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ANALFABETISMO FUNCIONAL

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ANALFABETISMO FUNCIONAL: O COMPROMISSO DAS EMPRESAS EM ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL1
Prof.ª Andressa Ferreira2
Mario Baptista3
RESUMO
Este texto visa o registro análise e principalmente a consciência dos estudantes de Ciências Contábeis e Administração de Empresas da existência do analfabetismo funcional dentro das organizações. O analfabetismo funcional é um custo intangível que acarreta em obstáculos ao desenvolvimento, criando déficit de produção e incalculáveis prejuízos. De acordo com National Alliance of Business e o National Institute of Literacy, o analfabetismo funcional custa entre US$ 6 bilhões e US$ 10 bilhões de dólares por ano. Hoje sabemos que aproximadamente 20% do quadro funcional das organizações sofrem em algum grau de analfabetismo funcional, incluindo os próprios gestores. A intenção é apresentar o problema do analfabetismo como sendo um dos responsáveis pelo déficit de produção em muitas empresas. Como ele não pretende levantar dados estatísticos, apenas trabalhar com os dados já apurados pelos institutos, empresas e órgãos engajados na erradicação desse problema. Ele irá fazer um levantamento do problema e apontar onde isso pode estar sendo prejudicial nas organizações empresariais. 
Palavras chaves: Analfabetismo Funcional. Administração de Empresas. Ciências Contábeis.
ABSTRACT
This text aims at recording, analysis and especially the awareness of students of Accountancy and Business Administration from the existence of functional illiteracy within organizations. Functional illiteracy is an intangible cost that entails obstacles to development,
creating a production deficit and incalculable losses. According to the National Alliance of Business and the National Institute of Literacy, functional illiteracy costs between $ 6 billion and $ 10 billion per year. We know that approximately 20% of the workforce organizations suffer in some degree of functional illiteracy, including the managers themselves. The intention is to present the problem of illiteracy as one of the responsible for the output gap in many companies. How he aims to raise statistical data, only work with the data already established by the institutes, companies and agencies engaged in eradicating this problem. He will make a survey of the problem and point out where this may be harmful and business organizations.
Keysword: Functional Illiteracy. Business Administration. Accountancy
SUMÁRIO
Introdução
O analfabetismo funcional, bem como muitos pesquisadores colocam, é um problema invisível dentro das organizações. Visto por outro ângulo, o prejuízo por ele causado é de grandes proporções, não se resume apenas em perdas financeiras, o analfabetismo funcional com o tempo se torna um instrumento de exclusão, eliminando do mercado de trabalho pessoas que por algum motivo não foram plenamente alfabetizadas.
As causas do analfabetismo funcional são inúmeras, como veremos mais adiante, desde já é possível salientar que dentre essas as duas maiores causas é a precariedade do ensino de base – ensino fundamental e médio – e atrelado a ele a condição socioeconômica que é culminante e uma das causadoras da
evasão escolar.
O presente artigo tem a intenção de mostrar como a questão do analfabetismo funcional influencia diretamente o dia-a-dia das organizações, e interfere grau de competitividade e de preparo para a concorrência em um ambiente cada vez mais informatizado. E entender o alcance do analfabetismo funcional e suas implicações na vida dos funcionários e das organizações.
O referencial bibliográfico sobre o tema é muito extenso, incluem livros, artigos, matérias, pesquisas quantitativas, entre outros. Nosso projeto de pesquisa tem caráter teórico – não excluindo a importância de um debate relacionado tema pesquisado.
1 A real dimensão do problema
Analfabeto funcional é a definição dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de ler e escrever, geralmente frases, sentenças, textos curtos e números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas no seu cotidiano. Hoje em dia existe um percentual muito alto de analfabetos funcionais com nível superior de escolaridade como alerta Paulo Botelho (2006), “não se trata de pessoas que nunca foram à escola, elas sabem ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administrativos, mas não conseguem compreender a palavra escrita”.
Na hora de ler um projeto, fazer cálculo de preços, organizar planilhas orçamentárias; além das situações corriqueiras do dia a dia, essas pessoas sentem muita dificuldade, e o resultado disso é um baixo rendimento no trabalho dificuldade para realização de tarefas. 
Diante desse problema veremos ações – como incentivo à leitura, estímulo ao reingresso no ensino
de base – que ajudem essas pessoas a melhorar o rendimento profissional.
