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1 Mercado de Trabalho

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1 Mercado de Trabalho
UNIDADE 1 – MERCADO DE TRABALHO E AS NOVAS TECNOLOGIAS
a evolução do mercado de trabalho nos últimos séculos
Até a Idade Média, o trabalho tinha má reputação. Então Martinho Lutero o pregou como dever divino. Hoje, robôs ameaçam substituir a mão de obra humana, mas esta pode ser uma oportunidade positiva para os humanos.
Nas últimas décadas a economia mundial vem passando por mudanças que trouxeram transformações no processo produtivo e do trabalho, contribuindo para o aumento do desemprego. Nesse contexto, as empresas buscam a maior flexibilização do uso do capital e do trabalho, implicando na redução dos custos, sobretudo de mão-de-obra.
As novas formas de articulações do capitalismo mundial no final do século XX, levaram a economia em direção a uma crescente desordem econômica e social, conseqüentemente à desestruturação do mundo do trabalho, resultando na precarização do mercado de trabalho e no aumento do desemprego.
No Brasil, a partir da década de 1980, as mudanças no âmbito econômico, determinadas por inúmeras tentativas de estabilização da economia, por transformações na forma de relacionamento do país com o mercado externo (abertura comercial e financeira), com a implantação do modelo de integração ao capital internacional, baseado na doutrina do neoliberalismo, apontam para primazia das regras de mercado e da iniciativa privada, levando as empresas a buscar por ajustes aos padrões produtivos e gerenciais das empresas e novas formas de organização de produção e de trabalho.
As empresas buscam, enfim, adaptar-se às novas exigências de competitividade para garantir presença na nova configuração do mundo globalizado. Tais mudanças vêm promovendo alterações na estrutura e dinâmica do mercado de trabalho, tendo como conseqüência o desemprego, a precarização nas condições e relações de trabalho, diminuição do emprego industrial, redução do trabalho assalariado com registro e aumento do trabalho sem registro, do trabalho temporário. Enfim, há um aumento da participação do setor informal, do trabalho flexível e o agravamento da exclusão social.
Diante das mudanças as empresas estão se informatizando, reduzindo seus quadros de funcionários e exigindo maior qualificação profissional. Nesse quadro, as novas formas de organização da produção exigem um novo trabalhador, mais polivalente e qualificado, que muitos estudiosos têm chamado de multifuncional. As empresas passam a promover uma constante reciclagem desse trabalhador, requalificando-o. Por essa razão, elas passaram a defender a desregulamentação e a flexibilização do mercado de trabalho. Essa desregulamentação tem levado à precarização das relações de trabalho e à redução do custos.
Nesse contexto, o acesso aos postos de trabalho torna cada vez mais difícil, cujo número vem diminuindo constantemente em contraposição ao número de pessoas desempregadas e em idade economicamente ativa.
As discussões realizadas, neste texto, permitem-nos compreender as transformações que vêm ocorrendo no mundo contemporâneo, resultantes da globalização, baseadas em políticas neoliberais, e que incidem diretamente na reestruturação capitalista no que tange à organização do processo produtivo e do trabalho. Tais transformações têm se refletido no mundo do trabalho, implicando no aumento do desemprego e na precarização das relações e condições de trabalho.
A partir destas considerações buscamos, neste texto, depreender a estrutura do mercado de trabalho, analisando suas mudanças e como o desemprego se manifesta numa cidade média (Presidente Prudente).
Para tanto, inicialmente, abordamos as mudanças globais e seu reflexo no mundo do trabalho; as alterações ocorridas na estrutura e na dinâmica do mercado de trabalho no Brasil e, em seguida, procuramos mostrar o perfil das pessoas que procuram emprego através da Secretaria do Emprego e Relações de Trabalho (SERT) e também as mudanças que ocorreram no mercado de trabalho em Presidente Prudente nos últimos anos.
 
As mudanças globais e sua repercussão no mundo do trabalho
Nos últimos anos as mudanças estruturais e tecnológicas, produtivas e organizacionais vão refletir no mundo do trabalho. Essas mudanças são chamadas por muitos estudiosos como, Mattoso (1995) e Singer (1998), de Terceira Revolução Industrial, que consiste na reestruturação produtiva. De um lado, temos o aumento do progresso técnico, a adoção de novas tecnologias, visando o aumento da produtividade e da competitividade e, do outro lado, a constituição de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e seletivo. Elas têm refletido, através das mudanças do fordismo para o sistema de produção flexível, que trouxe insegurança ao trabalhador por causa do aumento do desemprego.
A partir da crise do capitalismo foi desencadeado em nível global, o processo de reestruturação produtiva, uma retomada da acumulação do capital. Entre as transformações estão a globalização econômica e financeira, as políticas neoliberais e a Terceira Revolução Industrial que implicam em mudanças nos processos produtivos e do trabalho.
Diante da crise do capitalismo contemporâneo, a reestruturação produtiva surge como forma de resposta. As mudanças se dão não só na organização de produção e do trabalho, mas também na oferta de empregos. Pochmann (1999) destaca algumas dessas mudanças:
redução do emprego direto na produção e maior subcontratação de trabalhadores; alteração da organização da produção (just in time, lay out, logística, redução do tamanho da planta, terceirização e parcerias com fornecedores), que implica na redução do emprego no controle de qualidade, na manutenção, na administração e controle de estoques, entre outras; alteração da organização interna do trabalho: há redução de hierarquia, trabalho em ilhas, trabalho mais qualificado nas atividades secundárias, que implica na redução do emprego nos segmentos administrativos e de supervisão e maior treinamento dos empregados, eventual estabilidade e alteração na jornada de trabalho, informatização do trabalho nos postos secundários e a redução do emprego regular nas atividades secundárias (segurança, alimentação, transporte, limpeza, entre outros), (p.35 e 36).
Essas mudanças que acabamos de salientar, de acordo com Pochmann (1999), estão voltadas para a busca de produtividade, de competitividade e à redução do emprego. Neste contexto, tem-se novas formas de produção e de gestão de recursos humanos, surgindo assim novos programas de redimensionamento dos empregos nas empresas. Diante disso, as mudanças intensificaram as modificações no conteúdo, no significado, na natureza do trabalho e nas relações de trabalho.
Nesse quadro, o sistema produtivo sofre mudanças marcadas por transformações na estrutura de produção e organização do trabalho. A flexibilidade é a palavra de ordem do dia, apresentando-se de várias formas, como flexibilização da produção, flexibilização do mercado de trabalho, da organização do trabalho e das relações de trabalho.
Tais mudanças, em face da nova ordem econômica mundial têm levado à desordem e à instabilidade, implicando insegurança no mundo do trabalho, cuja mais visível é a expansão do desemprego em todo o mundo.
O desemprego não atinge apenas os países subdesenvolvidos, mas também alguns desenvolvidos. Vale frisar que considerar o desemprego como um fenômeno mundial não significa a negar suas especificidades nacionais (países capitalistas desenvolvidos, países ex-socialistas e o chamado Terceiro Mundo).
Pode-se dizer que o desemprego tem sido resultado das transformações que se espraiaram no mercado de trabalho e nas bases produtivas e organizacionais, gerados pelo fenômeno da globalização. Além disso, podemos acrescentar, nesse contexto, a própria crise que tem atingido a economia mundial.
No Brasil, a crise de emprego vem se manifestando significativamente a partir dos anos 1990, que se consolida a desestruturação do mercado trabalho com redução trabalho assalariado com registro e o aumento dos índices de desemprego.
 
Brasil, anos 1980 e 1990: alterações na estruturae dinâmica do mercado de trabalho
Em meados dos anos 1970, começam a se afirmar os sinais de rompimento da base de sustentação política do modelo desenvolvimentista. Já nos anos 1980, a situação alterou-se profundamente levando-o à sua ruptura. A crise econômica abalou a conformação sócio-econômica construída nas décadas de 1950-1970, que tinha como eixo a industrialização e o Estado regulador das relações internas e externas da economia nacional.
A desarticulação do padrão de desenvolvimento do Brasil acontece concomitantemente à emergência de um novo padrão tecnológico e produtivo em nível mundial, resultado de um processo de desestruturação da ordem econômica mundial e da crise que começa atingir o mundo capitalista.
No Brasil, até os anos 1980, tivemos aumento significativo do emprego assalariado. Contudo, com o agravamento da crise da dívida e do padrão de desenvolvimento nacional a partir dessa década, o quadro de crescimento do emprego foi alterado. Neste período, o emprego assalariado com carteira cresce em proporção menor que o assalariamento sem carteira e a ocupação por conta própria. Há um aumento das atividades informais e a busca de formas alternativas para complementar o rendimento familiar, simultaneamente ao aumento da participação da mão-de-obra feminina e do emprego de menores.
A década de 1980 foi marcada por altas taxas inflacionárias e baixas taxas de crescimento econômico, sendo considerada como década perdida (1). A estagnação da economia, acompanhada das elevadas taxas de inflação e dos impactos perversos dos planos de estabilização econômica (Plano Cruzado (1986), Plano Bresser (1987), Plano de Verão (1989), Plano Collor (1990), para citar alguns, que levaram à queda do ritmo da expansão do emprego assalariado regular/formal urbano, à elevação das taxas de desemprego, ao crescimento de ocupações assalariadas sem registro formal e à precarização do mercado de trabalho. Esta queda no nível de emprego formal e no poder aquisitivo do assalariado resultou na redução do padrão de vida das classes trabalhadoras, conseqüentemente no agravamento da pobreza.
