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ANÁLISE DE INVESTIMENTO (53)

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Utilização da Análise de Investimento nas Empresas de Tecnologia do Vale do Itajaí/SC 
 
Autoria: Alessandra Vasconcelos Gallon, Tarcísio Pedro da Silva, Nelson Hein, 
José Leônidas Olinquevitch 
 
Resumo 
A elevada incerteza e os riscos associados às empresas de tecnologia, relacionam-se à própria 
natureza inovadora do negócio. Diante da limitação de recursos e da concorrência acentuada, 
a utilização dos instrumentos de análise de investimento pelas empresas de tecnologia torna-
se fundamental na elaboração de novos produtos. Nesta perspectiva, este artigo objetiva 
constatar o grau de importância da utilização dos instrumentos de análise de investimento na 
elaboração de novos produtos pelos gestores das pequenas e médias empresas de tecnologia 
do Vale do Itajaí/SC. Para tanto, foi realizado um estudo exploratório de multi-casos, com 
abordagem qualitativa. Utilizou-se como instrumento de pesquisa um questionário estruturado 
com perguntas fechadas de acordo com a escala de Lickert (TAMAYO, 1998), atribuindo 
pesos de 1 (um) até 5 (cinco) às suas importâncias. Por meio deste, verificou-se o grau de 
importância dos instrumentos financeiros para análise de projetos de investimentos pelos 
gestores das empresas. Os resultados da pesquisa apontam que de uma forma geral, os 
gestores das empresas consideram relevante a utilização dos instrumentos na análise de 
investimento na elaboração de projetos de novos produtos. Entre os instrumentos averiguados, 
o Pay-back, a Taxa Interna de Retorno e o Ponto de Fisher como medida de risco foram 
considerados os mais importantes. A utilização destes instrumentos nas empresas de 
tecnologias pesquisadas favorece a redução de gastos operacionais, melhoria da produtividade 
e exploração de novas oportunidades de negócios. 
 
1 Introdução 
O processo de investimentos nas empresas de um modo geral está focado no risco do 
investimento. Nas empresas de tecnologia, a utilização dos recursos econômicos obedece as 
mesmas orientações, sendo que o foco está na avaliação permanente dos gastos empregados 
comparados com os benefícios esperados na elaboração de novos produtos. 
A análise de investimentos, segundo Kuhnen e Bauer (1996), é um conjunto de 
técnicas que permitem a comparação entre os resultados de tomada de decisões referentes a 
alternativas diferentes de uma forma científica. 
Souza e Clemente (2004) ressaltam que as decisões de capital são simplesmente 
cruciais nas empresas e podem tanto consolidar uma trajetória de expansão, quando oportunas 
e no tempo certo, quanto comprometer a própria sobrevivência da empresa. 
Neste sentido, torna-se imprescindível que as decisões de capital, especialmente as que 
envolvem projetos de investimentos na elaboração de novos produtos, se baseiem, tanto 
quanto possível, em previsão e cálculo de todas suas implicações relevantes. 
A partir das análises e avaliações relativas às decisões de capital buscar-se-á a melhora 
substancial do nível de informação e as condições de risco para a tomada de decisão com 
diminuição do nível de incerteza. 
Há vários instrumentos financeiros que podem ser utilizados na análise de projetos de 
investimentos nas pequenas e médias empresas de tecnologia, em que destacam-se os 
indicadores Valor Presente Líquido (VPL), Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa), 
Índice Benefício/Custo (IBC), Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA), Taxa Interna 
de Retorno (TIR) e Período de Recuperação do Investimento (Pay-back). Além disso, temas 
como Custo de Oportunidade (CO), Ponto de Fischer como medida de risco, Retorno sobre o 
Patrimônio Líquido (RSPL) e Índice de Lucratividade (IL) também merecem realce na 
tomada de decisão. 
 
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Assim, este artigo tem como objetivo constatar o grau de importância da utilização dos 
instrumentos de análise de investimento na elaboração de novos produtos pelos gestores das 
pequenas e médias empresas de tecnologia do Vale do Itajaí/SC. 
A pesquisa justifica-se por verificar até que ponto os gestores das pequenas e médias 
empresas de tecnologia do Vale do Itajaí/SC consideram importante a utilização dos 
instrumentos de análise de investimento no processo de elaboração de novos produtos. Dessa 
forma, esse estudo foi proposto com o intuito de auxiliar as pequenas e médias empresas de 
tecnologia na utilização de instrumentos indispensáveis a tomada de decisão e conseqüente 
sucesso empresarial. 
 
