PEDOLOGIA NUMA ABORDAGEM SOCIOAMBIENTAL Marivani Aparecida Petry Chagas1 Katiane dos Santos2 RESUMO: Sabemos que é visível o desenvolvimento da nossa civilização vivenciado ao longo do tempo, mas é no meio ambiente que notamos as consequências dessa evolução, por meio da intervenção humana nele. Por isso, são necessárias discussões que abordem os aspectos dessa intervenção humana no meio ambiente e quais as possíveis formas de sua ocorrência não causar impactos tão significativos a este, proporcionando assim, crescimento econômico e sustentabilidade, simultaneamente. Dessa forma, a escola precisa propor atividades que promovam a compreensão holística acerca da importância da preservação ambiental para um desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, o presente artigo é resultado da pesquisa de cunho experimental e qualitativo, do tipo pesquisa-ação que utilizou como instrumentos para coleta de dados atividades de experimentação, pesquisas e produções dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual do Campo Lageado Bonito do município de Quedas do Iguaçu – PR, disponibilizando informações e orientações que possam prover conhecimentos acerca do solo e suas especificidades, como componentes, tipos e fertilidade. Desse modo, a partir desta abordagem, espera-se a formação e a conscientização das crianças no que tange à Educação Ambiental voltada à conservação dos solos. Palavras-chave: Solo; Conservação do solo; Sustentabilidade; Educação Ambiental. 1. INTRODUÇÃO Ao se falar em meio ambiente, logo se pensa em paisagens, fauna e flora, todavia o termo “meio ambiente” representa qualquer espaço onde se possa viver (BRASIL, 1997). Esse espaço é ocupado pelo homem de forma irracional e desordenada, o que vem ocasionando consequências a esse meio e ao próprio homem (WAHL; MELO, 2011). Desde a revolução Neolítica, com o desenvolvimento da agricultura, a humanidade avança rapidamente rumo ao desenvolvimento tecnológico e ao controle da natureza. Assim, o exponencial desenvolvimento vivenciado ao 1 Professora PDE 2014, pós-graduada em especialização na Área do Magistério da Educação Básica com concentração em Interdisciplinaridade na Escola pela Universidade Faculdades Integradas “Espírita”. Graduada em Administração, Supervisão e Orientação Educacional, pela Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, atuando como professora no Colégio Estadual do Campo Lageado Bonito em Quedas do Iguaçu – PR. E-mail para contato: marivanichagas@gmail.com 2 Professora Orientadora, Mestra em Ciências Biológicas. Área de concentração - Biologia Evolutiva, Universidade Estadual do Centro-Oeste UNICENTRO - Campus CEDETEG/DEBIO - Laboratório de Genética e Evolução. E-mail para contato: kati_ks@yahoo.com.br 3 longo do tempo, trouxe muitos benefícios, porém apresenta também o seu lado negativo, uma vez que, se considere a atual situação ambiental do planeta, fruto da intervenção humana no meio (WAHL; MELO, 2011). O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios: se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia- a-dia (MENDES, 2007). O reflexo dessa apropriação da natureza talvez seja, conforme Martins & Nishijima (2010) destacam, o grande freio natural que vai estabelecer o limite às ações humanas. Sendo assim, a poluição, decorrente da grande quantidade de lixo produzida pelo homem, ameaça a vida de todos os seres vivos do planeta e que são necessárias atitudes conscientes e eficazes para se ter um ambiente sustentável. Assim, para ser alcançada essa sustentabilidade, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente (MENDES, 2007). Logo, o crescimento ou desenvolvimento não pode ser causa de destruição do meio ambiente, mas deve buscar formas de produção e consumo que anule ou reduza ao máximo a possibilidade de poluição ou modificação negativa de onde se vive (CASTRO, 2010). Além disso, ao falar de sustentabilidade se faz necessário chamar a atenção ao processo de degradação do solo, em função do manejo, dos métodos de cultivo e de conservação inadequados, devido à exploração constante feita pela produção agropecuária. Claro que a temática em torno da necessidade de conservação do solo não faz parte das preocupações diárias das pessoas, o que resulta no aumento considerável de problemas ambientais ligados à sua degradação. Não é por acaso que diversos estudiosos e pesquisadores da área atribuem a degradação do solo, frequentemente, ao desconhecimento que a maior parte da população tem das suas características, importância