Dessa forma, nos anos 1980, as mudanças no âmbito econômico alteraram a dinâmica do mercado de trabalho, pois ocorreu um aumento do desemprego urbano e teve início a deterioração das condições de trabalho, com a ampliação da informalidade. No entanto, como nesse período as estruturas industrial e produtiva não estavam completamente desestruturadas, o desemprego e a precarização do trabalho ainda foram relativamente baixos, devido às intensas oscilações do ciclo econômico, ao aumento do emprego no setor público e a preservação na estrutura industrial. Assim, tivemos um período de recessão entre 1981/83, recuperação/retomada do crescimento entre 1984/86 e estagnação entre 1987/89.
Até a década de 1980, o desemprego oscilava com a economia. Se a economia crescia, o desemprego caía, e vice-versa. Já nos anos 1990, a situação mudou, quando a atividade econômica crescia, não havia a recuperação dos empregos perdidos na mesma proporção. Este fato tem-se agravado com a abertura da economia aos produtos importados, que prejudicou alguns setores da indústria nacional (calçados, tecidos, brinquedos e autopeças), somando-se a isso a perda da capacidade de investimento e de geração de empregos do Estado, pois nessa década muitas empresas estatais foram privatizadas, como Cia. Vale do Rio Doce (mineração), Usiminas (siderurgia), entre outras. As empresas nacionais tiveram que aumentar sua produtividade e, assim, competir com os produtos importados. Para isso, reduziram ainda mais seu quadro de trabalhadores.
No Brasil, a década de 1990, foi marcada pelo fim da capacidade de produzir postos de trabalho suficientes para atender a demanda das pessoas que atingem a idade de trabalhar (PIA). Somando-se a isso, a diminuição dos postos de trabalho no setor industrial e na agricultura, esta pode ser chamada de "década do desemprego". Nessa década, "o país gerou 3,3 milhões de desempregados ao ritmo de um desocupado a cada 1,1 minuto", como afirma Pochmann (1998). Houve crescimento da PIA em relação a PEA, o que influenciou diretamente o aumento do desemprego.
Gráfico 1
O gráfico 1 mostra a evolução do desemprego no Brasil, no período entre 1989-1999. De 1989 até 1992, observou-se a elevação do desemprego. Em 1994, com a recuperação da economia através da implantação do Plano Real verificou-se queda no desemprego. A partir de 1996, o desemprego voltou a crescer, atingindo em 1999 a taxa de 7,8 por cento, segundo IBGE. O desemprego cresceu significativamente nos últimos anos atingindo todas as regiões geográficas (Sudeste, Norte, Centro-Oeste, Sul e Nordeste), sendo umas mais acentuadas que as outras. Pode-se dizer que é resultado da abertura econômica, da reestruturação produtiva e da onda de privatizações, que levou à redução dos postos de trabalho.
Segundo Pochmann (2001)
a partir de 1991, a economia brasileira alterou drasticamente sua relação com o desemprego mundial. Em 1999, representou 5,61 por cento do total do desemprego no mundo, apesar de contribuir com 3,12 por cento na PEA global. Em contrapartida, no ano de 1986, por exemplo, a participação do Brasil no desemprego mundial foi estimada em 1, 68 por cento, enquanto representava 2,75 por cento da população ativa mundial. Em 1975, os trabalhadores brasileiros sem-emprego representavam 1,81 por cento do desemprego mundial e a PEA nacional 2,50 por cento da força de trabalho global (p.88 e 89).
No Brasil, a abertura econômica e o baixo crescimento produziram taxas elevadas de desemprego e alteraram a estrutura e a dinâmica do mercado de trabalho nos anos 1990. O problema do desemprego passa para a ordem do dia. Sendo assim, se nos anos 1980, a população brasileira temia a inflação; nos anos 1990, o medo da inflação foi substituído pelo do desemprego. Este atinge pessoas de todas as idades, grau de escolaridade e camadas sociais.
Apregoa-se a idéia de que a educação é a saída para o desemprego, já que aqueles com menor escolaridade estão sem emprego. Mas, na realidade, nos últimos anos, o desemprego tem atingido também os mais "escolarizados", uma vez que os avanços do processo de modernização e de reestruturação das empresas seguem provocando reduções nos níveis ocupacionais, sobretudo aqueles de maior escolaridade.
Nos anos 1990, verificou-se uma diminuição do emprego no setor público, resultado das privatizações e do próprio "enxugamento" da máquina do Estado. Sendo assim, a redução dos gastos e investimentos governamentais na área social paralisou a criação dos empregos no setor público.
Com as privatizações das empresas estatais, o Estado perdeu o papel de "empreendedor", já que tirou de seu controle setores antes estratégicos (siderurgia, telecomunicações etc). As privatizações também contribuíram com a redução dos postos de trabalho, pois os novos donos das empresas realizaram mudanças na administração do pessoal e nos processos produtivos.
Nessa direção, Pochmann (2001), afirma que nos anos 1990 houve
(...) demissão de funcionários públicos não estáveis pelo poder executivo federal, por meio de adoção de programas de demissão voluntária, do fechamento de organismos estatais, da privatização e de aprovação da reforma administrativa indicam uma firme intenção governamental visando o enxugamento do pessoal (p. 119).
O processo de privatização (setores de telefonia, financeiro, siderurgia, mineração e transporte ferroviário etc.) suprimiu milhares de empregos, pois as empresas privatizadas reduziram seus quadros de funcionários.
Diante da crise de 1990, as empresas buscaram se ajustar aos padrões produtivos e gerenciais, a fim de atender às novas exigências de competitividade, buscando novas estratégias industriais para aumentar a produtividade e a qualidade de seus produtos. Para isso, reduziram, ainda mais, seu quadro de trabalhadores.
O just in time, downsizing" e a terceirização são expressões que fazem parte desse processo de reestruturação das empresas.
A abertura comercial e financeiracolocou a economia brasileira à competição internacional, o que levou à redução da produção e do emprego nacional. As empresas tornam-se debilitadas diante de suas concorrentes internacionais. Procurando superar suas limitações elas passam, então, a buscar novas estratégias industriais, novas formas de organização de produção e de trabalho, a implantar a terceirização de suas atividades, abandonar linhas de produção, fechar unidades, racionalizar a produção, importar máquinas e equipamentos, buscar parcerias, fusões, linkages (2)e reduzir custos, sobretudo da força de trabalho.
A abertura comercial, impulsionou, também, a geração de novos padrões e normas internacionais de concorrência e de produção (programas de qualidade total, ISO 9000, terceirização, reengenharia, entre outros); a reformulação do papel do Estado (privatização do setor produtivo e modernidade ao setor privado), a estabilidade monetária ancorada ao dólar e, provocou novas bases para o endividamento externo e atração de investimentos estrangeiros.
Esses tipos de normas de padronização internacional (ISO-Internacional Standard Organization) (3) na produção e nos serviços passaram a ser, cada vez mais constante na operacionalidade de uma empresa nos dias de hoje, expressando novas condutas empresariais em busca de qualidade na produção dos bens e serviços.
Tais mudanças promoveram a desintegração/desarticulação da cadeia produtiva, acarretando a "destruição" de parte significativa da estrutura produtiva e do emprego, ao invés de gerá-los. As empresas buscam se adaptar às novas exigências de competitividade, para aumentar a produtividade e qualidade dos produtos. Assim, elas vão racionalizando e modernizando a produção, reduzindo os postos de trabalho, realizando mudanças organizacionais e tentando flexibilizar os contratos de trabalho.
Desta forma, elas promovem alterações na estrutura e na dinâmica do mercado de trabalho. O resultado destas mudanças tem sido redução do assalariamento com registro (setor formal), a elevação do subemprego, do desemprego, a ampliação da economia informal favorecendo, assim, a expansão da pobreza e da precarização no mercado de trabalho e, ainda o enfraquecimento do Estatuto do Trabalho e o agravamento da exclusão social.
As atividades informais vão ocupando, cada vez mais espaço. O trabalho informal apresenta-se como uma forma de ação ao atual sistema econômico excludente; o camelô parece ser o grande representante da informalidade no meio urbano. Esse tipo de trabalho que às vezes dava-se idéia de provisório passa ser definitivo, em virtude da falta de empregos no mercado de trabalho formal.
Nesse quadro, além do desemprego, as mudanças econômicas, organizacionais e tecnológicas que estão se refletindo no mercado de trabalho, contribuíram para a precarização das condições e das relações de trabalho (4), que se tornaram crescentes, com trabalho e salários descontínuos, daí a redução do mercado de trabalho formal que garante previdência social, FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), férias e o seguro-desemprego, conquistados num longo processo de lutas sindicais.
Essas mudanças, esboçadas anteriormente, têm sido, também, observadas em Presidente Prudente, mesmo que numa amplitude menor. Sendo assim, as mudanças globais e nacionais refletem-se no local, atreladas à própria dinâmica econômica regional. Em cada lugar, elas apresentam suas particularidades. Nesse sentido, entendemos a importância dos geógrafos compreenderem os processos de transformações que se dão em todo o mundo e que se refletem até nos menores lugares, como salienta Santos (1988).
 
O espaço estudado e as mudanças no mercado de trabalho
A cidade de Presidente Prudente contava com 185 150 habitantes, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2000. Localiza-se no extremo Oeste do Estado de São Paulo, integrando a 10ª Região Administrativa. O setor industrial, apesar de não ser tão expressivo, possui empresas importantes, daí a escolha nesta pesquisa de trabalhar apenas esse setor. Economicamente, há a predominância do setor de serviços, seguido do comercial. Esta cidade exerce influência regional, pois reúne vários serviços especializados (Universidades – UNESP (Universidade Estadual Paulista), UNOESTE (Universidade do Oeste Paulista) e Instituição Toledo de Ensino), shopping centers, cursos técnicos (SENAI (Serviço de Aprendizagem Industrial), SENAC (Serviço de Aprendizagem Comercial), entre outros), o que leva muitas pessoas das cidades pequenas a se deslocarem até ela para trabalhar, estudar, fazer compras e procurar serviços mais especializados.