2 Análise de investimentos 
O Processo de tomada de decisão tem sido historicamente, um dos grandes desafios 
enfrentados pelos dirigentes das empresas, especialmente com o aumento do ritmo de 
atividades e da complexidade gerencial deste final de século. Seja pela intensificação do fluxo 
de informações, seja pela tecnologia utilizada para obter essas informações ou mesmo, pelas 
diversas influências (internas ou externas) sofridas pelo gestor durante esse processo (SILVA, 
2002). 
De acordo com Cassarro (2001), o processo decisório é uma escolha entre alternativas, 
obedecendo a critérios previamente estabelecidos. Estas alternativas poderão ser os objetivos, 
os programas, os recursos, a estrutura ou os procedimentos de uma atividade. 
O termo “análise” está relacionado à reflexão sobre todas as características e fatores 
relativos a uma determinada questão e segundo Souza e Clemente (2004), um investimento, 
para a empresa, é um desembolso que é feito visando gerar um fluxo de benefícios futuros, 
usualmente superior a um ano. Assim, um estudo de análise de investimento compreende: um 
investimento a ser realizado; enumeração de alternativas viáveis; análise de cada alternativa; 
comparação das alternativas; e, escolha da melhor alternativa. 
Assaf Neto (1992, p. 1) comenta que uma empresa, em determinado momento, pode 
ser vista como “um conjunto de projetos de investimento em diferentes momentos de 
execução. O seu objetivo financeiro, ao avaliar alternativas de investimento, é o de maximizar 
a contribuição marginal desses recursos de capital, promovendo o incremento de sua riqueza 
líquida”. 
 Para os objetivos da análise de investimentos, nesse sentido, a empresa é considerada 
como uma entidade orientada para a acumulação de capital. A empresa é uma entidade de 
capital cujo objetivo é sua valorização (SOUZA; CLEMENTE, 2004). 
 Segundo Casarotto e Kopittke (2000), deve-se ter em mente que a análise das 
alternativas de investimento é apenas um passo de um processo de solução de um problema. 
De nada adianta uma boa técnica de análise de alternativas se estas não forem adequadamente 
geradas. 
 É importante ressaltar, conforme Assaf Neto (1992, p. 1), que o “investimento de 
capital se apresenta geralmente como uma parte (algumas vezes pequena) do processo de 
tomada de decisões empresariais.” Pois freqüentemente há objetivos estratégicos que se 
apresentam como fatores decisoriais importantes na seleção de projetos de investimentos. 
Cepromat (2006) propõe uma metodologia que engloba as seguintes fases do processo 
decisório: identificação do problema; análise do problema; estabelecimento de soluções 
alternativas; análise e comparação das soluções alternativas; seleção de alternativas mais 
adequadas; implantação da alternativa selecionada; e, avaliação da alternativa selecionada. 
 Charles Kepner e Benjamim Tregoe (apud Casarotto e Kopittke, 2000), também 
apresentam sua metodologia composta de sete fases adequadas à análise de decisão, sob a 
ótica dos objetivos da empresa. Tais fases são as seguintes: estabelecer os objetivos; 
classificar os objetivos; desenvolver alternativas dentre as quais será feita a escolha; avaliar as 
 
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alternativas; escolher a melhor alternativa como decisão tentativa; avaliar as conseqüências 
adversas da decisão tentativa; e, controlar os efeitos da decisão final, evitando conseqüências 
adversas e fazendo um acompanhamento adequado. 
 Adverte-se quenem sempre precisamos de técnicas tão estruturadas para tomar 
decisões, a relação custo versus benefício deve ser favorável. Casarotto e Kopittke (2000) 
afirmam que para justificar a utilização de métodos de análise de investimentos, as situações 
analisadas deverão apresentar as seguintes características: 
a) ser suficientemente importante para justificar o esforço de se utilizar um método 
estruturado; 
b) a decisão não óbvia e é necessário organizar o problema; e 
c) o aspecto econômico é significativo e influenciará na decisão. 
A consideração do terceiro aspecto, isto é, a importância do aspecto econômico na 
decisão, nos conduz a considerar que o aspecto econômico da decisão é preponderante. Neste 
caso, a decisão será tomada considerando-se principalmente este aspecto, e marginalmente 
outros aspectos. 
Segundo Kassai et al (2000), o que acontece muito nas empresas é a falta de 
informações adequadas para suprir as necessidades do processo decisório. Em algumas existe 
falta de informações e em outras, abundância, porém com péssima qualidade. 
 