A definição sobre o nível de analfabetismo funcional4 sofreu revisões nas últimas décadas. No ano de 1958, a UNESCO definia como alfabetizada uma pessoa capaz de ler ou escrever um enunciado simples, relacionado à sua vida diária. Duas décadas depois, a UNESCO sugeriu a adoção do conceito de alfabetismo funcional. É considerada alfabetizada funcional a pessoa capaz de utilizar a leitura e escrita para fazer frente às demandas de seu contexto social e de usar essas habilidades para continuar aprendendo e se desenvolvendo ao longo da vida. Em todo o mundo, a modernização das sociedades, o desenvolvimento tecnológico, a ampliação da participação social e política colocam demandas cada vez maiores com relação às habilidades de leitura e escrita. A questão não é mais apenas saber se as pessoas conseguem ou não ler e escrever, mas também o que elas são capazes de fazer com essas habilidades. Isso quer dizer que, além da preocupação com o analfabetismo, problema que ainda persiste nos países mais pobres e também no Brasil, emerge a preocupação com o alfabetismo, ou seja, com as capacidades e usos efetivos da leitura e escrita nas diferentes esferas da vida social.
A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgado em 08 de setembro de 2011, mostra que um em cada cinco brasileiros de 15 anos ou mais (20,3% do total) são analfabetos funcionais, ou seja, tem menos de quatro anos de estudo.
A pesquisa, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) entrevistou 153.837 pessoas em todo o país até setembro
de 2010. De acordo com os dados de 2011, o analfabetismo atinge que 14,1 milhões de brasileiros (9,7% da população). O número é somente 1,8 pontos percentuais menores do que em 2004.
O Norte e Nordeste ainda tem o maior índice de analfabetismo, quase o dobro da média brasileira. Mesmo assim, o número caiu de 22,4% da população para 18,7% na região em cinco anos.
A pesquisa ainda aponta que, nas regiões Norte e Nordeste, há mais homens analfabetos do que mulheres, e que 12% da população acima de 25 anos é analfabeta, ou seja, cerca de 13,4 milhões de pessoas.
Segundo dados da UNESCO, o Brasil teve uma taxa média de analfabetismo maior do que a da América do Sul entre 2005 a 2008.
Segundo o próprio PNAD, os maiores percentuais de pessoas ocupadas em atividades econômicas estão concentrados nas faixas etárias entre 30 e 39 anos, 40 e 49 anos e 50 anos ou mais. Justamente aquelas pessoas que não passaram em média mais do que quatro anos estudando.
Apesar dos avanços que vem sendo feito atualmente quanto à redução do nível de analfabetismo absoluto, a erradicação do analfabetismo funcional parece estar acontecendo a passos lentos, como é o caso da região Norte.
Estimativas preliminares mostram que, independente do grau de sofisticação, segmento, faturamento e rentabilidade, aproximadamente 20% do quadro funcional das organizações sofrem em algum grau de analfabetismo funcional, isso inclui os próprios gestores.
É difícil imaginar um gestor que não detém plenamente a capacidade de leitura e interpretação de textos, de poder gerenciar um sistema de criação e, principalmente, propagação de inovação e
conhecimento. Não adiantater pleno acesso a fonte de informação sem deter plena capacidade de decodificá-la, isto é, absorver a informação na sua totalidade.
Mesmo setores estigmatizados por seu alto grau de sofisticação e desenvolvimento tecnológico como o de Tecnologia da Informação (TI) são lesados em igual magnitude. As empresas encontram-se em um momento ímpar de efetuar as mudanças necessárias para corrigir o rumo. Diversas ações estão sendo implantadas ao redor do mundo, a responsabilidade pela educação passa da até então exclusividade governamental para ser de competência compartilhada com as instituições.
1.2 As exigências do mercado de trabalho
O que o empregador precisa saber é que a raiz do problema é mais profunda e vem desde a alfabetização, ela precede e muito ao ingresso no mercado de trabalho. Entre as causas, aponta-se a universalização do ensino – no ensino público há uma enorme preocupação com números e não com a qualidade do que está sendo ensinado –, muitas vezes sem qualidade; a má formação dos professores, o pouco investimento em educação e, ainda, as más condições do aluno permanecer na escola. Entre as consequências, pensou-se, na maioria dos casos, na situação socioeconômica do indivíduo e do país, nota-se que em famílias de baixa renda onde os filhos necessitam exercer alguma atividade para ajudar no sustento da família a evasão escolar é maior.
Esses índices tão altos de analfabetismo funcional no Brasil se devem à baixa qualidade dos sistemas de ensino público à falta de infraestrutura das instituições de ensino e à falta de hábito e interesse de leitura do
brasileiro. A desvalorização dos profissionais em educação, fez com que muitos profissionais ficassem desmotivados, sem buscar capacitar-se cada vez mais. 