Nos últimos anos tem se verificado mudanças na estrutura do emprego em Presidente Prudente. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados), até 1985, havia maior participação dos empregos no setor de comércio seguido da indústria. A partir dos anos 1990, houve alterações, ocorrendo uma predominância do pessoal ocupado no setor de serviços, seguido pelo comércio e redução no setor industrial. Já os dados da RAIS/MTE (Relação Anual de Informações Sociais/Ministério do Trabalho e Emprego) mostram que houve alterações, já a partir de 1985, ocorrendo uma predominância do pessoal ocupado no setor de serviços, seguido do setor comercial e uma redução do pessoal ocupado no setor industrial.
Numa escala local, também vêm acontecendo as mudanças estruturais, que provocam o desemprego. Sendo assim, verificou-se que a participação das indústrias na absorção da população economicamente ativa vem diminuindo significativamente nos últimos anos, sobretudo a partir da década de 1990, pois está havendo uma redução dos postos de trabalho. Em 1980, o setor industrial tinha participação de 32,47 por cento no total de empregos e, em 1996, era de 17,04 por cento. O resultado disso foi o fechamento de empresas, e as que permanecem na ativa estão reduzindo seu quadro de funcionários através do redimensionamento da mão-de-obra, da terceirização de algumas atividades e da automatização do processo produtivo.
Nesse quadro, cabe ressaltar que, além da queda de empregos na indústria, ocorreu, também, uma redução da participação da construção civil na geração de empregos.
Isto levou ao aumento do desemprego nos últimos anos, pois, em todos os setores de atividade econômica, houve queda nas admissões de trabalhadores, contribuindo para a expansão ainda maior do desemprego na cidade.
Nesse período, além da diminuição dos postos de trabalho, tem-se observado uma redução dos contratos com carteira assinada. O que pode ser indícios da precarização do mercado de trabalho em Presidente Prudente. Essa redução no contrato de trabalho com carteira assinada tem sido observado em todo o Brasil.
De modo geral, para todos os setores de atividades econômicas em Presidente Prudentes houve oscilação entre crescimento e redução de empregos. A diminuição dos postos de trabalho deve-se a vários fatores, locais e nacionais. Os locais, referem-se à falta de investimentos no setor, guerra fiscal e a redução do número da força de trabalho nas empresas ativas. Algumas destas buscam a automação, o que contribui para redução de seu quadro de funcionários e, também o fechamento de empresas. Quanto aos fatores nacionais, está a própria dinâmica econômica nacional refletindo-se no local.
 
O desemprego e a intermediação de mão-de-obra
Diante da falta de emprego na cidade de Presidente Prudente e região, muitas pessoas são levadas a procurar a Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho (SERT) em busca de oportunidades de trabalho. A maioria delas está desempregada, outras estão fazendo "bicos" (setor informal) e procuram um emprego regulamentado ou, ainda, pessoas que estão procurando emprego pela primeira vez. Em junho de 2000, essa secretaria possuía 22 905 pessoas cadastradas.
Em geral, as pessoas que são cadastradas na SERT à procura de emprego possuem de 21 a 31 anos (36,44 por cento), o que mostra o grande percentual de jovensdesempregados, indo ao encontro do perfil do desemprego nacional; maior parte é constituída por solteiros (48,36 por cento); a maioria dos cadastrados é do sexo masculino (54 por cento); 83,31 por cento são de Presidente Prudente (os bairros com maior concentração de cadastrados à procura de emprego, correspondem aos bairros periféricos e de população de menor poder aquisitivo; são eles, Brasil Novo (zona Norte), Jardim Cambuci, Jardim Paraíso, Jardim Sumaré e Jardim Chácara Marisa (zona Leste)) e 16,69 por cento pertencem às outras cidades da região. As que possuem maior percentual de cadastrados são, pela ordem: Álvares Machado, Regente Feijó, Pirapozinho, Santo Anastácio e Martinópolis.
No que tange ao grau de escolaridade, 39 por cento dos cadastrados possuem o Primeiro Grau incompleto (atual Ensino Fundamental). Isto pode comprometer o candidato no momento de arranjar um emprego, já que muitas empresas estão exigindo o Segundo Grau (Ensino Médio) e até mesmo Ensino Superior, conforme informações obtidas com o levantamento junto às empresas industriais de Presidente Prudente. Os cadastrados não possuem as exigências do mercado de trabalho que busca pessoas com maior grau de escolaridade e qualificação profissional; por isso nem todas as vagas ofertadas são preenchidas. Por outro lado, vale ressaltar que o número de vagas é reduzido em comparação com o grande número de pessoas que são cadastradas e, além disso, não há, por parte das empresas prudentinas, a cultura de se fazer contratação de seus empregados via SERT.
A exigência de escolaridade faz parte das próprias mudanças pelas quais passa o mercado de trabalho, pois as empresas buscam funcionários com maior escolaridade para facilitar o próprio relacionamento entre empresa e funcionários e, também, para a manipulação dos equipamentos que exigem um certo grau de conhecimento.
Pochmann (1999), ressalta que
o nível de escolaridade da mão-de-obra constitui um indicador importante da qualidade da força de trabalho. No Brasil, o nível de escolaridade é tradicionalmente baixo, apesar da expansão do tempo de instrução nos últimos anos (p.96). (...) a média de escolaridade é de apenas 3,9 anos (idem).
Esse mesmo autor salienta que
(...) a educação torna-se cada vez mais uma condição necessária para o emprego da mão-de-obra, a oferta de trabalho tende a estar mais identificada com a busca de maior qualificação profissional. A escolaridade passa a ser um recurso inadiável de elevação da qualidade da mão-de-obra, já que há correlação direta entre baixa escolaridade e baixa qualidade ocupacional, sem ser uma panacéia de resolução do problema do emprego nacional (op. cit., p.97).
Quanto ao nível de qualificação profissional, de acordo com os dados referente até o ano de 1998, verificou-se que 61 por cento dos cadastrados possuem qualificação profissional considerada baixa.
A qualificação profissional é um dos quesitos mais importantes para as empresas na contratação de seus funcionários. Por outro lado, é importante ressaltar que não estão desempregadas apenas as pessoas que não possuem qualificação, pois o desemprego, no Brasil, hoje, atinge todas as camadas sociais, já que está havendo uma redução dos cargos hierárquicos dentro das empresas, redução de cargos executivos ou as pessoas possuem diploma e não têm experiência profissional e por isso não conseguem inserir-se no mercado de trabalho.
No que se refere à colocação dessas pessoas no mercado de trabalho, verificou-se que a procura de emprego, por intermédio da SERT, tem sido grande nos últimos anos em Presidente Prudente e a oferta de vagas é reduzida; no entanto, nem todas essas vagas foram preenchidas. Isso quer dizer que muitas pessoas permaneceram desempregadas.
Outro dado importante é que o número de vagas ofertadas e admissões é reduzido em comparação com o grande número de cadastrados, mesmo que os encaminhados às vagas sejam selecionados de acordo com o perfil traçado pelas empresas. Isto se deve à pouca qualificação dos cadastrados, que não atendem às exigências das empresas que ofertam as vagas, pois elas buscam, cada vez mais, um trabalhador qualificado e com certo grau de escolaridade.
A falta de emprego atinge não apenas a cidade de Presidente Prudente, mas também as cidades vizinhas, o que leva as pessoas a se deslocarem em busca de oportunidades de trabalho. O desemprego tem papel fundamental na mobilidade territorial da força de trabalho, o que ficou bem claro na pesquisa realizada com os trabalhadores das cidades de Álvares Machado, Pirapozinho e Regente Feijó.
Na maioria das vezes, as pessoas se deslocam de um lugar para outro em função do trabalho (para exercer uma profissão ou para procurar emprego). Isto é cada vez mais freqüente e se dá tanto nas regiões metropolitanas quanto entre cidades médias, como é o caso de Presidente Prudente. Isso é bem visível, pois o grande número de deslocamentos diários, tanto de pessoas em busca de oportunidades de emprego, quanto de pessoas que demandam serviços especializados, presentes nessa cidade e ausentes ou insuficientes nas cidades pequenas de origem, que podem ser consideradas verdadeiras "cidades dormitórios" (aquelas das quais as pessoas saem de casa pela manhã e retornam ao final do dia).
Presidente Prudente torna-se um centro de atração para as populações de várias pequenas cidades vizinhas. O fluxo pendular diário, até Presidente Prudente, assume um caráter bastante acentuado e bem visível, não obstante, seja difícil estabelecer o seu volume em termos quantitativos.
 
O setor industrial e as mudanças no mercado de trabalho
O setor industrial em Presidente Prudente é, basicamente, constituído por micro e pequenas empresas, embora as médias sejam as que mais empregam. Os setores alimentícios e de curtumes são os ramos mais importantes na geração de empregos.
Nesta pesquisa, aplicamos questionários em 32 empresas industriais e também realizamos entrevistas com empresários. Do total de empresas pesquisadas, 71,87 por cento possuem força de trabalho de outras cidades, dentre essas as que mais ofertam força de trabalho para as empresas prudentinas são, pela ordem, Pirapozinho, Álvares Machado, Regente Feijó e Martinópolis. Do total das empresas, 09 possuem trabalhadores apenas de Presidente Prudente.