e funções (LIMA, 2005). Nos últimos anos, alguns produtores rurais já vêm adotando práticas conservacionistas, as quais produzem melhorias na qualidade produtiva do solo (GONÇALVES et. al., 2002) e assim, faz-se necessário conhecê-lo, uma vez que a atividade de preparo do solo varia de acordo com suas características (clima, finalidade, plantas daninhas, impedimentos físicos e 4 resíduos vegetais) e consequentemente sua resposta é variável. Dessa forma, pelo viés da produção agroecológica, poderão ser incutidos os principais conceitos da Educação Ambiental atrelados à conservação do solo, uma vez que se faz necessário mudar o comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (AMBIENTE BRASIL, 2015). Vital et.al. (2012) destacam que atitudes que priorizem a sensibilização para o despertar da consciência ambiental devem ser abraçadas por todos os segmentos da sociedade e nesse contexto, a escola tem sua parcela de responsabilidade e comprometimento na disseminação desses valores, pois, como é um local de produção e construção de conhecimentos, torna-se espaço privilegiado para realizá-la. Algumas escolas, sobretudo as escolas rurais e agrícolas, estão inseridas em um contexto que pode ser amplamente utilizado para abordar o tema, mas, por motivos diversos, dentre eles, a falta de conhecimento do espaço no entorno, a problemática é relegada, pois de modo geral, os estudantes do Ensino Fundamental não têm acesso a informações corretas tecnicamente, úteis ou adequadas à sua realidade, fato evidenciado nas deficiências apresentadas nos materiais didáticos disponíveis (LIMA, 2005). Daí a importância de discussões como estas na escola, uma vez que a Educação Ambiental - tema central desta proposta – objetiva não apenas a tomada de consciência acerca dos impactos da interferência humana no meio, mas que os indivíduos sejam agentes disseminadores dessa mesma temática, deixando de ser meros expectadores e tornem-se cidadãosatuantes na sua comunidade, modificando-a positivamente. Portanto, o presente estudo constituiu-se como um apoio aos professores de Ciências do Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual de Ensino do Estado do Paraná, sendo parte do processo de formação continuada do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), promovido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED) e objetiva compreender a importância da preservação ambiental para um desenvolvimento sustentável, promovendo-a na escola por meio de informações e orientações que capacitem os alunos a aplicar de forma crítica e reflexiva os conceitos em questão, além de prover conhecimentos acerca do solo, seus principais tipos, componentes 5 fertilidade e conservação e, a partir desta abordagem, relacionar o tema com Educação Ambiental. Dessa forma, tomando como base os conteúdos estruturante (matéria), básico (constituição da matéria) e específico (solo), pretende-se conhecer a constituição da litosfera, bem como sua importância e conservação, reconhecendo-a como parte de um sistema integrado que forma a biosfera, valorizando a biodiversidade e reconhecendo as transformações provocadas pela ação humana bem como as medidas de proteção ao meio ambiente como recurso para garantir a sustentabilidade do planeta. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O solo – definições e características De acordo com Serrat et. al. (2002) o solo é o resultado do desgaste das rochas, cujos fatores responsáveis por este processo são o clima (chuva, calor), organismos vivos (plantas, animais), relevo (declividade do terreno), tipos de rochas (mais resistentes ou menos resistentes) e que leva muitos anos para acontecer, por isso a importância de se conservá-lo. Serrat et. al. (2002) destacam ainda que o solo compõe-se por quatro partes misturadas de ar, água, matéria orgânica e porção mineral (areia, silte, argila), onde as areias por serem partículas maiores (tamanho entre 0,2 e 0,005 cm) apresentam maiores espaços entre elas, por isso retêm pouca água, sendo, portanto drenos naturais do solo. As argilas são partículas com tamanho menor que 0,0002 cm, portanto bem menores que as partículas de areia. Os solos com muita argila apresentam maior capacidade de reter água e nutrientes, pois apresentam mais espaços pequenos onde estes podem ficar armazenados. O silte é constituído por partículas de tamanho intermediário entre as partículas de areia e argila (SERRAT et. al., 2002). O solo é formado a partir da rocha, através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo, e