3 Instrumentos de análise de investimentos 
 Sobre o crescente grau de utilização dos instrumentos de análise de investimentos nas 
empresas, Souza e Clemente (2004) destacam que as técnicas de análise de investimentos 
estão sendo utilizadas tanto para investimentos de porte, associados a longos horizontes de 
planejamento, como também para operações de curto prazo, como por exemplo, nas decisões 
rotineiras sobre compras a vista versus compras a prazo. 
 Dentre os instrumentos financeiros, que geram informações mínimas necessárias para 
uma adequada avaliação de investimentos, e que variam desde o “bom senso” até os mais 
sofisticados modelos matemáticos, nove se destacam quando adequadamente utilizados. São 
eles: Valor Presente Líquido (VPL), Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa), Índice 
Benefício/Custo (IBC), Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA), Taxa Interna de 
Retorno (TIR), Período de Recuperação do Investimento (Pay-back), Custo de Oportunidade 
(CO), Ponto de Fischer como medida de risco, Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) e 
Índice de Lucratividade (IL). 
 
3.1 Valor Presente Líquido (VPL) 
O Valor Presente Líquido (VPL) de um projeto de investimento pode ser definido 
como a soma algébrica dos valores descontados do fluxo de caixa a ele associado. 
Conceitualmente, a viabilidade econômica de um projeto analisado por este método é indicada 
pela diferença positiva entre receitas e custos, atualizados a determinada taxa de juros 
(VIEIRA, 2002). 
 Para Assaf Neto (1992, p. 3), o VPL “reflete a riqueza em valores absolutos do 
investimento medida pela diferença entre o valor presente das entradas de caixa e o valor 
presente das saídas de caixa.” 
Normalmente este método é utilizado para análise de investimentos isolados que 
envolvam o curto prazo ou que tenham baixo número de períodos, de sorte que um valor 
anual teria pouco significado prático para tomada de decisão. 
 Segundo Marim (1980), levando em consideração a vida econômica, o intervalo de 
tempo entre a data do investimento inicial e a data final do retorno do capital, este método 
pode ser subdividido em dois casos: alternativas que envolvem vidas econômicas iguais; e, 
alternativas que envolvem vidas econômicas diferentes. 
 
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 Vieira (2002) ressalta que o valor presente líquido é um método bastante difundido na 
área de tomada de decisão sobre investimento, por tratar-se de um método de fácil elaboração. 
 Além de ser de fácil elaboração, Vieira (2002) também descreve outras vantagens do 
VPL, dentre as quais se destacam: 
a) o valor presente líquido pressupõe que um real disponível hoje, vale mais do que um 
real disponível amanhã, porque este pode ser aplicado e começar imediatamente a 
render juros (valor temporal do dinheiro); 
b) o valor presente líquido depende unicamente dos fluxos de caixa previsionais do 
projeto e do custo de oportunidade do capital, não é afetado pelas preferências do 
decisor, pelos métodos de contabilização usados pela empresa, pela rentabilidade da 
atividade atual da empresa ou pela rentabilidade de outros projetos autônomos, o que 
conduziria a decisões menos qualificadas; e 
c) outra propriedade muito importante do valor presente líquido é a propriedade da 
aditividade. 
De acordo com Samanez (2001), o objetivo do VPL é encontrar projetos ou alternativas de 
investimentos que valham mais para os patrocinadores do que custam – projetos que tenham 
um VLP positivo. Seu cálculo reflete as preferências entre consumo presente e consumo 
futuro e a incerteza associada aos fluxos de caixa são ajustados a esses fatores chama-se 
desconto, e a magnitude desses fatores é refletida na taxa de desconto usada (custo do capital), 
conforme apresenta a Figura 1. 
 
 
 
Figura 1 - Valor Presente líquido 
Fonte: adaptado de Souza (2003) 
 
 Algumas vezes, porém, principalmente para projetos com horizontes de planejamento 
longos, o desempenho do valor monetário do VPL apresenta dificuldades para comparação e 
como alternativa surge o VPLa. 
 