Nas empresas pesquisadas, ficou clara a exigência do Ensino Médio como grau de escolaridade, fato que dificulta a entrada de muita gente no mercado de trabalho. A maioria (20 empresas ou 62,5 por cento) possui políticas de recursos humanos para melhor qualificar seus empregados (treinamento interno e externo à empresa). Observou-se que o investimento em treinamento de empregados parece ser significativo, principalmente através de atividades realizadas no SENAI e no SENAC.
Sendo assim, há um grande percentual de empresas que se preocupam em treinar seus empregados, sobretudo aquelas que empregam uma parte significativa do pessoal ocupado na indústria prudentina, visando um melhor relacionamento empresa/trabalhadores e a manipulação de máquinas e equipamentos.
Diante das mudanças resultantes da reestruturação produtiva, as empresas buscam se adequar às normas e padrões internacionais, com a implantação de programas de qualidade total (TQC ou Total Quality Control), just in time, kanban, ISO 9000, terceirização, entre outros. As empresas buscam se adaptar às novas exigências de competitividade para aumentar sua produtividade e qualidade dos produtos. Os investimentos para esse fim vão desde o setor produtivo até políticas de recursos humanos.
Os dados empíricos revelaram que a implantação dessas normas e padrões nas empresas prudentinas ainda é pouco significativa, já que apenas uma das empresas pesquisadas possui o certificado ISO 9002.
Do total de empresas pesquisadas, 22 possuem políticas de inovação tecnológica nos setores de recursos humanos, organização do trabalho, produção, comercialização e gerenciamento, e 10 não responderam. As empresas que mais investem em tecnologias pertencem aos ramos de alimentos/bebidas, eletroeletrônica, agropecuária,implementos rodoviários, artigos para festas e sucroalcooleiro.
Os dados do SEADE mostraram que está ocorrendo uma redução do contrato de carteira assinada no mercado de trabalho prudentino. Na pesquisa empírica, das empresas pesquisadas, em 07 delas, pudemos constatar a presença de estagiários, assalariados sem registro e por contrato. Já para os trabalhadores entrevistados, essa presença foi maior: o percentual de trabalhadores assalariados era de 77 por cento a 82 por cento, e os demais estavam distribuídos entre os sem registro, trabalhadores temporários e autônomos, sendo que o maior percentual era dos trabalhadores sem registro (8 por cento a 11 por cento). É preciso salientar que esse tipo de contrato contribui para a precarização das relações de trabalho.
Quanto à organização do trabalho, observou-se uma tendência à multifuncionalidade por parte do funcionários, pois 24 empresas declararam ser objetivo o desenvolvimento de múltiplas funções, visando sua capacitação e requalificação para atender novas funções de produção, em que os trabalhadores deixam de lado as características do fordismo, em que se desenvolviam uma única função, e passam a desenvolver múltiplas funções.
Azeredo (1998), aponta que
as profundas mudanças na estrutura produtiva e no paradigma tecnológico impuseram transformações nos processos de trabalho, no qual a versatilidade do trabalhador passa a ser uma exigência crucial, fazendo com o treinamento exigido adquira um caráter multidisciplinar, com a revalorização dos conteúdos próprios da educação geral, em detrimento do treinamento específico (p.167).
Para Ianni (1996), o padrão flexível de organização de produção modifica as condições sociais e técnicas de organização do trabalho, tornando-se, o trabalhador, polivalente.
A polivalência e a multifuncionalidade procuram romper com a lógica da especialização intensiva do trabalhador, típico da chamada "produção em série".
Nas empresas, hoje, há maior polivalência do trabalhador, grupos de trabalho, introdução de sistemas participativos e abertos para decisões com maior diálogo e treinamento do pessoal de administração e produção. Estas são características do novo estilo gerencial, resultante das próprias mudanças no mundo do trabalho, como mostra Pochmann (2001). Tais transformações alteram, significativamente, a organização do trabalho.
Outra tendência observada nas empresas pesquisadas foi a terceirização de atividades (contabilidade, assistência técnica, manutenção). Elas terceirizam suas atividades secundárias para melhor investir na produção, buscando aumentar a produtividade e qualidade de seus produtos, também, para redução de custos, especialmente de mão-de-obra.
Do total das empresas entrevistadas em Presidente Prudente, 20 delas (62,50 por cento) possuem algumas de suas atividades terceirizadas e, em 12 (37,50 por cento), não há terceirização. Quanto às atividades terceirizadas, apareceram a contabilidade, assistência técnica, comercialização, manutenção ligada à produção, fabricação, outros (restaurante, desenvolvimento de sistema para computação, fornecimento de alguns componentes, serviços de apoio, transporte, assessoria e consultoria). Dessas atividades, as que mais apareceram foram a contabilidade (12 empresas), pois elas contratam escritórios especializados - isso é mais visível nas micro e pequenas empresas - e também assistência técnica (08), comercialização (04); 03 empresas terceirizam parte da fabricação dos produtos e alguns componentes, e uma terceiriza a pesquisa e desenvolvimento (P&D, criação). Segundo vários depoimentos de empresários, o objetivo das empresas é produzir e especializar-se na produção e, por isso, acabam terceirizando as atividades consideradas secundárias.
A terceirização é constituída por estratégias das empresas diante das mudanças que despontam na economia mundial atingindo os diversos setores, ramos e cadeias produtivas. Essa se dá através do redimensionamento das empresas buscando a produtividade, com diminuição de custos, acompanhada da melhoria de qualidade dos produtos, decorrente da precarização das relações do trabalho.
Diante das mudanças na organização do processo produtivo e do trabalho, a terceirização e a multifuncionalidade parecem ser uma tendência nas empresas neste início de século XXI.
Neste estudo, ficou claro que ocorreram transformações no mercado de trabalho prudentino e, conseqüentemente, um aumento do desemprego na cidade, pois a investigação empírica vem comprovar algumas dessas transformações, ocorridas em Presidente Prudente e cidades vizinhas.
De acordo com os dados empíricos, as causas do desemprego em Presidente Prudente, apontam para o resultado da própria dinâmica econômica nacional, vinculada à local/regional, em que assistimos ao fechamento de empresas (guerra fiscal, recessão, impostos etc), deixando inúmeras pessoas desempregadas e a redução dos quadros de empregados nas empresas. Sendo assim, as causas do desemprego são de ordem estrutural e não tecnológica, pois este nível apresenta-se baixo, apesar de que, em algumas empresas, houve redução dos funcionários por causa da automação. Essas conclusões lembram que se deve levar em consideração que cada lugar guarda suas especificidades e que nenhum deles está isolado do resto do mundo, pois cada um sofre com as transformações nacionais e mundiais, mesmo que em ritmo mais lento e amplitude menor.
Vimos, através da pesquisa, que as mudanças estruturais afetaram o mercado de trabalho, contribuindo para o aumento do desemprego. Cabe, àqueles que se preocupam em esboçar políticas públicas para combater o desemprego, não buscar apenas medidas paliativas para amenizá-lo, mas, principalmente, políticas estruturais, econômicas e sociais em âmbito nacional, estadual, regional e local para reestruturar o mercado de trabalho buscando a geração de emprego e renda para população em idade ativa que "engrossa" as fileiras à procura de emprego, cujo exemplo é o grande número de pessoas que procuram emprego através da SERT.
Diante da existência de mercados de trabalho regionais tão diferenciados no país, são necessárias políticas que levem em consideração as suas especificidades. Esse é o grande desafio neste início de século XXI.
 
Notas
(1) Se, em termos econômicos, a década de 1980 foi considerada como perdida, em termos políticos e sociais, isto foi diferente, pois tivemos uma grande participação e atuação dos sindicatos e movimentos sociais, houve assim um fortalecimento do movimento sindical; diferentemente do que acontecia no âmbito internacional (que se encontrava desarticulado), os trabalhadores buscavam se fortalecer, buscando novas propostas de organização e ação.
(2) Linkages: ligações funcionais de produção entre as empresas.
(3) ISO - Organização Internacional para Normatização, com sede em Genebra Suíça, fundada em 1947. O certificado ISO tem como objetivo criar oportunidade de mercado. É um conjunto de regras para garantir a qualidade que são aceitas no mundo todo. Deste modo, o certificado ISO numa empresa representa o alcance de um padrão internacional em seus processos. As empresas que mais possuem esse certificado estão no estado de São Paulo e na região Sul.
ISO 9000 (regula a qualidade de gestão), ISO 9001 (regula o desenho, a produção e a instalação), ISO 9002 (regula especificamente a produção e a instalação da empresa), ISO 9003 (regula a inspeção final do produto) e ISO 9004 (regula a qualidade da gestão e dos diferentes elementos do sistema produtivo) (Pochmann, 2000, p.49 e 50).
ISO 14000: um conjunto de normas cuja função principal é disciplina, em âmbito mundial, o esforço empreendido pelas empresas para a melhoria do trato ambiental (SEADE, 1999, p.58). Esse tipo de ISO é conhecido como "ISO Verde".
(4) Precarização das condições de trabalho: "é o aumento do caráter precário das condições de trabalho, com a ampliação pode ser identificada pelo aumento do trabalho por tempo determinado, sem renda fixa, em tempo parcial, enfim, pelo que se costuma chamar de bico. Em geral, a precarizaçãoé identificada com a ausência de contribuição à previdência social e, portanto, sem direito à aposentadoria". Precarização das relações de trabalho: "é o processo de deterioração das relações de trabalho, com a ampliação da desregulamentação, dos contratos temporários, de falsas cooperativas de trabalho, de contratos por empresas ou mesmo unilaterais". (Mattoso,1999,p. 8)
 
evolução recente das economias mundial e latino-americana
A economia dos países da América Latina tem suas principais atividades produtoras voltadas para o setor primário, que corresponde à produção de produtos agropecuários, extração vegetal, animal e mineral.