a ajuda dos organismos vivos (fungos, líquens e outros) vão transformando-a, diminuindo o seu tamanho, até transformá-la em um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral (JARBAS et.al, 2014). Os seres vivos animais e vegetais, como insetos, minhocas, plantas e muitos 6 outros, assim como o próprio homem, passam a ajudar no desenvolvimento do solo, pois atuam misturando a matéria orgânica com esse material solto e macio em que se transformou a rocha, cuja mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta. Em resumo, o solo configura-se elemento fundamental para as plantas, pois é onde elas se fixam, absorvem água e nutrientes, e onde as raízes respiram. Assim, como Santos e Zaroni (2014) afirmam, os solos são definidos como corpos naturais independentes, constituídos de materiais minerais e orgânicos, organizados em camadas e/ou horizontes, cuja unidade básica é chamada de pedon, do grego que significa solo, terra e que vai da superfície ao material de origem e se constitui na menor porção tridimensional, perfazendo um volume mínimo que possibilite estudar o solo. Nesse contexto, algumas definições são importantes para classificar o perfil dos solos como os atributos e horizontes diagnósticos, definidos por Santos e Zaroni (2014), como diagnósticos e relacionados a características e propriedades identificadas no perfil do solo solos (SANTOS; ZARONI, 2014). A coleção de atributos abrange não só características inerentes, como por exemplo, a constituição mineralógica da argila, a textura, bem como propriedades manifestadas, que não fazem parte de sua essência, mas dizem respeito às respostas, a estímulos exercidos (comportamento ou reação evidenciada), como a cor, a consistência no estado molhado, a capacidade de troca de cátions e outros mais (SANTOS; ZARONI, 2014). Nesse contexto, tanto os atributos e horizontes diagnósticos como outros atributos complementares identificados no perfil do solo estão relacionados a características que melhor expressam a sua formação (gênese) e fornecem informações essenciais para o manejo e uso agrícola dos solos dos quais são representativos. 2.1.1 Degradação e poluição do solo O solo é um dos elementos naturais mais importantes, uma vez que todos os seres vivos estão sobre ele e todo sustento humano é retirado desse recurso. Apesar da extrema importância que o solo desempenha, o seu uso realizado de forma inadequada facilita o aparecimento de vários problemas, 7 dentre os quais se tem a erosão, lixiviação, a laterização e o esgotamento dos solos. O crescente aumento das erosões é resultado da forma equivocada de plantio desenvolvida por muitos agricultores ao longo do território brasileiro, isso tem transformado grandes áreas produtivas em solos inférteis. A lixiviação é um processo que ocorre quando as águas da chuva realizam uma espécie de “lavagem” do solo, retirando um elevado percentual de nutrientes, tornando-o menos fértil e em decorrência disso, faz-se necessária o uso de fertilizantes (FREITAS, 2014). Já a laterização é outro processo que acontece em lugares nos quais predominam duas estações bem definidas (seca e chuvosa), o que favorece a concentração de hidróxido de ferro e alumínio no solo, formando a laterita, que torna difícil o manejo do solo em virtude do surgimento de uma ferrugem por cima dele, deixando-o mais duro (FREITAS, 2014). A erosão é um processo de deslocamento de terra da superfície e que ocorre devido a ação da natureza ou do homem. No que se refere às ações da natureza, a chuva se destaca como agente causadora da erosão, pois ao atingirem o solo em grande quantidade, provocam deslizamentos, infiltrações e mudanças na consistência do terreno e desta forma, provocam o deslocamento de terra. Além dela, podem ser também mencionados outros fatores como o vento e a mudança de temperatura como causadores ida erosão, além do homem, que ao retirar a cobertura vegetal de um solo, uma vez que a água (antes absorvida pelas raízes das plantas) passa a infiltrar no solo e ocasiona a instabilidade do solo e consequentemente, a erosão (GEOGRAFIA E VOCÊ, 2012). A desertificação é outro exemplo de um fenômeno em que um determinado solo é transformado em deserto seja como um processo natural ou pela ação humana, com redução ou até extinção da vegetação, através do desmatamento, o tornando infértil (GEOGRAFIA E VOCÊ, 2012). Outro processo degradativo é a compactação do solo, consequência da utilização agrícola, quando este perde sua porosidade por meio