Buscar

AULA 5 - SINAIS VITAIS PA 2017

Prévia do material em texto

SINAIS VITAIS
Germana Cruz
Disciplina: semiologia
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Para que o sangue possa circular pelo corpo é necessário que uma bomba (coração) faça força (pressão) para empurrar este sangue por dentro das artérias.
FISIOLOGIA DA PA
3
Quanto mais estreita é a artéria, maior a resistência (pressão) à passagem do sangue.
Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma resistência (pressão), provocada pelo atrito.
4
DEFINIÇÃO
Medida da força aplicada contra as paredes das artérias, quando o coração bombeia sangue através do corpo. 
Determinada pela força e quantidade de sangue bombeado e pelo tamanho e flexibilidade das artérias.
PRESSÃO ARTERIAL
 
 = x 
Fluxo Sanguíneo: É essencialmente igual ao débito cardíaco.
PRESSÃO ARTERIAL 
FLUXO SANGUINEO 
RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA
PRESSÃO ARTERIAL
 
 = x 
Débito Cardíaco: É o produto do volume sistólico (quantidade de sangue que cada ventrículo bombeia a cada batimento cardíaco) e a frequência cardíaca. 
DÉBITO CARDÍACO 
VOLUME SISTÓLICO
FREQUÊNCIA CARDÍACA (min)
8
9
A pressão arterial depende da largura (calibre) da artéria. 
Artérias com calibre normal permitem que as pressões máxima e mínima sejam também normais.
Se o calibre da artéria se estreitar, aumenta o atrito do sangue e a pressão mínima; o coração terá que fazer mais força para empurrar o sangue dentro da artéria, aumentando a pressão máxima.
pressão 
normal
artéria
normal
pressão
aumentada
artéria
estreitada
10
11
 Hemorragia e déficit no volume de líquidos – diarreia e diaforese
(redução do volume sanguíneo).
 Anestesia geral
(redução do tônus vasomotor  depressão do centro vasomotor no tronco cerebral).
SITUAÇÕES QUE PROVOCAM DIMINUIÇÃO NA PRESSÃO ARTERIAL
12
 Dor aguda ou condições emocionais (FC aumentada)  contração mais forte do músculo cardíaco  volume sanguíneo aumentado com consequente aumento da PA).
 Fumo.
 Jaleco branco (ativação do sistema simpático, reação de alerta ao procedimento, ambiente e profissional). 
SITUAÇÕES QUE PROVOCAM AUMENTO NA PRESSÃO ARTERIAL
13
REGISTRO DA PRESSÃO ARTERIAL
A pressão máxima tem que ser sempre maior do que a mínima, para que o sangue possa circular.
Não existe pressão de 8 por 12, nem 6 por 10, porque se a mínima for maior do que a máxima, o sangue não circula.
REGISTRO DA PRESSÃO ARTERIAL
16
 É um procedimento clínico que pode ser obtida no contexto clínico, mediante técnicas simples.
 Suas implicações diagnósticas e prognósticas são importantes.
 Possibilita a avaliação do débito cardíaco, da volemia, viscosidade do sangue, elasticidade arterial, tonicidade e permeabilidade das arteríolas.
PORQUE MEDIR A PRESSÃO ARTERIAL?
17
Pode ser aferida direta ou indiretamente.
A medida direta é utilizada de forma invasiva mediante a introdução de um cateter em uma artéria periférica.
AFERIÇÃO DA PA
18
A medida indireta se faz com a utilização de um esfigmomanômetro de coluna de mercúrio ou com relógio aneroide e um estetoscópio, ou com aparelho digital.
AFERIÇÃO DA PA
19
ESFIGMOMANÔMETRO 
Instrumento utilizado para a medida da pressão arterial. 
Idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905). 
PARTES DO ESFIGMOMANÔMETRO
Braçadeira com Manguito
Pera
Válvula para pera
Relógio aneróide
1
3
2
4
O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado.
A bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferência do braço, e o seu comprimento de 80%.
A bolsa de borracha deve estar centrada sobre a artéria braquial.
A borda inferior do manguito deve estar 2cm acima da dobra antecubital (ângulo cubital).
MANGUITOS
Manguitos estreitos em relação ao diâmetro do braço dão valores hiperestimados.
Manguitos mais largos em relação ao diâmetro do braço dão valores hipoestimados.
Manguitos de largura padrão são adequados para braços de circunferência acima de 33cm.
MANGUITOS
esfigmomanômetro
TAMANHOS:
Neonatal
Pediátrico
Adulto
Obeso
MANGUITOS
26
DENOMINAÇÃO DOS MANGUITOS
DENOMINAÇÃO
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO
BOLSA DE BORRACHA
Largura Comprimento
Recém-nascido
≤ 10cm
4 8
Criança
11 – 15cm
6 12
Infantil
16 – 22cm
9 18
Adulto pequeno
20 – 26cm
10 17
Adulto
27 – 34cm
12 23
Adulto grande
35 – 45cm
16 32
FONTE: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2010
26
26
26
Esfigmomanômetro - coluna de mercúrio
ESFIGMOMANÔMETRO – COLUNA DE MERCÚRIO 
Esfigmomanômetro - coluna de mercúrio
