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histamina e anti-histamínicos; eicosanoides; drogas anti-inflamatórias não esteroides (AINES). Autacoídes Os autacoides (Autos:próprio e akos:remédio) são substâncias naturais do organismo com estruturas químicas, atividades fisiológicas e farmacológicas variadas que são produzidas rapidamente pelo organismo em resposta à estímulos. Mediadores Inflamatórios (Autacóides) • Histamina • Serotonina • Eicosanóides • Peptídeos (Cininas e citocinas) Autacoides Histina (aa) histamina (mastócitos e basófilos) Armazenada e liberada (estímulos incluem a interação dos componentes do complemento C3a e C5a com receptores específicos da superfície celular, e a combinação de antígeno com os anticorpos da imunoglobina IgE) A liberação de histamina é iniciada por um aumento do cálcio citosólico, vários fármacos elementares, como a morfina liberam histamina. A reposição da histamina secretada pelos mastócitos e basófilos é um processo lento que pode demorar dias ou semanas, enquanto a renovação da histamina nos histaminócitos gástricos é muito rápida. Histamina Histina descarboxilase Sofre metabolização rápida – metabólitos inativos pela urina (metabolizada pela histaminase e/ou pela enzima de metilação, imidazol N-metiltransferase) Receptores - Foram identificados quatro tipos de receptores de histamina H1-4. São todos receptores acoplados à proteína G que modulam o AMPc, associado a mecanismos de transdução de sinal. Pulmão, pele da face, mucosa nasal estômago e vasos sanguíneos SNC atua como neurotransmissor (termoregulação, controle neuroendócrino, estado de vigília e regulação cardiovascular) Mastócitos Basófilo • Receptores H1 – ativam terminações nervosas sensitivas que medeiam a dor e o prurido. • Receptores H2 e H4 – vasodilatação, ↑ permeabilidade capilar, edema, efeito quimiotáxico (atrai células inflamatórias), inibição da liberação dos lisossomas e da ativação de linfócitos B e T. • Receptores H3 – liberação de peptídeos pelos nervos em resposta a inflamação. • Efeitos no músculo liso A ação da histamina nos receptores H1 contrai o músculo liso do íleo, dos brônquios, dos bronquíolos e do útero. A histamina reduz a falta de ar em uma primeira fase da bronquite asmática. • Efeitos cardiovasculares A histamina exerce um efeito vasodilatador e aumenta a permeabilidade das vênulas pós-capilares, através da ação nos receptores H1, sendo o efeito parcialmente dependente do endotélio em alguns leitos vasculares. Também aumenta a frequência cardíaca devido à ação dos receptores cardíacos H2. • Secreção gástrica A histamina estimula a secreção do ácido gástrico pela ação nos receptores H2. Em termos clínicos, esta é a ação mais importante da histamina, pois está relacionada com a patogenia da doença ulcerosa péptica. • Efeitos na pele Quando aplicada intradermicamente, a histamina provoca vermelhidão da pele acompanhada por um edema com um halo vermelho vivo. A vermelhidão/rubor reflete a vasodilatação das arteríolas e esfíncteres pré- capilares, e o edema reflete o aumento da permeabilidade das vênulas pós- capilares. Esses efeitos são majoritariamente mediados através da ativação dos receptores H1. O halo é um reflexo axonal: a estimulação das terminações nervosas sensitivas causa impulsos nervosos através dos ramos comunicantes do mesmo nervo, liberando vasodilatadores como o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina. A histamina causa um prurido intenso se for injetada na pele ou aplicada topicamente, uma vez que estimula as terminações nervosas sensitivas através de um mecanismo dependente do receptor H1. Os antagonistas aplicados topicamente, uma vez que estimulam as terminações nervosas sensitivas através de um mecanismo dependente do receptor H1, são usados para controlar o prurido causado por reações alérgicas, picadas de insetos etc. Há 3 abordagens para a inibição da histamina: 1ª) consiste na administração de anti-histamínicos para diminuir a resposta inflamatória das alergias. 2ª) consiste em impedir a desgranulação dos mastócitos induzida pela ligação de um antígeno ao complexo IgE/receptor Fc nos mastócitos. O cromoline e o nedocromil utilizam essa estratégia para evitar as crises de asma. 3ª) consiste em administrar um fármaco capaz de neutralizar funcionalmente os efeitos da histamina durante o choque (Epinefrina). Anti-histamínico Anti-Histamínicos H1 de Primeira e de Segunda Gerações O achado de que a histamina constitui um importante mediador da reação de hipersensibilidade alérgica levou à descoberta dos primeiros anti-histamínicos H1 por Bovet e Staub, em 1937. Os anti-histamínicos H1 são mais úteis no tratamento de distúrbios alérgicos para aliviar os sintomas de rinite, conjuntivite, urticária e prurido. Os anti-histamínicos H1 bloqueiam fortemente o aumento da permeabilidade capilar necessário para formação de edemas e pápulas. As propriedades anti- inflamatórias dos anti-histamínicos H1 são atribuíveis à supressão da via do NF- kB nas células imunes. Os anti-histamínicos H1 de primeira e de segunda gerações são igualmente eficazes no tratamento da alergia; entretanto, não são efetivos contra a vasculite urticariforme ou o angioedema hereditário (deficiência do inibidor de C1). As diferenças na lipofilicidade entre os anti- histamínicos H1 de primeira e de segunda gerações respondem pelos seus perfis de efeitos adversos diferenciais, notavelmente a tendência a causar depressão do SNC (sonolência). A cimetidina, nizatidina e a ranitidina são antagonistas seletivos dos receptores H2 e inibem a secreção de ácido gástrico induzida pela histamina. Esses agentes atuam como antagonistas competitivos e reversíveis da ligação da histamina aos receptores H2 nas células parietais gástricas e, portanto, reduzem a secreção de ácido gástrico. As indicações clínicas incluem a doença de refluxo ácido (pirose) e a doença ulcerosa péptica. Sedação – 1ª geração Ação anti-émetica e anticinetósica – 1ª geração Antimuscarínicos – redução da ação parassimpática; antiparkinsônica – gluacoma, retenção urinária, constipação (etanolamina) Antagonitas adrenérgicos – hipotensão ortostática (prometazina) Anestésicos locais - bloqueio de canais de Na+ (prometazina) Reações adversas – antimuscarínicos e anestésicos locais (astemizol e terfenadina – proscritos) Taquicardia Palpitações Hipotensão Alterações no ECG Aumento do intervalo QT associado a arritmias Fibrilação ventricular Parada cardíaca (inibição de canais de K+)