do adensamento de suas partículas (GEOGRAFIA E VOCÊ, 2012). Além destes, a salinização é um também outro processo de degradação, quando a concentração de sais se eleva e ocorre em solos que se situam em 8 locais com baixa precipitação pluviométrica e lençol freático próximo da superfície ou quando os sais são provenientesde água de irrigação. No entanto, todos esses desgastes poderiam ser amenizados se agricultores, pecuaristas e população em geral, conhecessem técnicas de cultivo do solo como terraceamento, curvas de nível e rotação de culturas, levando a economizar tempo, dinheiro e nutrientes (GEOGRAFIA E VOCÊ, 2012). Assim como estes fenômenos são causadores da degradação do solo, a poluição é outro importante aspecto a ser considerado e ocorre pela contaminação através de substâncias capazes de provocar alterações significativas em sua estrutura natural, tais como lixo, esgoto, agrotóxicos e outros tipos de poluentes produzidos pela ação do homem, provocam sérios efeitos no meio ambiente. Poluentes depositados no solo sem nenhum tipo de controle causam a contaminação dos lençóis freáticos (ocasionando também a poluição das águas), produzem gases tóxicos, além de provocar sérias alterações ambientais como, por exemplo, a chuva ácida (TODABIOLOGIA, 2014). O lixo depositado em aterros é responsável pela liberação uma substância poluente que mesmo estando sob o solo, em buracos “preparados” para este fim, vaza promovendo a contaminação do solo. Outro problema grave que ocorre nestes aterros é a mistura do lixo tóxico com o lixo comum que ocorre pelo fato de não haver um processo de separação destes materiais e que, como consequência disso, o solo passa a receber produtos perigosos e com grande potencial de contaminação misturados com o lixo comum (TODABIOLOGIA, 2014). A estrutura do solo possibilita o desenvolvimento das plantas e é dele que se retira a maior parte de nossa alimentação direta ou indiretamente. Logo, se este estiver contaminado, certamente nossa saúde estará em risco, por isso se faz necessária sua conservação por meio de técnicas de cultivo e seu manejo correto. 2.1.2 Conservação do solo 9 O uso e manejo incorreto do solo podem reduzir a fertilidade, tornando-o menos produtivo, portanto, é muito importante conhecer algumas maneiras de protegê-lo. A erosão pode e deve ser combatida, mas o melhor ainda é prevenir, evitando sua ocorrência (SERRAT et. al., 2002). Entre os recursos para se evitar a ocorrência da erosão, têm-se bons resultados com a prática do plantio direto, que é uma forma de semeadura feita sobre a palha ou matéria orgânica morta (restos da cultura anterior e ervas daninhas). O revolvimento ou movimentação do solo se faz somente no sulco ou cova onde serão colocadas as sementes ou mudas e os adubos. Com a semeadura feita diretamente na palha, o solo fica protegido contra o impacto das chuvas, enxurradas, sol e altas temperaturas, conservando assim a umidade no solo e reduzindo a sua erosão. Com essa umidade presente no solo, juntamente com a matéria orgânica, aumenta-se a ação biológica do solo e a disponibilidade de nutrientes para as plantas (SERRAT et. al., 2002). Nos últimos anos, os produtores rurais têm adotado práticas conservacionistas e assim, asseguram o aumento da matéria orgânica, que é o principal reflexo de um solo bem manejado e que contribuirá para menor liberação de gás carbônico para a atmosfera, aumentando a cobertura do solo e protegendo-o contra a erosão. Essas práticas conservacionistas resultam em ganhos como controle de nematoides, aumento da fertilidade e reduz a necessidade de aplicação de adubos, diminuição da pulverização e maior resistência das lavouras às diversidades climáticas (BORGES, 2012). Logo, o preparo do solo resulta em melhorias na qualidade produtiva, através da minimização de perdas por erosão, otimização da utilização dos recursos e melhorias na relação custo/beneficio, e por outro lado, pode causar degradação física, química e biológica do solo (GONÇALVES et. al., 2002). Esses efeitos não são relacionados apenas aos implementos empregados, mas principalmente à intensidade de uso. Ao se tratar da conservação do solo, não se pode deixar de mencionar também alguns processos produtivos que asseguram a o fornecimento de alimentos saudáveis, por meio da utilização de tecnologias que não agridam o ambiente e nem causam danos à saúde do produtor e dos consumidores, entre os quais pode ser mencionada a agricultura orgânica. 