A procura por cursos de licenciaturas diminuiu vertiginosamente nos últimos dez anos. Some isso à desvalorização salarial e terá um quadro deprimente da educação brasileira, profissionais desmotivados e despreparados.
Outro problema que pouco se ouve falar é a questão da inclusão de alunos que possuem algum déficit cognitivo, o que dificulta o aprendizado gerando problemas pessoais e profissionais futuros. É necessário estudar melhores métodos pedagógicos que se mostrem mais eficazes para educação de alunos com uma determinada deficiência. É preciso sim investimento em estrutura, aparelhar e qualificar o educador, mas devemos nos ater também no método que estamos utilizando, dar mais atenção ao educando e ver como ele está se desenvolvendo dentro desse processo. Se não somos capazes de lidar com um problema que a princípio, é tão comum como o déficit de aprendizado como vamos lidar com alunos que realmente precisam de muito mais atenção como portadores de deficiência intelectual? Não adianta impor políticas de inclusão que ao invés de melhorar essa interação entre o aluno com necessidades especiais e os outros vão rebaixar o nível de aprendizado dos demais.
O processo de expansão das exigências de letramento é irreversível e vem impondo novos parâmetros de contratação e manutenção do emprego. Um estudo feito pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, entre homens de 25 a 54 anos, revelou claramente essa tendência. “valor de mercado” do diploma
da high school (equivalente ao ensino médio) está caindo: entre os anos de 1969 e 1989, o número de pessoas abaixo do nível de pobreza aumentou de 8,3% para 22,6% entre indivíduos com até 12 anos de escolaridade.
O mesmo vem acontecendo no Brasil. Entre 1994 e 1998, o nível de emprego caiu 7,9% para pessoas entre zero e quatro anos de estudo, consideradas pelo IBGE como analfabetas funcionais. O nível permaneceu estável para quem tinha entre 5 e 8 anos de estudo e subiu 4,7% para quem tinha entre 9 e 11 anos de estudo; pessoas com mais de 12 anos de escolaridade aumentaram sua empregabilidade em 3%, segundo estudos feitos por Edward Amadeo.
Quanto maior o grau de alfabetização, mais esses profissionais se engajam em programas de treinamento na empresa, aprofundando as diferenças nos níveis de alfabetismo. Sabe-se que o treinamento na empresa faz aumentar o salário dos empregados mais do que outras formas de treinamento. Esse estudo também apurou que em países como Suécia, Dinamarca e Finlândia, mais de 50% dos entrevistados haviam feito algum curso nos últimos 12 meses; nos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, cerca de 40%; no Brasil, segundo o Inaf, 14%. A crença generalizada de que o nível de alfabetismo está relacionado linearmente com o progresso econômico e a mobilidade social no país ainda é discutível.
1.3 As possíveis perdas
Essa realidade se materializa nos constantes “problemas inesperados” ou recall que as organizações enfrentam cotidianamente, bem como em peças que não estão funcionando corretamente, ou um lote de produtos contaminados por substâncias estranhas, entre outros
exemplos.
O analfabetismo funcional custa entre US$ 6 bilhões e US$ 10 bilhões de dólares por ano. Essa cifra foi o que a agência empresarial americana National Alliance of Business (coligação de organizações voltada para o aperfeiçoamento da mão de obra) e o National Institute of Literacy estimaram como prejuízo causado pela deficiência de habilidades básicas dos empregados nos Estados Unidos. Os problemas são causados por trabalhadores que não entendem sinais de aviso de perigo, instruções de segurança, instruções ao longo do processo, recomendações de embalagem, estocagem ou embarque de produtos.
Do ponto de vista financeiro das organizações, os gestores estão acostumados a orçar e controlar os custos do processo fabril, os custos contábeis/econômicos como exaustão e depreciação, investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento, despesas da gestão administrativa, entre outros. Um custo importantíssimo que vem sendo marginalizado, em grande parte por desconhecimento das empresas, é o da perda causada pelo analfabetismo funcional.
Como não estão sendo mensuradas, são custos invisíveis do processo produtivo – são percebidas como custo, pois além de um ralo desperdiçador de divisas, inibe a inovação, principal produto das organizações modernas.