Após a Segunda Guerra Mundial países como Brasil, México, Argentina tiveram que se industrializar, pois os países que os abasteciam de mercadorias industrializadas estavam em processo de reconstrução devido à guerra, então, não tendo quem produzisse, tiveram que conduzir sua auto-sustentação, essa é conhecida como industrialização por substituição de importação.
 Outra característica dos países latinos é a industrialização tardia que veio a ocorrer apenas no século XX, tendo em vista que a Revolução Industrial teve início no final do século XVIII início do XIX, totalizando quase 100 anos de atraso e, por último, a grande dependência financeira em relação aos países ricos.
As multinacionais na economia latino-americana
As multinacionais ingressaram na América Latina a partir do século XX, devido às condições favoráveis, como mão-de-obra (farto número de trabalhadores e baixos salários), matéria prima (concentração de recursos naturais e leis ambientais não rigorosas), mercado consumidor (países populosos com milhões de pessoas propícias a consumir) e isenção de impostos (os países dão incentivos fiscais para a instalação de uma empresa).
As multinacionais dominam vários ramos industriais, como automobilístico, alimentício, siderúrgico, metalúrgico e eletroeletrônico. Esse processo favoreceu o não surgimento de empresas genuinamente nacionais.
Os países latinos possuem, em sua grande maioria, dívidas contraídas no processo de descolonização, os referidos encontram dificuldades em pagar tais dívidas, principalmente porque são produtores primários.
A crise econômica e o modelo neoliberal
A maioria dos países latinos sempre conviveu com inflação, que corresponde a aumentos constantes nos produtos e taxas de juros bastante elevadas. Na década de 80 não houve nenhuma expectativa de melhora, independente do seguimento, por isso ficou conhecida como a década perdida. O FMI (Fundo Monetário Internacional) se apresenta freqüentemente fornecendo empréstimos e elevando mais ainda o grau de dependência, o modelo neoliberal provocou desemprego, crescimento da pobreza e elevação no custo de vida.
Resumindo, as questões apontadas são realidades comuns a todos os países latinos que tiveram parecidas bases históricas de colonização de exploração que refletem na realidade atual, os países são diferentes, porém os problemas são basicamente os mesmos.
panorama do mercado de trabalho brasileiro
Nos últimos tempos, ouvimos falar muito sobre crises na economia, inflação, desemprego e pessoas desiludidas com o cenário brasileiro. Além disso, recentemente tivemos reformas na lei trabalhista, impactando algumas relações profissionais. Acontece que todo esse contexto se tornou secundário diante da pandemia do novo coronavírus.
As dúvidas e os receios quanto à economia e ao mercado de trabalho atual se acentuaram, bem como a incerteza do que está por vir. O lado bom da história é que também tivemos as transformações digitais e os avanços da Inteligência Artificial como aspectos essenciais para a sobrevivência de empresas — que tiveram seus processos inteiramente modificados pelos longos períodos de isolamento e distanciamento social.
Dessa forma, uma coisa é certa: o jovem de hoje precisará buscar diferenciais em sua capacitação. Além de se dedicar a uma graduação, serão indispensáveis contínuas atualizações na área e a aquisição de competências interpessoais.
No momento dos estudos, a atenção aos detalhes, desde os primeiros dias de aula da faculdade, será relevante para a busca do primeiro emprego e a construção de uma carreira promissora.
Quer saber mais informações importantes para começar a se preparar bem desde já? É só acompanhar as próximas linhas. Você ficará por dentro de tudo, inclusive, conhecerá as carreiras mais propícias para o futuro!
· 1 Qual o cenário do mercado de trabalho brasileiro?
· 2 O que esperar do mercado de trabalho para o futuro?
· 3 Quais as carreiras de maior destaque?
· 4 Como se destacar no mercado de trabalho?
Qual o cenário do mercado de trabalho brasileiro?
Reportagens e notícias sobre a grande crise econômica estão em todos os lugares já faz um tempo. O cenário preocupa e angustia grande parte da população, já que um dos efeitos desse contexto é a dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
Apesar de 2019 ter trazido uma certa projeção de oportunidades melhores, dando-nos mais esperança com relação ao futuro, a crise desencadeada pela Covid-19 jogou a economia no chão. Para se ter ideia, apenas entre março e abril de 2020 1,5 milhão de brasileiros solicitaram o seguro-desemprego.
Esse panorama, entretanto, não é uma exclusividade do nosso país, já que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta para a possível erradicação de mais de 25 milhões de empregos em todo o mundo.
A quantidade de pessoas desempregadas vem crescendo consideravelmente e o período ainda é de cautela. Confira, a seguir, mais alguns aspectos relacionados ao que se espera desse novo mercado!
Aumento da competitividade
O ano de 2015 foi um dos mais expressivos em relação à dificuldade da economia no país. Empresas foram afetadas pela crise e pela alta inflação. O resultado? Precisaram fechar as portas ou enxugar boa parte dos cargos. Com isso, muitos funcionários foram demitidos, o que fez, a priori, crescer o nível de desemprego.
O cenário foi desanimador e difícil. Afinal, quando aumenta o número de pessoas desejando integrar o mercado de trabalho, a concorrência por uma vaga cresce proporcionalmente. Assim, aquelas empresas que conseguiram segurar as pontas se depararam com um número alto de candidatos às vagas.
Para os recrutadores, isso é de certa forma até positivo, pois eles podem contar com mais opções para decidir quem fará parte da equipe de funcionários — mas isso tem um efeito. As empresas também adquirem maior poder, conseguindo se tornar extremamente exigentes com relação às qualificações e às competências do novo candidato.
É possível que parte delas ainda nem ache necessário oferecer um salário vantajoso. O motivo é simples: se tem muita gente querendo entrar, há sempre alguém aceitará o que é oferecido. Nesse caso, a competitividade é grande, porque há muitas pessoas desejando ter a chance de melhorar de vida.
As longas filas de entrevista de emprego já eram uma situação desafiadora. Agora, com a economia mundial encolhida pelos efeitos da pandemia, a disputa por empregos será ainda maior: já se fala de cerca de 62 milhões de profissionais vulneráveis no mercado de trabalho brasileiro, que a qualquer momento podem entrar para a estatística dos desempregados. 
Crescimento da informalidade e da gig economy
Opções como marido de aluguel, diarista, motorista de uber, vendedor e freelancer têm aumentado. São pessoas sem carteira assinada, sem vínculo empregatício e com flexibilidade em fazer o próprio horário. Parte delas compõe a gig economy, termo que se refere a um tipo de trabalho pago por demanda de produção e, muitas vezes, realizado a distância, com ajuda da tecnologia.
Por um lado isso é positivo, já que a taxa de desocupação diminui. Segundo um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de desemprego no início de 2019 beirava os 12,5%. Em junho, diminuiu para 11,8%. Em números absolutos, isso significou o aumento de 609 mil pessoas remuneradas.
Porém, essa mesma pesquisa chegou à conclusão de que 41,3% dessapopulação ocupada é de trabalhadores informais, quantidade que cresceu bastante em relação aos anos anteriores e que foi fortemente afetada pela pandemia.
Claro que isso tem várias vantagens. O fato de, agora, muitas famílias terem mais acesso a alimentos e a bens de consumo melhora a satisfação e o bem-estar diante da vida. Todavia, isso também traz certas desvantagens.
A oscilação no rendimento familiar, por exemplo, impacta a economia no país. Como o mercado é informal, a maioria não contribui para o INSS — e isso afeta a conta da previdência. Essas pessoas também não têm acesso a determinadas garantias de CLT, como férias e seguro-desemprego, ficando vulneráveis em situações atípicas.
Por fim, há dificuldade de progressão na carreira e de melhoria do salário. Além do mais, falta legislação que responda todas as dúvidas referentes aos direitos e deveres desses trabalhadores.
Aumento dos desalentados
O termo “desalentados” se refere àquelas pessoas que passaram meses ou anos procurando por emprego, mas desistiram, por desilusão. Esse número bateu recorde no primeiro trimestre de 2019, chegando a expressivos 4,8 milhões. O Nordeste é a região onde concentra maior número desses desalentados, correspondendo a 60,4% do total.
Impactos da Reforma Trabalhista
Em 2017, foi aprovada a Reforma Trabalhista, que alterou mais de 100 artigos na CLT. Isso deu respaldo a contratações mais flexíveis, como o trabalho intermitente — colaborando para aumento da informalidade —, a flexibilização da jornada de trabalho, alterações nas normas de segurança e saúde e certas limitações ao acesso à Justiça do Trabalho.
Isso tudo gerou muitos debates e inseguranças, que, até hoje, ainda são discutidos entre governo, população e juristas, sem uma decisão definitiva. Propostas de novas alterações ainda estão em trâmite no Congresso Nacional.
Saída de brasileiros do país
A crise econômica e a dificuldade em conseguir um bom emprego geraram sentimentos de desesperança em alguns brasileiros. Desde 2014, aproximadamente, o número de pessoas que deixam o país cresce consideravelmente.
O destino costuma ser países necessitados de mão de obra, devido ao envelhecimento da população, ou aqueles que incentivam a entrada de trabalhadores estrangeiros. Só em 2018, foram 22.445 declarações de saída definitiva entregues à Receita Federal.