10 Segundo a AAO (2014) a agricultura orgânica é um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde dos seres humanos, razão pela qual usa e desenvolve tecnologias apropriadas à realidade local de solo, topografia, clima, água, radiações e biodiversidade própria de cada contexto, mantendo a harmonia de todos esses elementos entre si e com os seres humanos. Esse modo de produção assegura o fornecimento de alimentos orgânicos saudáveis, mais saborosos e de maior durabilidade, não utilizando agrotóxicos preserva a qualidade da água usada na irrigação e não polui o solo nem o lençol freático com substâncias químicas tóxicas e or utilizar sistema de manejo mínimo do solo assegura a estrutura e fertilidade dos solos evitando erosões e degradação, contribuindo para promover e restaurar a rica biodiversidade local (AAO, 2014). A AAO (2014) ainda destaca que as práticas da agricultura orgânica implicam em uso da adubação verde (leguminosas fixadoras de nitrogênio atmosférico), adubação orgânica (compostagem da matéria orgânica, que pela fermentação elimina microrganismos como fungos e bactérias, eventualmente existentes em estercos de origem animal), minhocultura (geradora de húmus com diferentes graus de fertilidade), manejo adequado do solo e da vegetação nativa e uso racional da água de irrigação por meio da utilização de técnicas econômicas contextualizadas na realidade local. 3. A IMPLEMENTAÇÃO Segundo Gil (2008) a pesquisa experimental é quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá- lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Thiollent (1986) complementa que a pesquisa-ação com base empírica é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. Logo, partindo dessa premissa, a presente pesquisa é de cunho qualitativo do tipo pesquisa-ação, o qual utilizou como instrumento para coleta de dados atividades experimentais, visitas técnicas, 11 debates, pesquisa e produções dos alunos, embasadas pelo referencial teórico que compete a unidade curricular de Ciências do 6º ano do Ensino Fundamental, cujas ações estão voltadas à Educação Ambiental, pelo viés do recurso natural do solo. O Projeto de Intervenção Pedagógica e a Unidade Didática “A pedologia numa abordagem socioambiental” foram elaborados considerando a realidade escolar do campo sendo aplicado no Colégio Estadual do Campo Lageado Bonito – Ensino Fundamental e Médio do município de Quedas do Iguaçu-Pr, cujo público alvo foram alunos de 6º ano com a temática solo. Para tanto, foram realizadas aulas expositivas a respeito do histórico, formação, classificação, degradação e conservação de solo, onde após o desenvolvimento dos conteúdos, foram construídos coletivamente mapas conceituais acerca do assunto, pois como Moreira (1988) afirma, os mapas conceituais são “uma estratégia potencialmente facilitadora de uma aprendizagem significativa”. Após a discussão das informações teóricas desenvolveu-se uma atividade experimental para observar as características do solo, por meio da observaçãode fichas de textura do solo (confeccionadas em papel cartão com diferentes componentes do solo, como cascalho, solo, areia grossa, areia fina e silte), objetivando através destas demonstrar as diferenças entre as partículas que compõem o solo. Figura 1 - Fichas de textura. Fonte: PRÓPRIA AUTORA, 2015. Outra atividade prática realizada fora a construção de um filtro o qual problematiza o tema com as questões relacionadas à importância e às consequências da água passando por diferentes camadas de solo (se essa água ou o solo contiverem poluentes, por exemplo), refletindo sobre o resultado da experiência em relação ao solo (retenção física e química de materiais, 12 substâncias). Assim, buscando observar que no solo compactado, a infiltração é menor e a retenção é menor, favorecendo assim o escorrimento superficial e a erosão, pretende-se ressaltar a importância da manutenção da estrutura do solo no contexto das bacias hidrográficas. Para isso, construiu-se um filtro com materiais alternativos, de modo a compreender sobre a função do solo na natureza, correlacionando-o como um filtro na retenção de partículas e substâncias, inclusive poluentes. Figura 2 – Filtro confeccionado. Fonte: PRÓPRIA AUTORA, 2015. Além dessa confecção, com intuito de demonstrar como ocorre a erosão hídrica do solo, enfatizando a importância da cobertura vegetal correlacionando à mata ciliar e ressaltando a importância da mesma para a manutenção dos cursos d’água que esta protege, construiu-se um modelo de erosão hídrica, também utilizando materiais