O nível de analfabetismo funcional pode ser visto tanto como causa quanto como consequência da competitividade de uma empresa. Na indústria, perde-se matéria-prima porque algum funcionário, em determinada etapa do processo, não leu ou não soube interpretar corretamente as instruções de transporte ou estocagem. Perde-se tempo e capital precioso decorrente de
quebra de equipamento, reposição de peças danificadas, dificuldades de adaptação a novos processos, além do baixo índice de aproveitamento nos cursos de capacitação. Em outros ramos de atividade econômica também são inúmeras as perdas provocadas pelo letramento precário dos empregados. De um pequeno engano no troco à contagem incorreta do estoque, o comércio, a agricultura e o setor de serviços também registram perdas significativas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Algumas empresas deram exemplos e criaram programas de incentivo para que seus funcionários concluam o ensino de base ou façam cursos de capacitação, aprendendo assim a lidar com situações cotidianas, dominando a leitura e cálculos que são muito importantes em qualquer área. Com tudo isso o problema do analfabetismo funcional está longe de ser resolvido, pois não se trata apenas em ter concluído sua alfabetização ou capacitar-se, trata-se muitas vezes de um fator socioeconômico, como essas pessoas foram ou estão sendo alfabetizadas, suas deficiências e necessidades.
A metodologia utilizada pelas instituições de ensino no Brasil deveria ser focada na contextualização da teoria, formando e preparando pessoas aptas ao mercado de trabalho. A conjuntura mercadológica demanda por profissionais que consigam resolver os dilemas cotidianos de forma eficaz e eficiente.
As empresas estão cada vez mais conscientes de que a aprendizagem organizacional e a gestão do conhecimento são vertentes contemporâneas que fomentam o ciclo virtuoso de geração e, principalmente, difusão do conhecimento. Entretanto,todas essas verdades podem, no campo prático,
mostrarem-se ineficientes quando a qualidade do capital intelectual não corresponder às expectativas organizacionais.
O analfabetismo funcional estrangula o potencial de crescimento organizacional, tendo em vista que minimiza as chances de crescimento, inovação e otimização dos resultados – fatores indispensáveis nas conjunturas mercadológicas atuais. É um mal silencioso que está presente em todas as organizações independente do segmento, ramo de atuação, capacidade econômica, etc.
As organizações e os governos, não necessariamente nesta ordem, precisam, pois, saber reconhecer e cuidar dos analfabetos funcionais, para que possam ter acesso a uma vida mais digna, aproveitem melhor as dádivas mais refinadas que o mundo moderno pode oferecer e também possam desempenhar melhor seu trabalho concorrendo com as formas mais elevadas de ocupação (MOREIRA, 2003, p. 5).
Esse assunto deveria estar em pauta para discussão entre empresas e governo. O primeiro passo que se deve dar em relação à dissolução do problema vem do governo, que deve dar mais atenção a esse problema e posteriormente firmar parcerias com o setor privado para minimizar esse quadro e fazer investimentos em pesquisas dirigidas a mensurar os verdadeiros índices de analfabetismo funcional nessa área. Visto que, a queda da produtividade provocada pela deficiência em habilidades básicas resulta em perdas e danos para as empresas.
A toda a sociedade e, em especial, aos educadores e responsáveis pelas políticas educacionais, interessa saber em que medida os sistemas escolares vêm respondendo às exigências do mercado em relação ao alfabetismo e,
além da escolarização, que condições são necessárias para que todos adultos tenham oportunidades de continuar a se desenvolver pessoal e profissionalmente.
Para erradicar o analfabetismo funcional só existe uma saída, que é educação de qualidade e treinamento, treinar para qualidade, que segundo Botelho (2006), “qualidade não tem custo; é investimento. O custo da qualidade é a despesa do trabalho errado, mal feito, incompleto, sem profissionalismo. É o custo do analfabetismo funcional”.
Educação de qualidade é responsabilidade governamental, assim como deveria ser o ensino técnico, de capacitação. Não havendo essa possibilidade fica a cargo das empresas investirem em seus funcionários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRUZ, Ana da. O Analfabetismo Funcional (Artigo). Recanto das Letras, 2008.
3º Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional – Um diagnóstico para inclusão social pela educação. Instituto Paulo Montenegro, 2003.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em:
PNAD - IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em 
OLIVEIRA BORGES, Lívia de & Q. Pinheiro, José. Estratégias de coleta de dados com trabalhadores de baixa escolaridade (artigo). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2003.
BOTELLO, Paulo Augusto Podestá. O Analfabetismo Funcional. Disponível em: . Acessado em 22/04/2013.
CHIAVETO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos Recursos Humanos nas Organizações. Editora Campus: Rio de Janeiro, 1999.
MOREIRA, Daniel Augusto. Analfabetismo Funcional: O Mal Nosso de Cada Dia. São Paulo, Pioneira, 2003.

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