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RESUMO: Cavidade nasal e Seios paranasais Bibliografia Utilizada: DANGELO JG, FATTINI, CA. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3a edição Rio de Janeiro: Atheneu, 2009.; MOORE KL, DALLEY AF. Anatomia Orientada para Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 6a edição 2011. Nariz, Cavidade nasal e Seios paranasais Nariz O nariz é visível externamente no plano mediano da face e no homem, possui a forma de uma pirâmide triangular, em que a extremidade superior, corresponde ao vértice da pirâmide, sendo denominada raiz e a extremidade inferior, base. Na base, encontram-se duas aberturas em fenda, as narinas, que comunicam o meio externo com a cavidade nasal e que são separadas uma da outra por um septo, o septo nasal. As narinas se estendem lateralmente nas asas do nariz. O ponto mais projetado anteriormente, da base do nariz, recebe o nome de ápice e entre ele e a raiz, estende-se o dorso do nariz. O esqueleto do nariz é osteocartilagíneo, isto é, além dos ossos nasais e das porções das duas maxilas, fazem parte do esqueleto do nariz várias cartilagens nasais. Em crânios preparados, as cartilagens são destruídas durante o processo, ficando conservadas apenas as partes ósseas que delimitam a abertura piriforme. Cavidade nasal A cavidade nasal é uma região extremamente importante na respiração, pois nessa área (juntamente com os seios paranasais) ocorre o processamento do ar inspirado (aquecimento, umidificação e depuração). A cavidade nasal comunica-se com o meio externo através das narinas, situadas anteriormente e com a porção nasal da faringe, posteriormente através dos cóanos, que marcam o limite entre a cavidade nasal e a porção nasal da faringe. A cavidade nasal é dividida em metades direita e esquerda pelo septo nasal. O septo nasal apresenta-se quase sempre desviado para a direita ou para a esquerda e grandes desvios podem dificultar a respiração, exigindo correção cirúrgica. O septo nasal é constituído por partes cartilagínea, a cartilagem do septo nasal e parte óssea, a lâmina perpendicular do osso etmóide e o osso vômer. Cada metade da cavidade nasal apresenta um teto, um assoalho, uma parede lateral e uma parede medial, representada pelo septo nasal. O teto se estende da superfície inferior do osso nasal, frontal e lâmina cribiforme do osso etmoide, onde alcança seu ponto mais alto. Posteriormente à lâmina cribiforme, o teto da cavidade nasal é constituído pelo corpo do osso esfenoide. O assoalho da cavidade nasal é formado pelo palato duro que se constitui do processo palatino da maxila anteriormente e lâmina horizontal do osso palatino, posteriormente. A parede lateral da cavidade nasal é formada pelos ossos etmoide e maxila, principalmente, além do osso palatino (lâmina vertical) e da concha nasal inferior. A parede medial é formada pelo septo nasal. Conchas e meatos nasais É possível identificar na parede lateral da cavidade nasal, projetando-se para a mesma, lâminas ósseas recurvadas denominadas conchas nasais superior, média e inferior. As conchas nasais superior e média são projeções do osso etmóide e a concha nasal inferior é um osso separado, que se une à maxila. As conchas nasais são recobertas por mucosas e delimitam espaços denominados meatos. Entre as conchas superior e média encontra-se o meato superior, entre as conchas média e inferior, o meato médio e abaixo da concha inferior, o meato inferior. O espaço situado superior e posteriormente à concha nasal superior é o recesso esfenoetmoidal. Os seios paranasais desembocam nos meatos nasais e, no meato inferior, encontra-se a abertura do ducto lacrimonasal, responsável pela drenagem da secreção lacrimal em direção à cavidade nasal. As conchas nasais aumentam a superfície de mucosa, pois é ela que umedece e aquece o ar inspirado, condicionando-o para que seja melhor aproveitado na hematose que se dá no nível dos pulmões. Vestíbulo, região respiratória e região olfatória A cavidade nasal pode ser dividida em vestíbulo, região olfatória e região respiratória. O vestíbulo segue-se imediatamente às narinas, compreendendo uma pequena dilatação revestida de pele e contendo pelos, denominados vibrissas, além de glândulas sebáceas e sudoríferas. Ao vestíbulo seguem-se as regiões respiratória e olfatória, recobertas por mucosa. A região olfatória, no homem é bastante reduzida, restringindo-se à concha nasal superior e o terço superior do septo nasal. Dessa região partem as fibras que em conjunto, constituem o nervo olfatório e que atravessam as aberturas da lâmina cribiforme do osso etmoide e terminam no bulbo olfatório. A região respiratória forma a maior parte da cavidade nasal. Sua mucosa é contínua com a mucosa que reveste os seios paranasais e a parte nasal da faringe. Apresenta glândulas mucosas e serosas e células caliciformes que produzem secreção na qual as partículas do ar inspirado ficam presas. Seios paranasais Alguns ossos do crânio são classificados como pneumáticos por apresentam cavidades no seu interior. Essas cavidades são denominadas seios paranasais, não apenas por sua situação topográfica, mas também porque, embriologicamemte, são evaginações da cavidade nasal e com ela se comunicam. Assim como a cavidade nasal, os seios paranasais também são revestidos por mucosa respiratória, auxiliando no processamento do ar inspirado. Os seios paranasais são o frontal, o maxilar, o esfenóide e o etmóide. O seio frontal está localizado no osso frontal e abre-se no meto médio. O seio esfenoidal está situado no corpo do osso esfenoide e drena para o recesso esfenoetmoidal. O seio etmoidal, localizado nas partes laterais do osso etmoide, drena para os meatos superior e médio. O seio maxilar está situado na maxila e é o maior dos seios paranasais. Ele possui forma de pirâmide e seu teto é o assoalho da órbita e seu assoalho, o processo alveolar da maxila. Abre-se no hiato semilunar do meato médio. A inflamação da mucosa que reveste os seios paranasais é denominada sinusite. As relações dos seios paranasais com a órbita, fossa anterior do crânio e cavidade oral são de alto risco, pois quase sempre, as paredes ósseas que separam essas cavidades são muito delgadas e, assim podem ser destruídas nos processos patológicos que podem se difundir de uma cavidade para outra.
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