alternativos. Figura 3 – Simulação de erosão hídrica. Fonte: PRÓPRIA AUTORA, 2015. A proposta subsequente às discussões sobre o solo (características, componentes, retenção hídrica e erosão) foi a simulação de um ecossistema terrestre onde os poluentes são lançados no solo e por meio da realização de um experimento demonstrou-se como esses poluentes (representados por anilina colorida e água) podem chegar até a água e causar prejuízos, realizando discussões acerca do uso dos agrotóxicos presentes no solo. 13 Ainda para complementar as informações sobre o solo, abordando a temática da agricultura orgânica, fez-se a confecção de mini hortinhas com garrafas pet, simulando diferentes situações que usem diversos recursos de conservação como adubação orgânica e de ambientes poluídos (utilizando óleo diesel) para observação, monitoramento e registro da taxa de crescimento das plantas nesses dois ambientes. Além da mini horta, fez-se a composteira com o uso de material alternativo, para viabilizar as discussões acerca da agricultura orgânica. Figura 4 – Composteira. Fonte: PRÓPRIA AUTORA, 2015. Para finalizar as atividades, realizou-se uma palestra com um técnico agrícola do município, sobre a agricultura orgânica, para posterior produção literária de uma HQ (história em quadrinhos), destacando a importância desta para a conservação do solo. Para complementar essa atividade e trazer mais informações para a produção literária da turma, os alunos também participaram de uma visita técnica a uma comunidade que trabalha com produção de agricultura orgânica, para que pudessem visualizar na prática a adoção dessa prática sustentável. Figura 5 – Horta orgânica visitada. Fonte: PRÓPRIA AUTORA, 2015. 14 Assim, a atividade culminou na produção de uma HQ onde coletivamente foram listados os principais personagens, elementos do cenário que compõem a história, diagnosticando o grau de preocupação e esclarecimento dos alunos sobre o assunto. No que diz respeito a todas as propostas, os resultados pretendidos de modo a aproximar os alunos dos conceitos sobre solo, lançando um olhar mais consciente ao seu uso e manejo, promovendo discussões voltadas à temática da preservação ambiental foram atingidos, uma vez que além de capacitá-los a se tornarem agentes de disseminação dos conhecimentos adquiridos acerca do solo e seu manejo sustentável e assim, possibilitar melhor qualidade de vida, por meio da formação de uma consciência ecológica. Durante todo o processo de elaboração, fora pensado na escola como um todo, pois são alunos oriundos do campo e uma boa parte deles quando terminam o Ensino Médio desejam sair da área rural para buscar melhores condições de vida na área urbana ou até mesmo em outras cidades. Nesse contexto, este pode ser considerado o primeiro obstáculo a ser enfrentado, devido ao fato do projeto ser destinado a alunos de menor faixa etária e que tiveram que compreender a importância da preservação ambiental para um desenvolvimento sustentável e assim esta proposta fosse promovida pela escola por meio de informações e orientações, capacitando-os de forma crítica e reflexiva sobre ações que podem ser realizadas em relação ao solo, optando pelo desenvolvimento da agricultura orgânica e reconhecendo as vantagens para o agricultor, para o consumidor e consequentemente, para o próprio ambiente. Diante das ações elencadas todas elas foram de boa aceitação, os alunos entenderam os objetivos propostos em cada atividade, porém o nível de entendimento não foi alcançado em todos, devido ao fato que alguns já têm preconceito de algumas ações realizadas e já vivenciadas em suas propriedades. Alguns obstáculos foram encontrados sim, como a implementação sendo realizada em período contrário as aulas, isso já foi um ponto a ser pensado pois como são alunos de 6º ano do Ensino Fundamental a maturidade e ansiedade em que demonstraram para realização das atividades fizeram com que algumas não fossem bem sucedidas, pois dependiam de 15 observações e acompanhamentos e assim, algumas atividades foram feitas sem a concentração necessária. Além disso, o tempo previsto para tais atividades excedeu o número mínimo de 32 horas-aula para a implementação do projeto e por isso foi necessário administrá-lo para que fosse possível realizá-las, principalmente aquelas de maior interesse dos alunos como as fichas de textura do solo, filtro de retenção hídrica, simulação de erosão hídrica, confecção de floreiras em pneus e a construção da mini horta, que acabaram extrapolando o tempo previsto. Quanto