As diferenças entre os gêneros
A participação da mulher no mercado de trabalho tem crescido, porém, ainda é mais baixa que a dos homens. Em 2018, o índice de desemprego feminino ficou 0,8 ponto percentual maior que o masculino. O estudo é da OIT e revelou, ainda, que as disparidades entre as oportunidades para homens e mulheres estão relacionadas ao nível de desenvolvimento do país. Quanto menor, maior a diferença!
Além disso, elas encontram mais chances na informalidade, devido à facilidade da flexibilização da carga horária, do trabalho remoto e da conciliação com a maternidade, por exemplo.
O que esperar do mercado de trabalho para o futuro?
Duas mudanças específicas que nos esperam podem trazer tanto melhorias quanto complicações no mercado de trabalho: reforma da previdência e reforma tributária. Somado a isso, agora temos a crise do coronavírus — mais de 30% das empresas em todos os setores já sentiram os impactos negativos da Covid-19 nos negócios. 
Por isso, ainda é muito difícil fazer projeções, mas é possível observar alguns aspectos. Veja a seguir!
Com relação às oportunidades
Alguns economistas, antes da pandemia, seguiam otimistas em relação às mudanças na flexibilidade de trabalho. Para eles, o protecionismo exagerado aos trabalhadores fazia com que as empresas tivessem mais receio na hora de contratar, devido aos tributos a serem pagos depois. Com isso, optaram por manter o negócio mais enxuto, com menos trabalhadores contratados.
Um exemplo disso é um estudo feito por Matthew Serfling, em que se analisa como as leis de proteção impactam negativamente a operação das companhias. A tese chega à conclusão de que os altos custos no momento da demissão fazem as empresas empregarem menos — ou seja, menos oportunidades de vagas.
Nesse sentido, as inovações e as flexibilizações na CLT, como o trabalho intermitente, diminuiriam as inseguranças dos empresários em fornecer oportunidades de serviço. O problema é que, com as recomendações de isolamento social, nem mesmo as medidas do Governo para evitar desligamentos foram capazes de conter as demissões. Portanto, podemos esperar um mercado ainda mais enxuto e com menos contratações.
Apesar de tudo, a tendência é que a tecnologia continue se desenvolvendo em um nível exponencial. Isso modificará ainda mais as formas de trabalho e as necessidades das pessoas.
Quer um bom exemplo? Trabalhos a distância, que contam com ajuda de ferramentas tecnológicas e home office, aumentarão e novas profissões também surgirão. Outras tantas terão que repensar suas operações de serviço, para se ajustar a um novo mundo.
E tem mais: não precisamos ter medo da inteligência artificial. Com ela, sobrarão, para nós, apenas menos empregos manuais e repetitivos. O que acontecerá é que precisaremos focar em atividades insubstituíveis pelas máquinas.
Com relação aos profissionais
Dessa forma, os profissionais precisarão desenvolver novas habilidades, com o intuito de se ajustarem a tais exigências. Soft skills, como criatividade, são algumas delas. Ter capacidade para trabalhar com internet e tecnologia também será considerada uma competência fundamental.
Além do mais, já começamos a notar o envelhecimento da Geração Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1960) e da Geração X (nascidos por volta dos anos 1960 e 1970). O mercado de trabalho passará a ser dominado por Millennials e pela Geração Z, cujos valores relacionados à satisfação pessoal e profissional são totalmente diferentes dos grupos anteriores.
Dentre as características mais frequentes desses futuros profissionais estão:
· mais qualidade de vida: cada vez mais eles buscam equilíbrio na profissão e vida pessoal. Abrir mão de regalias, como um salário alto, em prol de mais liberdade será uma decisão mais comum;
· aceitação de flexibilidade: seguir o tradicional horário comercial não está em foco para a maioria. É possível que muitas empresas passem a adotar turnos flexíveis e trabalho remoto;
· valores: esses profissionais buscarão por empresas que tenham valores parecidos com os seus. Ao contrário das outras gerações anteriores, eles não são muito ligados ao status do cargo;
· mais foco em resultados: eles valem mais que a quantidade de horas trabalhadas.
Quais as carreiras de maior destaque?
De acordo com um levantamento do IBGE, profissionais com curso superior ganham, em média, 220% a mais que trabalhadores sem formação. Dessa forma, é possível notar que graduações são um diferencial no currículo. Ter essa qualificação, inclusive, nos ajuda a encontrar melhores vagas em bons sites de emprego, como no Canal Conecta.
As oportunidades são maiores até para quem pretende aderir ao modo mais moderno de trabalho, — o remoto —, já que a qualidade no serviço costuma ser uma forma de esses trabalhadores se sobressaírem.
Com relação às carreiras de maior destaque, grande parte envolve conhecimentos relacionados a finanças, tecnologias, vendas, recursos humanos. Alguns exemplos de profissões ou cursos são os seguintes.
Engenharia
Muito valorizada desde sempre, a Engenharia ainda está com tudo. Com o aumento populacional e a modernização das cidades, haverá mais demandas para obras relacionadas a alargamento de pistas, viadutos, novas rotas. O transporte público precisará se desenvolver para atender a população.
Novos prédios precisarão ser levantados. Inovações em instalações, de modo a otimizar o uso de energia, água e tecnologias serão implementadas. Saber projetar e construir, levando em consideração a sustentabilidade, será bastante valorizado.
Tecnologia da Informação e Ciência da Computação
Cursos voltados à área de tecnologia são um dos mais promissores. O desenvolvimento de aplicativos e de ferramentas que tenham o intuitode facilitar processos e aumentar a produtividade das pessoas será uma habilidade reconhecida. Programação de drones, desenvolvedor de UX (user experience), especialista em big data são só alguns dos possíveis campos, para se investir.
Finanças e Ciências Contábeis
Ainda que empresas e pessoas possam contar com a inteligência artificial, o auxílio dela estará voltado às atividades manuais e repetitivas. Caberá ao novo contador realizar análises, previsões e planejamentos estratégicos. Especializar-se em algumas áreas, como compliance empresarial, consultorias, contabilidade ecológica pode ser o diferencial.
Marketing Digital e Vendas
O futuro de várias empresas e profissões contará com o marketing digital para conseguir melhor colocação no mercado. A disputa é grande. O que todo mundo mais deseja é estar nos primeiros resultados do Google. Empresas investirão em formas para serem notadas, como redes sociais e blogs, com conteúdos relevantes.
O profissional que conseguir oferecer esses serviços aos clientes será muito bem-visto. Conhecimentos sobre SEO (otimização para motores de buscas), além de saber gerenciar mídias sociais e ter habilidades de copywriting e vendas são importantes aqui.
Agronegócio
Um dos pilares mais importantes da economia brasileira, agora, a Agronomia terá o amparo da Inteligência Artificial, para alcançar melhores resultados. Prever o dia ideal para plantação e controlar todo o processo, desde cultivo à venda, será mais simples. Fazer crescer a produção será interessante para a economia do país. A previsão é que especialistas nessa área tenham ganhos.
Meio Ambiente
Mudanças climáticas, preservação de florestas, estudos para evitar a extinção de animais e procura por práticas mais sustentáveis são assuntos em pauta atualmente, e que ainda serão relevantes nos próximos anos. A sustentabilidade tem sido valorizada dia a dia em diversas esferas, como empreendedorismo, agronomia, construção civil, nutrição, biomedicina etc.
Recursos Humanos e Psicologia
Pode parecer um paradoxo, já que robôs têm sido cada vez mais aperfeiçoados e enaltecidos. Mas saber lidar com pessoas, ter inteligência emocional, entender o comportamento humano serão um diferencial. Um profissional com um olhar mais empático poderá ajudar as pessoas a se desenvolverem pessoalmente.
No entanto, a tendência é a modernização na área de Psicologia, com a ampliação de atendimentos online e a utilização de ferramentas de Inteligência Artificial para ajudar a recrutar, selecionar, fazer entrevista coletiva, treinar, tratar fobias, entre outros.
Biomedicina
A saúde será um dos focos para o futuro, já que a tendência é uma procura constante por vida saudável e bem-estar. Hemoterapia, terapia celular, colpocitologia oncótica e auditoria são exemplos de especialidades auspiciosas na Biomedicina.
A hemoterapia refere-se ao processamento de transfusão de sangue e seus procedimentos terapêuticos. A terapia celular abrange condutas de obtenção, processamento e transfusão de células progenitoras. 
A colpocitologia oncótica é específica para análises e diagnósticos de lesões de câncer de útero. Já a auditoria tem o propósito de se certificar da qualidade dos processos realizados e oferecidos nas empresas. O foco será desenvolver ainda mais os estudos relacionados à saúde e às curas.
Farmácia
Assim como a biomedicina, a tendência é precisarmos de mais pesquisas e desenvolvimento em medicamentos e cosméticos. Cada vez mais as pessoas procuram saúde, qualidade de vida, eficiência dos produtos, diminuição de efeitos colaterais.
Áreas como a da estética ortomolecular são promissoras. Unir à Farmácia noções de Direito também é uma boa, oportunizando carreiras na análise pericial e de toxicologia.
Empreendedorismo
Empreender será uma das habilidades mais requeridas, independentemente da formação. Saber cuidar da própria carreira, ter iniciativa para inovar, identificar problemas e oportunidades, persistir são algumas das qualidades de um profissional competente.
O empreendedorismo digital, com a venda de produtos e serviços pela internet, tem tudo para crescer ainda mais, devido às transformações tecnológicas e às necessidades dos consumidores de mais comodismo nas compras.