ESFIGMOMANÔMETRO – DIGITAL
Esfigmomanômetro - coluna de mercúrio
ESFIGMOMANÔMETRO – DIGITAL
estetoscópio
É um instrumento utilizado pelos profissionais para amplificar sons corporais, entre eles:
Bulhas cardíacas
Ruídos adventícios
Ruídos Hidroaéreos
ESTETOSCÓPIO
Estetoscópio - partes
ESTETOSCÓPIO - PARTES
estetoscópio
Olivas auriculares: peças em formato anatômico, que se encaixam ao canal auditivo do examinador.
Tubo (s) de condução: haste (s) em forma de Y que permitem a transmissão do som com pouca distorção da campânula ou diafragma aos ouvidos do examinador.
Campânula e diafragma: Peça de contato com o corpo do examinado, com formato de campânula.
ESTETOSCÓPIO
estetoscópio
As borrachas do estetoscópio devem ter, no máximo, 38.1cm de comprimento.
 As olivas do estetoscópio devem ser colocadas voltadas para frente.
 O diafragma ou a campânula do estetoscópio devem ser colocados de forma firme, diretamente sobre a artéria braquial (nunca sob o manguito).
ESTETOSCÓPIO
PREPARO DO CLIENTE
37
PREPARO DO PACIENTE
38
Orientar descanso por 5 a 10 minutos.
Indagar sobre controles anteriores e valor da PA habitual.
Posicionamento: Sentado ou deitado. 
Apoiar o braço descoberto e levemente fletido, numa superfície firme.
O braço deve ficar no nível do coração. 
PREPARO DO PACIENTE
39
42
Verificar se a roupa não aperta o braço ou dificulta a colocação do manguito.
Orientar para o cliente apoiar as costas na cadeira e descruzar as pernas, apoiar os pés no chão.
Orientar para o cliente não conversar enquanto se faz a medida. 
PREPARO DO PACIENTE
43
PULSOS UTILIZADOS NA 
VERIFICAÇÃO INDIRETA DA PA
44
44
45
Pressão arterial em MMII
O tamanho exato do manguito para as coxas de diferentes diâmetros ainda não foi determinado. Usa-se o manguito de 18 cm de largura. 
Em pessoas que não hipertensas, a pressão sistólica nas coxas por determinação intra-arterial costuma ser 10 a 40 mmHg mais alta do que no braço, enquanto a pressão diastólica é praticamente a mesma. 
Para determinação da pressão arterial na coxa, ausculta-se no pulso poplíteo.
PA EM MMII
Método palpatório
Para obter a pressão sistólica por palpação, o examinador, primeiramente, deve localizar o pulso radial, mantendo-o sob observação contínua. 
A seguir, insufla-se o manguito até desaparecerem as pulsações. O nível de pressão corresponde ao momento em que reaparece o pulso. 
Este dado servirá como estimativa preliminar da pressão sistólica.
MÉTODO PALPATÓRIO
A técnica se baseia na percepção de que ao desinflar o manguito que oclui totalmente uma artéria, diferentes tipos de sons são perceptíveis com o estetoscópio, o que corresponde a diferentes graus de obstrução parcial da artéria.
48
MÉTODO AUSCULTATÓRIO
48
Método auscultatório
Por este método determina-se a pressão sistólica e diastólica. 
A cifra lida nesta momento corresponde à pressão sistólica. 
Com a diminuição gradativa da pressão no sistema, os sons ou ruídos audíveis ao nível da artéria braquial vão sofrendo modificações de intensidade e qualidade – SONS DE KORTKOFF. 
MÉTODO AUSCULTATÓRIO
FASESDE KOROTKOFF
Aparecimento do primeiro som, ao qual se seguem batidas progressivamente mais fortes, bem distintas e de alta frequência (Pressão Sistólica).
K I – Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade.
K II – Sucessão de sons soprosos, mais suaves e prolongados.
K III – Desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos.
FASES DE KOROTKOFF
50
FASES DE KOROTKOFF
K IV – Os sons tornam-se abruptamente mais suaves e abafados, são menos claros.
K V – Abafamento dos sons, correspondendo ao momento do desaparecimento dos sons (Pressão Diastólica).
Para ouvir os sons em casa:
< https://www.youtube.com/watch?v=fjry6UOe-40 
https://www.youtube.com/watch?v=GAKwJ9pGU-w > 
FASES DE KOROTKOFF
51
Hiato auscultatório
O hiato auscultatório pode ocorrer em pacientes com hipertensão arterial e corresponde a um intervalo silencioso, representado pela ausência da Fase II de Korotkoff. 
Seu desconhecimento induz ao registro errado dos níveis tensionais. Para evitar tal erro, basta adquirir o hábito de determinar a pressão sistólica pelo método palpatório.
HIATO AUSCULTATÓRIO
POSSÍVEIS ERROS
OBSERVADOR
INDIVÍDUO 
AMBIENTE
INSTRUMENTO
POSSÍVEIS ERROS
53
ATENÇÃO!
A PA aumenta quando o braço está abaixo do nível do coração e diminui quando está acima do nível cardíaco.
Manguito frouxo pode resultar em leitura errada: falsa hipertensão.
A PA diastólica pode aumentar em 10% se o braço não estiver apoiado.
ATENÇÃO
54
 