3.2 Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa) 
 De acordo com Souza e Clemente (2004), o Valor Presente Líquido Anualizado 
(VPLa), que também é conhecido como Valor Anual Uniforme Equivalente (VAUE), é uma 
variação do método do VPL. Pois enquanto o VPL concentra todos os valores do fluxo de 
caixa na data zero, no VPLa o fluxo de caixa correspondente ao projeto de investimento é 
transformado em uma série uniforme. 
 O VPLa ou VAUE é um método de avaliação de investimentos que visa determinar a 
série anual uniforme que será equivalente às quantias a serem desembolsadas durante a 
realização de um projeto. Consiste em transformar os fluxos de entradas e saídas em uma 
série uniforme equivalente de entradas e saídas e, em seguida, de resultados líquidos para o 
retorno do capital, à Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que é taxa a partir da qual o 
investidor considera que está obtendo ganhos financeiros (MACHADO, 1997). 
 
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 Para Marim (1980), o método do valor anual é utilizado com maior freqüência, pois a 
maioria das pessoas parece estar mais familiarizada com o conceito de valor anual do que com 
o conceito de valor presente ou de taxa de retorno sobre o investimento. 
Segundo Casarotto e Kopittke, este método consiste em achar a série uniforme anual 
equivalente ao fluxo de caixa dos investimentos à TMA, ou seja, acha-se a série uniforme 
equivalente a todos os custos e receitas para cada projeto utilizando-se a TMA. O melhor 
projeto é aquele que tiver o maior saldo positivo, conforme Figura 2. 
 
 
Figura 2 - Valor Anual Uniforme Equivalente 
Fonte: adaptado de Souza (2003) 
 
3.3 Índice Benefício/Custo 
 O Índice Benefício/Custo, conforme Souza e Clemente (2004, p. 81) “é uma medida 
de quanto se espera ganhar por unidade de capital investido. A hipótese implícita no cálculo 
do IBC é que os recursos liberados ao longo da vida útil do projeto sejam reinvestidos à Taxa 
Mínima de Atratividade (TMA).” Ou seja, que sejam reinvestidos a melhor taxa, com baixo 
risco, disponível para aplicação do capital em análise. 
 Nesse sentido, a decisão de investir sempre terá pelo menos duas alternativas para 
serem avaliadas: investir no projeto ou “investir na TMA”. E caso IBC > 1, indica que o 
projeto de investimento merece continuar sendo analisado. 
 Em outras palavras, o IBC é a razão entre o Fluxo esperado de Benefícios de um 
projeto e o Fluxo Esperado de Investimentos necessários para realizá-lo e para efeito de se 
aceitar ou rejeitar um projeto de investimento, a análise é análoga (SOUZA; CLEMENTE, 
2004). 
 
3.4 Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA) 
 De acordo com Souza e Clemente (2004, p. 82), o Retorno Adicional sobre o 
Investimento (ROIA) “é a melhor estimativa de rentabilidade para um projeto deinvestimento”, e representa em termos percentuais, a riqueza gerada pelo projeto, já 
expurgada o efeito da TMA. 
 Dessa forma, pode-se afirmar que o ROIA, que deriva da taxa equivalente ao Índice 
Benefício/Custo (IBC) para cada período do projeto, é semelhante ao percentual obtido 
através do conceito de Valor Econômico Agregado (EVA). 
 
3.5 Taxa Interna de Retorno (TIR) 
 A Taxa Interna de Retorno (TIR) é a taxa de retorno esperada do projeto de 
investimento. O método da TIR não tem como finalidade a um determinado custo de capital, 
como o VPL, mas, ao contrário, seu objetivo é encontrar uma taxa intrínseca de rendimento 
(SAMANEZ, 2001). 
 