Outras carreiras
Outras profissões também não deixam de ser boas, claro. Todavia, a tendência é que sofram algumas mudanças e ressignificações para se adaptarem a um mundo mais digitalizado. Um exemplo disso é o trabalho do professor, que tem se moldado a um formato online, com aulas a distância.
Na Anhanguera, por exemplo, já entendemos essas novas necessidades e demos um passo à frente. Com cursos pela internet, alunos podem se beneficiar da comodidade de aprender em qualquer lugar em que estejam, não precisando sair de casa — unindo praticidade e qualidade no aprendizado.
Como se destacar no mercado de trabalho?
Muito tem se falado no termo “profissional do futuro”, que corresponde ao trabalhador cujas habilidades permitem que ele se sobressaia em um mercado de muita concorrência e com a substituição de algumas atividades, pela inteligência artificial.
Não importa o seu desejo. Para atuar na tradicional carreira em Y, ou na moderna carreira em W, para atuar como autônomo, ou, mesmo, ao procurar vagas em startups, os requisitos são bem parecidos. Veja, a seguir, algumas das características essenciais.
Focar na capacitação
A graduação é um dos itens essenciais a ser colocado na hora de montar currículo. Por mais que muitos dos serviços possam ser realizados por máquinas, a capacitação profissional e o investimento em capacidades é algo que nunca acabará. É a partir da aquisição de conhecimentos que o profissional estará mais preparado no dia a dia e poderá agregar mais valor a empresas, clientes, consumidores.
A mão de obra qualificada é uma das maiores demandas para preencher cargos importantes nos negócios. E, com o passar dos anos, exigências em relação à educação só aumentam. Em tempos de grandes disputas por uma vaga, ganha aquele profissional que se demonstrar mais bem preparado para oferecer o serviço que as organizações precisam.
Não esquecer da parte prática
Não adianta dar atenção apenas à teoria e deixar a prática de lado. Quanto mais cedo o estudante tiver contato com a realidade da profissão, mais preparado ele estará para atuar no mercado.
A experiência profissional, juntamente à capacitação, está entre os requisitos mais bem vistos em um processo seletivo. Não é raro vermos indivíduos com especializações e mestrado no currículo, mas dispensados, depois da triagem, por não terem tido contato com a prática.
Continuar investindo na qualificação
Estamos vivendo uma revolução digital. O desenvolvimento da internet contribui para que as informações cheguem rapidamente em toda parte do mundo. Por um lado, isso nos deixa atualizados, em tempo real, sobre qualquer notícia. Ao mesmo tempo, tudo muda rápido demais. Se não acompanharmos as informações, nossos conhecimentos se tornam obsoletos.
“O analfabeto do futuro será aquele que não poderá aprender, desaprender e reaprender”. Já ouviu essa frase antes? É de Alvin Toffler, um futurista norte-americano, conhecido por seus escritos sobre tecnologia e evolução.
O que ele quis dizer com isso é que precisaremos investir continuamente na nossa capacitação. O mundo se transforma rápido e, para atendermos a ele, não poderemos nunca estagnar.
Ter inteligência emocional
A inteligência emocional se define na capacidade de saber trabalhar bem nossas emoções e relacionamentos. Características como empatia, autocontrole, autoconhecimento, automotivação e sociabilidade são necessárias.
É por meio de uma inteligência emocional bem desenvolvida que os indivíduos podem usufruir de relações mais saudáveis, aproveitar oportunidades no momento certo, ter constante motivação para buscar o aperfeiçoamento.
Habilidades como saber ouvir críticas, lidar com expectativas frustradas, ter resiliência e saber se livrar de crenças limitantes são importantes em qualquer área profissional.
Desenvolver o espírito empreendedor
Como já comentamos,ter, ao menos, noções de empreendedorismo será fundamental. Nesse sentido, é importante ter proatividade, a fim de buscar, por conta própria, formas de se superar na carreira.
Quem é autônomo precisa levar essa dica ainda mais a sério, visto que quanto mais diferenciais o profissional apresentar em seus serviços, mais chances de sucesso ele tem. Disciplina, foco, capacidade de antever mudanças, habilidade em pesquisar tendências, dedicação constante são alguns dos traços indispensáveis.
Ter boa comunicação
Lidar com pessoas e saber ter uma comunicação objetiva é fundamental para qualquer equipe, em uma empresa, progredir. Comunicar-se bem não é apenas passar informações. É necessário saber interpretá-las e como repassá-las da forma certa aos outros. Processos organizacionais só podem evoluir a partir de uma comunicação eficiente.
Refletir sobre o futuro do trabalho
Não dá para negar: a forma como as empresas e os profissionais lidam com o trabalho mudou. Mas como funciona o futuro do trabalho na prática? Quais são as novas demandas do mercado? E como preparar o seu negócio para que ele se mantenha relevante nos próximos anos?
Bem, ninguém tem uma fórmula mágica para responder a essas perguntas. No entanto, é possível observar o que já vem acontecendo para se adaptar. Além disso, você pode imaginar o que está por vir e se antecipar.
Portanto, ao longo deste artigo vamos destrinchar os aspectos mais essenciais do futuro do trabalho na prática e trazer dicas preciosas para que o seu negócio não fique para trás. Se você quer deixar a concorrência comendo poeira, confira o texto a seguir!
O que é o futuro do trabalho na prática
Para entender o que significa o futuro do trabalho na prática, é necessário entender a mudança cultural que acontece à medida que passamos de geração para geração. Enquanto as gerações dos anos 70 e 80 aprenderam a trabalhar de forma analógica, aqueles que nasceram nos anos 1990 e 2000 já foram inseridos no mercado de trabalho em um mundo digital.
A partir desse contexto, vale dizer que o futuro do trabalho e a tecnologia andam de mãos dadas. Além disso, as novas gerações têm novas exigências em relação à liberdade, à flexibilidade e à satisfação no ambiente de trabalho como um todo.
As ferramentas tecnológicas são grandes responsáveis pelas alterações nos processos e ambientes de trabalho. Elas começam com aplicativos mais “simples”, como a computação na nuvem e os programas de videoconferência. Ao mesmo tempo, chegam até os softwares mais sofisticados de Inteligência Artificial (IA) e Realidade Virtual.
Até 2020, por exemplo, especialistas da Gartner preveem que alguma forma de IA  seja incluída em quase todos softwares disponíveis.
Um ambiente puramente digital já está permitindo a conectividade perfeita entre dispositivos, dados e fluxos de trabalho. Por sua vez, objetos de escritório anteriormente mundanos estão sendo revolucionados pela tecnologia inteligente. Antigamente, a integração era, no máximo, entre computador e impressora. Hoje, a realidade é bem diferente disso.
Um dos aspectos mais evidentes de toda essa transformação é que inevitavelmente as profissões mudarão — e é exatamente sobre isso que vamos falar logo abaixo.
As profissões mudarão
Conforme destacamos, as funções executadas pelas pessoas serão diferentes. De acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford, 47% dos empregos nos Estados Unidos correm o risco de serem automatizados nos próximos 20 anos. Isso, porém, não quer dizer que novas funções executadas estritamente por humanos não aparecerão.
Os estudos sugerem que os funcionários mais valiosos no futuro não serão aqueles com anos de experiência em um campo específico. Em vez disso, eles serão capazes de aprender novas habilidades rápida e regularmente .
A seguir, entraremos em mais detalhes sobre os três principais aspectos do futuro do trabalho: espaço físico, cultura organizacional e tecnologia.
Espaço físico no futuro do trabalho na prática
Começando pelo espaço físico no qual o trabalho é realizado na grande maioria das vezes: o escritório. Há alguns anos, ele era visto como algo engessado, um modelo sem graça e que passava uma imagem extremamente burocrática. Isso porque os conhecidos cubículos e salas cinzas ficaram marcados nas mentes dos trabalhadores dos anos 1950 a 1990. Felizmente, esse modelo mudou.
Aos poucos, as empresas começaram a revolucionar seus espaços, proporcionando ambientes mais divertidos e interativos para seus funcionários. A partir dos anos 2000 o modelo open office também passou a se popularizar e as salas amplas ou com paredes de vidro ficaram mais comuns do que os escritórios fechados.
O design agora é pensado para ser funcional, confortável e agradável aos olhos, além de refletir não só a personalidade da empresa, mas também da equipe que habita naquele ambiente.
Escritórios compartilhados
Além das mudanças internas nos escritórios, uma nova opção de espaço de trabalho é responsável por uma grande revolução nesse âmbito. O surgimento dos escritórios compartilhados — também chamados de coworkings — fez com que um leque de possibilidades surgisse para empresas e profissionais autônomos.
Em 2005, o engenheiro de software Brad Neuberg decidiu desenvolver um novo tipo de espaço para apoiar a comunidade e criar uma estrutura de trabalho colaborativa, dando o nome de coworking. Esse é o início da história do escritório compartilhado, juntamente com o surgimento da economia colaborativa. São escritórios que incentivam a convivência e o compartilhamento, preocupando-se em suprir as necessidades das empresas e dos profissionais.
Os escritórios compartilhados oferecem a estrutura necessária para empresas e profissionais de todos perfis que você imaginar. Há desde ambientes mais descolados e informais até os mais sóbrios e minimalistas. Os residentes podem optar por posições em estações compartilhadas ou alocar escritórios privativos dentro do espaço. Sempre há a possibilidade de adaptação às necessidades do cliente.
E tudo isso aliado a uma cultura colaborativa, que proporciona interação entre pessoas de diferentes ramos de atuação. Além disso, migrar para coworkings tem outras duas grandes vantagens: eficiência operacional e economia de recursos da empresa.