à visita técnica fora muito interessante e bem interativa, pois os proprietários explicaram sobre a forma com que realizavam o plantio e seus cuidados, bem como os líquidos naturais produzidos por eles para regar as hortaliças. Durante a realização da palestra, embora tenha sido bastante técnica, contou com a participação dos alunos e a partir dela, fora possível perceber que ainda é preciso investir na conscientização das pessoas, pois mudar hábitos ou mostrar novos, como uma forma diferente de cultivo diferente da convencional, por exemplo, nem sempre é bem aceita. Por isso, propostas que abordem a temática da Educação Ambiental com intuito de promover e disseminar ideias sustentáveis devem estar sempre presentes na escola, para que possamos contribuir para mudanças de hábitos mais saudáveis e ecologicamente corretos. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Educação Ambiental traz para a educação formal um novo olhar da realidade, uma (re)leitura social do sujeito, o que segundo Souza e Santos (2012) são práticas de conscientização ambiental que favorecem a conservação e preservação, em que o desenvolvimento sustentável é instrumento de efetivação de práticas socioambientais. É o aprofundamento da percepção socioambiental assinalando as (inter)ligações sociais e naturais em que o sujeito está envolvido.Logo, a relação existente entre o meio ambiente e a sociedade baseia- se na expropriação dos recursos naturais e consequentemente, educar para o 16 meio ambiente se torna uma tarefa difícil, pois a Educação Ambiental não consegue se envolver nos currículos de ensino, de modo a reconhecer e valorizar o ambiente como um todo interdisciplinar. Um dos grandes desafios à Educação Ambiental para que esta seja efetivada reside no desenvolvimento de metodologias que reflitam a realidade socioambiental do aluno e integre a escola à vida cotidiana, formando sujeitos de maior consciência social e ambiental. Nesse sentido, pelo viés da produção agroecológica, podem ser incutidos os principais conceitos da Educação Ambiental atrelados à conservação do solo, e assim, a proposta dessa abordagem sob a ótica da biodiversidade para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental tem grande relevância para a formação e conscientização dessas crianças no que tange à Educação Ambiental, sobretudo em uma escola rural. É claro que ao se falar de sustentabilidade também se necessita discutir sobre o processo de degradação do solo, em função do manejo, dos métodos de cultivo e de conservação inadequados, devido à exploração constante feita pela produção agropecuária. Algumas práticas conservacionistas resultam em melhorias na sua qualidade produtiva, através da minimização de perdas por erosão, otimização da utilização dos recursos e melhorias na relação custo/beneficio, mas por outro lado, pode causar sua degradação física, química e biológica. Permeando esse contexto, a ação teve o intuito de apresentar uma proposta pedagógica de Educação Ambiental, pelo viés da pedologia, componente curricular da disciplina de Ciências, mas contextualizado na convivência com o meio rural. As atividades desenvolvidas iniciaram no ano de 2015 e se estendem até o momento presente. A abordagem facilitada pela metodologia teve resultados bastante significativos, pois a realização de experimentos, as discussões e construções coletivas, propiciam um espaço à indagação, participação e trabalho em grupo, uma forma de compartilhar não somente conhecimentos, mas experiências também positivas. Os alunos envolvem-se mais na observação de conceitos quando conseguem vislumbrar essa relação social do conhecimento com o meio em que está inserido. Logo, ao se discutir o solo por meio das propostas já evidenciadas, a participação e o interesse foram bastante expressivos, 17 mobilizando toda a escola. Embora inicialmente o intuito fora uma reflexão crítica junto aos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, mas por meio destes toda a comunidade escolar acabará refletindo sobre as práticas sociais relacionando com o ambiente local da escola, o que só vem a contribuir para a integração da família e a comunidade escolar em um processo de construção participativa do conhecimento. REFERÊNCIAS AAO. Associação de Agricultura Orgânica. Agricultura orgânica. Artigo disponível em <http://aao.org.br/aao/agricultura-organica.php> Acesso em 10 out. 2014. AMBIENTE BRASIL. Educação Ambiental. Ambiente Brasil S/S Ltda. 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