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 Assaf Neto (1992,p. 8) afirma que TIR “é a taxa de juros que faz com que o valor 
presente das entradas esperadas de caixa se iguale ao valor presente das saídas de caixa 
determinadas pelo investimento.” 
 Kassai (1996, p. 2) destaca que “a Taxa Interna de Retorno ou Internal Rate of Return 
(IRR) é um dos métodos mais sofisticados de se avaliar propostas de investimentos. 
Representa a taxa de desconto que iguala, num único momento, os fluxos de entradas com os 
de saídas de caixa.” 
Para Gitman (1984), a taxa interna de retorno é a taxa de desconto que leva o valor 
atual das entradas de caixa a se igualarem ao investimento inicial referente a um projeto. Ou 
seja, a TIR é a taxa de desconto que leva o VPL de uma oportunidade de investimento a 
igualar-se a zero, já que o valor atual das entradas é igual ao investimento inicial. 
 Como nem todas as propostas financeiras se constituem de fluxos de caixa 
semelhantes, o cálculo da taxa de retorno torna-se bastante custoso, pois se tem de calcular 
pelos artifícios de tentativas e interpelações. 
 De acordo com Samanez (2001), a regra decisória a ser seguida no método da TIR é: 
empreenda o projeto de investimento de capital se a TIR exceder o custo de oportunidade do 
capital. 
 Segundo Souza (2003), a Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser: 
a) maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa que o investimento é 
economicamente atrativo; 
b) igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento está economicamente numa 
situação de indiferença; e 
c) menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o investimento não é economicamente 
atrativo, pois seu retorno é superado pelo retorno de um investimento sem risco. 
 
3.6 Período de Recuperação do Investimento (Pay-back) 
 Souza e Clemente (2004) afirmam que em contextos dinâmicos, como o de economias 
globalizadas, o Pay-back assume importância no processo de decisões de investimento, e 
como a tendência é de mudanças contínuas é acentuadas na economia, não se pode esperar 
muito para recuperar o capital investido sob pena de se alijar das próximas oportunidades de 
investimentos. 
 Para Assaf Neto (1992, p. 5), o método do Pay-back “consiste, em essência, no cálculo 
do prazo necessário para que o montante do dispêndio de capital efetuado seja recuperado 
através de fluxos líquidos de caixa gerados pelo investimento”. O autor ressalta que apesar de 
não ser baseado no critério de fluxo de caixa descontado, o período de Pay-back se destaca 
pela sua simplicidade e ampla utilização pelas empresas. 
 Em outras palavras, o Pay-back é o número de períodos necessários para que o fluxo 
de benefícios supere o capital investido, e o risco do projeto de investimento aumenta à 
medida que o Pay-back se aproxima do final do horizonte de planejamento (SOUZA; 
CLEMENTE, 2004). 
 
3.7 Ponto de Fischer como medida de risco 
 Souza e Clemente (2004) comentam que uma outra análise da dimensão do risco pode 
ser feita por meio do Ponto de Fischer, que leva em consideração o comportamento normativo 
do binômio risco-retorno (mais ganhos só assumindo mais risco), e que preconiza a existência 
de um limite para a variabilidade da TMA em que o investidor seria indiferente entre duas 
alternativas de investimentos. 
Para Kassai (1996), a análise que estabelece a relação entre a Taxa Interna de Retorno 
(TIR) e o Valor Presente Líquido (VPL) é que indica o chamado ponto de interseção de 
Fischer, conforme apresenta a Figura 3. 
 
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Figura 3 – Ponto de Fischer como limite da variabilidade da TMA 
Fonte: adaptado de Kassai (1996, p. 4) 
 
Observa-se que o Ponto de Fischer melhora a percepção de risco do investimento à 
medida que estabelece um novo limite para a variabilidade da TMA. Nesse caso hipotético, 
Kassai (1996, p. 5) comenta que, “com base na TMA, se for maior que o ponto de interseção e 
Fischer, o Projeto B será aceito, se não, será rejeitado em prol do Projeto A.” 
 
3.8 Custo de Oportunidade (CO) 
A noção de custo de oportunidade deriva do processo de escolha dos indivíduos. E 
escolha significa que uma opção será preferida em detrimento de outras em um conjunto de 
possibilidades. Como não se pode optar por todas as alternativas, a melhor possibilidade 
descartada representa o custo de oportunidade daquela escolhida (MIRANDA; REIS; 
ROGERS, 2005). 
Souza e Clemente (2004, p. 24) destacam que os métodos de avaliação das 
oportunidades de investimento “baseiam-se na comparação da magnitude do investimento, ou 
seja, do dispêndio de capital, com os ganhos líquidos esperados durante certo período de 
tempo, denominado horizonte de planejamento.” 
Para Beuren (1993), o custo de oportunidade é o custo da alternativa abandonada que 
lhe proporcionaria maior satisfação. 
A diferença de valores entre duas taxas de juros, provindas de alternativas econômicas 
diferentes de investimentos, constitui, para a alternativa aceita e de menor valor, uma taxa de 
juros chamada custo de oportunidade (HIRSCHFELD, 1998). 
40%12% 30%
1000 
800 
400 
NPV 
Interseção de Fischer
Projeto A 
 