Espaço físico x mobilidade urbana
Estar preso a um local fixo de trabalho tem se tornado, também, um problema para muitas pessoas. Isso porque nos grandes centros urbanos o deslocamento entre uma região e outra está cada vez mais difícil. Mesmo em cidades superdesenvolvidas, com transporte público de qualidade, nos horários de pico as estações ficam superlotadas — e, nas ruas, os carros enfrentam quilômetros de engarrafamentos.
Por isso, o futuro do trabalho na prática significa ter a liberdade de escolher onde será o seu escritório a cada dia, de acordo com a sua rotina. Assim, você otimiza seu tempo e consegue ter muito mais produtividade e flexibilidade no dia a dia. Além disso, os níveis de estresse diminuem consideravelmente quando não temos que lidar com problemas no trânsito diariamente.
Encontrando espaços de escritórios próximos dos seus clientes, por exemplo, você pode se locomover de patinete elétrico entre uma reunião e outra. Ou se a equipe que está sob a sua supervisão faz muitas visitas ao longo do dia, ela pode se beneficiar em ter pontos de apoio espalhados por diversas regiões da cidade. E para esse propósito os coworkings oferecem soluções perfeitas.
Personalização e design nos espaços de trabalho
Cada time de uma empresa tem uma identidade e necessidades diferentes. Portanto, não só no futuro, mas já no presente, as organizações têm observado a necessidade de atender às individualidades de cada equipe.
Por isso, poder trazer um pouco disso para os escritórios é uma estratégia que gera satisfação e, consequentemente, um maior engajamento dos colaboradores no dia a dia do trabalho. Veja um exemplo no vídeo abaixo.
Cultura organizacional no futuro do trabalho na prática
Este é um aspecto mais subjetivo do futuro do trabalho na prática, mas que tem totalimportância quando consideramos as pessoas que estarão à frente dos negócios e que constituirão as equipes de trabalho. Os Millennials (nascidos entre 1980 e 1995) e a Geração Z (nascidos a partir de 1995) têm aspirações muito diferentes das de seus pais quando o assunto é sucesso profissional. E um dos grandes pilares para a construção de uma carreira de sucesso para essas gerações é o propósito.
De acordo com uma pesquisa feita pela Adecco, nos Estados Unidos, 32% dos jovens da geração Z têm como objetivo encontrar o seu emprego dos sonhos. Enquanto 34% dos millennials buscam estabilidade financeira. Ao mesmo tempo, um estudo da Harvard Business Review constatou que 9 entre 10 pessoas estão dispostas a ganhar um salário menor para executar um trabalho com um propósito alinhado com o seu.
Portanto, as novas gerações buscam trabalhos em empresas que considerem o bem-estar da sociedade como um todo, defendam causas significativas e ainda apliquem esses princípios dentro da cultura organizacional. Mas é importante que tudo isso seja legítimo, pois os jovens abominam a hipocrisia — e isso pode acabar com seu negócio.
Além disso, a verdadeira cultura empresarial consiste em construir conexões valiosas e garantir que cada membro da equipe se sinta capacitado a fazer contribuições significativas para o crescimento da empresa. Para a geração do milênio, isso geralmente implica um ambiente que oferece muita liberdade e confiança.
Siga bons exemplos
Apoiar causas que estejam alinhadas com o propósito do seu negócio é essencial. Da mesma forma, é importante aplicar todos princípios que a sua empresa defende publicamente, de forma interna. Portanto, siga o exemplo de grandes organizações que estão buscando aplicar essas diretrizes no seu dia a dia, como é o caso da Unilever.
Reprodução Twitter/@UnileverUKApps
A multinacional está investindo em diversas ações internas e externas que vão desde a diminuição do uso de plástico e a adoção de processos de energia renovável até a implementação de grupos de conscientização e apoio para funcionários LGBTQ+ — ou que se identifiquem e apoiem a causa. Portanto, não se tratam apenas de campanhas publicitárias sobre diversidade, pois isso é algo vivido diariamente dentro da instituição.
Tecnologia no futuro do trabalho na prática
Estamos em meio à Quarta Revolução Industrial. Uma explosão de novas tecnologias que mudarão fundamentalmente a maneira como trabalhamos e vivemos. A adoção de novas tecnologias nem sempre é uma proposta bem-vinda para os líderes empresariais. Mas, gostemos ou não, esses novos desenvolvimentos moldarão o futuro do nosso mundo. A fim de não ficar para trás, precisamos abraçar o futuro do trabalho agora.
Líderes de negócios da Ásia-Pacífico disseram, em uma pesquisa da Cognizant, acreditar que o futuro do trabalho será encontrado em máquinas inteligentes. Para dar suporte a essas máquinas e seu poder de processamento, as empresas precisarão criar uma infraestrutura de TI que possa fornecer uma base sólida para as tecnologias de Inteligência Artificial.
Passamos de uma sociedade da informação para uma sociedade do conhecimento. A tecnologia está aprimorando nossa capacidade de aprender, ensinar e aplicar nossos aprendizados a situações variadas, em um ritmo mais rápido e inteligente. Essa mudança está criando uma nova geração de trabalhadores que desenvolveram um conjunto de habilidades e uma gama de conhecimentos mais diversos e criaram novas formas de comunicação e estilos de trabalho.
Mas quais são as principais ferramentas tecnológicas do futuro e como elas podem interferir no futuro do trabalho na prática?
Inteligência artificial
A Inteligência Artificial (IA) está ligada ao conceito de dar às máquinas a capacidade de aprendizado — o que é também conhecido como machine learning. Uma vez que existem vários níveis e tipos de IA, a tecnologia pode ser mais “simples” ou mais sofisticada.
O software pode ser feito para aprender uma única tarefa que deve executar com eficiência. Como, por exemplo, o reconhecimento de voz e fala. Ou então atingir a superinteligência, que supera a inteligência humana, pensando em abstrações impossíveis para os humanos.
Chatbots e slackbots
Os chatbots virtuais, que imitam conversas humanas para resolver várias tarefas, estão se tornando cada vez mais procurados. Alguns bots já podem marcar consultas médicas, ligar para um táxi, enviar dinheiro para amigos, fazer check-in para um voo e muitos outros. Eles economizam tempo e esforços automatizando o suporte ao cliente. Eles também são usados ​​para outras tarefas comerciais, como coletar informações sobre usuários, ajudar a organizar reuniões e reduzir custos indiretos.
Já com o desenvolvimento de aplicativos de mensagens voltados para os negócios, como o Slack, o cenário está preparado para os chatbots revolucionar a maneira como fazemos negócios. Os slackbots projetados para ajudar os funcionários de uma empresa, que costumam ser chamados de chatbots internos, podem ajudar os funcionários, respondendo a perguntas e fornecendo soluções quando necessário.
Internet das coisas
No sentido mais amplo, o termo “internet das coisas” abrange tudo conectado à internet, mas está sendo cada vez mais usado para definir objetos que “conversam” entre si. Ao combinar esses dispositivos conectados com sistemas automatizados, é possível reunir informações, analisá-las e criar uma ação para ajudar alguém com uma tarefa específica ou aprender com um processo. Em aplicações industriais, os sensores nas linhas de produtos podem aumentar a eficiência e reduzir o desperdício.
Automação
A automação básica elimina a necessidade de executar manualmente tarefas repetitivas e baseadas em regras que envolvem dados estruturados.
De acordo com um estudo recente da IBM, 91% das organizações usam pelo menos alguma automação básica.
A robótica, combinada com o machine learning, o processamento e a análise de linguagem natural, amplia o alcance e a variação da automação. Dessa forma, os processos burocráticos ficarão cada vez mais automatizados e as equipes se concentrarão em tarefas criativas.
Deu para perceber que o futuro do trabalho está ligado a ideias e negócios inovadores, não é mesmo? O BeerOrCoffee está sempre atento às demandas do mercado e, por isso, criou o OfficePass, um programa de assinatura que permite que sua empresa tenha acessa a mais de 1.000 coworkings em todo país, espalhados em cerca de 160 cidades. Confira o vídeo abaixo!
os impactos gerados pelas novas tecnologias no mercado de trabalho.
Os dispositivos tecnológicos estão cada vez mais presentes na sociedade, sendo usados não apenas recreativamente, mas também para fins profissionais. A influência da tecnologia no mercado de trabalho tem exigido um novo comportamento profissional, em que as pessoas adotam ferramentas modernas como aliadas em suas atividades.
Entre os processos tecnológicos mais contemporâneos, estão a robotização e a automatização, que favorecem os profissionais, principalmente no setor industrial, à medida que melhoram e ampliam a mão de obra, permitindo uma produção maior dentro de um período menor de tempo.
Quer saber como a sua profissão pode ser impactada pelo avanço da tecnologia? Confira abaixo como se preparar para essa mudança!
O mercado de trabalho atual
O impacto da tecnologia no mercado de trabalho já pode ser sentido por todos. Certamente, ao entrar em uma pequena ou microempresa de rua, você já deve ter percebido que elas usam ferramentas tecnológicas para executar as suas atividades. Reservadas as proporções, todos os empreendimentos fazem uso de algum tipo de software ou sistema interno para organizar, administrar e realizar os seus processos, como operacionais, administrativos ou financeiros.
Não há mais para onde correr! A tecnologia não é mais um diferencial, na atualidade, mas uma obrigação para qualquer empresa. Ao investir nesse quesito, é possível se tornar mais competitivo, principalmente em uma época em que a crise econômica tem assombrado muita gente, fazendo com que cada detalhe

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