 
55
Lavar as mãos.
Identificar o paciente e se apresentar.
Explicar-lhe o procedimento.
Posicionar o cliente confortavelmente com o antebraço apoiado no nível do coração e a região palmar para cima, pernas descruzadas.
Localizar as pulsações da artéria braquial.
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
55
 
 
56
Colocar o manguito 2 cm acima da fossa cubital. 
Palpar o pulso radial.
Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial. 
A seguir, desinflar o manguito lentamente, observando quando reaparece o pulso = valor da pressão sistólica.
Fechar a válvula virando no sentido horário.
 Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial e insuflar o manguito cerca de 30mmHg acima do valor encontrado para a pressão sistólica pelo método palpatório.
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
56
 
 
57
Desinflar o manguito lentamente, liberando a válvula de forma progressiva. O primeiro ruído auscultado equivale à pressão sistólica e o desaparecimento dos sons equivale à pressão diastólica.
Desinflar totalmente o manguito, guardar o material e registrar os valores.
Informar ao paciente.
Lavar as mãos novamente.
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL
57
58
 Valor final dos níveis pressóricos
 Largura do manguito
 Membro utilizado
 Posicionamento do cliente
Classificação da PA
58
IMPORTANTE REGISTRAR
IMPORTANTE REGISTRAR:
58
58
59
PAS (mmHg)
PAD (mmHg)
CLASSIFICAÇÃO
90-119 <120
60-79 <80
Ótima
120-129 <130
80-84 <85
Normal
130-139
85-89
Limítrofe*
140-159
90-99
HAS estágio 1
160-179
100-109
HAS estágio 2
≥180
≥110
HAS estágio 3
* Pré-hipertensão 
FONTE: VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2010
VALORES DA PA EM ADULTOS
59
59
60
60
HIPERTENSO
NORMOTENSO
HIPOTENSO
CONCEITUANDO
61
RECOMENDAÇÕES PARA DIAGNÓSTICO E SEGUIMENTO DA PA
1ª Avaliação/consulta:
Medir a PA em ambos os braços na posição sentada (se diferente, considerar o maior valor).
Diferença de Pressão nos MMSS > 20mmHg para PAS e > 10mmHg para PAD: investigar doenças arteriais.
Medidas: ortostática e supina em idosos, diabéticos, alcoolistas e/ou diabéticos.
62
RECOMENDAÇÕES PARA DIAGNÓSTICO E SEGUIMENTO DA PA
MAPA – Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial 
Exame que mede a pressão arterial a cada 20 minutos, durante 24 horas, para a obtenção do registro da pressão arterial durante a vigília e o sono.
Diagnóstico de HAS.
Eficácia do tratamento anti-hipertensivo.
63
RECOMENDAÇÕES PARA DIAGNÓSTICO E SEGUIMENTO DA PA
MAPA 
Pode ser realizada por meio de aferições da PA durante uma semana, registrando-se o horário e o valor. 
Registrar informações como: exercício físico, alimentação, fumo, consumo de bebidas alcóolicas, uso de medicamentos. 
65
RECOMENDAÇÕES PARA DIAGNÓSTICO E SEGUIMENTO DA PA
Consultas subsequentes:
Realizar 3 medidas. 
Considerar a média das duas últimas é a PA real. 
Caso as PAS e PAD apresentem diferenças > 4mmHg, repetir a medida.
66
JENSEN, et al. Semiologia para Enfermagem. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2013. 
REFERÊNCIAS

Continue navegando