Projeto B 
COMPARAÇÃO: NPV X TIR 
 
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Martins (2003) afirma que o custo de oportunidade representa o quanto a empresa 
sacrificou em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa ao invés 
de outra. 
Horngren (1986), de maneira mais ampla, conceitua o custo de oportunidade como: o 
sacrifício mensurável de rejeição de uma alternativa; o montante máximo sacrificado pelo 
abandono de uma alternativa; e, o lucro máximo que poderia ter sido obtido se o bem, serviço 
ou capacidade produtivos tivessem sido aplicados a outro uso operacional. 
Segundo Souza (2003, p. 66), o custo de oportunidade utilizado no projeto de 
investimento “poderá ser definido mediante determinação do custo médio ponderado do 
capital, que trata da média ponderada do custo de capital próprio e de terceiros relativo ao 
total do capital utilizado.” 
Apesar de ser um importante instrumento na análise de investimentos, Beuren (1993, 
p. 4) comenta que “a nível de implementação de conceito de custo de oportunidade no 
processo decisório das empresas, encontram-se dificuldades na determinação de um único 
atributo para as diversas alternativas bem como a mensuração das mesmas.” 
 
3.9 Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) 
 De acordo com Kassai et al. (2000), retorno de investimento é o benefício esperado ou 
exigido e que deve remunerar os investimentos efetuados. Um empreendimento só se viabiliza 
se remunera adequadamente seus proprietários, bem como outros detentores de capitais. 
 Nesse sentido Souza (2003, p. 83) ressalta que “a preocupação com a geração de 
lucros prevista no projeto de investimento de capital justifica-se em decorrência da relação 
direta entre o fluxo de caixa e o fluxo de resultado no médio e longo prazo.” 
 Faz-se importante ressaltar que os investimentos são necessários e é saudável que haja 
políticas de incentivos. Entretanto, se não houver níveis de retorno de investimento 
satisfatórios, poderão estar comprometendo sua própria existência. Mesmo as empresas sem 
fins lucrativos ou outras entidades organizadas para determinados fins precisamque seus 
investimentos sejam remunerados de alguma forma, para que possam dar continuidade a suas 
atividades. Portanto, se faz necessário obter um retorno compatível de seus investimentos 
(KASSAI et al., 2000). 
 Nesse sentido, através do indicador do Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL), 
tem-se a rentabilidade do empreendimento sobre o patrimônio líquido total da empresa mais o 
projeto de investimento. Este indicador é calculado através da razão entre o lucro líquido e o 
patrimônio líquido médio. 
 Souza (2003, p. 83) afirma que “verifica-se, com a utilização do RSPL, qual a 
capacidade que a empresa tem de gerar lucros com relação aos capitais próprios aplicados em 
projetos de investimentos.” 
 
3.10 Índice de Lucratividade (IL) 
 Segundo Souza (2003, p. 75), o Índice de Lucratividade (IL) “representa a relação 
entre o valor presente das entradas líquidas de caixa do projeto e o investimento inicial, 
utilizando, a exemplo do VPL, uma taxa mínima de atratividade.” 
 A partir da utilização do IL, o projeto de investimento será considerado rentável 
quando o valor presente das entradas líquidas de caixa superarem o investimento inicial. 
 Assim, sempre que o índice de lucratividade for maior que 1, o projeto deverá ser 
aprovado mediante a utilização desse critério. 
 Souza (2003, p. 75) ressalta que “o processo de seleção será decorrência do maior 
índice de lucratividade apresentado pelos projetos em análise.” 
 
 
 
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4 Método e procedimentos da pesquisa 
O artigo busca constatar o grau de importância da utilização dos instrumentos de 
análise de investimento na elaboração de novos produtos pelos gestores das pequenas e 
médias empresas de tecnologia do Vale do Itajaí/SC. Para tal, a metodologia da pesquisa 
utilizada consistiu de um estudo exploratório de multi-casos, com abordagem qualitativa. 
No que concerne ao estudo exploratório, Andrade (2002) aponta como finalidades 
principais: proporcionar maior conhecimento sobre o assunto que se vai investigar; facilitar a 
delimitação do tema de pesquisa; orientar a fixação dos objetivos da pesquisa e a formulação 
das hipóteses; ou descobrir um novo tipo de enfoque sobre o assunto. 
O estudo exploratório de multi-casos foi realizado, enfocando o objetivo do artigo, nas 
21 empresas de tecnologia consideradas de pequeno e médio porte do Vale do Itajaí/SC. 
Responderam ao questionário 12 empresas, perfazendo a amostra em 57,14%, portanto 
considerada adequada. 
Quanto aos procedimentos de coleta de dados, optou-se por aplicar um questionário 
estruturado com perguntas fechadas de acordo com a escala de Lickert (TAMAYO, 1998), 
atribuindo pesos de 1 (um) até 5 (cinco) às suas importâncias com o objetivo de verificar o 
grau de importância dos instrumentos financeiros para análise de projetos de investimentos 
pelos gestores das empresas. 
O questionário tem que ter clareza e limitado em extensão e estar acompanhado de 
notas que expliquem a natureza da pesquisa e ressaltam a importância e necessidade das 
respostas, a fim de motivar o informante (COLAUTO; BEUREN, 2004). 
A abordagem qualitativa foi a estratégia adotada para a descrição e explicação dos 
impactos investigados. A abordagem qualitativa, conforme Richardson (1999), caracteriza-se 
por não empregar instrumental estatístico para análise de um problema. Em outras palavras, 
ela não se atém a numerar ou medir, de forma quantitativa, unidades ou categorias 
homogêneas. 
Para complementar a análise a técnica estatística da análise de componentes principais 
foi utilizada. Segundo Maroco (2003, p. 231) esta “é uma técnica de análise exploratória 
multivariada que transforma um conjunto de variáveis correlacionadas num conjunto menor 
de variáveis independentes, combinações lineares das variáveis originais, designadas por 
“componentes principais”.” 
Em síntese, por meio da análise quantitativa realizada através da análise de 
componente principais, com aplicação do software LHStat - Análise Estatística de Dados, 
versão 1.3.0, procurou-se descobrir quais dos 10 atributos da pesquisa são mais importantes 
para os gestores das empresas. 
Os resultados do estudo não podem ser generalizados a outras empresas, dado as 
particularidades dos multi-casos explorados, constituindo-se, portanto, em uma limitação da 
presente pesquisa. 
 
5 Importância da utilização dos instrumentos de análise de investimento nas empresas 
Para fins de apuração do grau de importância da utilização dos instrumentos de análise 
de investimento na elaboração de novos produtos pelos gestores das pequenas e médias 
empresas de tecnologia do Vale do Itajaí/SC, foram considerados 10 instrumentos financeiros. 
Estes foram inicialmente caracterizados para averiguar se são considerados importantes nas 
empresas estudadas. 
Na seqüência segue os resultados da análise de componentes principais. 
 
5.1 Análise de componentes principais 
 A Figura 4 apresenta os resultados da análise de componentes principais. 
 
 
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Figura 4 – Mapa Fatorial resultante da análise de componentes principais 
Fonte: dados da pesquisa. 
 
Com base no mapa fatorial, os resultados obtidos apontam a utilização dos 
instrumentos na análise de insvestimentos na elaboração de novos produtos, que entre os 
instrumentos averiguados apontaram que o Pay-back, a Taxa Interna de Retorno e o Ponto de 
Fisher como medida de risco foram considerados os mais importantes, pois quanto mais 
distante for a linha maior a sua relação com a importância na utilização destes instrumentos. 
 No entanto, alguns instrumentos apresentam uma baixa relação e portanto são 
considerados como moderados, como o ROIA, VPL, VPLa, IL e Custo de oportunidade. 
Porém, um ponto importante é que não há relação entre o ROIA e o VPL em que sua 
utilização acontece, em mesma linnha, porém para direções opostas. 
Verifica-se que os o IBC e o RSPL, apresentam, de alguma forma, o interesse pela sua 
utilização, pois a proximidade entre estes instrumentos é nítida e sua linha de direcionamento 
 
 11
apresenta, praticamente o mesmo tamanho. Contata-se também que o VPL também apresenta 
proximidade com a utilização e sua linha de crescimento acontece, porém em menor número. 
Considerando a utiolização dos instrumentos na análise de projetos de investimento 
em novos produtos, o Pay-back e a TIR são intensamente utilizados, pois a identificação do 
traço linear no centro do mapa até a sua localização no mesmo apresenta uma longa linha e a 
proximidade netre elas considera uma forte relação. Em consideração ao Pay-back e o Ponto 
de Fischer, seu tracejamento apresenta uma sobreposição, apontando uma excelente posição e 
forte contentamento no resultado. 
 O Indice de lucratividade, que representa as entradas de caixa em relação ao capital 
investido, e o Custo de oprtunidade, que representa a satisfação na aplicação dos recursos em 
detrimento de outras, são apresentados pelos respondentes como de menor utilização. 
 O VPLa e o ROIA, por sua vez, apresenta o mesmo trajeto na linha oposta a utilização 
pelos respondentes, conseqüentemente sua utilização pelas empresas de tecnologia 
equiparadas, mesmo não apresentando uma grande proximidade entre as linhas. 
No entanto, tres empresas aprsentam uma utilização entre o Custo de oportunidade e o 
ROIA, porém sem direção e com a mínima possibilidade de estar na direção da utilização por 
alguma das empresas, apresentando uma baixa concentração na sua utilização e menor 
consideração. 
 Outro ponto que resalta é que as empresas que utilizam o Payback, Ponto de Fischer e 
a TIR não tuilizam o Custo de oprtunidade, pois sua relação de utilização estão em postos 
extremos e direções opostas. Sua posição em relação ao mapa fatorial está para o lado 
contrário das demais empresas. Assim, entende-se que as empresas não relacionam os 
instrumentos mais utilizadoscom o instrumento menos utilizado. 
 Contudo, entre os instrumentos mais tulizados pelos respondentes das empresa de 
tecnologia foi a Taxa interna de retorno, que representa a taxa que anula o valor presente 
líquido de um fluxo de caixa. Desta forma, a forte concentrado de empresa no entorno do 
traçado linear consideram a TIR como a melhor forme de analisar os novos investimentos em 
projetos pelas empresas de tecnologia. 
 
6 Considerações finais 
O artigo objetivou constatar o grau de importância da utilização dos instrumentos de 
análise de investimento na elaboração de novos produtos pelos gestores das pequenas e 
médias empresas de tecnologia do Vale do Itajaí/SC. Para tanto, foi realizado um estudo 
exploratório de multi-casos, com abordagem qualitativa. 
A pesquisa foi aplicada em 21 empresas, escolhidos aleatoriamente. Pesquisou-se 9 
instrumentos para identificar a importância na utilização, entre eles: Valor Presente Líquido 
(VPL), Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa), Índice Benefício/Custo (IBC), Retorno 
Adicional sobre o Investimento (ROIA), Taxa Interna de Retorno (TIR), Período de 
Recuperação do Investimento (Pay-back), Ponto de Fischer como medida de risco, Custo de 
Oportunidade (CO), Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) e o Índice de Lucratividade 
(IL). 
Primeiramente foi utilizada a escala de Lickert em pesos para a análise da importância. 
Ressalta-se que a importância dada aos instrumentos pelos respondentes é geral. Foi 
relacionada a importância geral e a utilização dos instrumentos pelos respondentes das 
empresas de tecnologia. Por último, utilizou-se a técnica estatística da análise de componentes 
principais. 
Com base na análise dos resultados da relação da importância geral dos instrumentos 
utilizados pelas empresas de tecnologia de uma forma geral, os gestores das empresas 
consideram relevante a utilização dos instrumentos na análise de investimento na elaboração 
de projetos de novos produtos. 
 
 12
Os resultados da técnica da análise de componentes principais indicam que os 
atributos que atingiram maior importância entre os instrumentos averiguados, o Pay-back, a 
Taxa Interna de Retorno e o Ponto de Fisher como medida de risco foram considerados os 
mais importantes. A utilização destes instrumentos nas empresas de tecnologias pesquisadas 
favorece a redução de gastos operacionais, melhoria da produtividade e exploração de novas 
oportunidades de negócios. 
 
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